Preconceitos x "politicamente correto"

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Roman Barak
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#16 Mensagem por Roman Barak » 20 Fev 2007, 18:38

Sobre um dos motivos que levou o Gringo a abrir esse tópico, ou seja, o preconceito racial, recomendo a leitura de "O Povo Brasileiro", de Darcy Ribeiro, dentre outros livros, e muita reflexão dos foristas. Um dos símbolos do nosso povo é a miscigenação.

Preconceito racial se expressa de diferentes formas e "níveis de gravidade", por assim dizer. No Brasil, não se tem notícia de algo semelhante à Ku Klus Klan, mas é notório como o negro é desvalorizado em nosso País. Creio que hoje em dia, as mulheres negras são as maiores vítimas do preconceito racial, notadamente quando este provem de seus pares: homens negros que ascendem socialmente invariavelmente desfilam orgulhosos com uma namorada loira de olhos azuis, como se isto simbolizasse o seu sucesso. Séculos de escravidão e depois de discriminação levaram os negros a um dilema que denota a sua baixa auto-estima: eles vão facilmente do complexo de inferioridade (quando "celebridades" como Ronaldo Fenômeno justifica seu "corte de cabelo" com a frase "é porque eu tenho cabelo ruim de preto") para o excesso de auto-afirmação, o que gera as tão comuns quanto odiosas frases do tipo "êta preto metido" ou "preto gosta de aparecer".

Importante dizer que esse "problema" é enfrentado por todos os grupos raciais, regionais ou religiosos que se sentem discriminados. Certamente todos presenciaram situações semelhantes ou ouviram frases equivalentes a respeito de japoneses, judeus, nordestinos, cariocas, gaúchos, evangélicos, etc.

Identificar um dado comportamento como um ato de preconceito (racial, religioso, regional) ou como um "singelo traço cultural inofensivo" é tarefa árdua e às vezes impossível de realizar.

Para ilustrar, resgato aquela ocorrência com o jogador de futebol Grafite, onde, numa partida da Libertadores no estádio do São Paulo, jogadores do time argentino (não me lembro qual) foram presos, acusados da prática de crime de racismo por "xingarem" o Grafite de "negro". A palavra "negro" em si não tem nada de pejorativo ou de negativo, mas o tom utilizado pelos jogadores argentinos fez, sem dúvida nenhuma, lembrar a Ku Klus Klan. No entanto, os jogadores argentinos responderam que "na Argentina, chamar uma pessoa de negra é um tratamento carinhoso" (sic). Sei...Interessante é que aqueles mesmos jogadores argentinos certamente são discriminados em seu país de origem e também "xingados" de negros por serem representantes daquela grande parcela do povo argentino (no interior do País, a maioria) que descende de indígenas. Quem conhece a Argentina sabe bem do que estou falando (Mercedes Sosa e Diego Maradona são exemplos de pessoas que são chamados pejorativamente de "negros", o que é curioso, porque os "negros de origem africana" da Argentina foram quase que totalmente dizimados durante a Guerra do Paraguai em circunstâncias que não valem a pena ser detalhadas, fato histórico quase sempre negado pelos argentinos com quem conversei).

Baixar um decreto no GPGuia proibindo o uso de expressões discriminatórias não teria cabimento se, em contraponto, se se levantasse o argumento da hipocrisia, porque proibir não resolveria o problema, pois quem é racista não deixaria de ser.

Ok, a hipocrisia realmente não é uma "qualidade". Mas nem a falta dela (da hipocrisia) chega a ser uma "qualidade", no sentido de ser positivo ao convívio social numa população de pluralidade étnica. Dizem que os norte-americanos são muito "verdadeiros" a respeito do seu racismo. Com efeito, experimente um branco passear pelas ruas do Harlem às 11h da noite e certamente não sairá de lá vivo. Não preciso falar muito a este respeito, basta ver os inúmeros filmes americanos sobre o assunto. Então, não vejo essa "verdade nos sentimentos" como algo positivo também. Os nazistas sempre foram muito "sinceros" sobre o que sentiam a respeito dos judeus e ciganos na Alemanha.

Sem mais delongas "filosóficas", quero dizer, ou melhor, reafirmar o que já havia dito no meus post anterior, citado pelo Gringo: este fórum é visto por um incontável número de pessoas, dentre e fora do Brasil, então devemos ter a responsabilidade de nos nossos posts não "propagar" idéias discriminatórias nem fazer apologia à preconceito racial, tanto quanto seja isto possível.

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binho1979
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#17 Mensagem por binho1979 » 20 Fev 2007, 21:43

Roman Barak escreveu:
Baixar um decreto no GPGuia proibindo o uso de expressões discriminatórias não teria cabimento se, em contraponto, se se levantasse o argumento da hipocrisia, porque proibir não resolveria o problema, pois quem é racista não deixaria de ser.

Ok, a hipocrisia realmente não é uma "qualidade". Mas nem a falta dela (da hipocrisia) chega a ser uma "qualidade", no sentido de ser positivo ao convívio social numa população de pluralidade étnica. Dizem que os norte-americanos são muito "verdadeiros" a respeito do seu racismo. Com efeito, experimente um branco passear pelas ruas do Harlem às 11h da noite e certamente não sairá de lá vivo. Não preciso falar muito a este respeito, basta ver os inúmeros filmes americanos sobre o assunto. Então, não vejo essa "verdade nos sentimentos" como algo positivo também. Os nazistas sempre foram muito "sinceros" sobre o que sentiam a respeito dos judeus e ciganos na Alemanha.
É preciso lembrar que as grandes merdas do mundo são geradas e sustentadas pelas micro-relações. O racismo existe sustentado por nossas micro-políticas diárias.
Hannah Arendt, em seu livro Eichmann em Jerusálem, coloca que os nazistas não são a personificação do mal, eram alienados que banalizaram o mal em sua tarefas diárias.
Precisamos estar atentos a não banalizar o mal em nossas relações! Podemos estar sustentando o fascismo e o horror!

Afinal o homem é o lobo do homem! (Hobbes)
"Homo homini lupus"

PS: A putaria é o melhor lugar para se observar e compreender as tensões micro-politicas! Se Foucalt não fosse homossexual, seria putanheiro com certeza!

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Jesse James
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#18 Mensagem por Jesse James » 21 Fev 2007, 00:59

O bordão "beleza não se põe na mesa" é totalmente furado e só serve para situações particulares. Senhores, a questão não é preconceito racial mas sim padrão de beleza que, queiramos ou não, está diretamente ligado as origens raciais ou étnicas. O conceito beleza não é tão relativo assim se não façamos uma pesquisa e veremos que o padrão de beleza mais aceito é o da mulher branca com traços europeus e isso nada tem a ver com preconceito.

Senhores, não sejamos hipócritas, quantas mulheres negras tem espaço na mídia?? Fazem novelas e comerciais de TV?? Quantas capas de Playboy até hoje são mulheres de traços negros ou de origem nordestina?? A citada Beyoncé é um exceção. Camila Pitanga, Globeleza entre outras beldades negras são absoluta minoria sendo assim será que as mídias estariam agindo de modo preconceituoso??

Creio que, como empresas lucrativas que são, estejam apenas respeitando o gosto do consumidor que prefere mulheres brancas e essa é a pura realidade, infelizmente.

Agora se falo que prefiro gps brancas a negras sou taxado de preconceituoso mas se falo que não gosto de japonesas, por exemplo, ninguém vai me chamar de racista. O politicamente correto se faz presente com seu policiamento tacanho. Pois digo sem medo que prefiro as brancas mas não descarto belas negras e nem algumas "baianinhas" gostosas. Baianinhas, yankees, japas, caipiras, paraíbas são generalizações que tem em suas origens preconceito e racismo mas que com o tempo ganharam outra conotação, a de distinguir um determinado grupo com características pecúliares.

Agora se saio com uma gp "baianinha" a escolha foi minha, não tenho do que reclamar. Aliás oq predomina em puteiros baratos são gps com traços negros ou nordestinos devido ao triste fato de que falta oportunidades melhores para pessoas com essas origens e isso é histórico. Por sau vez as "baianinhas" atendem a uma demanda de mercado que é o putanheiro com menos grana para gastar, em outras palavras, as "bainaninhas" valem menos no mercado e essa é mais uma prova de que o gosto padrão de beleza é por mulheres brancas/caucasianas. Essas predominam em flats e boates mais caras. Mesmo nessas são raras as caucasianas "puras" que se prostituem.

Senhores, não é uma questão de preconceito, são fatos, apenas, então, somente fatos.

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El Macho
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#19 Mensagem por El Macho » 21 Fev 2007, 01:24

Assunto sempre atual, infelizmente. Eu já havia escrito sobre isso num outro tópico (nem sei mais onde... rsrs)
Alguns preconceitos são tão arraigados, que a pessoa ainda defende seu uso. Senão, vejamos o seguinte exemplo hipotético:
- o sujeito está conversando com outro(s) e faz referência a uma atriz de um filme que todos assitiram. Ocorre que o cidadão esqueceu os nomes dos atores. Como ele irá se referenciar? Como ele se fará entender? Se for uma cena onde houver uma negra de cabelo preto e uma branca de cabelo louro, ele provavelmente dirá o seguinte: "tô falando da criola ao lado da loirinha". Naturalmente existem outras variações.

O que quero dizer é que, às vezes, defendemos o não-racismo, mas o praticamos sem saber. É como a respiração. Preste atenção na sua agora! Ok, até 15 segundos atrás ela estava no automático e assim continuará daqui a menos de 1 minuto. Notem que o cidadão do exemplo coloca: a "loirinha" de forma carinhosa e simpática, como se fora um ente querido. Já a "criola" é alguém de fora, da senzala. A "loirinha" é para casar. A "criola" para cruzar. A "loirinha" é quase satinficada, a "criola" uma putana!

Da mesma forma, alguns sudestinos têm o ranço de chamar alguma menina de "baianinha" quando querem classificá-la de forma depreciativa. É mulher do tipo: "dá pra comer, mas esquece..." Recentemente quando pedi indicações a alguns amigos meus sudestinos, vinham dicas de loiras, morenas etc. Quando eu perguntava sobre u'a mulata qualquer, vinha o comentário: "Olha, ela é igual ao que está nas fotos, só que é baianinha". Sempre ri, pois moro em Salvador e sou paulistano. Se me indicam uma "baianinha" eu fico feliz, mesmo sabendo que o amigo quis me "alertar". E as raízes não são tão distantes. Alguns de nós, privilegiados e que tínhamos uma empregada doméstica em casa, normalmente ela era (ou é) nordestina. em muitos casos a primeira trepada e, na maioria, a primeira frustração por não tê-la "possuído". Frustração quase sempre gera um ódio contido. O aprofundamento deste tema é interesante, mas vasto. Note-se que a maioria daqueles que proferem palavaras de racismo ou preconceito racial são filhos, netos etc. de imigrantes eutopeus, que sofreram toda sorte de preconceito aqui no Brasil.

Quando se cita os nordestinos com desdém, fico com pena, pois quem assim fala não conhece o país que mora, mas sabe enxergar seu próprio umbigo e faz de sua minúscula sociedade, do seu quintal sua única referência de mundo. O estudo amplia os horizontes, mas é preciso experenciar. É preciso ir até onde mora o preconceito e desmontá-lo. Todo aquele que ainda insiste em dizer que sai com uma "baianinha" é, no mínimo portador de uma insegurança pavorosa e que precisa diminuir os outros para poder tentar dominá-los. Atitude típica dos frustrados. Muita gente que afirma isso, Senhores, normalmente deve ter pífios TDs com as chamadas "baianinhas" o que reforça e explica minha tese. São seres dignos de pena, deficientes de caráter e de formação. Controladores sem ter o que controlar? Homosexuais em busca de afirmação? Quem sabe quais serão as causas... Mas sempre a imaturidade e a ignorância povoam e habitam a pobre mente desses esquisitos. Alguns tentam se sobressair da massa tentando nivelar por baixo. Destruir é mutíssimo mais fácil do que constuir, o que sequer sabem.

Chamar um mulher, seja ela puta ou não de "cara de macaco ou cavalo" (aliás teve um TD em Salvador em que se usou as mesmas expressões...) é, no mínimo, mostra da imaturidade com o trato da cidadania, que envolve o respeito e a tolerância.

E a respiração? Ainda está pensando nela? :lol:

Roman Barak fez excelente recomendação de leitura. Acrescento: Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre.

Grande abraço!

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Jesse James
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#20 Mensagem por Jesse James » 21 Fev 2007, 02:06

Acabo de assistir a transmissão do Carnaval na Bahia, um lugar onde o negro é maioria. Um trio elétrico tocando músicas horrorosas e em baixo um monte de gente branca pulando e cantando feitos malucos, isolados e separados da gente da terra por um cordão. Argentinos, paulistas, cariocas, americanos e europeus pagam caro pelo tal abadá que dá direito a participar dessa folia.

Isso sim é preconceito...preconceito social.

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srmadruga
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#21 Mensagem por srmadruga » 21 Fev 2007, 06:38

gaucho de Esteio escreveu:
Gringo Aposentado escreveu:Tem um senão já bastante forte no caso : é mesmo féia de rosto. E a tintura ruim do cabelo não a valoriza.
parecendo macaco misturado com cavalo. O cabelo é ruim, tipo sarará, o que revela sua origem africana. As mulatas e negras são lindissimas , mas é foda quando decidem pintar o cabelo de loiro.
Achei preconceituoso isso, ele referindo a aparência da GP com a mistura de macaco com cavalo, e o cabelo ruim e sarará com a origem africana,mas vai ver que tingindo o cabelo ela deve ter forçado no visual :wink:
sobre chamar a GP de cearense e de baiana eu n acho preconceito, agora que tem váriasss GPs com sotaques forçados tem.....melhor ficar quieta....

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Paulo183cm
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#22 Mensagem por Paulo183cm » 21 Fev 2007, 09:56

Interessante esse assunto do politicamente correto e dos termos usados pela sociedade. Quero escapar um pouco do assunto, relatando um caso que aconteceu comigo no trabalho.

Lá estava eu, fazendo meu serviço de praxe, 8) quando passa uma colega no corredor, nas minhas costas, vê o que estou fazendo e solta o seguinte:

"Ih, esse serviço sobrou para você?! Coitado!

Na hora fiquei P da vida, pensei em xingá- la. Mas decidi esperar baixar a poeira, quando ela voltou a seu posto, fui reclamar com a líder dela. No fim do expediente, ela veio até mim e me pediu desculpas por ter me chamado de coitado, por ter me desrespeitado no trabalho.

Enfim, esse é um exemplo de termo que as pessoas usam diariamente ao se referir aos outros, mas que não percebem o significado real da palavra.

No caso, a palavra "coitado", para mim, possui uma forte conotação pejorativa, pois deriva da palavra "coito". Ou seja, a pessoa coitada é aquela que levou coito, que foi "comida". Eu não canso de explicar isso aos meus colegas. Dessa lição, a colega nunca mais vai esquecer. :)

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Yiddish
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#23 Mensagem por Yiddish » 21 Fev 2007, 16:26

Agora se saio com uma gp "baianinha" a escolha foi minha, não tenho do que reclamar.
Não necessariamente. Muitas vezes, o photoshop faz uma "baianinha" parecer uma "branquinha de traços escandinavos".

Isso é muito comum, e muito fácil de se verificar. Basta olhar o site "campeão do photoshop" (preciso citar?), em que as putas em geral têm traços mais finos do que em qualquer site de noivas do leste europeu.

Não precisa nem contratá-las pra "tirar a prova", basta perceber que as mesmíssimas putas anunciam em sites menos "photoshopados" (também não vou citar) e lá não se tem nem de longe essa impressão.

Não tenho preconceito algum com as GPs "baianinhas" nem de qualquer outra origem, acho injusto e idiota tal preconceito, mas fica aqui relatado o "171", que infelizmente apenas reflete o próprio preconceito da sociedade.

Não deixa de ser uma "vingança do sistema" contra os preconceituosos, mas o problema é que pega muita gente inocente junto.

Tese pra sociológo de universidade pública fazer mestrado de 4 anos... Se for o seu caso, dê uma de "luiz inácio" e ignore a dica de cruzar os sites mais photoshopados com os menos,... ao invés disso, peça verbas adicionais.
Justificam-se as gordas verbas de pesquisa com "verificação in loco se os traços faciais e as origens regionais do objeto do estudo correspondiam aos anunciados".

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El Macho
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#24 Mensagem por El Macho » 21 Fev 2007, 17:14

Outra coisa interessante, dentro de um fórum com a magnitude do GPGuia, são as diferenças dos próprios foristas. Aqui há uma faixa etária bastante ampla, de regiões diferentes, traços culturais distintos, linguangem regional própria, educação familiar e formal diferentes e assim por diante. Estou sempre dizendo diferente e não mehor ou pior. O preconceito dos brasileiros com seus próprios pares não é uma exclusividade no mundo. Países com dimensões gigantescas tende a ter esse tipo de problema. No Brasil, apesar de um achar engraçado como o outro fala, todo mundo se entende. Muitos narcisistas só acham belo o que é espelho (citado na música Sampa de Caetano). Caetano, esse baiano, criou um hino a São Paulo e a própria expressão "Sampa". Qual o paulista(no) que vai recusar essa música por ser de um baiano? Em certas áreas esse preconceito oculto não se manifesta tanto, como por exemplo na música, arte ou esporte. Nesses campos "espera-se" que os negros tenham maior habilidade. Idiotice? Claro que sim, mas não há preconceito que seja inteligente. De outro lado, quem havia de dizer que a melhor escola de nível médio se encontra no Piauí?

Da mesma forma as manifestações dentro deste fórum são plurais e carregam toda a belza das diferenças, mas também toda carga de preconceito e ignorância. Como eu já tinha escrito em outro post, muitos são preconceituosos e nem percebem isso ou, pior: acham normal. Afinal, pensam os obtusos, o que é que tem chamar alguém de preto, crioulo ou baianinha? O preconceito está nos outros e ao se referenciar como centro coloca-se como um egocêntrico, que não se importa com seus semelhantes. A própria palavra diz "semelhantes". Felizmente nem todos são iguais, pois a intolerância é um dos combustíveis do preconceito, da discriminação racial e social. Às vezes um forista aparece, mesmo depois de expulso e tenta provocar pessoas de bem e cita regiões e condições que não conhece para temntar justificar seus pontos escuros da mente.

Pois, então, esse tópico poderá virar páginas e páginas e não se chegará a uma resposta conclusiva sobre como evolui a sociedade moderna brasileira. Pelo menos a gente sabe como alguns foristas pensam o que nos alegra de um lado, decepciona de outro e ratifica a estreiteza de pensamento de outros. A espiral evolutiva a todos tragará e o prconceito só será uma lembrança de um passado medíocre.

Abs.,

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leteseu
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#25 Mensagem por leteseu » 21 Fev 2007, 17:45

El Macho

Gostei de tua leitura sobre o tema e isso me fez lembrar uma leitura da adolescência, Genealogia da Moral, do Nietzsche. Lá discute-se os preconceitos.

Todo preconceito tem por função assegurar um poder, ou melhor um lugar de poder, entendendo preconceito como uma idéia pré-concebida.

Poder e lugares de poder são necessários, uma vez que não temos maturidade afetiva/emocional suficientes para desejarmos a diferença, espaços onde as relações não ocorram por submissões/opressões, mas por intensidades afetivas, alteridades desejantes. Apenas conseguimos, na melhor das hipóteses, tolerar a diferença, mas raramente conseguimos desejá-la.

Em O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia, Felix Guatarri e Gilles Deleuze fazem uma leitura muito interessando da dinâmica do desejo nestes tempos capitalistas. Em síntese, fala-se que vivemos em uma era de representações, onde tentamos ser sujeitos performáticos, escondidos por trás de máscaras, como são afinal nossos nicks aqui.

Abdicar de uma personalidade calcada na performance, cheia de apriorismos e preconceitos é um bom dilema existencial. Mas para isso temos de nos esquecer de nós mesmos, apostarmos na grande aventura existencial que só se dá quando nos exilamos de nós mesmos, quando somos espécie de multidão no deserto.

Desculpem-me se exagerei, mas gostei muito do teor do post do El Macho.

Fraternalmente,

Le Teseu.'.

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#26 Mensagem por binho1979 » 21 Fev 2007, 18:30

leteseu escreveu: El Macho


Em O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia, Felix Guatarri e Gilles Deleuze fazem uma leitura muito interessando da dinâmica do desejo nestes tempos capitalistas. Em síntese, fala-se que vivemos em uma era de representações, onde tentamos ser sujeitos performáticos, escondidos por trás de máscaras, como são afinal nossos nicks aqui.



Fraternalmente,

Le Teseu.'.
Caro Le Teseu:
Nós foristas somos esquizos passeando pela multiplicidade! Somos putanheiros, e a putaria é o nosso corpo sem órgãos... Cada Td nosso é contabilizado e expressa nosso desejo! Creio que o Gp Guia é como um livro contábil, expressando as múltiplas possibilidades do poder e do sexo.
Assim o Gp guia é um belo retrato da nossa triste pós-modernidade....
Abs
Binho1979

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leteseu
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#27 Mensagem por leteseu » 21 Fev 2007, 19:42

Quisera eu ser um corpo sem órgãos...

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Jesse James
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#28 Mensagem por Jesse James » 21 Fev 2007, 21:29

O homem que tiver o espírito completamente livre dos males do egocêntrismo, da vaidade, da intolerância e do preconceito não será homem será Deus.

O homem que tiver o espírito completamente tomado pelos males do egocêntrismo, da vaidade, da intolerância e do preconceito não será homem e sim o Diabo.

O homem que tiver o espírito carregado de uma pequena dose cotidiana de egocêntrismo, de vaidade, de intolerância e de preconceito será simplesmente um homem, mortal e comum como a maioria.

A sociedade é repleta de pessoas comuns, simples mortais repletos de defeitos e falhas de caráter, portanto, é natural que que a sociedade reflita, tal qual um espelho, os males dos homens e que, por sua vez, homens absorvam a imagem da sociedade da qual fazem parte.

Intolerante é aquele que não quer enxergar isso e, numa inversão de valores, apenas vê aquilo que quer ver, a imagem de sua própria intolerância refletida no outro .

Os mesmos que dizem abominar o preconceito, muitas vezes, são aqueles que aceitam tranquilamente o domínio dos brancos na sociedade sem a menor indignação ou constrangimento.

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El Macho
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#29 Mensagem por El Macho » 21 Fev 2007, 23:46

binho1979 escreveu:
leteseu escreveu: El Macho


Em O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia, Felix Guatarri e Gilles Deleuze fazem uma leitura muito interessando da dinâmica do desejo nestes tempos capitalistas. Em síntese, fala-se que vivemos em uma era de representações, onde tentamos ser sujeitos performáticos, escondidos por trás de máscaras, como são afinal nossos nicks aqui.



Fraternalmente,

Le Teseu.'.
Caro Le Teseu:
Nós foristas somos esquizos passeando pela multiplicidade! Somos putanheiros, e a putaria é o nosso corpo sem órgãos... Cada Td nosso é contabilizado e expressa nosso desejo! Creio que o Gp Guia é como um livro contábil, expressando as múltiplas possibilidades do poder e do sexo.
Assim o Gp guia é um belo retrato da nossa triste pós-modernidade....
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Binho1979
Concordo com os dois: Le Teseu e Binho1979 e ainda parabenizo ambos, além do Roman, pela luz de pensamento. Pelo não-medo de pensar e poder se libertar de velhos conceitos estruturantes e sem o manequísmo nos torturando a mente claudicante. A evolução puxa a todos.

Abs.,

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gaucho de Esteio
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#30 Mensagem por gaucho de Esteio » 22 Fev 2007, 23:17

Eu não quis parecer preconceituoso... só quis relatar que a prostituta em questão É FEIA , E NÃO TEM NADA DE LOIRINHA.

Acho uma enganação essas prostitutas que nem brancas são, pintarem o cabelo de loiro. EU AMO AS MULATAS, NEGRAS, MORENAS. SAIO COM VARIAS E JÁ NAMOREI ALGUMAS. mas diria na cara delas que é patético mudar a cor dos cabelos para loiro, se a pele não permite a naturalidade.

Agora é rídiculo uma prostituta 'baianinha' como voces dizem aí em Sao Paulo se vender como 'loirinha'. "Baianinha" pelo que entendi, é aquela guria da periferia (suburbio) que é cafona, grossa, gosta de funk ou pagode, cor parda ou café com leite, pobre, que anda de onibus, metro ou trem , afim de se prostituir. A tal de "karen loirinha" é tudo isso, então é 'baianinha'.

é minha opinião, eu não quiz magoar e nem ofender ninguem.

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