Não tem como evitar a saída dos grandes jogadores. O Pato vai ganhar 20 vezes o que ganha aqui. colocar idade mínima para uma pessoa ir trabalhar no exterior é inconstitucional, não existe para nenhuma profissão, porquê existiria no futebol. O que deveria mudar é este cálculo da cláusula indenizatória; vinte milhões de dólares pelo Pato é pouco, se ele confirmar seu potencial na Europa, valerá quatro vezes mais, e o Milan é quem lucrará muito com o Pato, mesmo que não venda. O Kaká foi vendido pelo SP por oito milhões de dólares, hoje o Milan não vende por cem milhões de dólares. Aliás, vocês lembram no ano passado, quando o Fernando Carvalho não queria colocar o Pato para jogar antes de ele renovar o contrato. Pelo contrato anterior qualquer clube do Brasil que depositasse quatro milhões de reais, levaria o Pato. Se o Inter conseguiu vinte milhões de dólares, agradeça a competência do presidente anterior, senão ele sairia quase de graça, que nem saiu o Ronaldinho Gaúcho.
Nos últimos anos, o Inter tem vendido um jogador de nível de seleção brasileira formado em suas categorias de base, por ano: Lúcio, Rockemback, Daniel Carvalho, Nilmar, Sóbis, Pato. Neste mesmo período, o desempenho do Inter em competições nacionais e internacionais tem melhorado ano a ano, saindo de um quase rebaixamento em 1999 e chegando a conquista da libertadores e mundial em 2006. única recaída foi em 2002, primeiro ano da gestão Fernando Carvalho. Onde eu quero chegar: temos que torcer para que estes jogadores continuem surgindo, e se não tiver como mantê-los, pelo menos vendê-los bem, e os recursos usar com competência; por exemplo: contratando jogadores do nível de Fernandão, Tinga, Fabiano Eller, Jorge Wagner, Yarley, Cristian, Marcão, Guinazú, Magrão, todos jogadores com pouco risco de não darem certo. O que não pode é ir no interior do estado e buscar numa leva 3 ou 4 jogadores, ir lá na segunda divisão e buscar outros tantos. Cabeças de bagre, nossos clubes tem bastante, não precisa contratar, afinal cada elenco tem 50 jogadores.