Meus caros,
Estou re-revendo alguns conceitos. Essa história de que cu vicia é muito relativa.
Vejam vocês que eu narrei animadamente minha noite de sodomia com a Regra 3 e o quanto eu estava com a idéia fixa de novamente escarafunchar-lhe as entranhas.
Pois bem, esta semana saímos novamente. Como em time que está ganhando não se mexe, repeti a fórmula: restaurante japonês, calibragem com sakê e pau no cu. Necessariamente nesta ordem.
Fui novamente, todo pimpão, socar a vara pela porta dos fundos. Todas as formalidades protocolares cumpridas, pica rígida e toca a pilar o patê. O que eu imaginava ser outra foda épica, uma Ilíada de sodomização, revelou-se um filme catástrofe. Por mais que pilasse pau adentro, a clava retornava para fora, como se uma força mais poderosa, um poltergeist habitante do intestino, recusasse a presença desse fiel companheiro que habita minha virilha. Tentei por todas as formas e meu amigo se dobrava como se fosse quebrar, até que pedi um armistício.
Foi então que minha dadivosa Regra 3 falou que precisava ir ao banheiro e para lá se dirigiu. Eu, deitado na cama, já começava a assistir ao Amaury Júnior, quando comecei a ouvir manifestações intestinais pouco usuais. De início, pequenos traques em rajas rápidas, como uma Lurdinha, a metralhadora usada pelos nazistas, que tanto aterrorizava a FEB em Monte Castelo. A rajada de metralhadora foram apenas disparos de advertência, pois em seguida veio a artilharia pesada. Parecia que uma bomba V2, disparada pelo próprio Von Braun, tinha explodido no banheiro. Imaginei que a latrina estava destruída, com bosta espalhada pelos azulejos e pisos. Temi pela integridade das paredes daquele motel e já aguardava que a administração batesse na porta para saber o que estava acontecendo. Uma verdadeira bazuca anal, uma arma de destruição em massa que faria brilhar os olhos de Bin Laden.
Uma vez que sou um cavalheiro, como todos aqui bem sabem, mantive a compostura e depois que ela saiu do banheiro, mantive minha fleugma britânica, como se nada tivesse acontecido.
Mas, depois daquele ataque maciço, restou patente que nossa relação está estremecida, pois não há tesão que resista a tal demonstração de arsenal bélico. Vou apresentá-la ao Hugo Chavez como eficiente arma contra a ameaça de invasão americana na Venezuela.
É o tal negócio, não se come um cu impunemente.