Hugo Chávez

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CARTEIRADOR BANIDO
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#121 Mensagem por CARTEIRADOR BANIDO » 22 Nov 2007, 09:30

O Pastor escreveu:
Zebedeu81 escreveu:até que enfim deram um cala boca nele.

O problema é que, tal como o NOSSO presidente LULA, ele não toma simancol, não tem ideia do que é isso, e só fala o que quer. E como diz o ditado:

QUEM FALA O QUE QUER, OUVE O QUE NÃO QUER !!!!
Ninguém Liga escreveu:Eu também gostei

Huummm...mas esse caso pode ter outra leitura. Sugiro lerem o texto do nosso companheiro Carnage, acima. Nao vi nada de construtivo naquilo qeu a Rainha fez.
Claro que li.

E assisti um documentário sobre o golpe armado pelos EUA para tirar o fanfarrão do poder.

Mas a muito tempo ele fala o que quer e ninguém retruca, apenas isso.

Fui

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Badi
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#122 Mensagem por Badi » 24 Nov 2007, 15:36

Tem um Ringtone na Europa que tá fazendo sucesso.
Segue o link com a matéria:

http://info.abril.com.br/aberto/infonew ... 2007-6.shl

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TRICOLAÇO-TRI MUNDIAL
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#123 Mensagem por TRICOLAÇO-TRI MUNDIAL » 24 Nov 2007, 16:22

EU VI UM UM RINGTONE DO LULA AQUI NO BRASIL ERA SO;

ATENDIII CUMPANHEIRUUUU.
ATENDIII CUMPANHEIRUUUUU

MAS PODIAMOS COLOCAR COM UMA MENSAGEM DOS SEUS IDEAIS

VAMU DRUMI NOIS NUM KEREMU TRABAIA
NOISS KE DINHEIRU
PRA PINGA NOIS COMPRA
E VIVA O BOLSA FAMILY

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Polster
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#124 Mensagem por Polster » 25 Nov 2007, 23:57

Carnage escreveu:Pois é, eu posto e ninguém lê

Acho que a maioria prefere ir na onda do que a Blobo diz.

Não estou a defender o aloprado Chavez, mas é inegavel que a imprensa brasileira tem dado dimensões a suas patetices além das reais e não tem mostrado nenhuma contrapartida.
O cara venceu eleições monitoradas pela ONU. Apesar daqueles que adoram dizer que as pessoas votam em fulano apenas porque são burras, não é bem assim.
Algo de bom elas devem ter sentido que estava acontecendo para votarem em alguém de forma tão expressiva.

A verdade é que a maioria de nós não tem NENHUMA informação do que acontece no dia a dia da Venezuela, fora o que algumas redes de informação todo poderosas dizem.

Aquie algumas informações de um site que eu acho que é menos parcial que a grande mídia. Mas é pra ler e pensar um pouco: onde está a verdade? Não se pode aceitar cegamente o que ninguém diz, tem que questionar
Não é de estranhar este ódio a Hugo Chávez em toda mídia (só se fala disso em qualquer publicação ou nos jornalísticos televisivos) ou mesmo neste fórum (parece que toda semana é criado um tópico anti-chavista).

A “grande mídia” é parcial e sempre foi. Sempre defendendo os interesses de seus patrões e financiadores (os grandes empresários, os EUA, o grande capital em geral...). O modismo é dividir os países entre democracia e ditadura. Governos legítimos são tachados de ditatoriais ou autoritários, enquanto outros bem menos, são festejados como exemplos democráticos. Tudo ao gosto do Tio Sam. Os mesmos que chamam Chávez de ditador, sonham com um golpe de Estado para tirá-lo do poder. Será isto um exemplo de democracia?

Já os “foristas putanheiros” são formados em sua maioria pelas classes mais abastadas da nossa sociedade (haja vista que muitos gastam pequenas fortunas com “prostitutas” todo mês). E como são oriundos das classes mais privilegiadas, odeiam qualquer governo mais “esquerdista” e que seja mais comprometido com as camadas mais pobres do que o habitual (como o governo venezuelano). O velho medo de perder seu "status quo".

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Polster
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Chavez

#125 Mensagem por Polster » 26 Nov 2007, 00:02

Achei interessante este texto da Caros Amigos:

Chávez e o Império

por Carlos Azevedo

O rei de Espanha mandou o presidente da Venezuela calar-se. A euforia tomou conta de todas as direitas, mas também deixou confusa muita gente boa. O que Chávez havia dito durante a Conferência da Comunidade dos Países Íbero-americanos? Que o ex primeiro-ministro espanhol, Aznar, é um fascista. O atual primeiro ministro da Espanha, Zapatero tomou a palavra para dizer que, embora tendo grandes divergências políticas com Aznar, achava que ele devia ser tratado com respeito. Zapatero não podia fazer diferente, tinha que se manifestar, porque sabia que seria cobrado na Espanha se houvesse se mantido em silêncio diante da crítica pública de Chávez. O que fez Chávez enquanto Zapatero falava? Mesmo tendo o som cortado, continuou a falar paralelamente, interrompendo Zapatero, insistindo em seus argumentos contra Aznar, lembrando que este havia apoiado o golpe de Estado que derrubou Chávez do poder por dois dias em 2002 (por ordem de Aznar o embaixador da Espanha foi o primeiro a reconhecer o governo golpista)... Chávez estava cheio de razão, mas, como muitas vezes, foi impulsivo, deselegante, infringindo a etiqueta da diplomacia etc. Nesse momento, impaciente, o rei Juan Carlos exclamou: “por que não se cala?” A imprensa das classes dominantes do Brasil exultou e aproveitou para achincalhar Chávez mais uma vez.
Por que tanta animosidade contra Chávez? Vejamos: quando Chávez foi eleito presidente da República pela primeira vez, em 1998, a Venezuela estava em falência política, suas classes dominantes, mergulhadas em profunda corrupção, desmoralizadas, não conseguiam mais governar. A maior riqueza do país, o petróleo, entregue às multinacionais de petróleo americanas, era partilhada por estas com as elites tradicionais e a alta classe média, ambas americanizadas, vivendo mais nos Estados Unidos que em seu país, seus filhos indo em massa estudar na Flórida, falando mais inglês que espanhol, acostumados todos a ver a Venezuela como uma fazenda de onde extraiam sua boa vida.
A Venezuela é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e exporta a maior parte da produção para os Estados Unidos. Chávez começou por questionar a dominação americana sobre o petróleo. Procurou fortalecer a capacidade de negociação da PDVSA (a empresa estatal venezuelana) com as multis. Além disso, constatando que as políticas das grandes potências haviam levado à redução brutal do preço internacional do petróleo (chegou a menos de 20 dólares o barril de 60 litros, isto é, petróleo estava mais barato que água mineral), assumiu a presidência da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e desenvolveu uma política de valorização do preço do óleo. Isso causou ódio e remordimento nos Estados Unidos e nos outros países ricos.
Chávez também tratou de retirar das classes dominantes locais parte dos benefícios que recebiam do petróleo para poder investir na melhoria de condição de vida da população trabalhadora, especialmente em educação, saúde, alimentação, habitação. Isso enfureceu os velhos setores dominantes venezuelanos. Também o governo direitista espanhol, então comandado por Aznar, se incomodava. Porque a Espanha, ainda que há muito derrubada de sua condição de potência colonialista na América Latina, mantém grandes investimentos e desenvolve grande influência política por aqui, na condição de país sub-imperialista.
Os americanos, auxiliados pelo governo de Aznar, conspiraram com as classes dominantes locais pela derrubada de Chávez em 2002. Deram o golpe, mas não levaram, impedidos por um levante popular associado a uma tomada de posição de parte das forças armadas em favor legalidade. Chávez reassumiu tendo muito mais clareza de quem eram e como atuavam os inimigos do povo venezuelano.
Aprofundou sua política de nacionalização do petróleo e de destinar os benefícios dessa riqueza para os mais pobres. Sabendo o tamanho da ameaça, tratou também de fortalecer as forças armadas venezuelanas, comprando armas para melhorar a qualidade da defesa do país, vizinho de uma super-armada e pró-americana Colômbia e de várias bases militares dos Estados Unidos. Como diz o velho ditado, “bobo é quem pensa que o inimigo dorme”. Chávez também mudou as leis do país, promoveu a elaboração de uma nova Constituição, reformou a Justiça e o Parlamento, reforçando a participação popular.
Por tudo isso, Chávez é acusado de ditatorial. O interessante é que todas as mudanças promovidas por Chávez foram feitas à partir de eleições, plebiscitos e consultas à população. Desde 1998 realizaram-se dez eleições e plebiscitos no país. Nenhum governo em tempos atuais consultou tão freqüentemente a população como o venezuelano. Eleições cuja lisura não foi contestada por observadores internacionais. Chávez ganhou todas e por larga margem. A oposição golpista, decidida a desmoralizar o regime político do país, esteve ausente de uma eleição. Comandou a abstenção, mas o povo votou em massa em Chávez e em seus candidatos ao Congresso. Resultado, com esse ato estúpido, apolítico, a oposição ficou sem representação nos poderes da República. E depois, saiu acusando Chávez de ditatorial.
Certamente Chávez tem lá seus defeitos. Mas para se adotar uma posição madura sobre ele e seu governo, para ver com clareza no meio desse tiroteio é preciso levar em conta o principal. Registro três aspectos:
1)Trata-se de um governo antiimperialista, construindo a independência de seu país e, por isso, um poderoso aliado de todos os povos latino-americanos na luta contra as políticas imperiais que nos empobrecem e mantêm dependentes. O Brasil e todos os outros países do continente têm sido beneficiados pelas posições e políticas do governo de Chávez.
2) Também é preciso ver que ele vem promovendo políticas de melhoria das condições de vida da população trabalhadora e mais pobre da Venezuela e estimulando seu desenvolvimento econômico.
3) Todas as grandes decisões de governo têm sido respaldadas em eleições legítimas.
Atualmente, a irritação oligárquica contra Chávez alcança um novo ápice. Isso porque seu governo está propondo uma nova reforma constitucional. Uma das propostas é ampliar a possibilidade de reeleição do presidente da República. O povo venezuelano vai votar livremente e dizer se apóia ou não essa proposta. Se apoiar, Chávez poderá se reelegr outras vezes. E o povo venezuelano irá conferir no futuro se tomou uma decisão acertada ou não. É seu direito, é sua responsabilidade. Isso é democracia, é ou não é?
Ou democracia é comprar deputados e fazer passar uma emenda à Constituição no Congresso para permitir a reeleição do presidente, sem consultar a população, como fez FHC mudando a regra do jogo para ganhar um novo mandato em 1998? Isso é democracia ou é golpe? É golpe. Mas para a imprensa oligárquica FHC é o democrata impoluto. E Chávez é que é ditador? Poupem-nos de tanta hipocrisia!

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Carnage
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#126 Mensagem por Carnage » 26 Nov 2007, 09:35

O mundo se transforma, mas esqueceram de avisar aos barões da mídia

O pós-guerra fria tem se revelado um momento muito mais fascinante, na política internacional, do que se esperava. A desastrosa ocupação do Iraque pelos Estados Unidos acelerou o processo de corrosão do mundo unipolar e provocou a explosão do multilateralismo expressa, por exemplo, no fato de que Hugo Chávez estava um dia em Teerã e no dia seguinte em Paris.

Todas as alianças e facadas pelas costas passam, de alguma forma, pelo acesso à energia, capaz de sustentar o crescimento econômico ao mesmo tempo dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e dos países em franca ascensão, como a China, a Índia e o Brasil. (...)

O petróleo bate em 100 dólares por barril, em Nova York. É o preço mais alto da História. Há uma tremenda "coincidência" entre petróleo caro e recessões econômicas. Mas isso fica para outro dia.

Meu ponto é o protagonismo dos países que detém as fontes de energia. O crescimento espetacular da China e da Índia criou mercados novos para a Arábia Saudita, a Rússia, a Venezuela, a Bolívia e o Chade, na África.

(...)

A "explosão multilateral" obedece à mesma lógica que o Brasil, graças à sabedoria do Itamaraty, adotou faz um bom tempo. Reduzir a dependência do país de um mercado só, de maneira a evitar que um espirro nos Estados Unidos se torne imediatamente uma tuberculose por aqui. Graças a essa política, o Brasil mantém os Estados Unidos como um mercado importante, mas não o único. As exportações do Brasil, desde 2002, cresceram mais de 120% e em 2007 já superaram o valor total do ano passado, de U$ 137,5 bilhões. (...)

Em números aproximados, os destinos das vendas brasileiras são a Europa (27%), a América Latina (23%), os Estados Unidos (20%), a Ásia (15%) e a África, Oriente Médio e Oceania (15%). O Brasil exporta commodities, mas também manufaturados.

Paises como o México e a Venezuela dependem fortemente do petróleo e são reféns do fato de que têm poucos mercados. É aí que tem se dado a grande mudança. A Venezuela, fornecedora de gás e petróleo para os Estados Unidos, também vai vender para a China e Portugal.

Mas há imensos problemas de logística. Dois terços do petróleo exportado hoje em dia viajam de navio. Da Venezuela à China, passando sob a África, são de 43 a 44 dias de viagem. Se o petróleo fosse embarcado no Panamá, seriam de 24 a 25 dias. Entendeu agora um dos motivos para Chávez ficar bonzinho com o Álvaro Uribe, o vizinho colombiano que está no outro lado do espectro ideológico?

Curiosamente, a mídia brasileira morria de amores por Uribe. Agora, depois da amizade com Chávez, passou a ser taxado de "populista" de direita. Vai entender.

A Venezuela pretende fazer a extensão do gasoduto que liga o país à Colômbia, para que chegue ao Panamá. O projeto reúne líderes de posições políticas distintas: Chávez, Uribe e o panamenho Martín Torrijos.

Do Panamá, os petroleiros venezuelanos poderiam atingir mais rapidamente tanto a Califórnia quanto a China. Uribe leva um troco: exportará petróleo para a Venezuela até 2011, além de engajar Chávez na tentativa de selar a paz com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Garantir a multiplicidade de mercados é a tônica dos países exportadores; garantir a multiplicidade de fontes é a tônica dos países importadores de energia. Ninguém quer depender de um único parceiro. É a festa da amizade colorida, em que a ideologia fica submetida aos interesses econômicos e estratégicos. O que resulta na "explosão do multilateralismo."

A Arábia Saudita não pede para ver a carteirinha de democrata dos chineses antes de vender petróleo ao país. O Japão não pede para ver a carteirinha de democrata de Vladimir Putin antes de comprar petróleo russo. Os Estados Unidos não pedem para ver a carteirinha de democrata dos militares que mandam na Nigéria antes de comprar petróleo do país. Mas tem gente querendo que o Brasil peça carteirinha de democrata ao Hugo Chávez antes de inundar a Venezuela com manufaturados - já é o sexto maior importador de produtos brasileiros. Esta é a realidade brutal e sem hipocrisia do comércio internacional. Um dia o Chávez deixa o poder, lá por 2050, mas enquanto tiver petróleo a Venezuela será importante - e tá cheio de petróleo naquela bacia do rio Orinoco.

O consumo de energia dos Estados Unidos cresce. A produção interna não dá conta da demanda por eletricidade e gasolina. O país queima sozinho cerca de 25% da energia global. A dependência americana do petróleo e do gás importados só faz aumentar.

Eles podem trazer gás de qualquer parte do mundo, se quiserem. Mas é mais barato se vier de perto, né mesmo? Ou é por acaso que o Canadá e o México são os maiores fornecedores? É natural que eles fiquem de olho gordo nas reservas da Venezuela, do Equador e da Bolívia.

Eu, se morasse na Casa Branca, também ficaria. O curioso é que tem um monte de brasileiro que se comporta como se morasse na Casa Branca. Tem um probleminha aí: Estados Unidos e Brasil são COMPETIDORES quando se trata de usar a energia da América do Sul.

Será que os Mesquita abririam mão do gás boliviano que esquenta o chuveiro da casa deles, a um custo módico, para que esse gás fosse queimado na casa de algum californiano? A indústria da Califórnia pode pagar algumas vezes mais do que a brasileira para receber o gás natural da Bolívia transportado por navios-tanque. Quanto menos gás relativamente barato a indústria brasileira tiver maior será o uso de outras fontes de energia, mais caras, encarecendo os produtos, produzindo inflação e reduzindo exportações.

Estou usando a lógica absolutamente capitalista ou vocês acham que dizer isso é ser REVOLUCIONÁRIO? Só no mundo provinciano habitado pelos que freqüentam as mesmas festas, os mesmos restaurantes, as mesmas praias e os mesmos congestionamentos.

Parte do problema do Brasil é aquele capitalista vagabundo, acostumado a sonegar impostos, a fazer contrabando, a ganhar muito vendendo pouco, que não quer se educar, trabalhar ou pensar; ele morre de medo de ser atropelado e quer ajuda do governo para protegê-lo da competição. Esses querem congelar o mundo.

(...)

Neste momento, o Brasil é absolutamente dependente do gás da Bolívia. Não adianta fazer beicinho para o Evo Morales. Não é culpa do fulano, nem do beltrano. O gasoduto foi construído durante o governo de FHC. Abastece principalmente a indústria paulista. A idéia de que o Brasil deve isolar Evo Morales é absolutamente bisonha. Não faz sentido político, econômico, nem comercial. Só faz sentido do ponto-de-vista ideológico para os editorialistas do Estadão. É uma questão geográfica, que pode ser resolvida se os Marinhos, os Civita, os Frias e os Mesquita, usando de todos os seus poderes, promoverem a levitação da Bolívia para outro continente. (...)
Leia na íntegra:
http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1528

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Re: Chavez

#127 Mensagem por sonolento soneca » 26 Nov 2007, 12:05

Polster escreveu:Achei interessante este texto da Caros Amigos:

Chávez e o Império

por Carlos Azevedo

O rei de Espanha mandou o presidente da Venezuela calar-se. A euforia tomou conta de todas as direitas, mas também deixou confusa muita gente boa. O que Chávez havia dito durante a Conferência da Comunidade dos Países Íbero-americanos? Que o ex primeiro-ministro espanhol, Aznar, é um fascista. O atual primeiro ministro da Espanha, Zapatero tomou a palavra para dizer que, embora tendo grandes divergências políticas com Aznar, achava que ele devia ser tratado com respeito. Zapatero não podia fazer diferente, tinha que se manifestar, porque sabia que seria cobrado na Espanha se houvesse se mantido em silêncio diante da crítica pública de Chávez. O que fez Chávez enquanto Zapatero falava? Mesmo tendo o som cortado, continuou a falar paralelamente, interrompendo Zapatero, insistindo em seus argumentos contra Aznar, lembrando que este havia apoiado o golpe de Estado que derrubou Chávez do poder por dois dias em 2002 (por ordem de Aznar o embaixador da Espanha foi o primeiro a reconhecer o governo golpista)... Chávez estava cheio de razão, mas, como muitas vezes, foi impulsivo, deselegante, infringindo a etiqueta da diplomacia etc. Nesse momento, impaciente, o rei Juan Carlos exclamou: “por que não se cala?” A imprensa das classes dominantes do Brasil exultou e aproveitou para achincalhar Chávez mais uma vez.
Por que tanta animosidade contra Chávez? Vejamos: quando Chávez foi eleito presidente da República pela primeira vez, em 1998, a Venezuela estava em falência política, suas classes dominantes, mergulhadas em profunda corrupção, desmoralizadas, não conseguiam mais governar. A maior riqueza do país, o petróleo, entregue às multinacionais de petróleo americanas, era partilhada por estas com as elites tradicionais e a alta classe média, ambas americanizadas, vivendo mais nos Estados Unidos que em seu país, seus filhos indo em massa estudar na Flórida, falando mais inglês que espanhol, acostumados todos a ver a Venezuela como uma fazenda de onde extraiam sua boa vida.
A Venezuela é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e exporta a maior parte da produção para os Estados Unidos. Chávez começou por questionar a dominação americana sobre o petróleo. Procurou fortalecer a capacidade de negociação da PDVSA (a empresa estatal venezuelana) com as multis. Além disso, constatando que as políticas das grandes potências haviam levado à redução brutal do preço internacional do petróleo (chegou a menos de 20 dólares o barril de 60 litros, isto é, petróleo estava mais barato que água mineral), assumiu a presidência da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e desenvolveu uma política de valorização do preço do óleo. Isso causou ódio e remordimento nos Estados Unidos e nos outros países ricos.
Chávez também tratou de retirar das classes dominantes locais parte dos benefícios que recebiam do petróleo para poder investir na melhoria de condição de vida da população trabalhadora, especialmente em educação, saúde, alimentação, habitação. Isso enfureceu os velhos setores dominantes venezuelanos. Também o governo direitista espanhol, então comandado por Aznar, se incomodava. Porque a Espanha, ainda que há muito derrubada de sua condição de potência colonialista na América Latina, mantém grandes investimentos e desenvolve grande influência política por aqui, na condição de país sub-imperialista.
Os americanos, auxiliados pelo governo de Aznar, conspiraram com as classes dominantes locais pela derrubada de Chávez em 2002. Deram o golpe, mas não levaram, impedidos por um levante popular associado a uma tomada de posição de parte das forças armadas em favor legalidade. Chávez reassumiu tendo muito mais clareza de quem eram e como atuavam os inimigos do povo venezuelano.
Aprofundou sua política de nacionalização do petróleo e de destinar os benefícios dessa riqueza para os mais pobres. Sabendo o tamanho da ameaça, tratou também de fortalecer as forças armadas venezuelanas, comprando armas para melhorar a qualidade da defesa do país, vizinho de uma super-armada e pró-americana Colômbia e de várias bases militares dos Estados Unidos. Como diz o velho ditado, “bobo é quem pensa que o inimigo dorme”. Chávez também mudou as leis do país, promoveu a elaboração de uma nova Constituição, reformou a Justiça e o Parlamento, reforçando a participação popular.
Por tudo isso, Chávez é acusado de ditatorial. O interessante é que todas as mudanças promovidas por Chávez foram feitas à partir de eleições, plebiscitos e consultas à população. Desde 1998 realizaram-se dez eleições e plebiscitos no país. Nenhum governo em tempos atuais consultou tão freqüentemente a população como o venezuelano. Eleições cuja lisura não foi contestada por observadores internacionais. Chávez ganhou todas e por larga margem. A oposição golpista, decidida a desmoralizar o regime político do país, esteve ausente de uma eleição. Comandou a abstenção, mas o povo votou em massa em Chávez e em seus candidatos ao Congresso. Resultado, com esse ato estúpido, apolítico, a oposição ficou sem representação nos poderes da República. E depois, saiu acusando Chávez de ditatorial.
Certamente Chávez tem lá seus defeitos. Mas para se adotar uma posição madura sobre ele e seu governo, para ver com clareza no meio desse tiroteio é preciso levar em conta o principal. Registro três aspectos:
1)Trata-se de um governo antiimperialista, construindo a independência de seu país e, por isso, um poderoso aliado de todos os povos latino-americanos na luta contra as políticas imperiais que nos empobrecem e mantêm dependentes. O Brasil e todos os outros países do continente têm sido beneficiados pelas posições e políticas do governo de Chávez.
2) Também é preciso ver que ele vem promovendo políticas de melhoria das condições de vida da população trabalhadora e mais pobre da Venezuela e estimulando seu desenvolvimento econômico.
3) Todas as grandes decisões de governo têm sido respaldadas em eleições legítimas.
Atualmente, a irritação oligárquica contra Chávez alcança um novo ápice. Isso porque seu governo está propondo uma nova reforma constitucional. Uma das propostas é ampliar a possibilidade de reeleição do presidente da República. O povo venezuelano vai votar livremente e dizer se apóia ou não essa proposta. Se apoiar, Chávez poderá se reelegr outras vezes. E o povo venezuelano irá conferir no futuro se tomou uma decisão acertada ou não. É seu direito, é sua responsabilidade. Isso é democracia, é ou não é?
Ou democracia é comprar deputados e fazer passar uma emenda à Constituição no Congresso para permitir a reeleição do presidente, sem consultar a população, como fez FHC mudando a regra do jogo para ganhar um novo mandato em 1998? Isso é democracia ou é golpe? É golpe. Mas para a imprensa oligárquica FHC é o democrata impoluto. E Chávez é que é ditador? Poupem-nos de tanta hipocrisia!

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Quando o Lula se elegeu, sempre ficou claro nos discursos que ele queria ser o grande interlocutor na América Latina, uma voz importante, li até que pleiteava uma cadeira no conselho de segurança da ONU. Mas hoje, a voz realmente ativa na América latina é o Chávez. Tudo o que ele fala e as atitudes que toma, repercutem muito mais.

Não sei não, mas acho que muita gente que defende o Chávez, não enxerga alguns perigos que ele representa, principalmente pro Brasil. Sei que muitos não gostam da Veja, mas neste fim de semana a reportagem de capa foi sobre as forças armadas. Lá no meio da reportagem, tem um texto sobre a Venezuela e como o Chávez tá se armando até os dentes. Alguns, como no texto acima, vão dizer que é pra se proteger contra os EUA, os imperialistas, mas pra mim faz parte do próprio projeto imperialista do Chávez. Tá se armando pra ser respeitado pela força.

Sexta, quando ia ao trabalho, tava ouvindo a CBN e um comentário do Jabor me fez pensar sobre o real perigo que representa o Chávez. Ele disse + ou – o seguinte: “ ... perguntem ao governador do Amazonas o que é fazer fronteira com o Chávez...”

O Lula acha que o Chávez é seu amigo, mas no episódio da Petrobrás na Bolívia o venezuelano deu um belo chute no traseiro do nosso barbudo presidente. Já imaginaram se o Chávez começar a ajudar o Morales a se armar... perigo, hein? O Acre que se cuide.

Acho que o Lula deveria abrir o olho...


...ou será que tudo que escrevi não passa de imaginação da minha cabeça?

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Re: Chavez

#128 Mensagem por binho1979 » 26 Nov 2007, 12:53

sonolento soneca escreveu:
Polster escreveu:Achei interessante este texto da Caros Amigos:

Chávez e o Império

por Carlos Azevedo

O rei de Espanha mandou o presidente da Venezuela calar-se. A euforia tomou conta de todas as direitas, mas também deixou confusa muita gente boa. O que Chávez havia dito durante a Conferência da Comunidade dos Países Íbero-americanos? Que o ex primeiro-ministro espanhol, Aznar, é um fascista. O atual primeiro ministro da Espanha, Zapatero tomou a palavra para dizer que, embora tendo grandes divergências políticas com Aznar, achava que ele devia ser tratado com respeito. Zapatero não podia fazer diferente, tinha que se manifestar, porque sabia que seria cobrado na Espanha se houvesse se mantido em silêncio diante da crítica pública de Chávez. O que fez Chávez enquanto Zapatero falava? Mesmo tendo o som cortado, continuou a falar paralelamente, interrompendo Zapatero, insistindo em seus argumentos contra Aznar, lembrando que este havia apoiado o golpe de Estado que derrubou Chávez do poder por dois dias em 2002 (por ordem de Aznar o embaixador da Espanha foi o primeiro a reconhecer o governo golpista)... Chávez estava cheio de razão, mas, como muitas vezes, foi impulsivo, deselegante, infringindo a etiqueta da diplomacia etc. Nesse momento, impaciente, o rei Juan Carlos exclamou: “por que não se cala?” A imprensa das classes dominantes do Brasil exultou e aproveitou para achincalhar Chávez mais uma vez.
Por que tanta animosidade contra Chávez? Vejamos: quando Chávez foi eleito presidente da República pela primeira vez, em 1998, a Venezuela estava em falência política, suas classes dominantes, mergulhadas em profunda corrupção, desmoralizadas, não conseguiam mais governar. A maior riqueza do país, o petróleo, entregue às multinacionais de petróleo americanas, era partilhada por estas com as elites tradicionais e a alta classe média, ambas americanizadas, vivendo mais nos Estados Unidos que em seu país, seus filhos indo em massa estudar na Flórida, falando mais inglês que espanhol, acostumados todos a ver a Venezuela como uma fazenda de onde extraiam sua boa vida.
A Venezuela é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e exporta a maior parte da produção para os Estados Unidos. Chávez começou por questionar a dominação americana sobre o petróleo. Procurou fortalecer a capacidade de negociação da PDVSA (a empresa estatal venezuelana) com as multis. Além disso, constatando que as políticas das grandes potências haviam levado à redução brutal do preço internacional do petróleo (chegou a menos de 20 dólares o barril de 60 litros, isto é, petróleo estava mais barato que água mineral), assumiu a presidência da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e desenvolveu uma política de valorização do preço do óleo. Isso causou ódio e remordimento nos Estados Unidos e nos outros países ricos.
Chávez também tratou de retirar das classes dominantes locais parte dos benefícios que recebiam do petróleo para poder investir na melhoria de condição de vida da população trabalhadora, especialmente em educação, saúde, alimentação, habitação. Isso enfureceu os velhos setores dominantes venezuelanos. Também o governo direitista espanhol, então comandado por Aznar, se incomodava. Porque a Espanha, ainda que há muito derrubada de sua condição de potência colonialista na América Latina, mantém grandes investimentos e desenvolve grande influência política por aqui, na condição de país sub-imperialista.
Os americanos, auxiliados pelo governo de Aznar, conspiraram com as classes dominantes locais pela derrubada de Chávez em 2002. Deram o golpe, mas não levaram, impedidos por um levante popular associado a uma tomada de posição de parte das forças armadas em favor legalidade. Chávez reassumiu tendo muito mais clareza de quem eram e como atuavam os inimigos do povo venezuelano.
Aprofundou sua política de nacionalização do petróleo e de destinar os benefícios dessa riqueza para os mais pobres. Sabendo o tamanho da ameaça, tratou também de fortalecer as forças armadas venezuelanas, comprando armas para melhorar a qualidade da defesa do país, vizinho de uma super-armada e pró-americana Colômbia e de várias bases militares dos Estados Unidos. Como diz o velho ditado, “bobo é quem pensa que o inimigo dorme”. Chávez também mudou as leis do país, promoveu a elaboração de uma nova Constituição, reformou a Justiça e o Parlamento, reforçando a participação popular.
Por tudo isso, Chávez é acusado de ditatorial. O interessante é que todas as mudanças promovidas por Chávez foram feitas à partir de eleições, plebiscitos e consultas à população. Desde 1998 realizaram-se dez eleições e plebiscitos no país. Nenhum governo em tempos atuais consultou tão freqüentemente a população como o venezuelano. Eleições cuja lisura não foi contestada por observadores internacionais. Chávez ganhou todas e por larga margem. A oposição golpista, decidida a desmoralizar o regime político do país, esteve ausente de uma eleição. Comandou a abstenção, mas o povo votou em massa em Chávez e em seus candidatos ao Congresso. Resultado, com esse ato estúpido, apolítico, a oposição ficou sem representação nos poderes da República. E depois, saiu acusando Chávez de ditatorial.
Certamente Chávez tem lá seus defeitos. Mas para se adotar uma posição madura sobre ele e seu governo, para ver com clareza no meio desse tiroteio é preciso levar em conta o principal. Registro três aspectos:
1)Trata-se de um governo antiimperialista, construindo a independência de seu país e, por isso, um poderoso aliado de todos os povos latino-americanos na luta contra as políticas imperiais que nos empobrecem e mantêm dependentes. O Brasil e todos os outros países do continente têm sido beneficiados pelas posições e políticas do governo de Chávez.
2) Também é preciso ver que ele vem promovendo políticas de melhoria das condições de vida da população trabalhadora e mais pobre da Venezuela e estimulando seu desenvolvimento econômico.
3) Todas as grandes decisões de governo têm sido respaldadas em eleições legítimas.
Atualmente, a irritação oligárquica contra Chávez alcança um novo ápice. Isso porque seu governo está propondo uma nova reforma constitucional. Uma das propostas é ampliar a possibilidade de reeleição do presidente da República. O povo venezuelano vai votar livremente e dizer se apóia ou não essa proposta. Se apoiar, Chávez poderá se reelegr outras vezes. E o povo venezuelano irá conferir no futuro se tomou uma decisão acertada ou não. É seu direito, é sua responsabilidade. Isso é democracia, é ou não é?
Ou democracia é comprar deputados e fazer passar uma emenda à Constituição no Congresso para permitir a reeleição do presidente, sem consultar a população, como fez FHC mudando a regra do jogo para ganhar um novo mandato em 1998? Isso é democracia ou é golpe? É golpe. Mas para a imprensa oligárquica FHC é o democrata impoluto. E Chávez é que é ditador? Poupem-nos de tanta hipocrisia!

Carlos Azevedo é jornalista

Quando o Lula se elegeu, sempre ficou claro nos discursos que ele queria ser o grande interlocutor na América Latina, uma voz importante, li até que pleiteava uma cadeira no conselho de segurança da ONU. Mas hoje, a voz realmente ativa na América latina é o Chávez. Tudo o que ele fala e as atitudes que toma, repercutem muito mais.

Não sei não, mas acho que muita gente que defende o Chávez, não enxerga alguns perigos que ele representa, principalmente pro Brasil. Sei que muitos não gostam da Veja, mas neste fim de semana a reportagem de capa foi sobre as forças armadas. Lá no meio da reportagem, tem um texto sobre a Venezuela e como o Chávez tá se armando até os dentes. Alguns, como no texto acima, vão dizer que é pra se proteger contra os EUA, os imperialistas, mas pra mim faz parte do próprio projeto imperialista do Chávez. Tá se armando pra ser respeitado pela força.

Sexta, quando ia ao trabalho, tava ouvindo a CBN e um comentário do Jabor me fez pensar sobre o real perigo que representa o Chávez. Ele disse + ou – o seguinte: “ ... perguntem ao governador do Amazonas o que é fazer fronteira com o Chávez...”

O Lula acha que o Chávez é seu amigo, mas no episódio da Petrobrás na Bolívia o venezuelano deu um belo chute no traseiro do nosso barbudo presidente. Já imaginaram se o Chávez começar a ajudar o Morales a se armar... perigo, hein? O Acre que se cuide.

Acho que o Lula deveria abrir o olho...


...ou será que tudo que escrevi não passa de imaginação da minha cabeça?
Acho que o Chavez faz mais barulho do que qualquer coisa, sabe quem paga as loucuras dele ?
Os E.U.A.
Ele é um governante bicileteiro, se parar de pedalar, cai...

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#129 Mensagem por Carnage » 28 Nov 2007, 10:59

http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1537
Chávez ocupa as manchetes, mas o Chile gasta seis vezes mais que o Brasil em armas

O Centro de Política Internacional de Washington divulgou em agosto passado uma análise sobre os gastos militares na América do Sul, assinada por Raúl Zibechi, que colabora com o semanário uruguaio Brecha e é pesquisador e professor da Multiversidade Franciscana da América Latina. Reproduzo abaixo:

"A recente viagem do presidente Hugo Chávez à Russia foi vista como parte de uma corrida armamentista em que o líder bolivariano está engajado. Porém, os fatos indicam que a Venezuela está bem atrás dos maiores aliados de Washington na região, Colômbia e Chile, na compra de armas.

Embora a Venezuela conquiste as manchetes, não é o que país da região que lidera a compra de armamentos. Em anos recentes, o Chile comprou armas no valor de U$ 2,7 bilhões, a Venezuela U$ 2,2 bilhões e o Brasil, bem atrás, ocupa a terceira posição com U$ 1,34 bilhão. Uma recente reportagem da revista Military Power Review afirma que o Chile passou de quarto para terceiro no ranking de "capacidade militar" da América do Sul, tomando a posição da Argentina e se aproximando do Peru, que manteve o segundo lugar.

A Venezuela também subiu uma posição, mas continua a uma distância considerável dos países mais poderosos militarmente.

(...)

Em 2005, a Venezuela ainda tinha gastos de 1,6% do PIB com os militares, muito parecido com a percentagem de antes da chegada de Chávez ao poder.

(...)

As Forças Armadas do Chile reduziram seu pessoal na última década de 120 mil para 40 mil homens e os reorganizaram em oito brigadas, dando prioridade à mobilidade e ao poder-de-fogo. O Chile comprou 100 tanques pesados Leonard II, da Alemanha, planeja comprar outros, e recebeu 28 caças F-16 equipados com mísseis AMRAAM e bombas ar-ar, desconhecidas até então na região. De maior impacto ainda foi a compra de dois modernos submarinos franco-alemães Scorpene, além de oito fragatas armadas com mísseis, aviões de patrulha marítima e petroleiros. "Especialistas concluíram que, em relação ao PIB, o Chile gasta seis vezes mais em equipamento militar do que o Brasil, o principal poder da região", diz o estudo do Nova Maioria.

VENEZUELA SE DEFENDE

Enquanto o Chile mantém excelentes relações com os Estados Unidos - seu maior fornecedor de armas sofisticadas, reservadas apenas para aliados -, desde 2006 Caracas enfrenta um embargo para compras de armas, equipamentos e peças de reposição dos Estados Unidos. Israel e a Suécia podem se juntar ao boicote. Desde maio de 2006, manobras navais realizadas no Caribe pelos Estados Unidos, Holanda e Grã Bretanha causaram alarme no país de Chávez, uma vez que foram as maiores na região desde a crise dos mísseis de Cuba em 1962.

(As manobras conjuntas dos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido no Caribe têm relação com interesses específicos que os três países têm na região. As Antilhas Holandesas ficam na costa da Venezuela e a Guiana, ex-protetorado britânico, tem uma disputa territorial com a Venezuela, da qual é vizinha. O ranking da revista Military Review indica que as forças armadas mais poderosas da América do Sul são, pela ordem: Brasil, Peru, Chile, Argentina, Venezuela, Colômbia e Equador.)

Em agosto de 2006 foi revelado que a Agência de Inteligência Nacional dos Estados Unidos criou um escritório específico para desenvolver planos operacionais relativos a Cuba e à Venezuela. Àquela altura Caracas começou a comprar armas, mas teve de buscá-las em países que não têm boas relações com Washington, dentre eles a Rússia, a China e o Irã, embora também tenha comprado da Espanha.

(...)

Até agora a Venezuela empenhou U$ 3 bilhões para a compra de armas e existe a especulação de que busca comprar de cinco a nove submarinos convencionais (movidos a diesel-eletricidade). De acordo com analistas militares, apesar dos submarinos não serem de última geração eles "constituem um ameaça potencial a qualquel operação naval ou anfíbia", como ficou demonstrado na guerra das Malvinas, quando um único - e velho - submarino argentino causou enormes dificuldades às forças britânicas.

Embora não possa ser caracterizada como uma corrida armamentista regional, a verdade é que Chávez parece ter desenvolvido uma estratégia de defesa. A partir da experiência do Iraque, ele aprendeu a importância das milícias armadas no desenvolvimento de guerras assimétricas diante de uma possível invasão. Isso explica a compra maciça de metralhadoras, que ele pode passar a fabricar se as negociações para construir uma fábrica na Venezuela derem resultado. Ao mesmo tempo, se ele de fato comprar os submarinos pode ser indício de que está se preparando para enfrentar um eventual bloqueio marítimo que poderia afetar as exportações de petróleo.

(...)

A Venezuela já é o terceiro maior exportador de petróleo para os Estados Unidos, tendo tomado a posição da Arábia Saudita.
Leia na íntegra: http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1537
"Enquanto houver guerra na Colômbia essa é a desculpa dos gringos para ficar lá"

Através do Plano Colômbia, os Estados Unidos ajudaram o governo da Colômbia a comprar armas... dos Estados Unidos. O país é o maior usuário de helicópteros de ataque na América do Sul.

Diante do iminente sucesso da mediação de Hugo Chávez entre o governo da Colômbia e os guerrilheiros das FARC, para obter a libertação de reféns, Álvaro Uribe puxou o tapete de Chávez e cedeu às pressões daqueles a quem não interessa a paz negociada na Colômbia. Mais um movimento no jogo de xadrez organizado em Washington para isolar Chávez, cujos representantes no Brasil estão articulados em uma campanha de propaganda para evitar a entrada da Venezuela no Mercosul. Essa pedra eu cantei faz meses.

Derrotar Chávez no plebiscito de 2 de dezembro, que aprovará ou não a reforma constitucional venezuelana, faz parte do plano. Daí o grande número de pesquisas dando conta de que o NÃO já ganhou. Se perder, é a desculpa perfeita para promover manifestações de protesto e violência nas ruas de Caracas. Essa linha de ação já foi testada e aprovada em várias intervenções "brancas" dos Estados Unidos, tanto na Europa Oriental quando na própria Venezuela.

Depois de perder aliados na Espanha (José Maria Aznar derrotado em eleições), no Reino Unido (Tony Blair pedindo para sair) e na Austrália (John Howard derrotado em eleições realizadas sábado passado), o governo Bush joga sua última cartada na Venezuela antes de entrar para a História como um dos mais desastrosos para a política internacional. Vai perder mais uma. (...)
Leia na íntegra: http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1538

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#130 Mensagem por sonolento soneca » 28 Nov 2007, 18:00

Carnage escreveu:
Chávez ocupa as manchetes, mas o Chile gasta seis vezes mais que o Brasil em armas

O Centro de Política Internacional de Washington divulgou em agosto passado uma análise sobre os gastos militares na América do Sul, assinada por Raúl Zibechi, que colabora com o semanário uruguaio Brecha e é pesquisador e professor da Multiversidade Franciscana da América Latina. Reproduzo abaixo:

"A recente viagem do presidente Hugo Chávez à Russia foi vista como parte de uma corrida armamentista em que o líder bolivariano está engajado. Porém, os fatos indicam que a Venezuela está bem atrás dos maiores aliados de Washington na região, Colômbia e Chile, na compra de armas.

Embora a Venezuela conquiste as manchetes, não é o que país da região que lidera a compra de armamentos. Em anos recentes, o Chile comprou armas no valor de U$ 2,7 bilhões, a Venezuela U$ 2,2 bilhões e o Brasil, bem atrás, ocupa a terceira posição com U$ 1,34 bilhão. Uma recente reportagem da revista Military Power Review afirma que o Chile passou de quarto para terceiro no ranking de "capacidade militar" da América do Sul, tomando a posição da Argentina e se aproximando do Peru, que manteve o segundo lugar.

A Venezuela também subiu uma posição, mas continua a uma distância considerável dos países mais poderosos militarmente.

(...)

Em 2005, a Venezuela ainda tinha gastos de 1,6% do PIB com os militares, muito parecido com a percentagem de antes da chegada de Chávez ao poder.

(...)

As Forças Armadas do Chile reduziram seu pessoal na última década de 120 mil para 40 mil homens e os reorganizaram em oito brigadas, dando prioridade à mobilidade e ao poder-de-fogo. O Chile comprou 100 tanques pesados Leonard II, da Alemanha, planeja comprar outros, e recebeu 28 caças F-16 equipados com mísseis AMRAAM e bombas ar-ar, desconhecidas até então na região. De maior impacto ainda foi a compra de dois modernos submarinos franco-alemães Scorpene, além de oito fragatas armadas com mísseis, aviões de patrulha marítima e petroleiros. "Especialistas concluíram que, em relação ao PIB, o Chile gasta seis vezes mais em equipamento militar do que o Brasil, o principal poder da região", diz o estudo do Nova Maioria.

VENEZUELA SE DEFENDE

Enquanto o Chile mantém excelentes relações com os Estados Unidos - seu maior fornecedor de armas sofisticadas, reservadas apenas para aliados -, desde 2006 Caracas enfrenta um embargo para compras de armas, equipamentos e peças de reposição dos Estados Unidos. Israel e a Suécia podem se juntar ao boicote. Desde maio de 2006, manobras navais realizadas no Caribe pelos Estados Unidos, Holanda e Grã Bretanha causaram alarme no país de Chávez, uma vez que foram as maiores na região desde a crise dos mísseis de Cuba em 1962.

(As manobras conjuntas dos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido no Caribe têm relação com interesses específicos que os três países têm na região. As Antilhas Holandesas ficam na costa da Venezuela e a Guiana, ex-protetorado britânico, tem uma disputa territorial com a Venezuela, da qual é vizinha. O ranking da revista Military Review indica que as forças armadas mais poderosas da América do Sul são, pela ordem: Brasil, Peru, Chile, Argentina, Venezuela, Colômbia e Equador.)

Em agosto de 2006 foi revelado que a Agência de Inteligência Nacional dos Estados Unidos criou um escritório específico para desenvolver planos operacionais relativos a Cuba e à Venezuela. Àquela altura Caracas começou a comprar armas, mas teve de buscá-las em países que não têm boas relações com Washington, dentre eles a Rússia, a China e o Irã, embora também tenha comprado da Espanha.

(...)

Até agora a Venezuela empenhou U$ 3 bilhões para a compra de armas e existe a especulação de que busca comprar de cinco a nove submarinos convencionais (movidos a diesel-eletricidade). De acordo com analistas militares, apesar dos submarinos não serem de última geração eles "constituem um ameaça potencial a qualquel operação naval ou anfíbia", como ficou demonstrado na guerra das Malvinas, quando um único - e velho - submarino argentino causou enormes dificuldades às forças britânicas.

Embora não possa ser caracterizada como uma corrida armamentista regional, a verdade é que Chávez parece ter desenvolvido uma estratégia de defesa. A partir da experiência do Iraque, ele aprendeu a importância das milícias armadas no desenvolvimento de guerras assimétricas diante de uma possível invasão. Isso explica a compra maciça de metralhadoras, que ele pode passar a fabricar se as negociações para construir uma fábrica na Venezuela derem resultado. Ao mesmo tempo, se ele de fato comprar os submarinos pode ser indício de que está se preparando para enfrentar um eventual bloqueio marítimo que poderia afetar as exportações de petróleo.

(...)

A Venezuela já é o terceiro maior exportador de petróleo para os Estados Unidos, tendo tomado a posição da Arábia Saudita.

Carnage, o ombudsman da imprensa brasileira no gpguia !


Em relação ao título, faltou complementar que é em relação ao PIB e não nominal. Em valores nominais, o Chile investiu US$ 2,7 bi e o Brasil US$ 1,34 – o dobro, em relação ao PIB foram 6x.

O importante é ver daqui pra frente, quem vai investir mais, até agora foi o Chile (aliás, na reportagem da Veja, eles também deram destaque ao Chile), mas acho que daqui um tempo a Venezuela passa o Chile, a não ser que os EUA financie os outros países, o que seria péssimo para a América latina.


Em relação ao subtítulo: “ A Venezuela se defende.” Não seria melhor uma pergunta: “ A Venezuela está se defendendo ou se preparando para o ataque? ”



"Enquanto houver guerra na Colômbia essa é a desculpa dos gringos para ficar lá"

Através do Plano Colômbia, os Estados Unidos ajudaram o governo da Colômbia a comprar armas... dos Estados Unidos. O país é o maior usuário de helicópteros de ataque na América do Sul.

Diante do iminente sucesso da mediação de Hugo Chávez entre o governo da Colômbia e os guerrilheiros das FARC, para obter a libertação de reféns, Álvaro Uribe puxou o tapete de Chávez e cedeu às pressões daqueles a quem não interessa a paz negociada na Colômbia. Mais um movimento no jogo de xadrez organizado em Washington para isolar Chávez, cujos representantes no Brasil estão articulados em uma campanha de propaganda para evitar a entrada da Venezuela no Mercosul. Essa pedra eu cantei faz meses.

Derrotar Chávez no plebiscito de 2 de dezembro, que aprovará ou não a reforma constitucional venezuelana, faz parte do plano. Daí o grande número de pesquisas dando conta de que o NÃO já ganhou. Se perder, é a desculpa perfeita para promover manifestações de protesto e violência nas ruas de Caracas. Essa linha de ação já foi testada e aprovada em várias intervenções "brancas" dos Estados Unidos, tanto na Europa Oriental quando na própria Venezuela.

Depois de perder aliados na Espanha (José Maria Aznar derrotado em eleições), no Reino Unido (Tony Blair pedindo para sair) e na Austrália (John Howard derrotado em eleições realizadas sábado passado), o governo Bush joga sua última cartada na Venezuela antes de entrar para a História como um dos mais desastrosos para a política internacional. Vai perder mais uma. (...)
Leia na íntegra: http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1538[/quote]

O Melhor deste último texto é a segunda parte:
O QUE DISSE CHÁVEZ SOBRE URIBE

"Diante da mentira, diante da falta de respeito, diante do cinismo e do silêncio, eu me sinto obrigado a dizer a verdade. Declaro ao mundo que as relações com a Colômbia foram colocadas em um congelador."

"Todo o mundo deve estar em alerta nas relações com a Colômbia, as empresas que eles têm aqui, as empresas que temos lá, as relações comerciais, tudo isso será prejudicado. É lamentável. Vocês estão diante de um homem com dignidade."

"O que o presidente da Colômbia fez foi lançar uma cusparada brutal em nosso rosto, nós que colocamos a alma em busca de um caminho para a paz, foi uma verdadeira cusparada indigna. O que nos indigna é o cinismo, sobretudo vindo de um Governo".

"Um presidente que se reúne com seus principais assessores e ministros para produzir um documento carregado de mentiras, isso é sumamente grave. Não acredito em ninguém do governo da Colômbia, em absolutamente ninguém."

"Creio que na verdade o governo da Colômbia não quer a paz. O murro que deram na mesa, creio que o deram para evitar o caminho da paz. Já tínhamos uma fórmula para conseguir o acordo humanitário. Eu estou muito, muito seguro de que iríamos conseguir."

"Eles são Santander, que mandou matar Bolívar e pôs abaixo a Grande Colômbia. São a continuação de Santander. O santanderismo está vivinho em Bogotá e está dentro do Palácio de Nariño. Nós somos o bolivarianismo, pela liberdade, pela libertação, pela unidade de nossos povos."

"Creio que a Colômbia merece outro presidente, merece um presidente melhor, um presidente que seja digno. Esse é um povo [da Colômbia] digno, tão digno quanto o povo venezuelano. Queremos a unidade com a Colômbia e a paz com a Colômbia, o sonho supremo de Bolívar e de Miranda. Que viva a Colômbia, que viva o povo colombiano."

"Os gringos fazem muita pressão, a oligarquia colombiana faz muita presão e os militares colombianos fazem muita pressão. Não querem a paz os Estados Unidos. Enquanto houver guerra na Colômbia essa é a desculpa dos gringos para ficar lá."

"Eles [os americanos] têm inteligência militar, têm equipamentos eletrônicos no ar, têm balões e aviões que dão voltas e são centros de comunicação, construíram bases operacionais, têm centenas de oficiais, a CIA, há muito dinheiro em jogo."

"A Colombia e a guerra na Colômbia se converteram na desculpa para o império estar aqui, ao lado da Venezuela. Espero que Uribe não chegue até aí, a permitir que a Colômbia seja usada contra a Venezuela, isso seria muito mais grave."

"Estaremos muito mais atentos, temos lá um presidente que já sabemos do que é capaz, de mentir descaradamente diante do mundo, sem vergonha de nenhum tipo."

"Lamento pela Colômbia e espero que venham melhores tempos para a Colômbia e para a integração, porque no fundo, Venezuela e Colômbia são uma só pátria, a grande pátria bolivariana. Se Uribe quer romper as relações que o faça, ele com sua consciência, que eu não as vou romper."

O QUE DISSE ÁLVARO URIBE SOBRE CHÁVEZ:

"A verdade, presidente Chávez, é que nós necessitamos uma mediação contra o terrorismo e não legitimadores do terrorismo. Suas palavras, suas atitudes, dão a impressão de que você não está interessado na paz da Colômbia, mas quer a Colômbia vítima de um governo terrorista das FARC".

"Nosso cônsul nos Estados Unidos, que acompanhou a senadora (Piedad) Córdoba à reunião com um dos presos pertencentes às FARC nos informou que a senadora falou de política, está bem; da possibilidade de uma constituinte na Colômbia, está bem. Tudo isso é respeitável, estamos de acordo. Mas a senadora também falou da necessidade de um governo de transição na Colômbia."

"Isso nos dá o direito, aos colombianos, de interpretar que a mediação à qual você convidou a senadora Piedad Córdoba estava mais interessada em possibilitar um governo com influência do terrorismo na Colômbia, do que nos ajudar a superar a tragédia dos seqüestrados e conseguir a paz."

"Não admitimos que se abuse de nossa tragédia para vir incorporar a Colômbia a um projeto expansionista que pouco a pouco vai negando as liberdades que com tanta dificuldade este continente conseguiu conquistar."

"A verdade, presidente Chávez, é que se você está fomentando um projeto expansionista no continente, na Colômbia esse projeto não entra."

"Não se pode maltratar ao continente, incendiá-lo, como você faz, falando de imperialismos, quando você, baseado no seu orçamento [do petróleo] quer montar um império."

"A verdade, presidente Chávez, e a verdade com testemunhos, é que quando não há argumentos e se apela para os insultos, como você faz, são afetadas não somente as relações internacionais, mas nesse caso, você com seus insultos e com sua falta de argumentos fere a dignidade do próprio povo da Venezuela."

"Me preocupa muito que você, guiado por pretensões eleitorais, agora trata de apelar ao velho truque de estimular na Venezuela o ódio contra a Colômbia e contra o governo da Colômbia, para obter vantagens eleitorais [no plebiscito de 2 de dezembro]."

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#131 Mensagem por sonolento soneca » 28 Nov 2007, 18:06

Carnage escreveu: Leia na íntegra: http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1538
O título deste segundo texto é: "Chávez pede a Uribe que não se deixe usar pelos Estados Unidos".

Em relação ao possível acordo com as FARC, imagine se a imprensa noticiasse: "Busch pede a Uribe que não se deixe usar pela Venezuela de Chávez".


Por quem o Uribe não deveria se deixar influenciar?

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#132 Mensagem por Carnage » 29 Nov 2007, 09:36

sonolento soneca escreveu:Por quem o Uribe não deveria se deixar influenciar?
Pois é, péssima a situação para a Colômbia. Um conflito de interesses fudidos. O problema é que os EUA é cachorro grande. Não vejo uma saída boa pra Colômbia, mas tenho certeza que ela vai acabar se dobrando aos EUA e fazendo o que eles querem.

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#133 Mensagem por Carnage » 30 Nov 2007, 10:10

Vai saber, dos EUA eu espero tudo...

http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1549
Pesquisas de boca-de-urna: um guia para fazer bom uso delas em dia de votação
http://viomundo.globo.com/imagens/7209935_pesquisa2.JPG

"Pesquisa de boca-de-urna mostra grande derrota de Chávez

Nova York, 15 de agosto, 2004, 7:30pm EST (Eastern Stardart Time) - Com a votação da Venezuela para ser encerrada às 8:00pm EST de acordo com autoridades eleitorais, pesquisas finais de boca-de-urna da Penn, Schoen & Berland Associates, um firma de pesquisas independente baseada em Nova York, mostram uma grande vitória do movimento SIM, derrotando Chavez no referendo presidencial venezuelano.

Com mais de 8 milhões de venezuelanos comparecendo até agora, os resultados de uma pesquisa nacional mostram que Chavez foi derrotado. A pesquisa de boca-de-urna da Penn, Schoen & Berland Associates mostra 59% a favor de retirar Chavez (o SIM, voto anti-Chavez) e 41% contra a retirada de Chavez (o NÃO, voto pro-Chavez).

Os resultados a que se refere este press release são baseados numa pesquisa de boca-de-urna que acaba de ser completada na Venezuela. É uma pesquisa de boca-de-urna conduzida em 267 centros de votação de todo o país. Os centros foram selecionados para serem representativos do eleitorado nacional em termos demográficos e regionais. Nestes centros, 20.382 eleitores foram entrevistados. Eleitores foram selecionados por acaso, mas de acordo com estritos parâmetros de idade e gênero para garantir a representatividade do eleitorado nacional.

Os eleitores que foram selecionados aleatoriamente para participar da pesquisa informaram apenas se votaram "Sim" ou "Não" escrevendo numa pequena cédula que puderam colocar pessoalmente dentro de um envelope para garantir o anonimato. As informações foram mandadas por pesquisadores para uma central em Caracas, Venezuela, para processamento e verificação. A margem de erro para essa pesquisa de boca-de-urna final à qual se refere o release é de mais ou menos um ponto percentual."


Lá em cima aparece o press release da empresa de pesquisa americana. Foi divulgado na noite do referendo de 2004, em que os eleitores da Venezuela poderiam afastar ou não Hugo Chávez da presidência. A votação nem tinha acabado. A lei eleitoral venezuelana proibia a divulgação de pesquisas no país. Porém, como fez a divulgação em Nova York, a Penn Schoen & Berland não infringiu formalmente a lei.

Resultado final da apuração, que foi monitorada por observadores internacionais? Chávez foi mantido no cargo com 59% de votos NÃO e 41% SIM. A empresa americana, "independente", errou por "apenas" 20 pontos.

Na minha carreira de jornalista, já "vivi" erros muito mais aflitivos. Em 1985, como repórter da TV Manchete, fui colocado na sede da "Folha de S. Paulo", na Barão de Limeira, para transmitir a apuração das eleições municipais em que se enfrentavam Fernando Henrique Cardoso e Jânio Quadros.

A TV Globo era acusada por Jânio de trabalhar abertamente em favor de FHC. Na TV Manchete tínhamos liberdade de colocar qualquer bobagem no ar, inclusive as ditas por Jânio. Uma pesquisa não-científica da Rádio Jovem Pan, baseada em entrevistas nas ruas, dava vitória para Jânio. Porém, as primeiras pesquisas de boca-de-urna do Datafolha davam vitória de FHC.

E eu enrolava o público, ao vivo, diante de resultados da apuração que não batiam com os da pesquisa Datafolha. A certa altura, os números trombavam tanto que um diretor da TV Manchete me instruiu, por telefone: "Entrevista o diretor do Datafolha, peça para ele explicar." Foi o que fiz. E ele: "É que a apuração começou primeiro em bairros onde Jânio é popular. À medida em que os votos forem chegando ao TRE, de outras regiões da cidade, nosso resultado vai se confirmar."

O tempo passou. E nada da pesquisa do Datafolha bater com o resultado da contagem dos votos. Até que o diretor da TV Manchete, Pedro Jack Kapeller, ligou de novo para dizer: "Esquece o Datafolha. Dá o resultado da apuração que o Jânio vai ganhar." Foi o que passei a fazer. Batata. Deu Jânio Quadros e ele reservou para a TV Manchete a primeira entrevista ao vivo, no estúdio da própria emissora, na rua Bélgica, em São Paulo.
Você me pergunta: algum instituto de pesquisa é infalível? O Datafolha está desculpado, errou junto com um monte de gente, mas o Penn, Schoen & Berland? Não acredito. Errou três vezes na Venezuela? Uma no referendo e duas na campanha de reeleição de Chávez, quando apresentou resultados de pesquisas em que a diferença entre o presidente venezuelano e o candidato da oposição era muito, MUITO menor do que a média de todas as outras pesquisas.
A quem serve a Penn, Schoen and Berland (PSB)? Já serviu ao Departamento de Estado americano.
No artigo "Golpe de Estado Disfarçado", Jonathan Mowat escreveu:
"A Penn, Schoen and Berland (PSB) teve um papel pioneiro nas operações de pesquisa, especialmente pesquisas de boca-de-urna, para facilitar golpes. A missão primária é de construir a percepção de que o grupo instalado no poder no país-alvo tem amplo apoio popular. Já a divulgação de pesquisas de boca-de-urna na televisão internacional pode dar a falsa impressão de fraude eleitoral maciça cometida pelo partido dominante, colocando os estados-alvo na defensiva. Ou seja, o objetivo é obter apoio suficiente para influenciar a eleição em favor de um grupo ou, se isso não for possível, para dar a impressão de que as eleições foram fraudulentas e encorajar a população a não aceitar o resultado. A estratégia tem sido tão bem sucedida para derrubar regimes, ou para instalar regimes preferidos pelos Estados Unidos, que a operação se tornou um modelo para ser usado em países de todo o mundo. Ian Traynor descreveu o modelo, no jornal [britânico] Guardian, em novembro de 2004, da seguinte forma: 'A campanha é uma criação americana, um exercício brilhante e sofisticado de branding ocidental e marketing de massa que, em quatro países em quatro anos, foi usada para tentar salvar eleições fraudulentas ou derrubar regimes. A operação de engenharia democrática através do voto e da desobediência civil é tão sofisticada que os métodos amadureceram para se tornar um projeto."

veja o artigo "Golpe de Estado Disfarçado", de Jonathan Mowat, na íntegra no original em inglês:
http://www.globalresearch.ca/articles/MOW502A.html


As quatro tentativas a que ele se refere aconteceram na Iugoslávia, na Ucrânia, na Geórgia e na Bielorrúsia. As três primeiras deram certo. Na Venezuela, apesar do modelo ter seguido basicamente as mesmas regras, repetidamente, desde 2000, não levou. A Penn Schoen and Berland já mereceu elogios de uma secretária de Estado americana, Madeleine Albright, integrante do governo de Bill Clinton, pelo papel na campanha que levou à derrota eleitoral de Slobodan Milosevic, na falida Iugoslávia. No verbete da PSB na Wikipedia todas as referências às pesquisas escandalosamente erradas que a empresa divulgou sobre a Venezuela sumiram.

leia mais sobre esta manipulação marketeira dos EUA na Europa Oriental aqui:
http://viomundo.globo.com/site.php?nome ... dicao=1555

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Carnage
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#134 Mensagem por Carnage » 03 Dez 2007, 17:45

Pois é, o Chavez se fudeu. Ganhou o não.
Analistas dizem que ele perdeu (50,7 a 49,3!!!) não pela sua pessoa, pois a população apoia o cara em maioria, mas por causa das propostas contidas na alteração da constituição. Foi o medo da população do "novo socialismo". Dizem que propostas muito boas, de reformas sociais importantes, infelizmente foram junto. Ele deveria ter submentido estas ao congresso, com provavelmente vai fazer.

Mas na "ditadura" do Chavez, ele perdeu e aceitou a derrota, até dando parabéns aos adversários! Será??

http://conversa-afiada.ig.com.br/materi ... 570_1.html
CADÊ A DITADURA DE CHÁVEZ ?

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 789

. O presidente perdeu.

. A oposição ganhou.

. Numa democracia em que o sistema eleitoral é muito mais eficaz e seguro que o brasileiro, porque lá é possível recontar os votos.

. Aqui, não. (clique pra ler)

. Já imaginaram se uma eleição no Brasil acabasse, como no referendo da Venezuela, em 51% a 49% ?

. E se o perdedor resolvesse dizer que houve fraude ?

. Como recontar os votos no Brasil, sem o papelzinho do Brizola ?

. O vencedor seria aquele que o Ministro (?) Mello quisesse ...

. Na Venezuela há um sistema de auditagem que automaticamente reconta uma amostra das urnas, e confere o resultado eletrônico com o do papelzinho ...

. E não se dizia que a Venezuela era uma ditadura feroz ?

. O que dirá agora o Farol de Alexandria ?

. O que dirá a Miriam Leitão ?

. Se a Venezuela fosse tudo aquilo que o Farol de Alexandria e a Miriam Leitão diziam, a oposição teria perdido ...

. Como disse o notável jornalista Mauro Santayana Chávez perdeu como De Gaulle: ao fim de uma sucessão de referendos.

. Como dizia o Presidente Lula: o que não falta na Venezuela é eleição ...
http://conversa-afiada.ig.com.br/materi ... 573_1.html
VENEZUELA DERROTA O DATAFOLHA

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 790

. Três pesquisas de boca-de-urna deram vitória a Chávez no referendo.

. As pesquisas foram feitas por institutos que os chavistas consideram pesquisas "da oposição".

. Chávez perdeu o referendo.

. Outra lição que a Venezuela nos dá sobre a forma de realizar eleição, além de ter um sistema de arbitragem baseado no papelzinho, é desmoralizar as pesquisas de opinião pública.

. No Brasil, num regime pré-democrático, não tem papelzinho e se leva a sério pesquisa presidencial feita 3 anos antes da eleição.

. Na edição de domingo (dia 02/12), a Folha de S.Paulo elegeu o presidente eleito José Serra com base no Datafolha.

. Vale tanto quanto as pesquisas de boca-de-urna que deram a vitória a Chávez.
http://z001.ig.com.br/ig/61/51/937843/b ... t_19016219
03/12/2007 12:42

Referendo, Chávez, FHC e os jornalões

Chávez perde e aceita o resultado do referendo. Fernando Henrique Cardoso não fez o referendo, em compensação, para conseguir o segundo mandato comprou os votos dos parlamentares. Como se sabe, o comandante é um caudilho, o príncipe dos sociólogos, um democrata autêntico. Ainda bem que os editoriais e as reportagens dos jornalões nos iluminam. Contam a verdade, a única e definitiva VERDADE.
http://conversa-afiada.ig.com.br/materi ... 708_1.html
GOLPE CONTRA CHÁVEZ: FHC
DIZ UMA COISA E FEZ OUTRA

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 793

Veja o que disse Fernando Henrique Cardoso ontem, domingo, dia 02, num artigo que escreveu para o Estadão e O Globo:

"Seguir princípios de política externa quando se está na Presidência não exclui o dever de atuar para salvaguardar os direitos humanos ou os princípios democráticos em outros países, como estabelecem respectivamente a Constituição e a cláusula democrática inserida nos acordos do Mercosul. Foi o que fiz, em abril de 2002, quando determinei ao chanceler Celso Lafer que interviesse firmemente para repudiar o golpe contra o presidente Hugo Chávez, logo depois do reconhecimento do governo usurpador pelos americanos."

Veja o que ele fez, como lembra o leitor do Conversa Afiada, Julinho da Adelaide:

Quando do golpe na Venezuela, que afastou Chávez por um dia e colocou no comando do país um aprendiz de ditador que foi logo fechando o congresso, eu lembro, eu vi e ouvi o que disse o então presidente Fernando Henrique ao ser informado em público por um repórter da Globo, sem demonstrar surpresa alguma: “É ... eu espero que logo eles realizem novas eleições ...” Quer dizer, assinou em baixo. Alguém poderia obter esse vídeo e colocá-lo no You Tube?

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#135 Mensagem por Peter_North » 03 Dez 2007, 20:49

Se o Chavez entregar o poder ao final do mandato dele, eu reconsiderarei em parte algumas coisas que penso a respeito dele. Para mim ele continuará sendo um defensor de idéas erradas e fracassadas em 99% do tempo, mas a minha opinião sobre a questão de ditador ou não será revista, pelo menos em parte. Não que eu vá achar ele um democrata ou algo próximo disso, mas já terei dúvidas se o termo "ditador" é a melhor forma de definí-lo.

Mas isso tudo só se ele realmente entregar o poder no fim do seu mandato. Veremos o que acontece.

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