Não acho a garota citada pelo Zero sem graça - muito pelo contrário.
Mas é uma moça para ser levada a um bom motel, pagar duzentão e esquecer o cronômetro...
Até hoje não entendi como essas supostas garotas de luxo sujeitam-se a atender em instalações medíocres, para usar um termo delicado. Exemplos: a rede dos três hoteis mais citadas aqui no fórum, os flats em travessinha da Pamplona, ao lado do Carrefour e congêneres.
Há quem diga que, se estão operando em tais condições, deve haver mercado.
E relatos do GPGUIA estariam a comprovar que há mesmo.
Ainda assim, tenho lá minhas dúvidas. É que ando cético demais...
Mas ainda assim, estou certo de que, no mundo real, a coisa anda um tanto diferente.
Em puteiros medianos (Ilha, Conetra e casas do tipo), as moças medianas (no mínimo iguais às que tem anúncios por toda parte e um monte de relatos por aqui) aceitam, de bom grado, quatro oncinhas e, a depender do dia e da situação, até menos...
Públicos distintos? Talvez!
Dia desses, estive em uma escandalosíssima boate, e ali também encontrei garotas, até bem interessantes, com que poderia fazer programas por duzentão (falavam da concorrência, das dificuldades...) Mas, ali, sem condições... (20 de estacionamento, 150 para entrar, 100 do quarto - fora o tratamento impessoal),
Quanto à diminuição no número de TD's, a lógica é simples:
O número de putanheiros aumentou? NÃO!
A renda dos putanheiros aumentou na mesma proporção que os preços "do GPGUIA", de período a período? NÃO!
O número de putas que anunciam em "sites", fazem seus "blogs" e sustentam os locadores de flats e tudo o que gira em torno deste novo jeito de se prostituir aumentou? SIM!
Novas safras de putas tem chegado, com aumento da concorrência? SIM!
As "não putas" estão cada vez mais liberarais em relação ao sexo? SIM!
(haja vista o caso da prefeita belga, só para ficarmos em um exemplo)
Desse jeito, é impossível imaginar que as moças possam fazer, por exemplo, o mesmo número de programas que faziam, por exemplo, a cada semana, há 5 ou 10 anos.
Temos, na verdade, um quadro em que todos os gastos das garotas aumentaram, mas a receita não oscilou na mesma proporção.
E basta conversar com as moças, em boates. Em geral, dirão que trabalhavam e ganhavam muito mais antes, apesar dos valores unitários praticados serem bem menores.
E cabe notar que, mesmo nesses locais, a maioria se apresenta com roupas novas, sapatos novos, cabelos, mão e pés bem apresentáveis... (tudo isso custa din din).
Claro que uma ou outra estrelinha pode estar ganhando 10 contos por mês ou até mais... EXCEÇÕES. Só isso. (E falo em valores líquidos, sem contar tudo o que todo mundo ganha nas costas delas, desde os locadores de flats, até os que mantém os anúncios, passando pelos cabeleireiros, lojas de grife etc)
E convenhamos que 10 contos é até pouco, sem registro, tendo que pagar transporte, alimentação, medicamentos e tudo o mais, arcar com perídos de férias, sem previdência, sem FGTS, sem NADA, tendo em vista o estigma social que é preciso suportar e todos os ossos do ofício.
E como se não bastassem, muitas ainda torram o que sobra em viagens, baladas, carros e suas despesas...Há ainda as viciadas... Ou seja, trabalham para nada!
Outros aspectos interessantes a se analisar são:
- putas de ontem, que tinham montes e montes de anúncios, já não tem mais quase nada, apesar de ainda não terem se tocado que o valor de seus programas está fora do aceitável;
- putas com registros de sucesso em seus blogs (vários atendimentos por dia, sempre com clientes "gostosos", "cheirosos", "bons de cama") e ainda pagando flats, pagando anúncios;
Por fim, restam algumas questões:
EU SOU O BOZO?
ONDE ESTÁ A VERDADE?
A SITUAÇÃO ESTÁ BOA PARA QUEM, de fato?
O fato é que, queiramos ou não, a profissão mais antiga do mundo parece estar um tanto cambaleante, o que não deixa de ser um passo importante para nossa sociedade. Putinhas espertas sabem disso - tanto que estudam, procuram inserção em outras áreas, ficam com um pé dentro e outra fora do ramo e purpurinam tão logo quanto possível...