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#76 Mensagem por Isa Soares » 18 Mar 2008, 11:59

Hair Bondage - Bondage com cabelos

Usar o cabelo em bondage é atraente a muitos e por muitas razões diferentes. Pode aumentar o drama, a sensação de restrição, é incrívelmente íntimo e pessoal. Pode ser doloroso, humilhante, e é frequentemente uma maneira muito eficaz de manter a cabeça ereta e em posição para outras coisas, tais como sexo oral "forçado"(*)¹.

Amarrar o cabelo pode não ser sempre fácil. O cabelo desliza facilmente para fora de cada nó que você amarra, a menos que você saiba como fazer o nó corretamente. E não ache que cada técnica possa ser aplicada a qualquer tipo de cabelo. O cabelo longo é, naturalmente, muito mais fácil de se amarrar, mas o cabelo extremamente curto pode ser um problema. Ou seja, você pode ter que experimentar com as diferentes técnicas um bocado, antes de encontrar a mais apropriada para sua própria situação.

Dica: Se você achar que o cabelo ainda desliza para fora da corda, tente usar spray para cabelo. Isto fará o cabelo mais menos escorregadio e mais preso à corda.

Também tenha dó de seu(sua) submisso(a). Se uma mecha do cabelo for amarrada por qualquer período, curto ou longo, pode ser difícil que ele volte ao seu estilo normal por um dia ou em dois - especialmente se é usado solto. Então não faça isto quando seu sub tem que ir ao trabalho ou a uma entrevista de trabalho importante na manhã seguinte. Também não importa o que você vê em fotos e vídeos, há um determinado risco envolvido sempre! Algum movimento brusco ou inesperado pode causar que o escalpo se solte ou o cabelo se quebre, especialmente se a mecha que você usou não é suficientemente grossa ou resistente. Especialmente, se você e seus submissos(as) são inexperientes nessa técnica, certifique-se que você esteja usando mechas grossas ou um rabo de cavalo inteiro e nunca pendure alguém inexperiente pelo cabelo. Isto inclui forçar alguém a ficar em pé na ponta dos dedos do pé enquanto amarrado(a) desta maneira - se o(a) submisso(a) perder seu equilíbrio ou desmaiar eles podem acabar perdendo o couro cabeludo, e sua noite vai terminar com muitas perguntas a serem respondidas em um pronto-socorro!

OK, agora que sabemos o básico sobre segurança, vamos nos concentrar em algumas técnicas diferentes. Nós descreveremos aqui diversas técnicas que todos pode fazer, sem técnicas de amarrações especiais ou necessidade de conhecimentos especiais.

Técnica 1 - Trança Japonesa
Os mestres do bondage japonês preferem usar uma corda especial de arroz para esta técnica, mas cordas de fibras de ráfia ou cânhamo também vão funcionar, porque também são ásperas. Esta é uma técnica típica para cabelos compridos e a vantagem principal é que pode ser mantida por horas ou dias se você gostar, e que uma vez amarrados corretamente você pode utilizá-la para uma variedade de tipos de cena diferentes.

Se você está planeando em usar essa técnica de formas diferentes (isso serve para todas as técnicas de bondage com cabelos compridos) preste atenção no sentido em que a tração será aplicada no momento de trançar o cabelo. Por exemplo, se o sentido do bondage for descendente ( para baixo ), nunca use a trança mais tarde para uma posição ascendente ( para cima ) sem mudá-la, já que isso fará com que toda a força seja aplicada somente em uma parte da mecha, o que pode causas seu(sua) submisso(a) a perder parte de seu cabelo. A maneira mais segura é fazer primeiro um rabo de cavalo frouxo, no meio da parte de trás da cabeça.

Agora o que você faz é pegar três ou quatro cordas finas e usá-las juntas, como uma corda só. Coloque o meio de seu conjunto de cordas atrás do rabo de cavalo e enrole ambas as extremidades em torno do rabo (o mais APERTADO que você puder) duas ou três vezes, aproximadamente a um terço do comprimentos do rabo, a partir da cabeça. Em seguida divida a corda e o cabelo em três mechas e trance-as outra vez APERTANDO (você TEM que tentar fazer isso da forma mais FIRME a APERTADA que puder) até acabar o cabelo. Com isso feito, separe a corda do cabelo e amarre as tiras da corda juntas com uma série de "reef knots" (também conhecidos como "nós quadrados"), firmemente outra vez. Agora você pode usar o restante da corda (se suficiente) para amarrá-la a outra coisa ou amarrar uma outra corda na ponta do trançado para usar no resto da sua amarração.


Técnica 2 - O Tubo de nós
Esta também é uma técnica apropriada somente para cabelos compridos. É melhor usar novamente a corda de ráfia ou cânhamo, mais ou menos na espessura de um lápis. Separe uma mecha do cabelo (ou use um rabo de cavalo inteiro) e trabalho a partir do meio da corda. Passe a corda em torno da mecha, o mais perto possível da cabeça, e faça um meio nó quadrado. Agora coloque a mecha do cabelo sobre o nó e faça um outro meio nó quadrado. Passe a corda em torno da a mecha outra vez e repita o procedimento. Continue repetindo, o que leva um tempo considerável para fazer ( e desfazer), portanto, isso não é algo que você deseja fazer quando tiver pouco tempo disponível para a sessão. Certifique-se de fazer seus nós APERTADOS e esteja ciente que uma mecha muito pequena ou um cabelo muito liso ou oleoso podem facilmente deslizar e escapar da amarração, independente do número dos nós. Usar um pouco de spray para cabelo pode ser uma idéia boa nesses casos.

Dica: se você quiser ser "cruel" molhe a mecha do cabelo antes de amarrá-lo esta maneira. Especialmente se o cabelo for ficar amarrado dessa forma por uma hora ou duas, porque ao secar desse jeito irá causar a um efeito de "permanente" com grandes ondulados, que pode durar um ou dois dias, causando um efeito semelhante a marcas deixadas depois de um belo chicoteamento. Em outras palavras, terão algo visível para lembrar do bondage por um período de tempo mais longo.


Técnica 3 - O Anel
Finalmente, a técnica que nós gostaríamos de discutir aqui é o uso de um anel. Esta técnica é melhor se o cabelo de seu(sua) submisso(a) não for muito longo, e é também a mais simples se você não for um(a) mestre(a) experiente em bondage.

Você pode usar qualquer tipo de anel. Pegue uma mecha de cabelo, passe através do anel e o dobre-a em torno dele. Certifique-se que o comprimento entre a cabeça e o anel é um terço do comprimento do cabelo e a parte que é dobradas de volta tem dois terços desse comprimento. Agora use da linha de embalar, corda ou linha de pesca fina, e amarre isto em torno da mecha dobrada, começando no anel e trabalhando na direção da cabeça. Quando terminado, dobre o terço restante do cabelo e repita a amarração, agora em direção ao anel e finalmente amarre a corda ou cordão. Certifique-se que a amarração está tão apertada quanto possível. Quando feito corretamente é praticamente impossível que o cabelo deslize para fora da corda, e o anel do pode ser usado como um ponto de amarração para todo resto de seu bondage . As possibilidades são infinitas: desde amarrar as mãos do(a) submisso(a) atrás de sua cabeça à prender o anel a outra coisa, como um gancho da parede ou o que quer que seja. O anel naturalmente permite também usar ganchos com trava e mola, assim, esta técnica é muito apropriada para o uso em combinação com vários items, como algemas, tackles, etc. Também pode ser deixado por tempo indeterminado, desde que a mecha utilizada não seja muito fina ( ou eventualmente a tensão pode ser muito para o cabelo e o mesmo pode se partir ).

Dica: amarre um destes anéis em cada lado da cabeça, e as possibilidades são infinitas, especial para posições humilhantes, como algemar as mãos aos lados da cabeça (e dar a alguém todos os tipos de tarefa para serem executadas, como servir o jantar ou bebidas - que será não apenas difícil, e dessa forma, humilhante, mas também automaticamente forçará que puxem seu próprio cabelo, o que cria também uma grande forma de "auto-punição") ou prender a cabeça em uma posição para sexo oral "forçado"¹.

Para ver mais:
Planet 688
Rainbow Rope
Dorothy Laine Productions

¹ SEMPRE pratique o SM sadio e CONSENSUAL. A perda de controle tem que ser SEMPRE concedida e parte do jogo, e agradável a ambos(as) durante a cena, e nunca de maneira forçada. A submissão e a dominação são lados complementares do jogo, mas nunca devemos esquecer que a prática do SM deve trazer gozo e júbilo a ambas as partes.

Fonte: Albany Power Exchange
Autor Desconhecido

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#77 Mensagem por Isa Soares » 18 Mar 2008, 12:00

Conto de Uma vida passada

Vestida como um anjo para Ele, meias de renda, sandálias, blusa que deixasse seios à mostra. Meu olhar servil sempre baixo, submisso. Eu com a timidez de uma criança, esperando pelas ordens Dele. Eu, sentada aos seus pés, cabeça encostada entre suas pernas, sentindo que meu refúgio sempre estivera ali. Insignificante como minha posição, estremecida pelo seu poder, imaginando a hora em que me usaria, ou que me poria à prova. E ele o fez.

Levantou minha saia, encostou-me na parede, e pediu que eu arrebitasse o bumbum, me cedendo à outros para seu deleite. O medo que tomara conta de mim no início se fora junto com minha altivez. Entava entregue, e obedecendo-o fervorosamente me pus em posição, esperando o primeiro golpe. Cabeça recostada em seu ombro. E imóvel. O golpe que veio não doera em nada, não vi de quem veio, não vi o que fora usado, apenas vi seus olhos zelando por mim, e me senti orgulhosa de ver sua satisfação. Vi minha irmã ao meu lado, protegendo-me, sorriso de um canto a outro, feliz. Senti que fui aprovada em meu primeiro teste. Muitos viriam depois...


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#78 Mensagem por Maestro Alex » 18 Mar 2008, 12:04

Belo...

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#79 Mensagem por Isa Soares » 18 Mar 2008, 12:16

Grata, Senhor ;)
Resolvi me decidir antes de postar..rs



Despertar


...e então Ele puxou meu cabelo, me deitou no chão e disse: hoje você será minha, hoje você saberá o que é realmente ser minha propriedade. Não irás dormir, e me despertará para meus compromissos.

Vendou meus os olhos, atou braços e pernas com correntes, e em Seus grilhões eu pôde perceber o meu lugar, de onde jamais deveria ter saído. E fiquei ali, muda, velando pelo sono de meu Senhor...

Não se fez necessário um relógio, meus instintos de submissa alertariam-me o momento certo. E usada, senti-me realmente feliz...

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#80 Mensagem por Maestro Alex » 18 Mar 2008, 12:20

Isa Soares escreveu:Grata, Senhor ;)
Resolvi me decidir antes de postar..rs



Despertar


...e então Ele puxou meu cabelo, me deitou no chão e disse: hoje você será minha, hoje você saberá o que é realmente ser minha propriedade. Não irás dormir, e me despertará para meus compromissos.

Vendou meus os olhos, atou braços e pernas com correntes, e em Seus grilhões eu pôde perceber o meu lugar, de onde jamais deveria ter saído. E fiquei ali, muda, velando pelo sono de meu Senhor...

Não se fez necessário um relógio, meus instintos de submissa alertariam-me o momento certo. E usada, senti-me realmente feliz...

A Insubmissa
fez muito bem... :wink:

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#81 Mensagem por Maestro Alex » 19 Mar 2008, 09:36

A dominação masculina: apontamentos a partir de Pierre Bourdieu
por moises.junior

Mulher: sujeito dominado

O cotidiano é formado pela dominação de gênero. Em meio as nossas atividades mais triviais, a situação privilegiada do homem aparece como algo natural, desde o salário inferior concedido à mulher por trabalho igual a regras morais severas abrigadas atrás de “doces” normas que dizem o que convém ou não a uma “dama” ou a uma “moça de bem”, até ao estupro como estratégia militar, quando a violação das mulheres do inimigo significa afronta aos homens daquela nação e o desrespeito a raça oposta, já que do abuso sexual nascem crianças etnicamente híbridas (Saffioti, Almeida, 1995: 3).

A despeito das muitas mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas, o fato de que mulher e homem vivem uma relação hierarquizada tem sido apontando em várias pesquisas [1] e pode ser por nós visualizado diariamente sem oferecer nenhuma dificuldade. As relações de gênero têm como transversal em sua dinâmica a dominação e o poder. O poder necessariamente implica numa relação de dominação, no nosso caso especifico, de homens sobre mulheres. Entretanto, pensar esta dinâmica como unilateral, ou seja, como uma barbárie masculina é incorrer no erro da vitimização. A mulher também é sujeito nesta relação, sujeito dominando, heterônomo, não autônomo, mas o é (Chauí, 1985).

A noção de sujeito sofreu uma verdadeira revolução a partir da década de 70 com os filósofos pós-estruturalistas. Já não se concebe mais a idéia centralizante de sujeito. “Podemos dizer mesmo, que, nos últimos anos, é inegável no quadro da reflexão teórica das ciências sociais e humanas a evidência de uma progressiva e sistemática desconfiança em relação a qualquer discurso totalizante e a um certo tipo de monopólio cultural dos valores e instituições ocidentais modernas”. (Monteiro, 1997)
As relações de poder não são estáticas, tampouco se encerram no binômio dominador/dominado, em função do poder não estar localizado num lugar específico, pois as relações de força interagem entre si. A descentralizaçã o do sujeito e o desvio do macro como catalisador do poder – o Estado na visão marxista – trouxe nova luz sobre a análise social. O poder está no micro, está nas relações cotidianas, está circulando entre as pessoas, não está nas pessoas (Foucault, 1999: 183). Deste modo, “pensar numa simples dominação global de ‘oprimidos’ já não faz sentido para entender processos complicados de relações sociais; as correlações de força são dinâmicas, interagem entre si, se reorganizam, se separam, se contradizem, ou formam sistemas mais abrangentes”. (Monteiro, 1997).
O conceito de gênero [2] foi criado com a finalidade de deslocar o foco das relações entre os homens e mulheres para o social, antes concebidas no âmbito biológico, por conseguinte tidas como naturais. Supera-se a discussão primeira de igualdade e de diferenças (Scott, 2002: 24) e avança na discussão histórica e relacional de gênero, em outras palavras, o fato de que as realidades históricas são construídas, determinando o social, o cultural e as subjetividades definindo o que é ser homem e o que é ser mulher é descortinado. Deste modo, analisar as relações de gênero, a partir de qualquer realidade histórica sem dúvida é o caminho para mapear as assimetrias e regimes excludentes que por se repetirem em quase todas as culturas ao longo da história humana, encontram-se cristalizados e com uma áurea natural quase acima da questionabilidade, não fosse à resistência destes sujeitos dominados que no último século desdobrou-se em marchas, protestos, reivindicações e teorizações a respeito desta disposição “natural” das coisas.
A noção de sujeito descentralizada elaborada pelos filósofos pós-estruturalistas, numa dimensão relacional foi incorporada nas elaborações teóricas de boa parte das feministas. Deste modo, falar de uma dominação sem resistência e sem participação é ignorar a autonomia do sujeito e voltar à antiga discussão sujeito/objeto. Por esta razão o discurso da microfísica do poder é útil para pensar os microníveis da relação de dominação, que se estilhaça em diversas áreas com sujeitos e não um sujeito (Hekman, 1996: 271). Estas relações não são estabelecidas sem conflitos, são hierárquicas e de poder de um sobre outrem. Num mundo que confere maior importância ao sexo masculino é possível deduzir que a primeira experiência de uma recém-nascida é a desvantagem, “ela já nasce como sujeito dominado” [3] . Deste modo, a relação com o mundo se inicia como uma relação de forças e será reproduzida pela sociedade e pelas instituições que a formam.

Em seu livro A dominação masculina, Bourdieu parece trair a sua própria teoria da luta pelo campo de poder, luta esta travada no interior do campo entre os que estão a margem e no centro, este primeiro para alcançar o núcleo e aqueles para permanecer nele, ou seja, as lutas são constante entre os agentes. Contudo, em A dominação masculina as mulheres absorvem passivamente a “ordem masculina do mundo”, na qual elas estão embebidas, como que em conluio com seus próprios dominadores (1998: 22-23). É inegável que historicamente as mulheres sempre tiveram que enfrentar a desigualdade, todavia, é tão verdade quanto o fato de que elas nunca se submeteram completamente. “Submissão e resistência sempre fizeram parte da vida das mulheres” (Strey, 2001: 9). Essa passividade alegada por Bourdieu não encontra paralelos na história, pois a resistência é parte inerente da dominação, tencionando o poder a todo o tempo.

Igreja: estruturante e estrurada da/pela ordem masculina do mundo

As relações de gênero não podem ser entendidas como fato isolado na sociedade, pelo contrário, elas são constitutivas de toda realidade, pois o modelo paradigmático de ser homem e ser mulher regula todas as nossas atividades. Bourdieu afirma que os agentes específicos – aqui está o homem e a mulher – e as instituições, - Escolas, Igrejas, Estado, família – são estruturadas e estruturantes neste processo de naturalização da dominação, ou seja, estes agentes ao mesmo tempo em que têm poder de moldar a sociedade é por ela moldada, na medida em que não é possível estabelecer onde essa reprodução de “esquemas generativos” se inicia, em última análise, trata-se da relação dialética entre a conjuntura e a estrutura do campo. Neste sentido afirma:
“ora longe de afirmar que as estruturas de dominação são a-históricas, eu tentarei pelo contrário, comprovar que elas são produto de um trabalho incessante (e, como tal histórico) de reprodução, para o qual contribuem agentes específicos (entre os quais os homens, com suas armas como violência física e a violência simbólica) e instituições, famílias, Igreja, Escola, Estado. (2003: 46, grifo do autor)
As representações sociais do homem e da mulher não regulam apenas as relações interpessoais entre homens e mulheres, mas também entre homens e homens e mulheres e mulheres. Todavia não se restringe ao âmbito interpessoal, pois são igualmente marcadas pela dominação de gênero as relações no âmbito econômico, político e religioso. Isso porque o habitus se refere tanto ao social quanto ao individual, uma vez que precede a escolha que antecede a ação. Assim, o processo de internalização da objetividade torna-se objetivação internalizada, pois já está no habitus humano, traduzido em estruturas, costumes, tradições e normas, assimilados como “certo” “normal” e “natural”. Deste modo, afirma Fonseca (2001: 29-30) os seres humanos nascem com uma distinção “natural”

“bastando-lhes ser o que são para ser o que é preciso ser, seu habitus sexuado, natureza socialmente constituída, ajusta-se de imediato às exigências do ‘jogo’, o qual é orientado por um conhecimento sem consciência e por uma intencionalidade sem intenção”.
O Habitus é um conceito fundamental para entender como a prática da dominação adquire um caráter natural, dado e quase divino. É tanto conhecimento obtido, bem como um capital, ou seja, significa “disposição incorporada, quase postural” (Bourdieu, 2002: 61) do agente, em outras palavras, é a objetividade das práticas subjetivas. Nesta linha de pensamento, o habitus pressupõe um conjunto de noções que antecede a ação, esta última constituindo- se nas práticas dos agentes no interior do campo social. Nas palavras de Ortiz (1994:16), “o habitus se sustenta, pois, através de ‘esquemas generativos’ que, por um lado, antecedem e orientam a ação e, por outro, estão na origem de outros ‘esquemas generativos’ que presidem a apreensão do mundo enquanto conhecimento” .
A Igreja é um dos pilares sobre o qual se assenta a relação hierarquizada entre os sexos. As religiões são detentoras do capital simbólico e, portanto, manipulam a produção simbólica e a circulação dos bens simbólicos, e o fazem através de representações, linguagens e palavra autorizada, reforçando e sacralizando a relação desigual entre homens e mulheres. A estrutura deste campo religioso é um espaço caracterizado por lutas e tensões entre os agentes e as instituições.

A concorrência pelo poder religioso deve sua especificidade (em relação, por exemplo, à concorrência que se estabelece no campo político) ao fato de que seu alvo reside no monopólio do exercício legítimo do poder de modificar em bases duradouras e em profundidade a prática e a visão do mundo dos leigos, impondo-lhes e inculcando-lhes um habitus religioso particular, isto é, uma disposição duradoura, generalizada e transferível de agir e de pensar conforme os princípios de uma visão (quase) sistemática do mundo e da existência (Bourdieu, 2003b: 88).
A Igreja contribui para manutenção da ordem política, na realidade, ela reforça simbolicamente esta ordem. Ana keila Pinezzi (2004: 194-195) aponta o trabalho de uma igreja protestante histórica para inculcar em seus membros o fato de que a submissão feminina ao homem (subalternidade esta que a impede de ascender a qualquer cargo ordenado na Igreja) é antes um retrato da própria relação da igreja com Cristo, da qual ele é o “cabeça”. Neste e em outros casos o poder religioso dá uma áurea de normalidade ao poder político que torna natural a dominação e a exclusão de mulheres do controle da instituição, o faz por meio da sua teologia, dos seus discursos e normas. Quanto a isso pondera Bourdieu (2003b: 69)
“A estrutura das relações entre o campo religioso e o campo do poder comanda, em cada conjuntura, a configuração da estrutura das relações constitutivas do campo religioso que cumpre uma função externa de legitimação da ordem estabelecida na medida em que a manutenção da ordem simbólica contribui diretamente para a manutenção da ordem política”.
Entretanto a relação dominador/dominado, não acontece sem lutas e resistência, pois “a estrutura do campo é um estado da relação de força entre os agentes e as instituições engajadas na luta, ou, se preferirmos, da distribuição do capital especifico que, acumulado no curso das lutas anteriores, orienta as estratégias ulteriores” (Bourdieu, 2003b: 120). A lógica interna da dominação só funciona porque os dominantes utilizam categorias do ponto de vista dos dominados, o que faz com que o dominado não perceba que aquela é uma relação de forças. Na realidade “os sistemas simbólicos devem sua força ao facto de as relações de força que neles se exprimem só se manifestam neles em forma irreconhecível de relações de sentido[...] ”. (Bourdieu, 2002: 14) A tradição judaico-cristã é predominantemente misógina. O androcentrismo está impregnado nos textos tidos como sagrados, nas doutrinas, nos códigos internos, na tradição e nos cantos, isto é, no modo de exercitar as suas respectivas religiosidades. O sagrado está estreitamente relacionado ao homem enquanto a maldade ao elemento feminino [4] . Relacionar a masculinidade ao divino legitima a superioridade das qualidades concebidas como masculinas, em última instância, cria as identidades de gênero como bem afirmou Lemos “se sentir como alguém especial para o sagrado é fator de grande peso positivo na formação de uma identidade” (2001/2002: 79), ou seja, a tradição cristã tem privilegiado o homem nesta relação complexa, portanto tem legitimado a dominação masculina dando a ela um aspecto essencial o de sacralidade e de ordenança divina. A Igreja, enquanto instituição formadora de sentido, tem papel fundamental na criação e perpetuação das identidades de gênero, pois é inegável que a influência das idéias religiosas ainda é muito forte na nossa sociedade, ainda que esta se afirme laica. Ela reforça justamente a idéia da inferioridade da mulher por meio dos seus discursos ratificados nos modelos paradigmáticos de mulher tipificados nas figuras de Maria e Eva. Qualquer tentativa de inversão desta ordem é uma tentativa contra o corpus sagrado que controla a produção dos bens simbólicos. Assim, “qualquer mulher que queira mudar essa ordem, não estará somente se rebelando contra uma ordem humana, mas, acima de tudo contra, desobedecendo a Deus e piorando anda mais sua condição de pecadora, arriscando a atrair mais desgraças ainda sobre a humanidade”. (Lemos, 2001/2002: 83, grifo nosso).
Conclusão
O esforço de Pierre Bourdieu em compreender a lógica da dominação masculina deve ser reconhecido, quer se concorde com suas idéias ou não. Ele parte do pressuposto que a ordem do cosmos é masculina, inscrita nos corpos de ambos os sexos, não havendo possibilidade de escapar dela, porque ele se evidencia na natureza biológica mostrando-se como natural quando na realidade é também construto social naturalizado. De fato, ele descortina a complexidade da questão da dominação com uma meticulosidade admirável; por outro lado, surpreende o fato de que um certo fatalismo é notado em sua fala quando desconsidera a participação das mulheres como agentes também, no sentindo de mostrar as interrupções que são próprias do processo de dominação, em A Dominação Masculina, a hegemonia é homogênea.
A alquimia perfeita entre a igreja e a dominação masculina é apontada como parte da economia das trocas simbólica, pois cria as identidades de todos nós homens e mulheres, a partir de elementos misóginos que permeia toda história da tradição judaico-cristã . A religião reforça, de um modo geral reforça essa idéia da mulher como sempre disposta a servir, a perdoar, a ser submissa, a completar se na maternidade, esta vista como algo divino que a coloca em segundo plano sempre. Está ai Maria, serva submissa que aceita o seu destino, paradigma para todas as mulheres. Nesse sentido, é instigante pensar sobre a razão ou razões pelas quais essas mulheres mantêm uma relação tão particular com a Igreja, não obstante esta mesma Igreja lhe conferir um lugar secundário, ainda que sejam a maioria absoluta neste tipo de instituição social e que é, especialmente, pelo seu trabalho que a Igreja se mantém no cotidiano. Isso fica para um outro momento.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Suely S., SAFFIOTI, Heleieth I. B. Violência de gênero: poder e impotência. Rio de Janeiro: Revinter, 1995.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003
____________ ___. A dominação masculina revisitada. In: LINS, Daniel. A dominação masculina revisitada. Campinas: Papirus, 1998.
____________ ___. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2003b.
____________ ___. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
CHAUI, Marilena. Participando do debate sobre mulheres e violência. In: Perspectivas Antropológicas da Mulher, n.4, 1985.
CORRÊA, Marisa. O sexo da dominação. In: Novos estudos CEBRAP, n.54, julho de 1999.
FONSECA, Tânia Mara Galli. Utilizando Bourdieu para uma análise das formas (in)sustentáveis de ser homem e mulher. In: STREY, Marlene Neves at al. Construções e perspectivas em gênero. Porto Alegre: Editora Unisinos, 2001.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
HEKMAN, Susan J. (org). Feminist interpretations of Michel Foucault. Pennsylvania: The Pennsylvania State University Press, 1996.
LEMOS, Carolina Teles. Equidade de gênero: Uma questão de justiça social e de combate à violência – Idéias religiosas como ângulo de análise. In: Revista Mandrágora, ano 7, n. 7/8, 2001/2002. São Bernardo do Campo: UMESP.
MONTEIRO, Marko. A perspectiva do gênero nos estudos de masculinidade: uma análise da Revista Ele Ela em 1969. In: http://www.artnet. com.br/~marko/ artigo.html. 1997.
PERROT, Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
PINEZI, Ana Keila. Gênero e hierarquia entre protestantes históricos. In: Estudos de Religião, n.26, junho de 2004. São Bernardo do Campo: Umesp.
ORTIZ, Renato. A procura de uma sociologia da prática. In: ORTIZ, Renato. Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1994, pp. 7-36.
SAYÃO, Débora Thomé. Corpo, poder e dominação: um diálogo com Michelle Perrot e Pierre Bourdieu. In: Revista Perspectiva, v.21 n.01, jan/jun 2003. Editora da UFSC: NUP/CED. Florianópolis.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. In: www.dhnet.org. br/textos/ generodh/ gencategoria. html. Acesso em março de 2004.
____________ . A Cidadã Paradoxal: As Feministas francesas e os direitos do homem. Florianópolis: Mulheres, 2002.
STREY, Marlene Neves. Será o século XXI o século das Mulheres? In: STREY, Marlene Neves et al. Construções e perspectivas em gênero. Porto Alegre: Editora Unisinos, 2001.
WACQUANT, Loïc J. D. Durkheim e Bourdieu: A base comum e suas fissuras. In: Novos Estudos CEBRAP, n. 48, julho de 1997.
____________ ______. O legado sociológico de Pierre Bourdieu: duas dimensões e uma nota pessoal. In: http://www.scielo. br/scielo. php?script= sci_arttext&pid=S0104-447820020 00200007&lng=pt&nrm=iso. Acesso em julho de 2004.
Adriana de Souza é Mestre pelo programa de Pós-graduação em Ciências da Religião na Universidade Metodista de São Paulo e pesquisadora do NETMALMandrágora - Grupo de Pesquisa de Gênero e Religião. E-mail: adrianasouz@ ******.com






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Maestro Alex
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#82 Mensagem por Maestro Alex » 26 Mar 2008, 14:14

A importância de viver as fantasias



Há quem viva suas próprias fantasias e, dentro delas, com personagens cuidadosamente construídos, consiga fazer da realidade um caminho mais leve e prazeroso a ser percorrido.
Há quem viva as fantasias alheias e, no medo de assumir as próprias, desencadeia uma fixação na idéia de que o que o outro vive seria o ideal mas não o permitido.
Há quem despreze as fantasias e as considere bobagens de mentes sonhadoras, e transforma em árido o rico solo das probabilidades.
O que não se pode discutir é a existência das fantasias.
Sem elas não haveriam roteiros que inspirassem as grandes histórias que muitas vezes, sem percebermos, acabam sendo protagonizadas por nós mesmos.
Nós: um conjunto de “eus” que se encontram em busca de um ideal comum.
O grande impecilho para se aventurar na realização das fantasias está em uma única palavra: o medo!
O medo atrapalha decisões importantes e leva a um comodismo capaz de sufocar os mais nobres sentimentos.
Medo de dizer ao outro os sonhos que se tem, quando é exatamente com o outro que se deve vivê-los.
Quantas palavras não ditas teriam resolvido problemas aparentemente insolúveis.
O importante é dizê-las, porque junto com o outro que escolhemos para formar o “nós”, é que procuramos o verdadeiro sentido da felicidade.
Os fetiches, os jogos amorosos, as aventuras vividas apenas em sonhos, precisam se tornar assuntos de cafés da manhã para que, a noite, possam ser compartilhados.
Passar o dia construindo uma fantasia a ser vivida, além de salutar é um bom remédio para afastar o tédio rotineiro.
Os preconceitos entre casais são proibidos. Nada não é permitido.
Tudo o que levar ao prazer é consentido, desde que consensual.
Pode-se transformar a mulher mais tímida em uma mundana, capaz de proporcionar loucuras na cama.
Pode-se obedecer a comandos de um Homem como se fosse uma escrava e ter a sensação de ser posse completa nas mãos de alguém.
Pode-se tudo quando o casal está em sintonia.
E se esta sintonia não existe é porque não existe o casal.
Então é hora de partir para a procura de outro parceiro que se adeque aos seus sonhos.
Só assim se protagoniza a própria história.
A não ser que o seu desejo seja o de passar a vida toda como um espectador, assistindo o desenrolar de uma história sem contexto ou poesia.
Viver a fantasia.
Sem medo.
Escolhendo o parceiro certo.
Este é um dos ingredientes para um casal que deseja ser feliz.
carolina (T:V:P:)

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#83 Mensagem por Maestro Alex » 28 Mar 2008, 13:20

O MASOQUISTA - ou como arranjar maneira de sofrer sempre




“(…)
O Dr. E. Pichon-Riviére demonstrou que não se pode imaginar um masoquista sem um sádico que exerce sobre ele um poder, o desvalorize e tenha prazer à sua custa ao desencadear dor física e moral. Tudo está na ligação.
Freud abordou esta perversão em termos de relação: um indivíduo não pode conceber-se fora da relação com outro, inter-funcional e reciprocamente estimulante, mostrando que o retorno, à própria pessoa, de uma pulsão parcial - que é a sua realização mais perfeita - depende da ação que o outro exerce sobre si, no fantasma ou na realidade. No entanto, o Dr. E. Pichon-Riviére convida a pensar cada relação como um triângulo: são dois na aparência mas, inconscientemente, um terceiro está presente. (…)
Tenho (Alberto Eiguer - psiquiatra, psicanalista, especialista em terapia familiar) tendência a pensar que o comportamento sádico imaginado por um masoquista nada tem a ver com aquele que o sádico realmente pratica. (…) No masoquista, a parte imaginativa da sua perversão é importante, tanto mais que a abstinência sexual lhe fornece um complemento de prazer através da insatisfação. Freud propõe expor-nos o modo como nos constituímos a partir daquilo que temos originalmente, a saber, uma torrente de forças insensatas. E Freud consegue inverter integralmente a questão, dado que o masoquismo, uma vez transformado em representação, nos ajuda a viver; mais tarde dirá que é isso que permite ao indivíduo domesticar a sua pulsão de morte, que se funde com Eros, constituindo o masoquismo um compromisso entre estas duas partes. Deleuze assinalou a disparidade entre o funcionamento do perverso sádico e o do masoquista, em que o primeiro se mostra impulsivo enquanto o segundo é sonhador ou até lírico.
AS TRÊS FORMAS DE MASOQUISMO PARA FREUD
Na perversão masoquista a pessoa não pode aceder ao prazer sexual se não experimentar um verdadeiro sofrimento físico, que lhe é infligido de acordo com modalidades por ela decididas - é isto que normalmente se entende por masoquismo. Freud dividiu isso em três categorias, algumas não diretamente sexuais:
1) masoquismo sexual
2) masoquismo moral (ou de caráter)
3) masoquismo feminino
A isto opõe-se um sadismo sexual, sadismo moral e um… sadismo naturalmente “masculino”, que podemos associar a ativo e dominador, embora estas duas características não cubram integralmente o masculino…
COMO IDENTIFICAR UM MASOQUISTA
Sob a aparência de docilidade e discrição, todo o masoquista se arrisca a esconder um ser capaz das piores cóleras e até da destrutividade mais insensata, uma aptidão para fazer mal, tanto mais perigosa quanto imprevista. Masoquista é alguém que se queixa de não ter vivido senão desgraças. É um azarado. Só lhe fizeram porcarias. A sua vida é um desfiar de insucessos. Toda a gente abusa dele. Ninguém jamais lhe agradece. No entanto, encontra desculpas para os que foram duros, implacáveis ou destituídos de escrúpulos para com ele. Não diz forçosamente que gosta de ser desprezado, castigado ou rejeitado. Por outro lado, não sabe tirar o menor proveito dos momentos de prazer. Se tem êxito, fica descontente. Por vezes encoleriza-se ou amua; atenção, pode estar à espera de uma reprimenda. Evite pois dizer-lhe que ele é bonito ou que faz bem aquilo que faz: na melhor das hipóteses procurará demonstrar-lhe o contrário, na pior, odiá-lo-á. Teste: dê-lhe um presente muito, realmente muito bonito e valioso. A resposta será: “Não se devia ter incomodado.” Dir-me-á que é uma resposta freqüente. A diferença é que o masoquista pensa mesmo isso, sem qualquer falsa modéstia. Sofre com isso. Uma prova: algum tempo depois, como por acaso, o presente estragar-se-á ou partir-se-á.”
(a ser continuado…) Adaptado de “Pequeno Tratado das Perversões Morais”Alberto Eiguer (1997)
Arquivado em: BDSM, Freud, Masoquismo, Pensadores, Psicanálise, Sadomasoquismo — rose.:.SR @ 5:21 pm

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#84 Mensagem por Maestro Alex » 29 Mar 2008, 10:41

Evitando alguns erros
Phoenix_sub

Erros de comunicação, por exemplo, são quase sempre os responsáveis pelo término de uma relação.
Aqui vão algumas idéias sobre como manter certa organização no seu relacionamento:




1. Não mantenha uma rígida postura de que você está sempre certo. Fale e ouça.
2. O pedido de desculpas é cabido sempre que houver erros, equívocos e excessos.
3. Não mantenha a idéia de que você sabe lidar com seu parceiro melhor do que ele com você.
4. Seu bottom nem sempre consegue compreender suas necessidades e responder imediatamente sem ser solicitado.
5. Adestramento em BDSM não deveria ser condicionamento, mas sim adequação.
6. Não ignore as prioridades do seu parceiro e insista nas suas próprias. BDSM é antes de mais nada "troca".
7. Tenha em mente que ciclos sexuais e menstruais existem. Tire proveito disso e faça deles aliados.
8. Deixe a dominação psicológica profunda para quando você tb conhecer mais profundamente o seu parceiro.
Isso é ser responsável. Atenção subs: Doms, Dommes tb sofrem manipulações psicológicas, ainda que vc não note ou o faça conscientemente.
9. Algumas pessoas detém uma expressão de raiva (ao meu ver - ótimo) ou mágoa (ao meu ver - péssimo) em cena que nada mais é do que uma explosão de sensações afloradas.
A mesma pode acontecer em um bottom quando lhe é impingido momentos de dor ou humilhação.
10. Se houverem promessas, acordos, regras, que sejam cumpridas. Antes de mudar o jogo, discuta. Isso chama-se respeito.
11. Pondere. Não insista que o que você tem a dizer é sempre mais importante do que seu parceiro queira ou precise dizer.
12. Não finja que você compreende o que o parceiro disse, mesmo se você não tem nenhuma idéia do que isso significa.
13. Não tenha um comportamento endurecido. Crescer em um relacionamento é permitir-se. Ser flexível e condescendente nunca foi sinônimo de não ter autoridade.
Confiança: Uma opinião ou uma crença firme na honestidade, na segurança, na integridade, na confiabilidade, na justiça, etc. da outra pessoa.
Respeito: Um sentimento de consideração elevada, da honra. Acatamento e deferência para com o outro.
A confiança e o respeito são duas características muito importantes em todo o relacionamento.



No começo, as pessoas os têm baseados apenas na boa fé.
Entretanto, num segundo estágio, a confiança e o respeito têm que ser conquistados e este pode ser um processo longo.
Os fatores que atuam diretamente sobre a confiança e o respeito são: como, que, onde e por que, se age e se comunica.
Certamente o peso das atitudes determinam muito mais o nível de confiança e respeito do que o das palavras proferidas.
Nós todos temos nosso próprio sentido ou expectativas no que se refere à honestidade, integridade, confiabilidade e justiça.
Isto pode diferir drasticamente de uma pessoa para outra.
Nós não podemos confiar em nossas próprias percepções ou expectativas para determinar na crença dos outros.
A única maneira de um ajustamento quanto à isso é a bendita comunicação eficaz.
Quando ineficazes podem destruir ou danificar a confiança e respeito. Uma vez feito isso, pode ser muito difícil recuperá-las.
Emoções: Quando nós agimos ou nos comunicamos baseados unicamente em nossas emoções, estas podem ser mortais às comunicações eficazes.
Nossas emoções podem obstruir todo o sentido de objetividade, da realidade, da lógica, etc.. As coisas podem ser comunicadas de uma forma que nós realmente não pensamos ou com um peso ou ênfase que estamos colocando apenas naquele momento.
Recuperar-se de algo dito na hora da raiva, na frustração, etc. pode não ser impossível, mas certamente será muito difícil.
Entretanto, se a outra pessoa tiver em mente que você está em um estado altamente carregado no que tange ao emocional, há uma boa chance de ser levado em consideração.
Deve-se ter em mente - nem sempre possível ou perceptível - que as pessoas reagem baseadas em suas próprias emoções.
Se nós tratarmos ou virmos apenas os sintomas daquele que lida com alta carga emocional ao menor acenar de problemas, nós podemos incorrer no erro de nunca reconhecer um verdadeiro problema e conseqüentemente todos os esforços serão basicamente um desperdício de tempo.
Somente com as comunicações eficazes podemos determinar o núcleo ou a raiz do problema.


fonte ;"Momenteos Nossos", blog de {licia}_Kl

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#85 Mensagem por Maestro Alex » 02 Abr 2008, 10:50

O D/s na vida da submissa





Aprendi, com meu Senhor, que D/s é mental e psicológico, que é uma entrega da mente, do espírito, da liberdade da sub ao seu DOM.
Aprendi, que não existe limitação de tempo e espaço.
Como diria meu Amo, existe uma entrega real da sub e um controle total que implica em responsabilidade do DOM.
Partindo deste pensamento, que o Dom possui a mente da submissa, possui também todo o restante, claro o corpo vem junto também...
Ninguém faz cena 24 horas em um D/s, porque não é uma cena ou fantasia vivenciada e sim uma pura realidade, assim sendo, estando o DOM na mente da sub porque esta o entregou, a sub realmente vive para seu DOM. Vive no dia-a- dia sim, 24 horas sim... Sempre existe o bom senso...É uma relação que deve ter maturidade, consciência e responsabilidade.



Aprendi também que D/s não é parte do SM, parte do BDSM, mas independente, existe por si próprio, pode haver D/s sem SM, com SM..
Tudo dentro do D/s 24/7 vem de uma entrega consciente e livre, nenhuma submissa é pressionada a se entregar, portanto ela vive intensamente e verdadeiramente isto.
A sub quando se ajoelha, não faz por brincadeira, mas porque reconhece aquela pessoa como seu SENHOR e ele a acaricia ou a pune não por brincadeira, mas por algo real.
Não devemos esquecer que D/s não se pratica em sessões e sim no viver, no dia-a dia, na maneira de pensar, de sentir... D/s 24/7, se é ou não se é.
D/s não é uma Dominação sexual, ele dura mais que algumas horas entre 4 paredes, D/s é antes disso e além disso... É uma integração, entrega total...




A posse está implícita e intensa na submissa onde quer que ela vá... Não existe necessidade da presença física do DOM, para que esteja sob Seu domínio.
Tudo isto que escrevi, está dentro de mim... são palavras de meu Senhor, vivas em mim, mesclaram-se com meus pensamentos e tornaram-se um só... Tudo isto aprendi e continuo aprendendo com meu Amo, todos os dias...
Bem sendo assim D/s virtual não existe...
Acredito que a internet é mais um meio de comunicação, um meio para suavisar distancias, mas ninguém domina ninguém pela net...

anjatcellla{D}

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#86 Mensagem por Maestro Alex » 02 Abr 2008, 10:52

Eu ,Dominador e homem

Dominar pra mim é algo essencial na relação, pois, não sou apenas sádico, bondagista ou torturador, sou Dominador na melhor acepção da palavra. Sempre digo que o dominador não é aquele que bate ou manda, ás vezes gritando, é aquele que detém o controle e o respeito da mulher ao seu lado, não pela força ou pela ameaça, mas pelo olhar, pelo toque ou pelas palavras, por mais suaves que sejam. Dominador não precisa ser grosso ou estúpido, precisa ter classe e saber quando usar cada recurso que tem disponível.




Em primeiro lugar o dominador é franco, claro com sua submissa. Desde o primeiro momento que se colocam a acordar um relacionamento, ele se mostra como é para ela e dela também procura saber o necessário, afinal é conhecendo os limites e limitações dela que ele pode fazer dela uma submissa melhor. Um bom dominador sabe ver o potencial de uma mulher, sabe ser paciente e cuidadoso, é um artesão, que como o oleiro, vai moldando um elemento até que ele tome forma, ele dá a essa forma consistência e depois a embeleza com detalhes importantes. É importantíssimo que o Dominador saiba reconhecer limites e limitações, para que não venha a destruir uma bela obra de arte e faze-la algo reles.





Como Dominador sou paciente e calmo, tenho aprendido a cada dia a ser melhor no SM, desde conhecer mais as submissas até vencer limitações. Explorar o prazer em um corpo que no olhar se rende a mim, nas palavras se submete e nos gestos se entrega, é simplesmente uma delicia. A completa entrega é essencial para que eu possa fazer dela meu prazer e dar prazer com isso, seja no confiar, seja no submeter, seja como minha cadela, como meu objeto ou simplesmente como um corpo sem direitos e vontades que eu uso pra me satisfazer.Algumas pessoas se deixam levar pelo papel de Dominador e esquecem que são pessoas antes de tudo. Deixam de lado o ser que são suas submissas quando estão fora da sessão, elas também querem e precisam de cuidados e atenção, algumas até de amor. Sou Dominador e não o deixo de ser fora de uma sessão, mas não levo todo o papel comigo, nunca achei que devesse explicações a alguém, por isso sempre que o sinto diga a uma submissa que a amo, faço carinho, cuido dela como mulher que é antes de ser submissa.





Nunca me senti menos Dom por isso, pelo contrário sou tão seguro do que sou que posso fazer o que quiser e continuar tendo o respeito de que me interessa, a quem realmente me dou a conhecer, e principalmente respeito e obediência de minha submissa.Muitas mulheres por se envolver com alguns desqualificados que se dizem Doms acabam por deixar de lado sua busca por uma realização

Escrito por LOBODOMINADOR_ RJ

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#87 Mensagem por Maestro Alex » 04 Abr 2008, 23:16

te respeito, então me respeita...


Você e Eu, iguais, e ao mesmo tempo diferentes, nascemos nús, e morremos em algum momento, amamos de diferentes formas, e quando sofremos ou nos fazem sofrer, perdemos da mesma forma nossos pedaços. Tua linguagem, Eu a entendo, mas não a uso para meu diálogo... Tua filosofia de vida Eu aceito, mas a minha não é a tua, é BDSM... Tua religião a conheço, mas não ao professo... Compreendo tuas escolhas, mas não são as minhas, as respeito... É difícil entender e diferenciar, é mais fácil sinalizar ou opinar... Alguns acham que somos doentes, loucos, tarados... Colocam nomes ao que desconhecem... Eu simplesmente chamo de diferença, então, se te respeito, me respeita...

Maestro Alex

http://maestroalexbdsm.blogspot.com/200 ... html#links

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#88 Mensagem por Maestro Alex » 11 Abr 2008, 18:33

O SM CONSENSUAL




A relação SM é caracterizada por ser consensual, requerendo portanto, o acordo das duas partes ( top/bottom, mestre/escravo. dominador/submisso). É sobre este ponto de vista que G.Deleuze na "Apresentação de Sacher Masoch " afirma que o sadomasoquismo é uma pratica sexual "masoquiana", "masoquista" e não "sádista", sádica.

E o sadismo no SM? No entanto, a imprensa sensacionalista nos conta historias sombrias de raptos de pessoas por redes de adeptos do SM, torturas ou acidentes mortais. Por outro lado, admitindo a veracidade de tudo que é relatado, trata-se portanto, de sadismo, nada a ver com o SM cuja base , é preciso enfatizar, é o acordo consciente dos parceiros
Essa mistura traz consequencias para o meio BDSM que se vê objeto de uma reputação ruim. Além desse padrão de imagem, ela nao permite as pessoas que praticam o SM evitar de serem vitimas de sadicos autenticos. Certos(as) "escravos" são vitimas de loucos, de pessoas que abusam da confiança necessária às praticas BDSM e em casos raros, alguns(mas ) perderam a vida.



Portanto, vem a questão : saber como encontrar um mestre digno de confiança, um parceiro de jogo à quem se possa entregar. Saber como estar seguro de que a pessoa á sua frente será consciente e não um tarado sem limites.
Um dominador gay tomou a iniciativa de apresentar uma "Carta de boa conduta" dirigida aos mestres, na qual o signatario se compromete em 9 aspectos sobre o respeito devido à seu parceiro. Assim, publicando sua identidade SM, o dominador signatario se compromete publicamente a respeitar a carta sob o risco de ser visto publicamente como falso. Sabendo que numerosos encontros acontecem a partir da internet, um usuário mais atento estará seguro da probidade do dominador.
Iniciativa baseada sobre o compromisso, esta carta permite garantir o minimo de proteção às pessoas que se incluem nessa pratica, baseada na troca, na coletivização de uma parte de sua sexualidade.


S.M. próprio e consensual Assinando eletronicamente e concordando com essa Carta de 9 ítens, Mestre ou Dominador, eu me comprometo a praticar relações sado-masoquistas e sexuais hards, enquadradas pela busca de prazeres e de satisfações amplamente compartilhadas e que passam por:

1) DEFINIÇÂO ANTECIPADA DAS PRÁTICAS
eu me comprometo a sempre definir antecipadamente as praticas autorizadas na negociação e de nelas me contentar e me conformar de uma maneira exaustiva. Da mesma maneira, me comprometo a não ultrapassar esta definição incial feita pelo submisso a meu pedido e se necessário, com minha participaçao ou minha assistencia;


2) Definição antecipada dos limites
Me comprometo a difinir da mesma maneira os limites que enquadrarão as diferentes práticas acordadas, limites testes tambem definidos pelo submisso e aos quais me restrinjo perfeitamente no decorrer das sessões. farei tudo para me aproximar o maximo possivel, a fim de proporcionar uma satisfação plena e completa do submisso em sua busca de prazer e me comprometo a jamais ultrapassar estes mesmos limites previamente acordados.

.
3) SEXO SEM RISCOS Me comprometo a sempre praticar sexo sem riscos afim de evitar qualquer possibilidade de infecção bacteriologica, microbiana ou viral ou seja qual for o risco de infecção. Usando proteçãoes ( camisinha, luvas para fisting ) e a estreita observação de uma regra basica: nenhum contato do esperma com mucosas, com a boca, os olhos, uma pequena ferida e sem troca de sangue em caso de feridas, etc. Me comprometo a jamis expor o submisso à situações nao protegidas ou a riscos não expressamente aceitos por ele. (..)

4. SAFEWORD
me comprometo a sempre praticar minhas sesões com safeword , uma palavra previamente definida e em comum acordo entre o mestre e o escravo. Caso o submisso profira a palavra, o mestre INSTANTANEAMENTE pára a pratica que ultrapassaria sua capacidade de aceitação ou resistencia. No caso do submisso estar privado da palavra, a safeword sera substituida no decorrer da sessão por um codigo estabelecido entre as partes ( destual etc ) que tera o mesmo efeito da safeword definida inicialmente.

5) DROGAS E SIMILARES
Me comprometo a jamais modificar a capacidade de percepção do submisso pelo uso de drogas em sessão, acapazes de anular, reduzir ou modificar suas capacidades de discernimento eou de percepção, como drogas hipnoticas, sedativas etc tal como o alcool, cloroformio, solventes etc. Só uma conversa anterior entre o mestre e o submisso podem modificar algum desss pontos (...)
6)PROPRIEDADE e ASSEPSIA DOS MATERIAIS
Me comprometo a sempre utilizar material perfeitamente adequado, limppo, esterilizado e/ ou desinfectado nas sessões com o submisso e nas sessões mais especiais tais como procedimentos medicos, agulhas sondas etc... etrc sempre usar material esteril e de uso unico sobre embalagem individual íntegra, usando-as cnforme as regras necessárias e máxima assepsia

7) REGRAS DE CONSENSUALIDADE
Em geral o Mestre assim como o submisso se comprometem a respeitar em todos os pontos as regras de consentimento mutuo sobre o conjunto de suas praticas, atos e gestos e , por isso, se comprometem à lealdade recíproca.

8)RESPEITO A INTEGRIDADE FISICA E MORAL
O mestre se compromete a respeitar a integridade psiquica, mental e moral do submisso em todos os pontos e sb quaisquer circunstancias.


9) FOTOS, VIDEOS
Salvo acordo contrario entre o mestre e o submisso, nenhuma foto ou video poderão ser divulgadas, exploradas ou publicadas em qualquer meio que nao seja fruto de um acordo explicito e p´revio entre as duas partes. Salvo acordo contrário, a publicação de fotos será sempre com o rosto coberto e retiradas as amrcas pessoas ( tatuagens, piercings) que possam identificar uma das partes, a fim de proteger o direito pessoal de imagem e rspietar a vida privada atraves de uma confiabilidade necessaria, julgada pelas partes."


fonte :http://gaadjou.joueb.com/news/sexe-consensuel

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#89 Mensagem por Maestro Alex » 11 Abr 2008, 18:35

texto da Colombina_LR (Castelo da Luxúria...)


Jogos de Adulto



Antes de mais nada, quero enfatizar que compartilho com o que o Senhor Ruthwen diz: "O prazer é sempre pessoal e intransferível" . Talvez o que vou abordar
seja o mais individual dos prazeres em termos de BDSM.
Muito já foi falado neste espaço sobre Dominadores & Sádicos e Lord Ruthwen, em um de seus textos apresentou uma argumentação estupenda da junção 'psico-complementar ' dessas duas nomenclaturas.
Partindo dessa premissa, vou falar sobre o sadismo psicológico, um mecanismo natural aos Dominadores, sendo esse, na minha opinião, mais excitante, instigante e perigoso que o sadismo físico. Digo isso por motivos óbvios,o físico sempre apresenta sinais visíveis, o que nem sempre ocorre com o psíquico, no caso de um eventual abuso.
Além disso, é necessário um excelente autocontrole e conhecimento pessoal para se embarcar numa aventura como essa, uma vez que esse tipo de sadismo é um
jogo unilateral. E é unilateral porque acredito não ser anseios 'casados' que movem os envolvidos numa 'relação' com esse perfil, o que coloca os participantes num 'jogo' exclusivo e solitário.
Ao contrário da dominação psicológica que tem seu prazer potencializada com a doutrinação da submissa, canalizada para o prazer sexual de ambos, o sadismo
psicológico tem seu ápice no prazer pessoal da conquista – pura e simples. Nele, a corrupção moral é o que conta. Não falo aqui de jogos de humilhação, falo de algo mais complexo. São valores pessoais e auto estima que são corrompidos, por isso, esse tipo de sadismo é finito em si mesmo.
Um adendo: tais jogos cabem, perfeitamente, também numa relação D/s estabelecida.



Outro diferencial reside no campo sexual: o sadismo psicológico não tem como meta, nem prazer, o sexo propriamente dito. Porém, muito embora sua manifestação é pessoal e egoísta, percebo que os sádicos psicológicos desenvolvem uma relação
E aqui abro um parênteses para falar de uma faceta desses adoráveis 'monstros': o sádico psicológico,necessar iamente, possui uma personalidade assustadoramente sedutora e encantadora. Pode ser aquele amigo acima de qualquer suspeita, aquele que faria qualquer coisa por você.
O colo certo e sempre disponível e geralmente é tudo isso mesmo, além de ser extremamente inteligente, perspicaz e deter bons conhecimentos das reações da psique humana. Outro ponto: quanto mais capacitada intelectualmente for
a mulher maior sua satisfação em minar sua estrutura e personalidade, na minha
concepção, é o estupro emocional levado a cabo.
E qual a motivação das parceiras num jogo tão nefasto? Inúmeros: desafio intelectual; superação emocional; vontade de ser vista como ' a especial,
'a diferenciada' ; e, até mesmo, se superestimar ou subestimar a capacidade do parceiro. O fato é que algum motivo pessoal existe, uma vez que todas
sabem que estão lidando com um sádico.
E o que desencadeia esse processo num Dominador?
Qualquer desafio. O prazer proporcionado pela situação criada é infinitamente maior que qualquer resquício de ética,moralidade ou afeição pela pessoa. Importante ressaltar aqui que esse tipo de jogo só é possível quando o parceiro desperta sentimentos extremos admiração ou desprezo. O grande perigo está, justamente, na discrepância de objetivos, uma vez que nesse tipo de jogo, não existirá quem se sinta
responsável pelo prazer ou pelo sofrimento do outro, podendo restar como herança estragos emocionais incalculáveis.
Numa rápida – e superficial – olhada enumero a sensação de culpa, por não ter sido boa suficiente para 'Ele'; e de incompetência para viver sua própria fantasia
sexual. Como tudo tem seu contraponto, acredito que as 'vítimas' também encontram nessa relação sua razão de ser... ou sofrer.
colombina_LR

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#90 Mensagem por Maestro Alex » 13 Abr 2008, 12:56

Para quem realmente é BDSMer

vale a pena ler:

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