A Crise Econômica Mundial

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#121 Mensagem por Carnage » 30 Abr 2009, 15:06

http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=9885
Marisa foi acreditar no PiG (*) e ficou sem produto para vender
30/abril/2009 9:46

Amigo navegante chama a atenção do Conversa Afiada para revelação que o jornal Valor escondeu, ontem, na pág. D4:

“Varejo – Marisa admite ter errado na dose de pessimismo. O presidente da Marisa, Marcio Golfarb, admitiu ontem ter errado ao apostar em um cenário ‘catastrófico’ para o primeiro trimestre deste ano. Com medo de uma forte desaceleração do consumo … a varejista (sic) reduziu demasiadamente os seus estoques e perdeu a oportunidade de vender mais.”

Quem manda acordar com a urubóloga Miriam Leitão e ir dormir com o patibular William Waack ?

O pessoal das Casas Bahia deve morrer de rir.

Os filhos do Roberto Marinho (eles não tem nome próprio) acreditaram na Miriam Leitão e, portanto, Fernando Henrique não ia desvalorizar o Real.

Tomaram em dólar e foram à concordata.

Quem manda ?

Paulo Henrique Amorim

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Y.Mask
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#122 Mensagem por Y.Mask » 30 Abr 2009, 23:36

Pois é... economistas... investidores... gurus. Estudam a vida inteira, faculdades, MBA, PHD, ganham o Nobel...

Tudo isso pra chegar a conclusao que a economia e uma caixinha de surpresas.

Prefiro acompanhar o futebol. É mais divertido!

:lol: :lol: :lol:

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Peter_North
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#123 Mensagem por Peter_North » 01 Mai 2009, 20:07

Carnage escreveu:http://www2.paulohenriqueamorim.com.br/?p=9826
Central de metalúrgicos assume Chrysler
Agora é que a Miriam corta os pulsos


28/abril/2009 23:30

Chrysler faz acordo com credores e central dos metalúrgicos vai ficar com 55% das ações.

Saiu no New York Times:

Chrysler reached a deal with the United Automobile Workers in which the union would own a 55 percent stake in the newly reorganized automaker. The Italian automaker Fiat and the government would probably own the rest…
The agreement with the U.A.W. relieves Chrysler of a portion of the $10 billion it owes to the union’s retiree health fund. In exchange for giving up its claims to some of that $10 billion, the union is getting the significant equity stake in the company.


A central dos metalúrgicos abre mão de cerca de US$ 10 bilhões a que o fundo de pensão dos trabalhadores teria direito e, em troca, assume o controle da companhia.

Navalha do Conversa Afiada

Aí jaz o neoliberalismo.

O Estado (americano) vai assumir o controle da GM.

Agora, é pior ainda: o sindicato vai assumir a Chrysler.

Agora é que a Miriam Leitão vai cortar os pulsos.

Paulo Henrique Amorim
Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.

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Compson
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#124 Mensagem por Compson » 01 Mai 2009, 20:39

Peter_North escreveu:Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.
Vamos dar um desconto, foi furada do New York Times (quer dizer, não conferia, mas não acho que o PHA iria inventar um trecho do jornal).
O Pastor escreveu:Dinheirinho na Bolsa, muito bom, né??
O desempenho da Bovespa é supreendente, mas não tão misterioso quanto parece. Primeiro, porque depois da quase liquidação total (com trocadilho) do mercado financeiro norte-americano, o dinheiro parado está começando a coçar. Segundo, porque se os EUA não se livrarem dos bons trilhões que o governo despejou nas insituições financeiras durante o ajuste (não apenas com os "resgates", mas com o Fed comprando títulos públicos), aí sim vai vir a catástrofe inflacionária americana, que será a verdadeira crise.

Nesse contexto, a Bovesta é um investimento interessante, não porque o Brasil tenha "sólidas bases" construídas sub Lula/FHC, mas porque o dinheiro entra e sai a hora que quer, pagando pouco imposto! Como o volume da Bovespa é relativamente baixo, o "mercado" internacional consegue provocar essas flutuações grandes (15%; 10.000 pontos), aumentando o efeito manada (aí entra um pouco aquela explicação dos bens de Giffen que o Pastor postou lá atrás) que é quando se realizam os lucros financeiros, pouco importando se a economia brasileira vai bem ou não.

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Peter_North
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#125 Mensagem por Peter_North » 01 Mai 2009, 21:28

Compson escreveu:
Peter_North escreveu:Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.
Vamos dar um desconto, foi furada do New York Times (quer dizer, não conferia, mas não acho que o PHA iria inventar um trecho do jornal).
O problema é que ele não checou mais nenhuma fonte antes de sair vomitando "acabou o capitalismo". Incompetente e vendido.

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Fortimbrás
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#126 Mensagem por Fortimbrás » 01 Mai 2009, 21:40

Peter_North escreveu:
Compson escreveu:
Peter_North escreveu:Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.
Vamos dar um desconto, foi furada do New York Times (quer dizer, não conferia, mas não acho que o PHA iria inventar um trecho do jornal).
O problema é que ele não checou mais nenhuma fonte antes de sair vomitando "acabou o capitalismo". Incompetente e vendido.
Gosto das coisas que PHA escreve.

Acho que o que vem acontecendo nos EUA, com as instituições financeiras e grandes empresas multinacionais todas falindo, o país entrando em uma espeiral recessiva infernal, e tendo justamente o Estado socorrendo esta cambada , justamente o Estado, que é incompetente, corrupto e não tem nada que intervir na economia , é, no mínimo, paradoxal.

Estes caras que acham que todo mundo que tem consciência social é stalinista deveria agora estar esgoelando contra essa vergonha.

Deixem os EUA quebrar em paz.

O governo americano não tem nada que dar dinheiro público para essa cambada de pilantras.

Até porque o deficit público norte americano é um rombo sem tamanho.

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Carnage
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#127 Mensagem por Carnage » 02 Mai 2009, 17:14

Peter_North escreveu:Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.
Furada do New York Times, você quer dizer. A notícia veio de lá.
Peter_North escreveu:O problema é que ele não checou mais nenhuma fonte antes de sair vomitando "acabou o capitalismo". Incompetente e vendido.
Poxa, Peter, vou precisar te lembrar de quando você falou com gosto que a venda de carros tinha despencado e que o trabalho rural escravo tinha sido erradicado da sua terra e eu mostrei pra você que estava falando coisas sem checar?

Só pra constar, não houve furada. O acordo estava acontecendo quando a notícia foi publicada. Era uma afirmação válida no momento pois tudo caminhava para a realização do acordo. Melou depois dois dias depois.

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#128 Mensagem por Peter_North » 02 Mai 2009, 18:13

Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:Só para constar, isso não aconteceu, o acordo melou pela desistência dos credores minoritários. Furada do PHA, como sempre.
Furada do New York Times, você quer dizer. A notícia veio de lá.
O problema não é a barrigada da notícia, é a interpretação cretina e tendenciosa.
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:O problema é que ele não checou mais nenhuma fonte antes de sair vomitando "acabou o capitalismo". Incompetente e vendido.
Poxa, Peter, vou precisar te lembrar de quando você falou com gosto que a venda de carros tinha despencado e que o trabalho rural escravo tinha sido erradicado da sua terra e eu mostrei pra você que estava falando coisas sem checar?
E daí? O que tem a ver uma coisa com a outra? Quem deveria se importar em checar muito bem os fatos antes de publicar era o PHA que supostamente é jornalista e não eu que sou um reles forista de fórum de putaria. E mesmo assim me parece em várias oportunidades que eu li mais sobre o assunto do que o PHA. Repórter incompetente e vendido.

Além disso, Eu não tenho a pretensão de saber tudo, apenas tenho as minhas opiniões e não tenho receio de assumir quando eu estava errado. E tu? Achas que nunca postou nada na qual você estava errado ou enganado? Eu não tenho medo de reconhecer quando erro, só quem acha que tem a verdade absoluta nunca se permite ser corrigido.
Carnage escreveu:Só pra constar, não houve furada. O acordo estava acontecendo quando a notícia foi publicada. Era uma afirmação válida no momento pois tudo caminhava para a realização do acordo. Melou depois dois dias depois.
Já falei que o problema nem foi tanto a barrigada e sim a interpretação cretina e vendida do PHA, mas até aí, nada de novo.

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#129 Mensagem por Carnage » 02 Mai 2009, 20:15

O site do PHA é de opinião, é um blog.

Opinião cada um tem sua e escreve o que quer.

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#130 Mensagem por Peter_North » 03 Mai 2009, 01:21

Carnage escreveu:O site do PHA é de opinião, é um blog.
Mas ele ganha dinheiro para isso, se apresenta como jornalista e quer a credibilidade de bom jornalista. Só falta ser...
Carnage escreveu:Opinião cada um tem sua e escreve o que quer.
Verdade. Qualquer um deve ter esse direito. Mesmo os que se vendem, como o PHA.

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#131 Mensagem por Carnage » 04 Mai 2009, 17:12

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... xportacoes
03/05/2009 - 09:35
A China salva as exportações
Do Estadão
China vira principal comprador do Brasil


Com alta de 61% nas compras, China passa os EUA na lista de importadores

Márcia De Chiara
A China está salvando as exportações brasileiras em meio à recessão global. Em março, pela primeira vez o país foi o principal destino dos produtos nacionais, desbancando a liderança histórica dos Estados Unidos. As exportações para China no primeiro trimestre cresceram 62,67% em valor e 41,47% em quantidade na comparação com o mesmo período de 2008.

Os principais beneficiados foram os produtores de soja, celulose, minério de ferro e petróleo. Essas quatro commodities respondem por 76,6% da receita de exportações brasileiras para o país, aponta a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex).
“No pior dos mundos, o Brasil está melhor”, afirma Miguel Daoud, economista-chefe da consultoria Global Financial Advisor e especialista em China. Com a crise global, o governo chinês decidiu injetar quase US$ 600 bilhões na economia. O objetivo é estimular os negócios e mudar o modelo de economia exportadora para outro, voltado para o mercado interno. Esse pacote já começou a fazer efeito, com repercussões diretas no Brasil.

Daoud observa que o pacote está concentrado na construção civil. Isso significa maior consumo de aço e, consequentemente, de minério de ferro, a matéria-prima básica da siderurgia. Além disso, o governo chinês traçou um plano para tornar o país autossuficiente em cerca de uma dúzia de produtos agrícolas. Como apenas 10% do território são próprios para a agricultura, a China está aumentando as importações dos produtos que não são prioridade no plano de autossuficiência. É o caso da soja, o principal produto de exportação das lavouras brasileiras.

O salto chinês nas compras do Brasil chama ainda mais atenção pelo fato de as exportações brasileiras terem registrado no primeiro trimestre do ano um recuo de mais de 19% em relação ao mesmo período de 2008. As importações também caíram, mas um pouco mais: 21,6%. Apesar das quedas, a balança comercial brasileira registrou superávit de 9% no trimestre.

Estrela do comércio exterior, a China importou US$ 3,395 bilhões do Brasil no primeiro trimestre e foi praticamente o único país que ampliou significativamente as compras de produtos brasileiros, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A China respondeu por 47% das exportações para a Ásia, que ultrapassou a América Latina como bloco comercial no primeiro trimestre, segundo o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral.

“As exportações para a Ásia vêm aumentando, apesar da crise. Tirando o Japão, o bloco tem um potencial comercial muito grande a ser explorado”, diz Barral.

Sem o robusto crescimento das vendas para a China, o superávit da balança comercial brasileira de US$ 3 bilhões no trimestre encolheria US$ 1,8 bilhão, calcula o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

A liderança da China nas compras brasileiras não é transitória e deve se repetir nos próximos meses, prevê Daoud. Ele diz, no entanto, que com uma taxa de crescimento do PIB de 6% para este ano, o país não vai puxar o crescimento mundial, mas será “importantíssimo” para o Brasil.

“A China tem um papel muito importante em relação ao Brasil como um grande demandante de commodities”, diz o economista-chefe da Funcex, Fernando Ribeiro. Mas ele discorda de Daoud sobre o impacto da economia chinesa como motor do crescimento global e sobre a manutenção da liderança das compras de produtos brasileiros.

Ribeiro diz que não tem dúvida de que a China exerce um papel crucial na recuperação mundial, mesmo crescendo 6% em 2009. Ele prevê que o país continue ganhando importância nas exportações brasileiras nos próximos meses. Mas, para o ano como um todo, deve encostar nos EUA, que, na sua opinião, vai continuar liderando as compras do Brasil.

Castro, da AEB, lembra que o governo brasileiro temia o déficit na balança comercial no primeiro trimestre. Tanto que chegou a baixar medidas de licença não automática para importações, depois revogadas. “Mas o cenário mudou completamente e a balança comercial registrou déficit apenas em janeiro.”

O vice-presidente executivo da AEB se diz surpreso com as taxas de crescimento dos volumes exportados para a China. A quantidade vendida de celulose, por exemplo, aumentou 650% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2008. No caso do ferro fundido, da soja e do minério de ferro, houve crescimento de 700%, 120% e 40%, respectivamente, nas quantidades exportadas entre janeiro e março.

“Essas taxas de crescimento são desproporcionais”, diz o economista. Na análise de Castro, esse ritmo de crescimento de compras não deve se manter, mesmo com a China crescendo 6% ao ano.

Comentário

A China está aprendendo os movimentos de mercado. Estoca pesadamente agora, com preços em queda. Depois, ganhará um enorme poder de barganha quando a economia se recuperar.

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Carnage
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#132 Mensagem por Carnage » 04 Mai 2009, 17:18

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... historico/
02/05/2009 - 08:54
Pré-sal: um dia histórico

Em termos simbólicos, o dia 1o de maio de 2009 entrará para a história do Brasil. Foi a primeira extração de petróleo do pré-sal, as descobertas de petróleo que poderão resolver grande parte dos problemas nacionais – ou, se não forem trabalhadas, tornarão o país mais uma vítima da maldição das matérias primas. Isso ocorre quando a abundância trazida pelas epxortações fáceis do produtos apreciam o câmbio e matam qualquer possibilidade de desenvolvimento industrial.

Como anota nosso especialista em energia – Ronaldo Bicalho, do Instituto de Economia da UFRJ –, após ouvir o discurso do Lula:

• O presidente disse que a regulamentação vai mudar e que isto ocorreu em todos os países que descobriram grande reservas de petróleo.

• Os contratos já estabelecidos serão respeitados.

• As mudanças não virão de uma hora para outra, será um processo.

• Os recursos devem ser usados para construir o futuro das novas gerações.

• E para terminar, a frase de efeito: Petrobras, vocês são os caras.

Da Folha
SAMANTHA LIMA
DA SUCURSAL DO RIO


No dia da extração do primeiro óleo da camada pré-sal na bacia de Santos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou urgência da equipe de ministros responsáveis por rever o marco regulatório do petróleo. A cobrança foi feita durante a cerimônia comemorativa do início da produção de Tupi. Dois dos ministros -Edison Lobão, de Minas e Energia, e Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil- estavam presentes.

“Lobão, Dilma e [o ministro da Fazenda, Guido] Mantega têm a responsabilidade, e não têm muito tempo mais, de me apresentar um novo marco regulatório para o país, e isso é urgente”, diz. “Não tem um país no mundo que tenha encontrado muito petróleo e não tenha mudado a regulamentação.”

Segundo o presidente, a produção do petróleo do pré-sal significará “a segunda independência do Brasil”. “Que a partir de hoje se conte uma nova e melhor história para esse país. O brasileiro tem que se gostar. Ao longo dos anos, sempre jogamos para baixo, achando que o que é de fora é melhor”, disse.

Lula destacou que, ao mesmo tempo em que o país tem “grandeza para respeitar contratos”, tem também “grandeza para mudar, pensando nas garantias para nossos filhos e netos”.

Frustração

(…) Lula ordenou que a Petrobras fizesse “uma centena de barrizinhos”. “A cada viagem que eu fizer ou a cada pessoa que eu receber, vou dar como regalo.” Segundo Lula, a dimensão das reservas do pré-sal alcará o país a um novo patamar nas discussões com outros países. “Isso é de uma transcendência incomensurável.

Vocês gostaram dessa expressão?”, perguntou, fazendo a plateia rir. “Para quem começou o mandato falando “menas”, estou chique.”

Lula descartou interesse em levar o país à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). “A Opep não manda nem nos preços do petróleo.” Minutos antes, Lobão havia comentado que, devido ao pré-sal, o Brasil passou a ser convidado para as reuniões do grupo.

A cerimônia começou às 18h, com duas horas de atraso, porque Lula decidiu voltar ao hotel para descansar depois do almoço com o governador do Rio, Sérgio Cabral. Um pequeno recipiente transparente, em forma de barril, continha o óleo que veio da plataforma. Foi passando de mão em mão por cerca de dez pessoas, entre elas o cantor e compositor Martinho da Vila, o tetracampeão Raí e a atriz e diretora de cinema Carla Camurati.

Por fim, o recipiente chegou às mãos de Gabrielli, que chorou. Ele foi cercado por Lula, Lobão e Dilma. “Petrobras, vocês são os caras!”, exaltou Lula ao fim da cerimônia. q Segundo Gabrielli, o teste de extração vai durar 15 meses. A produção será metade dos 30 mil barris diários prevista inicialmente. A redução se deve à dificuldade em queimar na plataforma o gás que vem associado ao óleo extraído.



Comentário

Há uma longa discussão pela frente, sobre como explorar o pré-sal.

Um dos pontos de dúvida é sobre o papel da Petrobrás. Tempos atrás lançamos, aqui, a proposta de que o governo capitalizasse a Petrobrás com a parte que lhe toca na bacia de Santos. O sistema seria o de juntar todas as concessões, considerá-las como em uma bacia única. Depois, medir as reservas totais e considerar como do Estado a parcela que não foi concedida. Haveria uma capitalização da Petrobrás com esses recursos e os dividendos reverteriam para o Estado - ou para prioridades claramente definidas pelo governo, após amplo debate com a sociedade.

Ontem, o Ministro Edison Lobão, das Minas e Energia, descartou essa possibilidade. Falou especificamente em nome próprio.

Mencionou-se a possibilidade de uma nova estatal para cuidar das reservas. Seria uma empresas enxuta que trabalharia apenas na administração das reservas e na confecção dos contratos com as empresas que ganhassem o direito de explorar a área. A rigor, uma proposta não conflita com a outra. A única diferença é que esta essa nova estatal teria reservas e teria ações das empresas capitalizadas com as reservas.

Não teria lógica essa estatal administrar contratos e parcerias, dispondo a Petrobrás de todo esse know-how. A lógica seria que administrasse os recursos advindo da exploração, mas deixando o trabalho de prospectar parcerias ou de explorar à própria Petrobrás.

Clique aqui para ler a cobertura do evento.

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#133 Mensagem por O Pastor » 04 Mai 2009, 21:05

Compson escreveu:
O Pastor escreveu:Dinheirinho na Bolsa, muito bom, né??
O desempenho da Bovespa é supreendente, mas não tão misterioso quanto parece. Primeiro, porque depois da quase liquidação total (com trocadilho) do mercado financeiro norte-

Só hoje o bagulho rendeu quase 7%!!! :lol: :lol:

Acredito que a BOVESPA vem tendo o melhor desempenho :lol: entre todas, mundo a fora.

Graças a política CERTEIRA do nosso Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Arriscada, mas certeira, ao menos até agora tem funcionado contra a crise, que pouco a pouco vai perdendo força.

Eu tenho ganhado muito dinheiro com o governo Lula!!! Viva o pacote "Habitação para Todos"!!! Depois da Inclusão Digital, esse papo de dar casa pro pobre está me dando muita grana. É isso aí!!!

:lol: :lol:

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#134 Mensagem por Compson » 04 Mai 2009, 21:47

Citação de um livro novo sobre a crise:
[A crise geral] se aproxima novamente, embora ainda se encontre nos primeiros estágios; mas, quando tiver o mundo por palco e produzir efeitos mais intensos, enfiará a dialética até mesmo na cabeça dos novos-ricos do novo Sacro-Império Romano Germânico.

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Compson
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#135 Mensagem por Compson » 05 Mai 2009, 10:00

Pra variar, a indústria automobilística rateando. É impressão minha ou estamos chegando agora na crise (lucros dos bancos caindo também)? Acho que o PIB deste trimestre vai ser pior do que o do final do ano.
05/05/2009 - 09h07
Produção industrial cai 14,7% no trimestre, a maior queda desde 1991
Da Redação
Em São Paulo
(Texto atualizado às 9h29)

A produção da indústria brasileira caiu 14,7% no primeiro trimestre em relação a um ano antes. É a pior queda desde o primeiro trimestre de 1991, quando o indicador despencou 15,2%. O recuo na fabricação de automóveis, de 27,2% nos três primeiros meses de 2009, puxou para baixo o índice geral da indústria.

Em março, a atividade foi 0,7% superior ao registrado em fevereiro e 10% inferior ao verificado em março do ano passado. Na comparação de um determinado mês com o imediatamente anterior, esta é a terceira alta consecutiva.

Nos últimos 12 meses, a atividade da indústria recuou 1,9%; se considerados os últimos seis meses, a queda foi de 16,7%, a pior desde 1990 (quando o recuo foi de 19,8%).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os números oficiais ficaram exatamente em concordância com as projeções de economistas. Pesquisa da agência de informações Reuters com 21 especialistas mostrou que eles previam, na mediana, uma alta de 0,7% em março ante fevereiro e uma queda de 10% em relação a março do ano passado.

Na comparação entre um determinado mês e seu equivalente do ano anterior, a produção industrial vem caindo desde novembro (veja gráfico), mas o recuo de março (de 10%) foi bem mais brando que os de dezembro (de 14,8%), janeiro (de 17,4%) e fevereiro (de 17%).

Carros: queda de 27,2%
A indústria automobilística, com sua retração de 27,2% no trimestre, foi o setor que mais teve impacto negativo no indicador geral da indústria.

Ainda que as vendas de veículos no país tenham atingido, no primeiro trimestre, um patamar equivalente ao verificado um ano antes (como a associação de fabricantes já havia noticiado), a produção ainda está em patamar inferior, segundo o IBGE.

Um dos motivos para esse descasamento é que, apesar de o mercado interno estar em um nível razoável, a produção para exportação ainda não recuperou seu ritmo, devido à queda na demanda internacional.

(Com informações da Reuters)
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/ ... u2548.jhtm

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#136 Mensagem por Compson » 05 Mai 2009, 10:07

Carnage escreveu:http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... xportacoes
03/05/2009 - 09:35
A China salva as exportações
Do Estadão
China vira principal comprador do Brasil


Com alta de 61% nas compras, China passa os EUA na lista de importadores
Eu conheço muito pouco a China, mas alguém tem alguma ideia do que ela faz com tudo isso sem ter o mercado americano para revender? Não basta ter gente para comprar; é preciso ter gente com dinheiro... :-k

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#137 Mensagem por FucaBala » 05 Mai 2009, 10:23

O Pastor escreveu:
Compson escreveu:
O Pastor escreveu:Dinheirinho na Bolsa, muito bom, né??
O desempenho da Bovespa é supreendente, mas não tão misterioso quanto parece. Primeiro, porque depois da quase liquidação total (com trocadilho) do mercado financeiro norte-

Só hoje o bagulho rendeu quase 7%!!! :lol: :lol:

Acredito que a BOVESPA vem tendo o melhor desempenho :lol: entre todas, mundo a fora.

Graças a política CERTEIRA do nosso Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Arriscada, mas certeira, ao menos até agora tem funcionado contra a crise, que pouco a pouco vai perdendo força.

Eu tenho ganhado muito dinheiro com o governo Lula!!! Viva o pacote "Habitação para Todos"!!! Depois da Inclusão Digital, esse papo de dar casa pro pobre está me dando muita grana. É isso aí!!!

:lol: :lol:
Existe a ressalva de que as bolsas européias ontem também operavam em alta considerável, principalmente pela forte alta das ações da Fiat Auto.

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O Pastor
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#138 Mensagem por O Pastor » 05 Mai 2009, 10:47

Compson escreveu:
Carnage escreveu:http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... xportacoes
03/05/2009 - 09:35
A China salva as exportações
Do Estadão
China vira principal comprador do Brasil


Com alta de 61% nas compras, China passa os EUA na lista de importadores
Eu conheço muito pouco a China, mas alguém tem alguma ideia do que ela faz com tudo isso sem ter o mercado americano para revender? Não basta ter gente para comprar; é preciso ter gente com dinheiro... :-k
Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.

Há cidades gigantescas que andam com as próprias pernas e são praticamente economias paralelas em relação ao regime comunista. Cidades modernissimas como Hong Kong, Xangai, Pequim, Cantão, etc. Xangai, hoje, caminha para ser uma cidade com tecnologias que não se encontra nem na Europa ou EUA. Xangai caminha pra ser no século XXI, aquilo que Nova York foi pro século XX, talvez seja exagero, mas é bem por aí. É preciso ter cuidado ao avaliar esta impetuosidade chinesa.

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#139 Mensagem por O Pastor » 05 Mai 2009, 10:50

FucaBala escreveu: Existe a ressalva de que as bolsas européias ontem também operavam em alta considerável, principalmente pela forte alta das ações da Fiat Auto.

Verdade!! E no Brasil, o fator PETROBRAS + Pré-Sal + Exportações pra China + Plano de Habitação, ajudou muito.

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#140 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 11:17

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... marolinha/
Vianna: É marolinha?

Atualizado em 04 de maio de 2009 às 22:12 | Publicado em 04 de maio de 2009 às 22:07
Por Azenha

http://www.viomundo.com.br/img/lula_marolinha.jpg

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Difícil dizer que a crise econômica mundial provocou apenas "marolinha" na economia brasileira. A previsão inicial do governo brasileiro, afinal, era de 4% de crescimento para 2009. Vai crescer 2%? Há quem diga que por aí, talvez pouco mais, talvez pouco menos.

É claro que, comparativamente a outros países, a economia brasileira segurou a onda. Não há qualquer dúvida que a mídia corporativa brasileira torceu desesperadamente pela crise -- qualquer crise -- por motivos que respondem pelas iniciais José Serra. Sinceramente, acho meio precipitado considerar a economia real recuperada a partir do resultado das bolsas de Valores.

De qualquer forma, o Rodrigo Vianna pergunta:
Lula tinha razão quando falou em marolinha?

publicada em segunda, 04/05/2009 às 20:05 e atualizado em segunda, 04/05/2009 às 20:35

por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador

A Bolsa de Valores de São Paulo, hoje, deu um salto impressionante: alta de 6,5 %. Há várias explicações pra isso: a principal parece ser que a China voltou a comprar em peso "commodities" do Brasil. Isso anima a economia real brasileira, com reflexos nos papéis das empresas.

Outro dado importante: o saldo da balança comercial chegou a quase 4 bilhões de dólares em abril. Isso quer dizer que, no mês passado, o Brasil exportou muito mais do que importou, afastando o risco de uma crise em nossas contas externas. Até porque abril foi o terceiro mês seguido de saldo positivo.

É por isso que o Augusto da Fonseca escreveu, hoje, em seu (ótimo) blog FBI http://festivaldebesteirasdaimprensa.blogspot.com

"Pessoal, não sei não mas parece que a MAROLINHA do Lula se consolida a cada dia que passa...

Isso contra todas as previsões pessimistas - e sem fundamentação em muitos casos - de praticamente toda a imprensa brasileira.

Exceção para a blogosfera independente que nunca se deixou levar pelo tsunami do Globo, da Folha, do Estadão, entre outros."


É por isso, também, que o "Jornal da Record" nesta segunda-feira trouxe uma reportagem mostrando os últimos números positivos no Brasil, e os comentários de economistas importantes.

A reportagem termina com uma fala de Paulo Yokota, que diz tudo sobre o pânico criado nos últimos meses por muitos "colunistas" de economia: "é, o bicho não era tão feio como parecia".
Clique aqui para ler o texto completo do Rodrigo Vianna
Otimismo exagerado? Nem mesmo o Azenha está tão otimista quanto o Vianna.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia ... 20911.html
Superávit comercial sobe 124% em abril, segundo Ministério
04/05/2009 - 11:13 , atualizada às 11:19 04/05 - Redação

A balança comercial brasileira encerrou o mês de abril com superávit de US$ 3,7 bilhões. Pelo cálculo da média diária, o saldo é 124,4% acima do registrado em abril de 2008 e 130,4% maior que o de março de 2009. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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#141 Mensagem por Carnage » 05 Mai 2009, 12:19

Agora pasmem: otimismo em relação a crise NO BLOG DA MIRIAM LEITÃO!

http://oglobo.globo.com/economia/miriam ... 182778.asp
Luz no fim do túnel
Já dá para fazer uma lista das boas notícias na economia

Ainda é cedo para comemorar ou dizer que o pior da crise ficou para trás. Mas, pelo menos, já dá para fazer uma listinha de boas notícias vindas da economia. Confiram abaixo:

1- Aumento de venda de carros no Brasil. Cledorvino Belini, presidente da Fiat do Brasil, me disse no programa Espaço Aberto (confira abaixo) que o setor automobilístico no Brasil fechou vendendo o mesmo que no primeiro quadrimestre do ano passado.

2- Pela segunda semana seguida o Focus melhorou a previsão para o PIB brasileiro em 2009, reduzindo a projeção de contração para -0,30%.

3- Luzinha no fim do túnel das montadoras. Começa a se desenhar uma solução para pelo menos uma das montadoras americanas quebradas: a Chrysler entra em concordata mas por um período pequeno com grandes chances de recuperação com a entrada da Fiat no negócio.

4- Bolsas em alta. As bolsas estão reduzindo as perdas em quase todos os países do mundo. Abril foi um bom mês na bolsa brasileira que subiu 15,55%.

5- Pacote funcionando na China. As ações de estímulo do governo fizeram o índice de confiança dos empresários voltar a subir depois de 6 meses de queda (vejam post abaixo).

6- Apesar do aumento do desemprego, a massa salarial do Brasil (total de salários pagos no país) continua crescimento. Isso ajuda a manter as vendas do comércio aquecidas.

7- Com as reduções da taxa Selic, os juros atingiram o menor patamar da história na última quarta-feira.

8- Dois indicadores antecedentes mostraram recuperação em março: venda de papelão ondulado, com alta de 16% frente a fevereiro, e consumo de energia, com crescimento de 3,3% na comparação com o mesmo mês de 2008.

9- A inflação segue sob controle, com as previsões para o IPCA abaixo do centro da meta, e para o IGPs em torno de 2%.
Se ela está otimista, imagine então como as coisas estão.

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#142 Mensagem por FucaBala » 05 Mai 2009, 14:13

Não é tão "marolinha" assim... Do Estadão Online:

http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... i-7-9-no-1º-tri,365666,0.htm
Produção industrial no País tem pior trimestre desde 1991
Indicador tem queda de 14,7% ante os três primeiros meses do ano passado; no mês, produção sobe 0,7%

Jacqueline Farid, da Agência Estado

RIO - A produção industrial do País teve nos primeiros três meses de 2009 o pior trimestre desde 1991, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 5 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador caiu 14,7% ante o primeiro trimestre do ano passado e 7,9% na comparação com o quarto trimestre.

Além disso, segundo o coordenador de indústria do IBGE, Silvio Sales, no acumulado do quarto trimestre do ano passado e do primeiro trimestre de 2009, a indústria acumulou queda de 16,7%, a mais elevada perda no acumulado de dois trimestres desde o Governo Collor, no segundo trimestre de 1990. O número mostra que a produção no País está 16,7% abaixo do nível em que estava antes do agravamento da crise, que ocorreu em setembro.

Considerando apenas o mês de março, a produção industrial mostrou leve recuperação ante fevereiro e subiu 0,7% na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador registrou queda forte, de 10%.

O coordenador de indústria do IBGE, observou que há um processo "inequívoco" de reação da indústria, confirmado nos indicadores de março. Segundo ele, a magnitude da queda da produção em março ante igual mês do ano passado (-10,0%) foi bem inferior às quedas, nessa comparação, observadas em fevereiro (-16,8%), janeiro (-17,5%) e dezembro (-14,7%).

Ainda segundo Sales, o resultado de março foi favorecido pelo efeito calendário - já que março de 2009 teve dois dias úteis a mais do que igual mês do ano passado -, mas não exclusivamente. "Outros indicadores, inclusive o resultado com ajuste sazonal (ante mês anterior), mostram que é inequívoco um movimento de reação na indústria, suave mas contínuo", afirmou.


Segmentos

Os segmentos industriais impulsionados pelo mercado interno, sobretudo veículos automotores (automóveis, autopeças, caminhões), estão liderando o processo de reação da indústria, segundo observou o coordenador de indústria do IBGE. "Os bens duráveis, liderados pelos automóveis, estão reagindo ao movimento de queda abrupta do final do ano passado, mas ainda longe de chegar aos patamares mais elevados de 2008", disse.

A produção de veículos automotores aumentou 56,5% em março em relação a dezembro de 2008, mês no qual foi determinada a redução do IPI para automóveis, prorrogada a partir de abril por mais três meses.

Em março, ante fevereiro, os veículos automotores registraram alta na produção de 7,0%, mas mantiveram a trajetória de queda ante igual mês do ano passado (-18,5%, mas exclusivamente os automóveis tiveram queda mais branda, de 3,2%).

"Os segmentos que estão reagindo mais estão mais vinculados ao mercado interno, com automóveis, que foram desonerados e a indústria de alimentos, que se beneficia do aumento da massa de rendimentos e a inflação controlada", disse. Segundo ele, "a indústria vem reagindo mês a mês desde o início do ano, mas o movimento tem sido ainda muito moderado".

Ainda de acordo com Sales, a recuperação dos automotores é importante porque "gera encadeamento com outros setores, se essa recuperação dos duráveis se consolidar, em algum momento vai bater nos intermediários".


Investimentos

A produção de bens de capital, que sinaliza os investimentos, caiu 6,3% em março ante fevereiro e recuou 23,0% ante março de 2008. A categoria de bens de capital foi a única a apresentar queda na produção ante mês anterior. Nessa comparação, houve expansão em bens intermediários (0,3%), bens de consumo duráveis (1,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,8%).

Segundo Sales, a indústria de bens de capital foi a última categoria industrial a entrar na crise, mas também será a ultima a sair. Ele explicou que, no início das turbulências, encomendas efetuadas anteriormente evitaram uma derrocada imediata dos bens de capital mas, com o aumento da desconfiança e a deterioração do cenário econômico, os investimentos foram adiados.

"As decisões sobre aquisições de máquinas e equipamentos precisam de um cenário positivo, mais claro, possivelmente os investimentos vão sendo adiados até que o cenário fique mais claro para tomada de decisões", disse.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção industrial de bens de consumo semi e não duráveis foi a única, entre as quatro categorias pesquisadas pelo IBGE, a registrar expansão em março (2,9%) ante março do ano passado. Nas demais categorias, os resultados em março ante março 2008 foram os seguintes: bens de capital (-23,0%), bens intermediários (-13,3%) e bens de consumo duráveis (-13,4%).

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#143 Mensagem por Compson » 06 Mai 2009, 11:22

O Pastor escreveu:Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.
Isso faz sentido. Afinal, os cinco por cento mais ricos da população são mais numerosos que muitos países inteiros da Europa.

Aí, se os chineses conseguirem criar um sistema de financiamento que permita que o bilhão e meio de miseráveis comprem carro e geladeira, e usarem isso como "lastro" de duzentos derivativos de opções e de futuros, vendendo para os bancos do mundo... Pronto! É só tirar o Mao da câmara criogênica e terminar a revolução.

Sobre a bolsa, um dos poucos analistas que previram a queda, o Marcelo Ribeiro, manteve sua previsão de 25.000 pontos para o fim do ano. O argumento parte de uma analogia com a crise de 1929 (fraco!) e (mais razoável) que as commodities ainda estariam supervalorizadas, pois as intervenções dos governos manteriam os preços acima do "equilíbrio". Mas pode ser teimosia também, pois a previsão original foi feita antes da especulação... cof, cof, digo, recuperação!

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#144 Mensagem por Compson » 07 Mai 2009, 09:13

O Pastor escreveu:Eu tenho ganhado muito dinheiro com o governo Lula!!! Viva o pacote "Habitação para Todos"!!!
Novamente sem querer ser urubu, mas apenas repassando uma informação informal: conheço o dono de uma construtora que investiu em apartamentos semi-populares (minúsculos, com pouco lazer, mas com algum projeto de arquitetura e decoração) no ABC e está amargando 50% de inadimplência!

Pode ter sido azar. Pode ter sido incompetência do financiador. Pode ter sido o programa do Lula, que criou condições mais favoráveis e fez as pessoas se arrependerem de ter comprado antes. Pode ser um mal sinal.

Apesar dos dados do setor produtivo serem bons (indústria, exportações), os bancos brasileiros começaram a sentir os efeitos só agora no primeiro trimestre (com queda nos lucros, que, no entanto, não são nada desesperadoras). Talvez (talvez!) a "curva" da crise no Brasil não seja menos intensa, mas deslocada para a direita no tempo.

(Quero dizer, certamente será menos intensa que a americana, pois nossas condições de crédito são muito mais restritas, mas talvez não tenha chegado ainda no fundo do poço.)

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#145 Mensagem por Compson » 07 Mai 2009, 13:13

Vejam que engraçado: o leitor trata o colunista como se ele fosse o atendente da Atento! O colunista responde dando o migué mais complexo que eu já vi... Esse leitor aí deve ter perdido uma baita grana apostando nas dicas do cara!
O leitor critica: minhas previsões estão todas erradas
Por Cláudio Gradilone | 06/05/2009 - 11:47

O leitor Max Miyazaki enviou um e-mail criticando minhas diversas previsões erradas. Ele disse:

Quero expressar o meu imenso descontentamento com seus comentários contraditórios. Você tem errado feio nas suas previsões: ano passado você escreveu que a Bovespa iria fechar 2008 a 50 mil pontos e, neste ano, quando a Bovespa chegou a 42 mil pontos pela segunda vez, você escreveu que ele iria voltar para 37 mil pontos. O que aconteceu foi o contrário. Seja mais coerente com o que escreve e pense um pouco mais antes de escrever.

Prezado Max, você tem razão, tenho publicado diversas previsões erradas. Peter Drucker, provavelmente o melhor analista de tendências que já existiu, se recusava a fazer previsões, pois dizia que é impossível prever o futuro. Porém, eu não faço nenhuma previsão. Eu apenas publico as previsões de especialistas do mercado. Tenho um método nisso: sempre falo com pelo menos três pessoas, e consulto dois sistemas de informação eletrônica, além de fazer umas contas.

Isso não me isenta de responsabilidade, claro: afinal cada analista diz o que acha ser correto, mas a decisão de colocar no blog é minha. Atribuir a outros a culpa pelas bobagens que publica é a mais básica das mutretas praticadas pelos jornalistas. Mas afinal, porque eu - e os analistas - estamos errando tanto? Há dois motivos para isso.

O primeiro é que estamos atravessando um período de volatilidade do mercado. A melhor definição de volatilidade é: um fenômeno que ocorre quando os inúmeros participantes do mercado não concordam sobre o valor e as perspectivas de uma determinada empresa, ou da economia em geral.

O melhor exemplo é com as ações de bancos dos Estados Unidos. Consideremos o Citibank, por exemplo. Em maio de 2008, as ações estavam cotadas a 26 dólares. No pior momento da crise, elas custavam 97 centavos de dólar e no dia 5 de maio elas fecharam a 3,31 dólares. Uma variação tão grande indica que não há convicção no mercado sobre quanto, de fato, vale o Citibank.

Em menor escala, esse fenômeno ocorre em todo o mercado financeiro. Nesse cenário, os métodos tradicionais de previsão, que já são imprecisos por natureza, ficam ainda mais sujeitos a erro. Ou seja, é mais difícil prever.

O segundo motivo é que algo observado desde meados dos anos 90 voltou a ocorrer com força: movimentos especulativos de capital internacional. Um dos motivos da crise dos subprime (nossa, isso parece uma notícia muito velha, não?) é que o excesso de dinheiro em circulação mo mercado internacional elevou artificialmente os preços dos imóveis nos Estados Unidos e estimulou o mercado financeiro a lançar produtos sem lastro só para aproveitar a valorização. O resultado todos conhecem.

Pois bem, os diversos pacotes de ajuda governamental dos Estados Unidos e da Europa acabaram injetando dinheiro no mercado. Os bancos com problemas pegaram o dinheiro e pagaram uma parte do que deviam a seus credores. Esses credores receberam o dinheiro e não colocaram notas debaixo do colchão, mas sim procuraram alternativas para investir.

As primeiras foram as mais seguras possíveis, os títulos do Tesouro americano, que, não por acaso, atingiram seus maiores preços da história. Em seguida, a cobiça superou a cautela e os investidores passaram a procurar locais razoavelmente seguros e bastante rentáveis para ancorar seu capital. E é aí que chegamos ao Brasil.

Nossa economia está melhor do que a média dos países relevantes porque não somos tão afetados pela crise internacional e porque aumentamos nossos laços comerciais com a China, que é outro país pouco afetado. É como se a melhor aluna da classe passasse a namorar o garoto mais forte, o que dá uma dupla imbatível. Isso atrai dinheiro aos borbotões.

O problema desses movimentos especulativos é que eles são facílimos de explicar depois de ocorrerem. Antecipadamente é impossível prevê-los. Por isso a Bolsa subiu mais do que o esperado, e por isso as previsões dos analistas que previam uma realização a 42 mil pontos furaram.

Moral da história: toda e qualquer previsão tem uma dose de incerteza, mas hoje essa incerteza é maior do que anteriormente à crise. Assim, todas as previsões - inclusive as que eu publico e vou continuar publicando - têm de ser vistas com uma dose adicional de cautela.

Valeu?
http://portalexame.abril.uol.com.br/blo ... tar1.shtml

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#146 Mensagem por Carnage » 07 Mai 2009, 15:23

http://www.estadao.com.br/noticias/econ ... 6954,0.htm
quinta-feira, 7 de maio de 2009, 09:45 | Online
Produção industrial cresce em 8 de 14 locais pesquisados

Dados regionais do IBGE apontam terceira alta consecutiva na produção em São Paulo, ante o mês anterior

Jacqueline Farid, da Agência Estado

RIO - A produção industrial brasileira cresceu em oito dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. A atividade registrou crescimento de 0,7% no período, com destaque para Minas Gerais (3,4%), Pernambuco (5,15%) e Rio de Janeiro (5,4%).

Na comparação com março do ano passado, 13 dos 14 locais registraram queda na produção. Nesse confronto, a indústria nacional registrou um recuo de 10,0%. As regiões com as maiores quedas ante igual mês de 2008 foram o Espírito Santo (-32,0%) e Minas Gerais (-18,0%).

A produção industrial de São Paulo aumentou 1,0% em março ante o mês anterior na série com ajuste sazonal, terceiro resultado positivo consecutivo, segundo divulgou os dados divulgados nesta quinta-feira, 7, pelo IBGE. A média móvel trimestral, "em trajetória descendente desde setembro de 2008", ficou positiva em 1,4% entre o trimestre encerrado em março e o terminado em fevereiro.

Na comparação com março de 2008, houve queda de 10,5% na produção paulista. Nessa comparação, os resultados negativos atingiram 15 das 20 atividades pesquisadas, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (-59,8%), máquinas e equipamentos (-31,8%) e veículos automotores (-15,9%).

Na análise por trimestres, a indústria paulista registrou queda de -15,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2008 e recuo de 8,9% frente ao trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). Já o indicador acumulado nos últimos 12 meses atingiu -0,5% em março, primeira taxa negativa desde fevereiro de 2004 (-0,3%).

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#147 Mensagem por Carnage » 08 Mai 2009, 11:52

Para Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, pior da crise já passou

Ao participar de encontro no Secovi-SP, empresário avaliou
que mudança na caderneta de poupança é inevitável

Durante evento realizado nesta quinta-feira, 7/5, na sede do Secovi-SP, o presidente executivo do Itaú Unibanco S/A, Roberto Setubal, afirmou que o pior da crise já passou, especialmente no Brasil. “Lá fora a situação é mais complicada, mas a possibilidade de desastre está afastada”, disse o empresário, em palestra realizada no âmbito do programa Olho no Olho, do Sindicato.

Setubal fez uma radiografia do atual cenário econômico brasileiro e mundial, destacando aspectos da crise financeira internacional, a política local de juros e o estado de liquidez do mercado brasileiro. “Estou relativamente otimista de que o Brasil vai retomar o nível de crescimento”, afirmou o empresário, prevendo, porém, que a expansão do Produto Interno Bruno (PIB) será inferior à que vinha sendo registrada antes da crise. “Uma taxa de 3% é bastante possível e, à medida que a economia mundial crescer, poderemos chegar a 4% ou 5%.” Nesse cenário de expansão e de juros declinantes, frisou o presidente do Itaú Unibanco, o setor imobiliário, que trabalha focado no longo prazo, tende a crescer muito.

Na avaliação do presidente do Itaú Unibanco, a situação do País é mais confortável que a do exterior, porque os fundamentos da nossa economia – contas públicas, inflação, etc – são mais sólidos, ao contrário do ocorrido em crises passadas. “Além disso, não dependemos tanto de exportações, como outras economias do mundo”, disse.

O presidente do Secovi-SP, João Crestana, enfatizou a importância de os bancos privados se prepararem para atuar no novo mercado imobiliário – imóveis com valores inferiores a R$ 150 mil. “Esse mercado, até então intocado, tem tudo para se desenvolver, em face do programa governamental ‘Minha Casa, Minha Vida’. E os bancos devem estudar como atender ao segmento com renda familiar de seis a sete salários mínimos, oferecendo produtos adequados para essa faixa”.

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#148 Mensagem por Carnage » 08 Mai 2009, 15:58

E seguindo a matéria anterior:

http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-cr ... e-se-dane/
A crise agora é do povo. Ele que se dane

Atualizado em 08 de maio de 2009 às 11:22 | Publicado em 08 de maio de 2009 às 11:11

por Luiz Carlos Azenha

O desemprego nos Estados Unidos chegou a 8,9%, a taxa mais alta desde 1983. Foram perdidos 539 mil empregos em abril. O número oficial de americanos desempregados é de 13,7 milhões.

Voltamos a testemunhar, agora, um fenômeno que já vimos em outras praças, especialmente quando a "moda" era pregar privatizações na América Latina. Quantas centenas de artigos elogiosos ao Chile não foram publicados nos anos 80 e 90, especialmente quando se tratava de pregar a idéia -- absurda -- de que um país daquele tamanho poderia servir de exemplo para o Brasil? É óbvio que aqueles artigos nunca tocavam numa questão política central ao "sucesso" chileno: a ditadura de Pinochet passou um trator sobre os movimentos sociais e os sindicatos antes de transformar o país em um laboratório neoliberal.

A reforma da Previdência no Chile foi apontada como exemplo para o Brasil. Hoje sabemos que a privatização da Previdência chilena fracassou e exigiu intervenção do estado com dinheiro público, depois de enriquecer alguns.

O "exemplo" seguinte foi o México. Estou procurando as reportagens que definiam o México como exemplo a ser seguido pelo Brasil. Trata-se do caso mais acabado de uma profunda transferência de bens públicos para meia dúzia de empresários, que trataram de assumir o controle do país em aliança com interesses políticos e econômicos externos.

Para 100 milhões de mexicanos, hoje em dia, há dois caminhos: o narcotráfico ou a imigração para os Estados Unidos. Com a crise econômica nos Estados Unidos, o futuro é sombrio para quem pretende atravessar a fronteira. A militarização do combate ao narcotráfico é cortina de fumaça para reforçar o poder de Felipe Calderón. O México é a próxima Colômbia. Uma situação que pode ficar ainda mais dramática se considerarmos as informações de que a produção de petróleo mexicano atingiu o pico e entrou em decadência.

Quando eu morava nos Estados Unidos, lá atrás, me lembro claramente da cobertura que se fazia sobre o Brasil, especialmente no Wall Street Journal. Quando o governo de turno em Brasília era dócil e aceitava pagar direitinho os juros da dívida externa, o Brasil era um país "maravilhoso", ainda que as notícias de jornal contrastassem completamente com a realidade que eu, nas férias, via nas ruas do país. Toda a cobertura considerava apenas os dados macroeconômicos. Povo? Que povo?

Agora tenho a mesma sensação ao acompanhar o noticiário sobre a crise nos Estados Unidos. A bolsa de Nova York está em recuperação. Os bancos tiraram o pé da lama às custas de dinheiro público. "Acabou a crise", ou "está acabando a crise". O povo? Que se lasque.

Porém, a médio e longo prazos, há duas implicações nisso: nos Estados Unidos as crises econômicas têm consequências políticas profundas. Quando se mexe no bolso do americano, sai de baixo. Além disso, hoje ninguém mais leva a sério a mídia corporativa. Os americanos estão conscientes de que as medidas governamentais priorizaram o salvamento dos banqueiros, em detrimento do cidadão comum. É este, afinal, quem paga com a taxa recorde de desemprego.

E a segunda implicação é que 2/3 da economia dos Estados Unidos giram em torno do consumidor. Com o desemprego em alta ele deixa de gastar. Deixa de emprestar. E a economia estanca. Faz sentido, portanto, a observação de que, quando o efeito dos trilhões de dólares jogados no mercado pelo governo federal passar, o sistema financeiro ficará novamente frágil, diante da inadimplência de financiamentos de automóveis, cartões de crédito e da falta de novos negócios.

Enquanto isso, observem como os Estados Unidos, na mídia, estão em franca recuperação. O povo vai mal? Ele que se dane. O que é o desemprego se a bolsa está em alta?

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#149 Mensagem por Compson » 08 Mai 2009, 19:20

Compson escreveu:
O Pastor escreveu:Compson,

Não se esqueça que a China é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Isto significa que o mercado interno é GIGANTESCO. Mesmo que apenas 10% deste mercado tenha condições de consumir alguma coisa, nada no nada, já serão 100 milhões de pessoas. É preciso entender que a China caminha não apenas para ser um mero fabricante de mão-de-obra barata, caminha na verdade no sentido de ser o maior e mais importante mercado consumidor do Mundo, se é que já não é.
Isso faz sentido. Afinal, os cinco por cento mais ricos da população são mais numerosos que muitos países inteiros da Europa.
Por outro lado, pegando a lista (acredito que confiável) da Wikipedia, o PIB dos EUA é mais de 3 vezes maior que o da China, e boa parte do PIB desta depende (ou dependia) das exportações para os yankees. Um mercado consumidor desse porte não surge do nada. Para mim ainda é um mistério...

Devem ter encontrado o pergaminho de algum alquimista da dinastia Ming e descobriram como transformar minério de ferro em ouro...

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_co ... P_(nominal)

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#150 Mensagem por Driller » 09 Mai 2009, 00:39

A bolsa está subindo nos Estados Unidos após o stress test dos bancos. A conclusão for a de que todos os bancos americanos estão solventes se injetarem neles alguns bilhões de dólares... :roll: :roll: :roll: :roll: :roll:

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