Criou-se uma situação dicotômica em que o político de centro ou até mesmo centro-esquerda é chamado de "coxinha", "neoliberal", etc.
Se até o político moderado é perseguido pelo constante patrulhamento ideológico (inclusive de mercenários), imagine então um político que assume sem receios uma posição conservadora.
Aliás, durante todo esse longo tempo de repressão da direita quem acabou ocupando esse espaço político foram os evangélicos.
Pior para o país, que substituiu uma direita "normal" por uma bancada "evangélica", que primeiro defende os interesses da Universal e seus clones.
Para piorar, ficou difícil também estabelecer que partido é o quê, já que os trocentos partidos menores se vendem pela melhor oferta. Existe uma prostituição política a tal ponto que se viu algo impensável no passado como Maluf aliado do bloco do petê (até a casa cair). Assim, fica difícil.
Sobre o tema do tópico, a minha opinião é que é positivo que exista alguém como o Bolsonaro que desafie abertamente esse mundo bizarro do politicamente correto (PC), e muitas pessoas da população pensam assim. É preciso muita coragem para desafiar esse establishment apoiado pela mídia (imaginem o carnaval jornalístico que seria se ELE é quem tivesse cuspido no Wyllis...) Que fique claro que não acho que seja um bom político e tenho dúvidas se ele seria um bom administrador para a presidência, mas acho interessante esse confronto que ele proporciona, meio que algo como o punk de 1977 (guardadas as proporções): O choque é grande porque o pessoal do PC se acostumou com a ladainha de sempre, retroalimentada pela mídia. Que venham mais políticos com pensamento independente. De tempos em tempos surge um movimento de mudança porque SATUROU, encheu o saco essa porra. Fenômeno este, que está ocorrendo em outros países de uma forma ou de outra.