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#16 Mensagem por Carnage » 21 Mar 2008, 15:24

Pois é oldowl. Acho que você pegou bem a idéia da coisa.
Mas vai mais além. Acontece muito coisas do tipo:

-Fulano está pagando este més, 15 anúncios gordos na nossa revista. Cicrano é inimigo dele. Então o que podemos falar de Cicrano?
-Bem, Cicrano tá participando 1-daquele negócio de compra da empresa X, 2-Daquela licitação da obra y, etc.
-Então pesquisem a respeito.

Depois

-Olha, fizemos pesquisas e entrevistas, temos 102 fatos a respeito do assunto, mas somente 12 pare cem suspeitos, e outros 25 removem estas suspeitas.
-Então publicamos os 12 fatos e omitimos os 90 restantes.
-E temos 20 entrevistas sobre o caso, mas somente 3 pessoas falam mal, e as outras falam bem ou desmentem as que falarm mal.
-Publicamos apenas essas 3. Veja se no que as outras 17 falaram não tem uma frase que dê pra ser usada de forma a parecer que estão endossando as acusações.
-Pode deixar.

E por aí vai...
oldowl escreveu:Não posso entrar nesta discussão com o conhecimento do assunto que eu percebo no PN ou do Carnage (que é um cara que não casou porque não deu tempo, esta sempre lendo :lol: )
Na verdade eu nunca casei porque não encontrei uma mulher que me aturasse! :mrgreen:

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Kengo
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#17 Mensagem por Kengo » 25 Mar 2008, 18:52

“INDISPENSÁVEL PARA O PAÍS QUE QUEREMOS SER”

As denúncias que Luis Nassif faz em seu blog contra a Veja são graves, são graves a ponto de não podermos ignorá-las, são acusações diretas e detalhadas, com nomes, lugares e datas.

Eu não sei se o Luis Nassif é “da turma dos vendidos do PT”.

Mas sei que se o for, esse fato não invalida suas acusações.

E o PHA é um caluniador, um difamador, é “da turma dos vendidos do PT”? Não sei.

Sei de fatos.

Seu site saiu do ar após denunciar/cobrar fatos de José Serra, Daniel Dantas, Br-Oi, Fundos de pensão, Fernando Henrique Cardoso e etc.

Isso é fato.

O IG não teve escrúpulos em divulgar nota aos leitores sobre o ocorrido, somente o fez após a PHA conseguir liminar de busca e apreensão.

Isso é fato.

O livro “Plim Plim - A Peleja de Brizola Contra a Fraude”.

Isso é fato.

Em entrevista ao JB o ex-presidente Itamar Franco afirma: “mesmo depois de deixar o cargo de ministro da Fazenda, o Fernando Henrique era quem assinava as primeiras cédulas de Real.”

Isso é fato.

OS FATOS SÃO INDISPENSÁVEIS PARA O PAÍS QUE QUEREMOS SER.

Qual o poder de quem lida com os fatos?

Realmente, essa guerra não tem mocinhos, tem apenas vítimas, que somos todos nós.

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Carnage
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#18 Mensagem por Carnage » 27 Mar 2008, 22:38

É isso mesmo.
Muito importante isso, mesmo que PHA e Nassif sejam vendidos, se houverem provas do que dizem, não importa se eles são criminosos, as denúncias são totalmente válidas.
Se abre um monte de CPI ou se muda a direção de atuação de uma CPI por conta do que a revista veja "noticia", como aconteceu novamente esta semana. Porque será que o mesmo não acontece com o que estes jornalistas falam? Analizando as coisas ditas, o que eles falam e o que os jornalistas da Veja falam tem o mesmo peso em termos de consistência e "provas"!

Tenho lido bastante coisa nestes dias, infelizmente não tenho mais acesso ao GPGuia durante o dia e como não repasso as informações quando as vejo, dá preguiça de procurar depois.

Quero ver onde isso vai dar. Provavelmente não vai dar em nada...

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#19 Mensagem por sonolento soneca » 28 Mar 2008, 12:43

Carnage escreveu:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br
http://www.viomundo.com.br/opiniao
http://portalimprensa.uol.com.br/portal ... 8028.shtml
http://portalimprensa.uol.com.br/portal ... 8046.shtml
Acabei de entrar no site do Paulo Henrique. O que mais me chamou a atenção foi uma suposta sociedade entre a irmã do Dantas e a filha do Serra. Ele poderia ter investigado mais pra saber o que a empresa fazia, quanto era o capital social e quanto a filha do Serra teria levado na jogada. Pelas informações que tem lá dá pra se pensar um monte de besteiras sem ter confirmação de nada.

Em relação a uma outra reportagem do Serra, achei aquilo um amontoado de informações contra o Serra, com pouca apuração e jogando um monte de suspeitas, um texto ruim. Parece coisa encomendada, texto de 'vendido'.

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Carnage
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#20 Mensagem por Carnage » 29 Mar 2008, 17:47

sonolento.

Suas impressões quanto aos textos do PHA, com as quais eu não concordo totalmente, são as mesmas que eu ou qualquer um com discernimento têm ao ler as "denúncias" da Veja. A Veja faz exatamente isso. Com texto "tatibitate", com acusações sem provas escudadas pelas palavras "supostamente", "aparentemente", "fomos informados", etc.

Só que baseado nestas "reportagens" da Veja, juízes emitem despachos e CPIs são abertas.

Por que as "denúncias" da Veja valem e as do PHA não?

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#21 Mensagem por sonolento soneca » 31 Mar 2008, 12:01

Carnage escreveu:sonolento.

Suas impressões quanto aos textos do PHA, com as quais eu não concordo totalmente, são as mesmas que eu ou qualquer um com discernimento têm ao ler as "denúncias" da Veja. A Veja faz exatamente isso. Com texto "tatibitate", com acusações sem provas escudadas pelas palavras "supostamente", "aparentemente", "fomos informados", etc.

Só que baseado nestas "reportagens" da Veja, juízes emitem despachos e CPIs são abertas
.

Por que as "denúncias" da Veja valem e as do PHA não?
Acredito também que as CPIs são mais um instrumento político do que instrumento de investigação isento. Mas também acredito que os juízes se baseiam em dados mais concretos pra tomar suas decisões do que somente em reportagens da Veja.

Em relação ao PHA, sinceramente, não gosto muito de suas reportagens, mas no link que vc colocou tentei ler com isenção mas continuo não gostando e achnado que ele faz péssimo jornalismo.

Outro que vc cita bastante é o Nassif. Sou leitor da folha e sempre lia seus artigos, no caderno dinheiro, inclusive nos domingos, quando escrevia sobre cultura. Concordava com ele algumas vezes e outras vezes não. Lembro quando aqueles meninos atearam fogo no índio em Brasília, ele fazia muitas críticas em relação à cobertura que a imprensa dava. Não entendia porque pegava tanto no pé de alguns, notadamente do FHC, sempre batendo na tecla de que ele se perdia na sua vaidade. Achava que ele era um cara isento, até sua saída da folha. Depois disto, comecei a desconfiar que até ele não era tão isento assim.

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Carnage
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#22 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:03

sonolento soneca escreveu:Acredito também que as CPIs são mais um instrumento político do que instrumento de investigação isento. Mas também acredito que os juízes se baseiam em dados mais concretos pra tomar suas decisões do que somente em reportagens da Veja.
Sonolento, você entendeu mal o jeito que a coisa funciona. É lógico que juiz nenhum toma decisões baseado em reportagens da Veja. O que acontece, é que a Veja fornece um "álibi" para se iniciar um processo.
A Veja "noticia", em seguida uma denúncia é feita, e essa denúncia vai pra frente com a matéria da Veja anexada como "indício" de qua algo existe. Ao longo da investigação, pode até se descobrir que não tinha nada, que a denúncia era vazia, que as provas eram falsas, mas aí o estrago já está feito. A opinião pública já está com a impressão de que estamos frente a um mar de lama sem precedentes, e a inocência, quando existe, é anunciada em uma notinha no pé da página, ou nem é. Fica um monte de gente achando que era tudo verdade, e que não deu em nada porque "no Brasil tudo acaba em pizza" ou então o juís foi comprado, etc. Porque se foi "denunciado" na Veja, tem que ser verdade!
Mesma coisa com CPIs, que inventam assunto pra caçar baseados em "fatos noticiados" na Veja.
sonolento soneca escreveu:Em relação ao PHA, sinceramente, não gosto muito de suas reportagens, mas no link que vc colocou tentei ler com isenção mas continuo não gostando e achnado que ele faz péssimo jornalismo.
Citaram ele como um dos "vendidos do PT". Leia o texto publicado hoje, e veja se ele lhe parece estar defendendo o Lula a ferro e fogo, do mesmo jeito que a Veja ataca:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/materias26.asp
sonolento soneca escreveu:Outro que vc cita bastante é o Nassif. Sou leitor da folha e sempre lia seus artigos, no caderno dinheiro, inclusive nos domingos, quando escrevia sobre cultura. Concordava com ele algumas vezes e outras vezes não.
Até aí, nada mais normal. Impossível alguém concordar com 100% que outra pessoa diz.
sonolento soneca escreveu:Não entendia porque pegava tanto no pé de alguns, notadamente do FHC, sempre batendo na tecla de que ele se perdia na sua vaidade.
Porque é isso mesmo. FHC se acha o máximo. Ele está puto porque o Lula tem uma popularidade que ele jamais teve. Ele queria ser lembrado como o maior estadista que o Brasil já teve. É um bosta, que acha que é o máximo.
sonolento soneca escreveu:Achava que ele era um cara isento, até sua saída da folha. Depois disto, comecei a desconfiar que até ele não era tão isento assim.
Olha, ninguém é 100% isento. Isso é impossível. Veja que o PHA tem, ou tinha, em seu site, uma lista do que ele não gosta, do que ele nunca ia falar bem, pra ninguém reclamar que ele dizia ser isento.
O Nassif tem motivos pra fazer o que está fazendo, veja que as saídas dele tem muito a ver com o protecionismo de interesses que se instalou na mídia, posto a frente um pouco mais sobre isso.

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#23 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:07

Outro site bastante interessante:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=605

Mino Carta falando sobre o blecaute do site do Paulo Henrique Amorim:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=976
O silêncio e a calúnia
Mino Carta

Pergunto aos leitores: em qual país democrático e civilizado a saída de um jornalista do peso de Paulo Henrique Amorim de um portal da importância do iG seria ignorada pelo resto da mídia? Na imprensa, a notícia só mereceu uma lacônica nota na Folha de S.Paulo, no vídeo o registro pela TV Senado de um discurso do senador Inácio Arruda, do PCdoB do Ceará, a lamentar o episódio e solidarizar-se com Amorim.

E o episódio não somente é muito grave, mas também altamente representativo da prepotência dos senhores, acobertados pelos seus sabujos midiáticos. O espetáculo da tartufaria não é surpreendente. Não cabe espanto, sequer um leve assomo de perplexidade. Tudo normal, na Terra brasilis, tão distante, tadinha, da contemporaneidade do mundo. Porque não há país democrático e civilizado onde o abrupto afastamento de um profissional tão honrado e competente quanto Amorim não teria repercussão na mídia, imediata e profunda.

Não faltaria a busca das razões que levaram o iG a agir de forma tão violenta, ao tirar Conversa Afiada do ar sem aviso prévio, ao lacrar o computador do jornalista e enxotar o pessoal da equipe da sede do portal. Bastaria este comportamento para justificar a repulsa da categoria em peso e a investigação dos interesses envolvidos, necessariamente graúdos.

Pelo contrário, ouviu-se clangoroso silêncio, quase a insinuar que, se a mídia não o noticia, o fato não aconteceu. Que diria Hannah Arendt ao verificar que no Brasil há cada vez menos "homens dispostos a dizer o que acontece e que acontece porque é", de sorte a garantir "a sobrevivência humana"?

Pois o fato se deu, e não se exigem esforços mentais einsteinianos para entender que os donos do iG (Brasil Telecom, Fundos e Daniel Dantas) decidiram abandonar Amorim ao seu destino. Não é difícil também enxergar como pano de fundo o projeto de fundir Brasil Telecom com Oi, a ser executado com o apoio do BNDES, e portanto do governo federal, a configurar mais um clássico do capitalismo sem risco de marca tipicamente brasileira.

Ocorre-me comparar o mutismo atual diante de um fato tão chocante com a indignação midiática que, recentemente, submergiu a campanha de ações movidas em juízo por fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus contra a jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, autora de reportagem sobre o êxito empresarial da Iurd. Não está claro até o momento se o Altíssimo acudiu o bispo Macedo e seus prosélitos, mas é certo que, se o fez, ou o fizer, terá de enfrentar a ira da mídia nativa.

Foi um coro de manifestações a favor da liberdade de expressão ameaçada, um rosário de editoriais candentes, de colunas vitriólicas, de comunicados de entidades representativas da categoria. A saber, Fenaj, ABI, ANJ, Abraji, sem contar a associação dos correspondentes estrangeiros (OPC). Ah, sim, a famosa liberdade de imprensa. A mídia verde-amarela não hesita em defendê-la, quando lhe convém. Permito-me concluir que, no caso de Paulo Henrique Amorim, não lhe convém.

Recordo episódio similar que me diz respeito. A minha saída de Veja em fevereiro de 1976. Vai às livrarias na segunda 31, lançado em Curitiba, um livro de memórias de Karlos Rischbieter, presidente da Caixa Econômica Federal no começo do governo do ditador de plantão Ernesto Geisel, depois transferido para a presidência do Banco do Brasil e enfim ministro da Fazenda de outro plantonista, João Batista Figueiredo. Ficou por um ano, saiu contestando as políticas que a ditadura pretendia levar adiante.

Escreve Rischbieter em um dos capítulos:

"No começo de 1975 deu entrada na Caixa um pedido de financiamento do Grupo Abril. O pedido era de um financiamento que equivalia a 50 milhões de dólares, para consolidação de várias dívidas, em grande parte em moeda estrangeira. O pedido foi analisado pelo pessoal competente, recebeu parecer positivo e foi aprovado pela diretoria. Mas faltava a aprovação do Governo. E Armando Falcão, ministro da Justiça e guardião dos "valores revolucionários" vetou o financiamento com o argumento de que a Veja, carro-chefe das publicações do grupo, e que tinha como diretor Mino Carta, era sistematicamente antigoverno. Em seu livro autobiográfico, O Castelo de Âmbar, Mino conta com detalhes o episódio que culminou com sua saída do Grupo Abril. Eu tentei, no meio da discussão, convencer o general Golbery a assumir o controle da situação e convencer o presidente a vetar o veto do ministro da Justiça. Mas foi em vão. O empréstimo só foi aprovado quando Mino Carta deixou a Veja no começo de 1976".

In illo tempore colegas de profissão também silenciaram, com exceção do jornal do sindicato paulista. Em compensação, alguns insinuavam, quando não afirmavam, que eu prestava serviço ao chefe da Casa Civil, Golbery do Couto e Silva, quem sabe em troca de vantagens financeiras. Tempos depois, em 1979, Figueiredo no poder, um célebre jornalista escreveu um texto na Folha de S.Paulo intitulado "De João a Mino, os donos do poder". João Figueiredo, está claro. Apresentava-se ali a seguinte tese: "Lá na outra ponta do bonapartismo, em versão microscópica e virulenta, está o jornalista Mino Carta, mini-representante do mandonismo local, que apoderou-se da abertura política concebida e instrumentada pelo general Golbery do Couto e Silva, seu amigo e aparente protetor, para pontificar sobre o que é certo ou errado".

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Carnage
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#24 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:24

Sobre o dossê Veja. E uma entrevista com o Nassif. Nela ele fala, entre outras coisas, de sua saída da Folha.

Matéria na íntegra:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=958
Para Nassif, ’Veja’ está num processo de deterioração moral
Por trás da escalada “neocon” da revista Veja, há uma trama que envolve dossiês falsos — “os planos Cohen da vida” —, lobbies com políticos e empresários, “assassinatos de reputações”, manipulações e outros desprezos à lei. Em entrevista ao Vermelho, reproduzida na NovaE, Luis Nassif revela como e por que resolveu desmascarar a farsa, através do “dossiê Veja”, publicado em capítulos no blog Luis
Por André Cintra e Priscila Lobregatte, do www.vermelho.org.br

Luis Nassif: dossiê anti-Veja Diz a série: o conservadorismo da maior revista semanal do Brasil ganhou ainda mais ênfase com a ascensão de Eurípedes Alcântara e Mario Sabino aos cargos, respectivamente, de diretor de Redação e redator-chefe. Com eles no comando, também tiveram projeção o editor especial Lauro Jardim, da seção “Radar”, e o colunista Diogo Mainardi. Estava formado o “quarteto de Veja”, responsável — segundo Nassif — pelo “maior fenômeno de antijornalismo dos últimos anos”.

O dossiê conta os bastidores e as evidências desse processo. Mostra as relações promíscuas entre Eurípides e o banqueiro Daniel Dantas, o clima bélico injetado por Veja contra jornalistas de outros veículos, a campanha ostensiva e golpista contra o governo do presidente Lula, entre outros descalabros. A repercussão é estrondosa. Da página de Nassif na internet, a série já é reproduzida em mais de 800 blogs.

Para Nassif, enfrentar a Veja é lutar em defesa do jornalismo. Mas o dossiê só tem êxito, segundo ele, porque a internet começou a democratizar a comunicação no Brasil, permitindo denúncias de abusos, além de contrapontos fora da grande mídia. E Nassif acredita que uma outra entrevista sua ao Vermelho, concedida em 2006, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, “foi a primeira que rompeu com essa cortina de silêncio”.

(...)

Nassif falando:

O Roberto Civita foi alvo, em momentos passados, de ataques pessoais pesados. E aí vem um pessoal pistoleiro de reputação e oferece a chance de fazer com eles o que antes fizeram com o Civita. E então ele libera esses mastins para sair atacando todo mundo. O que acontece? Ele não é um cara ideológico. Esse negócio de dizer que os sócios sul-africanos é que estão levando a essa posição da Veja é mentira. O Civita é um sujeito que se guia pelo mercado e que se baseia muito no que acontece nos Estados Unidos.

E nos Estados Unidos tem início esse movimento neocon, de agressividade na linguagem. Ele pensou: “Vamos trazer isso para cá”. E entregou essa função para as piores mãos possíveis — um pessoal jornalisticamente incompetente e inescrupuloso no trato da informação. Começaram a radicalização, a grosseria, os ataques contra todo mundo e os beneficiamentos pessoais. O que aconteceu com o livro do Mário Sabino? Ele usou todo o ferramental disponível inclusive para mudar critérios dos livros mais vendidos e, assim, se beneficiar. Isso aí não é coisa da Abril. É inacreditável um negócio desses.

Se essa série tivesse saído no ano passado, o que eles alegariam? São os inimigos políticos da Veja, são os chapas-brancas E atrás desse discurso, dessa blindagem, eles faziam tudo. A qualquer crítica que surgisse, eles diziam: “Ah, são os chapas-brancas”. O Diogo Mainardi foi usado pelo Mário Sabino, é um doente. Foi utilizado para isso: se alguém chegar perto, cria a marca “é da equipe do governo”, “é chapa-branca”. Com isso, você libera a direção para fazer o que desse na telha.

Foi o que fizeram com o Franklin Martins, com a Tereza Cruvinel...

Você pega o Franklin Martins. Eles conseguiram jogar nos braços do governo o melhor jornalista político do país: “Ah, agora está provado que o Franklin era governista”. Provado coisa nenhuma! O Franklin ficou fora do mercado e foi trabalhar no governo. A Tereza Cruvinel era uma das melhores colunistas que havia. Começaram com esses ataques baixos, desqualificadores, e ela foi trabalhar no governo.

A questão toda não é somente os ataques, mas a maneira como os jornais reagiram a isso. No Globo, o (diretor-executivo de jornalismo) Ali Kamel fechou com eles. O que o Ali Kamel fez com o Franklin quando foi atacado? Rompeu contrato com ele. Isso foi uma deslealdade que intimidou todos os demais colunistas do O Globo. Na Folha, o Otavinho (Otávio Frias Filho, diretor de Redação) não saiu em defesa quando seus colunistas foram atacados. Não digo nem a mim — mas ao Kennedy Alencar, ao Marcelo Coelho e a outros.

Isso criou uma insegurança geral nos colunistas. Nos anos 90, havia diversidade jornalística dada por eles. Quando se cria essa guerra e essa unanimidade para derrubar o Lula — e se permite que os seus jornalistas sejam atacados —, você induz todos eles a fazerem discurso único por uma questão de sobrevivência profissional. Eu pulei fora.


(...)

A Veja está num processo de deterioração moral. Recebo vários e-mails de jornalistas que trabalharam lá, e há um que fala que, a cada edição, morria de medo de involuntariamente fuzilar alguma reputação. Porque eles pegam as matérias e alteram tudo.

Existem vários exemplos de jornalistas que faziam parte de um grande veículo e que, agora, têm seus sites e blogs, estão “nadando contra a corrente”. Temos o Paulo Henrique Amorim e o Luiz Carlos Azenha, que eram da Globo. Há você, que saiu da Folha. A internet virou uma válvula de escape?
Vou falar da minha experiência. Na Folha, sempre procurei jogar no contrafluxo. Um exemplo foi a Escola Base. Esse negócio de não seguir a manada, para mim, sempre foi um oxigênio. Qualquer forma de restrição ao pensamento, para mim, é um terror. E a restrição ao pensamento pode vir da empresa, pode vir do governo ou pode vir do leitor.

(...)

O que aconteceu nos últimos anos foi que você não podia mais jogar no contrafluxo por conta dessa frente que se formou contra o governo. Uma das características do jornalismo é que a capacidade que você tem de fazer um elogio é que te garante credibilidade e a eficiência quando você faz a crítica. Se for sistematicamente a favor ou sistematicamente contra, não se faz jornalismo.

Só que quando, começou aquela campanha maluca contra o Lula, você tinha que ficar sistematicamente contra. Tinha denúncia verdadeira? Tinha. Mas também havia denúncias falsas. O jornalismo coerente tinha que separar o falso do verdadeiro. Só que o patrulhamento foi um negócio tão intenso — e essa frente da mídia foi tão emburrecedora — que acabou essa diferenciação.

Quando fomos para a internet, o público que estava lá era o público dos jornais. Mas a internet também é uma armadilha; você tem que tomar cuidado para não ficar prisioneiro dela também. Meu público é 80% a favor do Lula. Mas, se você cede a esse público, você perde a liberdade.

(...)

Quando a Veja resolveu montar a blindagem para a revista, o álibi encontrado contra as críticas foi dizer que se formou uma frente contra ela. Quando comecei minha série, o Paulo Henrique ligou me apoiando. E eu falei: “Não me apóia”. Daí, quando eu lancei o primeiro capítulo, ele fez um carnaval lá, e eu publiquei uma coluna até deselegante com ele, mas não tive outro jeito. Falei que não tenho nada a ver com Paulo Henrique — só para deixar bem claro que não havia essa ligação.

Você pega esses blogs da Veja e tem lá: “Porque o iG tem o Paulo Henrique, o Mino, o Nassif...”. Isso é malandragem. Qualquer crítica que você faz, eles dizem: “Você está fazendo a crítica porque existe uma frente”.

(...)

O Daniel Dantas é o maior exemplo de como degringolou política no país. No dia em que ele contar suas histórias, não sobrarão grandes próceres tucanos e não sobrarão grandes figuras petistas também, nem jornalistas expressivos, Poder Judiciário. Ele conseguiu montar uma rede de influência inacreditável. Nos Estados Unidos, talvez no século passado houve esses abusos — mas a sociedade americana criou formas de autodefesa. Aqui não. Aqui se fecha em torno dos novos homens do dinheiro. Esse é um grande mal que o Fernando Henrique deixou para o país, um mal que vai ter — aliás, já está tendo — desdobramentos terríveis. E com a mídia se dispondo a fechar com eles, você tem uma parte relevante dos poderes institucionais que vão pro vinagre.

A mídia é muito poderosa, cria mitos inacreditáveis. O Mainardi é um exemplo. Começou-se a criar um mito de que ele seria o novo Paulo Francis. Mas quando você vê as coisas que ele escreve... E não estou entrando em juízo de valor, mas em juízo de qualidade. De repente, você o transforma num personagem. E, nesses grupos de autodefesa, você tem o Sabino elogiando o Ali Kamel, que elogia o Mainardi, etc. Ou seja, cria-se dentro da imprensa um negócio fora das estruturas de controle dos jornais, grupos de autopromoção que são uma coisa mafiosa. Destrói-se pessoa que não seja do grupo e passa-se a tentar criar reputações intelectuais.

(...)

Por outro lado, para mim era terrível, como jornalista, essa história de ver um grupo que conseguia ficar incólume com superpoderes para injúrias e difamações. No jornalismo, em qualquer lugar democrático, toda vez que você vê manifestações de superpoder, ou essa arrogância, é um desafio para a gente. Mas ninguém queria desafiar por que? Porque os jornais foram covardes na hora de defender os seus profissionais.

Não tem nenhum jornalista neste país que respeite o jornalismo da Veja. Eles temem. Temem porque a Veja tem autorização para atirar em cima deles, e seus jornais não vão defendê-los. Foi o que aconteceu comigo na Folha. Quando eu saí de lá, eu falei: “Bom, agora estou por minha conta”. Esperei um tempo para o blog pegar e para a radicalização política diminuir, e aí comecei. Vamos ver no que vai dar.

(...)

Esse negócio de que fui demitido da Folha porque eu recebia propina — o blog deles estava há oito meses falando sobre isso. Os meus leitores vinham e diziam: “Você não vai responder?”. Não. Se responder, você vai dar munição para um cara desqualificado. Você vai desviar toda a discussão para se defender de maluquices.

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#25 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:29

E a história não é de agora:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=337
Abril parceira do capital especulativo
Por Gustavo Barreto - 11/2005

Gustavo Barreto é editor da revista Consciência.Net, colaborador do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) e pesquisador na Escola de Comunicação da UFRJ.

É notável a profunda relação entre a revista Veja e o capital especulativo nacional e internacional. Já em 1995, a Editora Abril S.A. realizou uma parceria com as Organizações Cisneros da Venezuela, comandada por Gustavo Cisneros, um dos maiores adversários de Hugo Chávez.

Seja por breve observação ou utilizando o suporte de extensos estudos acadêmicos, é notável a profunda relação entre a revista Veja - principal produto jornalístico da Editora Abril - e o capital especulativo nacional e internacional. Além disso, destaca-se o ódio que Veja nutre pelos movimentos e governos populares, como o MST, no Brasil ou o governo Chávez, da Venezuela. Esta fina sintonia com os preceitos neoliberais, conservadores e até golpistas é, no entanto, mais do que ideológica.

Já em 1995, a Editora Abril S.A. realizou uma parceria com as Organizações Cisneros da Venezuela, comandada por Gustavo Cisneros, e a Multivision do México, objetivando criar um "serviço de televisão com transmissão direta via satélite, para a casa do assinante". Conforme consta no histórico da própria Abril, esse satélite - o "Galaxy 3R" - foi lançado no dia 14/12/1995. A Abril acrescenta que está "inaugurando uma nova era para a televisão brasileira". No mesmo ano, constitui a empresa Galaxy Latin América, em parceria com a "Hughes", companhia americana subsidiária da General Motors. Também em 1995, a Abril entrou em uma sociedade com a Sony e Time Warner para desenvolver a HBO Brasil, a versão nacional do maior canal de entretenimento do mundo. A TVA, empresa de TV por assinatura, é uma das marcas que a Abril detém.

Gustavo Cisneros é dono absoluto de um dos maiores holdings de comunicação da América Latina - a Cisneros Group of Companies, que, além da Venevisión e Univisión, congrega 72 empresas nas áreas de mídia, entretenimento, internet e telecomunicações, instaladas no Canadá, nos Estados Unidos, na América do Sul, na Espanha e em Portugal. Detém, por exemplo, a Univisión Communications, principal canal espanhol nos Estados Unidos, o que inclui tevê aberta e por assinatura. Na Venezuela, Cisneros é um dos principais inimigos de Hugo Chávez, presidente eleito democraticamente e que possui amplo apoio popular por realizar reformas sociais profundas que combatem fortemente a desigualdade daquele país. Foi Cisneros um dos principais apoiadores do golpe contra Chávez em 2002, o famoso golpe midiático, por meio de suas redes de televisão e seu poder financeiro.

Cisneros é sócio da DirecTV, agora associada e controlada pela concorrente Sky, do multimilionário australiano da mídia Huppert Murdoch. Algumas das empresas de Cisneros são conhecidas dos brasileiros, como a AOL Latin América, a já mencionada DirectTV e a Panamco, engarrafadora da Coca-Cola. Segundo a revista Isto É Dinheiro, Cisneros anunciou em junho de 2004 a criação de um fundo de US$ 200 milhões para investir no Brasil e disse que está conduzindo outros negócios. Em janeiro de 2000, a AOL e a Time Warner passaram por um processo de fusão das duas empresas. Na nova empresa, Cisneros e a Abril são parceiros comerciais.

Veja é tucana. Oficialmente
Uma pesquisa acionária na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) trouxe resultados interessantes. É possível constatar, por exemplo, que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal em parte da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Emílio Carazzai, é um dos diretores financeiros da Editora Abril. Carazzai é tratado por FHC e por Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, com especial carinho, como demonstram vários discursos da época e até mesmo no momento da saída de Carazzai, por pressão do PFL. Além disso, a gestão de Carazzai à frente da Caixa foi marcada por demissões, flexibilização da jornada de trabalho, congelamento de salários e terceirização dos serviços. Os que mais perderam, de novo, foram os trabalhadores.

Além disso, como muitas empresas, a Editora Abril possui dívidas, que precisam ser quitadas ou renegocisadas ao final de um ano fiscal. Para isso, as empresas emitem debêntures - títulos de renda fixa que são oferecidos pela empresa endividada a investidores, que por sua vez recebem uma porcentagem fixa (25%, por exemplo) de lucro em relação ao que investiram.

O que chama a atenção no caso de Veja, principalmente quando se observa a linha editorial neoliberal da revista, são exatamente seus investidores. Para renegociar suas dívidas, a editora Abril cedeu, por exemplo, ações para o Unibanco, em decisão tomada em 14/5/2005, como consta em ata assinada pelo Conselho de Administração da empresa. Cedeu também, conforme a mesma ata, o capital adquirido na venda de espaços publicitários das publicações da empresa para o Bradesco e o Banco do Brasil.

A Editora Abril possui, ainda, relações com instituições financeiras como o Banco Safra e a norte-americana JP Morgan - a mesma que calcula o chamado "risco-país", índice que designa o risco que os investidores correm, empregados e protegidos em Nova Iorque, quando investem no Brasil. Em outras palavras, expressa a percepção do investidor estrangeiro sobre a capacidade desse país "honrar" seus compromissos.

Esta e outras instituições financeiras de peso são os debenturistas - detentores das debêntures - da Editora Abril e de seu principal produto jornalístico. Em suma, responsáveis pela reestruturação da editora que publica a revista com linha editorial fortemente pró-mercado financeiro e anti-movimentos sociais.

13,8% para o Capital Group
No início de julho de 2004, o grupo Abril anunciou a venda de 13,8% de seu capital para o administrador de fundos Capital Group International (www.capgroup.com), por R$ 150 milhões, de acordo com o balanço anual da Veja que consta na CVM. A mudança constitucional aprovada em maio de 2002 que permitiu o ingresso de 30% de capital estrangeiro nas empresas de comunicação permitiu tal transação. Mudança promovida exatamente pela gestão de FHC (1995-2002).

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) confirmou que a Editora Abril possui íntima relação com o grupo de Gustavo Cisneros. "Consultamos os procedimentos de aquisição das aquisições da revista Veja e constatamos que hoje cerca de 30% das suas ações são do empresário venezuelano Gustavo Cisneros, que participou do processo de conspiração para derrubar o presidente Chávez, juntamente com Pedro Carmona [que ocupou a presidência por algumas horas, durante o golpe fracassado]", sustentou.

De acordo com o jornal Valor Econômico de 10/8/2004, o fundo de investimentos Capital Group já tem outras participações no país. O mesmo Capital Group adquiriu, em 19 de maio do mesmo ano, lote de recibos de ações nos EUA (ADRs) da Tele Centro-Oeste Celular (TCO), com o qual passou a controlar 14,37% das ações preferenciais da companhia. No mesmo mês, o fundo adquiriu ações da TIM Sul, passando a controlar 5% do capital da empresa, com direito a voto na operadora móvel. Em janeiro, havia comprado 135,8 milhões de ordinárias da Embratel Participações, controlando cerca de 6 bilhões de papéis, ou 5,05% dos papéis com direito a voto. Em abril de 2003, o Capital Group adquiriu na bolsa de valores 13,659 bilhões de ações preferenciais da Tele Norte Leste (holding da Telemar), passando a controlar 5,25% dos papéis sem direito a voto.

Já a Editora Abril S.A. atua na atividade editorial e gráfica, compreendendo a edição, impressão, distribuição e venda de revistas, publicações técnicas, na comercialização de propaganda e publicidade, bem como a participação no capital de outras sociedades. No ramo editorial e gráfico é a maior empresa da América Latina, líder no mercado de revistas. A Abril e suas parceiras são responsáveis por mais de 165 publicações, entre revistas, edições especiais e anuários.

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#26 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:41

Tem muita coisa:

Denúncia liga pesquisa publicada na capa de Veja ao PSDB - jul/2005
do federal Dr. Rosinha (PT-PR) denuncia, hoje, que o instituto Ipsos-Opinion, autor da pesquisa veiculada na capa da edição desta semana da revista Veja, tem ligações com uma série de dirigentes tucanos. Através da página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet, o parlamentar petista descobriu que o único candidato que, em todo o país, fez uso dos serviços da Ipsos nas eleições de 2002 foi exatamente o tucano Geraldo Alckmin. (...)
O jornalismo covarde de Veja e o silêncio profissional - set/2005
Vi esse Mainardi, que mentiu na sua coluna, como um ratinho, encostado no fundo do plenário, por horas, falando baixinho e olhando pro chão. Parecia ter medo que alguém lhe fosse cobrar honestidade ou coisa do gênero. (...)
O que a Veja quer esconder - Como a matriz intelectual da elite bufona transformou Fidel em pára-raios dos ACMs - nov/2005
A melhor maneira para esconder uma forte notícia é produzir outra que cause maior impacto. Não à toa que o panfleto semanal dos Civita traz na capa desta semana um Fidel de olhos arregalados substituindo Benjamin Franklin no verso de uma nota de cem dólares. (...)
Os golpistas de volta
Enganam-se os que pensam que a oposição a Lula é mobilizada pelo combate à corrupção. Não é a corrupção que incomoda os varões do PFL e os intelectuais do PSDB. Eles sabem que se o assunto for levado a fundo, estarão falando de corda em casa de enforcados. (...)
Racistas controlam a revista Veja - set/2006
Na sua penúltima edição, a revista Veja estampou na capa a foto de uma mulher negra, título de eleitor na mão e a manchete espalhafatosa: “Ela pode decidir a eleição”. A chamada de capa ainda trazia a maldosa descrição: “Nordestina, 27 anos, educação média, R$ 450 por mês, Gilmara Cerqueira retrata o eleitor que será o fiel da balança em outubro”. O intuito evidente da capa e da reportagem interna era o de estimular o preconceito de classe contra o presidente Lula, franco favorito nas pesquisas eleitorais entre a população mais carente. A edição não destoava de tantas outras, nas quais esta publicação da Editora Abril assume abertamente o papel de palanque da oposição de direita e destina veneno de nítido conteúdo fascistóide. (...)

Veja deve explicações ao país - out/2005
O site da revista Veja, neste momento (domingo, 21h15), não registra qualquer menção ao desmonte das ilações que sua edição impressa traz nesta semana sobre o futuro da economia do país, dando como líquido e certo que o ministro da Fazenda Antônio Palocci também foi tragado pelo lamaçal que há três meses mantém o Brasil atolado.
O truque da revista mais vendida do país para colocar o ministro, por antecipação, no mesmo chiqueiro de dirigentes do PT e de outros partidos, é clássico. Frase por frase, evolui-se para a verdadeira intenção da revista, desde que trouxe a público o grampo ilegal dos Correios: não se tratou em todo esse período apenas de desmascarar parte dos antigos dirigentes do PT – o que é louvável –, mas de colocar todo o governo Lula no penico. (...)
O jornalismo manipulador da Veja se volta contra escritores - jul/2005
(...) Mesmo quem não manja bulhufas de jornalismo pode perceber facilmente que Veja não faz reportagens. Faz editoriais. Não sai a campo para recolher informações, cruzar dados e descortinar a realidade para informar seus leitores. Nada disso: é a realidade que tem que se encaixar à visão de mundo dos chefões da revista. (...)
Tudo aqui:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=330

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#27 Mensagem por Carnage » 31 Mar 2008, 22:42

Neste link acima, tem uma muito boa, que eu vou colocar na íntegra, porque resumir eu não vou conseguir:
Revista Veja
Laboratório de invenções da elite

Por Anselmo Massad, da revista Fórum

Um movimento popular ganhava atenção e simpatia da opinião pública fazia dois anos. Era preciso desmoralizá-los. Em junho de 1998, a capa da revista semanal com maior tiragem do país enquadrava uma das lideranças do movimento com uma iluminação avermelhada produzida nas telas de um computador sobre o rosto com uma expressão tensa. A chamada não deixava dúvidas: “A esquerda com raiva”. O rosto demonizado era de João Pedro Stédile, líder do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), e a publicação, Veja.

Na matéria, além de explicitar sua posição, descredenciando o movimento por defender idéias contrárias às defendidas pela revista, os sem-terra eram apresentados como grupo subversivo-revolucionário, quase terrorista. Apesar das quase duas horas de entrevista, só foram aproveitadas declarações do líder de debates sobre socialismo em congressos devidamente descontextualizados. Stédile conta que, após a publicação daquela reportagem, ele e as lideranças do movimento tomaram a decisão de não atender mais à revista. Na época, uma carta anônima circulou por correio eletrônico revelando supostos detalhes de como a matéria teria sido produzida. A carta não comprova nada, e atribui ao secretário geral de Comunicações de Governo de Fernando Henrique Cardoso, Angelo Matarazzo, a “encomenda” para desmoralizar os sem-terra.

A iniciativa de não dar entrevistas à Veja também foi adotada por Dom Paulo Evaristo Arns, ex-arcebispo da Arquidioscese de São Paulo, quando presidia a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O motivo era a distorção da cobertura. Procurado, não quis discutir o tema, apesar de manter a determinação de não conversar com jornalistas do veículo.

O presidente venezuelano Hugo Chávez é o mais recente alvo no plano internacional. Em 2002, Veja chegou às bancas no domingo com a chamada "A queda do presidente fanfarrão", quando a reviravolta já havia ocorrido e a manobra golpista denunciada. A "barriga", jargão jornalístico empregado a erros da imprensa, não foi sequer corrigida ou remediada. Em 4 de maio desse ano, Hugo Chávez voltou a ser alvo da revista, com a pergunta na capa "Quem precisa de um novo Fidel?", ditador cubado a quem a revista sempre se esperneou.

A lista é extensa, mas as razões derivam de uma fórmula simples. “Veja faz um jornalismo de trás para a frente”, explica Cláudio Julio Tognolli, repórter do semanário na década de 1980 e hoje professor da USP. Segundo ele, se estabelece uma tese e a partir dela se parte para a rua, para a apuração. Ouvir lados diferentes da história e pesquisar sobre o tema são práticas que não alteram a “pensata”, jargão para definir a tese que a matéria deve comprovar. Dentro da redação, o melhor repórter é o que traz personagens e fontes para comprovar a tese. “Assim, Veja ensina à classe média bebedora de uísque o que pensar”, alfineta.

Júlio César Barros, secretário de redação da revista, negou esse tipo de procedimento, em entrevista realizada em meados de 2003. Ele admitiu, porém, que a posição da revista é muito clara e conhecida por todos, do estagiário ao diretor. “Medidas irresponsáveis, que atentem contra as leis de mercado ou tragam prejuízos para a economia não terão apoio da revista, que prefere políticas austeras e espaço para o empresariado”, resumiu. A versão oficial do jornalismo praticado pela revista é de que, depois de ouvir especialistas e as pessoas envolvidas, o repórter normalmente já tem uma opinião formada sobre o assunto e a reproduz na matéria. Quem já trabalhou na revista nega.

“As assinaturas das matérias são uma ficção”, sintetiza um ex-colaborador da revista que não quis se identificar. As matérias são reescritas diversas vezes. O repórter entrega o texto que é modificado pelos editores, depois refeito pelos editores executivos e, por fim, pelos diretores de redação. No final da “linha de montagem”, o repórter, que pacientemente aguardou a edição para uma eventual necessidade de verificação de dados, não tem acesso ao texto até ver um exemplar impresso. O processo é narrado no livro do ex-diretor de redação da revista Mário Sérgio Conti, que fez parte da cúpula da publicação até 1997, como chefe de redação e diretor. A opinião que prevalece é a da revista, ainda que todos os entrevistados tenham dito o oposto, mesmo que para isso seja preciso omiti-las do leitor.

A criação de frases de efeito para os entrevistados foi, durante a década de 1980, prática comum, conforme narram diversos jornalistas ex-Veja. É do inventivo do ex-diretor Elio Gaspari a frase assumida por Joãozinho Trinta: “Quem gosta de pobreza é intelectual”. Outras foram criadas, algumas sem consulta, no caso de fontes mais próximas aos repórteres e diretores, que ganhavam carta-branca como porta-vozes de certas personalidades.

No quesito busca de frases, Tognolli conta que elaborou com colegas um dicionário de fontes que incluía verbetes como “Sindicalista que fala bem da direita” ou “Militar que fala bem da esquerda”. O material informal de consulta chegou a 70 verbetes e inúmeros nomes. Algo essencial para os dias de fechamento e encomendas de declarações sob medida.

Veja por dentro

Assim como outras revistas semanais, a estrutura é extremamente centralizada. Até o cargo de editor, o jornalista ainda é considerado de “baixa patente”, ou seja, não decide grandes coisas sobre o que será publicado. Dos editores executivos para cima já se possui poder sobre a definição do conteúdo, mas os profissionais são escolhidos a dedo. Além de competência profissional — qualidade de texto, capacidade intelectual e ampla bagagem cultural — é preciso estar muito alinhado com a editora.

Afinados, os diretores têm grande liberdade para controlar a equipe. Quanto ao conteúdo, o espaço é considerável, ainda que o presidente do conselho do grupo, Roberto Civita, o herdeiro do império da Editora Abril, participe das reuniões que definem a capa de Veja, junto do diretor de redação, do diretor-adjunto (cargo hoje vago), do redator-chefe e, eventualmente, do editor-executivo da área.

O ex-redator-chefe, atualmente diretor do jornal Diário de São Paulo relata que Civita sempre foi muito presente na redação, ainda que sem vetos ou imposições do patrão. Leite sustenta que as matérias e capas sempre foram feitas ou derrubadas a partir de critérios jornalísticos. “Roberto Civita acompanhava a confecção da revista, sabia de seu conteúdo e dava sua opinião em reuniões regulares com os diretores da revista. Mas, de vez em quando, até saíam matérias com as quais ele não estava de acordo”, garante. Leite afirma que, nesses casos, cobrado por políticos e empresários, Civita respondia que “não controlava aquele pessoal”. “Claro que controlava, mas sabia que fazer revista não é igual a fabricar sabonete”, compara.

A revista busca agradar a quem a compra: a classe média conservadora. A tiragem semanal da revista é de 1,1 milhão de exemplares, sendo 800 mil assinantes e o restante vendido em banca. “A maioria dos que compram, gostam das opiniões, gostam do Diogo Mainardi”, lamenta Raimundo Pereira, um dos primeiros editores da revista na época em que lá ainda trabalhava o seu criador, Mino Carta.

A cúpula da publicação reflete esse perfil. O diretor de redação Eurípedes Alcântara e o ex-diretor da revista Exame Eduardo Oinegue, autor da matéria de 1998 sobre os sem-terra, são membros do São Paulo Athletic Club, o Clube Inglês, freqüentado pela elite paulistana. Oinegue costumava defender que os jornalistas devem circular e manter amizades no meio em que cobrem. Entre empresários, se a editoria é Economia, políticos, se é Brasil etc.

Os preconceitos da elite são refletidos pela revista. Além dos movimentos sociais, há quem relate que um dos bordões de Tales Alvarenga, atual diretor de publicações, em sua fase à frente da revista era: “Não quero gente feia”. Por gente bonita, referia-se não apenas a padrões estéticos de magreza, mas também aqueles ligados à cor da pele. Segundo colaboradores próximos, fotografar negros seria quase certeza de material desperdiçado.

A despeito de comentar o livro de Mário Sérgio Conti, o ex-editor-executivo de Veja, hoje diretor do Diário de São Paulo, Paulo Moreira Leite, criticava a obra por ser parcial demais e não ser fiel aos fatos, especialmente os que envolviam os amigos do diretor. “A amizade e a proximidade excessiva com os poderosos são o caminho mais comum e mais eficaz para a impostura e a falsidade, o erro e a arrogância”, afirmava na época. Procurado novamente para falar a respeito, recusou-se a falar mais sobre Conti.

Falando em amizades, um caso em que essas relações foram reveladas, mas nem por isso foram explicadas ocorreu em novembro de 2001. O nome da editora de economia de Veja, Eliana Simonetti, aparecia na agenda do lobista Alexandre Paes dos Santos. Ela recebeu a quantia de 40 mil reais em empréstimos, segundo sua própria estimativa. A revista, de acordo com a jornalista, sabia do relacionamento. Quando os repasses vieram a público, ela foi demitida, sob a alegação de "relacionamento impróprio" com uma fonte.

O maior problema é que a informação surgiu a partir de uma agenda do lobista, envolvido com empresas transnacionais e influência direta sobre funcionários do Palácio do Planalto. Quem revelou a existência do documento foi Veja, cuja reportagem fez vista grossa ao nome da colega. Para dar satisfação à opinião pública, a revista publicou somente uma nota a respeito. Nenhuma investigação foi promovida sobre eventuais matérias compradas, hipótese negada pela ex-editora e pela revista. Simonetti não respondeu aos contatos, mas afirmou, à época, que "todo jornalista tem seu lobista", colocando toda a classe sob suspeita. Ela processou a Abril, e ganhou em primeira instância no ano seguinte o direito à indenização de 20 vezes o valor do último salário.

Império

Publicações tradicionais do mundo todo têm sua posição claramente conhecida pelo público, sem roupagem de imparcialidade. Os questionamentos éticos aparecem quando as relações por trás desses interesses não são transparentes ao público leitor. Um dos motivos dessa falta de transparência é o surgimento dos grandes conglomerados de comunicação. Esse fenômeno adquire contornos mais dramáticos no Brasil, que permite a propriedade cruzada dos meios de comunicação (uma mesma empresa detém meios impressos e televisivos, por exemplo).

O presidente da Radiobrás e ex-diretor de publicações da Abril, Eugênio Bucci, alerta que os grupos transnacionais de entretenimento compram TVs e jornais e os restringem a um mero departamento. “A pergunta que se colocava antes era se o jornalismo é capaz de ser independente do anunciante. Hoje se questiona se ele é capaz de ser independente do grupo que o incorporou”, avalia.

A concentração dos veículos de comunicação nas mãos de poucos grupos, ainda que nacionais, é a marca da história da mídia no Brasil. O grupo Abril não foge à regra. Ele abarca um complexo que envolve 90 revistas, duas editoras de livros (Ática e Scipione), uma rede de TV (MTV), uma de TV a cabo (TVA) e uma rede de distribuição de revistas em banca de jornal (Dinap), além de inúmeras páginas na internet. Tem sete das dez revistas com maior tiragem no país e, nesse quesito, Veja é a quarta maior do mundo. “A Abril faz o que for preciso para expandir seu império, se for preciso derrubar um artigo da Constituição, alterar leis ou políticas, ela usa suas publicações para gerar pressão”, sustenta Giberto Maringoni, jornalista, chargista e doutorando em história da imprensa.

A evolução do império Abril dá uma mostra de como ela soube usar bem sua, digamos, habilidade. O início das atividades se deu em 1950, com a publicação das revistas em quadrinhos do Pato Donald, personagem de Walt Disney. O milanês Victor Civita aproveitava a licença para a América Latina e a amizade do irmão Cesar com o desenhista norte-americano para lançar os produtos. Apesar de simbólico, não se pode dizer que o grupo tenha sido um propalador de enlatados norte-americanos ou produzido materiais de má qualidade em sua história.

O surgimento de diversas revistas, incluindo Veja, um semanário informativo — e não uma revista ilustrada, como o nome e as concorrentes sugeriam —, o lançamento de coleções na década de 1960, como A conquista do espaço, a revista infantil Recreio, sob o comando da escritora Ruth Rocha, e a revista Realidade, uma das melhores feitas no país até hoje, são exemplos de publicações de qualidade da editora. Qualidade que não se manteve, segundo o diretor responsável pela criação de Veja em 1968, Mino Carta. Ele considera a publicação da Abril muito ruim, assim como todas da grande imprensa brasileira, à qual lê muito pouco, para “não sofrer demais”. Na época em lançou o livro Castelo de Âmbar (Editora Record, 2000), afirmou aos quatro ventos a incompetência e até a “imbecilidade”, em suas palavras, dos donos da Abril, que “não entendiam nada de Brasil, assim como não entendem ainda hoje.”

O episódio da demissão de Carta do seu posto na revista Veja é um exemplo do tipo de interesses que pautam os donos da Abril e o jornalismo de suas publicações. A censura prévia havia sido suspensa em março de 1974, com a posse do general Ernesto Geisel. Combativa, a redação publicou três capas seguidas com duras críticas ao governo. A gota d'água para o regime foi uma charge de Millôr Fernandes, que apresentava um preso acorrentado e um balão com a fala de um carcereiro oculto, do lado de fora da cela: “Nada consta”.

Na negociação operacional da censura, Carta conta que Roberto Civita, filho de Victor, ofereceu a cabeça de Millôr a Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, para tentar evitar a censura. O então ministro da Justiça, Armando Falcão, queria a cabeça de Carta. No livro, ele menciona uma carta escrita por Sérgio Pompeu de Souza, o preferido de Falcão e diretor da sucursal de Brasília, sugerindo ao conselho a demissão do diretor para facilitar as coisas para a revista. Carta afirma que, entre as facilidades, estava incluso a liberação de um financiamento da Caixa Econômica Federal para saldar uma dívida de 50 milhões de dólares no exterior.

Na versão oficial, reproduzida no livro de Conti, os Civita queriam noticiar os progressos do país e Carta, só os aspectos negativos do regime. Queriam ainda expandir o grupo, com a construção de hotéis. Foi preciso ceder ao governo. O episódio decisivo foi a exigência da demissão do dramaturgo Plínio Marcos, colunista da revista. A negativa de Carta em fazê-lo foi o motivo alegado para o seu desligamento, em abril de 1976. Dois meses depois, a censura na revista acabou.

Desde então, Veja tem servido a interesses políticos e econômicos para preservar os seus, ainda que isso implique mudança de posição.
Um exemplo foi o comportamento na ascensão e queda do ex-presidente Fernando Collor de Melo. O livro Notícias do Planalto, de Mário Sérgio Conti, conta em detalhes o período, ainda que inclua a maioria da grande imprensa. Da capa sobre "O caçador de marajás", em 1988, até a “Caso encerrado”, sobre a morte de Paulo César Farias, a despeito do laudo do médico-legista Fortunato Badan Palhares, em 1993. A adesão automática à candidatura alternativa aos perigosos Leonel Brizola e depois Luiz Inácio Lula da Silva, favoritos naquele pleito, foi dando lugar aos escândalos de corrupção no decorrer do governo.

Os que têm seus interesses atendidos pela revista também mudam. Para Tognolli, durante a década de 1980, a revista vivia sob a tutela de Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), quando Elio Gaspari era o diretor da revista. Nos anos de Mário Sérgio Conti, houve uma pequena melhora, até a transição ocorrida nos anos de Fernando Henrique em Brasília. “O que antes era ninho dos baianos, hoje é ninho dos tucanos. Quem começou a campanha da mídia contra o atual governo foi Veja”, sustenta.

Um levantamento das capas entre os anos de 2000 e 2005 mostram claramente o seu jornalismo tendencioso. Política interna e economia são os temas de capa mais freqüentes em 2000, 2002 e 2005. Curiosamente, em 1998, ano de eleições federal e estadual, esses temas estiveram bem ausentes: só foram destacados em 11 das 52 edições. Nada se compara a 2005, em que quase metade das 28 capas produzidas até o fechamento desta reportagem destaca temas políticos. Desnecessário dizer que o prato principal era a corrupção.

Um exemplo foi o uso de uma pesquisa do Instituto Ipsos Opinion, divulgado pela revista na edição de 13 de julho. No levantamento, constatou-se que 55% dos entrevistados acreditavam que Lula conhecia o esquema de corrupção, ao mesmo tempo em que a popularidade pessoal e do governo permaneciam estáveis em relação ao estudo anterior. A avaliação dos analistas do grupo, de que a imagem do presidente permanecia intacta, foi omitida, o inverso do apregoado pela reportagem de capa. A visão dos autores só foi publicada depois de duas edições na seção de cartas, sem o menor destaque.

Raimundo Pereira acredita que, se não fosse o caso do financiamento de campanha, é bem possível que se achasse outro assunto para desmoralizar o atual governo. “Veja não está isolada em sua ação, mas é a ponta de lança, a que tem mais prestígio e circulação”, avalia.

Tratamento bem diferente daquele dado ao caso da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997. Naquele ano, apenas uma capa foi feita sobre o assunto, com o rosto de Sérgio Motta, então ministro-chefe da Casa Civil, e a chamada “Reeleição” e “A compra de votos no Congresso”, em letras menores. Como se não fosse corrupção. Assepsia total para o Planalto. Um servilismo ao governo que, com os petistas no poder, se transformou em ódio.

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#28 Mensagem por sonolento soneca » 01 Abr 2008, 12:58

Carnage escreveu:
sonolento soneca escreveu:Acredito também que as CPIs são mais um instrumento político do que instrumento de investigação isento. Mas também acredito que os juízes se baseiam em dados mais concretos pra tomar suas decisões do que somente em reportagens da Veja.
Sonolento, você entendeu mal o jeito que a coisa funciona. É lógico que juiz nenhum toma decisões baseado em reportagens da Veja. O que acontece, é que a Veja fornece um "álibi" para se iniciar um processo.
A Veja "noticia", em seguida uma denúncia é feita, e essa denúncia vai pra frente com a matéria da Veja anexada como "indício" de qua algo existe. Ao longo da investigação, pode até se descobrir que não tinha nada, que a denúncia era vazia, que as provas eram falsas, mas aí o estrago já está feito. A opinião pública já está com a impressão de que estamos frente a um mar de lama sem precedentes, e a inocência, quando existe, é anunciada em uma notinha no pé da página, ou nem é. Fica um monte de gente achando que era tudo verdade, e que não deu em nada porque "no Brasil tudo acaba em pizza" ou então o juís foi comprado, etc. Porque se foi "denunciado" na Veja, tem que ser verdade!
Mesma coisa com CPIs, que inventam assunto pra caçar baseados em "fatos noticiados" na Veja.
Será que o Ministério Público, seus procuradores e etc..., acatam uma denúncia somente pela matéria da Veja? Não analisam antes, pra saber se há alguma consistência mínima pra levar o caso a frente? Do jeito que vc escreveu, parece que o Ministério Público não tem critério nenhum e é ligada com a oposição de um jeito que não deveria ser.
Carnage escreveu:
sonolento soneca escreveu:Em relação ao PHA, sinceramente, não gosto muito de suas reportagens, mas no link que vc colocou tentei ler com isenção mas continuo não gostando e achnado que ele faz péssimo jornalismo.
Citaram ele como um dos "vendidos do PT". Leia o texto publicado hoje, e veja se ele lhe parece estar defendendo o Lula a ferro e fogo, do mesmo jeito que a Veja ataca:
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/materias26.asp
Na própria Veja, li uma matéria tempos atrás de sobre um acordo, se não me engano na casa do próprio Dantas em que estavam o Heráclito Fortes (DEM) e se não me engano o Tarso Gebro (PT), pra enconbrir não sei o quê. O Dantas é peça chave da podridão nos dois governos FHC e Lula. Mas pelo visto fizeram um acordo pra acobertar as falcatruas. Então a podridão será encoberto graças a oposição e situação. E continuo achando os texto do Paulo Henrique muito ruins.
Carnage escreveu:
sonolento soneca escreveu:Não entendia porque pegava tanto no pé de alguns, notadamente do FHC, sempre batendo na tecla de que ele se perdia na sua vaidade.
Porque é isso mesmo. FHC se acha o máximo. Ele está puto porque o Lula tem uma popularidade que ele jamais teve. Ele queria ser lembrado como o maior estadista que o Brasil já teve. É um bosta, que acha que é o máximo.
Acho que ninguém que se candidata a presidência da república é uma pessoa pouco vaidosa. A frase que o Lula sempre diz: "Nunca antes na história deste país...", não me parece uma frase de alguém com uma vaidade pequena.

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sonolento soneca
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#29 Mensagem por sonolento soneca » 01 Abr 2008, 13:12

Carnage escreveu:Sobre o dossê Veja. E uma entrevista com o Nassif. Nela ele fala, entre outras coisas, de sua saída da Folha.

Matéria na íntegra:
http://www.novae.inf.br/site/modules.ph ... do&pid=958
Para Nassif, ’Veja’ está num processo de deterioração moral
Por trás da escalada “neocon” da revista Veja, há uma trama que envolve dossiês falsos — “os planos Cohen da vida” —, lobbies com políticos e empresários, “assassinatos de reputações”, manipulações e outros desprezos à lei. Em entrevista ao Vermelho, reproduzida na NovaE, Luis Nassif revela como e por que resolveu desmascarar a farsa, através do “dossiê Veja”, publicado em capítulos no blog Luis
Por André Cintra e Priscila Lobregatte, do www.vermelho.org.br

(...)

Nassif falando:

(...)

Esse negócio de que fui demitido da Folha porque eu recebia propina — o blog deles estava há oito meses falando sobre isso. Os meus leitores vinham e diziam: “Você não vai responder?”. Não. Se responder, você vai dar munição para um cara desqualificado. Você vai desviar toda a discussão para se defender de maluquices.
Acho que o Nassif não deveria ficar calado, até por respeito a seus leitores. E outra, se a denúncia da propina for mentirosa, ele poderia processar quem o acusa e limpar o nome. Por que não processa? Pra mim, neste caso o silêncio é a pior saída. Fica a impressão de que quem cala consente.

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Kengo
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#30 Mensagem por Kengo » 01 Abr 2008, 21:08

“INDISPENSÁVEL PARA O PAÍS QUE QUEREMOS SER”

A cpi dos cartões corporativos começou com uma reportagem "denunciando" o aumento significativo do uso dos cartões na esfera federal. A reportagem apontava o uso do cartão para aluguel de carros particulares e compra de tapioca a R$ 8,00 entre outras coisas.

Foram oito Reais que ainda sustentam essa CPI.

Num segundo momento descobriu-se que embora a União tenha gasto R$ 170 mi durante o ano de 2007, no mesmo período o governo do estado de São Paulo gastou a bagatela de R$ 108 mi, sendo R$ 48 mi em saques em dinheiro vivo em caixas eletrônicos.

Obviamente o tratamento dado pela mídia de São Paulo foi diferenciado.

A última "denúncia" da Veja é o dossiê que teria sido montado dentro do palácio do planalto contra o ex-presidente FHC e sua esposa, Dona Ruth. Pobre destes dois.

Cravou-se a alcunha de chantagem em algo que tem a obrigação de ser de conhecimento público: o uso do dinheiro público por um ex-presidente da república.

Na própria Veja não se fala em gastos com o contra-cheque do ex-presidente da república tampouco do contra-cheque da ex-primeira dama.

Para a imprensa não importa o conteúdo deste "dossiê".

Não importa se gastava-se fortunas para abastecer a adega do ex-presidente de vinhos e champagnes.

Não importa se sua chef de cozinha custava R$ 12.000,00 por mês aos cofres públicos.

Não importa se ex-primeira-dama também gastava horrores com aluguel de carros, ou presentes para chefes de estado e diplomatas. Ambos são cultos e tem gostos refinados, isso lhes deu o direito de fazer o que fizeram com o público.

Justo FHC que é um sovina notório, do tipo que espera alguém se oferecer para pagar o jantar.

Mas não importa se o conteúdo do "dossiê" é verdadeiro.

Importa é fazer com que o governo do presidente Lula passe para a história como um fiasco.

Isso está tão nítido que está dando nojo.

Um detalhe curioso sobre a ex-chef de cozinha do ex-presidente da república FHC: ela publicou, assim que saiu da cozinha do Alvorada, o livro "Bom pra Cachorro: Gastronomia Canina".

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