Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

Espaço para postadem de TDs e informações sobre acompanhantes da área trash do Rio de Janeiro.

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Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 1 Positivos: 3 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 60
Anal:Sim 1Não 0
Oral Sem:Sim 4Não 0
Beija:Sim 4Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
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DANTE-RIO
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Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#1 Mensagem por DANTE-RIO » 15 Set 2008, 09:30

NEUTRO
Nome da Garota:Gisa

Fez Oral sem camisinha:SIM
Beijou na Boca:SIM
Aos amigos que me acompanham, na viagem das palavras, pelas minhas andanças boêmias, inicio pedindo desculpas pelo tom gótico deste episódio. Porém, aconteceu! Como Forista e Notívago, eu me imponho à obrigação de relatar.

Costumam me perguntar como um Professor, de formação avançada, pode se sentir bem dirigindo um táxi pelas noites do Rio. Eu poderia responder a questão invertendo os fatores, perguntando como um taxista pode se sentir feliz atuando como Professor durante o dia. Mas o que realmente ocorre quando me fazem essa interrogação é que sou remetido ao final da minha adolescência, no início dos anos 80. Lembro-me de estar sozinho, sentado numa das poltronas do Cinema Carioca, na Saenz Peña, assistindo ao filme “Caçadores da Arca Perdida” e desejando que a minha existência se tornasse um grande baú de aventuras que me salvasse do tédio urbano.

Aos 40 anos, comprando um táxi quase como quem compra um brinquedo, eu me tornaria o meu próprio herói...

Visto meu uniforme para a noite, calça e blusa nos invariáveis tons escuros; aciono o motor do Astra; ligo o rádio; acelero lentamente e mergulho no asfalto...

Uma Idosa acena, eu paro, ela entra no carro e informa que o seu destino seria o Caju. Durante o caminho, a anciã se revela uma déspota rabugenta, só me chama de Sr., me maltrata, reclama o tempo inteiro da minha falta de conhecimento sobre a região portuária, cheguei a pensar que fosse desistir da corrida, cheguei a ter essa esperança, mas ela parecia determinada a me infernizar. Quando, finalmente, alcançamos o paradeiro da Velha, ela salta do carro, me olha nos olhos e me manda comprar um Guia Rex. Tive vontade de chutar aquela Velhinha, senti um calor de raiva na face, mas sou um pacifista, fui criado na filosofia do respeito aos mais velhos, eu me contive.

Retornando pelo mesmo caminho por onde cheguei, tal qual Teseu fugindo do Labirinto de Minotauro, eu avistei o inusitado... Um grupo de garotas, vestidas em cores vivas, conversavam animadas em frente à entrada do Memorial do Carmo, um dos Cemitérios do Caju. Uma delas se precipitou para a beira da calçada quando viu meu táxi se aproximando em velocidade de cruzeiro. Começando a desconfiar do que se travava, fui freando o veículo até a que a menina já estava debruçada sobre a janela do carona e se apresentando como Gisa.

Um ponto de Mariposas em frente ao cemitério! Quando eu poderia imaginar isso se o meu carro amarelo não houvesse me levado pelos descaminhos da nossa cidade?...

Gisa é uma ruiva muito branquinha, em frente ao cemitério poderia facilmente ser confundida com um Poltergeist, mas é uma mulher de carne e osso, com um jeito atrevido e um toque sensual. Deve alcançar 1,70m; pernas bem torneadas, expostas por um vestido curto e estampado num azul e verde ofuscante; sua voz tem uma rouquidão sexy; seus cabelos são compridos, pintados num vermelho forte.

Sua primeira frase ao falar comigo não negava o ofício.

- Vai namorar com a Gisa hoje? – Pergunta.

- Depende! A Gisa é uma namorada carinhosa? – Devolvo.

- Sou a mais carinhosa daqui.


- Gisa, encontrar uma mulher carinhosa dando sopa na porta do Cemitério do Caju é quase como esbarrar com Lázaro fazendo um Cooper aqui pelas redondezas. É um evento! Mas quanto preciso dar pelo carinho?

- No motel, R$ 30,00. Só o boquete, R$ 15,00.


Não sei o porquê, mas sempre considerei a palavra “boquete” um vocábulo feio, com uma carga de vulgaridade muito grande. Ouvir uma mulher falar “boquete” é algo broxante pra mim, mas sentir uma mulher me fazendo um bom “boquete” é um sonho para qualquer homem... Contradições da nossa alma!...

- Aonde poderíamos ir se eu quiser só o boquete? – Questiono.

- Tem a garagem de uma Marmoraria ali atrás, é perto e ninguém incomoda. – Ela me esclarece.


Optei pelo boquete!...

A tal garagem era um recuado em terra batida, ao lado de um pequeno galpão e logo após o Cemitério do Caju, um lugar penumbroso que poderia causar temor aos corações mais frágeis. Estaciono o amarelinho e deixo a lanterna do farol acessa para que eu pudesse enxergar alguma coisa.

Gisa é dessas que não perde tempo, afrouxou meu cinto, desfez o nó dos meus botões, puxou minha calça para baixo, deixou cair a cabeça sobre a minha virilha e encaixou seus lábios numa deliciosa sucção sexual que envolveu todo o meu membro. A garota é boa no que faz, senti a eletricidade do tesão me percorrer inteiro, relaxei!... Confesso que a chupada era gelada, o que fez o clima fantasmagórico crescer na minha imaginação, mas preferi creditar o toque da língua fria a alguma bala Halls que a menina estivesse trazendo na boca.

Quando olho para o meu lado esquerdo, vejo uma lápide, apoiada numa parede, atrás de uma grade, com a inscrição “miserere mei” (Tende compaixão de mim) gravada na extremidade superior. Sim, meu amigo, aquilo me causou algum desconforto, mas o prazer suporta a maior parte dos incômodos.

Gisa continuava a me sugar como uma Vampira Erótica que necessitava despertar meu sêmen, para todos os lados que eu olhava só conseguia ver Cruzes e Anjos erguendo-se para o céu. Senti que a minha explosão estava próxima... Gozei!... Foi um Orgasmo Barroco, cercado de todos os símbolos religiosos que habitam um Cemitério tradicional.

Quando abro os olhos, me recuperando do beijo fálico, consigo ler outra inscrição no alto de um Jazigo que praticamente saltava pelo muro do cemitério: “Mors ultima ratio” (Morte, o derradeiro argumento).

Abandonamos a toca sombria, eu com os membros aliviados e a mente extasiada. Recordei-me do trecho de um Poema que li quando ainda era muito jovem: O Noivado do Sepulcro.

“E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d'infeliz amor.

Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.

Porém, mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.”


Muito além da meia-noite, deixei a Gisa no mesmo lugar em que a encontrei, em frente à entrada do Memorial do Carmo, aproveitei para perguntar se merecia o esforço fazer ponto ali, ela me explicou que aquela região é parada de Caminhoneiros e, por isso, as meninas se concentram nos arredores do Cemitério. A elucidação comprovou que para tudo existe uma razão científica.

Acelero o Astra e ainda consigo identificar uma última inscrição que emerge sobre uma cruz, acima do muro do campo-santo: “Dormit in Pace” (Descanse em Paz).

Ligo o rádio, o som está alto, ganho a Av. Brasil ao som da batida de um refrão de música estrangeira...

Set me free!...


Obs: Acredito que a partir dessa descoberta de última hora, além da Área Trash, precisaremos criar a Área Fúnebre.

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Clorogel
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#2 Mensagem por Clorogel » 16 Set 2008, 09:11

Dante simplismente hilario o td ... !!!

abraço clorogel

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RobervalTaylor
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Cheiro de pau...

#3 Mensagem por RobervalTaylor » 16 Set 2008, 21:19

Mestre Dante se assim me permite, nos anos 80, eu tinha o habito de pegar "mariposas" no final do Aterro do Flamengo com Av.Osvaldo Cruz para um boquete dentro do estacionamento daquele ainda existente posto de gasolina da Petrobras,fazendo o retorno para Botafogo.Dava uma merreca pro vigia e este liberava o acesso.

Mas, putz, o halito dessas criaturas era terrivel pois chupavam em media uns 10 cacetes por noite e o pior,maioria de taxistas (nada contra esses trabalhadores) que sentavam praça dentro de um carro o dia inteiro e consequentemente o pau era um poço de "requeijão vencido".

Porra, no TD voce colocou que a mulher beija.

Na boa, voce beijou a perva ? Se beijou, putz voce realmente é guerreiro rsrsrs...

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Sam Body
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Cemitério do Caju

#4 Mensagem por Sam Body » 17 Set 2008, 00:05

Confrade Dante,


Há muitos anos li, num cemitério, a inscrição: "Os Mortos Não Mordem...". Mesmo sabendo que não nos incomodam, um dia eles podem bater na janela do carro e dizer: " Ai, dá pra chupar em outro lugar ? Está perturbando meu sono eterno..."
Já pensou ?


Abraços !

SB.

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DANTE-RIO
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#5 Mensagem por DANTE-RIO » 05 Jan 2009, 08:37

POSITIVO
Nome da Garota:Jana?na

Fez Oral sem camisinha:SIM
Beijou na Boca:SIM
- Os melhores boquetes do Rio estão no cemitério!

Não se assuste, colega Forista! Os melhores boquetes não estão sepultados a sete palmos de terra e nem são defuntas que os praticam. Esse foi apenas o comentário de um taxista amigo, quando eu contei que havia descoberto um ponto de Putas beirando o Caju.

Diante da afirmação entusiasmada do taxista sobre os boquetes do cemitério e da lembrança ainda quente da minha primeira experiência bem-sucedida com a Gisa, decidi me embrenhar novamente pela morada eterna.

Era uma sexta-feira, início da madrugada, eu havia acabado de sair da Vila Mimosa. Pego a Leopoldina, subo em direção à Ponte e desvio para o Caju... E lá estávamos, eu e o Sucatão, outra vez caçando as Putas Funéreas.

Não vou florear e nem enaltecer o que eu não posso, o cemitério não estava bom nesse dia. Havia somente duas negras gordas e uma loirinha tão seca que eu poderia chamar de cadavérica. Para não perder a viagem, resolvi assumir a putaria temática, escolhi a que mais tinha aspecto de cadáver, acenei para a loira.

Ela se aproximou, era jovem, o rosto chupado pela magreza de retirante, pele muito branca e pernas finas. Porém, havia um charme naquela decrepitude desnutrida, não sei explicar o quê, mas me senti atraído. Chama-se Janaína.

- O pograma é R$ 40,00; o boquete é R$ 20,00 – A resposta foi seca, sem delongas, num português que também denunciava desnutrição.

Optei pelo boquete e perguntei onde seria, como se eu já não imaginasse...

- Nós vai pro pátio da Marmoraria ali na frente. – Responde ela com seu português esquálido.

Nós fomos!...

Estaciono na marmoraria, desligo os faróis e o breu se instala. Ela abre minhas calças, eu puxo para baixo e ela liberta meu membro para logo aprisioná-lo em sua boca.

Começa o boquete, que sensação fantástica!... Ela engolia até a raiz, ao mesmo tempo, acariciava meu saco com as pontas dos dedos. De repente, começava a chupar só a cabecinha enquanto batia uma ágil punheta. O silêncio sepulcral quebrava-se só pelo barulho salivante da chupada e por um grilo chatíssimo que cantava tão estridente que passava a impressão de estar dentro do carro.

Gozei aos palavrões, tal era o meu tesão. Gritei “porras”, “putas que os pariu”, “caralhos”! Blasfemei entre cruzes, anjos e lápides! Meu gozo deve ter feito inveja aos falecidos que repousavam atrás do muro!

Depois de gozar, fiquei assustado. A menina me pareceu ainda mais magra, mais cadavérica. Ela estava suando e os cabelos loiros tomaram uma forma lambida, grudaram no rosto. Ansioso por me livrar rápido daquela ossada ao meu lado, paguei os vinte reais e a desovei próximo ao portão do cemitério. Parti em arrancada com o Sucatão...

Caso alguém me pergunte hoje onde encontrar mulheres com um bom boquete, eu respondo sem pestanejar: Vá ao cemitério, é onde estão os melhores boquetes da cidade.

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FRIENDS FOREVER
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#6 Mensagem por FRIENDS FOREVER » 08 Jan 2009, 10:51

Um dos melhores td´s.........muitas risadas !!!

Abraços

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Jogador Tarado
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#7 Mensagem por Jogador Tarado » 08 Jan 2009, 23:24

Vou testar hj!

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_Dodi_
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#8 Mensagem por _Dodi_ » 09 Jan 2009, 17:32

E ai, testou??? iuhahuiauhiaui Foda que é longe pra mim... Só de passagem mesmo...

Mas ae, perde o clima legal hein... Beirando o cimitério é foda... Nem a enterro eu não vou!

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DANTE-RIO
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#9 Mensagem por DANTE-RIO » 09 Jan 2009, 19:00

Galera,

Aviso que o melhor horário ali é após a meia-noite, a hora que apavora. Fica ainda melhor depois de 1h da madruga, é quando aparecem as melhores. Antes de meia-noite, se der sorte, vai topar com umas negras barrigudas, mas depois a coisa melhor. Procurem pela Gisa!

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DANTE-RIO
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#10 Mensagem por DANTE-RIO » 15 Abr 2010, 10:33

POSITIVO
Nome da Garota:

Fez Oral sem camisinha:SIM
Beijou na Boca:SIM
[ external image ]


Terça-Feira. A madrugada ia alta quando saí de casa a procura de um táxi. O Sucatão, abatido pelo tsunami de 06/04/2010, recuperava-se na oficina. O ar transbordava silêncio e dos poros do asfalto parecia emergir a marcha que seria o tema deste episódio...

http://www.youtube.com/watch?v=R-G5N1Hi ... re=related

A febre do desejo não marca hora para bater a nossa porta. Entre optar pela solitária arte da masturbação e a aventura da caça, preferi ser ousado. Mergulhei na pista, coberta por um céu escuro e nublado, fui tentar reencontrar a Gisa.

Logo passa um táxi noturno, um golzinho velho, pelas janelas abertas eu vi um maço de pulseiras de Nosso Senhor do Bonfim penduradas no retrovisor. O motorista era um garotão, um nordestino sorridente. Entrei.

- Pode me levar até o Cemitério do Caju?

O rapaz torce o pescoço e me olha intrigado, como se quisesse confirmar o pedido excêntrico.

- Pra onde?! – Pergunta.

- Caju. Cemitério.

- Tem enterro a essa hora?

- Não.

- Vixe! Vai visitar algum defunto?

- Não. Quero ver um ponto de mariposas que existe por lá.

- Ahh! Sei qual é. Vamos nessa!


Então, o jovem motorneiro saca um CD e o coloca pra tocar.

http://www.youtube.com/watch?v=xyLbxDfQ ... re=related

Faltou sensibilidade. Tocar Banda Calypso, numa madrugada fria, indo em direção ao cemitério, não foi a melhor escolha. Mas estava feito, ao som de Joelma e Chimbinha partimos para o campo funéreo.

Com o trânsito livre, não demorou em alcançarmos o Caju. Logo avistei a pequena colônia de meretrizes do cemitério. Mais rápido ainda avistei a Gisa.

Lá estava a minha ruiva poltergeist, vestidinho preto justíssimo, botas que elevavam ainda mais sua altura, que deve ser de 1,70m. E as pernas? Que pernas lindas possui essa menina, como se fossem esculpidas pelas mãos divinas de algum ser etéreo.

Pedi pro taxista dar uma parada e me aguardar. Saltei para desenrolar as negociações. Assim que saí do carro, senti aquela baforada gélida afagando meus cabelos. Chamei a Gisa num canto e combinamos R$ 60,00 por 1 hora no Stop Time.

Partimos: eu, o Cearense e a Gisa pela Av. Brasil, dentro do velho golzinho, em direção ao Motel, sempre ao ritmo de Joelma e Chimbinha mandando ver com a Banda Calypso.

No quarto penumbroso, ela se antecipa despindo-se do vaporoso vestido, me empurra na cama e vem por cima roçando no meu corpo.

Acredite, Forista sem Fé! Pode ser um efeito psicológico criado pelo contexto da situação ou talvez tenha sido uma percepção real, mas o fato é que a menina cheirava a vela de sete dias. Um aroma de parafina emanava de cada toque dela. Provavelmente o fenômeno era causado pela exposição à brisa contaminada que sopra por entre as tumbas e atinge as moças na calçada que beira os sarcófagos. Não sei explicar. Só sei que a inhaca era de vela.

Não aguentei, sugeri que tomássemos um banhozinho juntos. Aquela catinga de sepultura não era afrodisíaca.

No chuveiro, Gisa me lança um olhar vampiresco, dá uma abaixadinha e abocanha meu membro. Essa mulher não chupa, ela faz uma prece suplicando pelo jato de esperma em seus lábios.

Eu devo estar sofrendo de ejaculação precoce. O boquete foi tão elaborado, tão profundo, quase sobrenatural, que gozei em pouco mais de um minuto. A boca fria, graças à técnica da bala halls, deu um toque fantasmagórico à chupada. Foi fatal. Meu pau desfaleceu sem mais demonstrar sinais de pulsação.

Paguei o combinado e pedi um novo Táxi à recepção do Stop Time. Dessa vez, chega um Safira, com a etiqueta da cooperativa “Altas Horas” e dirigido por um coroa.

Tratamos de nos acomodar no carro e pedi que ele desse uma paradinha nos arredores do cemitério. Imediatamente o velho torce o pescoço e me olha como se eu fosse um insano, mas não fez perguntas, executou o trajeto.

Deixei minha ruiva poltergeist em frente ao portão principal do Memorial do Carmo e prossegui o traçado para a Tijuca.

Ao observar cruzes e anjos emergindo sobre os muros da terra dos cadáveres, não pude evitar cantarolar mentalmente o grande sucesso do também falecido Michael Jackson: Thriller.

http://www.youtube.com/watch?v=ZEHsIcsj ... re=related

Quando rompi as luzes da Praça Saenz Peña, senti a euforia de Lázaro e de todos os que renascem no Paraíso.

This is it.

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DANTE-RIO
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#11 Mensagem por DANTE-RIO » 16 Jul 2010, 09:28

POSITIVO
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Fez Oral sem camisinha:SIM
Fez Anal:SIM
Beijou na Boca:SIM
Madrugada de quinta para sexta-feira.

Prostitutas não são apenas o nosso obscuro objeto do desejo, elas representam a nossa evolução.

Na juventude, pagamos pela curiosidade, pelo mistério. Pagamos pela descoberta.

Na fase adulta, pagamos para saciar uma sede interminável, a libido embaça os sentidos. É a luxúria. Pagamos pela boceta.

Quando amadurecemos, o sexo já não nos domina, há um vazio detrás do orgasmo. Pagamos pelo Amor.

Quanto mais envelheço, mais me entedio. Talvez, seja um desvio psicológico, alguma espécie de insanidade, o meu desejo só desperta pela adrenalina. Gosto dos bordéis. Aprecio as mulheres-pizza ou garotas delivery, as nossas conhecidas Frees. Porém, nada disso me emociona. Não há incêndio se não houver risco.

O silêncio era cego, a pista da Av. Rodrigues Alves ocultava os sons em ninhos de penumbra. A luz mostrava timidez na rota que leva ao Cemitério. O celular direcionava para uma Caixa Postal. Eu não sabia se iria conseguir encontrá-la. Não sabia sequer se ela ainda fazia ponto no mesmo local. Prostitutas são entidades etéreas, aparições que se desvanecem sem deixar vestígio.

Durante a madrugada, alvorece um universo paralelo, chama-se Av. Brasil. Naquela imensa reta sombria, todos os caminhos se entortam. Minha bússola era o Cemitério. Girei o volante, eu e o Sucatão penetramos na Av. Monsenhor Manoel Gomes. Às margens do Campo Santo, procurávamos o um milagre: Gisa.

Há quem duvide. Há quem não creia. Leões de cativeiro terminam esquecendo-se do cheiro acre da selva, do calor abrasador da caça. Não, Forista sem Fé, eu ainda não desisti. Logo no princípio da Avenida, diante do Memorial do Carmo, minha Ninfa Poltergeist defendia o seu posto. Ruiva, alva e bela. Se os Deuses não a tivessem criado mulher, seria uma esfinge desafiadora sobre algum mausoléu antigo.

Não sei explicar o porquê, eu estava solitário, avistar a Gisa foi como encontrar uma ilha após dias à deriva na aridez do mar. Emocionei-me. Fiz a volta para outra pista e estacionei o meu táxi diante dela. Não houve palavras. Houve um sorriso, desses tão deslumbrantes que o coração palpita ao encará-lo.

Abri a porta, finquei minhas botas no asfalto, dei uns três passos e nos beijamos. O cemitério girou, as tumbas giraram, a Av. Brasil girou, o mundo inteiro rodopiou na vertigem daquele beijo. O rádio do carro estava ligado, volume alto, sintonizado na JB FM. A Natureza não recompensa os céticos, mas acaricia os que acreditam. Neste exato momento, a música que vazava pelas caixas era All For a Reason – Alessi Brothers.

http://www.youtube.com/watch?v=kOG49Vhmx-Q

Do sepulcro, nascia o Amor.

Ela entrou no carro. Iluminados pelas velas que guiam as almas, rumei para o Motel Stop Time.

Dentro do quarto, ela se despe e revela o corpo sinuoso. Seios firmes, pernas grossas. A barriguinha seca, ornada por um crucifixo prateado na altura do umbigo. A Gisa não é somente bonita, possui o toque inexplicável do estilo.

Eu me deito e ela envolve o meu membro com os lábios, sempre com a boca fresca, refrigerada por uma bala halls. A chupada com sopro de menta é como aprisionar o pau numa gaveta de necrotério. Gozar é morrer. Provavelmente, por esse motivo, os melhores boquetes tenham buscado a vizinhança do cemitério.

Ejaculei com tanta força naquela boca que a minha visão tonteou. Um impacto profundo. Ela pousou a cabeça sobre o meu peito, afagou meus cabelos e conversamos amenidades.

Hora de ir. Eu a devolvo ao seu local de origem. Antes de sair do Sucatão, ela me olha com uma ternura cativante. Retoma sua posição, me lança outro sorriso e eu acelero para lugar nenhum. Pelo retrovisor, a imagem da minha amante foi se tornando pequena na distância, emoldurada por um muro branco por onde cruzes e querubins se erguiam. Sobre a calçada, beirando à morada da morte, meu anjo pairava destemido. As asas escondidas num sorriso. Se Gisa não fosse um nome, seria um mantra.

A Av. Brasil fica para trás e a cidade volta a ser um oceano de olhos frios em busca de alguma ilha acolhedora.

(R$ 60,00 por 1h no Motel)

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Mulato Roqueiro
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#12 Mensagem por Mulato Roqueiro » 16 Jul 2010, 12:03

Mande um exemplar do livro pro Jô Soares que ela vai te entrevistar.Depois disso,o livro vai vender aos montes...

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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#13 Mensagem por Aninhaninfeta » 15 Ago 2010, 15:03

Meninos... eu ri muito!

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MR. PETRUCCI
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#14 Mensagem por MR. PETRUCCI » 15 Ago 2010, 21:57

o TD tinha que ser ali no cemitério mesmo........
Aí, seria ainda mais histórico!

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didirj
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#15 Mensagem por didirj » 07 Set 2011, 13:36

Em que lugar do cemiterio que tem ? fui la e nao vi nada

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Willy Falcon
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Re: Ponto de Rua (Caju - Cemitério do Caju)

#16 Mensagem por Willy Falcon » 30 Out 2011, 11:42

Eu não achei nada lá. Só no porto vi umas muquiranas mas bem estilo mendiga.

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