Só as ruas podem pôr fim à máfia tucano-midiática de São Paulo
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... sao-paulo/
Um já caiu! KKKKK
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... Alstom.htm
PF indiciou Matarazzo por propina da Alstom
Francesa confessou distribuição de US$ 6,8 milhões, entre 1998 e 2001, a governos do PSDB. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a mensagem que incriminaria o vereador de São Paulo no esquema se refere a um contrato de R$ 72 milhões, assinado em 1998 quando era secretário de Mario Covas e do vice-governador Geraldo Alckmin, para fornecimento de equipamentos para a EPTE. Serrista vai responder por suspeita de corrupção passiva. Alstom é uma das empresas acusadas pela alemã Siemens de participar de um cartel criado por grupos interessados em licitações do metrô e da CPTM
http://app.folha.com/m/noticia/293036
PF aponta ligação de vereador tucano com propina da Alstom
06/08/2013 03h15
FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
A Polícia Federal indiciou o vereador de São Paulo Andrea Matarazzo (PSDB) por considerar que ele recebeu propina do grupo francês Alstom quando foi secretário estadual de Energia, em 1998.
A PF investigou negócios da Alstom com o governo de São Paulo entre 1995 e 2003, período em que o Estado foi governado por sucessivas administrações do PSDB.
O trabalho da polícia se baseou em informações obtidas primeiro pelo Ministério Público da Suíça. O inquérito foi concluído em agosto do ano passado e está desde então à espera de um parecer do Ministério Público Federal.
No relatório final do inquérito, o delegado Milton Fornazari Junior cita como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas.
Embora seu nome não seja mencionado como destinatário de pagamentos, a polícia concluiu que ele foi um dos beneficiados por causa da posição que ocupava na época de um dos contratos da Alstom. Matarazzo foi secretário por oito meses em 1998.
(alguém já ouviu falar numa tal de Teoria do Domínio do Fato??? )(...)
E aos poucos os jornais e televisões ficam sem opção e vão soltando as matérias a respeito do caso.
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 0890,0.htm
MP investiga se cartel resultou em enriquecimento de agentes públicos
Dez promotores, dois deles da área criminal, vão conduzir 45 inquéritos e apurar suposta improbidade administrativa ocorrida antes e durante a execução dos contratos no metrô e na CPTM; primeiras testemunhas foram ouvidas nesta terça-feira
(...)
“O cartel é investigado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ligado ao Ministério da Justiça). Nós apuramos a improbidade administrativa e o enriquecimento ilícito de agentes públicos”, afirmou o promotor Valter Santin
(...)
Ao todo, conforme documentos obtidos pelo Estado, o suposto cartel assinou contratos com valores atualizados que, somados, chegam a R$ 1,925 bilhão. Um documento da empresa alemã afirma que o preço competitivo seria 30% inferior se não houvesse cartel. Assim, o governo do Estado poderia ter economizado R$ 557 milhões caso a livre concorrência não tivesse sido praticamente eliminada pela ação do grupo.
Dinheiro de pinga! Como se vê, a roubalheira mesmo quem fez foi o PT no mensalão (que é o único exemplo a que todo mundo consegue recorrer quando fala do PT kkkkk)!!
Ministério Público reabre inquéritos sobre o Metrô de SP
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... e-sp.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 1265,0.htm
Propina da Siemens foi de 8 milhões de euros no País
Justiça de Munique diz que 2 representantes de funcionários públicos brasileiros receberam dinheiro no primeiro mandato de Alckmin
06 de agosto de 2013 | 23h 11
Bruno Ribeiro, Jamil Chade e Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo
A Justiça alemã concluiu que a Siemens pagou pelo menos 8 milhões de euros, o equivalente a R$ 24,4 milhões, a dois representantes de funcionários públicos brasileiros, como parte de um amplo esquema de corrupção em contratos públicos no Brasil. Os dados fazem parte da investigação conduzida por promotores em Munique e que resultou na condenação, em 2010, da empresa alemã ao pagamento de uma multa bilionária. O caso brasileiro, segundo a Justiça alemã, ajudou a comprovar o esquema internacional de corrupção da multinacional.
O Estado teve acesso a documentos que a Siemens apresentou à Justiça no Brasil, e eles mostram a ação de dois consultores para a manutenção do cartel e a fraude contra os cofres do governo de São Paulo entre 2001 e 2002, durante o primeiro mandato de Geraldo Alckmin (PSDB). Trata-se dos irmãos Arthur e Sérgio Teixeira - este já morto. O Estado procurou Arthur. Em seu escritório em São Paulo, uma secretária informou que ele estava viajando. A Siemens reafirmou nesta terça-feira, 6, que colabora com as investigações do caso.
(...)
O Tribunal de Munique não revelou os nomes dos brasileiros acusados. No total, a Siemens pagou US$ 1,3 bilhão em subornos no mundo. O caso envolveu mais de 300 agentes públicos e 4,2 mil transações suspeitas na Argentina, Bangladesh, Brasil, China, Grécia, Hungria, Indonésia, Israel, Itália, Malásia, Nigéria, Noruega, Polônia, Rússia e Vietnã. A Siemens pagou nos EUA multa de US$ 800 milhões e na Alemanha, de US$ 533,6 milhões.
http://www.estadao.com.br/noticias/cida ... 1641,0.htm
Caso Alstom: PF vê pagamentos a partido e governo de SP e indicia 10
Autoridades suíças sequestraram 7,5 milhões - dinheiro que seria de subornos - de uma conta conjunta no Banco Safdié em nome de servidores; caso teria os mesmos ingredientes do que envolve o cartel metroferroviário denunciado pela Siemens
08 de agosto de 2013
Bruno Ribeiro e Marcelo Godoy
Documentos da Polícia Federal obtidos pelo Estado mostram como funcionou o suposto esquema de pagamento de propina a integrantes do governo do Estado de São Paulo e ao PSDB pelo grupo francês Alstom. Dois ex-secretários, dois diretores da estatal de energia EPTE (ex-Eletropaulo), consultores e executivos da Alstom - dez pessoas no total - foram indiciados no inquérito da PF.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... stigar.htm
Vítima? Alckmin teve todo o tempo para investigar
Governador de São Paulo afirmou na semana passada que, se for comprovado o caso do cartel no metrô e nos trens, "o Estado é vítima"; Geraldo Alckmin também não tem poupado críticas ao Cade, que segundo ele, não libera a investigação e vem fazendo "vazamento seletivo" dos fatos; mas o caso já se estende há anos, e denúncias apontam como suspeito o contrato fechado pelo tucano em 2003 com a francesa Alstom para a construção da linha 4-Amarela, marcada por uma cratera em 2007; um mês antes, uma conta na Suíça atribuída ao irmão do então presidente do Metrô teria recebido cerca de R$ 20 milhões
8 de Agosto de 2013 às 10:04
SP247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não teve receio ao dizer, na semana passada, que caso se comprove a denúncia de cartel em licitações do Metrô e trens no Estado, feita pela Siemens, "o Estado é vítima". Ele também não tem poupado críticas ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico), subordinado ao Ministério da Justiça. Para o tucano, o órgão deveria ter impedido o esquema e faz agora um "vazamento seletivo" dos fatos, além de não liberar a investigação para o governo.
Acontece que as suspeitas nos processos de concorrência e superfaturamento nas obras do transporte sobre trilhos dura muitos anos. Uma reportagem do jornalista Rodrigo Vianna, exibida na TV Record em 2010 e trazida à tona pelo blog Tijolaço, revela, por exemplo, uma lista com nomes de animais que consta de uma investigação da Polícia Federal. Diz o documento: R$ 1 milhão para o "jumento", R$ 170 mil para o "abelha", R$ 49 mil para o "macaco" e R$ 30 mil para o "tigre". Os codinomes são de pessoas que teriam recebido propinas de empreiteiras, identificadas durante a investigação Castelo de Areia. O "mel de abelha", por exemplo, era o Diretor de Assuntos Corporativos do Metrô Sérgio Corrêa Brasil.
Um episódio que se destaca é o fechamento do contrato feito por Geraldo Alckmin em 2003 com a multinacional francesa Alstom para a construção da linha 4-Amarela do Metrô, também suspeito. Um mês antes de o contrato ser acertado, uma conta na Suíça atribuída a Jorge Fagali Neto, irmão do então presidente do Metrô, teria recebido R$ 20 milhões. A conta acabou sendo bloqueada pela Justiça por suspeita de ter recebido recursos ilegais da Alstom.
A mesma decisão bloqueou outra conta, também na Suíça, atribuída a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e segundo homem na hierarquia no primeiro governo do tucano Mario Covas (1995-1999). Leia mais aqui, em reportagem da Folha de S.Paulo publicada em 2009. Como se os desvios não fossem suficientes, as obras da Linha Amarela marcaram o País por uma tragédia: durante a construção da estação Pinheiros, uma cratera engoliu carros e um micro-ônibus, deixando sete mortos em janeiro de 2007.
Tudo prova que, se quisesse, Geraldo Alckmin teria investigado o esquema denunciado com detalhes agora pela alemã Siemens. Mas não investigou. E agora coloca a culpa no Cade.
E finalmente a imprensa joga a toalha. Não tem como dizer que não houve proteção antes, pois, como visto acima, os fatos são antigos. Até o Veríssimo, em sua coluna no Globo está mostrando surpresa!:
http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... tricos.htm
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/ ... acao.shtml
Executivo afirma que Serra sugeriu acordo em licitação
E-mail de diretor da Siemens relata suposta conversa com tucano em 2008
Ex-governador nega ter mantido contato com empresas e afirma que concorrência da CPTM em sua gestão foi limpa
FLÁVIO FERREIRA DE SÃO PAULO CATIA SEABRA JULIANNA SOFIA DE BRASÍLIA
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) sugeriu à multinacional alemã Siemens um acordo em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação da CPTM, de acordo com um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época.
A mensagem relata uma conversa que um diretor da Siemens, Nelson Branco Marchetti, diz ter mantido com Serra e seu secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, durante congresso do setor ferroviário em Amsterdã, na Holanda.
Na época, a Siemens disputava com a espanhola CAF uma licitação milionária aberta pela CPTM para aquisição de 40 novos trens, e ameaçava questionar na Justiça o resultado da concorrência se não saísse vitoriosa.
A Siemens apresentou a segunda melhor proposta da licitação, mas esperava ficar com o contrato se conseguisse desqualificar a rival espanhola, que apresentara a proposta com preço mais baixo.
De acordo com a mensagem do executivo da Siemens, Serra avisou que a licitação seria cancelada se a CAF fosse desqualificada, mas disse que ele e Portella "considerariam" outras soluções para evitar que a disputa empresarial provocasse atraso na entrega dos trens.
Segundo o e-mail, uma das saídas discutidas seria a CAF dividir a encomenda com a Siemens, subcontratando a empresa alemã para a execução de 30% do contrato, o equivalente a 12 dos 40 trens previstos. Outra possibilidade seria encomendar à Siemens componentes dos trens.
Serra disse à Folha que não se encontrou com executivos das empresas interessadas no contrato da CPTM e afirmou que a licitação foi limpa, com vitória da empresa que ofereceu menor preço.
O ex-secretário Portella disse que as acusações são absurdas e que não houve irregularidades na licitação.
O e-mail examinado pela Folha faz parte da vasta documentação recolhida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, na investigação aberta para examinar a prática de cartel em licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo de 1998 a 2008.
Os documentos examinados pela Folha não contêm indícios de que Serra tenha cometido irregularidades, mas sugerem que o governo estadual acompanhou de perto as negociações entre a Siemens e suas concorrentes.
Em outra mensagem de Marchetti, de setembro de 2007, o executivo diz que o governo paulista "gostaria de ver a Siemens contemplada com pelo menos 1/3 do pacote" da CPTM, em "parceria" com as outras empresas.
Os documentos foram entregues ao Cade pela própria Siemens, que fez um acordo com as autoridades brasileiras para colaborar com as investigações e assim evitar as punições previstas pela legislação para a prática de cartel.
Procurado pela Folha, o Cade informou que o caso está sob sigilo e nenhuma informação sobre o assunto poderia ser repassada à imprensa.
Na licitação dos trens, as negociações da Siemens com a CAF não deram resultado. A Siemens apresentou recursos administrativos e foi à Justiça contra a rival, mas seus pedidos foram rejeitados.
A CAF venceu a licitação e assinou em 2009 o contrato com a CPTM. A empresa espanhola executou o contrato sozinha, sem subcontratar a Siemens ou outras empresas.
A francesa Alstom também participou dessa concorrência. De acordo com os documentos entregues pela Siemens, a empresa tinha um acordo com a rival francesa para dividir o contrato se uma das duas vencesse a disputa.
Os documentos obtidos pelas autoridades brasileiras mostram também que, mais tarde, ao mesmo tempo em que negociava com a CAF, a Siemens discutiu a possibilidade de uma aliança com outra rival, a coreana Hyundai, contra os espanhóis da CAF.
Colaboraram DANIELA LIMA e PAULO GAMA, de São Paulo
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... paulistas/
Serra deu uma patada atômica nos paulistas
Com cinco anos de atraso, a Folha coloca Serra na manchete no escândalo do metrô.
Paulo Nogueira 8 de agosto de 2013
Serra está, enfim, na manchete da Folha no caso das propinas do metrô.
O único problema é que é com cinco anos de atraso.
Em 2008, ele era governador quando as denúncias surgiram, trazidas do exterior. A Siemens recebera uma multa bilionária nos Estados Unidos por causa de subornos em vários países, incluído o Brasil.
Diz a Folha hoje: “Serra sugeriu à multinacional alemã Siemens um acordo em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação do metrô, de acordo com um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época.”
Serra nega.
No Brasil, as propinas da Siemens se dirigiam a autoridades do governo de São Paulo desde a gestão Covas para ganhar contratos no metrô paulistano.
Altos funcionários do metrô também foram subornados pela máquina corruptora da Siemens.
(Os corruptos brasileiros se abasteceram também dos subornos de uma outra grande empresa de engenharia multinacional, a francesa Alstom.)
Naqueles dias de 2008, Serra era governador de São Paulo e deveria estar no centro do furacão, uma vez que a alma da corrupção era o Palácio dos Bandeirantes.
Mas nem a imprensa o cobrou e nem a justiça o incomodou. Num espasmo de cinismo arrogante, ele disse a jornalistas na ocasião que as denúncias eram coisa do “kit PT”.
Acrescentou que o caso, pausa para rir, já estava sendo devidamente investigado pelo governo paulista, pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo próprio metrô.
Ora, isso significava que as propinas estavam sendo investigadas, aspas, pelos que mamavam nelas.
Um dos integrantes do TCE, Robson Marinho, por exemplo, é acusado pela justiça suíça de ter uma conta na Suíça à base de subornos.
Marinho era o braço direito de Covas. Foi chefe da Casa Civil, o cargo mais importante da equipe, quando Covas era governador de São Paulo.
Depois, Covas conduziu Marinho ao TCE. Robson Marinho é, hoje, dono de um patrimônio que inclui uma ilha em Paraty, refúgio de luxo de outros Marinhos – os da Globo.
É um insulto aos paulistas que, ainda hoje, conhecida sua ficha, Marinho continue no TCE.
Não renunciou, e nem Serra e nem Alckmin o tiraram. Nenhum dos grandes jornais paulistas exerceu pressão para que Marinho fosse removido e o TCE reavaliado.
O TCE, acredite, é feito para fiscalizar os gastos do governo de São Paulo. Como Marinho, todos os seus integrantes são indicados politicamente.
Logo, quem acredita que o TCE cumpre seu papel acredita em tudo.
Fiquemos com a hipótese de que Serra não estimulou nenhum acordo entre concorrentes a licitações no metrô, ao contrário do que um executivo da Siemens afirma.
Ainda assim. É imperdoável a sem cerimônia com que ele, em 2008, descartou a importância de um foco monstruoso de corrupção no seio do seu governo.
Ao dizer que o metrô já investigava o metrô, e isso era o bastante, ele deu uma patada atômica em cada paulista. E tem que responder, ao menos, por isso.
http://www.jornalggn.com.br/blog/desdob ... rra-arruda
Desdobramento de denúncias do cartel do metrô em SP resgatam 'conexão Serra-Arruda'
09/08/2013 - 14:16 - Atualizado em 09/08/2013 - 15:40
Da Redação GGN
Jornal GGN - O novo capítulo das denúncias de formação de cartel para obras de construção e ampliação do metrô e dos trens de São Paulo, envolvendo os principais nomes do PSDB, resgata a conhecida “conexão Serra-Arruda”, que ganhou repercussão em entre 2008 e 2009.
E-mails de ex-executivos da Siemens, em poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sugerem que o ex-governador de São Paulo, José Serra, e José Roberto Arruda – cassado do Governo do Distrito Federal (GDF) em 2010 pelo “mensalão do DEM” – tinham conhecimento do esquema das empresas no setor metroferroviário.
A proximidade entre Serra e Arruda ia além dos planos de candidatura tucana ao Planalto, em 2010, que tinha o ex-político do DEM cotado como vice de Serra. Em 2009, Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, prestou depoimento à Polícia Federal em que revelou que, em 2008, a empresa de informática CTIS Tecnologia S/A mandou via Sedex o valor de R$ 65 mil em dinheiro à secretaria, explicando que R$ 25,3 mil deveriam ir para as mãos de Arruda. Os pagamentos, de acordo com o ex-secretário, eram referentes a pagamentos de propinas para manter contratos com o GDF.
A mesma empresa também recebeu dinheiro do governo de São Paulo, na época administrado por José Serra. A empresa era responsável pelo Consórcio Educat, que venceu edital para alugar 100 mil microcomputadores ao governo. O contrato firmado entre a empresa, no valor de R$ 400 milhões, e a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) previa a locação de computadores ao custo de R$ 4 mil por unidade para uso no projeto “Computador na Escola”.
A CTIS faturou R$ 457 milhões em 2008 e mais R$ 609 milhões em 2009. A maior parte desses recursos (80%) vinham dos cofres públicos do governo de São Paulo. A empresa também mantinha contratos com a Secretaria de Fazenda do governo do Distrito Federal e com a Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília).
Gontijo e Paulo Preto
Outro nome em comum entre Serra e Arruda é o do empreiteiro José Celso Gontijo. Em 2010, durante a campanha presidencial, Serra recebeu a doação de R$ 8,2 milhões, feita por Ana Maria Baeta Valadares Gontijo, esposa do empreiteiro. O valor supera o limite legal de doações de 10% do ganho anual de pessoas físicas, o que chamou a atenção da Receita Federal. O nome de Gontijo, que já estava relacionado ao “mensalão do DEM”, por ter sido flagrado em vídeos entregando maços de dinheiro para abastecer o esquema, também aparece como sendo proprietário da empresa Call Tecnologia e Serviços LTDA.
Segundo a Polícia Federal, a empresa era uma espécie de financiadora do esquema, chegando a repassar aos beneficiados, entre 2000 e 2010, o valor total de R$ 109.347.709,17 (cento e nove milhões, trezentos e quarenta e sete mil, setecentos e nove reais e dezessete centavos). Um dos beneficiários do pagamento de propinas era Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como “Paulo Preto”. Ele era o ex-captador de recursos para as campanhas eleitorais de Serra, em São Paulo.
A partir de 2006, a empresa Call Tecnologia – também conhecida como Call Contact Center –, de propriedade de José Celso Gontijo, passou a administrar as chamadas para os serviços dispostos pela prefeitura de São Paulo, durante a gestão de José Serra. A empresa chegou a receber, mensalmente, R$ 1,2 milhão – totalizando cerca de R$ 30 milhões por dois anos de serviço. O contrato entre a prefeitura e a empresa foi prorrogado na gestão de Gilberto Kassab. Em 2009, a empresa fechou novo contrato, mas com o governo de São Paulo, na época administrado por Serra, que estava prestes a se lançar candidato à Presidência da República. No ano seguinte, o tucano recebeu os R$ 8,25 milhões da mulher de Gontijo.
A empresa Call Tecnologia continua prestando serviços para o governo de São Paulo, agora sob a administração de Geraldo Alckmin (PSDB). Dados do Diário Oficial do Estado do dia 4 de julho de 2013 mostram que a empresa continua recebendo pagamentos no valor mensal de R$ 192.922,80. O pagamento informado, referente ao mês de junho, é contabilizado como sendo a 63a. parcela, o que somaria o valor repassado pelo Estado, até o momento, de R$ 12.154.136,4 (doze milhões, cento e cinquenta e quatro mil, cento e trinta e seis reais e quatro centavos).
"O que eu tenho dito é que José Serra é a cara do PSDB”
Senador Aécio Neves, sobre a possível saída de Serra do PSDB.
Uma frase que diz muito...
Governo pressionou concorrentes a fazer acordo, afirma diário
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013 ... ario.shtml
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 2116,0.htm
Alstom pagou US$ 20 mi em propina a partidos do Brasil, diz Justiça da Suíça
Recursos teriam chegado ao País por offshores para financiar políticos em troca de contratos no setor energético
09 de agosto de 2013 | 2h 03
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
GENEBRA - A Alstom destinou mais de US$ 20 milhões em propinas ao Brasil e parte do dinheiro foi parar em cofres de partidos políticos. A constatação faz parte da investigação realizada pela Justiça suíça e foi obtida com exclusividade pelo Estado. Ontem, o jornal revelou como dez pessoas, entre elas os ex-secretários Jorge Fagali Neto e Andrea Matarazzo, foram indiciadas pela Polícia Federal por causa do esquema de corrupção da empresa francesa, desmantelado pela apuração na Suíça.
A investigação mostra que informes internos da Alstom revelam o esquema para ganhar contratos públicos no Brasil nos anos 1990. Neles, a empresa francesa indica o pagamento de propinas para financiar partidos. A constatação da Justiça de Berna é de que há "evidências claras de suborno" e até uma "tabela oficial" de propina no Brasil. O dinheiro foi destinado a diversos projetos de energia no Brasil, envolvendo Furnas, Eletropaulo, a Usina de Itá e outros empreendimentos.
Um dos depoimentos que marcam o caso é o de um colaborador do esquema, Michel Cabane, confirmando que a "Alstom e a Cegelec (subsidiária da Alstom) estavam trabalhando juntas para organizar uma cadeia de pagamentos para tomadores de decisão no Brasil". Havia até mesmo uma lista de nomes de brasileiros na empresa.
A Justiça suíça teve acesso a um comunicado interno da Alstom, de 21 de outubro de 1997. Nele, o então diretor da Cegelec Andre Botto escreveu que o dinheiro era propina. "Isso é uma política de poder pela remuneração", afirmou. "Ela é uma 'negociated' via o ex-secretário do governador (RM). Ela cobre - as finanças do partido - o Tribunal de Contas (do Estado) e a Secretaria de Energia."
A meta era cometer o que os suíços ironizaram como "um crime perfeito". Parte do dinheiro iria para os políticos, parte para o tribunal e parte para o secretário de Energia que daria os contratos.
Políticos. A Justiça suíça não citou partido, mas indicou que a participação política estava sempre presente. Naquele momento, o Estado de São Paulo era governado pelo PSDB.
RM seria Robson Marinho, conselheiro do TCE, que, depois de coordenar a campanha de Mário Covas em 1994, foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997. O Ministério Público suíço revelou cada uma das transferências às contas de Marinho no banco Safdie em Genebra. O dinheiro chegaria via uma offshore uruguaia, a MCA.
Quem também é citado é Romeu Pinto Junior, indiciado como uma das pessoas que teriam organizado o pagamento de propinas por meio da MCA.
A investigação revela que, em media, 7,5% do valor dos contratos eram destinados ao pagamento de propinas. "De acordo com essas declarações, 7,5% e 1,13% dos contratos iam para a MCA, 3,1% para a Taltos e 0,6% para a Andros, 1,5% para a Splendore." Essas eram empresas fictícias criadas.
Outra empresa era a brasileira Alcalasser, pela qual teriam passado mais de 50 milhões. Em depoimento a autoridades francesas, o ex-diretor financeiro da Cegelec, Michel Mignot, confirma que a Alcalasser foi criada para pagar propinas. "Ela servia para as comissões", respondeu à Justiça. Seu superior, Yves Barbier de La Serre, ex-secretário-geral da Cegelec, também confirmou a "caixa preta".
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/1 ... de-FHC.htm
Pivô do caso Siemens pode explicar reeleição de FHC
Surgimento de José Luiz Portella no caso Siemens afasta de vez a possibilidade de que a corrupção nos trilhos do metrô de São Paulo tenha sido fruto apenas da ação isolada de funcionários públicos corruptos; Portelinha teve papel essencial na reeleição de FHC, manchada pela suspeita de compra de votos, como no caso do ex-deputado Ronivon Santiago; Portelinha é também homem de confiança de José Serra; com ele no escândalo, fortalece-se a tese levantada pela revista Istoé, sobre a existência de um "propinoduto" e esvaem-se as esperanças de Merval Pereira, que temia justamente a corrupção sistêmica
8 de Agosto de 2013 às 22:22
247 - Dezesseis de maio de 1997. O escândalo que chacoalha o Brasil diz respeito à compra de votos para a reeleição do ex-presidente FHC. O pivô é o ex-deputado Ronivon Santiago, que, numa conversa gravada, revela que parlamentares estariam recebendo R$ 200 mil para votar pela reeleição. Naquele dia, a Folha de S. Paulo, que havia revelado o caso, publica uma nova matéria, assinada por Fernando Rodrigues, Lúcio Vaz e Lucas Figueiredo, todos repórteres premiados. Assim ela começa:
O deputado Ronivon Santiago, expulso anteontem do PFL, diz em conversas gravadas que seus acertos com o governo na emenda da reeleição e em outras votações está baseado na liberação de dinheiro federal para empreiteiras realizarem obras rodoviárias.
Segundo o deputado, essas liberações são acertadas de forma satisfatória por causa da intervenção do governador Orleir Cameli (AC) e pela intimidade que ele, Ronivon, teria com o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, José Luiz Portella – pessoa de confiança do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mais adiante, os repórteres revelam bastidores da ação de Portella, conhecido no ninho tucano como Portelinha:
Em uma parte da conversa, o interlocutor de Ronivon -aqui identificado apenas como "Senhor X"- menciona o fato de Orleir Cameli ter sido recebido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 27 de janeiro passado, véspera da votação da reeleição.
Eis o que responde Ronivon: "Foi. Esteve. Tem ordem lá para liberar a verba agora em abril".
A verba não foi liberada. Mas Ronivon continuou confiante no governo. "Eu estive com o Portella, do Ministério dos Transportes, que é o cara que coordena as liberações, ele me falou que tem ordem superior já, recebeu ligação superior já pra dar a liberação do Acre", diz o deputado.
Corte para oito de agosto de 2013. O escândalo da vez diz respeito às propinas do metrô de São Paulo. Assim começa a reportagem da Folha de S. Paulo, assinada por Flavio Ferreira, Catia Seabra e Julianna Sofia:
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) sugeriu à multinacional alemã Siemens um acordo em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação da CPTM, de acordo com um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época.
A mensagem relata uma conversa que um diretor da Siemens, Nelson Branco Marchetti, diz ter mantido com Serra e seu secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, durante congresso do setor ferroviário em Amsterdã, na Holanda.
Ou seja: quinze anos depois da suspeita de compra de votos da reeleição, operada por José Luiz Portella, o Portelinha, o Brasil descobre que o mesmo personagem está no centro do escândalo Siemens. Da articulação de emendas para parlamentares, ele passou a operar a compra de trens e vagões, em encontros em Amsterdã.
A existência desse elo de ligação (leia mais aqui) torna remota a possibilidade de que a corrupção nos trilhos do metrô paulista seja fruto da ação isolada de funcionários corruptos – como parece ser a torcida de colunistas alinhados ao tucanato, como Merval Pereira e Reinaldo Azevedo. Ao contrário, os indícios apontam para um jogo da cúpula partidária, operado por uma pessoa da mais estrita confiança de homens como FHC e José Serra.
Assim, ganha força a tese levantada pela revista Istoé sobre a existência de um "propinoduto tucano", ou seja, de uma máquina de arrecadação destinada à conquista e à perpetuação do poder. Exatamente aquilo que Merval Pereira parecia temer, como escreveu em sua coluna desta quinta:
A ação individual de um político desonesto é menos danosa para a democracia do que a de um grupo político organizado, que se utiliza dos esquemas de poder a que chegou pelo voto para se eternizar nele. Foi o que aconteceu justamente no mensalão do PT. Se as investigações do caso Siemens em São Paulo levarem à conclusão de que o PSDB montou um projeto de poder em São Paulo desde o governo Covas, passando por Geraldo Alckmin e José Serra, financiado pelo desvio de verbas públicas, estaremos diante de uma manipulação política com o mesmo significado, embora com alcance regional, enquanto o mensalão tentou manipular nada menos que o Congresso Nacional.
Parafraseando Merval, com José Luiz Portella, "fica clara a ação de um grupo político organizado, que se utiliza dos esquemas de poder a que chegou pelo voto para se eternizar nele".