Literatura – HQ´s - História – Filosofia –

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Contos de bordel (livro)

#1 Mensagem por ElPatrio » 27 Set 2004, 22:45

Há certo tempo li sobre este livro em um tópico aqui no gpguia e isso acabou despertando-me o interesse pela leitura do livro. Com o tempo o tópico sobre "contos de bordel" foi parar na lixeira do fórum e de minha memória. O interesse pela leitura do livro acabou se perdendo entre os escombros de minha mente insana e cansada. Mas foi neste sábado que, num golpe de sorte, eu me deparei com "contos de bordel" perdido e esquecido num canto qualquer da prateleira empoeirada de uma livraria do centro de SP. Por irônia do destino fui encontrá-lo a poucos metros da região que serve como cenário das obscuras e pertubadoras histórias que são retratas no livros. Foi na avenida S.João que achei o livro perdido, ou melhor, ele me achou.

Não me fiz de rogado e levei-o para casa. Comecei a ler Contos na noite de sábado e terminei na noite de domingo. Li suas 160 páginas numa tacada só, praticamente. Ler o livro foi como ler um pedaço de minha vida. Muitos dos ambientes e cenários descritos nele me eram familiares, porém as situações descritas não. Foi pertubador saber que a gente faz parte, ou melhor, entra em um universo violento e sujo e não se dá conta.
Felizmente ou infelizmente nossos olhos e sensações estão direcionados para aquilo que nos interessa. Quando vou ao Orion, por exemplo, só tenho olhos para as mulheres e não ouvidos. E nem olhos para coisas que acontecem ao meu que não me interessam, não fazem parte de meu seguro e tranquilo mundo. Vou lá para me divertir e nada mais. Não quero saber se a gp que dança pelada tem um marido que é assassino ou se ela fez aborto. Não quero saber disso. Não quero saber o que rola nos bastidores daquela imundice.
Mas as autoras desse livro queriam. E escreveram sobe o que viram e ouviram. O objetivo das autoras era tentar traduzir em palavras parte das relações humanas que são construídas e destruídas nesses lugares.
Então ler este livro foi como se eu fosse obrigado a ouvir aquelas mesmas gps medonhas que eu faço questão de passar longe. E, então, acabei descobrindo que essas gps tem uma história pra contar além de um mero ppp.

O livro foi escrito por três estudantes de jornalismo. Ele é baseado no trabalho de conclusão do curso de graduaçã em jornalismo realizado por elas. O resultado foi tão interessante que o trabalho escolar acabou se transformando neste livro.

Para que for ler o livro deixo a dica de que é interessante perceber que nós dispomos de uma capacidade de julgamento que as autoras do livro não tem. Então sabemos quando é ppp e quando não é. Ou pelos menos achamos que sabemos. Tente fazer este exercício de putanheiro :D vc mesmo. Acredito que espontânea e intuitivamente vc começará a fazer esse tipo de análise, assim como eu fiz. Acho que não tem escapatória. Mesmo para aqueles que nunca tenham frequentado puteiros do genêro, do baixo meretrício.

Por isso que reabro este tópico. Acho "contos de bordel" leitura obrigatória para qualquer putanheiro que aprecie a leitua. Está dada a dica.

http://www.carrenho.com.br/catalogo/contosdebordel.htm

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Trankera
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#2 Mensagem por Trankera » 28 Set 2004, 17:05

E ai kara blz? Li esse livro ja faz um tempo, achei muito bom tem umas partes hilárias, tipo "o prego de hoje vai ser o kara que vai pagar a bebida amanhã" , porra as pervas chamam de pregos os karas que entram nos puteiro e não pagam nada, bom então fui prego um monte de vezes hehe :lol:

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ElPatrio
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#3 Mensagem por ElPatrio » 28 Set 2004, 17:17

Trankera escreveu:E ai kara blz? Li esse livro ja faz um tempo, achei muito bom tem umas partes hilárias, tipo "o prego de hoje vai ser o kara que vai pagar a bebida amanhã" , porra as pervas chamam de pregos os karas que entram nos puteiro e não pagam nada, bom então fui prego um monte de vezes hehe :lol:
hehehehehe eu já virei um prego enferrujado.

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MOREL
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realismo e distorção

#4 Mensagem por MOREL » 04 Out 2004, 00:22

Acabo de ler esse livro.

É interessante, até pela escassez de registros do mundo da putaria.

Mas gostaria de fazer algumas críticas.

As autoras vendem a idéia de que o livro é uma reportagem, isenta e tal. Mas não é. É tendenciosa em vários momentos, com uma lógica, ás vezes, muito próxima a do Programa do Ratinho.

Pra embasbacar a audiência, vale tudo, especialmente valorizar muito o que é grotesco, assustador. Das putas entrevistadas, a que mais páginas ocupa do livro é precisamente a que tem a história mais escabrosa (participação em assassinato, namorado que enfia lata de refri no ânus de puta e por aí vai).

As putas que têm vidas mais “normais” são rapidamente descartadas, como se aguentar uma rotina difícil sem transformá-la em sucessão de desgraças ou oportunidade para foder com a vida dos outros fosse pouca merda. :evil:

Vejam as frases de abertura de alguns capítulos:

“(…) Foi surrada e obrigada a fumar maconha. Sofreu com a vagina que ardia, embora não sentisse mais o cano do revólver penetrando em partes do seu corpo.(…)”

“ Um chute na barriga de quatro meses provocou um desmaio(…)”

“Não precisaram mais de dois tiros para que o homem tombasse no chão. Eram três horas da madrugada e o corpo continuou na esquina, intacto, até oito horas da manhã.(…)”

Depois de iniciar chocando o leitor, as autoras passam a informá-lo, mas, sempre preocupadas em manter um clima de suspense, elas entrelaçam a história de uma puta com outra, incidentalmente isso complica o entendimento,( de qual puta é a história que está sendo relatada mesmo?).

Por que a abordagem de um tema difícil, que mistura caos social e carência sexual, tem de ser feita sempre pelo que ele tem de mais agressivo? É como se, na primeira aula de educação sexual de uma criança, o professor exibisse slides com fotografias de pessoas atingidas por DST, virasse as costas, e fosse embora. Se elas estivessem reportando um happy hour, será que ficariam plantadas no banheiro, esperando para entrevistar apenas o funcionário que bebeu até vomitar? :?

Faltou equilíbrio ao livro.

Antes de adquiri-lo, dei uma pesquisada na net e não encontrei nenhuma palavra sobre essa deficiência. Os resenhistas compraram a idéia de que o mundo da putaria é composto de gente pervertida, deformada, disposta a matar e a morrer a cada 5 segundos …isso me deixa puto, é como a periferia, quando querem fazer um retrato dela, os lembrados são sempre os bandidos ou os rappers que glamourizam a violência. :evil: A massa de anônimos que faz São Paulo andar sem esfolar ninguém parece não ser digna de aparecer.

Também esperar o quê de jornalistas? Já viram que cada troca de parceiro de famosas como Adriane Galisteu, Luma de Oliveira, Daniela Cicarelli vem sempre noticiada com a palavra “amor”? :shock:

Os putanheiros aqui do GP Guia utilizam as palavras com mais rigor. :wink:

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Mister Orion
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#5 Mensagem por Mister Orion » 11 Out 2004, 23:33

Faço minhas as palavras do colega Metropolis e podemos até expandir o processo para outros ramos do cotidiano.
Na imprensa em geral, na TV, no cinema, nos livros de auto-ajuda, e até mesmo aqui no fórum; de má intenção, ou até mesmo por descuido muitas vezes analisamos um fato, um ocorrido através de parte, ignorando o todo, a abrangência.
Mesmo quando julgamos alguém é mais cômodo "ir com os outros" do que analisar friamente o fato por completo para emitir uma opinião realmente própria. É mais fácil "simplificar".

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ElPatrio
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Re: realismo e distorção

#6 Mensagem por ElPatrio » 12 Out 2004, 13:48

METROPOLIS escreveu:
Por que a abordagem de um tema difícil, que mistura caos social e carência sexual, tem de ser feita sempre pelo que ele tem de mais agressivo? É como se, na primeira aula de educação sexual de uma criança, o professor exibisse slides com fotografias de pessoas atingidas por DST, virasse as costas, e fosse embora. Se elas estivessem reportando um happy hour, será que ficariam plantadas no banheiro, esperando para entrevistar apenas o funcionário que bebeu até vomitar? :?

Faltou equilíbrio ao livro.
Concordo em parte com vc. Essas situações agressivas descritas no livro creio que não sejam ficção e sim fatos veridicos. Mesmo que de forma parcial, tendendiosa,sensacionalista ou não, foi essa a linha adotada pelas autoras (aquele que a imprensa mais gosta, é verdade). E acho que elas fizeram isso com certa competência. Devemos levar em consideração a provável dificuldade que elas tiveram em colher depoimentos,a própria tendência das entrevistadas em passarem uma imagem de vítimas e todo o ppp.

A ênfase exagerada dada a isso é que pode ser questionada. Mas o que esperar de três meninas classe média estudantes de jornalismo?

O jornal Noticias Populares era considerado por muitos cult. E tem gente que considerava o jornal o melhor dos jornais.

Tudo isso me soa falso também, concordo com o colega.

Ao meu ver o problema não está em abordar a violência e o grotesco mas sim na forma como são abordados. COm um ar de falsa cumplicidade ou de quem vê um animal dentro de uma jaula.

Como o público no circo do Dr. Lao.

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dexterLab()
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#7 Mensagem por dexterLab() » 13 Out 2004, 18:46

Trankera escreveu:E ai kara blz? Li esse livro ja faz um tempo, achei muito bom tem umas partes hilárias, tipo "o prego de hoje vai ser o kara que vai pagar a bebida amanhã" , porra as pervas chamam de pregos os karas que entram nos puteiro e não pagam nada, bom então fui prego um monte de vezes hehe :lol:

Se bem me lembro tem um nome bem parecido para cliente que entra em loja e não compra e as vendedoras dizem a mesma coisa.

Dex

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#8 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 15 Out 2004, 19:52

Sugiro O insaciavél Homem-Aranha de Pedro Juan Gutiérrez - Companhia da Letras.

Estou lendo em doses homeopaticas mas vi um comentario sobre o livro bem interessante. Motivos para ler;
1 Os homens gostam de brigar
2 As mulheres assemelham-se as cachorras do funk carioca
3 Rum e outros aditivos proibidos correm soltos
4 O calor torra os miolos
5 A jogatina e os pequenos golpes substituem o trabalho
6 Linguajar chulo pontua todas as falas
7 O Sexo, abundante, não tem nenhum glamour.

Ou seja o cara é o ElPatrio versão cubana, mesmo autor de Trilogia Suja de Havana é bom citar que o livro passa longe de assuntos relacionados ao regime do comandante.

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Fortino Samano
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Literatura – HQ´s - História – Filosofia –

#9 Mensagem por Fortino Samano » 05 Mar 2005, 18:48

Prezados Putanheiros:

El Patrio me indicou o seguinte livro: Contos de Bordel: a prostituição feminina no centro de São Paulo. Já comprei e li. Coisa boa, recomendo. Mas acho que ainda falta uma obra que una o olhar científico e uma boa experiência de putaria.

Pensando nisso, sugiro que postemos neste tópico obras sobre o assunto que possam ser de interesse para tantos.

Abraço!

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Erico
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Livros

#10 Mensagem por Erico » 05 Mar 2005, 19:23

Fortino Samano escreveu:Pensando nisso, sugiro que postemos neste tópico obras sobre o assunto que possam ser de interesse para tantos.
KUSHNIR, BEATRIZ - BAILE DE MASCARAS: MULHERES JUDIAS E PROSTITUIÇAO, IMAGO, 1996.

RAGO, LUZIA MARGARETH - OS PRAZERES DA NOITE - PROSTITUIÇAO, PAZ E TERRA, 1991.

ROSSIAUD, JACQUES e SCHILLING, CLAUDIA - A PROSTITUIÇAO NA IDADE MEDIA, PAZ E TERRA, 1992.

BRUNS, MARIA ALVES DE TOLEDO - A PROSTITUIÇÃO E SUA NOVA EMBALAGEM, EDITORA OMEGA, 2001.

MARTIN, DENISE - RISCOS NA PROSTITUIÇÃO. FFLCH/USP - HUMANITAS, 2003.

SILVA, ANACLAN PEREIRA LOPES DA - PROSTITUIÇAO E ADOLESCENCIA , CEJUP, 1997.

BORTOLETO, RENATA; IZAWA, MICHELE; DINIZ, ANA LAURA - CONTOS DE BORDEL, CARRENHO EDITORIAL, 2003.

ROCHA, ELIZIARIO GOULART - SILENCIO NO BORDEL DE TIA CHININHA, GLOBO, 2001.

MELLO, LUCIUS DE - ENY E O GRANDE BORDEL BRASILEIRO, OBJETIVA, 2002.

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Fortino Samano
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#11 Mensagem por Fortino Samano » 05 Mar 2005, 19:50

Valeu, Erico! Não rola um comentariozinho sobre as obras? Sabe como é, não dá pra comprar tudo...

Abraço!

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Gabrielle
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#12 Mensagem por Gabrielle » 06 Mar 2005, 01:05

PRATA,Mario - Os anjos de Badaró
comédia policial sobre um ginecologista que enriquece agenciando "os anjos".

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Fortino Samano
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#13 Mensagem por Fortino Samano » 06 Mar 2005, 02:00

Acho que este tópico é apenas semelhante ao outro, Dr. X. Aqui deveriam ser postadas apenas sugestões de livros, ensaios e artigos científicos sobre o tema.

Abraço!

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Bourne
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Re: Livros

#14 Mensagem por Bourne » 06 Mar 2005, 23:45

Erico escreveu:
Fortino Samano escreveu:Pensando nisso, sugiro que postemos neste tópico obras sobre o assunto que possam ser de interesse para tantos.
KUSHNIR, BEATRIZ - BAILE DE MASCARAS: MULHERES JUDIAS E PROSTITUIÇAO, IMAGO, 1996.

RAGO, LUZIA MARGARETH - OS PRAZERES DA NOITE - PROSTITUIÇAO, PAZ E TERRA, 1991.

ROSSIAUD, JACQUES e SCHILLING, CLAUDIA - A PROSTITUIÇAO NA IDADE MEDIA, PAZ E TERRA, 1992.

BRUNS, MARIA ALVES DE TOLEDO - A PROSTITUIÇÃO E SUA NOVA EMBALAGEM, EDITORA OMEGA, 2001.

MARTIN, DENISE - RISCOS NA PROSTITUIÇÃO. FFLCH/USP - HUMANITAS, 2003.

SILVA, ANACLAN PEREIRA LOPES DA - PROSTITUIÇAO E ADOLESCENCIA , CEJUP, 1997.

BORTOLETO, RENATA; IZAWA, MICHELE; DINIZ, ANA LAURA - CONTOS DE BORDEL, CARRENHO EDITORIAL, 2003.

ROCHA, ELIZIARIO GOULART - SILENCIO NO BORDEL DE TIA CHININHA, GLOBO, 2001.

MELLO, LUCIUS DE - ENY E O GRANDE BORDEL BRASILEIRO, OBJETIVA, 2002.
1) Caralho ! Erico, você leu os livros ou apenas está indicando ? Pode-se considerar o verdeiro intelectual putanheiro !!

2) Há um livro antigo da Vozes creio que se chama Mulheres em Leilão. Também há um livro do jornalista João Bettencourt A História da Prostituição. Este último tem à venda em sebo de São Paulo.

Bourne

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Aprendiz de Feiticeiro
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A volta dos catecismos

#15 Mensagem por Aprendiz de Feiticeiro » 08 Mar 2005, 16:33

Banca carioca relança "catecismos" de Carlos Zéfiro
DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo

Chega de miséria. Até ontem disputadíssimos pelos saudosistas de plantão, os quadrinhos eróticos de Carlos Zéfiro serão republicados quinzenalmente em edições de até 3.000 exemplares.

Conhecidas como "catecismos", já que serviram para "iniciar" a vida sexual de muitos meninos das décadas de 50, 60 e 70, as HQs serão reeditadas em seu formato original, de bolso e com 32 páginas por número.

A iniciativa é de Adda Guimarães, proprietária da banca de revistas carioca, e agora editora, A Cena Muda. Segundo ela, desde que as primeiras revistinhas originais começaram a aparecer em sua loja, no início de 2004, o número de compradores e interessados nunca parou de crescer.

"As revistas do Zéfiro foram muito importantes na vida de gerações de homens que foram adolescentes nessa época. Não se podia falar de sexo em casa. Isso desapareceu de repente e, quando viam na banca, as pessoas ficavam mobilizadas", conta Guimarães, que diz ter vendido mais de 500 "catecismos" originais ao preço de R$ 25 cada um.

Diante da escassez do produto, que na verdade circulava apenas extra-oficialmente naquele período e que, com a ditadura militar, parou de ser produzida, Guimarães resolveu tentar autorização para reimprimir novos lotes.

Os direitos pertencem aos herdeiros de Alcides de Aguiar Caminha, um funcionário público que, a fim de evitar problemas com a lei, se escondeu sob o pseudônimo de Zéfiro até 1991, quando revelou sua identidade para um repórter da revista "Playboy". Caminha morreu um ano depois, aos 71, sem jamais ter gozado plenamente do prestígio de ter sido o autor dos mais de 800 "catecismos" estimados atualmente.

"Há controvérsias quanto à quantidade oficial", afirma Guimarães. "Zéfiro não assinou muitas das revistas e, com o tempo, passou a ter diversos seguidores que imitavam o seu estilo. Até hoje eu já consegui 350 revistas, mas eu ainda chego lá."

A primeira edição a ser lançada pela Cena Muda é "O Viúvo Alegre". Bem ao estilo de quebra de tabus sociais de Zéfiro, com cenas de sexo explícito e diálogos sem rodeios, conta a história de Gabriel, homem de 50 anos que se apaixona por uma prostituta.

A reprodução, com algumas falhas de impressão devido ao tempo e à má qualidade do papel em que eram impressas originalmente as HQs, foi feita diretamente dos originais da família.

Entre os planos de Guimarães, que transformou sua banca de revistas em Ipanema em editora apenas para publicar os "catecismos", está também o de editar coletâneas de histórias e almanaques de Zéfiro, os chamados "testamentos" e "bíblias". Outra idéia é a de promover sessões de fotos com modelos "zefirianas".

Um dos principais problemas ainda é a distribuição fora do Rio, que não está acertada.

O Viúvo Alegre
Autor: Carlos Zéfiro
Lançamento: 12/3, sáb., a partir das 10h
Onde: r. Visconde do Pirajá, em frente ao nº 54, Ipanema, Rio de Janeiro, tel. 0/xx/ 21/2287-8072
Quanto: R$ 12 (32 págs.)

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Erico
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Porno-Cordel

#16 Mensagem por Erico » 08 Mar 2005, 17:28

Em uma dessas andanças pelo nordeste, onde a literatura de cordel ainda floresce, achei umas pérolas de porno-cordel explícito. Embora não haja ilustrações, exceto nas capas, os textos são muito engraçados...

Por exemplo, no "A incrível história da Invasão dos Caralhos de Asa", se lê na penúltima estrofe:

"Só escapou da matança
um caralho oportunista
que hoje vive engaiolado,
escondido de outras vistas,
criado a mel e gemada
por um gay ecologista"...

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#17 Mensagem por 00010 » 09 Mar 2005, 08:34

Boas lembranças......grande Carlos Zefiro!!! Bati muitas lendo estes catecismos.
Me lembro de um exemplar que se chamava P5. Na estoria, o pau do cara
quendo mole estava tatuado um P5. Quando a coisa ficava em ponto de bala, a tatuagem se transformava PINDAMONHANGABA 1955!!!!! Terror das garotas.

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Truman
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Memoria de Mis Putas Tristes

#18 Mensagem por Truman » 11 Mar 2005, 00:22

E os livros também. Li o Memoria de Mis Putas Tristes do Gabriel Garcia Marquez. A versão em português está para sair.

A história é: um homem de 90 anos, solteiro convicto (na única vez que ficou noivo, fugiu para um puteiro no dia do casamento), com uma planilha em que contabilizava os seus 547 TDs (olha o Erico versão pré-Internet), decide comer uma GP virgem na noite de aniversário de seus 90 anos, e para isso contrata Rosa Cabarcas (uma espécie de Hector de saias), qee topa o desafio.

Em todo livro do GGM o primeiro parágrafo é de uma riqueza e precisão sem igual. Por si valem uma obra de arte. Segue o deste:

"El año de mis noventa años quise regalarme una noche de amor loco con una adolescente virgen. Me acordé de Rosa Cabarcas, la dueña de una casa clandestina que solía avisar a sus buenos clientes cuando tenía una novedad disponible. Nunca sucumbí a ésa ni a ninguna de sus muchas tentaciones obscenas, pero ella no creía en la pureza de mis principios. También la moral es un asunto de tiempo, decía, con una sonrisa maligna, ya lo verás. Era algo menor que yo, y no sabía de ella desde hacía tantos años que bien podía haber muerto. Pero al primer timbrazo reconocí la voz en el teléfono, y le disparé sin preámbulos:
Hoy sí.
Ella suspiró: Ay, mi sabio triste, te desapareces veinte años y sólo vuelves para pedir imposibles. Recobró enseguida el dominio de su arte y me ofreció una media docena de opciones deleitables, pero eso sí, todas usadas. Le insistí que no, que debía ser doncella y para esa misma noche. Ella preguntó alarmada: ¿Qué es lo que quieres probarte? Nada, le contesté, lastimado donde más me dolía, sé muy bien lo que puedo...
asunto de tiempo, decía, con una sonrisa maligna, ya lo verás."

Esta obra tem um pouco de autobiografico do GGM, o que indica que ele seria um grande forista do GPGuia. Recomendo a sua leitura.

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Bogart
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#19 Mensagem por Bogart » 17 Mar 2005, 22:47

>>>


- Livro: "História da prostituição em São Paulo" - Autor - Guido Fonseca.


Esse livro possui mais de 200 páginas e seguem aí alguns pequenos trechos:


" No começo do século XVIII........os documentos nos dão noticia das primeiras casas de prostituição na cidade........a informação refere-se a existência de "casas de mulheres".........indicando que o meretrício alcançara já certo desenvolvimento, com vários lupanares funcionando"

"A maior prostituta do século XIX........Rita Maria Clementina de Oliveira, conhecida como "Ritinha Sorocabana"........pela sua beleza, seduçao e arte de amar sobressaiu-se entre as horizontais <= GPs> de então. Durante mais de vinte anos imperou....Sua casa localizou-se na Rua São José <hoje Libero Badaró>..........mesmo em idade avançada continuava a receber seus admiradores..........faleceu em 1894, sendo sepultada no Cemitério da Consolação"

"De outras prostitutas só o nome ou apelido restaram, pela excentricidade, merecem registro: "Marocas Peido-Roxo".........."Tudinha do Inferno"............."Tudinha Capadinho"..........."Chica Vaca".........."Mima"............."Mariquinha Timbó"............."Belona"............"Mariquinha Palmiteira".............as "Capanemas" mãe e filha.............."

"........em 1914 a polícia registrou nada menos que 812 meretrizes.........apenas 303 eram brasileiras..........Distribuiam-se em: brasileiras <303>; russas <186>; italianas <80>; alemãs <52>; francesas <50>; espanholas <38>; inglesas........"

"........em 1922 estavam registradas nada menos que 3.529 meretrizes: brasileiras <1.936>; russas <468>; francesas <255>; italianas <245>; portuguesas <155>; espanholas.........."

"........em 1936, nos arquivos da Delegacia de Costumes estavam fichadas nada menos que 10.008 mulheres..........."

"De todas as ruas depravadas de São Paulo uma das mais conhecidas foi a Rua São José, hoje Libero Badaró. Não sabemos com exatidão quando as marafonas <= GPs> para lá se mudaram............Com o alargamento da Rua Libero Badaró, no começo do século, as mariposas, mais uma vez foram desalojadas. Muitas foram para a Rua dos Timbiras, Ipiranga, Amador Bueno e areas vizinhas.............."

"A polícia, em 1934, tinha registrado nada menos que 283 "casas de mulheres" ....... nas seguintes vias públicas: Ruas Almeida lima.......... Amador Bueno.......Anhangabaú..........Santo Amaro.......Augusta......Aurora.......Barão de Duprat........Bento Freitas........Conde do Pinhal......Estudantes......Glória.........Gusmões.......Liberdade.....Paula Souza......Rego Freitas......São Joaquim......Senador Queiroz.......Sete de Abril.......Barão de Limeira.......Vitória.......Ipiranga.......General Osório.......Major Sertório........."

" <início do século XX>.........sobre o funcionamento das casas de prostituição o que de fato imperava era o regime de tolerância. A polícia e os demais órgãos públicos........permitiam o seu funcionamento sujeitando-os porém, a fiscalização.........Assim sendo , deixava-se ao critério policial a autorização para a abertura e localização dos prostíbulos........ "



Alguns sinônimos para GPs encontrados no livro............mulheres alegres, horizontais, mariposas, mulheres fadistas, marafonas, mulheres de má vida, rameiras, decaídas, biraias, coristas, meretrizes, mulheres públicas.............


Fui.

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Trankera
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Brasileiras em Portugal

#20 Mensagem por Trankera » 01 Out 2005, 13:30

Um livro foi lançado sobre a prostituição em Portugal, trechos:
Ela destaca que não há estatísticas precisas sobre o número de prostitutas imigrantes atuando no país. Mas uma estimativa do Instituto Europeu para a Prevenção e Controle do Crime aponta para a existência de 6,5 mil prostitutas em Portugal – das quais mais de 50% são estrangeiras.

A grande quantidade de garotas de programa brasileiras em Portugal acaba prejudicando a imagem de todas as mulheres com sotaque do Brasil, segundo o pesquisador Eder Diniz, também autor de um dos artigos o livro.

“Nós temos uma questão cultural que é extremamente importante ser analisada”, diz ele.

“Por um lado, a mulher portuguesa é um pouco mais fechada, recatada. Por outro lado, temos a mulher brasileira que é mais expansiva, mais dada, consegue falar mais abertamente”, continua.

“Isso, aliado à grande presença de prostitutas brasileiras em Portugal, acaba criando a idéia na sociedade portuguesa de que a mulher brasileira é fácil.”

Sobre a forma como a imprensa portuguesa ajuda a criar essa imagem, Eder afirma que são poucas as vezes em que notícias tratam das mulheres brasileiras em situação não ligada à prostituição.

Todas as vezes que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras entra em prostíbulos para verificar se as estrangeiras estão legalmente no país, é comum ver os noticiários sempre relatando a existência de brasileiras entre as garotas de programa.

O livro traz ainda artigos sobre como as várias mulheres imigrantes de várias nacionalidades vivem e são vistas em Portugal.
Não é só futebol...

Link:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporte ... alro.shtml

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bad_wolf
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POEMA DA FODA

#21 Mensagem por bad_wolf » 26 Out 2005, 06:47

POEMA DA FODA:

Neste Brasil imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

É uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem velhos, fodem velhas,
fodem cães, fodem cadelas.
E pra ficar com cabaço,
Fodem o cu das donzelas.

Fodem moscas e mosquitos,
Fodem aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão.

Os brancos fodem os negros
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

General fode Tenente,
Coronel fode Capitão.
E o presidente da República
Vive fodendo a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para foder.

E você, meu nobre amigo
Que agora está a se entreter,
Se não gostou da poesia
Levante e vá se foder!!!

Autor Desconhecido
(...Também pudera, se fosse conhecido, tava fodido.)

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Clinton
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#22 Mensagem por Clinton » 26 Out 2005, 08:07

Meus caros,

Aproveitando o ensejo, mais um poema clássico da foda, de autoria de Gregório de Matos:

Gregório de Matos


Define a Sua Cidade




De dois ff se compõe
esta cidade a meu ver:
um furtar, outro foder.

Recopilou-se o direito,
e quem o recopilou
com dous ff o explicou
por estar feito, e bem feito:

por bem digesto, e colheito
só com dous ff o expõe,
e assim quem os olhos põe
no trato, que aqui se encerra,
há de dizer que esta terra
de dous ff se compõe.

Se de dous ff composta
está a nossa Bahia,
errada a ortografia,
a grande dano está posta:
eu quero fazer aposta
e quero um tostão perder,
que isso a há de perverter,
se o furtar e o foder bem
não são os ff que tem

esta cidade ao meu ver.
Provo a conjetura já,
prontamente como um brinco:
Bahia tem letras cinco
que são B-A-H-I-A:
logo ninguém me dirá
que dous ff chega a ter,
pois nenhum contém sequer,

salvo se em boa verdade
são os ff da cidade
um furtar, outro foder.

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William Munny
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Historia da Putaria

#23 Mensagem por William Munny » 05 Nov 2005, 14:38

Vai ai para o pessoal que curte historia da putaria , dica de cultura o livro AS CORTESAS GREGAS de Emile Deschanel , neste livro o autor comenta a profissao mais antiga do mundo na Grecia antiga , se ve que desde esse tempo as diferencas entre as cortesas ou sejas as putas da epoca , tinha as hetairas bastante requintadas passavam por escolas para aprender o oficio, so atendiam o que seria a elite da epoca. Existia tambem a classe das palakas , eram aquelas da prostituicao pura e simples
Recomendo esse livrinho para quem se interesse , talves se encontre em sebos , pois nao e tao recente, nele tambem algumas mini biografia de cortesas famosas desse tempo com Hiparca, Lais, Safo e outras. :D

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Livro da Bruna

#24 Mensagem por Erico » 06 Nov 2005, 07:47

Saiu o livro da Bruna Surfistinha:

Surfistinha, B. O Doce Veneno do Escorpião. Panda Books, 2005.

Preço = R$ 22,90.

Ainda não li... Procurei na Siciliano de São José, mas ainda não tinha chegado... Imaginaria que muitos foristas devem estar por lá... Segundo a Bruna, não são citados nomes, mas talvez a gente se reconheça pela descrição do TD...

:P :P :P

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#25 Mensagem por mohamedsilva » 06 Nov 2005, 10:30

Livro da Bruna Surfistinha.
Dia 7 ela vai estar no programa do Gilberto Barros na band para divulgar o livro.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... AC_ID=8518
Será que vale a pena?
Tenho dito,
Moha.

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Poema de Manuel Bandeira para nos foristas :D

#26 Mensagem por PlanoB » 22 Dez 2005, 23:43

O poema abaixo é um poema inédito de Manuel Bandeira, que nunca fora incluído dentro de sua antologia e foi recentemente publicado no livro “MINHAS HISTORIAS DOS OUTROS” de Zuenir Ventura. Este poema foi um “presente” ao colega Zuenir quando eles trabalharam juntos.

Tah aí um TD relatado por Manuel Bandeira hahaha :lol:
======

Depois de lhe beijar meticulosamente
O cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
O moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
Culhões e membro, um membro enorme e tungescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinente,
Não pode ele conter-se, e, de um jato, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alterou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!" grita para o rapaz que aceso como um diabo, arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona a dentro o mangalho até ao cabo.

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Erico
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Poesias

#27 Mensagem por Erico » 23 Dez 2005, 08:05

Deixe-me contribuir para este espaço poético:

Milonga para puta Rosaura

de Apparicio Silva Rillo

Nana, Rosaura, nos teus braços fofos
condecorados por medalhas roxas,
o corpo sujo dos campeiros pobres
com mãos de calo a te arranhar as coxas.

Abre pra eles teu sexo insensível
- romã cortada em rubro desbotado -,
dá-lhes os seios flácidos e brancos
e a voz a lhes mentir: meu bem-amado...

Deixa que mordam com seus dentes podres
teus beiços carminados de batom.
Remexe as nádegas. Rosaura, tu que sabes
vender por pouco o que eles acham bom.

Suga-lhes, Rosaura, língua e lábios
com sarros de conhaque e Colomy.
Recebe a seiva que lhes desce dos escrotos
para o escuro dos esgotos que há em ti.

No faz-de-conta desse amor comprado
pelo preço de miséria de alguns cobres,
mente o que possas - que o mentir conforta
o sonho escasso dos campeiros pobres.

Os que te buscam nos quilombos tristes
te dão em troca o que sonhaste ser:
menina e noiva, esposa e companheira
- que assim te vêem os que não sabem ver.

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+1

#28 Mensagem por Erico » 23 Dez 2005, 08:12

Mais uma contribuição:

Minha doce puta

de Douglas Mondo

No olhar mais meigo,
nos lábios mais pecadores
pousei minhas venturas
e todas minhas dores.
Aqueles seios puros quisera,
mas já foram bebidos
por todas as bocas da terra.
Pouco me importa.
Sou feliz quando abre a porta
e etérea se escancara
em pernas de formosura e vida torta.
Mesmo o cheiro barato em teu corpo
de perfume de esquina de mil homens,
não tiram o cristalino sorriso da tua infância.
E me lambuzo das tuas fantasia,
deposito meus versos em teu corpo
e te faço musa das minhas poesias.
Minha doce menina puta!

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Drummond

#29 Mensagem por Erico » 23 Dez 2005, 08:15

Agora, uma poesia de alto nível, do grande mestre Drummond:

A puta

de Carlos Drummond de Andrade

Quero conhecer a puta.
A puta da cidade. A única.
A fornecedora.
Na rua de Baixo
Onde é proibido passar.
Onde o ar é vidro ardendo
E labaredas torram a língua
De quem disser: Eu quero
A puta
Quero a puta quero a puta.

Ela arreganha dentes largos
De longe. Na mata do cabelo
Se abre toda, chupante
Boca de mina amanteigada
Quente. A puta quente.

É preciso crescer esta noite inteira sem parar
De crescer e querer
A puta que não sabe
O gosto do desejo do menino
O gosto menino
Que nem o menino
Sabe, e quer saber, querendo a puta.

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Erico
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Dicionário

#30 Mensagem por Erico » 23 Dez 2005, 08:19

Para motivar a ressureição do dicionário:

Levanta Alzira os olhos pudibunda

de Manuel Maria Barbosa du Bocage

Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez-se mais do que o nácar rubicunda:

Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:

C'o dedo a greta sua lhe coçava;
Ela, maquinalmente a mão movendo,
Docemente o caralho embalava:

"mais depressa" – lhe digo então morrendo,
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.

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