Tópico dos Poeteiros de Plantão!

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Tópico dos Poeteiros de Plantão!

#1 Mensagem por ursão » 22 Jan 2009, 12:42

Últimamente tenho lido muita poesia, não me perguntem o pq disso e não é carência, acho q é uma fase.

mas decico aos meus amigos.

O Corvo
Edgar Allan Poe (tradução: Machado de Assis)

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
“É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais.”

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: “Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais.”

Minh’alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: “Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais.”
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
“Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais.”

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: “O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?”
E o corvo disse: “Nunca mais”.

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: “Nunca mais”.

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: “Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora.”
E o corvo disse: “Nunca mais!”

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
“Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: “Nunca mais”.

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: “Nunca mais”.

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: “Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora.”
E o corvo disse: “Nunca mais”.

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?”
E o corvo disse: “Nunca mais”.

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: “Nunca mais.”

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua.”
E o corvo disse: “Nunca mais”.

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

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Zeue
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#2 Mensagem por Zeue » 22 Jan 2009, 12:56

Vamos esperar o Don Luigi, Ferradura e MB para a disputa.

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matte leão
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Re: Tópico dos Poeteiros de Plantão!

#3 Mensagem por matte leão » 22 Jan 2009, 13:07

ursão escreveu:Últimamente tenho lido muita poesia, não me perguntem o pq disso e não é carência, acho q é uma fase.


Será que isso tem cura...


Agora Ursão 2000 Inove


Quero ver quem aprove... :lol: :lol: :lol: :lol:


ML

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#4 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 22 Jan 2009, 17:03

Zeue escreveu:Vamos esperar o Don Luigi, Ferradura e MB para a disputa.
Na verdade deveria ser movido para o setor de cultura do Forum.

Fui

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#5 Mensagem por General » 22 Jan 2009, 17:03

Não entendo por que isto (e outros) não está na RPD...
AG Regional é para AG regional...

:cry:

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CARTEIRADOR BANIDO
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#6 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 22 Jan 2009, 17:10

General escreveu:Não entendo por que isto (e outros) não está na RPD...

:cry:
2

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vinho encorpado
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#7 Mensagem por vinho encorpado » 23 Jan 2009, 15:40

Pena que eu não tenho este dom.
Pequenos versos, sim, poesia é muita complexão para minha cabeça.
Mas que é legal.
Vou apreciar este tópico.

Aproveitando, vou citar uns versinhos do meu amigop ERASMO CARLOS :
" Um dia gatinha manhosa, eu prendo você, no meu coração,
Quero vê-la então, fazer manha no meu coração.
Quero ver você....."

Perdoem este velho e eterno apaixonado.

VINHO ENCORPADO.

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CARTEIRADOR BANIDO
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#8 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 24 Jan 2009, 11:32

"Já vê, meu amigo, este mundo não passa de uma farsa. Ora ator, ora publico, tomamos parte na cena ou a julgamos. "


Pagina - 136 - O marido Complacente - "O presidente ludibriado"


Fui

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don_luidi
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O Amanhã

#9 Mensagem por don_luidi » 26 Jan 2009, 07:54

Daqui eu não posso ficar de fora!

Aproveitem o hoje, porque amanhã é um mistério...
Como disse Dalai Lama: Só existem dois dias no ano onde nada pode ser feito: o ontem e o amanhã...
Esta é para a mulherada [já dei esta de presente para várias]


O AMANHÃ

Como será o amanhã?
Será que vai chover.
Será que vai dar Sol.
Será um dia com vento.
Será que vai ser um dia de frio.
Será que vai ser um dia de calor.
Será que o céu estará nublado.
Será que não terão nuvens no céu.

Será que as flores vão desabrochar.
Será que as abelhas farão uma nova colméia.
Será que os pássaros vão entoar uma nova melodia.
Será que as folhas vão cair das árvores.
Será que as formigas cortarão mais algumas folhas.

Será que vou acordar cedo, ou tarde.
Será que vou usar roupa social ou jeans.
Será que vou tomar café preto ou com leite.
Será que vou escutar música clássica ou romântica.

Amanhã vou contemplar a natureza.
Amanhã vou dizer EU TE AMO.
Amanhã vou elogiar meus amigos.
Amanhã vou dar flores para alguém especial.
Amanhã vou abraçar minha mãe, meu pai, meus irmãos.
Amanhã vou sentar juntamente com toda minha família para jantar.
Amanhã vou cantar “always on my mind ou take my breathe away” enquanto tomo banho.
Amanhã vou fazer um novo corte de cabelo.
Amanhã vou comprar um sapato novo, uma camisa nova, uma calça nova.
Amanhã vou planejar aquela viagem de férias.
Amanhã vou fazer aquela receita de bolo.
Amanhã, caso chova, vou pegar meu guarda-chuva, e sair cantarolando na chuva “i singing in the rain”.
Amanhã vou andar trinta minutos.
Amanhã vou ligar para minha mãe, meu pai.
Amanhã vou desculpar-me por meus erros.
Amanhã vou andar de bicicleta.
Amanhã vou fazer um jantar a luz de velas para minha namorada.
Amanhã vou declamar um poema para minha namorada.
Amanhã vou usar minha roupa favorita.
Amanhã vou pedir perdão.
Amanhã vou fazer aquele curso.
Amanhã vou comer pizza.
Amanhã vou ler aquele livro.
Amanhã vou escutar aquele álbum.
Amanhã vou chorar.
Amanhã vou sentir um novo perfume.
Amanhã vou visitar meus parentes.
Amanhã vou sair para dançar.
Amanhã vou sorrir para as pessoas.
Amanhã vou pedir ajuda.
Amanhã vou motivar alguém.
Amanhã vou assistir aquele filme.

Amanhã, amanhã vou....

E se este amanhã não mais existir?
Se nunca mais chover
Se nunca mais brilhar a luz solar.
Se nunca mais ventar.

Se nunca mais conseguir admirar as flores.
Se nunca mais conseguir ouvir o cantar dos pássaros.
Se nunca mais conseguir dar aquele abraço.
Se nunca mais conseguir ver teu sorriso.
Se nunca mais conseguir dizer EU TE AMO.
Se nunca mais conseguir cantar aquela canção.
Se nunca mais conseguir sentir o teu perfume.
Se nunca mais conseguir sentir o calor do teu corpo.
Se nunca mais conseguir beijar teus lábios.
Se nunca mais conseguir enxugar tuas lágrimas.
Se nunca mais conseguir chorar.
Se nunca mais conseguir fazer aquele jantar.
Se nunca mais conseguir andar.
Se nunca mais conseguir declarar um poema.
Se nunca mais conseguir ler.
Se nunca mais conseguir sentir o paladar de um bolo.
Se nunca mais conseguir ouvir elogios, palmas, críticas.
Se nosso ser não mais existir amanhã?

Beije hoje.
Ame hoje.
Sinta o respirar hoje.
Critique hoje.
Elogie hoje.
Abrace hoje.
Jante com alguém especial hoje.
Caminhe hoje.
Cante hoje.
Dê flores hoje.
Peça perdão hoje.
Reze hoje.
Ouça aquela canção hoje.
Sorria hoje.
Chore hoje.
Leia hoje.
Pergunte hoje.
Sinta um novo perfume hoje.
Faça amigos hoje.
Recompense hoje.
Motive hoje.

Porque,

Se o amanhã não mais existir?



Don Luidi

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A vida

#10 Mensagem por don_luidi » 26 Jan 2009, 10:05

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Charles Chaplin

Nas minhas possibilidades eu tento, certamente terei inúmeras estórias e histórias para contar... :D

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#11 Mensagem por don_luidi » 27 Jan 2009, 14:55

BOPando até aqui!!!

Pra CF que está na capital paulista... Volta logo CF...


Vejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula, que penso ver, efêmera,
toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.

Meus olhos te ofereço:
espelho para face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.

Então, de seda e nácar,
toda de orvalho trêmula, serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho... E frágil.


Primeiro Motivo Da Rosa - Cecília Meireles

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Peter_North
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#12 Mensagem por Peter_North » 27 Jan 2009, 16:25

Cadê o Chacal e seus TDs-poesia? Hoje mesmo ele postou um...

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don_luidi
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#13 Mensagem por don_luidi » 29 Jan 2009, 11:09

Pra alguém, meu doce MEL ::bop:: ::bop:: ::bop::

O Amor

O amor é muito mais do que
O encontro de dois corpos
Muito mais que a união entre duas pessoas
É a própria consciência da existência
A crença nas forças divinas
Que cuidam de todo o Universo
E que nos levam um ao outro
Com a mesma fluidez com que aproximam
Uma nuvem de uma montanha
Nos proporcionam uma força sobre-humana
Que dá energia ao vento,
Ao mar e à chuva e que nos tornam
Grandes como pinheiros gigantescos
No amor, seguimos um caminho
Realizando uma história, cujo final,
Apesar de todo o nosso conhecimento
Só vamos saber quando a completarmos

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ursão
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#14 Mensagem por ursão » 08 Fev 2009, 23:02

o peixe dourado canta a noite toda com guitarras,
e as putas vão deitar-se com as estrelas,
as putas vão deitar-se com as estrelas

peço desculpa, senhor, fechamos às 4:30,
aliás o pescoço da tua mãe está sujo,
e as putas vão deitar-se com as etc.,
as p. vão d. com as etc.

peço desculpa zé não podes voltar,
apaixonei-me por outro fraco,
¾ Italiano e ½ Japonês,
e as putas vão
as putas vão

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don_luidi
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#15 Mensagem por don_luidi » 10 Fev 2009, 14:59

Pra CF:
::gostosa:: ::gostosa:: ::gostosa:: ::apaixonado:: ::apaixonado:: ::apaixonado:: ::bop:: ::bop:: ::bop::


Deve haver algum lugar
Onde eu possa te encontrar.
Onde eu possa te amar.
Onde andas você, que não vem ficar comigo?
Meu seguro abrigo, brilho do luar.
Venha cruzar os meus caminhos
Extirpar todos os espinhos da solidão...
Venha me livrar do passado.
De amores mal resolvidos, ancorados
No porto da ilusão!
Faça real meus sentimentos.
Povoa meus pensamentos.
Como uma canção ao longe,
Ao toque das tuas mãos.
Então você vai chegar...
Trazendo no teu sorriso
A paz que eu mais preciso.
O amor, meu paraíso
Serena e secretamente
Suave e envolvente,
Como uma estrela a brilhar...

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Hades_DF
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#16 Mensagem por Hades_DF » 12 Jun 2009, 17:09

Com o intuito de contribuir para o tópico, posto um trecho (estou sem saco de procurar o texto na íntegra) que gosto de uma poesia que fíz há algum tempo.

...
REPOUSAVA AO MEU LADO INDEFECTÍVEL SILHUETA
E EU QUE NA PERFEIÇÃO JÁ NÃO CRIA
ABSORTO PELO QUE VIA
DESEJAVA ENCANTADO CORPO
...

Hades.

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Hades_DF
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#17 Mensagem por Hades_DF » 15 Jun 2009, 11:30

"A vida eu não suportaria
se não existisse o vinho -
acre, rosado, límpido.

Não poderia prosseguir
na estafante caminhada,
carregando
o peso bruto deste corpo,
se outras ocupações tivesse,
além da bebida,
fúteis, perniciosas, ocupações!

Só vivo
o incomparável instante
no qual o escanção
insiste comigo:

- Toma outra taça,
vamos, um gole ainda!
Enquanto eu,
presa de doce embriaguez,
não sei como resistir..."


Omar Khayyán

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homem_louco
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Re: Tópico dos Poeteiros de Plantão!

#18 Mensagem por homem_louco » 04 Out 2012, 16:53

A lua é como uma prostituta eternamente jovem e gentil, às vezes chega cedo, às vezes atrasa um pouco, mas todas as noites está logo ali, disponível.

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Mansfield Smith
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Tópico dos Poeteiros de Plantão!

#19 Mensagem por Mansfield Smith » 09 Mar 2023, 17:55

Menina dos olhos verdes,
Porque me não vedes?

Voltas.

Elles verdes são,
E tẽe por usança
Na côr esperança,
E nas obras não.
Vossa condição
Não he d'olhos verdes,
Porque me não vêdes.

Isenções a mólhos
Qu'elles dizem terdes,
Não são d'olhos verdes,
Nem de verdes olhos.
Sirvo de giolhos,
E vós não me credes,
Porque me não vêdes.

Havião de ser,
Porque possa vê-los,
Que huns olhos tão bellos
Não se hão d'esconder:
Mas fazeis-me crer,
Que ja não são verdes,
Porque me não vêdes.

Verdes não o são,
No que alcanço delles;
Verdes são aquelles
Qu'esperança dão.
Se na condição
Está serem verdes,
Porque me não vedes?

Luis de Camões

Fonte: https://pt.wikisource.org/wiki/Menina_d ... m%C3%B5es)

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