Carnage escreveu: (...) É tudo uma conjunção do jeito da garota com a hora e o local onde ela está passando. Até brinco com os amigos de indentificar que é puta e quem não é. Numa noite de sexta, estava com o m4rreco indo pela Ipiranga no sentido da Nestor Pestana, e sai uma loira muito bonita da entrada do Metrô República. Vestida de jeans, com um top, até que nem muito chamativa. Mas na hora eu disse: "É puta".
Não por muita coisa, mas por ser muito bonita, por estar vestida como se fosse a uma balada, mas estar andando sozinha ali no centro, às 10 horas da noite, com maquiagem perceptível, e indo na direção da Nestor.
Não deu outra, como estávamos indo pelo mesmo caminho, fomos atrás, e ela foi pra Nestor, e entrou numa das boates, bingo!!!
Dessas eu já fiz de monte também!
Mas tem momentos que não dá pra saber não. Muitas coisas que a Bela comentou fazem parte um estereótipo, que acredito só se confirma em momentos muitos particulares, em locais muito particulares e com garotas muito particulares. Na maior parte das vezes com putas que ficam em pontos na rua, e por isso dependem de serem reconhecidas como tal!
Exatamente, acertou em cheio, porque essa descrição física, postural ou comportamental dada pela Bella, com todo o respeito pela opinião dela, não responde por completo à dúvida levantada pelo tópico. Por razões profissionais, há coisa de 10 atrás eu estava presente em muitos shows musicais e programas de TV em que podia ver as "tietes" dos artistas bem de perto. Todas, sem exceção, qualquer que fosse o artista, se enquadravam no tipo descrito pela Bella. Então devo pensar que todas aquelas meninas eram GPs? Acho que não. Mesmo quando a GP diz que é discreta, que ninguém perceberia que ela é uma GP, me pergunto se ela acredita mesmo nisso, porque quando vejo uma bela garota (sem trocadilhos), bem vestida, com carrão importado, em determinado horário, passeando pelo shopping, num parque ou nas imediações de hotéis conhecidos, eu paro e penso: se é uma executiva, porque não está no escritório, se é uma universitária, porque não está na faculdade, se é uma grã-fina, porque não está viajando em Angra dos Reis ou Nova York? Isso sem trocar uma única palavra com ela, imagine se o fizer. É meus amigos, a dúvida persiste...
Tem uma garota que conheço que trabalha numa clínica e mora pro mesmo lado que eu. Jà encontrei ela diversas vezes no metrô, e vamos embora conversando. Ninguém que ver a gente junto vai imaginar que ela é puta. Aparência completamente normal.
E também já comi uma puta do Cine Globo, que é um local bem trash, quando saímos do hotel, fomos ali no Sujinho pra comer alguma coisa, eu tava com fome e ela quis também. A garota tem 19 anos, e estava vestida com jeans, camiseta e jaqueta jeans. Duvido que alguém imaginasse que ela era puta, pois se comportava normalmente, não estava maquiada, não falava nem se mexia de nenhum jeito particular, e nem fumar, fumava. Então não vejo como alguém poderia desconfiar.
Acho que sempre que você percebe tem muito a ver com o momento e principalmente com o local. Muitas vezes é só coisa da sua cabeça!!!
Pois é, isso também acontece. Muitas das GPs por nós classificadas como sendo do "baixo clero" (somos injustos demais) são literalmente mães-de-família, sustentam filhos sem ajuda dos pais, que as abandonaram ou nem assumiram a paternidade
e tem a profissão como única alternativa
para continuar criando os filhos. Inegavelmente têm vergonha da profissão e escondem isso de todos (o que diriam suas mães, pais, vizinhos, etc.), então procuram disfarçá-la tanto quanto possível, se vestindo até mal, de forma nem um pouco sensual, quando estão em "ambiente civil". Pode até não ser o caso da garota a quem você se referiu no seu post, mas veja que você ai encontrar pontos em comum. Agora muitas das GPs "de sucesso econômico" não devem nada a ninguém, não sustentam outra pessoa que não elas mesmas, então pouco importa como se vestem. Veja bem, uma coisa não elimina a outra. Não resta dúvida que há GPs que são exatamente o inverso do que eu descrevi aqui, e isto somente corrobora com a minha tese, de que há muito mais além da superfície, do estereótipo. Também canso de ver tremendas panteras com zé-ruelas, mas que não me levam a crer que se tratam de GPs "alugadas" para passeio. São namoradas, noivas, esposas, mas não dá prá negar que a situação dos dois juntos causa constrangimento e desconfiança entre todos ao redor ("ela casou com o bolso dele" ou "o cara tem cara de cartão de crédito"). Até aí cada um faz o que achar melhor para si.