Comedor da ZN escreveu:Estava torcendo pelo Borussia. Não gostei da postura do Bayer de contratar o principal jogador do rival nas vésperas da decisão. Parece que o Lewandowski foi aliciado também. Acho que isso tira um pouco a graça do futebol que está se tornando cada vez mais um negócio onde o que só vale é o dinheiro.
Não é bem assim, mas concordo que a maneira como o negócio do Mario Götze foi conduzido, foi da pior maneira possível. Mas o erro aí foi do Borússia, que deixou a bola quicando. Parece que quando eles fizeram o contrato do Gotze, não imaginaram que ele se valorizaria tão rápido. Deixaram a multa contratual em 38 milhões de euros, provavelmente porque na época do contrato, ele não era ninguém. Passados menos de 2 anos, o cara virou um cracaço e o Borussia se esqueceu de rever o seu contrato. Daí, se fudeu. O Bayern foi lá, pagou a multa e ficou com o jogador. SE não fosse o Bayern, poderia ter sido o Chelsea, o City, o Barça, qualquer um com dinheiro.
Comedor da ZN escreveu: Um ponto que eu discordo da maioria das pessoas é que eu não vejo muita graça no futebol europeu. Não curto exatamente o que todo mundo adora, o excesso de profissionalismo. É muito chato. Uma final de campeonato, e o time que está ganhando não faz cera, não tem catimba, reclamação acintosa, ou simulação de falta por parte dos jogadores. Eu acho eu futebol tem que ter um pouco de malandragem, senão fica muito frio.
Discordo totalmente de vc. É exatamente essa mentalidade, que faz o futebol brasileiro ficar sempre atrás. E estamos ficando átras não apenas no lado organizacional, mas também no quesito técnico.
Cara, o que eu vejo é que a bola rola muito mais na Europa, do que no Brasil. O ritmo do jogo é muito mais intenso lá, do que aqui. É isso que acho melhor.
Outra coisa, nosso futebol está cada vez mais violento. O brasileiro que sempre se prevaleceu pela melhor técnica, é hoje um dos jogadores mais violentos do mundo. Antes a gente atribuía isso aos argentinos, uruguaios, paraguaios, mas os brasileiros estão no mesmo nível, se não pior. Jogo no Camp. Brasileiro não tem continuidade, porque os nossos jogadores só pensam em parar as jogadas na falta. Isso não é malandragem, isso é violência mesmo. Ontem no jogo Flu x Olimpia, o Fred ficava acintosamente dando cotoveladas na cara dos zagueiros paraguaios, de maneira escandalosa. Essa, infelizmente, é a mentalidade dos nosso jogadores de hoje. Aquela de que tem que ganhar de todo jeito. Ganhar de qualquer maneira, seja na malandragem, induzindo os árbitros ao erro o tempo todo, seja na base da violência.
Na boa, essa coisa de jogador ficar inventando falta, jogador cai-cai, ficar aquele excesso de malandragem, pra mim está se virando contra nós. Tipo aquela cena do David Luiz, num jogo do Chelsea, onde ele simula uma agressão, o jogador do time adversário é expulso, enquanto as câmeras da transmissão, o filmam para o mundo inteiro, caido no chão e rindo da cara do árbitro, por ter conseguido enganá-lo. Ele nem finge que está sentindo dor, ele ri descaradamente. Essa imagem correu o mundo, e infelizmente, mostra muito desse aspecto terrível nosso, que é o da malandragem, da esperteza acima de tudo.
Outra que me veio na mente, foi num jogo entre Shaktar e um time da Dinamarca pela Liga dos Campeões. Um jogador do time ucraniano havia precisado ser atendido, daí, teve aquele lance do fair play, com os dinamarqueses jogando a bola pra fora. Depois, a bola foi devolvida, em direção ao goleiro do time da Dinamarca. E adivinha?? Um jogador do Shaktar interceptou a bola do fair play e fez um gol, pra revolta de todos no estádio. E adivinha a nacionalidade do espertão, do malandrão, do único jogador da história do futebol a fazer um gol roubando uma bola de um lance de fair play?? Lógico, tinha que ser brasileiro.
Compson escreveu:E os pênaltis (o dado para o Olimpia e o não dado para o Fluminense)?
Na boa, não dá pra dizer que o Flu foi eliminado porque foi roubado. O penalty do Olimpia pode não ter sido escandaloso, mas foi um lance de interpretação. O Flu dependia de um gol, apenas um gol pra ser feito em todo o segundo tempo. E não conseguiu fazer, por pura incompetência.