Aqui , só na tarja preta , negada....
Troquei uma idéia agora pouco com o Cacau, cabra poético de Itabira, meu brother, e ele me autorizou, via médium, que eu fizesse uma versão de sua célebre poesia “ E agora, José? “ Ele mesmo pagava um pau pro Corintia ...
E agora, Timão?
O jogo acabou,
a luz apagou,
a torcida chorou,
a noite esfriou,
e agora, Fiel?
e agora, Dom Brás, Xman, eu?
a gente que é sem noção,
que zomba dos outros,
nóis que faz flauta,
que torce, protesta?
e agora, Fiel?
Está sem estádio,
está sem discurso,
está sem time,
já não pode zoar,
já não pode torcer,
xingar já não pode,
a noite esfriou,
a vitória não veio,
o futebol não veio,
o gol não veio
não veio a raça
e tudo acabou
a esperança fugiu
nosso time acabou,
e agora, Fiel?
E agora, Dualib?
Sua ambígua palavra,
seu instante de fama,
sua gula e hipocrisia,
sua parceria,
sua fachada de mármore,
seu clube sem sócios,
sua ganância,
seu egoísmo - e agora?
Com a chave do clube na mão
quer abrir a porta,
não existe porta, não existe time;
quer quebrar o contrato,
mas o dinheiro secou;
quer ir para a Libertadores,
Libertadores não há mais.
Nesy, e agora?
Se você fosse digno,
se você fosse corintiano,
se você valesse
a cueca que veste,
se você tivesse vergonha,
se você pensasse nos outros,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, Dualib!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem apoio dos seus vices,
sem cadeira de presidente
para se refastelar,
sem a caneta dourada
que assine a fatura,
você zarpa, Dualib!
Mas e o Corinthians, marcha?
Para onde?