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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#31 Mensagem por Carnage » 12 Abr 2012, 23:27

CPI e mensalão vão dominar a campanha
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-ko ... -campanha/

Partidos escalam seus 'pitbulls' para compor CPI do Cachoeira

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 9886,0.htm

PT deveria processar a Globo por reportagem do JN contra Agnelo
http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... ra-agnelo/

Agnelo e Marconi são primeiras vítimas da CPI
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-ko ... as-da-cpi/


http://www.brasildefato.com.br/content/ ... -criminosa
Apenas um ponto da teia criminosa
Os que tramaram pela derrubada do governo, ficarão impunes?

11/04/2012

Editorial ed. 476



A casa do senador Demóstenes Torres (ex-Dem/GO) ruiu. Descobriu- se que o senador, até poucos dias atrás tido como o mais tenaz e corajoso combatente da corrupção pública dos governos petistas, está entranhado com atividades ilegais comandadas pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Demóstenes e Cachoeira são apenas um ponto da teia criminosa construída e que agora começa a ser desvendada. Como escreveu a jornalista Maria Inês Nassif, este caso não é apenas mais um caso de corrupção. “É uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos venal. E hipócrita também”.

É inadmissível que não seja dado à revista Veja, da família Civita, a oportunidade de sentar no banco dos réus para provar que é falsa acusação de que formou uma associação criminosa com o bicheiro. Há fortes evidencias que o diretor da sucursal da Veja de Brasília, Policarpo Junior, trabalhava de forma afinada com o bicheiro para gravar vídeos e produzir matérias jornalísticas de interesse mútuo. Matérias que, mesmo quando mentirosas, eram adotadas e amplificadas no jornal Nacional da Rede Globo e reproduzidas pelos outros jornais impressos. Com essa prática jornalística, irresponsável e mentirosa, destruíram reputações, criaram heróis, chantagearam governos e atentaram contra a democracia do país.

A partir da Operação Monte Carlo, surgiram evidências e depoimentos de que a trinca Demóstenes – bicheiro – Veja trabalhou para derrubar um governo democraticamente eleito, o do Lula, manipulando o conhecido caso do mensalão. Que sejam julgados os responsáveis pela criação do mensalão. E os que tramaram pela derrubada do governo, ficarão impunes?

O próprio ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes foi envolvido na trama criminosa do bicheiro, do senador Demóstenes e da mídia. Fizeram o ministro acreditar que uma conversa telefônica sua com o senador foi gravada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O Ministro, zeloso pelo Estado de Direito, nem esperou pelas provas do grampo para acusar o governo. Com a bravura típica de latifundiários do Mato Grosso, como alertou uma vez o ministro Joaquim Barbosa, também membro do STF, Gilmar Mendes prometeu chamar o presidente Lula “às falas” e exigiu a exoneração do diretor geral da Abin, Paulo Lacerda. Tudo, sem nenhuma prova. Certamente, sendo um juiz inteligente e qualificado, foi enganado pelo amigo Demóstenes e pelo amigo do amigo, o bicheiro de Goiás. Agora, que a Policia Federal comprovou que nunca houve grampo da conversa entre os dois, não há culpados nessa grotesca farsa criada com a participação do presidente da mais alta Corte do Poder Judiciário?

É importante, também, para preservar a imagem desse ex-presidente do STF, que seja identificado quem é o portador do 18º telefone celular que formava o clube nextel montado pelo bicheiro. Os telefone foram habilitados nos Estados Unidos para que a cúpula do grupo empresarial do bicheiro não tivessem suas conversas gravadas pela PF. Estão identificados 16 portadores dos telefones. Faltam dois. Um estava com o senador Demóstenes, cujo nome, por causa da imunidade parlamentar, não aparece no processo.

Com quem estará o nextel que ainda falta? Seria injusto pensar que o fato do senador Demóstenes ter empregado em seu gabinete uma enteada do Gilmar Mendes fosse motivo sufi ciente para também presenteá-lo com um “nextel do Cachoeira”. Para alívio do ministro Mendes, o nextel pode ter sido dado ao juiz que foi passear com o Demóstenes e com o bicheiro, na Alemanha, e que o deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) quer saber seu nome. Em todo caso, seria bom que o Gilmar Mendes exigisse que a PF apurasse e que fosse divulgado o portador do nextel que permanece anônimo.

Sobre a possível vinculação do governador tucano Marconi Perillo (PSDB/GO), há pouco a comentar uma vez que o presidente nacional do seu partido, deputado Sergio Guerra (PSDB/PE) e o senador tucano Álvaro Dias (PSDB/PR), tão moralista e apadrinhado da Veja quanto o Demóstenes, confirmam em sua completa inocência. O próprio governador tucano disse que uma vez encontrou o bicheiro e que ele lhe revelou que tinha abandonado o jogo e saído da contravenção. O governador concluiu: “acreditei!” Com essa candura (leitor/a, não é cara-dura...), como imaginar que esse político está vinculado com o crime organizado? Nos somamos ao abalizado parecer do senador Álvaro Dias: ele é inocente!

Mas, para assegurar que esse caso do bicheiro com um dos senadores de Goiás cometa injustiça, é necessário que o Mistério Público investigue com profundidade toda essa trama do crime organizado. A presidenta Dilma, que tem demonstrado força e capacidade para gerenciar a economia, precisa liderar as mudanças políticas inadiáveis para fortalecer a democracia e tornar o povo mais participante nas decisões do país. O Congresso Nacional deve superar os interesses corporativos e dos parlamentares que temem serem sugados pela vala que se abriu com a prisão do bicheiro. É preciso aprovar e instalar imediatamente a CPI do Carlinhos Cachoeira. Sem esquecer de instalar a CPI da privataria tucana e de criar a Lei da Mídia já!

Perdida essa oportunidade histórica de punir os poderosos por seus crimes, se espalhará o sentimento de que o poder repressivo da Justiça é reservado apenas aos pobres. Mas chegará o momento em que o povo saberá cobrar e responsabilizar os políticos que foram coniventes e asseguraram a impunidades desses crimes.



http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... de-freitas
Primeiros sinais da teia

JANIO DE FREITAS
Da Folha de S. Paulo


É uma teia imensa, intrincada e surpreendente que se forma com pessoas, situações e instituições de algum modo incluídas na história, que apenas se começa a perceber, centrada até agora em Carlinhos Cachoeira.

Se a CPI mista decidida pelos presidentes do Senado e da Câmara, José Sarney e Marcos Maia, conseguir aprovação das duas Casas; se conseguir razoável composição; se conseguir fazer trabalho sério e produtivo, nem assim conseguirá penetrar em certos meandros da teia para explicá-los. Seja porque nem o seu grande poder bastaria, seja por dificuldade excessiva.
p>A Operação Satiagraha, por exemplo, nada tinha a ver com Carlinhos Cachoeira e redes clandestinas de jogo. Mas o hoje deputado, e delegado da operação, Protógenes Queiroz, já se vê colhido pela vigilância sigilosa ao círculo de Cachoeira.

O deputado dispõe de incontáveis modos de citar sua atividade policial como motivo dos contatos. Mas não é tão simples.

Protógenes e o então juiz Fausto De Sanctis eram os alvos imediatos da exaltada acusação do ministro Gilmar Mendes, à época da Satiagraha, de que vivíamos "um Estado policial". Como provava, dizia ele, a gravação grampeada de um telefonema seu, no próprio Supremo Tribunal Federal. Com quem era o telefonema?

Com o senador Demóstenes Torres, que confirmou: "Sim, eu conversei por telefone com o ministro Gilmar". E nada mais disse nem lhe foi perguntado, por ninguém. Nem ao menos para saber se tinha ideia de como fora feita a gravação. Sobre a qual também Gilmar Mendes não teve ou não pôde dar qualquer esclarecimento.

Uma coisa, porém, ficou clara à época. A Satiagraha ultrapassou as finalidades que lhe estavam atribuídas e, com isso, tornou-se ela o alvo, por intermédio também dos ataques do ministro ao juiz De Sanctis. Eram muitos a querer encerrá-la. Algo havia batido em uma casa de maribondos.

Ninguém duvide: tanto os arquivos da PF guardam material valioso daquela fase, como parte dele é uma das inspirações da Operação Monte Carlo -esta que levou Cachoeira para a prisão, em fevereiro. E deu nos espantos que aí estão.

Mas por que, se há tanto tempo coletava gravações e outros materiais em torno de Carlinhos Cachoeira, a PF decidiu desfechar sua investida em fevereiro passado?

Tal explicação não aparece no pinga-pinga de seus vazamentos para a imprensa. Em todo caso, por falar em fevereiro, nesse mês ressurgiu das sombras um processo que lembra Carlinhos Cachoeira sem, no entanto, incluí-lo ou sequer citá-lo.

Esse processo ficou cinco anos guardado com o ministro Cezar Peluso, que desde 2005 o recebera para relatá-lo. É a ação do Ministério Público de Goiás contrária, por inconstitucionalidade, a um decreto e uma lei aprovada pela Assembleia goiana em 2000, ambas liberando a exploração de uma tal loteria instantânea.

Outro nome para o jogo em caça-níqueis, especialidade de Cachoeira. O Tribunal de Justiça de Goiás derrotou os procuradores do Ministério Público, que voltaram a recorrer. Mas, como jogo de azar é assunto federal, o recurso foi para o Supremo Tribunal.

Na redistribuição dos processos em mãos de Peluso, quando feito presidente do STF em 2010, o de Goiás foi entregue a Gilmar Mendes. Em abril, foi mandado ao procurador-geral da República para dar parecer. Roberto Gurgel demorou 20 meses para fazê-lo, até meados de dezembro do ano passado. E, afinal, a solução: em fevereiro, o ministro Gilmar Mendes mandou o processo ao arquivo. Com o argumento de que, ainda em Goiás, os procuradores queixosos perderam o prazo para recorrer.

Mas não perderam. Um agravo seu já demonstrara a antecedência da entrega, feita em 19.8.2002, conforme o recibo. A data posta no recurso pelo tribunal goiano foi, porém, 25.8.2002, adotada por Gilmar Mendes para o arquivamento.

Erro de um dia, dois, seria compreensível. Mas sete dias de erro, uma semana, ao registrar a data do dia em curso, é impossível. Só por má-fé. O poder dos interesses no decreto se preveniram com esperteza.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, recorreu para reconsideração de Gilmar Mendes. Não ocorrida, até ontem. O ministro limitou-se a dar entrevista afirmando que uma decisão vinculante do STF, em caso de 2007, já negava validade à exploração do jogo em caça-níqueis.

A decisão de arquivar a ação dos procuradores de Goiás, contra a inconstitucionalidade da liberação do jogo naquele Estado, não considerou a sentença do caso de 2007.

E estamos no começo da história.


http://www.tijolaco.com/abafando-a-cachoeira/
Abafando a cachoeira

Desde ontem, a grande imprensa começou a tornar evidente aquela “Operação Abafa” sobre o caso Demóstenes-Cachoeira.

Primeiro, o Estadão, com áudios absolutamente vazios de supostas conversas entre o deputado Protógenes Queiroz e o agente “Dadá”, que -ao que parece – arapongava para meio mundo. Protógenes, um delegado de polícia, não tem nenhum diálogo comprometedor com o agente e, se teve, nada melhor que esclarecer isso numa CPI. Aliás, é estranho que seis telefonemas vazios de Protógenes a alguém que, oficialmente, pertencia à um órgâo de investigação sejam notícia e não o sejam os 200 telefonemas entre o próprio Cachoeira e o editor da revista veja, Policarpo Júnior, numa parceria “pelo bem do Brasil” que já durava oito anos.

Mas hoje O Globo deixa mais claro o jogo, servindo-se de uma declaração do presidente do PT, Rui Falcão, que liga o caso Cachoeira a possíveis montagens contra o Governo Lula feitas com a ajuda da conexão Cachoeira-Veja, que parece continua a ser um tabu para a mídia.

Logo, em nome do esclarecimento do dito “mensalão”, abafe-se a Cachoeira…

A democracia não pode conviver com a divulgação seletiva de irregularidades. É preciso que o inacreditável poder de um bicheiro sobre a mais altas figuras da política e da imprensa não fique sendo demonstrado aos pedaços, contra aqueles a que “interessa” desmoralizar, mas encobrindo as figuras que o conservadorismo e a mídia tem no seu altar.

Corrupção não é assunto que requeira “segredo de justiça” em sua apuração, salvo em ocasiões especialíssimas, no curso de investigações. E são a mídia e a Polícia Federal, apenas, quem está escolhendo o que deve ser divulgado, a conta-gotas.

O povo brasileiro e a própria credibilidade da democracia brasileira exigem que tudo venha à tona.

Se Carlos Cachoeira tem ligações com a investigação sobre o “mensalão”, que elas apareçam. Se tem ligação com as denúncias que, onda após onda, a Veja apresentava, servindo-se de escutas e filmagens providenciadas pelo bicheiro, que se apure. Existem pessoasdo esquema Cachoeira que o afirmam expressamente.

O que não se pode é fazer da divulgação parcial e seletiva de gravações, escolhendo os personagens e os contextos “que interessam”, uma “verdade” conveniente, que determina quem deve ser execrado e quem deve ser preservado.

Do contrário, seria melhor que se desistisse de uma CPI e se deixasse o próprio STM – Supremo Tribunal da Mídia, a mais alta corte política do Brasil – decidisse – como decide há anos – quem deve ser impiedosamente decapitado e quem vai, como fez Demóstenes Torres durante muitos anos, posar de paladino da moralidade, embora enterrado até o pescoço no pântano das cumplicidades escusas.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#32 Mensagem por Carnage » 15 Abr 2012, 21:54

http://www.cartacapital.com.br/politica ... -mensalao/
A CPI de Cachoeira e a retórica do ‘mensalão’

Era questão de tempo: tímidos, até então, com a escancarada relação mantida pelo contraventor Carlinhos Cachoeira com senador, deputados e um governador tucano, os jornais chegaram às bancas, nesta quinta-feira 12, com a arma apontada na direção oposta.

Estamparam em suas capas a suspeita de que o lobby de Cachoeira chegara ao governador petista Agnelo Queiróz (DF). Num exercício de retórica mais elástico que os tentáculos políticos de Cachoeira, conseguiram trazer ao centro do debate a palavra “mensalão”.

Tudo isso às vésperas da instalação de uma CPI mista para investigar as relações suprapartidárias do contraventor pelo mundo político, tão ecléticas quanto suas áreas de influência – que iam do jogo do bicho à indústria farmacêutica, passando por serviços de coleta de lixo.

O esforço agora é tentar arrastar para o centro do escândalo quem até então parecia faturar com a situação. As movimentações mais recentes apontam que até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para emplacar a comissão, já acertada pelos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A abertura da CPI passou a ser defendida abertamente pelo presidente do PT, Rui Falcão. Foi o suficiente para que O Globo visse na postura uma tentativa de desviar o foco do “mensalão”.

A CPI pode complicar a vida do governador tucano Marconi Perillo, assim como a do petista Agnelo Queiróz. CartaCapital mostrou, em suas duas últimas edições, como o grupo de Cachoeira exercia influência na montagem do governo tucano e como recebia informações privilegiadas dos assessores diretos de Perillo.

No caso de Queiróz, o relatório da PF indica que o governador do Distrito Federal chegou até a pedir reunião com Cachoeira, apontado pela PF como o chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. O grupo de Cachoeira teria intenção de realizar negócios no governo do DF.

Outra suspeita, levantada pela Folha de S.Paulo, é que os homens ligados a Cachoeira intercediam, no governo petista, em favor da Construtora Delta, que domina o serviço de coleta de lixo no Distrito Federal.

Um desses elos entre o governo do DF e Cachoeira é o sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá. Aliado de Cachoeira, ele tentou intermediar encontro entre o bicheiro e o governador – “apelidado”, segundo as investigações, como 01. Conforme revelou CartaCapital, Dadá, preso e investigado pela PF, era responsável por obter informações sigilosas de interesse da quadrilha em troca de um pagamento mensal de 5 mil reais.

As relações de Cachoeira em Goiás levaram até mesmo a ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça, a se declarar impedida de julgar um habeas corpus impetrado pela defesa do bicheiro para tirá-lo da prisão. Ela alegou ter tido contado com alguns citados nas investigações.

A mídia também não deve escapar. As relações do esquema de Cachoeira com a revista Veja, se apuradas pela CPI, prometem expor os métodos de jornalismo investigativo e as cruzadas midiáticas dos últimos 10 anos. Por isso, os jornais parecem tão empenhados em ameaçar quem defende a instalação da CPI.


http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -cachoeira
As manobras do esquema Cachoeira
Enviado por luisnassif, sex, 13/04/2012 - 23:51
Autor: Luis Nassif

Na condição de réu, o senador Demóstenes Torres teve acesso às peças do inquérito Monte Carlo.

Agora, está selecionando informações para, em conluio com jornalistas do esquema Cachoeira, jogar o foco das investigações na Construtora Delta.

Sabendo-se das ligações de Cachoeira com a Delta, é até risível matéria informando sobre as tratativas do bicheiro para conseguir acesso a altos executivos da empresa - como se fosse uma figura menor aproximando-se da toda poderosa Delta.

A lógica da estratégia Cachoeira-Demóstenes-aliados é simples. A Delta é parte do universo a ser investigado; Cachoeira é o todo. Focando na Delta, tenta-se tirar do foco o chefe da quadrilha, Cachoeira, seu principal lugar-tenente, Demóstenes, assim como as ligações midiáticas da estrutura criminosa.

De quebra, desestimulam-se peemedebistas - já que a Delta tem relações com o governador Sérgio Cabral Filho - e petistas - relações com o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz.

Nos próximos dias, haverá um aumento da chantagem de alguns veículos sobre políticos. É um jogo intimidatório pesado. Parlamentares escolhidos para a CPI serão alvo de represálias do esquema criminoso. Haverá também a estratégia de misturar factóides com fatos objetivos, visando embolar o entendimento da opinião pública.

A CPI de Cachoeira mostrará se o país poderá aspirar a um lugar no mundo moderno, se dispõe de instituições capazes de enfrentar toda sorte de poderes - do Executivo, Judiciário, Legislativo ao até agora intocado poder midiático.

Se se quiser, de fato, passar o país a limpo, o Congresso terá que pagar para ver, assim como parece estar sendo a posição do Executivo.

Seria medida de prudência jornais e jornalistas se darem conta de que rompeu-se a muralha do silêncio e do medo. Veículos e jornalistas que entrarem no esquema correrão o risco de serem indiciados pela Justiça.

Está chegando ao fim a era da plena impunidade para o mau jornalismo e para o uso de dossiês criminosos.
http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-b ... rever.html
O contador e as fitas que estão por aí

Amedrontar e circunscrever [título original do post]

por Luiz Carlos Azenha


A Globo pediu acesso a todos os documentos da Operação Monte Carlo, que resultaram num processo que corre em segredo de Justiça, no STF. A Carta Maior também pediu. O acesso foi negado a ambos.

Demóstenes Torres, como parte envolvida, teve acesso.

Curiosamente, por pura coincidência, depois que isso aconteceu sobrou para Protógenes Queiroz, Agnelo Queiroz e a construtura Delta — a construtora do PAC, grita O Globo –, que também seria a favorita de Sergio Cabral.

O objetivo que precede a CPI é jogar a rede o mais amplamente possível, suscitar medos e, ainda que não impeça a Comissão, domá-la desde o início.

Al Capone não faria melhor.

Faz sentido a notícia de que a tática dos acusados seria a de não falar absolutamente nada durante os depoimentos, deixando a bomba explodir no colo dos políticos e agentes públicos convocados.

Não digo que a tática vá funcionar, mas que faz sentido divulgar a suposta tática agora, colocando minhoca na cabeça dos deputados e senadores antes que eles criem a CPI.

Mas será que eu assino esta CPI, que pode se voltar contra quem a criou?

O movimento inclui jogar Lula — que apóia a CPI — contra Dilma que, segundo a Folha de S. Paulo, teme a investigação. Mas, será que teme mesmo?

O movimento inclui dizer que o PT pretende usar politicamente a CPI para cercear a liberdade de imprensa.

Compreendam: a mídia corporativa tem muito a perder com a CPI do Cachoeira. Pela primeira vez na história da República, o grande público terá acesso aos métodos aplicados em nome do “jornalismo investigativo” e à relação entre arapongas e redações. São estes métodos que garantem à mídia ascendência sobre políticos e agentes públicos e, portanto, atendimento a importantes interesses econômicos. Ou vocês acreditam que os tucanos alimentam a mídia paulista por achá-la boazinha?

Além disso, as capas bomba da revista Veja eram repercutidas automaticamente, sem qualquer questionamento. A bola rolava na revista, era impulsionada pelo JN de sábado e ganhava as páginas de O Globo, Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo já no domingo. A ordem era repercutir, repercutir, repercutir. Se possível, com novos ângulos e novas investigações. O mar de lama, curiosamente, só banhava uma praia.

Não foi por acaso que nada menos que quatro senadores se negaram a relatar as acusações contra Demóstenes Torres no Conselho de Ética do Senado, Lobão Filho (PMDB-MA), Ciro Nogueira (PP-PI), Gim Argello (PTB-DF) e Renan Calheiros (PMDB-AL). O que Demóstenes teria guardado contra eles?

Sobrou para o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT-PE).

Costa, lembrem-se, foi acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, que atuou no Ministério da Saúde desde “o governo anterior”, como em priscas eras o JN se referia ao governo de FHC. Em 2006, na semana que antecedia o primeiro turno das eleições, o Jornal Nacional noticiou com destaque o indiciamento dele — que era candidato a governador de Pernambuco — no inquérito, ao lado do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Mas a lista de indiciados era muito mais longa e incluía gente próxima do ex-ministro José Serra, como Platão Fischer-Pühler — Serra concorria ao governo paulista. A lista completa dos indiciados, disse Fátima Bernardes naquela ocasião, você vê no site do Jornal Nacional.

Posteriormente, Costa foi inocentado de todas as acusações. Mas, em 2006, nem chegou ao segundo turno.

Se a CPI sair — só acredito vendo –, vai nascer amedrontada. Tem muita gente com muito a perder. Ou será que teremos um acordão no fim-de-semana? É esperar e ver…

PS do Viomundo: Fonte bem informada, que nunca nos decepcionou, diz que o homem-chave continua foragido, o contador de Carlinhos Cachoeira, Giovani Pereira da Silva. Giovani, diz a fonte, guardava num cofre as fitas produzidas pela arapongagem a serviço de Cachoeira. Nos próximos dias podem vazar fitas, que serão atribuídas ao inquérito mas na verdade são do arquivo de Cachoeira. A própria fonte, no entanto, disse que às vezes é impossível discernir quem está a serviço de quem, no submundo de Brasília. Há, segundo ele, brincando, “agentes duplos, triplos e quadrúpedes”.

http://www.tijolaco.com/a-midia-esta-de ... -no-samba/
A mídia está de gringo no samba

- Sabe por que americano samba com um dedinho levantado em cada mão?

- Não, por que?

- Pra que ninguém lhe olhe os pés, desajeitados…

A brincadeira carioca tem tudo a ver com o comportamento da mídia diante da CPI sobre Carlinhos Cachoeira.

Agora,dizem os jornais, é o Governo e a própria presidenta Dilma quem estariam temerosos de uma investigação. Só falta dizer que o Lula também.

Pura cortina de fumaça.

Pode haver até algum governista preocupado, por razões próprias ou por ser adepto da política de tratar a política como – a expressão é do Brizola – “um clube ameno”, onde o importante é o Vossa Excelência para cá e para lá e empurrando os dias de poder, algum poder, todos os dias, enquanto durar.

Se a Presidenta, acaso, deu uma “freada de arrumação” na participação de ministros seus na articulação da CPI, fez muito bem. A CPI não é do Executivo, não é “chapa-branca”. E ela é a comandante política do Governo, não os ministros.

Dispensa, portanto, a prudência “muy amiga” que lhe sugere a mídia.

Da mesma forma, é assim a “preocupação” dos jornalões com a possibilidade de que a CPI do Cachoeira “mele” o julgamento do dito “mensalão”.

Porque melaria, se uma coisa, como sustenta Merval Pereira isso não passa de uma “tentativa desesperada de criar um fato político que possa influenciar a decisão do Supremo sobre o mensalão”?

Se não há ligação entre uma coisa e outra, porque isso se misturaria?

Mas há, ou pelo menos há fortes indícios de que há.

É uma gravação ordenada por Carlos Cachoeira que deflagrou aquele processo.

E essa gravação, segundo um ex-integrante do grupo do bicheiro, foi feita e divulgada com o obejtivo de “vingar” o veto de José Dirceu à nomeação de um homem do esquema Cachoeira – o senador Demóstenes – para o controle de um setor importante para o bicheiro, nada menos que a Secretaria Nacional de Justiça.

Além disso, existem provas materiais da ligação próxima, íntima, entre Cachoeira e Policarpo Júnior, editor do centro daquela e de quase todas as denúncias que se fizeram contra o Governo Lula: a máquina de demolir reputações chamada Veja.

De novo, sirvo-me de uma das expressões do velho Brizola: um dos chefes do “Comando Marrom”.

Que, aliás, só é indulgente quando os escândalos atingem a direita, como no caso Demóstenes e no da “Privataria Tucana”.

Por isso, a nossa mídia está como o gringo no samba: “olhem o meu dedinho apontado para cima, não vejam os meus pés desengonçados”.

Vai apelar para tudo o que puder desviar o olhar de suas vergonhas e distribuir “conselhos prudentes” para que não se mexa demasiado no assunto, até a pretexto de preservar o Governo.

Anotem aí: falta pouco, muito pouco, quase nada, nada mesmo para que se atribua a Lula e a José Dirceu o escândalo Cachoeira.

Esta que o porta-voz da direita midiática, Merval Pereira, chama de “tática escancarada pelos blogueiros governistas” e que, segundo ele, “parece ter se tornado um verdadeiro tiro no pé” é, sim, de fato, um tiro no pé.

No pé enlameado de uma mídia que, proclamando-se moralizadora, chafurdou nas imundícies de um bandido para “cumprir” seu objetivo de desaestabilizar governos progressistas.

Uma missão cívica, que o indigitado Cachoeira resumiu soberbamente:

“- Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos (furos de reportagem) já foram, rapaz? E tudo via Policarpo.”
http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... 2%80%9D-2/
As “mervalices” de Merval para blindar Marconi “Perigo”

Posted by eduguim on 12/04/12 • Categorized as Humor, Opinião do blog

Qualquer cidadão respeitável, honesto e interessado no bem comum da sociedade deve se indignar com o que certos veículos de comunicação estão fazendo em favor de legítimos criminosos. A parcela da mídia que age como partido político enquanto jura ao seu público que é “isenta” tenta acobertar políticos envolvidos em corrupção e também transferir a culpa deles para os seus adversários políticos.

Serei mais específico: o colunista de O Globo Merval Pereira – e devem existir outros, desse e de outros veículos – está faltando com a verdade para com o público a fim de blindar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), no âmbito das descobertas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que prendeu dezenas de membros de uma quadrilha liderada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira que explorava jogatina ilegal naquele Estado.

A mentira vem aparecendo aqui e ali, mas foi mais indignante em texto do supracitado que li no blog de Ricardo Noblat ontem (12 de abril). Ele disse que há mais indícios de envolvimento com Cachoeira pesando contra o governador de Brasília, Agnelo Queiróz (PT), do que contra seu homólogo goiano, Marconi Perillo.

É mentira. Contra o governador tucano pesam escutas da Polícia Federal que revelam que dezenas de indicações para cargos públicos no governo de Goiás foram feitas por Cachoeira e acabaram se materializando. Essas conversas, que no caso de Agnelo Queiróz estão sendo levadas pela mídia ao pé da letra, no caso de Marconi estão sendo tratadas como inexistentes.

Há, também, doações para campanhas eleitorais feitas por sócios de Cachoeira envolvidos nos crimes dos quais ele é acusado que beneficiaram o PSDB de Goiás e que terminaram financiando a campanha de Perillo. E não fica por aí. Ainda há suspeitas de licitações dirigidas, gravações de conversas do próprio governador tucano com o bicheiro e muito mais.

Tudo isso transparecerá na CPI, mas, como está fazendo agora, a mídia tentará esconder ou minimizar, nessa mesma CPI, as denúncias contra Perillo enquanto distorce e maximiza denúncias contra Queiróz e outros petistas e aliados, contra os quais qualquer menção de um peão da quadrilha, mesmo não tendo nenhuma materialização em termos de indicações para cargos públicos ou outros “negócios”, será tratada como prova de culpa.

Isto é, ao menos enquanto a contundência dessas denúncias não chegar ao ponto que chegaram as que foram feitas contra Demóstenes Torres, outro blindado pela mídia que só deixou de sê-lo quando já não havia mais jeito.

O que vazou até agora contra Queiróz é incomparavelmente menos grave do que aquilo que vazou contra Perillo, não passando, até aqui, de menções a pagamento de propina a um assessor e a um negócio de Cachoeira com o governo Distrital de Brasília que, pasme-se, foi feito na gestão anterior.

Contra Queiróz não há doações de campanha, não há indicações confirmadas, não há nada que tenha dito contra ele o membro da quadrilha de Cachoeira sargento Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, que tenha se confirmado. Todavia, muito do que diz essa quadrilha que recebeu de benefícios supostamente por ação de Perillo, concretizou-se.

Tais fatos têm sido fartamente denunciados. A revista Carta Capital publicou matérias que, em grande parte, a mídia escondeu. O repórter investigativo Leandro Fortes, entre outros, vasculhou o caso e deu aqueles fatos à luz. E o colunista de O Globo supracitado, entre outros, sabe disso. O que disse sobre os dois governadores, portanto, não passa de mentira que visa blindar um aliado político dos patrões.

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Carnage
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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#33 Mensagem por Carnage » 15 Abr 2012, 21:58

http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... -a-guerra/
PT vai à guerra (?)

Posted by eduguim on 13/04/12 • Categorized as Análise


Sob a liderança de Lula e com a concordância da presidente Dilma, o Partido dos Trabalhadores parece finalmente ter entendido que estava sendo tramado um golpe eleitoral contra si. A direita midiática pretendia usar o julgamento do inquérito do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal neste semestre ou, no máximo, no próximo – em pleno processo eleitoral – para vitaminar a oposição e debilitar o PT.

Eis que cai no colo do partido o escândalo envolvendo Carlinhos Cachoeira e expoentes da oposição demo-tucana como a vestal-mor da República, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), e o acusador de Lula de ter tomado conhecimento do “mensalão”, o governador de Goiás, Marconi Perillo.

Aturdida, a mídia passa a tentar se desvincular de Demóstenes e cai de pau em cima dele afetando indignação e se dizendo “traída”. Parceira de Cachoeira, que lhe fundamentou a maioria dos ataques ao PT – inclusive durante eleições presidenciais – na década passada e que acabara de ser flagrada em centenas de contatos diretos com o bicheiro, tenta reagir à ameaça de investigação por suas relações com o crime organizado e desencadeia uma campanha em que ameaça o partido do governo com um “efeito bumerangue” contra si e o governo Dilma caso a investigação prossiga.

Poucos dias após dizer que Lula e Dilma apoiavam a criação da CPI, agora a mídia diz que a presidente e “setores do PT” estariam “com medo” da investigação. Além disso, atende à estridência do senador tucano do Paraná, Álvaro Dias, que vinha afirmando que o vazamento de escutas seria seletivo, e começa a noticiar cobranças ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, sobre os vazamentos e a tal “seletividade” cobrada pela oposição.

O PT reage com vídeo de seu presidente, Rui Falcão, em que denuncia que a mídia quer abafar o escândalo de Cachoeira e impedir a CPI, e cobra empenho do partido e de aliados pela instalação da investigação e posterior desmascaramento da “farsa do mensalão”.

Em seguida, o partido divulga em seu site resolução política em que repete a exortação de seu presidente e também denuncia uma “Operação abafa em torno do envolvimento do senador Demóstenes Torres (DEM-Goiás) com a organização criminosa comandada pelo notório Carlos, alcunhado de Carlinhos Cachoeira”.

Por fim, nesta sexta-feira 13, no Jornal Folha de São Paulo, uma prévia daquilo em que deverá se transformar a CPI que a mídia tenta convencer o PT a não levar adiante ou, se levar, que ao menos não leve a sério, sob ameaça de transformá-la em uma CPI contra si mesmo. Ciente do envolvimento da Editora Abril, que edita a Veja, e possivelmente de outros meios de comunicação nas investigações, o jornal dá outro passo para o inevitável.

Em primeiro lugar, publica artigo de Rui Falcão que desanca a oposição e a mídia e as acusa de envolvimento com o crime organizado. Abaixo, reproduzo o texto.

—–
FOLHA DE SÃO PAULO

13 de abril de 2012

Tendências / Debates

Página A3

CPI na falsa Vestal

Por Rui Falcão


Mais do que uma “vendetta” contra o fanfarrão, a CPI pode explicar o que existia além da ligação de patrão e empregado entre Cachoeira e Demóstenes

O episódio que revelou a escandalosa participação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM) em uma organização criminosa merece algumas reflexões e, olhando para o futuro, uma ação imediata.

Desde que foi constatada a cumplicidade do senador com uma gama infindável de crimes, assistimos a uma tentativa (às vezes ridícula)de explicação para o logro em que alguns caíram.

Como justificar que o arauto da moralidade, crítico feroz dos governos Lula e Dilma, trabalhava e traficava informações, obtidas pelo uso indevido do mandato, para um conhecido contraventor?

Até a psicanálise foi fonte de argumentos na tentativa vã de entender as ligações do senador com o contrabando, o jogo ilegal, a escuta clandestina e a espionagem. todas práticas tipificadas no Código Penal.

O certo, porém, é que a veneração que setores da mídia nutriam por Demóstenes refletia uma espécie de gratidão pela incansável luta, essa sim verdadeira, do parlamentar contra todos os avanços sociais obtidos pelos governos petistas.

Ressalte-se, aliás, que mesmo depois de flagrado na participação ativa em organização criminosa, o ainda senador, fingindo ignorar o mundo real, arvora-se a analisar, sob o crivo crítico dos tempos de falsa vestal, ações do governo Dilma.

Mais do que uma “vendetta” contra o fanfarrão, porém, o Congresso está diante de uma oportunidade única de desvendar um esquema que, pelo que foi divulgado até agora, não se resume à ligação de empregado e patrão entre Demóstenes e o contraventor Carlinhos Cachoeira.

A morosidade do inquérito em algumas de suas fases e as ligações pessoais do promotor de carreira Demóstenes Torres com membros do Judiciário precisam ser investigadas. O mesmo se exige na apuração de vínculos obscuros do senador com altos mandatários de seu Estado, Goiás, bem como de sua quadrilha com veículos de comunicação. Que não se permita a operação abafa em andamento. Que se apure tudo, até para dissipar suspeitas.

O único caminho para o esclarecimento passa por uma CPI no Congresso, onde alguns parlamentares também foram ludibriados pelo falso paladino das causas morais.

Cabe à Câmara e ao Senado, sem nenhum espírito de corpo, aproveitar a oportunidade única de desmascarar a farsa até o fim.

Talvez, no caminho da investigação, descubramos outros pregadores da moralidade que também se beneficiem do esquema que se abastecia das informações colhidas e transmitidas ao chefe pelo senador Demóstenes Torres.

A história brasileira registra outros episódios em que a pregação das vestais serviu para embalar a defesa de interesses sempre contrários aos da maioria da população. O falso moralismo udenista não está tão distante.

Se a forma do engodo não é nova, cabe ao Congresso provar, com a CPI, que o país está disposto a dar um basta a esquemas de banditismo. O Partido dos Trabalhadores defende a instalação de CPI no Congresso e conclama a sociedade organizada a se mobilizar em defesa da mais ampla apuração do esquema corrupto desvendado pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

Rui Falcão é deputado estadual (SP) e presidente nacional do PT
—–

Na mesma edição, na página A7, o jornal, finalmente, materializa quase que por completo a assunção inevitável de um assunto que já dá de barato que virá à pauta por força da CPI, caso o PT continue se mantendo disposto a ir à guerra contra a inversão de uma investigação que surpreenderá o país ao expor as relações incestuosas entre imprensa, oposição e crime organizado.

Abaixo, a “reportagem” que pretende responder ao texto do presidente do PT publicado quatro páginas antes.

—–
FOLHA DE SÃO PAULO

13 de abril de 2012

Tendências / Debates

Página A7

Catia Seabra / Márcio Falcão, de Brasília

PT associa “setor da mídia” a criminosos e defende regulação

Partido afirma que relações reveladas pelo caso Cachoeira comprovam “urgência” de medidas de controle da imprensa

Em evento ontem no Planalto, no entanto, a presidente Dilma Rousseff defendeu a liberdade de imprensa


BRASÍLIA – O PT vai usar a instalação da CPI do Cachoeira para voltar a investir contra a mídia. A disposição está expressa em documento divulgado ontem pela cúpula do partido.

Redigido pelo comando petista, o texto cita a investigação do esquema de Carlos Cachoeira, acusado de exploração do jogo ilegal, a pretexto de voltar a cobrar a fixação de um marco regulatório para os meios de comunicação.

“Agora mesmo, ficou evidente a associação de um setor da mídia com a organização criminosa da dupla Cachoeira-Demóstenes, a comprovar a urgência de uma regulação que, preservada a liberdade de imprensa e livre expressão de pensamento, amplie o direito social à informação”, diz a nota.

Mesmo sem dar nomes, o alvo primário do PT é a revista “Veja”. Em grampos já divulgados do caso, um jornalista da publicação tem o nome citado por membros do grupo do empresário.

A revista já publicou texto informando que Cachoeira era fonte de jornalistas, inclusive do chefe da sucursal de Brasília, Policarpo Júnior, e que não há impropriedades éticas nas conversas.

Integrantes da Executiva do PT e congressistas do partido defendiam que a “Veja” fosse investigada na CPI.

O cálculo político petista inclui o raciocínio segundo o qual o bombardeio sobre mídia e oposição poderá concorrer na opinião pública com o julgamento do mensalão -o esquema de compra de apoio político ao governo Lula descoberto em 2005, que deve ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal neste ano.

O próprio presidente petista, Rui Falcão, falou que a CPI deve investigar “os autores da farsa do mensalão”.

Há a intenção de questionar reportagens sobre o mensalão usadas como prova judicial. A estratégia é tentar comparar a produção de reportagens investigativas, que naturalmente envolvem contato de jornalistas com fontes de informação de várias matizes, a práticas criminosas.

Para tanto, segundo a Folha apurou, réus do mensalão como o ex-ministro José Dirceu instruíram advogados a buscar menções à revista e à mídia nas apurações da PF sobre o caso Cachoeira. Dirceu vai a evento no final de semana sobre regulamentação da mídia em Fortaleza.

O movimento do PT contrasta com discurso da presidente Dilma Rousseff. Ontem, em cerimônia do Minha Casa, Minha Vida, ela defendeu a liberdade de imprensa.

“Somos um país que convive com a liberdade de imprensa, somos um país que convive com a multiplicidade de opiniões, somos um país que convive com a crítica.”
—–

Como se vê, o jornal termina o texto como que recorrendo a Dilma.

E como disse acima, a matéria escancarou quase tudo. Faltou informar ao distinto público que o que houve entre a Veja e Cachoeira não foi “Produção de reportagens investigativas, que naturalmente envolvem contato de jornalistas com fontes de informação de várias matizes”, mas centenas de ligações telefônicas, encontros e declarações comprometedoras da quadrilha que afirmam que Cachoeira foi o autor intelectual de “todos” os ataques da Veja ao PT.

A única coisa que se espera do partido, portanto, é que não aceite uma negociata que envolva recuo da direita midiática no uso político do julgamento do mensalão, talvez até com postergação desse julgamento, em troca de a CPI não fazer tudo o que prometem o presidente do PT e o próprio em vídeo e textos supra reproduzidos.

http://www.redebrasilatual.com.br/blog/ ... car-agnelo
Noticiário inventa trama para tentar implicar Agnelo
Tags: agnello, cachoeira, blogue da helena

Por: Helena Sthephanowitz, especial para a Rede Brasil Atual


A TV Globo e o jornal Folha de S. Paulo voltam sua artilharia contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). E a famosa cortina de fumaça para tirar a CPMI do Cachoeira de evidência. Mas os fatos narrados em suas próprias notícias mostram o contrário do que as manchetes querem induzir o leitor a acreditar. Folha e Globo dramatizam a notícia como se o governador estivesse envolvido com o bicheiro.

Quando lemos a notícia, retiramos os adjetivos, as frases de efeito e de opinião, e separamos apenas os fatos, o que se nota é o grupo de Cachoeira e o governo de Agnelo são, na verdade, antagônicos.

A Folha descreve telefonemas em que há gente defendendo os interesses da empreiteira Delta e ameaça não pagar propinas para gente de escalões mais baixos do governo do Distrito Federal, porque o governo Agnelo não atende aos interesses da organização criminosa.

Ora, fica claro que a turma de Cachoeira queria e tinha gente infiltrada na máquina do governo do Distrito Federal, mas que não conseguia ter seus interesses atendidos pelas pessoas de escalão mais alto, com poder de decisão.

O mesmo enredo aconteceu no Jornal Nacional. Os fatos também mostram que a organização de Cachoeira estava insatisfeita com os interesses contrariados no governo de Agnelo. Mas a trama elaborada nas redações querem fazer parecer o contrário.

Outra notícia inverossímil seria a de que Agnelo estaria usando Dadá – um dos principais assessores do bicheiro – como emissário para conseguir um encontro com Cachoeira (!).

Um pouco de compostura jornalística, gente! Depois que Cachoeira gravou Waldomiro Diniz, nenhum político (a menos que seja doido varrido), tem o menor interesse em pedir para conversar com ele diretamente. Só conversavam quem estava amarrado à organização e tinha plena confiança em Cachoeira, como Demóstenes Torres. Notem que nem o governador de Goiás, Marconi Perillo, citado em muitos telefonemas, foi pego falando diretamente com o contraventor.

Para espalhar o boato inverossímil, a Globo e a Folha aproveitam-se de uma análise da Polícia Federal sobre um grampo cifrado, que ainda estava na fase do "chute" para apurar depois, pois o analista suspeita que "Magrão", citado nas conversas, poderia ser Agnello Queiroz.

Mas basta ouvir novamente o grampo no próprio Jornal Nacional que fica óbvio que o "chute" na análise está errado, e em apuração posterior seria corrigida:

- o nome Agnelo sequer é citado nos diálogos;

- o próprio Dadá não tem certeza sobre quem é o Magrão ao dar o recado, o que dá a entender que não seja alguém tão importante assim;

- no diálogo diz que o tal Magrão está ligando e Cachoeira não está atendendo (!). Ora alguém acredita que qualquer governador ficaria ligando para Cachoeira e não sendo atendido, a ponto de ter que pedir a Dadá para atendê-lo?

Que venha a CPI, que se apure de fato todos os tentáculos da organização criminosa, inclusive em departamentos do governo do Distrito Federal, e se algum governador tiver denúncias consistentes contra si, que responda por elas, mas lugar de inventar trama na programação de TV é em novela e não em telejornais.
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... a-dar.html
JN inventa 'monólogo' no grampo, para dar munição a Álvaro Dias

O Jornal Nacional da TV Globo editou a notícia sobre o escândalo de Carlinhos Cachoeira para, em vez de esclarecer o telespectador, gerar "suspense" político.

Pessoas envolvidas ou citadas:

Claudio Abreu: ex-diretor da construtora Delta e provável sócio oculto de Cachoeira;

Dadá: araponga e "faz-tudo" Cachoeira.

Marcelão (seria Marcello Lopes): ex-assessor da Casa Militar do governo do Distrito Federal. Matéria da Folha o aponta como acusado também de participar da interceptação ilegal de e-mails, negada por ele.

Cláudio Monteiro: chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz (PT/DF).

João Monteiro: foi exonerado do SLU (Serviço de Limpeza Urbana do DF) no fim do mês passado.

Primeiro o telejornal mostrou um diálogo de janeiro de 2011 entre Claudio Abreu e Dadá:

DADÁ: O Marcelão ‘tá’ aqui comigo, entendeu? Eu ‘tava’ falando para o Carlinhos o seguinte, ele veio da reunião com o Cláudio Monteiro, entendeu? Então ele ‘tava’ falando o seguinte, que é ideal você dar um presente para o cara. A nomeação só vai sair na terça-feira no Diário Oficial.
CLAUDIO ABREU: Dadá, resume. O que é que é para dar para ele?
DADÁ: Dá o dinheiro para o cara, meu irmão.
CLAUDIO ABREU: Faz o seguinte, vamos dar R$ 20 mil pra ele e R$ 5 mil por mês, pronto. Nós vamos dar R$ 20 mil para ele agora e R$ 5 mil por mês, entendeu?
DADÁ: Vou falar com o Marcelão aqui.


O JN diz que, segundo a investigação, o diálogo fala da nomeação de João Monteiro na SLU, cargo do interesse da Delta, pois tem contratos de limpeza urbana com o órgão, vindos do governo anterior a Agnelo.

Só com esse trecho do diálogo fica inconclusivo. Incrimina apenas Marcelão, mas não dá para ter certeza sobre para quem estaria sendo negociada a propina: se era para Cláudio Monteiro como se suspeita, ou para João Monteiro, ou mesmo para Marcelão.

Em seguida, mostra outro telefonema ente DADÁ e Cachoeira, que reforçariam indícios de envolvimento de Cláudio Monteiro, o alvo do JN:

DADÁ: Já recebeu os rádios aí?
CACHOEIRA: Chegou quatro ‘chip’ aqui. Você quer que guarde para você?
DADÁ: Quero, quero. Ele vai dar um para o Cláudio Monteiro e outro para o Marcelão. Tem que estar fazendo a ponte com ele. Tem que ficar perto dele.


O JN pecou ao não informar a data desse diálogo, nem ter buscado informar se a voz de Cláudio Monteiro e Marcelão passaram a aparecer em outros grampos, já que eles teriam ganho aparelhos para se comunicar supostamente com Cláudio Abreu ou Cachoeira, monitorados pela PF.

Mas até aqui, ainda que superficial, a matéria foi válida. Atende ao interesse público de levantar a questão, e é saudável que se apure quem é culpado e quem é inocente nessa história.

O jornalismo desandou completamente quando, em vez de mostrar um diálogo grampeado, o JN mostrou um monólogo (!). Eis o que JN levou ao ar:

Em outra gravação, em apenas uma frase, Dadá resume como a quadrilha de Cachoeira operava:
“A regra é clara, você faz, você recebe. Você não fez, não vai receber”.


A Globo teve a cara-de-pau de colocar só esse monólogo aí em cima, gerando um suspense, como se telejornal fosse novela.

Com quem Dadá estava falando?
E qual o assunto pelo qual o interlocutor queria receber?

Se tiver conexão com os outros diálogos anteriores acima, ele está dizendo que o esquema não deu certo. Significa provavelmente que alguém, ou os próprios mecanismos de controles e fiscalização, ou mesmo o acaso barrou alguma negociata. Se o JN tivesse mostrado o diálogo, em vez do monólogo, é bem provável que desse para tirar conclusão de quem é inocente e de quem é culpado.

Obviamente que a Globo tem profissionais que sabem fazer jornalismo quando quer ou deixam, e se escondeu esse diálogo só pode ter sido editado de propósito.

E o propósito é deslocar a pauta de Marconi Perillo para Agnelo Queiroz, dando munição para Álvaro Dias (PSDB/PR) na CPMI do Cachoeira que vai iniciar.

Em tempo: Cláudio Monteiro pediu demissão do governo do DF, e disse que colocará seu sigilo bancário, fiscal e telefônico à disposição da Procuradoria-geral da República.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#34 Mensagem por Compson » 16 Abr 2012, 22:05

Carnage escreveu:http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... -a-guerra/
PT vai à guerra (?)

Posted by eduguim on 13/04/12 • Categorized as Análise
Espero que não...

Um acordo de compadres pra tirar o Grupo Folha do jogo nessas eleições que são importantíssimas para SP já estaria de bom tamanho.

Entrar numa guerra denuncista com a oposição só favoreceria os golpistas e a turma do muro (PMDB, PSB, Kassab). Que o DEM está cheio de ladrões todo mundo já sabia (menos a imprensa, que foi traída pelo Demóstenes), o escândalo reside em fustigar o PT...

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Kamelo
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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#35 Mensagem por Kamelo » 20 Abr 2012, 08:56

Em gravação, Cachoeira negocia contrato de R$ 93 milhões para Delta
Polícia Federal sustenta que bicheiro agia em nome da empreiteira.
Negócios da Delta podem ser investigados por CPI no Congresso.


Uma gravação feita pela Polícia Federal nas investigações da Operação Monte Carlo mostra que o bicheiro Carlinhos Cachoeira falava em nome da empreiteira Delta na negociação de contratos de infraestrutura.

Preso desde fevereiro sob a suspeita de chefiar um esquema de jogos ilegais em Goiás, ele aparece na escuta, revelada pelo Jornal Nacional, conversando com um empresário de nome Alexandre, que lhe oferece uma "parceria" em Marabá, para obra orçada em R$ 93 milhões.

Alexandre: Topa uma parceria com a Delta lá no Marabá?
Carlinhos: De repende é bom. O que que é, hein?
Alexandre: Execução de obras de serviço de engenharia. Infraestrutura e saneamento básico.
Carlinhos: É ué... É uma boa. Quanto que é o contrato?
Alexandre: Inicial 93 milhões.
Carlinhos: Excelente. Se tiver na mão... topo.
Alexandre: Tá na mão.

O diálogo, obtido com autorização judicial, reforça a suspeita de que Cachoeira agia em nome da Delta. Um dos elos seria o diretor afastado da Delta Claudio Abreu. Em diversos áudios, os dois aparecem negociando vantagens para o grupo do contraventor.

É presidente Dilma á sujeira tá grande tem fazer muita faxina ainda :mrgreen:

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#36 Mensagem por Gilmor » 21 Abr 2012, 13:37

http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... r-a-cpi-2/
“Meninas” do Jô revelam a tática da mídia para distorcer a CPI

Se alguém ainda tinha dúvida de que a mídia não queria investigação do Congresso sobre as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PSDB e o DEM de Goiás e de que, sendo a investigação inevitável, trataria de distorcê-la, após assistir ao programa do Jô Soares que o blog graciosamente reproduz abaixo, terá tal dúvida sepultada.

Mais do que isso, por intragável que seja enfrentar aquela quase uma hora de mau-caratismo, há que prestar atenção no programa porque deixa ver, de cima a baixo, a forma como a mídia cobrirá as investigações da CPMI.

Apesar das aparências de socialites fúteis e desocupadas que têm as “meninas” demo-tucanas desse apresentador-humorista-escritor que se notabilizou pelo seu partidarismo político e pelo uso escandaloso de uma concessão pública de televisão com fins político-partidários, tratam-se de jornalistas tarimbadas que já passaram pelas mais importantes redações do país.


No programa de quarta-feira, 18 de abril de 2012, estiveram, além do próprio Jô Soares, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Cristina Serra e Lillian Witte Fibe. Lucia Hippolito, que integrava a formação original do quadro político, segundo o apresentador ela não participou do programa por “Estar na França”.

Jô começa o “debate” ironizando declaração da Secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em recente cerimônia no Itamaraty na qual elogiou a administração da presidente Dilma Rousseff por haver estabelecido um “novo padrão” de combate à corrupção.

Contradizendo a norte-americana, o apresentador passa a bola para Cristiana Lobo perguntando se o governo daquela que Hillary elogiou estaria “atrasando a CPI”, apesar de esta ter sido criada em tempo considerado recorde.

A resposta de Cristiana Lobo começa com ela dizendo que “A notícia do dia” 18 de abril teria sido a de que o governo quereria “controlar a CPI”, o que combina muito pouco com a declaração da secretária de Estado dos EUA que elogiou a transparência desse mesmo governo.

Em seguida, a jornalista faz uma afirmação que mostra como a mídia não hesitará em criar as teses mais absurdas para tentar induzir a sociedade a julgar que os autores da investigação é que serão os réus: diz que “O PMDB quer investigar mais o PT, o PT queria mais investigar o PSDB, o Marconi Perillo, o PSDB quer dizer eu não tenho nada com isso, eu apoio a CPI”.

Apesar de o PMDB ser aliado do PT, tendo a vice-presidência da República, segundo essa “analista” quer investigar mais o aliado do que os opositores do PSDB, do DEM, do PPS e do PSOL. Para um público que nada entende de política e que não sabe quem é aliado de quem, provavelmente ignorando até o nome do vice-presidente da República, os malvados que querem investigar os adversários por razões políticas são PMDB e PT, enquanto que o PSDB “não tem nada com isso”.

Não poderia faltar, na boca de alguém como Cristiana, a boa e velha teoria de que “Pro governo nunca é bom uma CPI porque o PMDB vai lá e cobra mais caro”, ou seja, governo e partido que o sustenta tornam-se duas pontas de uma relação espúria de compra e venda de benesses.

Nada que ver, de novo, com a transparência do governo constatada por Hillary. Não foi à toa que o apresentador não perdeu a deixa e pediu esclarecimento da teoria de que o aliado do governo iria lhe “cobrar mais caro”, ao que é informado de que a CPI terá poder para convocar ministros e, para não vê-los convocados, a presidente subornaria o aliado.

Ao fim, Cristiana reconheceu que o governo “não tem muito o que temer, até agora”, mas asseverou que “tem muito cargo, tem muita obra”, mas como a investigação teria começado como uma CPI do Cachoeira e mudado de foco, agora quem deveria se preocupar seriam o governo, o PT e seus aliados.

Agora a inquirida pelo apresentador é Cristina Serra (que não tem relação alguma de parentesco com o ex-governador paulista, por mais tentadora que seja a ilação). A ela, coube discorrer, no âmbito de uma discussão sobre a CPI do Cachoeira, sobre como, antigamente, “Bastava dizer ele é do PT” para o contemplado receber um “aval de integridade” e sobre como “hoje em dia não é mais assim”.

Eis que, evidentemente treinada, Serra (perdão, não resisti) atribuiu a desmoralização do PT ao… Mensalão. O partido é citado como tendo sido descoberto como “mais tolerante ou menos tolerante com a corrupção” de acordo com suas correntes internas, ou seja, mais ou menos “tolerante”, o partido toleraria a corrupção em várias intensidades.

O que havia de intolerante com a corrupção no PT, segundo Serra (Cristina fez por merecer), saiu e formou o PSOL. Os que ficaram, seriam todos tolerantes. Não é à toa que vemos tantos psolistas dizendo, nas redes sociais, que a mídia não é tão má assim, chegando a fazer dobradinhas com um poder reacionário como o da Globo, autora intelectual da ditadura militar.

De resto, Cristina Serra reduziu o objetivo da CPMI a mero “acerto de contas”, a mera “vingança” de um adversário contra o outro. O programa tentou induzir o público à crença de que não existiriam motivos outros para a investigação. A intenção, claríssima, é a de desestimular as pessoas a acompanhar o processo, ficando apenas com as manchetes que já se pode prever que passarão mensagens de fácil assimilação pelo público idiotizado.

À ex-comentarista de economia Lillian Witte Fibe coube a pergunta sobre como a investigação prejudicará a economia, já para que o telespectador considere que irá prejudicá-lo pessoalmente. Brota a onomatopeia de um sorriso irônico que poderia ter encerrado o assunto e induzido à crença de que a CPMI será economicamente ruim para o país.

Socorro!

Mas a explicação verbalizada é ainda pior. A CPI, segundo alguém que de boba não tem nada, seria responsável pela “roubalheira do dinheiro público”. Ou seja: a CPI não é para combater a roubalheira, mas para gerá-la. Acredite quem quiser.

Em seguida, uma platitude apresentada como grande proposta: abolir o uso da expressão “desvio de dinheiro público”, substituindo “desvio” por “roubo”. Sobrevêm os aplausos dos fantoches da platéia, do apresentador e de suas “meninas” diante de uma Lillian satisfeita com a própria frase de efeito.

Finalmente, Lula entra na dança – estava demorando. É acusado de ter incentivado a CPI do Cachoeira sem Dilma saber, aproveitando a ida dela aos Estados Unidos. O ex-presidente teria feito reuniões com ministros e secretários de Dilma sem ela saber e eles não a avisaram por achar que “não seria necessário”.

A presidente é apresentada como uma governante fraca que se deixa atropelar pelo antecessor, que dá ordens aos seus ministros. Dilma teria se “rendido” a uma mera estratégia de Lula e de José Dirceu para “desviar atenções do julgamento do mensalão”. Lillian diz que os dois teriam sido “ingênuos” ao acreditarem que poderiam fazê-lo.

Foi a deixa para Ana Maria Tahan começar a tagarelar sobre o mensalão, ou seja, a discussão sobre a CPI roda, roda e volta sempre para o tema “corrupção no PT”. Até aqui, nem sombra daquilo em que consiste o foco principal de uma investigação chamada de CPI do Cachoeira e que era o assunto em pauta.

Ana Maria começa repisando a notícia amplamente divulgada de que o STF não irá interromper o julgamento nem que coexista com o processo eleitoral deste ano. Jô a interrompe com a proibição legal para que jornalistas opinem sobre política durante o processo eleitoral, deixando o espectador sem entender o que tem o mensalão que ver com isso.

O assunto volta para Cachoeira, para a ligação entre a CPMI e o mensalão, remetendo ao episódio Waldomiro Diniz, desencadeado pelo bicheiro goiano. Os debatedores atropelam um ao outro, falando todos ao mesmo tempo, sedentos de continuarem mantendo o foco nos adversários políticos da família Marinho.

Ana Maria volta a falar. Sua tese é a de que, apesar de o governo ter maioria na CPI, não poderá impedir que seu foco seja contrário ao governo, do que se pode depreender que a estratégia será a de a oposição apresentar denúncias e a imprensa repercuti-las maciçamente e, assim, pautar a investigação.

Por 64 segundos, quando o programa já se aproximava da primeira meia hora, Cristiana Lobo interrompe os colegas de bancada e toca no nome de Demóstenes Torres, porém sem falar em oposição, DEM ou PSDB, sendo imediatamente cortada por Jô, que põe na roda o promissor tema “Dadá”, ou seja, o sargento Idalberto Matias de Araújo, preso na Operação Monte Carlo.

O foco volta a Demóstenes por mais 45 segundos, com o programa já se aproximando de 40 minutos. É apresentado trecho de entrevista do senador goiano em que pregava moralidade na política. Apresentador e convidadas fazem algumas gracinhas sem citar o DEM uma só vez e matam o assunto.

Assunto envolvendo a oposição, porém sem mencioná-la, até agora soma 119 segundos, quase dois minutos inteiros, contra cerca de 2.400 segundos de malhação do PT, do governo Dilma e de seus aliados.

Entra o intervalo. Quando o programa retorna, o assunto proposto pelo apresentador é uma “Comissão de Ética” que ao público não diz nada. Em vez de dizer para que servirá, no âmbito do assunto Cachoeira, constitui-se em mera desculpa para continuarem malhando o mesmo lado.

O apresentador e convidadas ironizam nomes dos integrantes da Comissão que julgará Demóstenes, tais como Renan Calheiros e Romero Jucá, insinuando que são corruptos e que, portanto, seria um contrassenso integrarem aquela Comissão.

Mais algumas gracinhas e Jô continua malhando o governo, agora dizendo que não entende que sejam nomeados ministros que não entendem do assunto da pasta que dirigem. O governo já está exangue de tanto apanhar e continua apanhando.

Cristiana Lobo ajuda a bater falando que a CPI enfraquecerá o governo. De novo.

Ana Maria Tahan se apressa em dar a sua contribuição para malhar o governo como se o assunto estivesse começando agora. Passa a discorrer sobre as alianças do governo dizendo que deveriam ser feitas em torno de um projeto, mas se dão através da distribuição de cargos. A CPI do Cachoeira, até agora, apesar de ser o tema do programa praticamente não foi abordada.

Mais gracinhas e o assunto, agora, muda do governo para o governo. Jô insere o caso das lanchas envolvendo a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o ministério da Pesca. Mais uma vez as “meninas” se esbaldam com a pergunta do apresentador sobre “Em que águas navegam” as embarcações. E cabe a Cristiana Lobo resumir o caso: “falcatrua”.

E o governo continua apanhando.

Lillian Witte Fibe rompe a carapaça de silêncio na qual fora encerrada pela verborragia do apresentador, de Ana Maria Tahan e de Cristiana Lobo para decretar que “O que vai ferver, agora, é uma tal de construtora Delta”.

Enquanto as “meninas” falam uma em cima da outra, sobressai intervenção de Serra (a Cristina, não o José):

– Essa CPI que ia nascer pra investigar Demóstenes e Cachoeira, na verdade o foco, agora, é Delta (…)

Aí se produz talvez a cena mais nonsense que já vi:

Lillian Witte Fibe — Eu não quero prejulgar ninguém, mas eu tô assustada com o que eu tô vendo…

Jô Soares – Antes de mais nada muito bem, porque a gente tem o hábito de prejulgar antes até do julgamento…

Lillian – Eu resisto demais a isso… Mesmo os réus do mensalão. São 38 réus. Gente, se tiver um inocente, ali, foi destruída a vida desse cara. Não sei se tem, mas eu não falo, antes, que ele… O condenado é bandido antes de ser condenado. Agora, eu tô assustada com o que eu tô lendo sobre a Delta. Eu tô assustada…

Jô – Mas, ó, parabéns pela postura de não condenar antes do fato acontecer (…)

A platéia aplaude, entusiasmada com a alegada repulsa da jornalista a julgamentos precipitados… A expressão da jornalista, diante da afirmação do apresentador de que ela não “condena antes”, merece ser vista (abaixo).

Cristiana Lobo “muda” de assunto. Agora é Lula. Diz que por ele estar com José Sarney no hospital paulistano Sírio Libanês, é lá que fica, agora, o “principal escritório político do Brasil”. De novo, a tese do “bumerangue”. Elas diz que quando o ex-presidente “estimulou a CPI, não tinha a Delta, ainda”. E que, agora, eles estão lá “pedindo moderação, sobriedade”.

Detalhe: não se sabe de onde saiu isso, mas foi dito como fato inquestionável.

A partir daí, até o fim do bloco o tribunal de exceção passa a debochar da aparência física dos desafetos políticos do patrão. Nada que valha a pena reproduzir. Só vale registrar que essa besteira durou umas dez vezes mais do que os 119 segundos gastos, até então, para citar Demóstenes Torres sem citar suas vinculações políticas.

Depois dessa chega. O resto do programa perdeu o foco e foi gasto com masturbação ideológica sobre política internacional e suas relações com a que é feita no Brasil e as platitudes de sempre sobre combate a corrupção. Ainda ressuscitaram o mensalão mais algumas vezes, mais algumas ironias sobre o governo e ficou nisso.

O uso político do programa contra PT, governo Dilma e aliados e acobertando a oposição, é claro. De acordo com a legislação brasileira, foi um uso ilegal como tantos outros que são feitos diuturnamente sobretudo pela Globo em concessões públicas de rádio e tevê. Constitui-se em uma espécie de demonstração de força: “Usamos mesmo a concessão em nosso favor e vocês não poderão fazer nada”.

Os que se beneficiam disso, hoje, ficam sorrindo de orelha a orelha. Esquecem-se de que muitos dos que já foram favorecidos pela manipulação midiática e pela usurpação de espaços públicos de comunicação por grupos privados, atualmente são alvo dessa manipulação. Desconhecem que só quem ganha sempre com isso são os concessionários de meios eletrônicos.

De qualquer forma, a postagem consegue antecipar o que irá prevalecer na mídia durante a CPMI que terá início na semana que vem. A menos, é claro, que os “ingênuos” Lula, José Dirceu, Dilma, PT e aliados saibam de alguma coisa que as meninas do Jô, o próprio, os patrões deles e os políticos seus amigos não sabem…

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#37 Mensagem por Carnage » 23 Abr 2012, 22:18

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O medo da Veja
Enviado por luisnassif, sab, 14/04/2012 - 12:01

Por foo


Comentário ao post "A capa da Veja"

Eu li o artigo da Veja, e só tenho uma observação: a Veja quer enterrar a CPI, custe o que custar.

O caso Cachoeira pega diretamente o senador Demóstenes Torres (DEM/Goiás), o governador Marconi Pirilo (PSDB/Goiás), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) e o editor-chefe da revista Veja, Policarpo Jr.

A primeira reação da mídia, diante do escândalo, foi tentar envolver todo mundo: Agnelo (PT/DF), Protógenes (PCdoB/SP), e a construtora Delta -- que, segundo a imprensa, "faz negócios com o Governo Federal" -- convenientemente omitindo o fato de que a Delta faz negócios com todas as esferas do governo, em diversos estados, inclusive São Paulo!!!

Notícias recentes da Folha, do Estadão, e da Globo, dizem que a CPI preocupa a Dilma e setores do PT; quando os mais preocupados, obviamente, devem ser o DEM e o PSDB.

Mas vamos assumir que as acusações sejam verdadeiras, e que Agnelo, Protógenes, e o próprio Governo Federal estejam envolvidos no escândalo. Este seria, sem dúvida nenhuma, o maior escândalo da história recente do país. Maior do que o mensalão, que segundo a Veja foi "o maior escândalo de corrupção da história do país".

A Veja não quer investigação, e usa todos os artifícios que têm à sua disposição para isso: apela para a PT-fobia, para o "risco para a liberdade de expressão", para a imagem de Hitler e Mussolini... nenhum recurso é deixado de lado no objetivo de demonstrar, por A+B, que a CPI será péssima para o Brasil.

Vamos a alguns trechos do artigo (em negrito, intercalado com meus comentários):

"Com o julgamento do mensalão pelo Supremo a caminho, os petistas lançam uma desesperada ofensiva para tentar desviar a atenção dos crimes cometidos por eles no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira"


Mas quem está fazendo "uma desesperada ofensiva para desviar a atenção dos crimes cometidos" é a própria Veja. (Apenas como exemplo, além dos mais de 200 telefonemas entre Policarpo e Cachoeira, agora temos evidências de que a gravação do Hotel Nahoum -- naquela fatídica capa contra "o poderoso chefão" José Dirceu -- foi feita pelo bicheiro.)

E a Veja continua, dizendo que "o PT espera desmoralizar na CPI todos que considera pessoal ou institucionalmente responsáveis pela apuração e divulgação dos crimes cometidos pelos correlegionários no mensalão — em especial a imprensa."

A imprensa não precisa do PT para se desmoralizar. Ela tem feito isso por conta própria.

"Esse truque funcionou na União Soviética, funcionou na Alemanha nazista, funcionou na Itália fascista de Mussolini, por que não funcionaria no Brasil?". E responde: "Bem, ao contrário dos laboratórios sociais totalitários tão admirados por petistas, o Brasil é uma democracia, tem uma imprensa livre e vigilante"


O Brasil é uma democracia, e a liberdade de imprensa não está sob ameaça. Qualquer um pode escrever o que quiser, e sites na internet começam a dar furos em tempo real -- antes mesmo que as revistas possam chegar às mãos dos assinantes. Isso não significa que a imprensa possa se associar ao crime, ocultar a existência de uma quadrilha por 8 anos em troca de informações privilegiadas, obtidas de maneira ilegal, e promover membros desta quadrilha a "mosqueteiros da ética".

O delírio prossegue: "Uma CPI dominada pelo PT e seus mais retrógrados e despudorados aliados é o melhor instrumento de que a falconaria petista poderia dispor — pelo menos na impossibilidade, certamente temporária para os falcões, de suprimir logo a imprensa livre, o Judiciário independente e o Parlamento."

Aqui a Veja deixa bem claro -- na sua opinião, a CPI é um instrumento para suprimir a imprensa livre, o judiciário independente, e o parlamento. É um instrumento para transformar o Brasil em um ditadura. É uma simplificação grosseira -- como outras que aparecem no artigo -- com o objetivo de causar um mal-estar com relação à CPI.

A essa altura o leitor típico de Veja deve estar pensando: "esta CPI é um perigo!"

"Enquanto o triunfo final não vem, os falcões petistas vão se contentar em usar a CPI para desmoralizar todos os personagens e forças que ousem se colocar no caminho da marcha arrasadora da história, que vai lançar ao lixo todos os que atacaram o PT e, principalmente, seu maior líder, o ex-presidente Lula."


O mais curioso, de acordo com a tortuosa lógica da Veja, é que -- mesmo que a rede de corrupção de Carlinhos Cachoeira seja "suprapartidária", isto é, envolva diretamente o PT -- esta CPI seria de interesse do partido.

"Lula viu na CPI a oportunidade política de mostrar que todos os partidos pecam. Que todos são farinha do mesmo saco e, por isso mesmo, o mensalão não seria um esquema de corrupção inaudito, muito menos merecedor de um rigor maior por parte do Judiciário e da sociedade. Para os petistas, apagar a história neste momento é uma questão de sobrevivência."

Questão de sobrevivência? A presidenta Dilma tem o maior índice de aprovação de toda a história do país, superando até mesmo o Lula; a oposição está desorientada; a própria Veja diz que o PT estaria caminhando rumo ao poder absoluto. Por que esta seria uma "questão de sobrevivência"? O artigo da Veja não consegue manter-se auto-coerente; a única coisa que está perto de se extinguir é a credibilidade da revista.

"É tamanha a ânsia de Lula e dos mensaleiros para enterrar o escândalo que, se preciso, o PT rifará o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que também aparece no arco de influência dos trambiques da máfia do jogo."

É tamanha a ânsia da Veja para enterrar a CPI que, se preciso, deixará o petista Agnelo Queiroz livre, junto com Cachoeira, Demóstenes, Pirilo, Leréia, e, é claro, o editor-chefe da revista, Policarpo Jr.

Para defender Policarpo, sem citar o seu nome, a revista diz: "A oportunidade liberticida que apareceu agora no horizonte político é tentar igualar repórteres que tiveram Carlos Cachoeira como fonte de informações relevantes e verdadeiras com políticos e outras autoridades que formaram com o contraventor associações destinadas a fraudar o Erário."

É uma simplificação grosseira. Policarpo Jr. fez muito mais do que apenas usar Carlos Cachoeira como fonte. Ele usou e foi usado. Durante mais de 8 anos, em mais de 200 telefonemas gravados e reuniões presenciais, Policarpo Jr ajudou a promover os interesses da quadrilha, enquanto a quadrilha satisfazia os interesses da Veja.

A Veja sabia das relações de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira, e nunca falou nada. Ou melhor: enalteceu Demóstenes, chegando ao ponto de dizer que ele era um dos "mosqueteiros da ética" do senado. A Veja também ajudou a melar uma CPI contra Cachoeira em 2004. Em troca, Cachoeira foi responsável por inúmeros "furos" da revista, em gravações ilegais que envolviam terceiros.

Mas a Veja prossegue com a seguinte lição sobre a ética jornalística:

"Os petistas acham que atacar o mensageiro vai diminuir o impacto da mensagem. Pelo que disse Marco Maia, eles vão tentar mostrar que obter informações relevantes, verdadeiras e de interesse nacional lança suspeita sobre um jornalista. Maia não poderia estar mais equivocado. Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações. As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido. A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações. Isso é básico."


Se Cachoeira tivesse feito gravações de suas conversas com Demóstenes e Pirilo, isto estaria dentro da ética jornalística.

Mas Cachoeira fez gravações contra terceiros -- pessoas que não estavam envolvidas com eles. Para citar um exemplo, hoje sabemos que as filmagens no Hotel Nahoum foram obra da quadrilha. A reportagem de capa de Veja foi ironicamente intitulada "O Poderoso Chefão".

A Veja tinha acesso ao verdadeiro "chefão" -- e nunca falou nada.

A Veja teve acesso a todas as informações sobre a máfia de Goiás e nunca denunciou o esquema.

Durante 8 anos a Veja usou e foi usada por Carlinhos Cachoeira. E é por isso que estão com medo. Mas não é só isso:

"Motivo mesmo para uma CPI seria investigar os milionários repasses de dinheiro público que o governo e suas estatais fazem a notórios achacadores, chantagistas e manipuladores profissionais na internet. Fica a sugestão."

A Veja está com medo porque não controla mais a informação. Se a CPI sair, não haverá como filtrar as informações.

Viva os blogs sujos!

Viva a internet!

O medo da Veja (3)
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -da-veja-3

Veja: a revista bandida
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... vestigacao

Veja e a CPI de Cachoeira
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -cachoeira

Se a chapa esquentar, capo da Veja terá como fugir da lei
http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... ir-da-lei/

Mais peças do quebra-cabeças Civita-Cachoeira
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -cachoeira


http://www.tijolaco.com/a-agua-velha-da ... taminadas/
A água velha das fontes contaminadas.

Há um ano na Veja, a "manchete" de ontem do Jornal Nacional. A mesma história, o mesmo objetivo: usar José Dirceu para atingir o alvo: Lula

A “reportagem” de ontem do Jornal Nacional e manchete em vários jornais, curiosamente, já tinha sido matéria publicada há um ano.

Aliás, pela Veja.

Inclusive, com a transcrição literal do áudio levado ao ar pelo JN, onde o empresário Fernando Cavendish fala, jocosamente, sobre a corrupção dos políticos – aliás, grande novidade… – pelas empreiteiras.

O Jornal Nacional usa, porém, como fonte o blog do jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlinhos Cachoeira.

Pedrosa foi acusado, na CPI da Assembleia do Rio de Janeiro (veja o documento, página 238) sobre o caso Waldomiro Diniz, de praticar extorsão contra o ex-diretor de loterias, em nome de Carlinhos Cachoeira.

Mais um fato: a fita é descrita como tendo sido gravada em uma reunião com diretores da empresa.

Portanto, não faz parte dos grampos telefônicos legais produzidos na Operação Monte Carlo.

Quem e com que fim se fez esta gravação, então?

A narrativa sobre as cisrcusntâncias da gravação sugere que possa ter sido Carlos Pacheco, o homem de Cachoeira nas gravações da PF.

Para que, para chantagear o empresário, como parece evidente? Quais são os crimes que ele tem escondidos?

Cavendish, certamente, é um que tem muitas explicações a dar na CPI, mas não as dará se persistirem os movimentos para criar empecilhos à instalação da investigação.

Porque foi esta a finalidade de se buscar água velha em fontes tão contaminadas.

A Globo não é de achar algo num blog e levar para o JN.

O objetivo, claro, foi o de dizer: devagar com a CPI.

Usando, como se diz no jargão jornalístico, um “gancho” para envolver o ex-ministro José Dirceu na história.

Porque Dirceu, assumiu de público, há um ano atrás, que prestou consultoria para a Delta, mum trabalho de quatro meses, pelo qual foram cobrados R$ 20 mil.

Era preciso, fosse lá como fosse, empurrar Dirceu – e portanto a Lula – para este escândalo novo.

Era, esta água servida, a forma de colocar José Dirceu no palanque eletrônico da Globo, e desviar as atenções para o período Lula.

É isso o que se busca.

Esta é uma história exibida com sinais contrários.

Denunciam-se pressões sobre o STF para pressionar o STF.

Fala-se em corrupção para encobrir corruptos.

Diz-se que a esquerda tem medo da CPI para ocultar o medo de que se exponha à luz os esquemas espúrios pelos quais a direita fabrica escândalos.
A resposta a isso só pode ser uma: abra-se tudo, investigue-se tudo, sem seletividade ou dirigismo.

Quem estiver devendo, que pague, seja oposição, empresário ou governista.

Mas não vamos deixar que nos vendam peixe velho como novo.

Até porque fede.


http://www.viomundo.com.br/politica/cac ... -dnit.html
Olhar Direto: Cachoeira ajudou em denúncia e celebrou vitória

Cachoeira armou para derrubar diretor do Dnit [título original deste post]

Dnit levou críticas à Delta a órgãos de controle

Construtora é a que mais levou verbas do governo

DE BRASÍLIA, na Folha, sugerido pelos leitores Rubens e alex


Os seguidos problemas com obras da Delta levaram a cúpula do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) a apontar irregularidades envolvendo a empresa a órgãos de controle, como Polícia Federal e Tribunal de Contas.

A Delta é a empresa que mais recebe recursos do governo federal desde 2007.

A maioria dos contratos é de obras para o Dnit, principalmente construção ou conservação de rodovias. Em 2011, dos R$ 862,4 milhões que o governo pagou à companhia, 90% do valor veio do departamento de estradas.

Obras estavam malfeitas ou atrasadas, segundo o Dnit. A partir de 2010, o órgão começou a abrir processos administrativos ou emitir documentos que ameaçavam tirar contratos da empreiteira, que nega irregularidades.

O atrito entre a Delta e o Dnit levou o grupo comandado por Carlinhos Cachoeira, investigado por suspeita de contravenção e ligado à empreiteira, a atuar pela queda do diretor-geral do órgão.

Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista “Veja” durante a apuração de uma reportagem.

(CATIA SEABRA, RUBENS VALENTE E DIMMI AMORA)

*****

17/04/2012 – 16:45

Nova gravação revela Cachoeira e Cláudio Abreu comemorando queda de Pagot

De Brasília – Marcos Coutinho/ Da Redação – Lucas Bólico

do site Olhar Direto, sugerido pelo leitor Rubens

Novas gravações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o diretor regional da Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, revelam que ambos comemoraram a queda de Luiz Antonio Pagot da diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), cargo que havia sido conquistado graças à indicação do senador Blairo Maggi (PR-MT).

Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, o ex-diretor-geral do Dnit confirmou ter sido procurado por outros veículos da mídia nacional para repercutir o caso e que, inclusive, um jornalista da revista Época colocou “a gravação” para ele ouvir.

Pagot lamentou a conversa entre Cachoeira e Abreu e disse que o conteúdo terá de ser investigado. O ex-diretor também questiona as dimensões da influência de Cachoeira e Abreu na revista Veja, publicação responsável pelas denúncias que culminaram na sua saída do Dnit.

“Estou estarrecido com toda essa história. E me pergunto: como vazaram as declarações da presidente [Dilma Rousseff] para a imprensa menos de 24 horas antes de uma reunião no Palácio do Planalto. Qual interesse político motivou esse vazamento?”, questionou Pagot.

Durante a entrevista ao Olhar Direto, Pagot reiterou que nunca participou de esquema algum de arrecadação ilícita de recursos para partidos, no caso o PR, e que está respondendo todas as acusações nos órgãos de fiscalização e nos respectivos inquéritos abertos pela Polícia Federal.

“Vou mostrar que sou inocente em cada inquérito aberto”, prometeu. De acordo com a denúncia da Veja à época, representantes do PR, partido que comanda os Transportes, funcionários do ministério e de órgãos vinculados à pasta teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.

Carlinhos Cachoeira foi presp na operação Monte Carlo da Polícia Federal como chefe do jogo ilegal em Goiás. Wladimir Garcez, braço direito do bicheiro, também está preso.
Repórter da Globo também teria se envolvido com Cachoeira
http://www.blogcidadania.com.br/2012/04 ... cachoeira/

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#38 Mensagem por Carnage » 23 Abr 2012, 22:29

Só mesmo sendo um sujeito do PSDB pra mídia deixar essa passar em branco!

O tal deputado tucano fala que sabia que o Cachoeira era bandido, mas não disse nada porque "não é dedo duro"!!! KKKK Ainda tenta passar como bom moço que tem o caráter de não dedar os amigos!!
Impressionante! Fala isso como se fosse natural e até o abonasse!

Ah se fosse um petista...

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -cachoeira
Da Folha

Deputado admite que sabia de contravenções de Cachoeira


'Se falar que não tinha conhecimento que mexia com jogo é hipócrita', diz Leréia


Tucano afirma que 'maquininhas no Brasil são pra roubar mesmo', mas que empresário tinha dinheiro legal

Deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), que diz que continuará amigo de Cachoeira

Deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), que diz que continuará amigo de Cachoeira

ANDREZA MATAIS
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Amigo de Carlos Cachoeira há 25 anos, o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) disse à Folha que tinha conhecimento do envolvimento do empresário com contravenção.

"Se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo seria hipócrita", disse.

Leréia é um dos três deputados que serão investigados por envolvimento com o empresário, o que pode levar à cassação. A aliados, admite a possibilidade de renunciar.

Cachoeira, apelido de Carlos Augusto Ramos, é apontado pela PF como líder de um esquema de corrupção baseado em seu grupo, cuja atividade primária é o jogo ilegal -que é uma contravenção penal, que difere de crime por ter penas mais leves em caso de condenação.

Trechos de diálogos gravados pela PF mostram que Leréia cobrou de Wladimir Garcez, um dos principais operadores de Cachoeira, depósito de dinheiro em uma conta.

Folha - O senhor tinha conhecimento do envolvimento de Cachoeira com contravenção ou foi surpreendido?
Carlos Alberto Leréia - Ah, se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo é hipócrita, eu não posso nem falar. Ele mexia com jogo. Agora, como é o meandro desse jogo aí não sei te falar.
Eu nunca joguei em cassino. Eu gosto é de baralho. O Fernando Henrique gosta [de baralho, no caso, pôquer], o Ronaldinho. Nunca joguei bingo, jogo do bicho, agora baralho eu gosto.
O fato de o senhor ser um homem público e saber que ele tinha negócios ilegais não era motivo para romper a relação?
De maneira nenhuma, pelo contrário. Mesmo quando ele sair da cadeia eu continuarei amigo dele. Tenho pessoas da minha família que já erraram, não deixaram de ser parentes meus. Amigo que já errou não deixa de ser amigo.

De onde vinha o dinheiro do Cachoeira?
Esse negócio de dizer que o Carlinhos só mexeu com dinheiro ilegal, isso é uma grande aberração. Pode até ter uma parte ai, mas tinha também muito dinheiro legal -e dinheiro grande.

Não era do jogo que vinha a maior parte do dinheiro?
Tem esses contratos com empreiteiras. Tem que fazer um levantamento.

Cachoeira tinha máquinas caça-níquel.
Essas maquininhas no Brasil são para roubar mesmo. Agora, se tiver o controle do governo, bota o chip da Receita, ai a aposta é aleatória.

Defende que ele seja solto?
A vida dele foi grampeada nos últimos anos, tá tudo lá. Eles [PF] já sabem quem é quem. Não prejudicaria nada soltá-lo. É uma pessoa boa.
Não tem envolvimento com tráfico de droga, com assassinato, essa parte não tem. O que tem aí é contravenção.

O senhor tem um avião em sociedade com Cachoeira?
Eu tenho uma parte de um avião pequeno que era em sociedade com o irmão dele. Não é jato, não. Se fosse jato eu não daria conta, aí você poderia saber que era rolo.

Acha que o governo tem que se preocupar com essa CPI?
Eu não vou dizer quem fez coisa errada. A investigação já sabe quem é quem. E vai ter desdobramento.

O senhor sabia da relação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM) com Cachoeira?
Eu sabia que ele e o Demóstenes tinham amizade, mas não sabia que tinha algum tipo de negócio.
O Carlinhos adora política. Por isso ele conseguiu fazer tantas relações com tantas pessoas.
http://correiodobrasil.com.br/cpmi-do-c ... do/431783/
CPMI do Cachoeira lista governadores e dono da Veja para explicar ligações com crime organizado

13/4/2012 14:21, Por Redação - do Rio de Janeiro e Brasília

O governador Sérgio Cabral está na lista inicial dos convocados para depor na CPMI do Cachoeira


Os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e o dono da revista semanal de ultradireita Veja, Roberto Civita, além do senador Demóstenes Torres – que figura em primeiro lugar na lista dos convocados para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira – deverão ser ouvidos no Congresso sobre as ligações que manteriam com o crime organizado no país. Segundo o deputado Fernando Ferro (PT/PE), Civita deverá ser convocado para explicar os cerca de 200 telefonemas trocados entre o redator-chefe da revista em Brasília, Policarpo Júnior, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. A CPI também deverá investigar os engavetamentos de investigações pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, e as relações entre Demóstenes Torres e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

Nas duas últimas semanas, o noticiário da revista tenta tergiversar com uma tentativa de trazer à pauta o noticiário do julgamento, no STF, que tende a inocentar vários dos acusados de integrar um possível sistema organizado de corrupção na Câmara e no Senado. A CPI também terá a oportunidade de verificar o que há por trás das denúncias que os veículos da mídia conservadora estabeleceram como “mensalão”, após a PF descobrir que haviam interesses nada republicanos, e sim, ao que tudo indica, de organizações criminosas com interesses escusos contrariados na série de denúncias que culminou, ainda no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na queda do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.

Nos grampos efetuados pela PF e vazados para a imprensa, aparecem telefonemas de Cachoeira para Policarpo Júnior que levantam suspeitas de que o bicheiro encomendava matérias de seu interesse para lhe favorecer nos negócios ou prejudicar seus inimigos. Dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish também está na lista dos possíveis convocados para depor na CPMI do Cachoeira. Ele é amigo pessoal dos governadores Marconi Perillo (Goiás) e Sérgio Cabral Filho (Rio de Janeiro), responsáveis pela liberação de recursos milionários para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em seus Estados.

Na véspera, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reafirmou a intenção do governo de investigar todas as denúncias que envolvem a Delta Construções, maior empreiteira do PAC e corrigir eventuais irregularidades. A empreiteira, com acesso franqueado aos governos estaduais do Rio de Janeiro e de Goiás, é citada na Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Cachoeira. O diretor regional de Brasília e Goiás, Cláudio Abreu, é apontado como integrante do esquema de Carlinhos Cachoeira.

– Isso vai ser investigado. De qualquer maneira, qualquer irregularidade terá de ser corrigida, como a gente sempre faz cada vez que elas são identificadas – disse a ministra.

A Delta Construções recebeu do governo de Marconi Perillo, entre janeiro de 2011 a março deste ano, R$ 151,5 milhões em contratos licitados, segundo informações do site ComprasNet, da Secretaria estadual de Gestão e Planejamento, e do Transparência Goiás. Em 2010, por sua vez, na gestão do então governador Alcides Rodrigues, a administração estadual pagou à Delta cerca de R$ 46,7 milhões em serviços de custeio para manutenção de atividades de instâncias de governo. O chega a ser oito vezes maior do que em 2009, quando a empresa recebeu apenas R$ 5,5 milhões.

Dos contratos realizados nos últimos 13 meses entre a Delta e o governo de Goiás, 11 deles foram com a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), principalmente para a execução de obras realizadas em rodovias. Dois outros convênios foram relacionados à secretaria estadual de Segurança Pública (SSP), referentes à locação de automóveis e a obras. No Estado do Rio, a empreiteira recebeu, em 2001, R$ 47 milhões, em 2002, R$ 61,8 milhões, em 2003, R$ 15,1 milhões, em 2004, R$ 76,1 milhões, em 2005, R$ 142,8 milhões, em 2006, R$ 163,9 milhões, em 2007, R$ 67,2 milhões, em 2008, R$ 126,8 milhões, em 2009, R$ 243,4 milhões, em 2010, R$ 554,8 milhões, em 2011, R$ 358,5 milhões e, até agora em 2012, R$ 138,4 milhões.

Na Prefeitura do Rio, a Delta também conseguiu fechar contratos milionários, entre 2008 e 2011, no total de R$ 420,2 milhões. Deste total, R$ 186,7 milhões na gestão do atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), em contratos com obras de urbanização e na locação de veículos e equipamentos de limpeza urbana. O último deles, fechado em agosto do ano passado, refere-se à implantação do Parque de Madureira, estimado em R$ 71 milhões. O restante foi pago à Delta Engenharia na administração do ex-prefeito Cesar Maia (DEM), que também deverá ser chamado a depor na CPMI do Cachoeira.

A Delta também foi acusada de praticar preços escorchantes na construção da nova sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no antigo prédio do Jornal do Brasil, do qual foi diretor o atual secretário de Saúde do governo Cabral, Sérgio Côrtes. Em agosto do ano passado, a Controladoria Geral da União (CGU) recomendou à direção do Into que exija da empreiteira a imediata “devolução dos valores pagos com sobrepreço e dos serviços executados em duplicidade”. Segundo denúncia do site Consultor Jurídico, o relatório da CGU encontrou um sobrepreço estimado em R$ 23,5 milhões no custo da segunda etapa da construção do hospital.

Composição

A Secretaria-Geral da Mesa do Senado entregou, na noite passada, ao presidente da Casa e do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP), o levantamento sobre como ficará a composição da CPMI do Cachoeira. As indicações dos membros que irão compor a parte do Senado na CPMI serão divididas de acordo com os blocos formados pelos diversos partidos políticos, segundo as informações da Secretaria-Geral da Mesa. Dessa forma, caberão ao bloco de apoio ao governo – que inclui PT, PCdoB, PSB, PDT e PRB – cinco indicações de membros titulares. Ao bloco da maioria – composto exclusivamente pelo PMDB – caberão mais cinco indicações de membros. Ao bloco da minoria, formado no Senado por PSDB e DEM, serão destinadas três vagas. O novo bloco União e Força, formado por PR, PSC e PTB, terá direito a duas vagas.

Com essa divisão serão preenchidas as 15 vagas do Senado na comissão mista. Além delas, de acordo com a secretaria, haverá uma vaga extra para garantir espaço aos partidos que não fazem parte de blocos e, portanto, não alcançam o critério da proporcionalidade. Nesse caso, essa vaga deverá ser dividida entre PSOL, PP, PV e PSD. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já adiantou que o partido fará indicações internas para todas as vagas a que terá direito e não pretende ceder para outras legendas.

– Somos 21 senadores. Se tivemos 15 membros (do Senado na CPMI), o PMDB irá indicar cinco membros. Não teremos dificuldade porque a bancada é grande – declarou Renan após reunião com o presidente Sarney e o líder do governo na Casa, Eduardo Braga (PMDB-AM).


'Eu tinha informantes do Cachoeira ao lado do meu gabinete', diz promotor
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 73036.html

Fora Marconi: Cerca de 6 mil jovens coloriram as ruas de Goiânia
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... governador

Demóstenes ajudava Cachoeira a fazer nomeações em Goiás
http://oglobo.globo.com/pais/demostenes ... z1sOcQTqAK

Da Folha de S. Paulo
Governador de GO é sócio em avião de R$ 4 mi, diz Cachoeira

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ni-perillo

Mais um governador tucano envolvido com a máfia de Carlinhos Cachoeira: Beto Richa
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... o-com.html


http://terramagazine.terra.com.br/semfr ... -de-etica/
Demóstenes, enxurrada de provas chegam nesta semana ao Conselho de Ética

Demóstenes, falso Varão de Plutarco, agora em panos de Tartufo.


O senador Demóstenes Torres cumpriu, durante anos e à perfeição, o papel de tartufo. Ou melhor, ele representou, com os cidadãos brasileiros na plateia, o hipócrita-dissimulado da consagrada comédia de Molière intitulada Le Tartuffe.

Não fosse a Operação Monte Carlo da Polícia Federal revelar, por meio de interceptações telefônicas legais, a sua participação em organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes continuaria no papel de farsante e a pavimentar a estrada política que o levaria ao governo do estado de Goiás.

No Conselho de Ética do Senado foi instaurado um procedimento disciplinar contra Demóstenes Torres por atuação marcada pela falta de decoro parlamentar. E o procedimento está, até terça próxima, na fase de apresentação de defesa por parte de Demóstenes, acusado, em face de representação feita pelo partido PSOL, de quebra de decoro parlamentar.

Até a torcida do Flamengo sabe ser indecoroso um senador da República manter vínculos de amizade com um notório marginal de alto coturno, caso de Carlinhos Cachoeira. Trata-se de amizade, frise-se, com um contumaz violador do Código Penal. A respeito desses laços de amizade já existe prova provada. E isso já bastaria para levar à cassação do mandato.

Mas, existe algo mais. Demóstenes, além de amizade já comprovada e regalada com o recebimento de presente nupcial caríssimo (uma cozinha de luxo completa), realizava “negócios”, dava satisfações e prestava contribuição nos ilícitos consumados ou tramados por Cachoeira. Quanto a isso, a prova está no inquérito sigiloso que tramita sob a supervisão do ministro Ricardo Lewandowski. Ainda não chegou aos autos do procedimento disciplinar da Comissão de Ética do Senado

Até a semana passada, Lewandowski resistia em deferir o encaminhamento de cópias xerográficas do inquérito policial (Operação Monte Carlo) ao supracitado Conselho de Ética do Senado.

Sobre essa resistência, cabe uma pergunta: A quem interessa essa resistência???

Essa resistência baseada em formalismo só interessa ao crime organizado, aos seus membros e aliados, caso de Demóstenes.

A resistência, pelo que circula, chegará ao fim nesta semana. É que o ministro Lewandowski vai deferir o envio de cópia de algumas peças da Operação Monte Carlo. Peças que se referirem ao senador Demóstenes. As demais peças só serão encaminhadas, se pedidas, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), recém-instalada.

Ora, de posse do teor dos diálogos interceptados e gravados pela Polícia Federal, haverá, nos autos do processo disciplinar sobre quebra de decoro parlamentar, uma enxurrada de provas contra Demóstenes.

As novas provas só chegarão depois de terça-feira, último dia do prazo para Demóstenes entregar a sua defesa. Assim, haverá necessidade de se abrir novo prazo para a defesa poder se manifestar.

Pelo andar da carruagem, não existe possibilidade, salvo as surpresas de votação secreta, de Demóstenes não ser cassado por falta de decoro. Tudo isso sem prejuízo do ajuizamento de futura ação criminal por parte do Ministério Público. Fora, evidentemente, processo administrativo no Conselho Nacional do Ministério Público, pois, se cassado no Senado, Demóstenes volta ao Ministério Público do estado de Goiás: o chefe do Ministério Público estadual é o irmão de Demóstenes.

Pano rápido. Na semana passada, os telejornais mostraram Demóstenes a desfilar pelo Senado, esteve no plenário e cruzou com colegas senadores. Como se percebeu, Demóstenes despediu-se do papel em panos de Varão de Plutarco e se mostra em panos de Tartufo.

Wálter Fanganiello Maierovitch

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Carnage
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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#39 Mensagem por Carnage » 23 Abr 2012, 22:35

http://www.cartacapital.com.br/politica ... emostenes/
Marcos Coimbra
As lições de Demóstenes

A primeira reação dos setores conservadores às denúncias contra Demóstenes Torres foi de silêncio estupefato. Demoraram a perceber o que estava acontecendo: um de seus heróis tinha sido apanhado com a boca na botija.

À medida que os detalhes de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira foram sendo revelados, viram que seria impossível defendê-lo. Tiveram de reconhecer que alguém em quem haviam apostado nada mais era que o cúmplice – para dizer o mínimo – de um suspeito – continuando a dizer o mínimo – de nebulosas transações.

Mais sobre o caso Cachoeiroduto:
Dono da Delta nega sociedade com Demóstenes
Congresso oficializa CPMI do caso

A segunda reação foi apressar-se na condenação. Talvez por raiva do senador, que os fez de bobos. Devem tê-lo imaginado rindo dos aplausos, enquanto brindava com os amigos.
Mas a razão principal estava na necessidade de controlar os prejuízos colaterais. O apodrecimento do senador Demóstenes poderia contaminar um pedaço grande da política brasileira. Que fosse rapidamente extirpado.

A terceira foi uma clássica manobra de luta ideológica: passar para o ataque. Se a defesa é insustentável e se não interessa protelar, o jogo tem de ser mudado.
Era preciso embaralhar as culpas do Demóstenes oposicionista com aquelas de políticos governistas. E era óbvio com quais: os acusados pelo “mensalão”. Eles e Demóstenes tinham de ser igualados.

Se esse diversionismo fosse bem-sucedido, o escândalo terminaria por ser positivo: aumentaria as pressões para que o STF julgasse logo o caso.

Quem conhece o funcionamento do Supremo sabe, no entanto, que a chance de que ele se pronuncie nos próximos meses é pequena. A complexidade das questões que suscita, sua sensibilidade, seus efeitos na dinâmica interna do Tribunal, tudo sugere que o julgamento não vá começar de imediato.

Essa perspectiva não agrada a quem quer utilizá-lo para atingir o PT e suas lideranças. Por extensão, para fragilizar o governo.

Tudo o que esses setores desejam é que o País fique meses a discutir o episódio. Sonham recriar os dias em que a TV Câmara disputava audiência, transmitindo ao vivo as sessões da CPMI dos Correios.

É uma aposta com pequena possibilidade de sucesso. Acreditar que o retorno do “mensalão” pela via judiciária terá o mesmo efeito na opinião pública que a sua revelação original é imaginar muito.

Para a vasta maioria das pessoas, será igual a ler o jornal de anteontem. Tudo é conhecido, não há qualquer fato novo.

Sem falar que a discussão no Supremo dificilmente terá a teatralidade do Legislativo. A leitura de um voto – que pode durar horas – costuma fazer dormir até os especialistas.

Mas quem não tem cão, caça com gato. Confusa em seu discurso, dividida por conflitos internos, a oposição partidária avalia que a volta do assunto às manchetes é uma oportunidade para adquirir novo fôlego. O mesmo vale para os veículos da mídia conservadora, que acreditam que assim poderão fazer seu acerto de contas com o “lulopetismo”.

O problema é que o escândalo Demóstenes e o “mensalão” são completamente diferentes. No primeiro, um político é suspeito de fazer o que os bandidos fazem. No segundo, alguns políticos são acusados de fazer o que todos fazem.

Não são, portanto, nem de longe, a mesma coisa.

A maior parte dos que serão julgados pelo “mensalão” fez, apenas, aquilo que as regras não escritas da política sempre admitiram. E que, por essa razão, seus colegas praticaram – e continuam a praticar. Ou alguém acha que, agora, tudo é feito de maneira ortodoxa?

Ninguém os acusa de advocacia de interesses escusos ou de conluio com os fora da lei. Suspeitar que receberam uma espécie de mesada para votar com o governo é uma simples história da carochinha: petistas ganhando para isso?

No fundo, o esforço de igualar o que é flagrantemente diferente, talvez acabe sendo positivo na hora em que o Supremo julgar. Deixa nítido que o inaceitável é Demóstenes.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... os-coimbra
Do Correio Braziliense
De Quem É a CPI?

Marcos Coimbra


Faz tempo que, na política, não temos um caso tão estranho como esse da CPI do Cachoeira. Quanto mais se leem os jornais, menos se compreende o que está acontecendo.

Dão voltas extraordinárias.

Não faz mais que dias, a CPI era apresentada como fruto exclusivo das movimentações dos partidos governistas.

Como em um passe de mágica, no entanto, na foto dos congressistas saudando a coleta do número suficiente de assinaturas para instalá-la, só havia figuras da oposição. E todas sorriam, com cara de quem celebrava uma vitória.

Primeiro, diziam que PT e PMDB estavam unidos na disposição de viabilizá-la. Atualmente, o que se lê é que o PMDB foge da CPI. Que pretende, mantendo-se distante, garantir-se como aliado de Dilma (estaria, por acaso, arriscado a perder essa condição?).

Em um esforço de imaginação, pintam agora um quadro em o PMDB teria decidido permanecer na espreita, apostando no “desgaste do PT” (?) junto à presidente, para assim “aparecer como salvador da Pátria”. Que suas principais lideranças planejam carimbar a CPI como “invenção do PT”.

Por que precisariam fazê-lo? Não foi o próprio Lula quem, pessoalmente, pôs a Comissão em marcha?

Passaram dias apregoando que o PT tinha entrado em pânico e estudava a melhor opção para se desembaraçar dela. Na hora em que os votos da bancada foram contados, o que se viu foi que a endossava por unanimidade.

Quem procura entender o caso recorrendo à leitura de alguns colunistas famosos fica perplexo. Chegam a caracterizar a CPI como uma espécie de apocalipse petista, sua “hora da verdade”, o momento em que se defrontará com tudo que evitou em sua história.

Afinal, a CPI é a “cortina de fumaça” que o lulopetismo inventou para esconder os malfeitos do mensalão - como estampou, na capa, a revista Veja -, ou o Dia do Julgamento Final para o PT?

São análises engraçadas. Por elas, parece que Lula não passa de um principiante, um aprendiz de feiticeiro, que deixa livres forças que é incapaz de controlar. Que teria cometido um erro infantil, ignorando a verdade acaciana - que muitos adoram repetir - que “todo mundo sabe como começa uma CPI, mas ninguém sabe como termina”.

Achar isso de alguém como Lula - que já deu as mais óbvias provas de que é tudo, menos tolo -, é pura pretensão. E não há, na política, erro maior que subestimar o outro lado.

E os rostos dos parlamentares da oposição? De onde vinha tanta alegria?

Do fato de que o inquérito que envolve Demóstenes Torres se tornará público? De que as relações entre Cachoeira e o PSDB de Goiás serão reveladas?

Ou será da satisfação de saber que as conversas entre Cachoeira e a redação da Veja serão conhecidas? Que o papel do bicheiro na fabricação de dossiês usados para criar crises políticas será exposto?

Pelo que se sabe até agora, há muita gente e algumas grandes empresas envolvidas nos negócios de Cachoeira. Alguns são petistas de alto coturno. Entre as empresas, estão fornecedores graúdos do governo federal (assim como de governos estaduais e prefeituras administradas por quase todos os partidos).

Só um ingênuo imaginaria que Lula e as lideranças petistas ignoravam isso quando resolveram criar a CPI. E só quem não conhece Brasília supõe que deixarão que ela seja transformada em palco para que sejam questionados.

Quando Lula afirma que a CPI deve ser feita “doa a quem doer”, podemos apostar que sabe o que diz. E que já calculou em quem doerá mais.

Em matéria de previsões políticas, a taxa de acerto de Lula é muitas (mas muitas) vezes maior que a de nossos comentaristas e colunistas.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#40 Mensagem por Gilmor » 25 Abr 2012, 12:36

Carnage escreveu:
De Quem É a CPI?

Marcos Coimbra


Faz tempo que, na política, não temos um caso tão estranho como esse da CPI do Cachoeira. Quanto mais se leem os jornais, menos se compreende o que está acontecendo.

Dão voltas extraordinárias.

(...)
Ou será da satisfação de saber que as conversas entre Cachoeira e a redação da Veja serão conhecidas? Que o papel do bicheiro na fabricação de dossiês usados para criar crises políticas será exposto?

(...)
Só um ingênuo imaginaria que Lula e as lideranças petistas ignoravam isso quando resolveram criar a CPI. E só quem não conhece Brasília supõe que deixarão que ela seja transformada em palco para que sejam questionados.

Quando Lula afirma que a CPI deve ser feita “doa a quem doer”, podemos apostar que sabe o que diz. E que já calculou em quem doerá mais.

Em matéria de previsões políticas, a taxa de acerto de Lula é muitas (mas muitas) vezes maior que a de nossos comentaristas e colunistas.
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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#41 Mensagem por Carnage » 02 Mai 2012, 22:02

Querem colar a Delta nas costas do PT, não? mas...

http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... obras.html
José Serra contratou a Delta para obras da propaganda milionária da SABESP
http://www.consorciodelta-araguaia.com/programa.html

Quem não se lembra da propaganda milionária da SABESP na TV Globo, em rede nacional, apesar da empresa só abastecer água em São Paulo? Aconteceu quando José Serra (PSDB/SP) era governador e já candidato a presidente.

Pois grande parte daquelas obras da SABESP foram contratos com a Delta Construções.

O governo federal já fez (desde o governo Lula) e continua fazendo auditorias nos contratos com a empreiteira para sanar irregularidades e exigir dinheiro de volta aos cofres públicos, se e quando for o caso.

E o governador Geraldo Alckmin não vai fazer o mesmo em São Paulo? Ou vai ficar só abafando a corrupção tucana na gestão de Serra, fazendo campanha para elegê-lo prefeito?
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... quase.html
Alckmin afirma que contratos de quase 40 milhões que ele mantém com a Delta são 'ínfimos'

Você meu querido leitor, já imaginou se algum poítico do PT fosse o governador de São Paulo e tivesse declarado a imprensa que tem contratos "ínfimos" de quase 40 milhões com a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira? Pois o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), disse, e parece que a imprensa achou tudo muito normal

A Delta tem ao menos dois grandes contratos em vigor com o Estado: um de R$ 29 milhões para construção de piscinões antienchente na Grande São Paulo e outro de R$ 11,9 milhões para obras de infraestrutura e urbanização na Unicamp.

Contando obras já finalizadas, o governo Alckmin pagou à empresa R$ 23,9 milhões. Desse total, R$ 11,8 milhões foram creditados em 2011 e outros R$ 12 milhões, em 2012 (até a última quarta).

Cara de pau esse Geraldo!

Na Câmara, Alckmin disse ainda que a CPI do Cachoeira não pode ser usada para perseguições políticas.

"Não pode ter utilização política, nem para desviar atenção, nem para perseguição de partidos ou pessoas", afirmou ele.

Pois é. Quando é com o PSDB,Geraldo Alckmin se apressa em mandar recado a CPI. Mas quando foi com o Lula, até familiares do Presidente foram perseguidos pelos tucanos.
http://www.ovale.com.br/regi-o/investig ... e-1.244048
Investigada, Delta detém monopólio em São José
Via Norte em São José

Thiago Leon

Empresa suspeita de fraudar licitações ganhou R$ 35,3 milhões do governo Cury para obras viárias

Filipe Manoukian
São José dos Campos


Sob suspeita de fraudar licitações, segundo a Polícia Federal, a Delta Construções venceu algumas das principais licitações para obras viárias durante a gestão do prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB).
Em todos os casos, a empreiteira apresentou problemas, atrasando obras em mais de dois anos. Um dos quatro contratos assinados junto ao governo tucano, também, foi julgado como irregular pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Investigações da PF na Operação Monte Carlo apontam uma suposta ligação entre a Delta, que é presidida pelo empresário Fernando Cavendish, e os negócios suspeitos do bicheiro e empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Preso desde fevereiro, Cachoeira é acusado de exploração ilegal de jogo e é apontado como homem influente entre políticos e empresas.
Junto com o bicheiro, a Delta deve ser alvo de investigações na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista do Congresso.
Só no ano passado, a empresa, principal empreiteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), recebeu R$ 862,4 milhões do governo federal.

Atuação. Entre 2007 e 2008, a Delta foi escolhida pela administração de Cury para assumir as duas fases da construção da Via Norte, promessa de campanha e principal projeto viário executado pelo tucano, e a Via Oeste, outra vitrine do governo.
Em 2007, a Delta também venceu a licitação para duplicar a avenida Benedito Friggi, no Jardim Santa Inês.
Juntas, as quatro licitações renderam R$ 35,3 milhões à Delta (veja quadro ao lado).
Na execução dos contratos, a Delta apresentou problemas em todas as obras.
A licitação e o contrato da duplicação da avenida Benedito Friggi, por exemplo, foram apontados como irregulares pelo TCE, por suposta limitação de empresas no certame.
Nas outras três obras, todos os prazos de entrega foram descumpridos --o caso mais emblemático é o da fase 2 da Via Norte, que deveria ficar pronta em 12 meses, mas só foi entregue depois de 37 meses.
O governo Cury nega irregularidades (leia texto abaixo).
Dentre as suspeitas que recaem sobre a Delta, está a prática de ofertas inexequíveis em licitações. Ou seja: a empresa faz uma oferta muito baixa em certames, o que culmina com descumprimentos de prazos e revisões de valores.
Reportagem longa e bem esclarecedora:
São Paulo fez contratos de quase um bi com a Delta; Paulo Preto assinou o maior deles, no governo Serra
http://www.viomundo.com.br/denuncias/sa ... serra.html

Já a Dilma colocou todos os contrados com a Delta na internet:
Contratos do DNIT na Internet
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... a-internet

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#42 Mensagem por Carnage » 02 Mai 2012, 23:05

A pedido de Demóstenes, Aécio intercedeu para que prima de Cachoeira fosse nomeada em MG
http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com ... ada-em-mg/

Em gravação, Carlinhos Cachoeira diz que elegeu Perillo

http://oglobo.globo.com/pais/em-gravaca ... lo-4749874

Quatro “grampos” de separação
http://blogs.estadao.com.br/vox-publica ... separacao/

Bomba no DF: vice armava para derrubar governador

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ador-no-df


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/ ... eira.shtml
Deputado usou cargo para agilizar vistos do grupo de Cachoeira
Gravação mostra que empresário acionou Leréia para obter autorização para a sogra
LEANDRO COLON
DE BRASÍLIA


Gravações feitas pela Polícia Federal apontam que o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) usou o prestígio do cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara para agilizar a emissão de vistos internacionais a pedido do grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal, acionou Leréia para conseguir um visto para sua sogra Meire Alves Mendonça e uma babá viajar aos EUA no ano passado.
O tucano também teria obtido vistos para familiares do ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB), apontado como operador do esquema. Leréia é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal que apura suas ligações com Cachoeira.
As gravações obtidas pela Folha mostram Cachoeira celebrando a posse do deputado como presidente da comissão de Relações Exteriores em 2 de março de 2011: “Você agora é o homem dos vistos, é?”.
O deputado brinca e cita o episódio envolvendo os passaportes aos filhos do ex-presidente Lula. “Rapaz, o primeiro que quero chamar é o Lula pra depor. Aquele negócio dos vistos dos filhos dele. Vou falar ‘o Lula vem cá, vamos fazer um acordo’. O pessoal perguntou se falo inglês, falei ‘estudei junto com o Lula, somos colegas de turma’”.

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#43 Mensagem por Roy Kalifa » 04 Mai 2012, 13:41

O que o Demostenes fez, todo petista faz desde que assumiu o poder.
Eu poderia em 2005, quando estourou o mensalão, dizer muito bem assim: até tu Lula ?

Vamos parar de enxergar somente os podres dos outros... ::basta::

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#44 Mensagem por Compson » 04 Mai 2012, 14:55

Tudo o que há pra dizer sobre corrupção:
Política de uma nota só
Vladimir Safatle

Há várias maneiras de despolitizar uma sociedade. A principal delas é impedir a circulação de informações e perspectivas distintas a respeito do modelo de funcionamento da vida social. Há, no entanto, uma forma mais insidiosa. Ela consiste em construir uma espécie de causa genérica capaz de responder por todos os males da sociedade. Qualquer problema que aparecer será sempre remetido à mesma causa, a ser repetida infinitamente como um mantra.

Isto é o que ocorre com o problema da corrupção no Brasil. Todos os males da vida nacional, da educação ao modelo de intervenção estatal, da saúde à escolha sobre a matriz energética, são creditados à corrupção. Dessa forma, não há mais debate político possível, pois o combate à corrupção é a senha para resolver tudo. Em consequência, a política brasileira ficou pobre.

Não se trata aqui de negar que a corrupção seja um problema grave na vida nacional. É, porém, impressionante como dessa discussão nunca se segue nada, nem sequer uma reflexão mais ampla sobre as disfuncionalidades estruturais do sistema político brasileiro, sobre as relações promíscuas entre os grandes conglomerados econômicos e o Estado ou sobre a inexistência da participação popular nas decisões sobre a configuração do poder Judiciário.

Por exemplo, se há algo próprio do Brasil é este espetá-culo macabro onde os escândalos de corrupção conseguem, sempre, envolver oposição e governo. O que nos deixa como espectadores desse jogo ridículo no qual um lado tenta jogar o escândalo nas costas do outro, isso quando certos setores da mídia nacional tomam partido e divulgam apenas os males de um dos lados. O chamado mensalão demonstra claramente tal lógica. O esquema de financiamento de campanha que quase derrubou o governo havia sido gestado pelo presidente do principal partido de oposição. Situação e oposição se aproveitaram dos mesmos caminhos escusos, com os mesmos operadores. Não consigo lembrar de nenhum país onde algo parecido tenha ocorrido.

Uma verdadeira indignação teria nos levado a uma profunda reforma política, com financiamento público de campanha, mecanismos para o barateamento dos embates eleitorais, criação de um cadastro de empresas corruptoras que nunca poderão voltar a prestar serviços para o Estado, fim do sigilo fiscal de todos os integrantes de primeiro e segundo escalão das administrações públicas e proibição do governo contratar agências de publicidade (principalmente para fazer campanhas de autopromoção). Nada disso sequer entrou na pauta da opinião pública. Não é de se admirar que todo ano um novo escândalo apareça.

Nas condições atuais, o sistema político brasileiro só funciona sob corrupção. Um deputado não se elege com menos de 5 milhões de reais, o que lhe deixa completamente vulnerável -para lutar pelos interesses escusos de financiadores potenciais de campanha. Isso também ajuda a explicar porque 39% dos parlamentares da atual legislatura declaram-se milionários. Juntos eles têm um patrimônio declarado de 1,454 bilhão de reais. Ou seja, acabamos por ser governados por uma plutocracia, pois só mesmo uma plutocracia poderia financiar campanhas.

Mas como sabemos de antemão que nenhum escândalo de corrupção chegará a colocar em questão as distorções do sistema político brasileiro, ficamos sem a possibilidade de discutir política no sentido forte do termo. Não há mais dis-cussões sobre aprofundamento da participação popular nos processos decisórios, constituição de uma democracia direta, o papel do Estado no desenvolvimento, sobre um modelo econômico realmente competitivo, não entregue aos oligopólios, ou sobre como queremos financiar um sistema de educação pública de qualidade e para todos. Em um momento no qual o Brasil ganha importância no cenário internacional, nossa contribuição para a reinvenção da política em uma era nebulosa no continente europeu e nos Estados Unidos é próxima de zero.

Tem-se a impressão de que a contribuição que poderíamos dar já foi dada (programas amplos de transferência de renda e reconstituição do mercado interno). Mesmo a luta contra a desigualdade nunca entrou realmente na pauta e, nesse sentido, nada temos a dizer, já que o Brasil continua a ser o paraíso das grandes fortunas e do consumo conspícuo. Sequer temos imposto sobre herança. Mas os próximos meses da política brasileira serão dominados pelo duodécimo escândalo no qual alguns políticos cairão para a imperfeição da nossa democracia continuar funcionando perfeitamente.
http://www.cartacapital.com.br/sociedad ... ?autor=961

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Re: até tu demostenes!?!?!?!?

#45 Mensagem por Kamelo » 07 Mai 2012, 09:10

"Cachoeira usava a Veja como instrumento de seu esquema de coação, chantagem", enquanto a revista utilizaria o bicheiro "como fonte de combustível para a fornalha de seu ódio político contra governos de esquerda, Lula e Dilma".

Como dizem, a imprensa tem um poder inimaginável para manipular a massa ignorante, e ate alguns que pensam ser mais espertos.

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