Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#166 Mensagem por Carnage » 14 Ago 2010, 00:04

http://www.tijolaco.com/?p=22609
Pedágio: compare os preços Serra-FHC x Dilma-Lula
agosto 12th, 2010 às 18:54


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Dilma Rousseff deu uma entrevista hoje ao Painel RBS, em Santa Catarina, e bateu sem dó no sistema de pedágios das rodovias de São Paulo, criado pelos tucanos e defendido com ardor por José Serra, inclusive na entrevista ao Jornal Nacional. Nele, ganha a concessão quem pagar mais ao governo do Estado, o que resulta nos pedágios astronômicos que os paulistas sempre reclamam.

Este foi o modelo usado por FHC e é o modelo usado por Serra. O governo Lula inverteu totalmente essa lógica. A concessão passou a ser ganha por quem cobra o menor valor de pedágio. Isso criou uma situação curiosa no país. Quem trafega pelas rodovias paulistas ou mesmo pelas federais licitadas durante o governo FHC paga muito mais do que quem anda pelas rodovias federais licitadas durante o governo Lula.

“Quem paga mais não vai ficar com o prejuízo. É, de certa forma, uma cobrança de imposto disfarçada de pedágio”, disse Dilma ao programa, apontando a incongruência do modelo paulista e os prejuízos que acarreta para o usuário.

Um estudo feito pelo Ipea, em maio desse ano, com o título “Rodovias Brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro”, mostra bem o que representa para o usuário das estradas brasileiras a diferença entre os dois modelos. O Ipea dividiu as licitações das rodovias brasileiras em duas etapas e comparou o preço cobrado nos pedágios.

Na primeira fase das licitações das rodovias brasileiras, no governo tucano, os valores dos pedágios variavam, à época do estudo, de R$ 5,78, no Pólo Pelotas, a R$ 12,51, na Rio-Juiz de Fora. Já nas rodovias licitadas na segunda etapa de concessões, os valores iam de R$ 1,57, na Litoral Sul (Curitiba–Florianópolis), a R$ 5,09, na Rodovia do Aço (MG/RJ–Dutra).

Comenta o Ipea: “Observa-se nas rodovias da primeira etapa que para cada 100 km paga-se pedágio de: R$ 8,61 na Via Dutra; R$ 8,68 na Osório–Porto Alegre; e R$ 12,51 na RJ–Juiz de Fora, enquanto nas rodovias da segunda etapa, para cada 100 km, paga-se: R$ 1,57 na Fernão Dias; R$ 1,57 na Curitiba–Florianópolis; R$ 2,24 na Régis Bittencourt; R$ 3,51 na Curitiba–Divisa SC/RS; e R$ 5,09 na Rodovia do Aço.

Um exemplo na discrepância pode se constatar para percorrer distâncias semelhantes. Para ir de São Paulo ao Rio de Janeiro (402 km), se paga R$ 34,60 de pedágio, ou R$ 8,61 por 100 km. Já o custo de São Paulo à Curitiba (401,6 km) é de R$ 9,00, ou R$ 2,24 a cada 100 km.

Vários fatores econômicos e conjunturais interferem no preço do pedágio, mas o modelo pelo critério de menor tarifa mostra-se muito mais vantajoso para o consumidor do que o de outorga. Pelo atual modelo, o vencedor da licitação se compromete a executar um plano de investimentos para recuperação, manutenção e ampliação da rodovia, que deve ser parcialmente cumprido em tempo anterior ao início da cobrança de pedágio.

O novo modelo também se aperfeiçoou nos critérios anuais de reajustes. Nas primeiras concessões, entre 1995 e 1996, adotou-se uma cesta de índices dos principais componentes de custos das obras. No segundo lote de concessões, em 2008 e 2009, se adotou o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país. “Isso já é um avanço, porque, nos contratos anteriores, os índices utilizados nos reajustes superaram sistematicamente a inflação”, observou o estudo do Ipea.

Dilma deve insistir sempre nessas comparações, porque elas revelam quem se preocupa mais com o povo brasileiro e quem coloca sempre o lucro dos empresários em primeiro lugar. Os empresários precisam lucrar com os investimentos que fazem nas estradas brasileiras, mas devem associá-lo a menor tarifa que podem ofertar ao usuário.

Nas estradas estaduais de São Paulo uma nova praça de pedágio surge a cada 40 dias, como mostrou o Estadão, e a tarifa do principal sistema rodoviário do estado, o Anchieta-Imigrantes, foi reajustada para R$ 18,5o, em junho. “Para se ter uma ideia, ficou mais barato viajar a outro Estado do que internamente. Cruzar de carro os 404 quilômetros entre a capital paulista e Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 9 em tarifas. Já para cobrir distância semelhante até Catanduva, por exemplo, é preciso desembolsar R$ 46,70″, destaca o Estadão.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#167 Mensagem por Carnage » 05 Set 2010, 18:30

http://www.brasildefato.com.br/v01/agen ... em-sp/view
Em SP, concessionárias lucram com pedágios mais que bancos
por Admin última modificação 2010-08-31 11:30

Modelo de privatização no estado faz concessionários de estradas lucrarem mais do que os bancos

31/08/2010

Luiz Felipe Albuquerque

da Redação


Considerada uma das tarifas de pedágio mais caras do mundo, tendo um número de praças superior a todo o restante do país, com 227 pontos de cobrança (50,6% do total), o modelo de concessão da malha viária do estado de São Paulo permite que as empresas responsáveis pelas concessões das rodovias obtenham lucros superiores ao do próprio sistema financeiro brasileiro.

Segundo um levantamento realizado pela Austin Rating em 2009 para o Monitor Mercantil, a rentabilidade média das 15 empresas analisadas foi superior ao do setor financeiro, com 30% de rentabilidade do patrimônio líquido das concessionárias ante os 20,3% conquistados pelos bancos. Além disso, o lucro de algumas companhias ultrapassa a margem os 80%. Um exemplo é sistema Anhanguera-Bandeirantes, regido pela concessionária AutoBan e pertencente ao grupo CCR, com índice de rentabilidade avaliada em 80,5%. A Centrovias Sistemas Rodoviários, por sua vez, responsável, entre outras, pela Washington Luís, demonstra um retorno de 47,2%. Apesar disso, a empresa que apresentou maior lucratividade no país encontra-se no Rio Grande do Sul, a Concessionária do Planalto (Coviplan), com um índice de 82,9%.

“As concessões estaduais vieram todas na mesma época. Num mesmo pacote e na mesma oportunidade, vieram as concessões do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, é o mesmo modelo. É um modelo até mesmo antipatriótico, com as rodovias construídas com o dinheiro público, fruto de impostos, e que foram entregues à iniciativa privada, com licitações mal explicadas e de certa forma até meio sigilosas”, explica Acir Mezzadri, do Fórum Social Popular contra o Pedágio.

Modelos de concessão

Em meio à disputa política evidenciada nos últimos meses entre os candidatos à Presidência da República, um embate muito forte encontra-se justamente no âmbito dos modelos de concessão de rodovias no país. De um lado, as regras implantadas por governos estaduais, sobretudo do PSDB. De outro, modelo adotado pelo governo federal, do PT.

As diferenças entre ambos podem ser verificadas principalmente nas tarifas que são cobradas. Numa viagem de São Paulo a Belo Horizonte, realizada pela rodovia federal Fernão Dias, são gastos R$ 8,80 entre oito pedágios de R$1,10 cada, num trecho de 594 km. Já de Sorocaba até Campinas, pela estadual SP 75, rodando somente 20 km, são cobrados R$ 9,15.

Segundo José Santos, coordenador do Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos do Estado de São Paulo, caso não tivesse a cobrança da outorga no modelo de concessão estadual, o valor deste mesmo pedágio da SP 75 teria que ser de 40 centavos.

“Avaliamos que a cobrança da outorga é indevida, porque o pedágio foge da área tributária. É relação de consumo, é tarifa, e não taxa. Ou seja, a natureza jurídica dos pedágios é a mesma da tarifa de água, de telefone, na qual o usuário deve pagar – mesmo sendo um serviço público prestado por terceiros – por aquilo que ele consome. Feito todo o planejamento financeiro, a empresa retira o gasto com investimento e seu lucro, e o resto é serviço público prestado”, avalia.

Neste caso, por exemplo, se houvesse o cumprimento da tarifa quilométrica – taxa que fixa o valor por quilômetro rodado – e mesmo continuando com o sistema de outorga, a cobrança na SP 75 teria que ser de R$ 2,90. “Dentro de uma relação de consumo teríamos que pagar pelo trecho percorrido e não pelo disponível. Esse mesmo problema encontramos em todo o estado”, relata Matos.

Para ir de São Paulo à Curitiba pela BR116 – Régis Bittencourt –, há um gasto de R$ 9,00 entre os seis pedágios que há no caminho, durante os 404 km de viagem. No entanto, de São Paulo à Araraquara, aonde serão percorridos 276 km, o custo é de R$ 29,80 ao longo das cinco praças.

“São entraves para o desenvolvimento do interior do Estado, oneram os produtos que circulam por São Paulo. Ou seja, não é só quem utiliza a rodovia que paga pelos pedágios. Nenhuma empresa retira o pedágio do custo do produto, muito pelo contrário. Os fretes hoje em dia para muitos produtos que estão dentro do estado de São Paulo acabam saindo mais caro do que o valor do produto”, afirma o jornalista Keffin Gracher, criador do site Pedagiômetro, instrumento virtual que calcula em tempo real o total arrecadado pelas concessionárias de São Paulo em 2010, cujo valor encontra-se na ordem dos R$ 3,4 bilhões até o momento.

Justificativa

Desde o começo do processo de concessão do sistema rodoviário de São Paulo, há 12 anos, o número de praças de pedágios no estado cresceu cerca de 400%, concluindo o ano de 2010 com todas as praças de cobrança sob concessão da iniciativa privada, com contratos de 20 a 30 anos.

Todavia, a grande justificativa utilizada pelo governo do estado é a qualidade das rodovias sob concessão. Segundo a Confederação Nacional do Transporte, das 16 rodovias do país avaliadas como ótimas, 15 estão em São Paulo.

“Discutir que as rodovias do estado são melhores por conta do pedágio é uma falácia. Na década de 20, as rodovias de São Paulo já eram as melhores do Brasil nos parâmetros e nas condições da época. E, hoje, elas continuam sendo as melhores porque sempre foram as melhores”, observa Gracher.

Paralelamente ao discurso da qualidades, o debate também se centra em dois outros pontos: um outro modelo de concessão no estado um pouco diferente do que vinha ocorrendo, efetuado na rodovia Ayrton Senna e uma suposta falta de qualidade nas rodovias que foram concedidas pelo modelo federal.

Porém, como aponta Gracher, no caso da Ayrton Senna, a rodovia “já estava pronta, os investimentos já estavam feitos, as cabines de pedágio já existiam. Já tinha todo um aparato estruturado. No entanto, fizeram a concessão. É uma concessão que foi menos prejudicial à população do que as outras, mas, mesmo assim, é um modelo que, apesar de dizerem que reduziu o valor da tarifa, não reduziu. Apenas ampliaram o número das praças de pedágios e, com isso, continuam mantendo o lucro alto das empresas. Quem faz todo o percurso paga o mesmo preço que já pagava [quando ainda estava sob responsabilidade do estado]”, compara.

No caso das rodovias federais postas sob concessão, Gracher explica que, tanto a Régis Bittencourt quanto a Fernão Dias, são rodovias que historicamente apresentam problemas estruturais, diferentemente no caso do estado de São Paulo, onde a maioria das estradas já estava pronta e em ótimo estado quando foi concedida.

“Colocou-se para leilão duas rodovias que tinham problemas estruturais históricos. A Régis foi considerada a rodovia da morte a vida inteira, não só agora. Há trechos nos quais a ampliação provocaria um impacto ambiental grande, uma série de problemas. Colocou-se um pepino enorme que estava na mão do governo na mão da iniciativa privada, implementando um pedágio muito opina.

Os dois modelos

As concessões estaduais, no caso de São Paulo, foram iniciadas no governo de Mário Covas (PSDB), em 1998, em meio às diversas privatizações que vinham ocorrendo no país durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso. Já modelo federal foi efetivado em 2007 pelo governo Lula. As concessões de rodovias fundamentam-se em três pontos chaves que, realizados distintamente, proporcionam diferenças entre eles: o tipo de leilão, a taxa interna de retorno e o índice de reajuste.

O sistema de concessão de São Paulo parte da chamada concessão onerosa, no qual o Estado cobra das empresas o direito de explorar determinado sistema rodoviário, fazendo com que esse valor da outorga seja embutido nas tarifas. Ao contrário, os leilões para as estradas federais permitem que as rodovias sejam exploradas pela empresa que oferece a menor tarifa de pedágio para os usuários.

Já a taxa interna de retorno – ou o lucro das empresas – está na ordem dos 20% nos modelos estaduais e em 8,5% no federal. Por fim, a concessão estadual permite a busca de equilíbrio econômico financeiro apenas em caso de prejuízo das concessionárias. Na eventualidade das empresas obterem rentabilidades extraordinárias, os usuários não são compensados. No modelo federal, ocorre a compensação aos usuários em caso de lucros não previstos.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#168 Mensagem por Carnage » 24 Set 2010, 23:13

http://www.viomundo.com.br/denuncias/me ... lapso.html
Metrô de São Paulo está em colapso

por Conceição Lemes


Hoje, das 7h51 às 10h40, a linha Leste/Oeste do Metrô de São Paulo – também conhecida como Vermelha, ou linha 3 — parou totalmente. Quase três horas de caos, medo, desconforto, tumulto. Algumas pessoas passaram mal. Vidros de janelas foram quebrados, para que outras pudessem sair de vagões, mantidos com as portas fechadas. Dezessete composições acabaram depredadas.

“O que aconteceu foi uma falha de porta entre a estação Pedro II e a Sé”, afirma Bene Barbosa, diretor de Comunicação do Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo. “Uma pane técnica fez com que a porta se abrisse fora da plataforma, em pleno túnel. ”

“Uma blusa foi colocada na porta para travar o fechamento“ (link), diz o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB). Acrescenta que é estranho que isso tenha ocorrido e deixa no ar a hipótese de sabotagem com fins eleitorais.

“Uma blusa não acarretaria a abertura da porta”, explica Barbosa. “Quando algo obstrui o fechamento, e isso todo mundo que anda de metrô já viu, o operador vai lá, resolve, a porta fecha e a composição segue. Só que hoje a pane ocorreu entre uma estação e outra. Insinuar sabotagem é má-fé. É tentar jogar nas costas dos outros uma responsabilidade que é única e exclusivamente do governo de São Paulo.”

Soninha Francine (PPS), ex-subprefeita de São Paulo e atual coordenadora da campanha de internet do tucano José Serra (PSDB), seguiu a linha de Goldman. Pela manhã, cogitou no twitter que a paralisação foi provocada por “sabotagem” do PT, como mostrou Conceição Oliveira no blog Maria-Frô.

A mensagem virou na piada na internet. Às 15h00, o assunto já estava entre os mais comentados no dia no Twitter (Trending Topics – TT).

Surgiu até o movimento SoninhaFacts, a exemplo do que aconteceu recentemente com uma manchete absurda da Folha de S. Paulo. “Soninha acusa PT de mandar militantes lotarem o metrô da ZL todos os dias para criar caos”, satiriza um. “Ih! Vai cair um mega temporal aqui em SP. Vai alagar tudo, certeza, e a culpa vai ser do PT né”, brinca outro.

Ao Terra Magazine, Soninha justifica a acusação: “É absurdo para um sistema que é referência em São Paulo”.

A ex-petista ouviu o tucano cantar mas não sabe aonde. Ou melhor, sabe, mas ouviu de uma penosa mentirosa. Bastaria tomar uma só vez o metrô às seis da tarde na Sé ou às 6 da manhã em Itaquera para descobrir a verdade.

Aliás, para quem utiliza a linha Leste/Oeste do metrô, o caos de hoje não foi surpresa. Paradas ao longo do percurso são cada vez mais freqüentes por diversos motivos, entre os quais: pane elétrica; usuário que, devido à superlotação, escorrega no vão que se forma entre a plataforma e o trem; sobrecarga de passageiros. A linha Leste/Oeste é a mais penalizada.

“Andar hoje na linha Leste/Oeste do metrô é uma verdadeira aventura”, avalia Barbosa. “O aceitável é transportar 6 pessoas por metro quadrado. A Linha Vermelha transporta 11! É um dos metrôs mais carregados do mundo.”

“O metrô de São Paulo está em colapso”, denúncia Barbosa ao Viomundo. “Está transportando 3,5 milhões de pessoas por dia. Não tem condições de carregar mais gente.”

De 2007 para cá, já registrou 34 panes. Há 11 dias, por exemplo, uma falha de duas horas na linha Azul provocou lentidão e tumulto na estação Sé. Elas resultam de uma combinação perversa: redução de investimentos na manutenção com superlotação.

“Hoje tivemos a pane da blusa ‘vermelha’”, ironiza o deputado estadual Antonio Mentor, líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo. “Seria cômico se não fosse trágico. Só que nem sempre é véspera de eleição, como agora, e se tenta desesperadamente encontrar uma digital ‘vermelha’ para incriminar.”

“Na verdade, o que aconteceu mostra a fragilidade do metrô paulistano”, considera Mentor. “O fato de o governador aventar que uma simples blusa possa ter causado a pane inicial dá a dimensão do quão vulnerável é o sistema.”

“Mostrou também que o metrô não está preparado para lidar adequadamente com situações de emergência”, salienta Mentor. “Imaginem a situação. As pessoas trancadas no escuro [o trem que teve problema na porta parou a 150 metros da plataforma da Sé, no meio do túnel], sem informações, querendo saber o que havia acontecido à frente, e ninguém para explicar. É natural que algumas tenham se desesperado e quebrado vidros, para sair dos vagões.”

“Foi em efeito cascata. O primeiro trem parou no horário de pico, justamente quando o intervalo entre um e outro é muito reduzido. Logo, todos os que vinham atrás foram parando”, esclarece Barbosa. “Como o problema inicial demorou para ser solucionado, passageiros de outros trens começaram a sair também dos vagões e andar pelos trilhos, levando os operadores a cortar completamente a energia. Por isso toda a linha Leste/Oeste parou.”

Agora, já que Goldman e Soninha estão tão “por dentro” do que acontece no metrô de São Paulo, seria bom que explicassem aos usuários dois fatos comprovados:

1) Por que o governador José Serra deixou de investir no metrô R$ 1,7 bilhão em 2008 e 2009?

2) Por que o metrô de São Paulo tem a segunda tarifa mais cara da América Latina ( R$2,65)? Só perde para a da cidade do México, que custa o equivalente a R$ 3. A cobrada na vizinha Buenos Aires, Argentina, corresponde a R$1,10.

Enquanto isso, fiquem com a mensagem e os vídeos que o Emerson Luis, do blog Nas Retinas, nos enviou. Ele foi o primeiro a divulgar no twitter esse caos: Jornalismo cidadão não falha.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#169 Mensagem por Carnage » 17 Out 2010, 20:10

http://not.economia.terra.com.br/notici ... D_79329293
SP: Metrô quer cobrar por valorização de 30% nos imóveis
13 de outubro de 2010 • 09h09 • atualizado 10h02


A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pretende cobrar a Prefeitura e a iniciativa privada pela valorização que provoca ao inaugurar novas linhas e estações, segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira. A companhia teria concluído o primeiro estudo que mostra o impacto nos valores dos imóveis no entorno da Linha 4-Amarela, que teria apontado uma alta média de 30% no valor dos imóveis.

O objetivo agora é exigir do poder público uma parte do Imposto Predial e Territórial Urbano (IPTU). Um novo indicador estaria sendo criado pelo Metrô para mensurar a valorização trazida pela inauguração de cada nova estação, segundo a Folha. O estudo sobre a valorização em torno da Linha Amarela do Metrô teria sido apresentado há duas semanas na Comissão de Entendimentos com Concessionárias da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras. Conforme o jornal, ele deve ser usado também para o Metrô cobrar a construção de imóveis sociais ao longo das linhas.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#170 Mensagem por Carnage » 21 Nov 2010, 15:47

http://searadionaotoca.blogspot.com/201 ... china.html
VIA OESTE: MAIS UM NEGOCIO DA CHINA.

1. NEGOCIO LUCRATIVO: LUCRO ACUMULADO DE 793% (1998 A 2009)
A Viaoeste teve lucro líquido acumulado (1.998 a 2009), descontadas todas as despesas de mais de R$ 558 milhões, o que significou um crescimento de mais de 793% neste período.

2. MUDANÇA NO OBJETO DO CONTRATO: CRIAÇÃO DE NOVAS PRAÇAS DE PEDÁGIO (NÃO PREVISTAS NO EDITAL), GERANDO AUMENTO DE 90% NA QUANTIDADE DE VEICULOS PAGANTES E, CONSEQUENTE AUMENTO NA RECEITA.
Recentemente no projeto Cebolão a concessionária afirma que houve uma reprogramação do valor dos pedágios, segundo a qual haveria uma redução entre 41% a 60% no valor da tarifa.

Os moradores depois do KM 33, especialmente de São Roque, pagavam , até o reajuste de junho/10, a quantia de R$11,20 (no trajeto São Roque/São Paulo ida e volta), visto que o pedágio era unidirecional. Com a modificação passaram a pagar pelo mesmo trajeto o valor de R$ 16,20 visto que, o pedágio do Km33, passou a ser bidirecional e no valor de R$ 5,60 e ainda foram criados mais 2 pedágios na pista expressa da rodovia Castello Branco no valor de R$ 2,80.Desta forma, somente houve redução no valor do pedágio para os moradores da região de Alphaville (os mais ricos são os beneficiados).

Para termos uma dimensão do impacto desta medida o volume de tráfego era de 19,3 milhões no primeiro trimestre de 2009 e em 2010 chegou a 34,9 milhões, aumentando em 91%. Isto ocorre porque os veículos que não usavam a marginal da Castelo, agora pagam a tarifa para usar a pista expressa da rodovia Castello Branco.

Obviamente estas medidas propiciaram o crescimento da receita de pedágio do primeiro trimestre de 2009 para 2010 de R$ 122 para R$ 149 milhões, ou seja um crescimento de 22,5%.

3. POSTERGAÇÃO NO CRONOGRAMA DE INVESTIMENTOS (MESMO COM AUMENTO NO VALOR DA TARIFA PARA ESSAS OBRAS), GERANDO RECEITA AINDA MAIOR PARA A CONCESSIONÁRIA.
Ainda devemos lembrar que o cronograma de obras da Viaoeste está bastante atrasado. Em 2006, o montante de investimentos correspondente às obras não entregues estava estimado em R$ 551 milhões, essa informação faz parte da análise técnica realizada pela Artesp por ocasião da lavratura do termo aditivo de prorrogação dos contratos realizado no final de 2006 para justificar o alegado desequilíbrio do contrato que ensejou sua prorrogação por mais 57 meses, após o prazo inicialmente previsto para encerramento (2018).

Para medirmos estes atrasos, a duplicação da SP-270, rodovia Raposo Tavares, teria de ser totalmente duplicada até 2002. Mas nas notas explicativas do balanço da concessionária do 1º trimestre de 2010 (informações extraídas do site da CVM), consta que:
“Duplicação da Rodovia Raposo Tavares, entre o Km 34 e Km 115,5. A duplicação entre os trechos do Km 34 ao Km 45 e do Km 89 ao Km 115,5 já foram concluídas. A duplicação entre o Km 45 e Km 89 deverá ser concluída até 2022, conforme Contrato de Concessão nº. 003/CR/1998, de 30 de março de 1998 e seus Termos Aditivos e Modificativos.

A construção de dois contornos alternativos, um em Brigadeiro Tobias e o outro em São Roque, os quais foram concluídos em agosto e setembro de 2007.”

Os contornos alternativos, são provisórios e foram inaugurados com pompa em 2007, com a presença do então governador José Serra . Os contornos definitivos e a duplicação da rodovia entre Vargem Grande e Sorocaba, cuja conclusão estava prevista para 2002 (Edital de licitação para concessão do lote 12 - página 13 do anexo VII) só serão entregues daqui a 20 anos.
Além do mais, não há informações sobre a construção das marginas da Rodovia Raposo Tavares, que deveriam ter sido entregues no início de 2007.

4. REDUÇÃO NO VALOR DOS INVESTIMENTOS DA CONCESSIONÁRIA X AUMENTO NO LUCRO
Levantamento nos balanço da concessionária Via Oeste mostra que de 2005 a 2009, a receita subiu 52%, já as despesas gerais e administrativas caíram quase 31% e as despesas financeiras aumentaram 117%.

De 2006 a 2009, os investimentos caíram de 451 milhões para R$ 237 milhões, um recuo de 47% e curiosamente, o saldo em caixa cresceu de R$ 60 milhões para R$ 103 milhões, ou seja, mais de 72%. Esses dados apontam que após a prorrogação do contrato em 2006, a concessionária diminui despesas (investimentos em obras) para aumentar recursos em caixa, sem levar em conta os interesses dos usuários.

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nicolau48
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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#172 Mensagem por nicolau48 » 24 Nov 2010, 21:40

Com o numero de carros que se vende por dia, mês, ano, não há condições de melhorar o transito, pois todas essas obras em marginais, rodoanel, etc, ampliação do metrô, em poucos anos será coisa do passado.

A única solução é procurar trabalhar perto de casa (até _?_km), para não enfrentar trânsito. No meu caso, sai do centro onde tinha local próprio, para um local alugado, a 800m de casa. Vou a pé, o carro fica na garagem e só saio no fds, ou para visitar clientes, e neste caso, vou de taxi e cobro a corrida. Quem puder fazer algo assim com a sua vida, eu acho que esta é a solução, com menos carros circulando nos horários de picos.

Ou então vamos partir para o rodizio dia par, dia ímpar.
T+

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#173 Mensagem por Carnage » 02 Fev 2011, 22:18

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... indo-serra
Alckmin revê prazo de metrô e prevê só 1 linha até a Copa

Avaliação é que só 1 das 4 linhas planejadas por Serra será entregue no prazo

Nova gestão continuará monotrilhos e planeja trens para Santos e Sorocaba, sintonizados com o trem-bala federal

ALENCAR IZIDORO
CÁTIA SEABRA
DE SÃO PAULO


O governo Geraldo Alckmin (PSDB) dará continuidade ao plano de expansão do transporte coletivo em SP, mas já começou a rever prazos e avalia não ser possível terminar até 2014 boa parte do que era divulgado pela gestão tucana de José Serra.

Por exemplo, só uma de quatro linhas de metrô anunciadas pelo antecessor está bem-encaminhada para conclusão até a Copa. E dois dos três monotrilhos podem sair do papel até lá, bem como a expansão de trens.

O novo secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, também já declarou "apoio incondicional" ao trem-bala, bandeira dos petistas Lula e Dilma.

Mais que isso: planeja fazer dos trens regionais com velocidade de 180 km/h, complementares e em sintonia com o TAV (Trem de Alta Velocidade), a principal "marca" dos transportes do atual mandato de Alckmin.

"O que sonho como marca do Geraldo? A volta dos trens regionais", revelou à Folha Fernandes, sobre projetos já em andamento para retomar trechos ferroviários ligando capital-litoral e capital-interior em menos de uma hora.

Os quatro trens de passageiros considerados essenciais por ele ligam São José dos Campos-SP, Campinas-SP, Sorocaba-SP e Santos-SP.

Os dois primeiros integram o trem-bala (até 350 km/h).

Se a licitação federal em abril fracassar, ele diz que buscará implantá-los com um trem de 180 km/h, mais barato e mais fácil de tirar do papel por aproveitar boa parte da via férrea já existente.

Se houver avanço do trem-bala, vai priorizar os eixos entre SP, Santos e Sorocaba como complemento do TAV.

Os passos mais recentes para os trens regionais foram do governo Serra, com estudos e projetos. Mas a equação financeira não está pronta.

"Eles aliviariam as nossas autovias. Tiram quase 100% dos ônibus regulares, 50% dos fretados e mais de 30% dos carros nessas rotas."

ATRASOS

A nova "marca" de Alckmin tende a ganhar força diante da constatação de que importantes projetos metroferroviários divulgados para 2014 não ficarão prontos até lá. O governo avalia que eles são independentes da Copa.

Das quatro principais propostas de metrô do plano de Serra, duas já têm a entrega comprometida no prazo: a linha 5-lilás até a Chácara Klabin, cuja licitação é suspeita de fraude, e a linha 6-laranja.

"Não dá tempo de completar nesses quatro anos. Mas a ideia é avançar bastante."

A linha 6, de Brasilândia a São Joaquim, passando por universidades e bairros nobres como Perdizes, chegou a ter conclusão divulgada para 2012 -mas a obra não foi licitada nem tem verba definida.

Dos outros dois projetos de metrô, a linha 15-branca (Vila Prudente-Tiquatira) é considerada incipiente, mas a gestão Alckmin avalia a hipótese de acelerá-la para desafogar a atual 3-vermelha. A proposta mais encaminhada até 2014 é a conclusão das duas fases da linha 4-amarela.

O secretário, porém, também considera factível a entrega de dois monotrilhos neste mandato: linha 2-verde (até Cidade Tiradentes) e linha 17-ouro (Jabaquara-Congonhas-Morumbi); o da linha 16-prata deve ficar de fora.

E, ainda, duas expansões com trens da CPTM, com participação privada: do centro de SP a Guarulhos (linha 13-jade, sem conexão para Cumbica) e de Grajaú a Varginha (linha 9-esmeralda).

Em viagem, o ex-secretário José Luiz Portella não respondeu a recado da Folha.
http://www.agenciat1.com.br/5870-sp-sec ... bicicleta/
SP: Secretário vai reavaliar aluguel de bicicleta

Jurandir Fernandes, titular de Alckmin, diz que quer ver se empréstimo de bicicletas no metrô é útil ou marketing

Nova gestão teme que piloto automático em trem antigo e cartão fidelidade tenham mais custo do que benefício

Folha de SP, por Alencar Izidoro


O engenheiro Jurandir Fernandes, 52, que também foi titular dos Transportes Metropolitanos no primeiro mandato de Alckmin, diz temer que algumas medidas adotadas desde 2007 tenham mais custo do que benefício.

Por isso, vai reavaliar bandeiras da gestão Serra como a transformação de trens antigos em piloto automático, o cartão fidelidade exclusivo do Metrô e da CPTM e o aluguel de bicicletas no sistema. ”Não posso me dar ao luxo de ter custeio impressionante para fazer marolinha”, diz. “Quero ver se a história de alugar bicicleta é eficiente, útil ou se foi marketing.”

Fernandes ainda não entendeu a divulgação do governo anterior de que deixou mais de 230 km de linhas “com qualidade de metrô”. A rede do metrô saltou de 60 km para 69 km de quatro anos para cá. Porém a gestão Serra/Goldman passou a somar mais de 160 km da malha da CPTM que tiveram melhoria, embora a demora entre os trens alcance até sete minutos em horário de pico.

O ex-secretário José Luiz Portella, em viagem, não respondeu a recado da Folha. Antes de sair, divulgou a redução de intervalos em toda a CPTM, que a demora vai baixar mais e que confiabilidade, regularidade, segurança, qualidade das estações e trens são padrão de metrô.
Leia trechos da entrevista de Jurandir Fernandes.

TREM X METRÔ

“Sinceramente, quero entender melhor [a divulgação de 232 km com qualidade de metrô]. O que é qualidade de metrô? O metrô é para pequenas distâncias, alta potência, intervalos de segundos.
Se tenho um deslocamento até Mogi, não tenho nem preciso de metrô. Ele sai mais devagar, tem menos potência de arranque. A distância média entre estações de metrô é 1 km. Em trens, 3 km.
Ao pensar na CPTM como um todo, ela é metropolitana. Sempre terá certa diferença. Não é demérito. Há confusão conceitual achar que tudo tem que ser metrô. O trem também é fantástico.”

REFORMAS

“Preciso reformar todos os trens e deixá-los “driverless” [piloto automático sem condutor]? Vejo como driverless só as linhas novas. Fazer um trem de 30 anos virar driverless é pegar Kombi e querer transformá-la em Tucson.”
“Necessito portas automáticas [com vidro separando a plataforma da via] em todas as estações? Preciso rever. Elas custarão pelo resto da vida. É custeio alto de energia.”
“Adotou-se que todas as estações da CPTM reformadas deverão ter mezaninos e escadas rolantes. Mesmo em países ricos, quando fica mais afastado do centro, você percebe estações singelas.
Escada rolante só tem necessidade onde não cabe rampa. E tem elevador para portador de deficiência.”

BICICLETAS

“Sou apaixonado por ciclovia. Mas não quero fazer marketing com coisa séria.
Quero ver se a história de alugar bicicleta é eficiente, útil ou se foi marketing.
Vale todo mundo dizer que em São Paulo tem um sistema de bicicletas igual ao de Paris e depois eu ter que explicar que não é bem assim? Não consigo explicar o inexplicável.
Agora, se disserem que há utilização impressionante, juro que aumento tudo.”

CARTÃO FIDELIDADE

“O secretário [Portella] criou um cartão fidelidade [com até 50 viagens]. Sabe por quantos passageiros ele é utilizado? Menos de 3%.
Se os custos de manutenção forem maiores do que os benefícios, posso até extingui-lo. E a política tarifária [com os descontos] pode existir dentro de um único cartão [bilhete municipal].

COPA 2014

“O Expresso Leste terá mais trens. A nova sinalização da linha 3-vermelha dará mais 20% de alívio. E pensaremos em ações operacionais para servir a Copa nos jogos.
E proporia para a prefeitura usar corredores de ônibus. O sistema metroferroviário não aguenta sozinho.”

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Carnage
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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#174 Mensagem por Carnage » 07 Abr 2011, 01:44

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 341,0.php#
Metrô obriga usuário a descer no meio do caminho
Para remanejar 'trens fantasmas' a estações mais lotadas, empresa faz passageiro desembarcar e aguardar a próxima composição
06 de abril de 2011 | 0h 00

Luísa Alcalde, do Jornal da Tarde - O Estado de S.Paulo


A lotação do metrô de São Paulo nos horários de pico está tornando mais frequente uma operação feita quando há superlotação nas plataformas. Para esvaziar estações cheias, passageiros são obrigados a descer em algumas paradas e o trem vazio é levado para onde existe mais demanda. Os usuários deixados no meio do caminho são forçados a aguardar a próxima composição.

A intensificação desse tipo de manobra acontece porque há cada vez mais passageiros e isso faz com que o horário de pico também dure mais tempo. Para evitar a lotação, os usuários adiantam ou atrasam a saída de casa ou do trabalho e, por isso, o rush do metrô aumentou em 2h30.

No período da manhã, das 6h30 às 9 horas, usuários da Linha 1-Azul que partem do Jabaquara, na zona sul, em direção ao Tucuruvi, na zona norte, podem ter de descer na Estação São Bento e aguardar o vagão seguinte. Na Linha 2-Verde, os trens são esvaziados na Estação Ana Rosa para prestar serviço a partir do Paraíso. À tarde, das 17 horas às 19h30, quem segue para a zona leste pode ter de saltar na Penha ou no Tatuapé e esperar o trem que vem logo atrás. Os trens esvaziados são redirecionados nos pátios de manobras e voltam para pegar passageiros nas estações mais cheias.

Na última segunda-feira, a reportagem acompanhou do Centro de Controle Operacional (CCO) do Metrô o embarque de passageiros no pico da manhã, às 7h. Em 40 minutos, quatro trens tiveram de ser redirecionados na Linha 1-Azul para dar vazão à grande demanda de passageiros na Estação Sé. No pico da tarde, na Estação Barra Funda, para cada trem que sai cheio, o seguinte, batizado pelos usuários de "trem fantasma", parte vazio.

Essas estratégias já eram usadas pelo Metrô quando a companhia registrava problemas operacionais. Elas passaram a ser mais frequentes após o aumento do horário de pico e depois que o Metrô atingiu a marca de 3,7 milhões de passageiros por dia.

A alteração no trajeto dos trens não é a única tática para evitar a lotação das plataformas. No horário de rush em estações mais cheias, como Sé, Luz, Barra Funda, Paraíso, República e Anhangabaú, por exemplo, o Metrô também tem desligado escadas rolantes e diminuído a oferta de catracas para não superlotar ainda mais as plataformas.

"Nesses momentos, prefiro os passageiros represados nos mezaninos do que nas plataformas. É uma questão de segurança", afirma o diretor de Operações do Metrô, Mário Fioratti. Ele admitiu que vira mais trens e aciona mais composições vazias, mas o Metrô não divulgou o número de vezes que isso é feito por dia.

A superlotação também obrigou a companhia a comprar novas composições com portas mais largas (de 1,30 metro para 1,60 metro) para dar maior fluidez ao embarque e desembarque. "Foi também por isso que adquirimos esses trens sem assentos perto das portas, para as entradas e saídas de passageiros serem mais ágeis", diz Fioratti.

Transtornos.

"Venho sentada, porque pego o trem no começo da linha. Acho incômodo ter de sair do vagão e esperar o que vem atrás, mesmo que não demore, porque tenho de seguir a viagem em pé", reclama a assistente financeira Maria Glória Galhardo, passageira da Linha 1-Azul.

O encarregado de transportes Rafael Cunha também pega o metrô vazio todos os dias na Estação Jabaquara, da Linha 1-Azul, mas já foi obrigado a descer três vezes na Estação São Bento do Metrô. "O próximo trem sempre vem lotado."

A auxiliar de enfermagem Telma, que preferiu omitir o sobrenome, segue da Estação Jabaquara para a Armênia todos os dias. "Quando o trem está na Vila Mariana ou na Ana Rosa, o condutor já avisa pelo alto-falante que ele fará a viagem apenas até a São Bento", conta. "E já peguei várias vezes as escadas rolantes desligadas na Sé."

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#175 Mensagem por Trankera » 07 Abr 2011, 21:11

Semana passada saiu no jornal Metro ABC uma reportagem sobre o aumento da frota de carros na região do ABCD, fiquei impressionado com a quantidade de carros vendidos de 2001 a 2011. :shock:
Vai parar tudo... :lol:


A reportagem:

[ external image ]

Fonte:
http://www.readmetro.com/show/en/MetroABC/20110330/1/2/

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#176 Mensagem por Carnage » 03 Mai 2011, 23:23

A incrível solução de Kassab para o trânsito de São Paulo!!!

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... ares.shtml
Kassab veta garagem em novos prédios populares

DE SÃO PAULO


A prefeitura de São Paulo decidiu que os novos conjuntos da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) serão construídos sem vagas de garagem. A informação é de reportagem de Evandro Spinelli publicada na edição da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a Secretaria de Habitação, o fim das vagas tem o objetivo de reduzir custos e de estimular o uso do transporte público e de bicicletas.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#177 Mensagem por Carnage » 07 Mai 2011, 02:13

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 4498,0.php
TCU questiona rentabilidade de rodovia privatizada
Relatório apresentado na semana passada pelo tribunal defende revisão dos contratos feitos nos anos 90, no governo FHC
04 de maio de 2011 | 0h 00

Marta Salomon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo


A rentabilidade das primeiras rodovias privatizadas - entre 17% e 24% acima da inflação -, maior do que a remuneração dos demais negócios da privatização no País, é questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Relatório apresentado na semana passada defende a revisão dos contratos celebrados nos anos 90, no governo Fernando Henrique Cardoso.
xxxxxxxxx Motta/AE-4/8/2009
xxxxxxxxx Motta/AE-4/8/2009
Rentável. Concessão da Ponte Rio-Niterói é uma das que estão sendo questionadas

O debate no tribunal começou em 2007, logo depois de o governo Luiz Inácio Lula da Silva concluir a segunda fase do programa de concessão de rodovias federais à iniciativa privada.

Diante da disputa acirrada, os preços dos pedágios foram reduzidos nessa época, e a chamada taxa interna de retorno caiu de 17%, em média, para 8,95%, no máximo.

Técnicos do TCU propuseram, então, a revisão dos primeiros contratos de concessão rodoviária, e a proposta foi encampada pelo ministro Walton Alencar Rodrigues. Depois de algum tempo parado, o debate teria um desfecho na sessão de quarta-feira passada do tribunal. A votação não foi concluída porque o ministro Raimundo Carreiro alegou que a revisão da taxa de retorno representaria "quebra" de contrato e consequente insegurança jurídica na área. O voto diferente dividiu o plenário.

"As taxas de retorno são realmente muito altas, a melhor alternativa seria rever a situação que prejudica os consumidores", defendeu o ministro José Jorge, favorável a uma tentativa de negociação com as concessionárias. "Temos um impasse no tribunal porque muitos entendem que não pode haver quebra unilateral de contrato", contou. O ministro José Múcio defendeu, então, nova rodada de conversas com as concessionárias.

O Estado tentou falar com o relator do processo no TCU e o autor do voto revisor. Mas tanto Rodrigues como Carreiro informaram que só vão se manifestar depois de uma decisão final do tribunal. Essa decisão não tem data marcada.

Outra realidade. De acordo com a avaliação técnica do tribunal, os contratos das primeiras concessões de rodovias federais, leiloadas nos anos 90, refletia uma situação de instabilidade econômica. As incertezas da época justificaram taxas de retorno do investimento mais elevadas, além dos reajustes pela inflação a que as concessionárias têm direito na revisão do preço dos pedágios a cada ano.

A primeira avaliação, feita ainda em 2007, já apontava indícios de que os contratos de concessão de rodovias - de 20 ou 25 anos de duração - estavam fora do equilíbrio econômico-financeiro, provocando prejuízos aos usuários, com a cobrança de tarifas de pedágio acima do preço razoável.

As taxas de retorno obtidas nas primeiras privatizações não foram seguidas nem no setor rodoviário nem no setor elétrico. No setor elétrico, ocorrem revisões tarifárias (além dos reajustes de tarifas pela inflação) a cada quatro anos em média. A mesma rotina não é seguida nas primeiras concessões rodoviárias.

As concessões em questão no momento são a Nova Dutra, entre São Paulo e Rio, a Ponte Rio-Niterói, ambas mantidas pela CCR, além da Concer, entre Rio e Juiz de Fora (MG), a CRT, entre Rio e Teresópolis, e a Concepa, que administra trechos da BR-290, no Rio Grande do Sul.

A maior das concessões é a Nova Dutra, privatizada em 1996. Os trabalhos emergenciais duraram seis meses. "Hoje, após investimentos de mais de R$ 8,5 bilhões, a Via Dutra é uma nova rodovia", comentou a concessionária no aniversário de 15 anos do negócio, em março. O contrato ainda tem dez anos de vigência. Para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o índice de qualidade dos serviços da rodovia é considerado ruim.

O preço da privatização

8,95%
foi a taxa máxima de retorno nas concessões feitas após 2007

17%
era a taxa média até 2007

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#178 Mensagem por Tricampeão » 08 Mai 2011, 20:46

Pega alguém com este?
http://readingeagle.com/article.aspx?id=303389
Os chinas parecem estar entrando firme no novo estágio de desenvolvimento, após o estabelecimento da indústria de base e da educação maciça da população.
China's electric car tactics rattle automakers
By Joe Mcdonald
The Associated Press


SHANGHAI - The toylike electric cars at the Shanghai Auto Show are a glimpse of the high-tech automotive future China's leaders are pursuing - and a harbinger of possible disputes with its trading partners.

Geely's two-seat McCar, Dongfeng's Shuaike microvan, the four-seat M1 REEV from Chery and others promise a range of more than 60 miles. Most are still in development but some are appearing on China's streets.

Beijing sees electric cars as a field where it can take a global lead, helping to transform China into a creator of technology.
[...]

Electric cars are the latest industry in which Beijing hopes to use China's fast-growing market as leverage to develop its own technology and global brands. It passed the United States in 2009 in number of vehicles sold annually, and foreign producers are looking to China to drive sales, putting them under pressure to cooperate.
Além de ferrar com os gringos filhos da puta, os chinas vão salvar o mundo do aquecimento global:
Electric cars also are a key part of China's efforts to curb its voracious appetite for imported oil and gas, which communist leaders see as a strategic weakness.

"The energy security advantages for them are enormous," Seligsohn said. "Switching people to electricity that you can produce domestically is very appealing."
Os chinas jogam pesado com os estrangeiros exploradores:
Beijing has long pushed for technology transfer in fields from high-speed rail to clean energy as a condition of contracts or licenses. China's bullet trains are based on European and Japanese technology but are being marketed in Latin America and the Middle East, prompting complaints it is violating the spirit of such agreements.

China's auto manufacturing policies have provoked disputes with Washington and other trading partners. The United States, Europe and Canada launched a World Trade Organization case in 2006 challenging Beijing's effort to compel automakers to use Chinese-made components by imposing higher taxes on cars made with more than 40 percent foreign parts. The WTO ruled against Beijing in 2008, but by then automakers had developed local suppliers.
[...]

A draft of the plan circulated last August alarmed foreign automakers by proposing they could only be minority partners in electric car ventures, less than the 50-50 partnership allowed for conventional autos. That might give Chinese partners control over technology that could be used to create competing products.

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#179 Mensagem por Carnage » 14 Mai 2011, 21:07

http://transparenciasaopaulo.blogspot.c ... te-os.html
Quatro Rodas diz que pedágios paulistas estão entre os mais caros do mundo

Paulistas pagam em média 16 reais por 100km, o mesmo valor que na França, Noruega e Portugal, e bem superior aos valores nos EUA, no Chile e na Argentina.

do Transparência São Paulo


As revistas do grupo Abril, assim como grande parte da mídia, fogem o quanto podem da questão, mas pressionados por seus leitores, a revista Quatro Rodas teve que fazer uma matéria ampla – O preço do quilômetro – sobre o alto preço dos pedágios, sobretudo nas rodovias paulistas. É claro que a reportagem busca despolitizar a questão, mas acaba apontando as questões principais.

As empresas concessionárias das rodovias paulistas faturam bilhões por ano e investem cada vez menos em razão do modelo de concessão aplicado, que garante taxas de lucro (retorno) astronômicas (18% ao ano) e não exigem contrapartidas em investimentos. O índice de correção dos contratos (IGP-DI) também é apontado como fator importante para o aumento abusivo dos preços dos pedágios.

A reportagem[está abaixo] só não diz que os contratos de concessão das rodovias paulistas foram renovados pelo governo do Estado em 2006, sem que estas distorções fossem corrigidas. Os grifos em negrito são nossos, do Transparência São Paulo.
O PREÇO DO QUILÔMETRO

por Maria Paola de Salvo e Sara Duarte Feijó, da revista Quatro Rodas[/b]

Na próxima vez que o gerente do banco o orientar a investir em ações da Petrobrás ou da CSN, proponha a ele uma aposta na cartela de concessao de rodovias. Em Janeiro de 2002, a CCR, maior empresa do ramo em receita, abriu seu capital na Bolsa deValores de Sao Paulo. Naquela epoca, se alguem gastasse 450 reais na compra de um lote de 100 ações, poderia ter resgatado, em 12 de abril, 4.705 reais. Os papeis da empresa se valorizaram 945% nesses nove anos, o dobro da media de rendimento das 66 ações mais negociadas na Bovespa no mesmo periodo. Desde o inicio de suas operações na bolsa, as empresas OHL e Ecorodovias também tiveram desempenho invejavel. Os papeis das administradoras dos pedágios brasileiros já são os queridinhos de analistas de corretoras do mercado financeiro. A explicação está na boa rentabilidade do setor.

Segundo levantamento feito pela Austin Rating para QUATRO RODAS com as 15 principais concessionárias brasileiras, o ramo e o quarto mais rentável do país. Perde apenas para empresas de cartão de crédito, bebidas, cigarro e mineração, mas está a frente dos setores de calçados, indústria e até dos bancos. A Ecorodovias, que administra o SistemaAnchieta-Imigrantes, em São Paulo, ocupa o 16° lugar no ranking de rentabilidade composto por 330 empresas brasileiras e é duas vezes mais lucrativa que o Bradesco e o Banco do Brasil, que renderam, respectivamente, 20,9% e 23,3% em 2010. E ainda há muito espaço para crescer. Os 15.000 km de rodovias pedagiadas, 33% deles concentrados no estado de São Paulo, representam apenas 7% da malha viária brasileira. Segundo especialistas, e possivel chegar a 15%.

É claro que os bons ventos da economia brasileira, que cresceu 7,5% em 2010, ajudam a explicar tamanho retorno financeiro. “Por causa desse aquecimento, as viagens e o escoamento de mercadorias aumentaram”, afirma Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. Em 2010,1,4 bilhão de veiculos passaram pelas praças das quatro maiores concessionárias do Brasil – Ecodorovias, CCR, OHL eTPI.Trata-se de um aumento médio de 28% em relação a 2009.

Mas só o aquecimento econômico não explica o apetite dos pedágios. “Quando há lucro excessivo, duas coisas podem estar ocorrendo: sobrevalorização do preço ou falta de investimentos”, diz Paulo Resende, coordenador do departamento de Infraestrutura e Logistica da Fundação Dom Cabral. A resposta está nos balancetes das quatro maiores empresas do ramo.

Responsveis pela metade das 54 concessões no Brasil, Ecodorovias, CCR, OHL eTPI faturaram juntas 8,6 bilhões de reais em 2010. O montante arrecadado nas praças é 22% maior que em 2009. Apesar disso, no último ano, elas investiram 16% menos em melhorias nas rodovias sob sua administração. “Ter uma concessão é o melhor negócio do mundo”, diz o economista Carlos Campos, coordenador de Infraestrutura Economica do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea). “O principal risco que essas empresas correm é a variação do fluxo de veiculos, que só tende a aumentar no futuro.”

Em 2007, Campos analisou os contratos de concessões de rodovias estaduais e federais, firmados na década de 90, e notou que boa parte dos investimentos na infraestrutura das estradas é feita nos primeiros anos do acordo, principalmente nos seis meses iniciais. “As empresas são obrigadas a deixar as rodovias em boas condições antes da abertura das praças”, afirma. “Depois que o pesado já foi feito, os gastos tendem a diminuir, mas a partir dai a arrecadação e a rentabilidade só aumentam.” A Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) diz que as empresas já investiram 22,5 bilhões de reais em melhorias de 1995, inicio das concessões, até 2010. E admite que uma das caracteristicas do setor é fazer a maior parte dos investimentos nos primeiros anos de contrato.

É o que acontece agora com a Ecopistas, concessionária do Sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto, em São Paulo, que passou a administração da Ecorodovias em 2008. Para melhorar a rodovia, a empresa teve de aplicar mais dinheiro em recuperação do pavimento e na ampliação da Marginal Tiete, que dá acesso a estrada. Resultado: os investimentos mais que dobraram. Já com a Autovias, conjunto de rodovias do nordeste de São Paulo, controlada pela OHL desde 1998, ocorre o inverso. O montante reaplicado na estrada no ano passado foi 24% menor que em 2009.

Outras 11 concessões, das 22 analisadas pela reportagem, tiveram alta de faturamento e queda de investimentos em melhorias. Não por acaso, nesse grupo estão as rodovias paulistas com contratos mais antigos, firmados no fim da decada de 90. É o caso da Ecovias dos Imigrantes, que cobra 33 centavos por quilometro percorrido, a maior taxa do país. A concessão arrecadou 635 milhões de reais no ano passado, mas aplicou 52,2 milhões de reais na estrada, 14 milhões a menos que em 2009. De acordo com a empresa, isso ocorre porque os investimentos mais pesados já foram feitos em 2002, quando a segunda pista da Imigrantes foi inaugurada.

A Autoban, que administra os 316 km do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, em São Paulo, foi a concessao que mais faturou no Brasil em 2010 – 1,3 bilhão de reais -, mas aplicou em suas bem pavimentadas rodovias 223 milhões, 63,9 milhões a menos que em 2009. A CCR admite em um de seus boletins financeiros que “grande parte dos investimentos realizados pelas concessionarias e feita nos primeiros cinco anos de operação das concessões”. E completa: “A maioria das concessoes do Grupo CCR tern mais de cinco anos e a maior parte dos investimentos em tais concessões já foi realizada.”

que inclui, entre outros itens, pavimento bem conservado, boa sinalização e serviço de atendimento ao usuário. No Chile, é diferente. O acordo com o governo termina quando a empresa atinge o faturamento que ela diz ser necessário para cobrir as despesas e ainda alcangar a margem de lucro estabelecida em contrato. “Se o Brasil seguisse o modelo chileno, as atuais concessões teriam de ser encerradas, pois já atingiram seus objetivos”, afirma Campos, do Ipea.

O problema é que os acordos tem validade entre 25 e 35 anos. Ou seja, passado o periodo de gastos, é natural que a arrecadação seja maior que o montante empregado em obras, ampliações e melhorias. Além disso, a grande maioria dos contratos não determina percentuais de investimento ao longo dos anos. Exigem apenas que as rodovias sejam mantidas em perfeitas condigoes de uso.

Preços nas alturas

Apesar da queda nos investimentos, as tarifas continuam subindo. Desde a concessão dos primeiros trechos rodoviarios, em 1995, até Janeiro de 2011, os valores cobrados nas praças cresceram, em média, 120% acima da inflação, segundo o Ipea. A diferença influencia o preço dos fretes e dos alimentos, já que cerca de 60% da produção agrícola brasileira é escoada por rodovias.


Nao há motorista que não sinta ao volante as mais bem conservadas e seguras. Segundo pesquisa realizada neste ano pela Fundação Dom Cabral, o número de acidentes com vitimas fatais em rodovias concedidas é a metade do que acontece nas vias públicas. Apesar de o tráfego ter dobrado nas rodovias concedidas nos últimos quatro anos, a taxa de acidentes por 10.000 veículos caiu ligeiramente. “Os benefícios são inegáveis”, diz o engenheiro José Bento Ferreira, especialista em engenharia de transportes. “O que tem de ser discutido é o preço que se paga por isso.”

Segundo levantamento do Ipea com base nos preços divulgados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), o motorista brasileiro gasta, em média, 9,13 reais para percorrer 100 km de uma rodovia pedagiada. O valor é mais alto que o das estradas do Chile, dos Estados Unidos e da Argentina. Nas rodovias paulistas, são 16,04 reais para rodar 100 km, quase o dobro da média nacional e equivalente ao valor na Franga, Portugal e Noruega, cuja renda média per capita de 59.100 dolares é cinco vezes maior que a nossa. Os baianos são os que pagam menos: 3,91 reais.

A explicação para diferenças tão gritantes está, de novo, nos contratos. Há dois tipos de concessão rodoviária em vigor hoje no país. As mais antigas, assinadas no fim da decada de 90 pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e pelos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. E os novos, de 2007, celebrados pelo governo federal. Enquanto a média de preço nas estaduais é de 10,41 reais por 100 km, as mais recentes cobram 3,06.

Isso acontece porque os acordos pioneiros foram firmados em tempos de economia estagnada e eram considerados de risco. Para torna-los atrativos, o poder publico concordou em incluir nas clausulas uma taxa maior de retorno de investimento, cerca de 18%. Ou seja: em qualquer cenário, a concessionária tinha assegurada uma boa margem de lucro.


Outro problema dos contratos antigos é que os valores são reajustados pelo Indice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas. No periodo entre 1997 e 2007 ele variou bem acima do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para medir a inflação. Nesse periodo, as tarifas do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, que continuam reajustadas pelo IGP-M, aumentaram 270% acima da inflação oficial medida pelo IBGE.

Em 2005, o governo federal concluiu que administrar rodovias não era mais um negócio de risco. Fixou, então, uma taxa de retorno menor e possibilitou maior flexibilidade no cronograma de obras. Permitia, por exemplo, antecipar obras previstas caso a receita aumentasse ou postergar duplicações, se o fluxo diminuísse. Com isso, foi possivel buscar quem oferecesse o preço mais baixo. É o caso da Litoral Sul, que cobra 1,57 real a cada 100 km, o menor valor do pais. Mas mesmo essas concessões recentes aumentaram os preços em 3,5% acima da inflação por ano, entre 2008 e 2011.

Nos tempos de bonança de hoje, as concessões antigas continuam praticando preços que refletem o cenário do fim da decada de 90. Atualmente, mais da metade dos contratos da CCR seguem calcados no IGP-M. Uma saída seria os governos estaduais abrirem mao da chamada outorga onerosa, uma taxa anual milionária que as empresas tem de repassar ao estado para que ele possa manter estradas vicinais. Em troca, as empresas adequariam seus índices de reajuste aos da inflação.

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin reconhece que os contratos precisam ser revistos e os valores, equacionados. Passados mais de 100 dias de governo, sua equipe estuda como isso sera feito. Procurados por QUATRO RODAS, Alckmin e seu secretario de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, não quiseram dar entrevista. A assessoria de imprensa do governo informa que um novo indicador para reajuste está em estudo. Existe a possibilidade de se cobrar pedágio por quilometro rodado, por faixa de horário ou peso do veículo. O sistema usaria placas eletrônicas para monitorar os carros e organizar o trânsito, como j áocorre em países europeus, como a Itália.

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A propósito, as empresas que “exploram” rodovias paulistas lucram R$ 155 mil por quilômetro. O Transparência São Paulo organizou as informações dos balanços das concessionárias das rodovias paulistas. Com base nos dados levantados, podemos observar que:

a) no Estado de SP, até abril de 2011, existiam cerca de 5.361 km de rodovias concedidas, sendo 3.565 no período 1998 a 2000 (antigas concessões) e 1.796 no período 2008 a 2010 (novas concessões);

b) o faturamento total das concessionárias em 2009 foi de R$ 4,6 bilhões;

c) o lucro líquido total das concessionárias em 2009 foi de R$ 832 milhões;

d) este lucro líquido representou 17,88% do faturamento das empresas concessionárias em 2009;

e) as empresas faturaram R$ 868 mil por quilômetro;

f) as empresas lucraram R$ 155 mil por quilômetro;

g) quando analisamos apenas os valores das concessões mais antigas, estas cifras sobem de forma expressiva: as concessionárias antigas faturaram R$ 1,1 milhão por quilômetro e apresentaram lucro de R$ 303 mil por quilômetro.

Sob qualquer ângulo que se olhe, os números são absurdos. Até quando o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual permanecerão omissos no caso das rodovias paulistas?

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Re: Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

#180 Mensagem por Dr. Zero » 14 Mai 2011, 21:53

este poderia ser um post do Carnage, mas quem posta aqui é o famigerado dr. Zero

http://www.conversaafiada.com.br/antigo/?p=15040
ConversaAfiada escreveu:O serviço de fretamento para transporte de passageiros surgiu no final da década de 50, no ABC paulista, fomentado pela forte industrialização da região. Com mais conforto e menos estresse, o transporte de passageiros por ônibus fretado fomenta a economia brasileira, movimentando R$ 3 bilhões por ano. Cada unidade tira 20 automóveis particulares das ruas, proporciona melhor qualidade de vida ao usuário, economiza tempo, diminui (isto mesmo) a poluição ambiental e ainda contribui com a elevação dos níveis de produtividade e assiduidade nas empresas e escolas.

São Paulo possui um sistema de frota particular que opera em linhas de transportes públicos aonde se observa um déficit muito grande de eficiência e eficácia no transporte. Isto sinaliza um possível crescimento dos negócios, geração de renda, empregos e mais impostos.

Para contextualizar o conflito político entre o serviço de fretados e o Município de São Paulo, e refletir sobre as possíveis conseqüências que podem emergir a partir daí, venho abordar o apartheid sócio-territorial que parece se caracterizar na ação de proibição.

A exclusão geográfica funciona como uma metáfora irrefutável de um sem-número de outros tipos de marginalização às quais as pessoas estão submetidas no Brasil – nas áreas de moradia, emprego, saúde, educação e representação política. A segregação territorial reflete uma disputa desigual em torno da apropriação das melhores combinações oferecidas pelas características físicas do território e pelas infra-estruturas urbanas que condicionam os fluxos de deslocamento para o trabalho, comércio e lazer.

Situações de acentuada segregação territorial estão comumente relacionadas às dificuldades de acesso a equipamentos e serviços urbanos e infraestrutura precária ou inexistente na maioria das periferias brasileiras. Além das questões inerentes a características do território, a segregação territorial também mantém estruturas de oportunidades diferenciadas para cada grupo socioeconômico, o que tende a intensificar e reproduzir a exclusão social.

A redução das oportunidades de emprego e de qualificação profissional, está diretamente relacionada a combinação entre exclusão e segregação, dificultando uma mobilidade social ascendente.

Em suma, a segregação não é somente um reflexo da desigualdade socioeconômica do país, como também um mecanismo de agravamento e reprodução da mesma.

Na dicotomia “Centro-Periferia” as características principais são: áreas habitadas distantes uma das outras, as classes médias e altas nos bairros do centro e as de menor rendimento em periferias, padrão espacial disperso ao invés de concentrado, e, o principal, um sistema de transporte baseado no uso de trem/ônibus para as classes trabalhadoras, que precisam enfrentar horas de viagem no percurso residência-trabalho, e automóveis para as classes média e alta.

Com a dificuldade de acesso aos grandes centros, aonde o mercado de trabalho é mais ativo, estamos caminhando para um agravamento da situação de segregação e, embora o Município de São Paulo possa desempenhar um papel ativo na mitigação da segregação territorial, estabelecendo políticas públicas que o minimizem, com a proibição de circulação de ônibus fretado está caminhando na direção oposta no que diz respeito a oferecer um transporte urbano de qualidade. Ele está promovendo sua intensificação, por atuação direta através da proibição, via legislação.

Aproveito também para alertar a todos os políticos, das cidades vizinhas ao Município de São Paulo e aos políticos que possuem sua base eleitoral nas periferias da cidade, que intensifiquem seus esforços no sentido de fomentar a criação de pólos industriais e comerciais, em suas regiões, e que assim possam oferecer uma grande quantidade de novas vagas e postos de trabalhos aos seus munícipes e eleitores que, certamente, serão afetados.

É consenso comum, que, a partir de 27/07/2009, todos os empregadores da Cidade de São Paulo vão utilizar o item “local de residência” como um fator sine qua non para novas contratações, seja pela distância do local de residência, seja pelo valor que a empresa deverá desembolsar de vale transporte.

Economicamente falando fica inviável a contratação de funcionários que possam demorar de 2 a 3 horas para chegar ao local de trabalho, ou de funcionários que terão que utilizar vários ônibus (intermunicipal e municipal) perfazendo um total de R$ 387,20 por mês (tomei como exemplo um cidadão que mora no Ipiranga e trabalha em Barueri – o gasto por dia é de R$ 17,60 sendo R$ 2,55 metro + R$ 6,25 ônibus intermunicipal – 2X ida e volta).

Não se trata de estabelecer condenação prévia, pois o nosso regime democrático pressupõe a garantia do mais absoluto e pleno direito de defesa, válido a qualquer cidadão, porém a reação dos responsáveis da administração dos transportes da Cidade de São Paulo com os usuários do fretado é: a culpa é dos revoltados.

Esta situação toda não é normal e me indigno com este estado de coisas. Não posso achar que “viver em grandes cidades é assim mesmo”, pois muitas cidades do mundo já têm soluções que privilegiam a qualidade de vida para todos. Estou certa de que existe outras maneiras de regulamentar e adequar o transporte no município propiciando uma coexistência pacífica entre os envolvidos.


enquanto isso, Gilberto Kassab e outros membros da "zelite" anda por aí com um helicóptero fretado... e o povinho da classe média, os que moram nos Jardins, e os "diferenciados" que não podem circular em Higienópolis — esses que "relaxem e gozem" no meio dos infindáveis congestionamentos...

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