Galera do mal...
Estive neste lugar um dia desses, ou melhor, uma noite dessas, porque esse pardeeiro abre as 20hs, segundo informações que obtive. E fecha as 4hs da madruga.
Essa casa fica na pista que vai de Caraguá para São Sebastião, do lado esquerdo. Tem um luminoso azul, interessante, que parece ter uma silueta de alguém carregando uma prancha de surf.
A aparência externa é um pouco misteriosa, porque não dá para ver nada de fora para dentro, parece que o lugar está fechado (como se nenhum estabelecimento ali funcionasse, se é que me entendem). Então, quando a curiosidade é grande, a gente vai até lá e vê o que acontece. Depois que entrei, vi que tem uns marmanjos (colaboradores do local) que ficam de olho quando alguém aparece e abrem logo o portão. Mas realmente não é nada intuitivo. A impressão que se tem é que você pode ficar pagando mico do lado de fora, o que pode ser algo constrangedor. Mas abriram rapidinho o portão, e entrei.
Logo vi uns 5 ou 6 carros estacionados, ouvi música, vozes e zueira de meninas. Havia mais lugar para diversos carros, mas é que não estavam estacionados de maneira organizada.
O valor da entrada é R$ 10,00 que podem ser consumíveis, menos mal.
Na entrada tem um pequeno pórtico para onde você sobe por alguns poucos degraus, e fica um brother ali que dá as informações iniciais e te passa a comanda, escrevendo seu nome nela.
Notei que tinha uns pares de cuecas e cerca de uma dúzia de primas espalhadas pelos vários ambientes.
Assim que você passa dessa entrada tem um salão razoavelmente grande, com umas 10 mesas espalhadas, um jukebox logo a direita, um palco quase que imperceptível com uma barra de pole dance no meio, e ao lado da saída, à direita tem um balcão onde você pode pedir bebidas. Tem também uma mesa de sinuca.
Passando por esse balcão, tem uma porta por onde se descem alguns degraus e você está na parte dos fundos, bem grande, gramada.
Do lado esquerdo pode ser ver um sobradão, onde explicaram para mim depois que é o local onde ficam os quartos.
Do lado direito tem um outro espaço com outro jukebox, outra mesa de sinuca e algumas mesas e cadeiras de marfinite vermelho.
Na parte central também tem um monte dessas cadeiras e mesas em volta de uma piscina.
Existem alguns outros detalhes do local que não tive curiosidade de perguntar, mas em suma é isso.
Assim que entrei, encostei no balcão para pedir uma bebida.
Acho que não deu nem 2 minutos, já chegou uma moçoila do meu lado, loira de koleston, que disse ser Júlia. Não deram nem umas 3 frases de conversa e já veio uma frase que não curto muito: "Paga para mim uma bebida?". Disse a ela que iria ficar devendo. Não sei sobre vocês confrades, mas eu detesto esse pedantismo de bebida. Não tem nenhuma cerimônia, a pessoa mal pergunta seu nome e já vai logo querendo fazer a distribuição de renda... rsrsrsrsrsrsrs.
Bom, mas certo é que ninguém colocou uma AR15 na minha nuca e me forçou a entrar no lugar... tá na chuva, tem que comprar uma capa ou tem que se molhar... rsrsrsrsrsrsrsrss
Assim que neguei a bebida, acho que a pessoa logo deu linha na pipa. Sentei em um banquinho ali próximo, e logo veio outra moça da casa. Morena alta, parecia ter já uma experiência nessa estrada. Dei muita risada quando ela falou o nome dela, Dirce. Porque Dirce para mim é sinônimo de perereca, rsrsrsrsrsrs. Simpática, mineira, mas também em 5 minutos perguntou o mesmo se eu ia ajudar a matar a sede (do bolso) dela. Mais uma vez tive que negar, e pensei. Não vai demorar muito, vão me mostrar o portão por onde eu entrei, rsrrsrsrsrsrrs.
Ali fiquei, de boa, sem chamar ninguém, só apreciando o movimento. Mais cuecas entrando, as meninas andando de um lado para o outro. Ouvindo os tesouros que programavam no jukebox. Bem, para aliviar o stress, estava valendo qualquer coisa.
Com a bebida na mão fui ver a casa, ver o que era aonde, para passar o tempo. Infelizmente da possível dúzia de primas que vi, parecia que nenhuma estava dentro do calibre da preferência.
Sentei de novo, e fiquei lá de boa. De repente, chegou uma prima nova, e quase não acreditei que ela me disse "Boa noite!". Sinceramente, nunca recebi um "boa noite" de qualquer prima em qualquer reunião de família dessas que eu tenha ido. Fiquei impressionado, rsrsrsrsrsrsrs. Pior é que era um pedacinho de mal caminho, mignozinho, loirinha, olhos claros, gatinha. Pensei, me dei bem!
Conversa vai, conversa vem, ela disse que é norma da casa que se a menina fica com um cliente, ela tem que pedir bebida, o que foi uma abordagem bem mais inteligente do que as outras, que só chegaram com o canivete e disseram "passa a grana", rsrsrsrsrsrs. Eu expliquei a ela que tinha negado para as outras meninas, e tal, mas acabou me convencendo. Bem, já que gostei da companhia, tem que pagar o preço.
Acabei descobrindo através dessa menina, Maiara, que o programa é de 30 minutos, o valor é de R$ 150,00 com o valor do quarto incluído. Caracas, nem havia percebido que tinha acabado de chegar em Serra Pelada e que tinha que comprar uma pepita. Pensei, afffffffffffff, que mercado inflacionado. Vejam como somos capazes de fazer muitas contas em pouco tempo...
R$ 150,00 por meia hora
R$ 10,00 da entrada
R$ 50,00 (ou mais de bebida para a menina)
Já deu R$ 210,00. Bem, com R$ 210,00 é possível escolher a dedo uma beldade do Club Models, e ir até o abatedouro dela, e ficar lá uma hora e meia.
Bem, como não sou burro, e também não acho que minha grana seria capim, achei melhor vazar logo, antes que a quantidade de bebidas fosse maior que o programa de meia hora.
Mas acho que valeu a pena para conhecer o lugar. Numa falta de opção, já que não tem tú, vai tú mesmo.
Pelo menos é uma informação para os confrades, porque ou está cheio de sonegador na região, ou não tem forista que passe por aqui.
Grande abraço, membros da confraria.
Bons TDs a todos!