A legalização da prostituição

[GekkoDF]

Pastoral da Mulher BH convidou um jurista (desses que está elaborando o novo Código Penal), uma mulher que disse conhecer casas de prostituição (mas não acrescentou nada), o Oscar Maroni do Bahamas, o Jair Bolsonaro, deputado de extrema direita e a procuradora Nagib Eluf, todos para um debate sobre o assunto.

O Jair Bolsonaro está mais por fora que umbigo de vedete, qualquer putanheiro perceberá ao ouvir as suas declarações; o Maroni quase não deixaram falar.

Aqui está o vídeo:
http://pastoraldamulherbh.blogspot.com. ... tacao.html

Fui assistir ao vídeo de 14 minutos achando que fosse um debate sério, mas se trata de um trecho do programa Superpop, da Luciana Gimenez. Tirando uma ou duas observações pontuais e rápidas do jurista, nada se salva. A Luciana mediando é um desastre, o Maroni tentou falar mas foi ignorado, o Bolsonaro só falou bobagem, a procuradora praticamente ficou muda e a mulher que disse conhecer casas de prostituição é a ex-Ronaldinha (e atual baranga) Vivi Brunieri, que só disse que seu pai era dono de puteiro e que ela foi puta também (como se ninguém soubesse disso).

[florestal]

Mais um trabalho acadêmico que analisa a história da evolução da prostituição e sua regulamentação. Feito por uma doutoranda em Ciências Socais da Universidade Federal de São Carlos.

Merece ser lido:

http://revista.seune.edu.br/index.php/o ... /64/pdf_50

[florestal]

Adriana Piscitelli é uma doutora em Ciências Sociais da Unicamp e viajou para a Espanha para fazer um trabalho de campo nos pisos e clubes de lá.

Achei o trabalho muito bom, mas tem uma passagem que não considero real: ela entrevistou uma garota em um clube e a garota disse que tinha poucos clientes porquê não engolia esperma e as outras o faziam. Isso é mentira.

Vale a pena ler o trabalho, muito bom:
http://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/in ... /view/6/32

[florestal]

Trabalho da doutora Adriana Piscitelli com várias mulheres das classes mais baixas, algumas prostitutas, em Fortaleza, Ceará e turistas italianos desmente a versão amplamente difundida pelos religiosos que o turista sexual venha ao Brasil apenas, eu disse apenas, em busca de sexo.

Ela afirma em sua conclusão que muitos casamentos propiciam uma ascenção social para essas mulheres que, provavelmente, jamais conseguiriam transpor a barreira social de outra maneira.

Muito bom, vale a pena ler:
http://www.scielo.br/pdf/ref/v15n3/a14v15n3.pdf

[PAULOSTORY]

CARO florestal,

COMUNGAMOS DO MESMO OBJETIVO, MAS ACHO QUE A ANTÍTESE DAS BANCADAS EVANGÊLICAS E FEMINISTAS, TRAZERÃO-NOS, UM CAVALO DE BATALHA, BRAVO PARA SER DOMADO!!

PONTO PRIMEIRO, E ACHO QUE O MAIS DIFÍCIL, DE CONQUISTARMO, APESAR DE ESTAR NESSA NOSSA COMUNIDADE, É QUE CADA UM QUE CONHECE A PUTARIA, SE MANIFESTE A FAVOR DA LEI, EXPLICANDO (POR IDEOLOGIA - COMO FORMADIORES DE OPINIÃO, ESSE PONTO DE BENEFICIO DA LEI PARA AS GP's, E PARA A SOCIEDADE TAMBÉM!
COMO JÁ DISSE, ESSE É UM PONTO CRUCIAL, E QUE DEPENDE DE NÓS!!
VC NÃO PRECISA SER UM PUTANHEIRO CONVICTO E ATUANTE, PARA DEFENDER, QUE A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSSÃO. OU QUE A LIBERAÇÃO DOS PUTEIROS, VENHAM A SER BEENEFÍCOS PARA AS EMPREENDEDORAS DO SEXO!!

ACHO QUE O MELHOR QUE PODEMOS FAZER, É ISSO, VENDER À SOCIEDADE O BENEFÍCIO QUE ESSA LIBERAÇÃO DESENCADEARÁ., AS PROFISSIONAIS "USURPADAS",
COMO PENSA A SOCIEDADE, E OS BENEFÍCIO QUE ELAS TERÃO COM ISSO!!

[florestal]

A exemplo do que já acontece na Espanha, programa de TV brasileiro nesta segunda-feira, a partir da meia noite, irá debater a legalização da prostituição.

Como eu não vou poder assistir pois tenho que dormir cedo, espero que o pessoal aqui assista e depois traga as novidades.

Bruna Surfistinha participa de debate sobre prostituição no Roberto Justus


O programa da Record debate o trabalho dos garotos de programa na próxima segunda-feira (3)



[ external image ]


Rachel Pacheco, conhecida como Bruna Surfistinha, será uma das convidadas especiais do programa Roberto Justus +, que vai ao ar nesta segunda-feira (3), a partir da meia-noite, na Record.

A atração vai debater a prostituição e os benefícios que a legalização do trabalho traria aos envolvidos. Além da ex-garota de programa, que ficou famosa por escrever um blog com suas experiências sexuais, Roberto Justus convida o empresário Oscar Maroni e a presidente da grife Daspu Gabriela Leite (que também já se prostituiu no passado).

[roladoce]

E mais uma vez..a Record, lentamente, querendo "normalizar" prostituição, algo que já é normal!!!

[rapaz solitário]

Assisti o programa, mas estou achando que foi reapresentação.

Quanto ao programa: nada de muito diferente do que já fora discutindo anteriormente. Friso o fato de que muitas garotas de programa (e, consequentemente, os patrões) não querer que a profissão seja regulamentada pois não querem ter estampado em suas carteiras que são prostitutas, o que só ratifica que muitas delas só estão na profissão pra conseguir um dinheiro alto que não conseguiriam em outros empregos.

Patricia Kimberly e Alexia Champagne participaram do programa em um video sobre quem é a favor ou contra a regulamentação e a Patricia se mostrou a favor e a Alexia contra. No caso da Alexia, ela falou que muitas meninas confundem a regulamentação com o fim do preconceito, o que eu concordo que ele continuará. Mas, a regulamentação não se trata de acabar com o preconceito, mas sim, dar melhores condições de trabalhos pra elas, pois o que é melhor: sofrer preconceito da profissão estando regulamentada ou desamparada na profissão? Talvez, a ilegalidade ajude as meninas a evitar que ela fique em foco e, assim, seja melhor pra elas. E, repetindo: não só elas, mas uma parte dos donos de boates, privês e clinicas, penso eu, não gostariam de ver a profissão regulamentada, pois algumas coisas seriam mais fáceis do jeito que está do que com a profissão regulamentada.

E friso, também, o que o Oscar Maroni falou sobre as clinicas de massagem, sobre a questão das meninas serem vistas como um "item de cardápio" e delas não terem direito à escolha do cliente. Bem, isso é pensamento de dono de boate, pois muitas das meninas de boate trabalham assim: não ficam com qualquer cliente, embora também existam aquelas que não se importam com o cliente ou aquelas desesperadas, sem conseguir fazer programs. Mas, mesmo assim, a maioria aqui irá discordar dessa postura dele, pois isso nos faz entender que ele aprova que a menina só atenda quem ela quer. Eu até entendo isso, por um lado, mas por outro, isso influi diretamente no atendimento delas aos clientes, como se isso fosse um aval pra que todas elas, seja em clinica, boate, privê e freelancer, atendam da forma mais burocrática possivel o cliente, e dane-se a satisfação dele! Ou seja: só se importariam com a grana.

E, também, as explicações dele sobre o negócio dele não ser facilitação à prostituição. Bem, que cada um consiga interpretar a lei da melhor maneira possivel, ao seu favor...

Também mostraram algumas mudanças que pretendem fazer na Holanda quanto à prostituição, que visaria diminuir as chances de influência de meios criminosos em cima das prostitutas, aumentando a idade minima pra 21 anos pra se prostituirem, permitir que só moradoras da cidade escolhida pra se prostituir o façam e diminuir o número de vitrines. Não sei se isso vai ajudar a melhorar, ou se isso é mesmo necessário.

Ah! Já ia esquecendo das opiniões de alguns políticos a respeito da regulamentação da profissão, e uns se mostram a favor e contra, e os contra com os típicos argumentos religiosos de "questão de valores", "você gostaria que sua filha fosse puta?" e bla bla bla.

E, pra finalizar, o que foi falado no começo sobre a prostituição ser o pilar de sustentação do tráfico de drogas e da criminalidade. Bem, é fato que o ambiente da putaria não é dos mais fáceis, sendo ainda pior nos privês, mas será que todo local de prostituição é assim? E é de dar certo medo e nos fazer tomar cuidado onde pisamos e no que fazemos em tais lugares, pois a chance de um dos envolvidos por trás disso estar metido com alguma coisa ou dele não ser de confiança pode ser grande. Chega a ser decepcionante e frustrante, pois sempre esperamos ir a um local prestador de serviços onde o pessoal envolvido seja de "boa procedência", mas nem sempre é assim. E, por conta disso, passo a não conseguir imaginar que a profissão consiga ser regulamentada assim tão fácil, seja pela resistência dos carolas, medo das GPs ou por conta do ambiente como um todo dentro da putaria que tornaria ilógico e inviável a regulamentação pra parte dos proprietáriosa de estabelecimentos.

[rapaz solitário]

E mais uma vez..a Record, lentamente, querendo "normalizar" prostituição, algo que já é normal!!!

Na verdade, acho que durante o programa foi deixado bem claro que o assunto era mesmo sobre a descriminalização dos estabelecimentos de prostituição e da regulamentação da profissão.


Algo que eu não sabia era que as prostitutas do Red Light District na Holanda eram freelancers que têm que alugar o espaço de acordo com o tempo que irá trabalhar, sem ter intermediário no meio, pois assim como aqui no Brasil, lá não pode haver o cafetão, ou o estabelecimento de prostituição igual às boates, privês e clinicas daqui, se eu bem entendi a matéria. Se for assim, então, não vejo essa liberdade toda por lá como é aclamada pelo mundo a fora. O que se pretende fazer por aqui parece ser maior do que acontece na Holanda.

[Locutus_Ofborg]

Sou plenamente a favor da legalização dos estabelecimentos.

Eu sou analfabeto funcional em legislação, então advogados me desculpem porque vou provavelmente falar alguma bobagem, mas é o que eu penso com minha cabeça simplista.

Se a prostituta é legal e o cliente de prostituta é legal porque a maioria dos caminhos que ligam um ao outro têm que ser ilegais?

Algumas casas têm estrutura muito profissional, as pessoas que cuidam são sérias, não é uma pena que quem controle isso tudo tenha que alimentar toda uma cadeia de extorsão e corrupção? Seria muito melhor se isso fosse revertido em impostos.

Quanto a questão do registro em carteira penso eu que há maneiras de contornar, o registro poderia ser opcional, por exemplo. Se a garota não quisesse ficar o resto da vida com o registro de prostituta na identidade profissional seria direito dela.

Alguém vai dizer que isso tudo é utopia, eu sei, há um sistema que mantém tudo isso, esse mercado é extremamente lucrativo e enchem bolsos poderosos que não devem estar nenhum pouco afim de se mexer. Acho que esse é o motivo dessas leis não andarem, mais até que o preconceito das pessoas.

[florestal]

http://entretenimento.r7.com/roberto-ju ... 45b68e439/

Eu estou assistindo o programa e depois virei aqui comentar.

[florestal]

Eu acho o seguinte após assistir o programa. Que o programa é ótimo no sentido de fazer com que as pessoas comecem a discutir o assunto; mas que o tema é tratado com superficialidade, talvez porquê fique difícil entender todos os aspectos da prostituição.

A regulamentação acabaria com grande parte do que se chama de tráfico. Tráfico, pessoa traficada, no meu entendimento ocorre somente quando é forçado ou existe engano, fora disso não se pode considerar tráfico, mas não é assim que pensam a ONU e o governo norte-americano que forçam a interpretação religiosa de que a mulher que migra para trabalhar como prostituta é traficada. Esse é o principal ponto da regulamentação.

O sociólogo norte-americano cujo livro postei aqui em outro tópico estudou os locais onde a prostituição foi legalizada e concluiu que efetivamente houve melhora nas condições de trabalho das mulheres. Então esse ponto é pacífico.

A legalização traria maiores benefícios principalmente para as prostitutas mais pobres, que são a maioria e que o pessoal que vem por aqui talvez não frequente, não sei dizer. Essas seriam as maiores beneficiadas, as prostitutas de 100, para cima e principalmente as flateiras não teriam tantos benefícios.

O estigma tenderia a desaparecer com os anos e bota anos nisso, seria melhor dizer décadas.

Não existe nenhuma relação entre a prostituição e o crime. O crime está em todos os lugares. Quem força a interpretação de que a prostituição está ligada ao crime são os abolicionistas, o pessoal religioso que é contra a prostituição. Eles dizem que todo putanheiro é um depravado que quer humilhar as putas e consome cocaína, etc... Tudo fantasia que as pessoas ficam repetindo por falta de reflexão.

Gostei muito do depoimento da Patrícia Kimberly, achei muito bom, fiquei com vontade até de fazer um TD com ela.

Cafetão é uma palavra de cunho pejorativo inventada pelos abolicionistas, o pessoa religioso que quer acabar com a putaria. Não existe cafetão, o que existe é empresário da indústria do sexo.

O Maroni possui um discurso que visa proteger o seu negócio, portanto não dá para comentar. A legalização faria com que ele pagasse impostos, coisa que não acontece atualmente. Ninguém paga imposto por uma atividade que não é regulamentada. Todos aqui pagam impostos, por qual motivo a prostituição não pode pagar? E o pior, esse imposto é drenado e pago na forma de caixinha da corrupção. A legalização acabaria com isso.

[roladoce]

E mais uma vez..a Record, lentamente, querendo "normalizar" prostituição, algo que já é normal!!!

Na verdade, acho que durante o programa foi deixado bem claro que o assunto era mesmo sobre a descriminalização dos estabelecimentos de prostituição e da regulamentação da profissão.


Algo que eu não sabia era que as prostitutas do Red Light District na Holanda eram freelancers que têm que alugar o espaço de acordo com o tempo que irá trabalhar, sem ter intermediário no meio, pois assim como aqui no Brasil, lá não pode haver o cafetão, ou o estabelecimento de prostituição igual às boates, privês e clinicas daqui, se eu bem entendi a matéria. Se for assim, então, não vejo essa liberdade toda por lá como é aclamada pelo mundo a fora. O que se pretende fazer por aqui parece ser maior do que acontece na Holanda.

É um termo "bonitinho"

Os estabelecimentos já são "legalizados"

Aqui em Salvador, por exemplo...dizem que tem 1 igreja católica para cada dia do ano...

E prostibulos, poderiamos dizer, que tem 1 para cada hora do dia.....e a vista de todos....

O termo correto é "normalizar" ou seja, deixar natural um homem entrar e sair de um puteiro..sem ser visto e taxado de perdedor, looser, ou antro de homens feios que não pegam mulher.

Querem "normalizar" e mostrar que é algo salutar e alternativa ao sexo mais "livre" , que é dificil achar nesses antros e pior ainda, fora deles com namorada e/ou esposas.

Hoje a impressão que temos que é algo "criminalizado" que 99% de nós homens, não falamos abertamente que frequentamos, nem nos deixamos sermos vistos entrando ou saindo.

Não precisamos de leis.....

[Dr. Zero]

isso parece papo de maconheiro querendo "liberar" a erva — ou seja, torcer a lei para conveniência própria

oras, assim como nos países comunistas existia o mercado negro onde se vendiam os artigos em falta (e onde grassava a corrupção, de onde brotou — por exemplo — a máfia russa), a prostituição e todo o seu entorno apareceu em decorrência da escassez de sexo: se este não fosse tão "regulado" e a mulherada tivesse um mínimo de boa vontade muito do apelo das GPs perder-se-ia

com efeito, vemos nas revistas femininas muitas dicas sobre sexo (enfatizadas da mesma maneira em que antigamente elas se dedicavam às lides domésticas — principalmente a culinária — para "prender" o marido), mas quase nunca se fala do sexo em si e do quanto ele pode ser bom para elas; e se o sexo é um instrumento de dominação brandido contra o patriarcado machista elas assim tornam-se o objeto sexual de cuja condição elas tem tanta ojeriza

concluindo: ser a favor da legalização da prostituição nada fará para mudar o "status quo", onde os homens querem um tanto de sexo e tem disponível uma fração muito reduzida e iludem-se ao "pagar" alguém para suprir o desejo frustrado, que, por sua própria natureza, sempre reaparece e sacia-se somente por um momento muito breve

P.S. em julho, como todos vcs podem verificar, eu estive no Lido e me senti o maior dos bostas de ter estado lá

[japa.cp]

Se a prostituição for legalizada elas ainda vão permanecer vítimas do preconceito e da má reputação e os respectivos clientes também.

Acredito que muitas mulheres se recusariam a trabalhar como prostituta com carteira assinada devido às consequências disso. A maioria delas exerce a atividade às escondidas, não assume isso abertamente, principalmente perante a família, amigos e conhecidos.

Talvez quem se beneficie sejam alguns empresários como o Oscar Maroni.

O assunto é complexo e merece reflexão.