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Memórias de um Rio libertino

Espaço para os foristas postarem assuntos gerais regionais do estado do Rio de Janeiro.

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Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
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Anal:Sim 0Não 7
Oral Sem:Sim 0Não 7
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Memórias de um Rio libertino

#1 Mensagem por -Dante » 24 Jun 2019, 23:12

Aqui jaz a luxúria, fossilizada e morna sob o mausoléu de concreto – Assim eu relatei a despedida e o sepultamento da Discoteca Help, em Copacabana. Enterrada por um museu que até hoje não teve sua construção concluída, ninguém sabe se terá.

Sempre me espantou que tão poucos foristas frequentassem a Help, a maioria nem sequer pisou no antigo tempo da luxúria. Uma lacuna no currículo. Sim, forista sem fé, a Help foi um dos maiores templos do pecado que já existiu no Rio. Fincada em frente à praia de Copacabana, na altura do Posto 6, sua fachada em neon, com pernas dançantes piscando em sequência, ali era o abrigo dos notívagos, dos boêmios e dos gringos de passagem pela cidade. Por dentro, um coliseu ainda decorado e preservado como as antigas danceterias da década de 80 (foi inaugurada em 1984 pelo Chico Recarey). Paredes cobertas por lantejoulas azuis, enormes globos espelhados pendurados no teto, um pequeno palco na extremidade da pista, dois bares e dois andares. A Help guardava as proporções de um mamute da libertinagem.

A pista da boate costumava lotar a partir da meia-noite, uma quantidade enorme de garotas de programas vinda de todos os cantos, de todos os bordéis. A multidão comprimida naquele imenso espaço de festa unia uma tribo cosmopolita em busca do prazer e do dinheiro. Não havia um dia melhor ou pior. Na quarta-feira, na sexta, sábado ou no domingo podíamos chegar e encontrar o ambiente abarrotado. Na porta do banheiro masculino havia a foto do Bono Vox, onde um senhor careca permanecia de plantão distribuindo toalhas de papel.

Nada se comparava ao Carnaval da Help, mulheres seminuas desfilando por todos os lados, seios à mostra, oferecendo-se para o abate sem nenhum pudor. Nunca foi impossível encontrar um sexo gratuito ali, eu mesmo vivi muitos encontros em que nada me foi cobrado.

O DJ tinha um repertório eclético e dos mais animados da noite carioca. Dancei muito naquela pista circular, muitas vezes me divertindo sozinho e bêbado durante a madrugada inteira. Se havia um lugar onde a alegria boêmia nos invadia, esse lugar era a Miss Help, como apelidaram os gringos. Não falo movido pela nostalgia, pois nostalgia é a vontade de reviver; falo pelo sentimento da ausência, queria que ainda existisse algo parecido com o que foi a Help.

Às 3h da madrugada, tocavam uma sessão de músicas românticas que nos permitiam dançar de rostinho colado com alguma mulher que aceitasse o convite. Um clima de cabaré dos mais legítimos. Perdi as contas de quantas garotas beijei, de quantas se deitaram comigo no Vanity, um motel que ficava a poucos metros do templo. A Help nunca foi um programa noturno, era uma religião. No bar em frente, eu me calibrava com um bom uísque antes de entrar na arena. No próprio bar, o flerte escancarado antecipava as expectativas da aventura iminente. Existia uma adrenalina que hoje não encontro em lugar algum. Eu não amei na Help, mas amei a Help.

Quando, por acaso, passo de carro em frente ao antigo endereço do Posto 6, minha vontade é desembarcar e pendurar uma faixa naquela construção sombria e tortuosa que anuncia um museu inconcluso, escrever nela os dizeres que abriram este texto:

Aqui jaz a luxúria, fossilizada e morna sob o mausoléu de concreto...

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Re: Memórias de um Rio libertino

#2 Mensagem por -Dante » 15 Jul 2019, 11:24

KARIN

Por que não dizer que sou um velho viking? Sou o argonauta que se guia pela fé nas estrelas noturnas, que ainda se entusiasma com o brilho prata da lua. Um argonauta em busca da mulher idealizada pela libido e pelos ecos românticos que me moldaram homem. Não navego apenas sob as luzes amarelas e pálidas das lâmpadas de vapor de mercúrio que acendem o asfalto, também navego através do tempo. E foi agora à noite, estimado forista, que me emergiu uma remota lembrança das névoas turvas da memória. Às vezes, num lapso de segundos, nos embrenhamos em longas viagens temporais, mas permanentemente ancorados na maldição eterna de um presente que ruma sem bússola em direção ao futuro incerto.

Aconteceu nos idos de 1994. Peguei o telefone e liguei para um anúncio do finado Jornal do Brasil, o nome da menina era Karin, apresentava-se como gaúcha em temporada no Rio. Ela me atende do outro lado da linha com forte sotaque sulista e uma voz temperada com suave sensualidade. O som me entusiasma. Começamos a conversar sobre os detalhes e valor para o encontro, mas por algum motivo indeterminado o diálogo prosseguiu e se repetiu por alguns dias antes que nos encontrássemos. Por essas linhas do mistério que compõem as ocorrências insólitas da vida, desenvolvemos um tipo de afeto mútuo através dos contatos pelo telefone.

Marcamos o primeiro encontro numa noite de quinta-feira, ela me convidou ao seu apartamento em Copacabana. Karin morava na rua Barata Ribeiro, quase esquina com Siqueira Campos, num desses prédios de quitinetes que abrigavam todos os vícios sexuais remunerados. Chego no horário, atravesso a portaria e dou boa noite a um porteiro indiferente. Subo ao terceiro andar, me deparo com um corredor escuro, imenso. Toco a campainha da porta cujo número correspondia ao que ela me indicou. Abre-se uma pequena escotilha de metal, na altura do meu rosto, dois olhos verdes faíscam do outro lado. Estremeci. Finalmente, a porta escancarou-se e vejo uma loira encaixada num short jeans curto que deixava à mostra pernas bem torneadas, uma camiseta justa revelava o corpo esguio e curvilíneo. A gaúcha sorri e eu penetro no apartamento minúsculo, em que quarto e sala se dividiam por uma estante e a cozinha era embutida numa das paredes próxima à entrada.

Tenso, pedi um copo d´água. Quando ela se levantou para pegá-lo, reparei que a poupa da bunda vazava pelas extremidades do pequeno short que vestia. Karin era sexy e sedutora. Conversamos, primeiro na sala, depois ela me sugeriu irmos para o outro lado da estante, onde ficava uma cama de casal, a televisão e um moderno aparelho de telefone. Recostamo-nos lado a lado no colchão e continuamos a conversar. Em determinado momento, sem mais conseguir resistir, invisto num beijo em sua boca. Ela não se opõe. Ao separarmos os lábios, me pergunta que impulso era aquele. Eu respondo com mais um beijo, puxo sua camiseta para baixo e abocanho seus seios. Ela permite. Logo estávamos sem roupa, embolados sobre a cama, entregues ao sexo inevitável.

Karin tinha o calor das boas mulheres, seu corpo parecia envernizado com o dourado do Sol do posto 3. Seus beijos generosos funcionavam como correntes elétricas erguendo meu pênis no mesmo efeito da estática que ergue os cabelos. Acredite, incrédulo forista, eu me apaixonei naquela mesma noite.

No dia seguinte, enviei flores e ela me ligou emocionada. Marcamos novo encontro. Do novo encontro, vieram outros. A sequência de romance e sexo que prosseguiu por três meses consecutivos construiu a incubadora da paixão avassalante que tomou conta de todos os meus sentidos. Praia, cinema, jantares, livrarias, fazíamos de tudo juntos. Karin se mostrou culta e falava fluentemente a língua inglesa. Certamente, a mulher de programa mais inteligente que conheci. O que eu ainda não havia tomado consciência é que, nas entrelinhas da minha história com Karin, havia oculto um enredo de novela.

Ela estava no Rio de passagem, vinda de uma então recente temporada em Florianópolis. A quitinete em que se instalou pertencia a um japonês, seu cliente. Foi roubada por outra garota de programa ao chegar em Copa. Alguns meses antes, havia sido deportada da Inglaterra, onde viveu por anos ilegalmente. Determinada, pretendia retornar à Europa e já teria traçado Madrid como seu próximo destino. Apareci no seu caminho e, aparentemente, abalei seus planos. Ela insistia em voltar para a Europa, mas me prometeu que seria algo provisório, desejava fazer alguns cursos e no espaço entre três e seis meses voltaria. Acreditei em sua palavra. Resignei-me.

Dezembro de 1994, o Natal se aproximava. Enquanto ela ajeitava os últimos objetos na mala, fui tomar banho e não tenho pudor em confessar que senti uma ânsia de choro quase irrefreável debaixo do chuveiro. Talvez, por um mau pressentimento...

Dentro de um táxi, atravessando ruas com árvores ornadas de luzes coloridas, enfeites e duendes vistosos nas sacadas dos prédios, partimos juntos para o aeroporto da Ilha do Governador. Sinceramente, afeiçoado forista, não me recordo de ter sentido dor emocional maior em minha vida até aquele instante. No saguão onde fez o check-in, ela trocou alguns dólares com um cambista itinerante e ouvimos o chamado para o seu voo. Caminhamos com as mãos entrelaçadas até o limite do embarque. Beijos e separação. Enquanto se afastava, olhou brevemente para trás, um último aceno e desapareceu da minha visão. Para sempre...

Voltei à parte externa do Galeão na intenção de pegar qualquer ônibus que me levasse ao Centro da Cidade. Eu sentia um peso no corpo que quase me afundava na calçada. Depois disso, foram meses de espera, telefonemas e cartas trocadas. Da Espanha, ela me enviou um livro de Garcia Lorca, onde escreveu algumas palavras sobre o poeta. Na virada do ano, telefonou-me da Itália e fortaleceu minha esperança em nos revermos. Outros meses correram e seu último telefonema foi de uma cabine no Reino Unido. Ela havia conseguido retornar à cinzenta Londres. Ao desligarmos desse último contato, veio o silêncio. Nunca mais. A paixão foi substituída por um estado depressivo que, também, poucas vezes conheci igual. No fim, restou o que resta de todos os amores que se perdem: a impalpável e inodora memória.

De volta ao século 21, sobrevivi à viagem ao passado, mas percebo que ainda trago comigo uma prova das páginas aqui escritas, um livro e algumas palavras que ela me dedicou quando ainda estava em Madrid. O que me faz lembrar de uma frase de Mário Quintana... “O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente”.

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Re: Memórias de um Rio libertino

#3 Mensagem por -Dante » 28 Jul 2019, 23:06

*BRISA*

(Da série Mil e uma Noites com Miss Help)

A Help, saudoso e difamado inferninho, um épico de Copacabana. Cravada na Av. Atlântica, a boate confrontava orgulhosa o oceano, sem esconder a sua vocação libertina. Templo preferido das garotas de programa e dos gringos peregrinando em busca de aventuras sexuais. Em muitas ocasiões, me serviu como refúgio, abrigando meus solos pelas madrugadas. Por dentro, uma festa psicodélica, guardava as dimensões de um coliseu, com paredes revestidas de lantejoulas azuis e a pista iluminada por estroboscópios refletidos em enormes globos espelhados. Sobreviveu à virada para o século 21 como um cenário imutável dos anos 80. Hoje, demolida, está perto de virar o Museu da Imagem e do Som. Ali jaz a luxúria, fossilizada e morna sob o mausoléu de concreto.

Foi entre amazonas, caçadores e forasteiros que ela despontou da arena erótica e me pediu uma cerveja. Morena e bonita, não neguei a gentileza. Bebemos e conversamos por algum tempo, até que a jovem me disse que não queria trabalhar naquela noite e me convidou para sentar à beira da praia e esperar o Sol nascer. Estranhei o chamado, mas aceitei.

Acomodados na areia, me ocorreu que eu não havia perguntado o nome da mulher.

“Brisa” – ela me responde.

Imaginando que fosse apelido de guerra, perguntei pelo nome real.

“Brisa” – confirma mostrando a carteira de identidade com registro na Bahia.

Que força milagrosa carrega a natureza. Cultiva flores em desertos e sopra brisas poéticas na penumbra árida dos porões humanos. Consegue inspirar uma prostituta a abdicar da grana, apenas para assistir os primeiros raios do dia ao lado de um homem qualquer. Então, com um beijo delicado, a alvorada banhou-se no mar.
Editado pela última vez por KARABOBO em 28 Dez 2019, 06:53, em um total de 1 vez.

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Re: Memórias de um Rio libertino

#4 Mensagem por -Dante » 09 Jul 2020, 00:40

Lembro-me da primeira vez em que pisei sobre os paralelepípedos da Vila Mimosa, ela ainda ficava no Estácio, numa região que resistia como resquício do antigo Mangue, na Cidade Nova. A Vila Mimosa nesse passado remoto era literalmente uma vila, cuja entrada ficava onde hoje é a estação do metrô do Estácio, havia uma rua perto da Joaquim Palhares que se chamava Miguel de Frias, ali ficava a entrada de um dos universos mais ricos que já testemunhei.

Assim que entrei, a primeira percepção que tive foi de que havia muitas putas velhas, velhas e gordas, era como estar num filme felliniano. As casas eram típicas casas de vila, velhíssimas, as mulheres ficavam na porta, como ainda é hoje. Final da década de 70, sem smartphones, sem Aids e a transa se fazia espontaneamente no pelo. Hoje, tudo mudou. Difícil era avistar alguma mulher interessante no meio de anciãs e barangas. A Vila, nessa época, podia significar doenças venéreas e o famoso piolho de pentelho, o chato. Não era raro sair de lá premiado.

Numa única vez, eu testemunhei uma loira colossal desfilando por lá, parecia uma garota de Ipanema, linda, escultural. Convoquei para a alcova. Eu devia ter imaginado que uma mulher tão bonita no meio da selva deveria ter suas frescuras. Dentro do quarto, a menina não chupava sem antes desinfetar o pau do cliente com borrifos de desodorante. Puxou um frasco verde do desodorante Brut e tascou no meu combalido pênis. Ardeu, afeiçoado forista. Ardeu tanto que me recordo até hoje.

O metrô veio e a Vila se foi para a Praça da Bandeira. É inegável que na Praça da Bandeira ela ficou melhor. A maioria das idosas da antiga Vila do Estácio talvez já tenham falecido. Novas idosas surgem na Vila da Praça da Bandeira. Existem aqueles como eu, que não são jovens nem idosos, somos Highlanders em batalhas incessantes sobre o céu da madrugada. Sucumbem os que perdem a cabeça.

"There can be only one!"
Editado pela última vez por KARABOBO em 09 Jul 2020, 06:35, em um total de 1 vez.

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Re: Memórias de um Rio libertino

#5 Mensagem por KARABOBO » 09 Jul 2020, 06:40

Camarada Dante,

Essa sua escrita, reativou minha memória de quando a VM era no Estácio, fui algumas vezes no final dos anos 70.

Depois veio o Metro, e quando passou para o outro lado, nunca mais visitei tal "Antro".

Me mudei do RJ, há 34 anos, mas as memórias ficam e as vezes são reativadas por algo que alguem escreve ou relembra.

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Re: Memórias de um Rio libertino

#6 Mensagem por -Dante » 06 Set 2020, 13:13

Adentrando pela velhice, quando num dia tardio eu desaparecer, restarão os arquivos dessas memórias escritas nos fóruns e no livro que deixei sobre a vida mundana (O Paraíso de Dante). A morte de um Highlander nunca pode ser descartada, vi foristas falecerem de súbito, boêmios que hoje são lembrados somente por aqueles que compartilharam da companhia de quem muitas vezes levava uma vida dupla. Somos folhas caindo da árvore da existência.

Estava aos pés da madrugada tomando meu conhaque num pé-sujo na esquina da obscura Rua Ubaldino Amaral com Mem de Sá, na Lapa. O movimento intenso da calçada era ignorado pelos bêbados do balcão, todos debruçados sobre a vitrine de ovos coloridos e de uma gordurosa rabada que prometia um infarto fulminante a quem a ingerisse. Eu estava feliz agarrado ao copo, observando o entorno, misturado à alienação dos ébrios. Certa vez, um ancião de alto teor etílico me ensinou que o dia é a rotina, o trabalho, a preguiça da praia; já a noite é o imprevisível, o gozo, a pele em contato libidinoso, é o mistério, a perversão.

Eu tinha bebido tanto que começava a sentir dificuldade em focar os olhos num ponto fixo. A felicidade do álcool atordoa, obstrui os sentidos. O meu estado de suspensão animada não me impediu de ver a mulata que passou me encarando, quase me desafiando para um duelo sexual. Paguei esbaforido a bebida e saí no encalço da menina que pingava sensualidade a cada rebolado que a impulsionava para frente. Confesso, afeiçoado forista, eu fazia um esforço sobre-humano para me manter em linha reta, lutei heroicamente contra a sinuosidade dos meus pés. A garota parou em frente a um sobrado rosa, entregou um papel e entrou. Avancei na intenção de permanecer no seu encalço.

O sobrado rosa era uma boate de nome “Sinônimo” (a criatividade dos nomes ainda me espanta). Comprei um ingresso, entreguei ao porteiro, fui revistado e entrei. Gays, lésbicas, simpatizantes e provavelmente alienígenas me aguardavam no interior. Eu havia entrado numa boate LGTB. O lugar tinha dois andares, dois ambientes. No térreo ficava o bar com música ao vivo, gente apinhada, um cara perto do caixa me mostrou a língua como se fosse uma serpente erótica. Assustador. Por alguma dessas coincidências sacanas do destino, o caixa da “Sinônimo” era um antigo barman da Mosaico, precisei de uns dez minutos para convencê-lo de que eu não pertencia ao mundo gay e que estava ali por acidente de percurso. Não sei se ele acreditou. Subi ao segundo andar à procura da mulata e até hoje não me esqueço, tocava uma música do The Cure (Lullaby).

Lullaby

Acredite, forista sem fé, não achei a mulata, mas avistei uma ruiva de cabelos cacheados, pele alvíssima e um corpo estonteante executando o que meu amigo Teixeirinha chama de “a dança da enguia”. A menina se contorcia, se agachava quase se arrastando no chão, levantava com as mãos os cabelos vermelhos num coque sexy. Vestia um top e uma calça justíssima de um tecido preto e brilhoso que devia ser couro. Fiquei hipnotizado, talvez até apaixonado. Como já expliquei, amigo forista, dileto companheiro dessas viagens psicodélicas pelas noites cariocas, o libertino não é aquele que não ama, o verdadeiro libertino ama demais, numa sequência quase vertiginosa de paixões que nascem e morrem. O libertino é um náufrago de amores interrompidos.

Quando estou bêbado, sou cara de pau. Não tirei mais os olhos da ruiva e esperei o momento conveniente para me aproximar. Assim que ela se afastou um pouco da muvuca, cheguei junto e perguntei se ela topava beber comigo. O noturno imprevisível aconteceu, ela aceitou. Seu nome era Raquel e sua primeira pergunta foi para saber se eu era gay, bissexual ou coisa que o valha. Novamente, me peguei explicando que eu não era gay, que havia entrado ali por acidente, para procurar uma pessoa. Não adiantou, amigo forista. Quando você entra numa arena gay, ninguém crê que você não seja gay. Relaxei na gaiola das loucas com receio de em algum momento Raquel me convencer a me assumir. Seria terrível se isso acontecesse, me tornar o Seu Peru da Tijuca. Sentados num canto reservado da boate, ficamos conversando. A menina não teve pudor em me revelar que era bi.

As horas passaram, dançamos rodeados por monas, bichas e travestis eufóricos. Foi uma baita experiência. Ela me apresentou a alguns amigos ou “amigas”. Bebemos todos. Estava perto de inventar que meu nome era Dantielle Morgan, só para não me sentir deslocado. Quase as quatro da manhã ela me disse que ia embora, me ofereci para levá-la. Andamos até o Sucatão e partimos. A menina morava sozinha numa quitinete da Rua República do Peru, em Copacabana (o destino é ou não é um sacana?).

– Quer subir pra saideira? – Ela pergunta.

O apartamento minimalista tinha metade do seu espaço tomado por uma mesa de passar roupa aberta. Sentei-me num pequeno sofá e ela entrou numa área reservada que devia ser o quarto avisando que iria ficar mais à vontade. Pediu que eu tirasse os sapatos. Voltou do quarto flutuando num parco baby-doll e acomodou-se no meu colo. Sim, profético forista, a transa aconteceu e foi magnífica ou ao menos é assim que me recordo dela.

Deixei o prédio trôpego e entrei no Sucatão. Começava a amanhecer e a sensação de ressaca se insinuava em minha cabeça. Desconheço se a boate Sinônimo ainda funciona. Passei um bom tempo sem conseguir contato com Raquel, mas um dia ela me ligou perguntando se eu poderia pegá-la no Grajaú. Fui. Depois disso nunca mais nos vemos. O libertino é um náufrago de amores que surgem como miragens e desaparecem no horizonte inalcançável.

"O que torna as pessoas sociáveis é a sua incapacidade de suportar a solidão e, nela, a si mesmos." (Schopenhauer)
Editado pela última vez por KARABOBO em 06 Set 2020, 14:41, em um total de 1 vez.

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Re: Memórias de um Rio libertino

#7 Mensagem por -Dante » 24 Set 2020, 22:16

O libertino só descobre a própria condição após o batismo. No meu caso, fui batizado na antiga e lendária Casa Rosa, na Rua das Laranjeiras, aos 14 anos de idade. Após o primeiro batismo, tive a confirmação do meu destino numa sala comercial da Rua Siqueira Campos, em Copacabana, com uma mulata descomunal chamada Ababele. O libertino padece de algo semelhante ao vampirismo, sente uma sede ancestral e insaciável dos fluidos vaginais; não morde, mas inocula seu sémen em suas vítimas na tentativa de apaziguar a fome incontida de sexo. Não deixa de ser uma maldição que muitas vezes consome seu portador em diversos aspectos da vida. Não há fuga para quem emerge para a vida como um libertino; estará destinado às tresloucadas paixões, nunca ao amor.

Sim, forista sem fé, o libertino não ama, mas pode ser acometido por paixões febris motivadas pelo conjunção carnal, ocasiões em que flerta com um sentimento obsessivo próximo à loucura. É no turbilhão dessas paixões que o libertino perde dinheiro, perde a noção e pode ser lançado a um profunda depressão emocional. É possível dizer que paixões são como a kryptonita para um libertino. Nesse estado, um libertino pode ser capaz até de se casar com a meretriz que consiga enfeitiçá-lo.

Foi filosofando durante uma caminhada que lembrei da minha primeira paixão libertina e do lugar onde a conheci. Há muitos anos existia um bordel que foi o maior e mais frequentado da Tijuca, ficava exatamente em frente à estátua do Bellini, no estádio do Maracanã. O nome do lugar era Termas Continental e hoje o que se vê é uma casa abandonada em que o passado insiste em sobreviver pelas marcas quase apagadas do antigo letreiro na fachada. Foi ali que vivi minhas primeiras comunhões sexuais. O ambiente espaçoso já estava dando sinais de decadência quando o descobri, começava a se assemelhar a um trash, mas com mulheres bonitas, de porte cavalar. Eu percorria o estirão da Praça Saenz Peña até o final da Rua Paula Souza, onde dobrando à esquerda para a Av. Maracanã entrava no puteiro. Na recepção, uma coroa antipática nos recebia. Não se usava roupão.

Na Continental vislumbrei Adriana, uma mulata que parecia ter sido concebida por Sargentelli ou criada pelo caricaturista Lan. A garota era uma paisagem turística, que não deixava nada a desejar para o Pão de Açúcar ou o Corcovado. Linda, graúda, com uma bunda que só podia ser medida em hectares. Maravilhosa. Foi a primeira mulher que me fez gozar em sua boca, o que talvez explique minha súbita paixão por ela. Um bom boquete é capaz de nos causar a ilusão do amor hollywoodiano. Virei freguês fixo e insistente. Ela morava num quarto e sala na Rua São Francisco Xavier e passou a me atender também em sua casa. Sempre cobrou, mas de tão sedutora me fazia pensar que eu é que queria pagar. Adriana foi daquela geração de putas fora de série, que eu nem sei se ainda existem.

Um dia, sem aviso ou pistas, desapareceu. Não consegui mais encontrá-la. Deixou o endereço onde morava. Sumiu. Muitos anos depois, voltando de uma noite efervescente de forró em Copacabana, a encontrei dentro do ônibus, conversando com o motorista do ônibus 415 (Leblon / Usina). Eu estava sentado numa poltrona quase diante dela, mas não me viu. Esperei que saltasse, o que aconteceu próximo ao Estácio, e fui atrás. Madrugada, quase ninguém na rua, tive receio de que ela se assustasse com a minha perseguição, decidi acelerar o passo e abordá-la.

– Não sei se você lembra de mim, fui seu cliente na Termas Continental – eu disse.

A garota me olhou assustada, sem parar de caminhar e apenas balançou a cabeça respondendo que não. Pronunciou somente duas palavras e embrenhou-se nas sombras do tempo.

- Sou casada.

Nesses momentos, o libertino toma consciência de sua maldição, do seu pacto com a solidão inevitável, quase se entristece, porém, no instante seguinte, lembra-se que é livre, dono de uma liberdade tão poderosa que seu coração estremece. Então, é com um sorriso que mergulha por vontade própria nas sombras da noite.
Editado pela última vez por KARABOBO em 25 Set 2020, 07:49, em um total de 1 vez.

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