Alcunhas: Coxa, Verdão, Alviverde, Cori
Torcedor: Coritibano, Coxa-Branca
Mascote: Vovô Coxa
Fundação: 12 de Outubro de 1909
Estádio: Major Antônio Couto Pereira
Capacidade: 37.182
Website: www.Coritiba.com.br
O Coritiba Foot Ball Club é um clube de futebol brasileiro, da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná. É o mais antigo clube do estado, sendo carinhosamente chamado de Coxa.
Suas principais conquistas são o Campeonato Brasileiro de 1985[ e trinta e dois campeonatos estaduais, e nos primórdios do futebol Brasileiro, conquistou o Torneio do Povo, em 1973, torneio equivalente a uma Copa do Brasil, pois foram participantes deste torneio só os chamados grandes do futebol Brasileiro, e numa final histórico contra o Bahia, o Alviverde do Alto da Glória ficou com o título. Foi o primeiro título nacional de um time do futebol Parananese.
Em 2005, após uma campanha ruim, foi rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, ficando com a 19º posição na tabela em um total de 22 times (19º a 22º, rebaixados). Ao contrário dos outros times da capital Paranaense que já haviam sido rebaixados para uma divisão inferior, foi a primeira vez, que dentro de campo o Coritiba Foot Ball Club foi rebaixado.
Depois de um quase acesso em 2006, ficando a um ponto da zona de retorno a elite, perdendo a sua vaga para o América de Natal, que posteriormente foi rebaixado antecipadamente a série B de 2008, o Coxa volta em grande estilo, consagrando-se Campeão da Segunda Divisão.
Fundação
No ano de 1909, diversos jovens se reuniam no Clube Ginástico Teuto-Brasileiro para suas exibições de ginástica. No entanto, a atração de uma das reuniões de Setembro acabou sendo outra. A atenção de todos estava voltada para Frederico Fritz Essenfelder, importante membro do grupo, que apareceu no local com uma bola de couro na mão. Após alguns cabeceios e embaixadas, Essenfelder apresentou o objeto aos colegas, explicando que se tratava de uma bola de futebol.
O grupo de jovens se encantou com o novo esporte, e passou a promover partidas entre eles no campo do Quartel da Força Pública. Em pouco tempo, todos estavam completamente apaixonados e decidiram fundar um clube para a prática do futebol, primeiramente chamado de Coritibano Football Club. A fundação ocorreu no antigo Teatro Hauer, na noite de 12 de Outubro de 1909.
Faltava agora apenas um campo para jogar, problema que foi resolvido quando os fundadores conseguiram autorização para usar a área do Jóquei Clube Paranaense. A área foi reformada com obras de terraplanagem, gramado e construção de cercas de arame. O clube jogou ali até 1916, quando passou a mandar seus jogos no Parque Graciosa.
A primeira assembléia foi realizada em 21 de Abril de 1910, após o clube ter solicitado todas as regras do esporte no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nessa assembléia, o nome do clube foi alterado para Coritiba, antigo nome da capital paranaense e que foi mantido mesmo com a mudança de nome da cidade. Foi nessa assembléia também que aconteceu a votação para a primeira diretoria, composta pelo presidente João Viana Seiler e seu vice Arthur Hauer, primeiro e segundo secretário José Júlio Franco e Leopoldo Obladen respectivamente, primeiro e segundo tesoureiro Walter Dietrich e Alvim Hauer respectivamente e capitão Fritz Essenfelder.
Na época, a capital do Paraná recebia o nome com duas grafias: Coritiba e Curityba. Muitas cartas, jornais e documentos daquela época, até hoje existentes na biblioteca de Curitiba, usavam normalmente a grafia Coritiba e esta foi a adotada para o nome do clube. Embora cause alguma curiosidade, já não provoca confusão, e todos sabem que o nome inspirou-se na capital do Paraná. Também as cores, verde e branco, são uma referência as da bandeira do estado.
Primeira partida
No dia 23 de outubro de 1909 (onze dias após a fundação), foi realizada a primeira partida oficial do alviverde. Um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa recebeu os atletas Coxas-Brancas. A partida terminou 1 a 0 para os donos da casa. O time base do Coritiba naquele primeiro confronto era formado pelos próprios fundadores do Clube: Artur Hauer, Alfredo Labsch, Leopoldo Obladen, Robert Juchsch, Carlos Schlender, Fritz Essenfelder, Carl Maschke, Waldemar Hauer, Rudolf Kastrup, Adolpho Müller, Emílio Dietrich, Erothides Calberg e Arthur Iwersen.
Em 1915 João Viana Seiler volta a comandar o clube, que participa do Campeonato da Cidade, primeira competição oficial do Coritiba. No ano seguinte Constante Fruet é o presidente do título do Campeonato da Cidade, vencido em 24 de dezembro. O primeiro título coxa teve Maxambomba como grande destaque. O título estadual de 1916 é conquistado apenas no dia 21 de janeiro de 1917, na vitória sobre o Britânia. Neste ano, também leva o Torneio Afonso Camargo. O Cori passa a jogar no Parque Graciosa, no Juvevê.
Estádio Belfort Duarte, o apelido Coxa e seqüência de vitórias
Em 1920 o time é campeão do Torneio Início, e novamente no ano seguinte, assim como também no Torneio da Cruz Vermelha e do Torneio de Tiradentes. Em 1927, já com Antônio Couto Pereira como presidente, o Cori vence o Campeonato da Cidade e a Taça Fox. Em 2 de janeiro, Staco marca sete gols na vitória de 9 a 0 sobre o Savóia. O Coritiba foi campeão do Torneiro Início em 1930 e 1932 e do Campeonato da Cidade e do Campeonato Paranaense de Futebol de 1931. Da mesma maneira, o clube foi campeão em 1932 do Torneio dos Cronistas Esportivos. No mesmo ano foi inaugurado em 19 de novembro o estádio Belfort Duarte.
Segue então uma fase de vitórias em vários campeonatos, contando com Campeonato da Cidade (1933, 1935 e 1939), campeonato estadual (1933, 1935 e 1939), Torneio Arthur Friedenreich (1934) e Torneio do Início (1939).
Em 1941, durante um Atletiba, o futuro presidente do Clube Atlético Paranaense, Jofre Cabral e Silva, foi tomado pelas emoções do grande clássico e não parou de berrar contra o zagueiro alviverde. Primeiro o chamou de "quinta coluna", em referência a ameaça nazista. Depois, com os nervos ainda mais à flor da pele, engatou de pertinho do campo um grito incandescente: "Coxa Branca! Coxa Branca!".
O apelido acabou "pegando", e no início incomodava não só o presidente Couto Pereira, como toda a torcida alviverde. Com o tempo, porém, o clube passou a contratar jogadores de todas as partes do Brasil e acabou perdendo a velha característica germânica. Com isso, o apelido Coxa acabou sendo adotado também pela torcida do Coritiba e é hoje uma forma carinhosa de se referir ao Verdão.
No começo da década de 1940 o time repete os títulos de 1939, sendo marcados pelos primeiros bicampeonatos do Coritiba. Neno marca sete gols na vitória de 10 a 2 sobre o Jacarezinho em 1 de fevereiro de 1942. Venceram os torneios Imprensa e Luís Aranha em 1943, e o torneio Getúlio Vargas no ano seguinte. Em 1945 conquistam o torneio Cidade de Curitiba. Na mesma época Couto Pereira deixa a presidência do clube após dois mandatos e treze anos no comando do time. O alviverde venceu o Campeonato da Cidade e o campeonato estadual em 1946 e 1947. Em 12 de julho 1949 realizou o primeiro amistoso entre um clube paranaense e uma equipe estrangeira, vencendo o Rapid de Viena por 4 a 0 na Vila Capanema.
O time conquista em 1950 o torneio Triangular de Curitiba, e tanto em 1951 quanto no ano seguinte o torneio Início e o campeonato estadual. São campeões em 1953 dos torneios Quadrangular Interestadual e Quadrangular de Londrina. Tanto em 1954 quanto 1956 e 1957 o Coritiba é campeão paranaense, em 1956 já sob o comando de Aryon Cornelsen, que permeneceu na presidência até 1963. Em 1957 o time ainda ganha o torneio Início.
Fase "Evangelino da Costa Neves"
Em 1959 e 1960 o Coxa é bicampeão paranaense. Nessa época o time perdeu o célebre jogo da moeda para o Grêmio, pela Taça Brasil de 1960. Evangelino da Costa Neves é eleito em 1967 presidente do clube, permanecendo por mais de vinte anos, em três mandatos. Em 1968 o time é campeão paranaense após oito anos de jejum. Também vence o Torneio Internacional de verão (que levaria também em 1970 e 1971). Também enfrentou (com a camisa da Federação) a seleção brasileira, resultando em 2 a 1 para o Brasil, partida essa realizada em 13 de novembro.
Em 1969 o Coritiba é bicampeão estadual e faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, querendo agitar a torcida e reunir recursos para aumentar o Belfort Duarte, Evangelino usa a estratégia do concorrente Atlético e passa a fazer contratações de vulto. Na primeira leva chegam Rinaldo (ex-Palmeiras), Joel Mendes (ex-Santos) e Hidalgo (ex-XV de Piracicaba), que faria história como capitão da equipe. O time então faz nova excursão à Europa e África.
Em 1971 o Coxa assume a hegemonia definitiva do futebol paranaense na chamada década de ouro. O título estadual abre a série do hexacampeonato. É o quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro. Em 1972, na terceira excursão internacional, consegue invencibilidade e recebe a Fita Azul, sendo também coroado campeão paranaense. No ano seguinte vence o Torneio do Povo e o campeonato estadual. No período entre 1974 e 1976, os três títulos estaduais finalizam a maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense. Conquistam ainda o Quadrangular de Goiás em 1975 e a Taça Cidade de Curitiba em 1976 e 1978.
O nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira em 1977, e em 1979 o time é bicampeão estadual. Em 1980 o alviverde é o terceiro colocado do campeonato brasileiro. Após a competição, entra em crise administrativa e financeira que reflete no futebol, e que deixou a equipe sem títulos importantes até 1985.
O time vence em 1981 o Quadrangular do Trabalhador, mas quase cai para a segunda divisão paranaense. Pelas más campanhas no Estadual, participam em 1982 e 1983 da Taça da Prata, a segunda divisão do campeonato brasileiro. Na mesma época vencem o Torneio Ak-Waba. Em 1984 o Coxa volta à primeira divisão e termina o Campeonato Brasileiro em oitavo lugar.
Campeão Brasileiro
Em 1985 acontece a maior glória do Coritiba e do futebol paranaense até então. Desacreditada, a equipe comandada por Ênio Andrade suplanta os desafios e conquista o título brasileiro vencendo nos pênaltis o Bangu em pleno Maracanã. Levaram também o torneio Maurício Fruet. No ano seguinte o time participa da Taça Libertadores da América com uma campanha discreta e é campeão paranaense. Dois anos após o título nacional o time é convidado pelo Clube dos 13 e participa da Copa União.
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Usando os preceitos de Neves, o presidente Bayard Osna reformula a equipe no ano seguinte e conquista o campeonato estadual. Fazia boa campanha no Brasileiro, mas não vai a Juiz de Fora enfrentar o Santos e é suspenso pela CBF com a queda automática para a Série B. O drama do ano anterior ainda abate o clube, que perde o estadual para o Atlético em 1990 e cai para a terceira divisão brasileira.
Beneficiado pela CBF, que havia extinguido a Terceira Divisão, o Cori disputa a segunda divisão, e só cai nas semifinais ante ao Guarani. Em 1995, após uma derrota para o Matsubara, Evangelino Neves é pressionado para deixar o clube. Édison Mauad, Sérgio Prosdócimo e Joel Malucelli assumem o Coritiba e lutam para aplacar as dívidas e montar um bom time. Conseguem, e recolocam o Cori na primeira divisão.
Projeto Clube Empresa
Em 1997 o Coxa é campeão do Festival do Futebol Brasileiro. No ano seguinte faz ótima campanha no campeonato nacional, sendo eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final. Em 1999 é sagrado campeão paranaense. Em 2002, depois de um início claudicante, o Cori melhora na temporada e brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro. Nos próximos dias, lança o projeto de clube-empresa. No ano seguinte, além de ser campeão estadual invicto, o time chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história.
O ano de 2004 começa com o bicampeonato estadual em cima do A. Paranaense, no Kyocera Arena, vencendo seu arquirival em decisões como não ocorria desde 1978, após empate em 3x3. Em compensação, não vai bem nas copas Sul-Americana e Libertadores e é eliminado na primeira fase de ambas.
Títulos
Campeonato Brasileiro: 1985.
Campeonato Paranaense: 32 vezes (1916, 1927, 1931, 1933, 1935, 1939, 1941, 1942, 1946, 1947, 1951, 1952, 1954, 1956, 1957, 1959, 1960, 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1979, 1986, 1989, 1999, 2003 e 2004).
Torneio Início: 10 vezes (1920, 1921, 1930, 1932, 1939, 1941, 1942, 1951, 1952 e 1957).
Campeonato Citadino de Curitiba: 10 vezes (1916, 1927, 1931, 1933, 1935, 1939, 1941, 1942, 1946 e 1947).
Torneio Afonso Camargo: 1917.
Torneio da Cruz Vermelha: 1921.
Torneio Tiradentes: 1921.
Taça Fox: 1927.
Torneio dos Cronistas Esportivos: 1932.
Torneio Arthur Friedenreich: 1934.
Torneio da Imprensa: 1943.
Torneio Luís Aranha: 1943.
Torneio Getúlio Vargas: 1944
Torneio Cidade de Curitiba: 1945.
Torneio Curitiba: 1950.
Torneio de Londrina: 1953.
Torneio Quadrangular Interestadual: 1953.
Campeonato Zona Sul: 3 vezes (1959, 1960 e 1962).
Torneio Internacional de Verão: 3 vezes (1968, 1970 e 1971).
Taça Pierre Colon (França): 1969.
Fita Azul Internacional: 1972.
Torneio do Povo: 1973.
Torneio de Goiás: 1975.
Taça Cidade de Curitiba: 2 vezes (1976 e 1978).
Torneio do Trabalhador: 1981.
Taça Akwaba (África): 1983.
Torneio Maurício Fruet: 1985.
Festival Brasileiro de Futebol: 1997.
Categorias de Base
=> Campeonato Paranaense de Juniores (Sub-20): 3 vezes (1989, 1999 e 2003).
=> Copa Tribuna de Juniores (Sub-20): 13 vezes (1959, 1960, 1963, 1966, 1970, 1972, 1973, 1974, 1976, 1979, 1980, 1981 e 1995).
=> Copa Albenir Amatuzzi: 1993.
=> Aspirantes - 1ª Divisão: 18 vezes (1919, 1924, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1940, 1947, 1949, 1950, 1953, 1955, 1957, 1958, 1966, 1994 e 1995).
=> Campeonato Paranaense de Médios: 7 vezes (1931, 1933, 1935, 1936, 1937, 1938 e 1939).
=> Campeonato Paranaense de Juvenis: 19 vezes (1936, 1946, 1947, 1949, 1950, 1952, 1953, 1954, 1955, 1957, 1959, 1960, 1971, 1972, 1973, 1982, 1984, 1992 e 1999).
=> Campeonato Paranaense de Juvenis - 2º Quadro: 3 vezes (1932, 1934 e 1935).
=> Campeonato Juvenil Metropolitano: 3 vezes (1980, 2000 e 2002).
=> Campeonato Amador: 5 vezes (1947, 1948, 1949, 1951 e 1953).
Futsal
=> Campeonato Paranaense de Futebol de Salão: 5 vezes (1981, 1990, 1995, 1996 e 1998).
=> Taça Paraná de Futsal: 4 vezes (1982, 1987, 1990 e 2006).
Histórico em competições oficiais
Campeonato Brasileiro
Ano => Posição
1971 => 10º
1972 => 5º
1973 => 8º
1974 => 19º
1975 => 22º
1976 => 9º
1977 => 49º
1978 => 18º
1979 => 4º
1980 => 3º
1981 =>
1982 =>
1983 =>
1984 => 8º
1985 => 1º
1986 => 69º
1987 => 7º
1988 => 12º
1989 => 22º
1990 => Participação na Segunda Divisão
1991 => Participação na Segunda Divisão
1992 => Participação na Segunda Divisão
1993 => 23º
1994 => Participação na Segunda Divisão
1995 => Participação na Segunda Divisão, terminando o campeonato como vice-campeão e retornando a Elite do Futebol Brasileiro.
1996 => 14º
1997 => 15º
1998 => 6º
1999 => 13º
2000 => 27º
2001 => 17º
2002 => 11º
2003 => 5º
2004 => 12º
2005 => 19º
2006 => Participação na Segunda Divisão
2007 => Participação na Segunda Divisão, sendo campeão e retornando a Elite do Futebol Brasileiro.
Confrontos
Atletiba
Atletiba é o nome dado ao confronto entre o time com o A. Paranaense, ambos clubes da cidade de Curitiba, que ocorrem desde 8 de Junho de 1924. Inicialmente, a rivalidade tinha base em suas origens, com cada um deles representando uma camada social, sendo o Coritiba marcadamente o clube dos alemães. A própria fundação dos clubes tem certa dose de rivalidade, visto que os fundadores de um dos clubes que deram origem ao Atlético eram dissidentes do Coritibano, que mais tarde tornou-se Coritiba.
Com o passar dos anos, a rivalidade foi aumentando, fruto dos inúmeros jogos decisivos que disputaram estes dois rivais e os tornaram as maiores torcidas do Paraná. Pesquisas recentes sobre o tamanho de cada uma das torcidas apontam a do Coritiba muito maior que a do Atlético.[carece de fontes?]
A primeira vez que o clássico Atletiba decidiu o Campeonato Paranaense de Futebol foi em 1941, com vitória do Coritiba por 1 a 0. Em 1943, o Atlético deu o troco, com duas vitórias por 3 a 2 nos jogos que lhe deram o bicampeonato paranense em 1942 e 1943 e em 1945 nova vitória atleticana, desta vez por 2 a 1.
Em 1968, um gol de Paulo Vechio no último minuto deu o empate por 1 a 1 que garantiu ao Coritiba o título deste ano e começou a mudar a história deste clássico. Em 1969, o Coritiba foi bicampeão e o Atlético conquistou o Campeonato Paranaense em 1970.
A partir daí, começa um período glorioso para o Coritiba, hexacampeão paranense de 1971 à 1977. Se não tivesse perdido o título conquistado pelo Grêmio Maringá em 1977, o Coritiba teria se sagrado eneacampeão parananense, pois conquistou o título estadual também em 1978 e 1979. Caso o Coritiba tivesse ganho também o campeonato estadual de 1970, teria sido campeão por doze anos seguidos, o que seria o recorde brasileiro de conquistas em estaduais.
Neste período áureo do Coritiba, as vitórias sobre o atleticanos foram muitas, no entanto só ocorreram em finais de campeonato nos anos de 1972 e 1978. Curiosamente, tanto a decisão de 1972, quanto os três jogos finais de 1978 (no qual ocorreram alguns dos maiores públicos da história deste clássico), tiveram como resultado o 0 a 0. Em 1978, o goleiro Manga garantiu o título para o alviverde depois de defender dois pênaltis, mesmo tendo sofrido uma contusão antes das cobranças. Reza a célebre história que o goleiro do Coritiba enfaixou o joelho que não estava machucado, induzindo os batedores do Atlético a erro.
Outros dois empates, em 1983 (1 a 1) e em 1990 (2 a 2) deram o título para o Atlético, que ainda conquistou mais dois campeonatos em 1998 e em 2000.
Em 2004 os clubes protagonizaram uma emocionante final. No primeiro jogo, vitória do Coritiba por 2 a 1 no Couto Pereira. No segundo jogo, uma brilhante alternância no placar fez com que o título trocasse de mãos quatro vezes durante o jogo, ficando definitivamente com o Coritiba após empate no final da partida,com uma calorosa comemoração da torcida alviverde, calando a baixada inteira.
E, em 2005, foi a vez do Atlético conquistar o título ganhando no tempo regulamentar por 1 a 0 e depois na decisão por pênaltis, quando venceu por 4 a 2, com o ex-jogador do Coritiba Lima fazendo o gol do título para os atleticanos.
Paratiba
Paratiba é o nome dado ao confronto entre o time com o Paraná Clube, ambos clubes da cidade de Curitiba.
Patrimônio
CT da Graciosa
Em 1988 o presidente Bayard Osna determinou a construção de um centro de treinamento para o Coritiba. Foi adquirido um terreno na antiga estrada da Graciosa, próximo ao trevo do Atuba, cerca de nove quilômetros da sede principal, no Alto da Glória. Mas foi somente em 1995 que o segundo passo foi dado. Joel Malucelli, Sérgio Prosdócimo e Édson Mauad assumiram o Coritiba e deram início às obras.
O engenheiro José Arruda, na época Vice-Presidente do clube, foi à pessoa que ficou responsável e se lançou nesse desafio com confiança e determinação, contando com o apoio de uma competente comissão de obras. A maior parte do dinheiro que viabilizou a construção veio de contribuições mensais do Conselho Deliberativo, presidido na época por Manoel Antonio de Oliveira.
O CT da Graciosa foi inaugurado no dia 20 de Dezembro de 1997. Após muita dedicação e trabalho de todos que ajudaram, o sonho se tornou realidade. Em 2002, Giovani Gionédis assumiu o clube e começou um planejamento estrutural arrojado, que se iniciou com a ampliação e modernização do patrimônio Alviverde.
Hoje, o Centro de Treinamento Bayard Osna se tornou uma referência de modernidade e de espaço para o trabalho dos profissionais do futebol. O trabalho da família coxa-branca fez do Coritiba um dos clubes do país com uma das melhores estruturas. Nela, está galgado o trabalho de aperfeiçoamento da base e a cada ano craques despontam nos seus gramados, sempre com acompanhamento dos melhores profissionais, até chegarem à equipe profissional e tornarem-se ídolos da nação coxa-branca.
O CT conta com cinco campos oficiais de futebol (70x110m), com diferenciados gramados. Além disso, três vestiários, piscina térmica, estacionamento, comitê de imprensa. Para a área médica existe uma moderna clínica de fisiologia, uma completa academia, além de clínicas de fisioterapia, psicologia e nutrição.
Estádio
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, foi fundado em 1909 e tem capacidade para 37.182 pessoas. É apelidado pelos torcedores e pela mídia simplesmente por Couto Pereira ou ainda Alto da Glória.
O maior público registrado foi de 65.943 pessoas em 15 de maio de 1983, com ampla torcida flamenguista, quando o Atlético Paranaense venceu o Flamengo por 2x0. Durante a visita do Papa João Paulo II, em 5 de agosto de 1980, teve um público estimado em 70 mil pessoas.
Em uma reforma ocorrida em 2005 as dimensões do gramado foram ampliadas e as grades de proteção foram removidas, facilitando a visualização do jogo em todos os setores do estádio. Além disso, os equipamentos do campo foram atualizados (traves, gramado, bancos de reserva, ...).
Intitulado originalmente Estádio Belfort Duarte, seu nome foi modificado para o atual em 1977 após reformas para ampliação. Foi uma homenagem a um dos maiores incentivadores para que o estádio pudesse tornar-se realidade.
Torcida
Torcida Organizada Império Alviverde reunida uma hora antes da partida Coritiba x Ceará pelo Campeonato Brasileiro de Futebol; Estádio Couto Pereira
Historicamente a torcida do Coritiba é das maiores do Paraná, estando sempre presente com o clube, mesmo nos momentos mais difíceis. Trata-se de uma torcida apaixonada, reconhecida nacionalmente por esse amor incondicional ao clube.
Em 2004 estiveram presente, pela Libertadores da América, em todos os países no qual o Coritiba disputou o torneio, tais como Peru, Paraguai e Argentina. O clube é detentor da maior torcida organizada do sul do Brasil, a Império Alviverde, que tem importante papel na cidadania da cidade de Curitiba, com seus trabalhos de ações preventivas a violência, e também com ações de caridade.
Desde a sua fundação, em 12 de outubro de 1909, o Coritiba sempre foi um dos dois clubes mais populares do Paraná. Já em 15 de janeiro de 1935, o jornal Gazeta do Povo publicou resultado parcial de uma enquete (os votos eram depositados em urnas) que ajuda a compreender o porte das torcidas do Paraná e de Curitiba naquela época. Computados mais de 5.400 votos, os resultados apontavam: Coritiba 86,2%; Londrina 5,9%; Britânia 3,1%; Atlético 2,8 %; outros clubes 3%.
Na edição de 2 de dezembro de 1985, a revista Placar publicou pesquisa feita, em Curitiba, pelo Instituto Paranaense de Estatísticas. O resultado já indicava uma tendência de cresmimentos das torcidas rivais na ordem das maiores torcidas da cidade: Coritiba 73%; Atlético 26%; e outros 1%. Na faixa entre 10 e 17 anos, o Coritiba já liderava com 86% contra 14% do rival Atlético.
A torcida do Coritiba, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ibope à pedido do jornal esportivo Lance! em 2004, é hoje a maior do estado do Paraná e a 18ª do Brasil, com 1,5 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil.
Mascote
O Mascote do Coritiba é um simpático velhinho com o nome de Vovô Coxa. Ele representa as raízes do Coritiba, um clube de origem alemã que cativou e conquistou os paranaenses e os brasileiros.
Ídolos
Segue uma lista dos jogadores que fizeram a história do Coritiba, todos jogadores de seleção brasileira:
* Aroldo Fedato
* Hamilton Guerra - Miltinho
* Babi
* Pizzattinho
* Manga
* Rei
* Tonico
* Bequinha
* Hermes
* Zé Roberto
* Krüger
* Jairo
* Dirceu
* Nilo
* Dida
* Lela
* Rafael Cammarota
* Alex
* Pachequinho
* Cléber
* Mozart
* Liedson
* Evair
* Adriano
* Marcel
* Rafinha
Recordes
Maiores Goleadas feitas
1958 - Coritiba 12 x 3 Seleção de Guarapuava
1990 - Coritiba 12 x 0 Prudentópolis
1952 - Coritiba 11 x 0 B.E. Morgenau
1965 - Coritiba 11 x 0 União Olímpico
1942 - Coritiba 10 x 2 Jacarezinho
1926 - Coritiba 11 x 0 Caxias F.C. (Joinville)
1929 - Coritiba 10 x 0 Paranaense F.C.
1929 - Coritiba 10 x 1 Aquidaban S.C.
1947 - Coritiba 10 x 2 S.E. Palmeiras (Curitiba)
1953 - Coritiba 10 x 0 Britânia
1957 - Coritiba 10 x 2 Palestra Itália (Curitiba)
Maiores goleadas sofridas
1942 - Coritiba 3 x 10 Santos
1949 - Coritiba 3 x 8 Fluminense
1948 - Coritiba 2 x 7 C.R. Vasco Da Gama
1957 - Coritiba 4 x 7 S.E. Palmeiras (São Paulo)
Maiores públicos do Coritiba no Estádio Couto Pereira
1 - Coritiba 0 x 0 Atlético-PR, 55.164 pessoas, em 17 de dezembro de 1978
2 - Coritiba 2 x 0 Colorado-PR, 53.571 pessoas, em 16 de setembro de 1979
3 - Coritiba 3 x 0 Atlético-PR, 52.028 pessoas, 1 de maio de 1990
4 - Coritiba 1 x 0 Corinthians, 51.662 pessoas, 11 de maio de 1980
5 - Coritiba 1 x 1 Vasco, 50.582 pessoas, 12 de dezembro de 1979
Ranking da CBF
O ranking foi criado pela Confederação Brasileira de Futebol e pontua todos os times do Brasil. Atualmente o Coritiba encontra-se na 14º, o mais destacado entre times paranaenses, com 1 322 pontos.
Sites referentes
www.coritiba.com.br
www.historiadocoritiba.com.br
www.coxanautas.com.br