A farra dos petistas encastelados no poder.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#196 Mensagem por Carnage » 08 Jun 2012, 13:50

http://www.brasileconomico.ig.com.br/no ... 17702.html
Pesos e medidas dos mensalões

05/06/12 07:22 | Murillo de Aragão - Cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas


Nunca na história deste país, como diz Lula, o STF esteve tão exposto aos humores da mídia e às pressões ditas "populares" em torno de julgamentos. O recente julgamento da Lei do Ficha Limpa é um exemplo, com ministros acuados pela repercussão de suas opiniões e um julgamento moroso que deixou diversos políticos em clima de incerteza e manteve resultados eleitorais pendentes de confirmação.

Agora temos uma situação esdrúxula gerada pela proximidade do julgamento de um dos casos conhecidos como "mensalão".

Vários aspectos são merecedores de profunda reflexão. Uma das reflexões possíveis aponta para uma grave questão: crimes semelhantes sendo tratados de forma distinta.

A razão desse sério desvio reside na pressão da mídia. Infelizmente, em um país ainda em construção, onde a mídia de qualidade existe apenas para poucos, não é de estranhar que muitos, ao invés de noticiar, busquem "editorializar" o noticiário de modo a influir no curso dos acontecimentos.

Considerando que tal situação é do amplo conhecimento, juízes, em especial do STF, deveriam estar mais do que blindados para tentativas de manipulação e de influências indevidas no curso de processos. Sejam elas quais forem.

No caso dos mensalões, vemos uma distinção no tratamento de crimes assemelhados. Tal distinção revela quanto exposto está o STF às pressões midiáticas para agilizar ou retardar as investigações e, até mesmo, dar tratamento desigual a assuntos iguais.

Por exemplo, o conhecido mensalão mineiro, que envolve políticos do PSDB, caminha lentamente ao largo da lupa da mídia e razoavelmente incólume das pressões indignadas. Na semana passada, a audiência do caso quase passou despercebida da atenção geral.

Comparando-se os dois mensalões, percebem-se fortes incongruências no tratamento de denúncias e de acusações semelhantes. O mensalão mineiro tramita morosamente desde 1998 e foi desmembrado.

Políticos com mandato estão sendo julgados no STF; pessoas sem mandato estão sendo julgadas na primeira instância. Isso significa que, além da lentidão no andamento do processo, houve um desmembramento que beneficia - justamente - quem não é autoridade com o duplo grau de jurisdição.

Nada disso ocorreu no mensalão do PT, cuja eclosão se deu em 2005, isto é, sete anos depois de iniciado o processo de Minas Gerais. Porém, os achados da Polícia Federal no caso do mensalão mineiro são tão extravagantes quanto os encontrados no mensalão do PT, e que serão comprovados no mensalão candango.

Em tempo: antes que me acusem de querer minimizar as condutas identificadas nas investigações dos mensalões, devo dizer que tenho convicção de que em ambos os casos houve condutas ilegais passíveis de condenação política e judicial.

Não tenho dúvidas quanto aos malfeitos; tenho dúvidas acerca das responsabilidades dos nomes aventados.

Preocupa-me, no entanto, que, no afã de se fazer justiça, se atropele o estado de direito, não se reconheçam direitos básicos de ampla defesa e deixe de existir um ambiente saudável para o julgamento de tão importantes questões. Não pode haver dois pesos e duas medidas.

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Murillo de Aragão é Cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#197 Mensagem por Carnage » 17 Jun 2012, 19:48

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2 ... midia.html
Mensalão tucano e o silêncio da mídia

Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (6), finalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu incluir na pauta o debate sobre o “mensalão tucano”, o esquema utilizado para alimentar a campanha pela reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. A mídia, porém, não deu qualquer destaque ao assunto. Algumas notinhas informaram apenas que o “mensalão mineiro” também deverá ser julgado em breve – a imprensa demotucana evita, por razões óbvias, falar em “mensalão tucano”.

O caso é bastante emblemático. Ele serve para comprovar a seletividade da chamada grande imprensa. O escândalo surgiu bem antes das denúncias contra o PT. A própria Procuradoria-Geral da República, ao encaminhar o caso ao STF em novembro de 2007, afirmou que o esquema foi “a origem e o laboratório” do “mensalão do PT”. Ele teria sido armado pelo mesmo publicitário Marcos Valério, que montou o famoso “valerioduto” para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos e doações de empresas privadas.

“Problemas na prestação de contas”

Segundo o Ministério Público Federal, o esquema usado na campanha frustrada pela reeleição de Eduardo Azeredo, derrotado na época por Itamar Franco, foi financiado com recursos da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig (Companhia Mineradora de Minas Gerais) e Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais). Cerca de R$ 3,5 milhões foram repassados à agência de publicidade de Marcos Valério, a SMP&B, e depois serviram para irrigar o caixa dois da campanha do tucano mineiro.

Numa entrevista à Folha, em setembro de 2007, o próprio Eduardo Azeredo, hoje deputado federal do PSDB, confirmou que teve “problemas na prestação de contas da campanha”. Mas, diante das denúncias, ele fez questão de dizer que os recursos “não contabilizados” não eram apenas para a sua campanha, “mas dos partidos coligados e que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República”. E confirmou que “parte dos custos” da campanha pela reeleição de FHC foi bancada por seu comitê eleitoral.

Os corredores lúgubres do Judiciário

Apesar das inúmeras provas documentais sobre a existência do esquema ilegal, até hoje o STF protelava o seu julgamento e a mídia fazia de conta que ele não existia. A “faca no pescoço”, utilizada para acelerar o julgamento do “mensalão do PT”, nunca foi usada para apressar o julgamento do “mensalão tucano”, bem mais antigo. Será que agora os ministros do STF vão finalmente julgar o caso? Ou ele permanecerá “passeando pelos corredores lúgubres do Judiciário”, como indaga o blogueiro Antônio Mello.

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... aes__35095
A rigor, é mineiro e é tucano.

Mário Magalhães

09/10/2007 na edição 454


Mas a resposta depende de outra pergunta: o mensalão é nacional ou petista? Sem dúvida, é tanto nacional como petista.

O que não pode é o mensalão ser nacional e, o valerioduto, tucano. Ou o valerioduto ser mineiro e, o mensalão, petista.

Não se trata de joguete de adjetivos, mas do exercício de um dos pilares do projeto editorial da Folha, o apartidarismo.

Foi o que faltou à Primeira Página do domingo passado, quando a manchete – ‘Valerioduto de MG pagou juiz eleitoral, afirma PF’- sintetizou uma boa reportagem.

Na chamada, o texto curto que resume as informações das páginas internas, a expressão ‘mensalão do PT’ contrastou com ‘valerioduto mineiro’.

Quem lê ‘mensalão petista’ recebe uma informação correta: o esquema ilícito de pagamento a políticos de vários Estados e outros associados ao governo federal foi tocado a partir de 2003 por dirigentes do PT e próceres da administração -é a opinião do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já quem lê ‘valerioduto mineiro’ se informa pela metade: o desvio de verbas públicas que alimentaram em 1998 a campanha de reeleição ao governo de Minas do hoje senador Eduardo Azeredo se concentrou no PSDB -conforme inquérito da Polícia Federal.

Portanto, se o mensalão é do PT, o valerioduto é do PSDB. Sem equivalência de critério, empregam-se dois pesos e duas medidas -os petistas aparecem mal, e os tucanos são poupados.

O esquema de repasses por meio de empresas do publicitário Marcos Valério de Souza conheceu seu ápice no primeiro mandato de Lula. Depois se soube de sua gênese na gestão estadual de Azeredo.

O mensalão nacional favoreceu muitos partidos, mas seu núcleo foi petista. Se o valerioduto mineiro beneficiou legendas diversas, desenvolveu-se em torno do tucanato.

Um exemplo de jornalismo crítico e equilibrado foi publicado pela própria Folha, também no último domingo: a reportagem que comparou o mensalão com o valerioduto.

Uma contribuição inspirada ao debate sobre a cobertura é o artigo que o ombudsman do IG (e ex da Folha), Mario Vitor Santos, veiculou em seu blog, ancorado no portal."

http://www.icoenoticia.com/2012/06/o-ju ... go-de.html
"O julgamento do século": Um jogo de cartas marcadas?‏
Postado porYuri Guedes on 21:04 in artigo, texto internauta | 0 comentários
O que esperar de um julgamento que não pode ter outro resultado aceitável, a não ser a condenação dos réus, não obstante a falta de provas que os incrimine?

Se você estivesse preste a enfrentar um Tribunal cujos juízes se deixassem pressionar por um poder paralelo que demonstra uma enorme capacidade de influenciar as decisões de seus julgadores, a ponto de inverter a pauta de julgamento desse tribunal apenas para atender a um clamor midiático em nome de posições políticos/ideológicas bem definidas e a esse clamor chama de opinião pública.

Muito embora a verdadeira opinião pública já tenha dado um veredito de absolvição naquilo que poderia fazê-lo, aos réus que deveriam enfrentar um julgamento técnico, quando chamada a emitir um juízo de valor por meio do voto, mas irão se confrontar com um novo julgamento político, numa casa que se supunha a guardiã da constituição? Como você se sentiria? Imagino bastante desalentado.

E se os crimes de que você é acusado se originassem de um esquema que já tinha sido usado anteriormente pelo mesmo financiador, apenas com personagens diferentes, os quais também são réus de um processo semelhante ao seu que se encontra no mesmo tribunal e é muito mais antigo, devendo portanto ter entrado na pauta de julgamento primeiro mas a ele não foi dada a mesma dimensão porque o poder paralelo que se arvora em fiscal da lei, função que a constituição não lhe atribui, age com forte pressão sobre os juízes que irão julgar você, determinou sua culpa e por isso deve ser julgado com grande estardalhaço e os réus do outro processo não, uma vez que eles defendem as posições políticas dos que querem sua condenação conseguindo que a corte que fará seu julgamento se vergue a pressões, confiaria numa sentença isenta, livre de pré-julgamentos? Acredito que não.

E se aquele que é acusado de ter sido o chefe da quadrilha, ainda que não faça parte do rol dos denunciados, seja imposta a mordaça, não se lhe permitindo que proteste, que grite contra as pressões que jogam sobre os juízes que determinarão que você ficará preso ou em liberdade, não se contenha e acuse a farsa, se levante contra a armação, imediatamente passe a sofrer da falsa acusação de querer "melar" o julgamento.

Quando está somente no legítimo direito de fazer o contraponto, de tentar se sobrepor as pressões, de frear o movimento de condenação antecipada, diga que os crimes atribuídos aos réus são imputações desprovidas de provas, único a ter voz ouvida entre todos que desejam que você seja condenado, sofra também da parte do acusador-mor, o Procurador Geral da República e de um de seus juízes, ministro do STF, a vil acusação de querer influir nas decisões do tribunal para adiar seu julgamento ou levá-lo a prescrição, quando a cada minuto quem está agindo assim é exatamente aqueles que fazem campanha para que você seja trancafiado numa prisão.

O fazendo pelo piores motivos, o primeiro porque não deu curso a uma investigação federal vindo a ser acusado de prevaricar e o segundo por ter sobre a cabeça a suspeita de haver manchado a reputação num esquema criminoso e os demais juízes que deveriam guardar o decoro do cargo se submetem a tais argumentos e de afogadilho marcam o dia e a hora de seu julgamento para dá azo a vaidade de um dos juízes que irá julgá-lo e quer entrar para história do tribunal que preside como o ministro que julgou o processo a que você está arrolado como réu contra todo o bom senso que deveria prevalecer em tais situações porque vai aposentar-se, acreditaria que seus julgadores lhe dariam um julgamento justo? Dificilmente!

Pois um julgamento assim está em curso com todos os personagens acima descritos. A mídia que faz as vezes de poder paralelo conseguiu dobrar os juízes do processo, os ministros do STF que capitularam ante as pressões da "opinião publicada" na grande imprensa tida como opinião pública.

Os ministros do STF que dizem ser imunes a pressões, avocando a vitaliciedade do cargo como demonstração de sua capacidade de não deixar-se influenciar-se por pressões externas, não conseguem explicar porque o mensalão denunciado por Roberto Jefferson está com data marcada e o mensalão mineiro precursor do mensalão que vai a julgamento em agosto não entrou na pauta de julgamento do supremo, se a denúncia deste mensalão mineiro é cinco anos mais antiga do que o "mensalão" do governo Lula.

Não é possível acreditar num julgamento isento com todos os fatos que estão postos na mesa. Procurador que deixou de cumprir com a investidura de seu múnus no caso da operação Vegas, ao ser cobrado, liga as cobranças ao julgamento do mensalão.

Ministro do STF que pegou carona num avião fretado por um criminoso diz ter sido pressionado pelo ex-presidente a usar de sua influência para adiar o julgamento do mensalão em troca de uma suposta blindagem numa CPMI aberta pelo congresso. Mídia que pressiona juízes a marcar uma data para um julgamento cujo processo é semelhante ipsis litteris a um outro, o mensalão mineiro, e não há a mesma cobrança.

Ministro que é pressionado a declarar-se suspeito porque foi Advogado Geral da União do governo que estará sob julgamento e ministro que a mídia insiste em desconhecer suspeição embora tenha sido Advogado Geral da União do governo anterior que é o principal interessado na condenação dos réus do processo do mensalão. Presidente da corte que irá julgar o processo do mensalão e vai aposentar-se e quer entrar para a história do tribunal como presidente que colocou em pauta o julgamento do mensalão.

Ex-presidente tido e havido como o chefe da quadrilha que não está em julgamento, mas é sistematicamente impedido de manifestar-se como cidadão sobre os rumos do processo, enquanto quem o acusa usa de um grande meio de comunicação social para fazer pressão sobre o STF. Tudo isto posto, o resultado não pode ser outro que não a condenação.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#198 Mensagem por Roy Kalifa » 18 Jun 2012, 15:02

Agora a farra é na companhia do Maluf: :roll:

Chapa esquisita
A aliança de Haddad com o PP ocorre poucos dias após acertar com a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) o cargo de vice de sua chapa. A união de dois ex-prefeitos que se opõem histórica e ideologicamente na mesma candidatura causou estranheza e algumas farpas.

"Eu derrotei Maluf em 88 e ele não vai fazer gestão nenhuma. Ele não vai ser o prefeito e nem o vice-prefeito", disse Erundina na sexta-feira, ao oficializar seu apoio a Haddad. "Vou fazer campanha junto do povo, na periferia, nas favelas, nos cortiços. Não sei se o PP se encaixa porque não sei se eles concordam com nosso projeto." Ela, que também é deputada federal por São Paulo, afirmou que se sentiria "desconfortável" caso suba no mesmo palanque que Maluf.

No evento de hoje, Haddad minimizou a fala de Erundina. "Compreendo as declarações, porque 20 ou 24 anos atrás o contexto político era outro", disse ele. "Mas hoje, nós temos um projeto político de poder que está dando certo. Com isso, temos que avaliar o que é melhor para a cidade."

"Eles estão com Deus e o Diabo", alfinetou no sábado o pré-candidato do PDT, Paulinho da Força, durante a convenção do partido. Segundo ele, que disputa os votos da esquerda com o PT e poderia ter parte da militância atraída por Erundina, a parceria com Maluf vai tratar de afastar o eleitorado fiel. "Eu não sei como é que essa militância histórica que a Erundina tem em São Paulo vai ver o Maluf do lado dela. Acho que eles têm um problema pela frente."

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2 ... Maluf.html

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#199 Mensagem por Carnage » 08 Jul 2012, 19:15

http://www.cartacapital.com.br/politica ... mparativo/
Os mensalões, um comparativo
Por Marcos Coimbra


Por coincidência, justamente quando o julgamento do mais famoso “mensalão”, que alguns chamam “do PT”, foi marcado, a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) sua denúncia contra os acusados de outro, o “mensalão do DEM” do Distrito Federal.

Trata-se mesmo de um acaso, pois a única coisa que os dois compartilham é o nome. Equivocado por completo para caracterizar o primeiro e inadequado para o segundo.

Naquele “do PT”, nada foi provado que sugerisse haver “mensalão”, na acepção que a palavra adquiriu em nosso vocabulário político: o pagamento de (gordas, como indica o aumentativo) propinas mensais regulares a parlamentares para votar com o governo. No outro, essa é uma das partes menos importante da história.

Alguns acham legítimo – e até bonito – empregar a expressão como sinônimo genérico de “escândalo” ou “corrupção”, mas isso só distorce o entendimento. O que se ganha ao usar mal o português? No máximo, contundência na guerra ideológica. Chamar alguma coisa de “mensalão” (ou adotar neologismos como “mensaleiro”) tornou-se uma forma de ofender.

Fora o nome errado igual, os dois são diferentes.

Ninguém olha o “mensalão” de Brasília como se tivesse significado especial. É somente, o que não quer dizer que seja pouco, um caso de agentes políticos e funcionários públicos, associados a representantes de empresas privadas, suspeitos de irregularidades.

Por isso, se o STJ acolher a denúncia, o processo terá tramitação normal. Sem cobranças para que ande celeremente. Sem que seja pintado com cores mais fortes que aquelas que já possui. Sem que se crie em seu torno um clima de “julgamento do século” ou sequer do ano.

É provável que aconteça com ele o mesmo que com outro mais antigo, o “mensalão do PSDB”. Esse, que alguns dizem ser o “pai de todos”, veio a público no mesmo período daquele “do PT”, mas avança em câmera lenta. Está ainda na fase de instrução, sem qualquer perspectiva de julgamento.

Por que o que afeta o PT é mais importante?

A resposta é óbvia: porque atinge o PT. Se os “mensalões” da oposição são tratados como secundários e se outros são irrelevantes (como os que a toda hora são noticiados em estados e municípios), deveria existir no do PT algo que justifique tratamento diferente.

Há quem responda com uma frase feita, tão difundida, quanto vaga: seria o “maior escândalo da história política brasileira”. Repetida como um mantra pelos adversários do PT, não é substanciada por nenhuma evidência, mas circula como se fosse verdade comprovada.

“Maior” em que sentido? Os recursos públicos movimentados seriam maiores? Mais gente estaria envolvida?

É difícil para quem lê as alegações finais do Ministério Público Federal (MPF) compreender o montante que em sua opinião teria sido desviado e como. O documento é vago e impreciso em algo tão fundamental.

Essa indefinição pode ser, no entanto, positiva: deixa a imaginação livre. Qualquer um pode inventar o valor que quiser.

O “mensalão do DEM”, ao contrário, tem tamanho especificado: 110 milhões de reais. Nele, o MPF não se confundiu com as contas.

Se o critério para considerar maior o petista for a quantidade de envolvidos, temos um curioso empate: dos 40 acusados originais, número buscado pelo MPF apenas por seu simbolismo, restam 37, tantos quanto os denunciados no escândalo de Brasília.

E há diferenças notáveis. No “mensalão do DEM”, os agentes públicos foram citados por desviar dinheiro para enriquecimento pessoal, o que, em linguagem popular, significa roubar. No “do PT”, nenhum.

De um lado, valores certos, acusados em número real, motivações inaceitáveis. Do outro, o oposto.

Quando o procurador-geral declarou que “a instrução comprovou que foi engendrado um plano criminoso para a compra de votos dentro do Congresso Nacional”, esqueceu que nem sequer uma linha de suas alegações o demonstrou. Arrolou 12 deputados (quatro do PT), que equivalem a 2% da Câmara, número insuficiente para sequer presumir que houvesse “um esquema de cooptação de apoio político”, a menos que inteiramente inepto.

No caso de Brasília, nada está fantasiado, é tudo visível, o que não significa que tenha sido provado de forma juridicamente correta.

No fundo, essa é a questão e a grande diferença entre os dois. Quando a hora chegar, o “mensalão do DEM” deverá, ao que tudo indica, ser analisado de maneira técnica. Se o “do PT” o fosse, pouco da acusação se sustentaria.

Tomara que os ministros do STF consigam independência para julgá-lo de maneira isenta, livres das pressões dos que exigem veredictos condenatórios.
http://www.valor.com.br/politica/273740 ... z1ziTo495l
Criminalistas apostam em absolvição geral

Faltando menos de um mês para o início do julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados que defendem os 38 réus na Ação Penal nº 470 esperam dos 11 ministros da corte uma análise técnica do caso - e acreditam que, se ela ocorrer, praticamente não haverá condenações. Os argumentos que sustentam sua crença na absolvição vão desde a ausência de provas técnicas até a jurisprudência do Supremo, que, se seguida pelos ministros, favoreceria os réus. Ainda assim, o grupo - que inclui boa parte dos mais renomados criminalistas do país - não descarta um julgamento político e dá como perdidos os votos do relator Joaquim Barbosa e do presidente da corte, Carlos Ayres Britto.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#200 Mensagem por Carnage » 17 Jul 2012, 21:09

www.viomundo.com.br/politica/walter-mai ... entos.html
Supremos momentos
publicado em 9 de julho de 2012 às 10:55
por Wálter Maierovitch, em CartaCapital

Têmis, a deusa mitológica da Justiça, sempre desfrutou de grande prestígio. Dante lembrou-se dela no Purgatório. Ovídio, na Metamorfose, contou em poema épico a solução do oráculo para Pirra e Deucalião povoarem o planeta devastado pelo Dilúvio Universal. Assim, os dois saíram a atirar, sem olhar para trás, pedras que se transformavam, ao tocar o solo, em mulheres e homens, conforme lançadas pelo casal.

A venda nos olhos de Têmis foi colocada por artistas alemães da Idade Média, como lembra o jurista Damásio de Jesus e para simbolizar a imparcialidade. No Brasil, seria melhor termos uma Têmis de olhos bem abertos e com representantes no Supremo Tribunal Federal (STF), com mandato improrrogável de cinco anos. Como ironizou Mario Quintana, o poeta das coisas simples: “A Justiça é cega e isso serve para explicar muita coisa”.

A propósito, o STF, nos últimos 40 anos, condenou à pena de prisão fechada apenas um deputado, e ele era do baixo clero: Natan Donatan (PMDB-RO). Em 2 de agosto, começará o julgamento do processo criminal que ficou conhecido por mensalão, com 38 réus, 234 volumes, 495 anexos e 50.119 páginas. Têmis estará lá, entronizada que foi na parte externa da sede do Pretório, com venda nos olhos e de costas para os 11 julgadores.

O nome “mensalão” completou sete anos de idade e restou cunhado pelo então deputado e delator Roberto Jefferson. Refere-se, conforme o Ministério Público Federal em denúncia apresentada e recebida pelo STF, a um esquema de compra, habitual e em dinheiro, de apoio de parlamentares e a envolver crimes de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e corrupção ativa e passiva.

Jefferson, um dos réus, admitiu ter recebido 4,5 milhões de reais. Até hoje, ele não declinou, de modo a conferir impunidade, os nomes dos parlamentares do seu partido político e para os quais repassou o dinheiro. Talvez pelo silêncio com relação aos seus, Jefferson, um varão de Plutarco às avessas, mantém-se como presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). A propósito, ele contou ter embolsado vivos 4 milhões de reais e o restante mandou seu motorista buscar no restaurante do Banco Rural.

O ministro Ayres Britto, presidente da Corte excelsa, quebrou lanças para tentar julgar o caso antes de se aposentar em 18 de novembro próximo. No momento, os ministros do STF gozam férias e Brito tentou suspendê-las para poder antecipar o julgamento. Apesar do recesso e movido pela preocupação de uma quase certa falta de tempo para se colher o voto do ministro Cezar Peluso, que se aposenta compulsoriamente em 3 de setembro, o presidente Britto tenta mudar o cronograma já divulgado. Ele trabalha, junto aos seus pares, para marcar três sessões semanais e apressar a solução final.

De olho num desgaste de adversários em período eleitoral, muitos aplaudem a pressa de Britto. Lógico, se esquecem da lentidão do processo chamado “mensalão tucano”. Na verdade, e a Têmis bem sabe, o julgamento açodado compromete o processo justo. A pressa jamais pode ser o objetivo principal em um julgamento.

No caso do “mensalão”, os ministros realizaram, sem ouvir os advogados constituídos pelos réus, uma divisão de tempo para a sustentação oral em plenário da Corte e o acusador ganhou prazo maior. Dessa maneira, os ministros transformaram o poder discricionário em puro arbítrio.

Diante desse quadro e com dois ministros impedidos por flagrante parcialidade (Gilmar Mendes e Dias Toffoli), surgirão incidentes processuais que poderão furar o cronograma. E até impossibilitar, pelo decurso do tempo, o voto de Peluso, ainda que se cogite de antecipar o voto, depois dos lançados pelo relator e o revisor.

Nada justifica tal apressamento, e aqui cabe um data venia em homenagem a Ayres Britto. Em clima impróprio por pressões e cúmulos de interesses variados, o julgamento poderá transmudar-se de técnico para político. O STF, diversas vezes, optou por decisões políticas. Por exemplo, ao decidir pela legitimidade da denominada lei da anistia, aprovada por Parlamento biônico e cunhada pelos militares para garantir a impunidade em face de consumados crimes de lesa-humanidade, os ministros, por maioria e conduzidos pelo voto de Eros Grau, deram uma decisão política, além de canhestra.

Numa apertada síntese, deveria ser esquecida a pressa e se focar no fazer Justiça no melhor dos climas. Peluso, que é homem honrado e que nunca tirou coelho de cartola, deveria pendurar a toga na volta do recesso pela razão de não poder, colhido pela aposentadoria, acompanhar o voto dos demais.

Até o final do julgamento, o julgador pode se retratar diante dos argumentos apresentados nos votos dos demais. Se Peluso votar e cair fora, será vencido, e aqui cabe outro data venia, pela soberba. Com dez ministros (contando Mendes e Toffoli) e empate, vai valer o in dubio pro reo, pois todos são presumidamente inocentes.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#201 Mensagem por Carnage » 17 Jul 2012, 21:10

Essa eu tenho certeza que um monte de gente vai adorar

http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... y71qBKaIPE

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#202 Mensagem por Carnage » 23 Jul 2012, 22:35

Mas é lógico que não tem só tucano no balaio

http://altino.blogspot.com.br/2012/07/p ... -tiao.html
PEDIDO DE CASSAÇÃO DE JORGE E TIÃO

A Procuradoria Geral Eleitoral emitiu na noite desta quinta-feira (19), em Brasília, parecer favorável ao pedido de cassação do governador do Acre, Tião Viana (PT), do senador Jorge Viana (PT-AC), do vice-governador César Messias (PP) e dos suplentes Nilson Mourão e Gabriel Maia.

Assinado pela vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, o parecer denuncia os cinco políticos da coligação Frente Popular do Acre de abuso dos meios de comunicação social, do poder político e do poder econômico durante as eleições de 2010.

Sandra Cureau reconhece a responsabilidade dos caciques do PT do Acre no cometimento de ilícitos eleitorais e manifesta-se pela anulação da votação recebida e pela cassação dos diplomas outorgados, "obtidos ilegítima e ilegalmente, com violações flagrantes que levaram ao desequilíbrio da disputa eleitoral no Estado do Acre”.

De acordo com o relatório do Ministério Público Eleitoral, o senador Jorge Viana e sua companheira Maria Dolores Miguel Nieto “utilizaram-se de agentes públicos (a então juíza eleitoral Arnete Guimarães) e a conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Acre Dulcinéa Araújo para tentar se furtar às investigações levadas a efeito pela Polícia Federal, em evidente abuso de poder político”.

A Frente Popular do Acre é denunciada por ter explorado a situação de dependência econômica do setor privado ao setor público. Candidatos e seus coordenadores de campanha realizaram diversas reuniões com o empresariado, ocasiões em que os convocavam para aderir, com recursos financeiros e humanos, à campanha da coligação.

São mencionadas conversas travadas, em ligações telefônicas, entre os articuladores de campanha e os empresários. De acordo com as investigações, o trabalho de elaboração dos convites e a cessão de espaço para as reuniões são estimáveis em dinheiro e não foram contabilizados como doação de campanha, configurando uso abusivo do poder econômico.

O relatório apresenta planilha com os valores obtidos pelas empresas em contratos com a Administração Pública do Acre e os valores das doações realizadas pelas referidas empresas a partidos e candidatos majoritários da Frente Popular do Acre.

Funcionários de empreiteiras e empresas contratantes com o Poder Público, sob o pretexto de tratar de assuntos de interesse dos trabalhadores, foram convocados com a finalidade de realizar atos de campanha. A prática abusiva acarretou a paralisação de obras públicas.

A partir da transcrição de trechos de conversas telefônicas, ficou confirmado que empreiteiros financiadores de campanha liberaram mais cedo seus funcionários para que estes participassem dos comícios.

Também foi constatada compra de votos, face à declaração de que se os trabalhadores comparecessem ao mencionado evento “receberiam R$ 50,00, a título de pagamento para trabalhar no domingo de eleições”.

Foram entregues aos funcionários de uma empresa camisa vermelha para ser usada no dia do evento, conduta também caracterizadora de abuso de poder político, abuso de poder econômico e compra de voto.

Segundo o relatório, é irrecusável a situação de sujeição dos meios de comunicação, concorrendo para que “os empresários e trabalhadores de comunicação se tornem vulneráveis às investidas dos governantes”.

O governo estadual é acusado de, por meio da empresa de publicidade Companhia de Selva de Criação e Produção Ltda., destinar publicidade e recursos financeiros a todos os principais jornais locais, efetuando pagamentos por meio de interpostas pessoas jurídicas, em esquema que redundou em investigação policial por crime de formação de quadrilha, fraude a processo licitatório e fraude à execução.

Os jornais impressos destacaram frases de efeito classificadas como “vergonhosas”, nas linhas editoriais. Até a letra de jingle de campanha foram publicados pelos jornais, segundo o Ministério Público Eleitoral.

Tal prática, segundo o recurso, foi dotada de potencialidade lesiva com a intenção de desestabilizar o pleito.

O relatório menciona publicação de pesquisas não registradas conferindo vantagens de intenções de votos ao candidato ao senado, Edvaldo Magalhães, sobre o candidato Sérgio Petecão, além do uso ilegal e abusivo da estatal TV Aldeia.

O MPE apresenta fotos de servidores públicos cuja participação foi exigida nos atos da coligação Frente Popular do Acre. Até o site oficial de campanha de Tião Viana era alimentado por servidores públicos do município.

A Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa e da estatal Rádio Aldeia também participavam do esquema.

Já a Assessoria de Comunicação do Município de Rio Branco chegou a cumprir, segundo a denúncia, expediente no jornal Página 20.

O documento assinado pela Vice-Procuradora-Geral Eleitoral tem 41 páginas.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#203 Mensagem por Carnage » 31 Jul 2012, 22:47

Desatemos o nó
http://www.cartacapital.com.br/politica/desatemos-o-no/

Jornal ligado ao PSDB reconhece que não há provas do mensalão
http://www.blogdacidadania.com.br/2012/ ... -mensalao/

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/ ... ensa.shtml
Janio de Freitas

O julgamento na imprensa

Se há contra os réus indução de animosidade, a resposta prevista só pode ser a expectativa de condenações


O julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes.

Os trabalhos jornalísticos com esforço de equilíbrio estão em minoria quase comovente.

Na hipótese mais complacente com a imprensa, aí considerados também o rádio e a TV, o sentido e a massa de reportagens e comentários resulta em pressão forte, com duas direções.

Uma, sobre o Supremo. Sobre a liberdade dos magistrados de exercerem sua concepção de justiça, sem influências, inconscientes mesmo, de fatores externos ao julgamento, qualquer que seja.

Essa é a condição que os regimes autoritários negam aos magistrados e a democracia lhes oferece.

Dicotomia que permite pesar e medir o quanto há de apego à democracia em determinados modos de tratar o julgamento do mensalão, seus réus e até o papel da defesa.

O outro rumo da pressão é, claro, a opinião pública que se forma sob as influências do que lhe ofereçam os meios de comunicação.

Se há indução de animosidade contra os réus e os advogados, na hora de um julgamento, a resposta prevista só pode ser a expectativa de condenações a granel e, no resultado alternativo, decepção exaltada. Com a consequência de louvação ou de repulsa à instituição judicial.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reforça o sentido das reportagens e dos comentários mais numerosos, ao achar que "o mensalão é o maior escândalo da história" -do Brasil, subentende-se.

O procurador-geral há de ter lido, ao menos isso, sobre o escândalo arquitetado pelo brilho agitador de Carlos Lacerda em 1954, que levou à República do Galeão, constituída por oficiais da FAB, e ao golpe iniciado contra Getúlio Vargas e interrompido à custa da vida do presidente.

Foi um escândalo de alegada corrupção que pôs multidões na rua contra Getúlio vivo e as fez retornar à rua, em lágrimas, por Getúlio morto.

Como desdobramento, uma série de tentativas de golpes militares e dois golpes consumados em 1955.

O procurador Roberto Gurgel não precisou ler sobre o escândalo de corrupção que levou multidões à rua contra Fernando Collor e, caso único na República, ao impeachment de um presidente. Nem esse episódio de corrupção foi escândalo maior?

E atenção, para não dizer, depois, que não recebemos a advertência de um certo e incerto historiador, em artigo publicado no Rio: "Vivemos um dos momentos mais difíceis da história republicana".

Dois inícios de guerra civil em 1930 e 1932, insurreição militar-comunista em 1935, golpe integralista abortado em 1937, levante gaúcho de defesa da legalidade em 1961, dezenas de tentativas e de golpes militares desde a década de 1920.

E agora, à espera do julgamento do mensalão, é que "vivemos um dos momentos mais difíceis da história republicana".
http://colunas.revistaepoca.globo.com/p ... -mensalao/
“Faltou muita coisa” no mensalão
09:35, 26/07/2012
Paulo Moreira Leite


Debora Bergamasco publica uma entrevista muito instrutiva com Osmar Serraglio, o deputado que foi relator da CPI dos Correios, a primeira em três que investigaram o mensalão.

Serraglio afirma:

“Faltou muita coisa, muito do que eles ficam batendo agora que ‘não tá provado isso, não tá provado aquilo’ é porque a gente estava amarrado, não tínhamos liberdade. Hoje, por exemplo, o José Dirceu fala que ele não tem nada a ver com isso. Nós poderíamos ter feito provas muito mais contundentes em relação à evidente ascendência que ele tinha”, diz Serraglio.

Ele também diz que na CPI os petistas agiam para dirigir as investigações para o terreno em que lhes interessava. Por exemplo: pressionavam para que se procurasse pela origem do dinheiro que Delúbio Soares e Marcos Valério distribuíam e não pelo seu destino.

O depoimento é instrutivo pelo que diz e também pelo que dá a entender. Ao admitir que “faltou muita coisa” o deputado reconhece que apesar de todo o esforço realizado na época, não se conseguiu avançar na produção de provas contra Dirceu e outros acusados.

O argumento de que a liderança política de Dirceu atrapalhou a investigação faz sentido. Também acredito que os deputados da bancada governista não ajudaram a investigar seu próprio governo. Mas eu acho que isso sempre faz parte do jogo em toda CPI, desde a Idade das Cavernas, não é mesmo?

Seja pelo motivo que for, a alegação de Serraglio coloca um problema para a acusação. Equivale ao reconhecimento de que tem dificuldade para apresentar provas para o julgamento.

Essa avaliação não é nova.

Num texto que publiquei aqui, semanas atrás, dizia que a tese principal do mensalão, como um sistema de compra de votos no Congresso, não estava demonstrado no inquérito da Polícia Federal sobre o caso.

Não fui o primeiro a sustentar isso. O jornalista Lucas Figueiredo, autor de O Operador, sobre Marcos Valério, que fez várias revelações importantes sobre o caso, mostra que o mensalão “não foi provado”—Lucas já dizia isso em 2006.

Jânio de Freitas, um dos grandes mestres do jornalismo, escreveu na segunda-feira que é possível sustentar que Dirceu é o chefe do mensalão com a mesma consistência que se poderia dizer que o chefe era Antonio Palocci, pois não há prova alguma contra nenhum dos dois neste caso.

Esta é a questão. Muito do que se disse não se provou. Por que?

Se você conversar com a bancada do PT, irá concluir que não se provou porque não havia o que deveria ser provado. O mensalão era o nome para os conhecidos esquemas de financiamento de campanhas eleitorais.

Mas há explicações técnicas que ajudam a entender porque as investigações não avançaram mais, evitando a constatação de que faltou muita coisa,” como diz Serraglio.

Uma observação possível é que faltou um acordo para a delação premiada. Roberto Jefferson deu grandes entrevistas e fez ótimos discursos, mas, como disse Fernando Henrique Cardoso, ele “teatralizou o mensalão.”

Um delegado me assegura que tudo teria sido muito diferente se Marcos Valério, em vez de perseguido de modo implacável, tivesse recebido a oferta de salvar a própria pele na hora certa – e passado a agir como aliado das investigações, em vez de proteger-se como acusado.

O que ele poderia contar? Aquilo que a oposição espera? Aquilo que o governo sustenta? Não se sabe. Seja como for, é tarde demais.

O Supremo irá julgar o mensalão com aquilo que está nos autos. Será um julgamento técnico e político.

Técnico, porque não se trata de uma corte de aloprados. E político, porque o STF tem a função de defender a Constituição – e essa missão é política.

Quando se fala no aspecto político, pode-se pensar em várias hipóteses. Uma delas, a que parece mais óbvia, seria atender a um clamor contra a corrupção e contra a impunidade.

Mas também é uma atitude política considerar que, apesar deste clamor, convém afirmar outro valor, de que é preciso julgar com isenção, a partir de provas claras e bem fundamentadas. Este é o debate real no julgamento.

Leia meu artigo anterior sobre o mensalão:

http://colunas.revistaepoca.globo.com/p ... -mensalao/

Leia a entrevista de Serraglio no Estadão

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5584,0.htm

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#204 Mensagem por Carnage » 31 Jul 2012, 22:56

Mais um processo encerrado por falta de provas!

E aí, como é que fica??


http://www.tribunahoje.com/noticia/3442 ... uerra.html
Justiça Federal arquiva processo contra Erenice Guerra
Ex-ministra perdeu o cargo na Casa Civil em 2010, em meio à disputa presidencial
Folha Online 24/07/2012 22:30

Foto: Reuters


Um ano e sete meses depois de aberto, o inquérito que apurou tráfico de influência na Casa Civil durante a gestão da ex-ministra Erenice Guerra foi arquivado pela Justiça Federal.

O advogado Mário de Oliveira Filho afirmou à Folha que a Justiça não encontrou provas de que sua cliente e familiares cometeram crime.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, que determinou o arquivamento, não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto. A Justiça Federal em Brasília também não informou o conteúdo da decisão.

O Ministério Público Federal no Distrito Federal e a Polícia Federal que, segundo o advogado, acompanharam a decisão do juiz, não se pronunciaram.

Erenice perdeu o cargo de ministra da Casa Civil em 2010, em meio à disputa presidencial. A queda ocorreu no dia em que a Folha revelou que ela recebeu no gabinete um empresário e o orientou a contratar a consultoria do seu filho para conseguir um empréstimo no BNDES.

A ex-ministra confirmou em depoimento à PF que recebeu Rubnei Quícoli na Casa Civil, mas negou ter sugerido que contratasse a empresa de lobby de seu filho.

O escândalo tirou votos da então candidata Dilma Rousseff, de quem Erenice era braço direito, e levou a eleição ao segundo turno, conforme já admitiu o marqueteiro da campanha petista.

A revista "Veja" também publicou reportagem segundo a qual Israel Guerra, filho da então ministra, usava o nome da mãe para fazer lobby. De acordo com a revista, dinheiro de propina foi entregue no Palácio do Planalto, no gabinete da Casa Civil.

http://www.blogdacidadania.com.br/2012/ ... a-culpada/
Mas Erenice não era “culpada”?
Eduardo Guimarães


A mídia, no mundo inteiro, tem um poder que ninguém deveria ter nas democracias: condenar e absolver quem quiser das acusações que faz ou que, para os políticos “amigos”, tenta desfazer. Agora mesmo, o país está às portas de ver no que vai dar uma dessas feitiçarias midiáticas, a do escândalo do mensalão “do PT”.

Há mais ou menos sete anos que a opinião pública vem sendo induzida pela mídia a acreditar piamente na culpa “inquestionável” dos 38 réus no inquérito do mensalão, o qual vai a julgamento no STF a partir da semana que vem. Muita gente caiu nessa, inclusive pessoas que não são movidas pela má fé da imprensa partidarizada.

Na semana que finda, porém, ainda que a notícia tenha sido dada com extrema discrição, mais um dos integrantes de um governo petista que fora “condenado” pela mídia foi absolvido pela Justiça, gerando perplexidade naqueles que tiveram acesso à notícia mal-divulgada sobre essa absolvição.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região arquivou o processo contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra por suposto tráfico de influência, após acatar recomendação do Ministério Público Federal (MPF). A decisão foi decretada na sexta-feira passada (20) pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal.

Em 2010, no auge da campanha eleitoral em que Dilma Rousseff derrotou José Serra, Erenice – sucessora de Dilma na Casa Civil – fora acusada pela mídia de ter beneficiado parentes em contratações de serviços aéreos para os Correios, estudos para projetos de mobilidade urbana e outorgas de concessão de serviço móvel especializado.

As denúncias contra Erenice, entre outros fatores, ajudaram a levar a eleição presidencial de 2010 para o segundo turno, favorecendo José Serra, que por pouco não sofreu uma derrota ainda maior para alguém como Dilma, que, ao contrário dele, jamais disputara uma eleição na vida.

A indisposição da mídia com Erenice, em particular, fora desencadeada mais de dois anos antes, ainda em 2008, quando também sofrera outra acusação que se esboroou ao ser investigada pela Justiça e pela Polícia Federal.

Naquele início de 2008, a oposição acusara o governo Lula de montar um dossiê com gastos sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O objetivo, de acordo com a oposição, seria constrangê-la na CPI dos Cartões, criada naquele ano para investigar possíveis irregularidades no uso dos cartões corporativos do governo federal.

Não tardou para a mídia comprar a tese tucana. O suposto dossiê, de acordo com reportagem da Folha, foi montado pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma Rousseff. A oposição e aquele jornal, e posteriormente o resto da mídia, insinuaram que a hoje presidente da República tinha ordenado a Erenice a confecção do dossiê.

Ainda hoje, apesar da primeira absolvição de Erenice, a mídia e a oposição a Dilma tratam aquele caso como se tivesse dado em alguma coisa – continuam repetindo uma acusação que, após ser investigada exaustivamente, mostrou-se mentirosa.

Todavia, nada seria mais contundente e massacrante do que a denúncia eleitoreira que se daria contra Erenice na véspera do primeiro turno da eleição presidencial de 2010, sobre tráfico de influência por Erenice, a qual a Justiça acaba de rechaçar por falta de provas que a imprensa, então, dizia que abundavam.

Em 11 de setembro de 2010, a 3 semanas do primeiro turno da eleição presidencial, justamente em um momento em que as pesquisas davam conta de enorme superioridade de Dilma sobre Serra, a revista Veja acusa o filho de Erenice de fazer “tráfico de influência” usando o cargo da mãe, então ministra da Casa Civil.

A partir dali, todo o noticiário foi sendo construído de forma a garantir à sociedade que Erenice e Dilma eram culpadas das acusações sem provas que a Veja fez e que toda a grande imprensa comprou sem questionar nada. O noticiário não deixava margem para sequer cogitar que a acusação não fosse séria.

Abaixo, algumas capas da Folha – que poderiam ser da Veja, de O Globo, do Estadão etc – que acusaram Erenice de forma tão cabal que não houve outro jeito senão demiti-la, e que servem de amostra de um fato impressionante: de 11 de setembro a 3 de outubro, todo dia Folha, Estadão, Globo e (semanalmente) Veja fustigaram a campanha de Dilma com o caso Erenice até a eleição ir ao segundo turno.

Observação: leia a primeira coluna de capas da Folha e depois a segunda coluna, obedecendo à ordem de datas abaixo de cada capa.

Agora, leitor, dê uma olhada, abaixo, em como saiu a notícia da absolvição de Erenice nesse mesmo jornal.

Não é por outra razão que Erenice Guerra anunciou, após ser absolvida, que estuda processar por danos morais os veículos de comunicação que, segundo afirmou, “promoveram um verdadeiro linchamento público” com objetivo eleitoral.

Essa é uma causa ganha – ou deveria ser, devido ao que prova este post sobre o que fez a mídia na reta final do primeiro turno da campanha eleitoral de 2010. O que se espera, portanto, é que Erenice não esmoreça e leve esse processo até o fim, pois esse tipo de armação continua sendo praticado a cada ano eleitoral pela mídia.

Agora mesmo, isso está acontecendo no que tange ao inquérito do mensalão, que começa a ser julgado pelo STF nos próximos dias. O uso eleitoral do processo está ocorrendo tal qual ocorreu em 2010, conforme se vê acima.

Todavia, assim como em 2010 não deu certo, em 2012 isso pode se repetir. Até porque, caso o STF absolva José Dirceu – e, quando se fala no inquérito do mensalão, fala-se especificamente nele – não apenas o resultado eleitoral que a mídia tucana busca pode ser de novo frustrado, mas essa mídia pode sofrer uma desmoralização muito maior do que a de 2010.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#205 Mensagem por Carnage » 09 Dez 2012, 17:20

http://www.redebrasilatual.com.br/blog/ ... ontra-o-pt
Operação da PF encontra indícios de venda de dossiês contra o PT

Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual


Chama a atenção uma matéria desta semana no jornal O Estado de São Paulo sobre os famosos dossiês que geralmente são elaborados contra políticos do PT, que nos faz imaginar futuras nuvens carregadas e prenúncio de tempestades sobre a sede do PSDB e da grande mídia paulista.

Segundo a publicação, a Polícia Federal (PF) suspeita que arapongas presos pela Operação Durkheim estavam a serviço de um grupo criminoso com duas frentes de ação: uma voltada para a prática de extorsões e de estelionato, e outra dedicada à venda de dossiês para campanhas eleitorais.

Na segunda-feira (26), a PF desmontou a máquina de grampos telefônicos e de coleta ilegal de dados protegidos por sigilos bancário, tributário e patrimonial. Cerca de 180 políticos e empresários são vítimas da rede de espionagem, segundo a PF.

Um indício de que o aparato de grampos tem mandante é um e-mail enviado em 27 de fevereiro por Maikel Jorge a Aldo Barretis, ambos investigados pela operação. Eles tratam do rastreamento do ex-ministro e atual secretário executivo da Previdência Social, Carlos Gabas.

- Falei com o cliente agora sobre o min. Ele disse que estão interessados em coisas envolvendo ele e o caso Bancoop. Pelo que vi no Google faz quase 20 anos. Bem, vamos ver.

(...)

Quem é "o cliente" citado no email? Ainda é um mistério, mas não custa lembrar que quem tem verdadeira obsessão pelo caso Bancoop (uma cooperativa habitacional fundada por um sindicato e que tinha em sua direção integrantes do PT), é gente do PSDB paulista, que já fez até CPI na Assembléia Legislativa paulista.

Isso pode explicar o pouco interesse da velha mídia de São Paulo, aliada do tucanato, por esta operação, mesmo se tratando de violação de sigilos do senador Eduardo Braga (PMDB), de um ex-ministro de Estado e de desembargadores, e até uma emissora de TV (Que ninguém sabe qual foi e que tampouco provocou indignação da própria mídia com a possível violação da relação jornalista-fonte)

O pouco interesse contrasta com a importância dada em 2010 sobre o vazamento de informações sigilosas de tucanos e pessoas ligadas a José Serra. Contrasta também com o noticiário do grampo sem áudio do ex-senador Demóstenes Torres, que gerou uma CPI no Congresso.

Outra quebra de sigilo com características de espionagem política foi o extrato de telefonemas do prefeito Kassab nos meses de maio e junho. Quem teria interesse em saber para quem Kassab estaria ligando no período pré-eleitoral? E por qual motivo? Seria alguém suspeitando de traição partidária? São perguntas que precisam ser respondidas.

Pega muito mal a mídia paulista ficar quieta sobre a Operação Durkheim. Lembra a relação de lealdade de um revista famosa ao bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A Polícia Federal precisa ir fundo nestas investigações, pois está claro que se trata de espionagem política, inclusive com a participação de maus policiais.

É preciso saber também se essa indústria de dossiês forjados eram matéria prima para denúncias na imprensa com fins eleitorais ou de derrubar pessoas de seus cargos no governo.

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#206 Mensagem por Roy Kalifa » 11 Dez 2012, 16:17

Isto já passou de farra faz tempo...

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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#207 Mensagem por ghostwriter » 17 Dez 2012, 19:05

Saiu na Veja esse fds (Reinaldo Azevedo)...

“... ESCÂNDALO BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração, alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo
Desde que Sérgio Gabrielli, o buliçoso ex-presidente da Petrobras, deixou a empresa, os esqueletos não param de pular do armário. A presidente Dilma Rousseff o pôs para correr. Ele se alojou na Secretaria de Planejamento da Bahia e é tido como o provável candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner. Dilma, é verdade, nunca gostou dele, desde quando era ministra. A questão pessoal importa menos. Depois de ler o que segue, é preciso responder outra coisa: o que ela pretende fazer com as lambanças perpetradas na Petrobras na gestão Gabrielli? Uma delas, apenas uma, abriu um rombo na empresa que passa de UM BILHÃO DE DÓLARES. Conto os passos da impressionante reportagem de Malu Gaspar na VEJA desta semana. Prestem atenção!

1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.
2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável”.
3 – Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras é Alberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.
Calma! O escândalo mal começou
Se você acha que o que aconteceu até agora já dá cadeia, é porque ainda não sabe do resto.
4 – A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…
5 – … a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!
6 – E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?
7 – É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião. DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.
8 – A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. A Petrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!
9 – Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.
10 – Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,199 bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.
11 – Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.
12 – Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.
13 – Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto.

Encerro
Durante a campanha eleitoral de 2010, o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez propaganda de modo explícito, despudorado. Chegou a afirmar, o que é mentira descarada, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a sua gestão, tinha planos de privatizar a Petrobras.
Leram o que vai acima? Agora respondam: quem privatizou a Petrobras? E noto, meus caros: empresas privadas não são tratadas desse modo porque seus donos ou acionistas não permitem. A Petrobras, como fica claro, foi privatizada, sim, mas por um partido. Por isso, foi tratada como se fosse terra de ninguém. ...”

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florestal
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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#208 Mensagem por florestal » 11 Dez 2016, 20:51

Um tópico que eu abri em 2009 e do qual me orgulho, ajudei a acabar com a praga petista no Brasil.

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DR ABDELMASSIH FARAH
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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#209 Mensagem por DR ABDELMASSIH FARAH » 11 Dez 2016, 22:39

=D> =D> =D>

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Charlies Sheen
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Re: A farra dos petistas encastelados no poder.

#210 Mensagem por Charlies Sheen » 12 Dez 2016, 01:19

:lol:

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