Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

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Alexandremk
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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#31 Mensagem por Alexandremk » 08 Abr 2014, 18:11

O petróleo já era, a bola da vez é o gás de xisto, é certo que os americanos vão envenenar todo lençol de água no subsolo, no entanto eles não vão ficar se matando para conseguir petróleo no Oriente Médio, alguém acreditaria que os americanos se reaproximariam dos iranianos depois de tanto tempo, então?
A única certeza é que a Petrobrás virou PT/PMBDbras, logo a companhia vai para o saco de forma inevitável. Uma coisa é certa pagaremos a conta seja na gasolina, na energia elétrica e nos impostos. Quem sabe com a alta significativa na gasolina, o trânsito nas cidades melhorem?
O brasileiro só tomará jeito quando o fiofó for cutucando,estocando com muita violência sem vaselina e com um pau de peroba tamanho GG. Enquanto o peão não sentir o chicote, a dona D vai ser eleito por inércia. E não por incompetência da "oposição".

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#32 Mensagem por DR ABDELMASSIH FARAH » 19 Abr 2014, 12:36

Na Venezuela, dois apalermados como Chávez e Maduro rifaram a estatal de petróleo ( PDVSA) para financiar o ridículo projeto de “socialismo do século 21” , quase quebrando a empresa por incompetência e roubalheira. Como bons alunos do sistema bolivariano de como afundar um país e implantar uma ditadura, os ‘comunistoides’ do PT deitam e rolam na ‘PeTrobras’, com escândalos sendo produzidos em escala industrial. Está na hora do brasileiro deixar de acreditar na balela do “petróleo é nosso” e exigir seriedade nessa estatal que deveria sim ser privatizada. Do jeito que está, o petróleo é dos políticos e ‘petralhas’ que nomeiam seus cupinchas, e de empreiteiros e empresas que se lambuzam com todo tipo de negociatas e superfaturamentos. Por que será que o PT move montanhas para impedir uma CPI desde a época em que o Lula foi presidente e com empenho pessoal do mesmo?

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Carnage
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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#33 Mensagem por Carnage » 11 Mai 2014, 18:34

http://www.cartamaior.com.br/?/Coluna/P ... ismo/30463
Petrobras: a bola da vez do financismo
Petrobras: a bola da vez do financismo
O financismo nunca estará contente nem de acordo com a performance da Petrobrás. A não ser, é claro, que ela seja submetida a um processo de privatização.


É realmente impressionante a capacidade desenvolvida pelo financismo para promover a articulação e a defesa de seus próprios negócios em nossas terras. A pauta implementada diariamente pelos principais órgãos de comunicação continua sendo aquela que melhor expõe os interesses dos grandes operadores do sistema financeiro. Esqueçam as regras que eram ensinadas nas boas escolas de jornalismo, a respeito da recomendação de se ouvir mais de uma parte envolvida nas questões polêmicas ou de checar sempre a veracidade das informações oferecidas por fontes envolvidas. Afinal, esses são apenas alguns dos requisitos básicos para se desenvolver uma imprensa livre, democrática, formadora de opinião e crítica.

Os assuntos podem variar da política fiscal à política cambial, passando por temas mais específicos como inflação, superávit primário ou reforma agrária. Não importa qual a problemática que esteja sendo abordada no momento, mas a tônica será sempre o fornecimento da visão unilateral dos que compõem “la crème de la crème” de nosso PIB. É o caso, por exemplo, das principais chamadas das editorias de economia nas semanas que antecedem as reuniões do COPOM. Sobram opiniões e análises dos chamados “especialistas” a respeito da necessidade inadiável de se promover o aumento da SELIC, a taxa de juros básica da economia. Os meios de comunicação criam falsas verdades e constroem supostas unanimidades a partir da dificuldade que a maior parte da população tem em compreender fenômenos complexos e obscuros, como esses que acontecem na rotina cotidiana do mundo dos negócios.

Os casos mais típicos são as informações repassadas durante os telejornais noturnos, com a profundidade de análise típica do boletim meteorológico, que geralmente aparece na telinha logo na seqüência, um pouquinho antes da novela. São frases do estilo: “a Bolsa de Valores operou em alta de x% ao longo do dia”, “o dólar fechou em baixa de y%, com a cotação de venda a tanto e a de compra a outro tanto”, “a onça do ouro no mercado de Londres encerrou o pregão cotada a tantas libras” e por aí vai. Sempre me indago a respeito de como tais informações repercutem na forma como os telespectadores vão se organizar para enfrentar as agruras da vida dura no dia seguinte.

Não nos iludamos, pois a banca está permanentemente em luta por alguma causa de seu próprio umbigo. Pode ser apenas uma estratégia defensiva, para evitar maiores estragos em momentos de dificuldade. Ou então, na situação oposta, estão os casos de uma postura mais ofensiva para impor algum projeto ou opinião ao conjunto da sociedade ou por meio de “lobby” junto ao poder público. Durante a fase áurea do neoliberalismo, tais forças pintaram e bordaram por todo mundo.

Aqui nas terras tupiniquins, foram exitosas na consolidação do mito das vantagens inequívocas da privatização das empresas estatais e das vicissitudes proporcionadas pela liberalização completa de nossa economia ao resto do mundo.

Avançaram como retroescavadeiras sobre a estrutura do Estado brasileiro, desmontando décadas de esforço empreendido pela construção de um projeto efetivamente nacional de desenvolvimento. Os péssimos resultados para a maioria da população estão aí para quem quiser ver.

No período que se seguiu à crise financeira internacional de 2008, os representantes das finanças perceberam a enrascada em que estavam metidos pelos cinco continentes. Por aqui, baixaram o tom e se contentaram em não perder muito do espaço que haviam conquistado. A velha e conhecida estratégia de esperar a poeira baixar e depois retomar o comando da nave, como estão fazendo ao longo do período mais recente. A agenda do desenvolvimentismo, que havia recuperado uma pequena esperança de sobrefôlego entre 2009 e 2010, voltou a ser esmagada pelas forças daquilo que eu chamo de “neo-conservadorismo liberal”. A rendição às forças de mercado voltou a ser a marca do discurso de nossos principais dirigentes no governo federal. Assim, a agenda da política econômica tornou a ser ditada, outra vez de forma explícita, pelos interesses do grande capital.

Basta conferir as principais medidas anunciadas pelo governo durante as últimas semanas. Os esforços desenvolvidos a todo custo para garantir o superávit primário, com cortes orçamentários em despesas sociais e de investimentos estratégicos, assegurando recursos para pagamento de juros e serviços da dívida pública. Ou as reuniões de ministros com a nata do grande empresariado, para acalmá-los a respeito daquilo que seriam as verdadeiras intenções do governo. Ou a visita tranquilizadora de Dilma aos banqueiros em Davos, na reunião anual do Fórum Econômico Mundial. Ou ainda as sucessivas decisões de promover aumento na taxa SELIC. Enfim, a lista é enorme.

Ora, frente a essa postura intimidada e amedrontada do núcleo duro do governo diante do capital, o inimigo avança com tudo o que pode e exige sempre mais. A ameaça e a chantagem convertem-se em elementos perenes na vida política. E eis que - pasmem! - ocorre o inusitado. O governo cede em tudo o que lhe é solicitado, oferece mais e mais benesses ao empresariado, promove mais e mais concessões ao setor privado. E, apesar de tudo isso, os investimentos tão necessários não se manifestam. A nossa economia rateia e não consegue crescer nem perto da média do crescimento mundial.

No presente momento, a bola da vez do financismo é a Petrobrás. Na verdade, eles nunca se perdoaram por terem perdido a oportunidade de transformá-la em PetrobraX, como pretendia fazer Fernando Henrique, para privatizá-la como foi feito com a Vale do Rio Doce, com as empresas de telefonia, com o ramo da eletricidade e tantas outras. E uma das mais eficientes estratégias para repavimentar o caminho da privatização é desacreditar a empresa, “quebrá-la” financeiramente nos jogos especulativos na Bolsa e criar um ambiente desfavorável à mesma nos meios de comunicação. Afinal, diz a cantilena liberal, tudo isso ocorre em razão de sua natureza pública. Se a empresa fosse privada, o quadro seria outro, tudo estaria às mil maravilhas.

A Petrobrás tem sido bombardeada de forma intensa por todos os lados. É claro que há indícios de sérios problemas de gestão ao longo dos últimos anos. Além disso, ela sofre também as consequências de ser a principal empresa estatal do governo federal e uma das maiores petroleiras do mundo. Sempre que o tema de reajuste de preços dos combustíveis volta à baila, ela é utilizada para conter a alta de seus produtos, em razão de seus efeitos sobre a inflação. A Petrobrás arca com esse tipo de perda. Mas também nos momentos de baixa de preços do petróleo no mercado internacional, por exemplo, ela ganha, pois jamais os preços internos baixaram por essa razão.

Além disso, as decisões de investimento de nossa petrolífera repercutem de forma expressiva sobre o nível da atividade econômica de todo o País. Ela alavanca o ramo das plataformas de petróleo, os fornecedores de máquinas e equipamentos, as empresas de serviços e logística, os estaleiros construtores de navios, entre tantos outros setores. Em razão das descobertas de novas fontes de petróleo - antes e depois do Pré Sal - as necessidades de novos investimentos são imensas. Não apenas a Petrobrás deseja investir para crescer, mas a sociedade brasileira conta muito com tal desempenho.

Nos quadros complexos do capitalismo contemporâneo, as grandes empresas são obrigadas a lançar mão de operações de endividamento para conseguir realizar seus investimentos. E isso vale tanto para as empresas estatais como para os conglomerados privados. Ora, tudo indica que a sociedade brasileira considera as oportunidades do Pré Sal como sendo essenciais para assegurar um futuro melhor para as gerações que estão por vir. Para viabilizar tal projeto, faz-se necessário um volume enorme de investimento. A Petrobrás precisa alavancar recursos para explorar os campos sob as profundezas do oceano.

Apesar dessa equação aparentemente óbvia para qualquer profissional de economia, os “especialistas” passaram a criticar o elevado endividamento da empresa. Ela foi buscar recursos no mercado financeiro internacional e obteve um importante êxito. Há poucos dias, lançou bônus no valor de US$ 8,5 bilhões e encontrou uma demanda interessada bem superior, por volta de US$ 22 bi. Havia uma forte aposta especulativa de que a ameaça de rebaixamento da cotação do risco Brasil pela consultoria Standard & Poor’s melasse a iniciativa da Petrobrás.

Mas ocorreu o oposto. Ao que tudo indica, a leitura é de uma maior relevância de avaliação do potencial futuro do Pré Sal em comparação com os problemas atuais enfrentados por nossa empresa de petróleo.

Tanto que a estratégia dos grandes operadores do mercado mobiliário foi forçar a derrubada do preço negociado das ações da Petrobrás nas bolsas de valores, tentando caracterizar a operação de adesão ao plano de investimentos exitoso como sendo um fracasso. O discurso volta-se novamente para os supostos elevados índices de endividamento da empresa. Ocorre que a Petrobrás só pode crescer e investir lançando mão desse tipo recurso. Cria-se o círculo vicioso. Se não investir, será acusada de incompetência, de ter perdido a oportunidade única do Pré Sal. Ao investir, também é acusada de promover mais endividamento e colocar as finanças do grupo em risco.

Em suma, o financismo nunca estará contente nem de acordo com a “performance” da Petrobrás. A não ser, é claro, que ela seja submetida a um processo de privatização. Esse deve ser o objetivo último da atual campanha de desgaste da imagem da empresa. Aproveitando carona na disputa política entre o fisiologismo de setores do PMDB e o Palácio do Planalto, a Câmara dos Deputados aprovou a convocação da Presidente Graça Foster. Em tese, não haveria nada de anormal nesse tipo de prestação de contas de dirigentes de uma empresa pública aos representantes eleitos pelo povo. Faz parte das regras do jogo democrático e republicano. Mas nesse país chamado Brasil tudo adquire cores dramáticas na esfera da “política politiqueira”. A colocação da empresa na berlinda cai como uma luva na estratégia que busca sua desmoralização política e negocial. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

(*) Economista e militante por um mundo mais justo em termos sociais e econômicos.
http://br.reuters.com/article/businessN ... 11?sp=true
ANÁLISE-Brasil investiga Pasadena, mas Refinaria do Nordeste é problema maior
sexta-feira, 11 de abril de 2014 13:52 BRT
Por Jeb Blount


SÃO PAULO, 11 Abr (Reuters) - A compra de uma refinaria nos Estados Unidos pela Petrobras por 1,2 bilhão de dólares virou tema de campanha eleitoral, com a oposição afirmando que a estatal pagou 20 vezes mais que o valor justo pela unidade no Texas e que Dilma Rousseff errou ao aprovar o negócio quando era presidente do Conselho da empresa em 2006.

A investigação, porém, está provavelmente mirando na refinaria errada: mesmo que a Petrobras tenha pago caro, a refinaria de Pasadena, com capacidade para processar 100 mil barris por dia, pode ter sido o melhor negócio em refino que a petroleira já fez em pelo menos três décadas.

A Petrobras está pagando bem mais por novas refinarias no Brasil. É o caso da Refinaria do Nordeste (Rnest), perto do Recife, a primeira a ser construída no Brasil desde 1980. Com capacidade de 230 mil barris por dia, deverá custar 20 bilhões de dólares até ser inaugurada, dentro de alguns meses.

Cada barril de nova capacidade de refino da Rnest custará cerca de 87 mil dólares à Petrobras, sete vezes mais do que em Pasadena, e duas a três vezes mais do que em refinarias modernas semelhantes que estão sendo construídas em outras partes do mundo.

Desde que Dilma aprovou a construção da refinaria no Nordeste, no período em que foi presidente do Conselho da empresa (2003-2010), seu custo mais do que quadruplicou.

"Nunca ouvi falar de uma refinaria que custasse mais do que isso", disse Sam Margolin, analista de refino na empresa Cowan and Company, em Nova York.

"As refinarias são caras, e estouros de custos e (interferências) políticas são comuns, mas isso ainda está bem além de qualquer coisa que eu já tenha visto em qualquer lugar."

A Petrobras, incapaz de atender à demanda doméstica por combustíveis com as refinarias locais, precisa importar derivados de petróleo e sofre prejuízos com isso por causa dos controles de preços no mercado interno.

Por isso, é essencial para a empresa obter mais capacidade de refino a custo baixo, especialmente porque seu plano quinquenal de expansão, num valor de 221 bilhões de dólares, está mais focado na exploração de petróleo.

Os custos elevados contribuem para fazer da Petrobras a mais endividada e menos lucrativa entre todas as grandes companhias petrolíferas mundiais.

Dilma alega que não recebeu dados completos para a compra de Pasadena, e que por isso não pôde tomar uma decisão embasada.

A Petrobras já demitiu o diretor responsável pelo relatório que recomendou a compra, e o ex-diretor de operações de refino foi detido no mês passado em uma investigação sobre lavagem de dinheiro.

Críticos da compra afirmam que funcionários da Petrobras podem ter sido subornados para aprovar a transação.

A Petrobras não quis comentar sobre Pasadena, pois está conduzindo sua própria investigação, mas José Sergio Gabrielli, que era presidente da Petrobras na época da aquisição, disse nesta semana que a compra de Pasadena foi "um grande investimento".

Dilma até recentemente era vista como franca favorita para conseguir a reeleição em outubro, mas sua taxa de aprovação nas últimas semanas caiu de 42 para 36 por cento, e os escândalos do tempo da presidente na Petrobras podem prejudicá-la ainda mais.

CUSTOS ALTOS

É difícil comparar refinarias. A de Pasadena é uma instalação antiga, que precisava de modernizações, ao passo que a Rnest é uma refinaria nova e "limpa", com equipamentos tecnologicamente avançados e eficientes. Mas ainda assim é cara, mesmo em comparação a unidades novas.

O governo de Dilma Rousseff continua usando imagens da refinaria, uma vez chamada de Abreu e Lima, nos comerciais de TV que elogiam seus feitos, e a Petrobras atribuiu os estouros orçamentários à dificuldade de prever os preços e prazos para equipamentos, instalações e alvarás.

Para efeito de comparação, a saudita Aramco e a francesa Total construíram em Jubail (Arábia Saudita) uma refinaria para 400 mil barris diários por 10 bilhões de dólares, ou 25 mil dólares por barril --menos de um terço do custo da Rnest.

A chinesa Sinopec planeja concluir no ano que vem em Guangdong uma refinaria para 200 mil barris diários ao preço de 9 bilhões de dólares (45 mil dólares por barril), quase metade do custo da refinaria no Nordeste.

Em Port Arthur (Texas), a Aramco e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell gastaram 10 bilhões de dólares por uma refinaria para 350 mil barris/dia, o que também equivale a um terço do valor em Pernambuco.

Em nível mundial, refinarias novas para o processamento de petróleo pesado estão custando "no máximo" 38 a 45 mil dólares por barril, segundo um consultor de refino dos EUA que trabalhou em refinarias da América do Norte, Oriente Médio, América Latina e Ásia.

Esse consultor, que pediu anonimato, considerou "exorbitante" o preço da refinaria nordestina, mesmo levando em conta os atrasos habituais em projetos na América Latina. Uma refinaria semelhante da Ecopetrol na Colômbia teve um a dois anos de atraso e um aumento de quase 50 por cento no preço, mas mesmo assim não chegou a custar 35 mil dólares por barril/dia, o que ainda é menos da metade da Rnest.

No fim das contas, a refinaria de Pasadena tem uma boa chance de dar lucro, ao passo que a Rnest provavelmente nunca cobrirá seus custos.

As refinarias na costa norte-americana do Golfo do México, onde fica Pasadena, geralmente lucram cerca de 10 dólares por barril refinado, segundo Margolin, da Cowan and Company, e Alen Good, analista de ações de empresas de petróleo e refino na Morningstar, em Chicago.

Se a Petrobras conseguir reproduzir essa margem de lucro em Pernambuco, levará mais de 20 anos para cobrir os custos da refinaria. No entanto, a divisão de refino da Petrobras perdeu quase 11 dólares por barril refinado no Brasil em 2013 e quase 16 dólares por barril em 2012, segundo o balanço de 2013.

Com base no desembolso de 1,2 bilhão de dólares, a Petrobras provavelmente conseguiria reaver o investimento de Pasadena em cinco anos, segundo Good.

Isso pode se dever mais à sorte do que a um investimento inteligente. Quando a compra foi aprovada, em 2006, a Petrobras estava procurando formas de refinar seu petróleo nos EUA, pois havia a expectativa de que esse país passaria a comprar mais petróleo bruto do Brasil.

Desde então, o boom do petróleo de xisto nos EUA aumentou a demanda pelo refino de petróleo, tornando mais valiosas as refinarias na costa do Golfo.

A cifra de 1,2 bilhão de dólares também pode representar um valor superestimado em relação ao verdadeiro custo de Pasadena, já que o total incluía 595 milhões de dólares em outros itens, como uma parte do estoque de petróleo da empresa Astra já presente na unidade, além de multas e taxas legais. Good e Margolin disseram que esses custos deveriam ser excluídos da avaliação da refinaria.

Quando isso é feito, chega-se ao valor de 486 milhões de dólares pela refinaria propriamente dita, ou 4.860 dólares por barril --valor que pode ser recuperado em um ano de operação a plena capacidade. Ainda para efeito de comparação, 18 vezes menos que a Rnest.

"Faz pouco sentido se comover com Pasadena quando você considera o que a Petrobras está pagando mais pela capacidade de refino no Brasil", disse Good. "Com esses preços, faz mais sentido para a Petrobras comprar refinarias nos EUA do que construí-las no Brasil."

Gabrielli também questionou a cifra de 1,2 bilhão de dólares, alegando que na verdade a refinaria texana custou menos de 500 milhões de dólares.

GASOLINA POLÍTICA

Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, de São Paulo, disse que os investigadores deveriam se voltar muito mais para a Rnest do que para Pasadena.

"Todas as refinarias da Petrobras são, de alguma forma, fora da norma, e tenho poucas dúvidas de que, se uma CPI for realmente instalada, isso vai aparecer muito claramente", disse ele. "Houve uma séria má gestão."

A refinaria Rnest surgiu de um acordo entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela.

A ideia inicial era que a unidade recebesse 60 por cento do petróleo do Brasil e 40 por cento da Venezuela, numa demonstração de amizade internacional e como forma de impulsionar a indústria regional.

Mas para lidar com petróleo venezuelano, que é mais pesado e com poluentes tóxicos do que o produto brasileiro, a Petrobras precisava de duas linhas de refino separadas, e por isso foi preciso acrescentar instalações adicionais.

Funcionários do governo já alertaram aos críticos de Pasadena que uma investigação mais ampla poderá respingar sobre eles próprios. Pernambuco, afinal, é um Estado que já foi governado por Eduardo Campos, ex-aliado e hoje rival eleitoral de Dilma.

"A investigação sobre Pasadena deve continuar, mas Pasadena é apenas a ponta do iceberg", disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, uma consultoria energética com sede no Rio.

http://www.cartacapital.com.br/politica ... -8248.html
Por que Pasadena tornou-se um mau negócio?
O depoimento da presidente da Petrobras Graça Foster ao Senado não permite entender completamente a operação
por Luis Nassif — publicado 16/04/2014 11:17


O depoimento da presidente da Petrobras Graça Foster ao Senado – sobre o caso Pasadena – ainda não permite entender completamente a operação.

Sua explicação para a compra da refinaria bateu com a do ex-presidente José Sérgio Gabrielli. O mercado brasileiro estava estagnado, o norte-americano era o maior do mundo e a refinaria ficava em um dos principais hubs petrolíferos dos Estados Unidos.

Havia uma diferença de preços entre o petróleo pesado – extraído pela Petrobras – e os derivados era de US$ 10 por barril.

Posteriormente, houve uma mudança radical no mercado internacional, com expressiva queda de consumo nos Estados Unidos, fim do diferencial entre óleo pesado e derivados e a descoberta do pré-sal alterando completamente a estratégia da Petrobras.

A partir daí, Pasadena tornou-se desinteressante.

Para completar, houve litígio com o sócio belga, a Astra, que não se interessou em fazer os investimentos necessários para o aumento da eficiência da refinaria. Resultou daí o exercício, pela Astra, da cláusula “put”, pelo qual ofereceu sua metade à Petrobras.

***

Os novos dados trazidos por Graça Foster foram os seguintes:

O investimento prévio da Astra na Pasadena não foi de US$ 42,5 milhões – como se divulgou – mas de “no mínimo” US$ 359 milhões.

Além da Pasadena, a Petrobras adquiriu participação em uma trading da Astra, que detinha conhecimento sobre o mercado norte-americano, contratos firmados e licenças aprovadas. Por 50% da trading, a Petrobras pagou US$ 170 milhões. Pelos 100% US$ 341 milhões. Antes do pronunciamento, pensava-se que esses recursos se referiam aos estoques da petróleo da refinaria.

No total, a Petrobras pagou US$ 554 milhões pelos 100% da Pasadena e US$ 341 milhões pela trading. Também pagou custas judiciais e investimentos adicionais da Astra. No total, US$ 1,25 bilhão.

***

Pelas explicações de Graça Foster, foram as mudanças no mercado internacional que tornaram a Pasadena um mau negócio.

Mas na carta enviada ao Estadão – que deflagrou a atual onda de denúncias contra Petrobras e especificamente contra a operação Pasadena -, Dilma Rousseff dizia que, na apresentação feita ao Conselho de Administração faltaram duas informações relevantes: as cláusulas put (pela qual um sócio tem o direito de vender sua parte para o outro) e a cláusula Marlim (que garantia uma remuneração mínima à Astra sobre os investimentos novos, que acabaram não sendo feitos).

Cláusula put é comum nesse tipo de operação.

Na exposição, Graça explicou que a informação que faltou foi a chamada “put price”, isto é, as regras para a fixação de preço no caso de exercício da cláusula put.

As duas cláusulas precisavam ser informadas ao Conselho. Mas, nas condições de mercado da época, dificilmente teriam sido impeditivas para a aprovação da compra.

***

Finalmente, revelou que nos dois primeiros meses do ano, a Pasadena deu um lucro líquido de US$ 58 milhões ao mês para a Petrobras.
Parte desse lucro alto se explica. Antes disso, todo o investimento em Pasadena foi lançado a prejuízo. Com isso, do lucro atual não se abate parte do investimento, a título de depreciação. Mesmo assim, mantidas as atuais condições de mercado (se Graça Foster não se confundiu nos números), em dez meses a Pasadena poderia zerar o prejuízo.


http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria ... PI/4/30709
Era uma vez uma CPI
A tentativa oposicionista de restringir o assunto da CPI a Pasadena foi fruto de um acerto para fazer um cordão sanitário em torno de Eduardo Campos.


Quem tem medo de uma CPI ampla?

Era uma vez uma CPI proposta para "identificar responsabilidades no setor da administração pública em decorrência de qualquer tipo de corrupção". Alguém contra?

A oposição é contra. O PSDB e seus coadjuvantes: o PSB, o PSOL e a intrépida trupe de senadores que são oposição em partidos que são governo, como Cristovam Buarque e Pedro Taques, do PDT; Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, do PMDB. Eles querem uma CPI minimalista, para não dizer míope, para investigar apenas a compra de uma refinaria em Pasadena, pela Petrobras.

Segundo a suspeita oposicionista, a refinaria fica do outro lado da rua que atravessa a Praça dos Três Poderes. Dá para ir a pé, do Senado. Pasadena fica, pelo que imaginam, no 3º. andar do Palácio do Planalto.

Essa não é a primeira CPI da Corrupção. Em 1988, o então senador senador Fernando Henrique Cardoso e a maioria dos parlamentares peemedebistas que, um ano depois, formariam o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), apoiaram o requerimento de criação de uma CPI que tinha como objetivo identificar responsabilidades “na administração pública” e em decorrência “de qualquer tipo de corrupção".

Era, portanto, uma CPI ampla, geral e irrestrita. FHC manifestou-se favoravelmente a que o poder de fiscalização do Congresso fosse exercido “em toda a sua plenitude".

A “CPI da Corrupção” investigou, de tudo, um pouco. De liberação de verbas para prefeituras à gestão de Jader Barbalho no Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário (Mirad). Depois, fez-se um desvio de rota e a CPI passou a olhar contratos com empreiteiras - sempre elas - com suspeita de superfaturamento, a construção de um aeroporto na cidade natal de Sarney, entre outras coisas.

Anos depois, em 2001, eis que aparece outra proposta de “CPI da Corrupção”. Dessa vez, o PSDB é governo, e FHC, o presidente. O PT encabeçava a iniciativa e mirava desde as denúncias de compra de votos da emenda da reeleição; o caixa 2 em campanhas eleitorais (o ministro de FHC, Andrea Matarazzo, é citado); o tráfico de influência na Presidência da República; a privatização de uma empresa pública de telefonia; as verbas do antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER); os desvios no Banpará (de novo, aparece o nome de Jader Barbalho) etc, etc, etc.

FHC, dessa vez, posicionou-se terminantemente contra a CPI. Seu ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, acusou o PT de ser “neo-udenista”, o que, como se sabe, significa dizer que alguém usa e abusa do discurso do combate à corrupção com a intenção golpista de derrubar o governo. A “cruzada ética redentora” acabaria por solapar as próprias bases da democracia no país, acusava Aloysio Nunes.


Os tucanos acabaram conseguindo impedir a instalação daquela CPI. Diziam que a mesma era desnecessária, pois o governo já investigava as denúncias. Parece que é o mesmo “script” de hoje, mas não é. As diferenças são muitas. A começar que a base governista criou sua própria CPI.

Além disso, à época de FHC, a Procuradoria-Geral da República era chefiada por um procurador que ganharia o irônico apelido de “Engavetador-Geral da Nação”. Sequer havia a Controladoria-Geral da União.

A Polícia Federal tinha, como seu Diretor-Geral, um filiado ao PSDB. Ele seria figura chave no desmonte da candidatura de Roseana Sarney, então do PFL, principal rival, no campo governista, da candidatura de José Serra à Presidência da República.


O jogo de comadres que uniu PSDB e PSB

Hoje, estamos diante da possibilidade de mais uma CPI da Corrupção. O governo Dilma chamou tucanos e eduardistas para dançar.

A estratégia visa, claramente, se contrapor à tentativa da oposição em torno de uma CPI exclusivamente da Petrobras e que teria como alvo direto não Pasadena, mas o Palácio do Planalto. Pasadena é pretexto.

Ao criar uma CPI para chamar de sua, os governistas diluíram o foco da oposição. O governo percebeu o “jogo de comadres” entre PSDB e PSB. A tentativa oposicionista de restringir o assunto da CPI a Pasadena foi fruto de um acerto para fazer um cordão sanitário em torno de Eduardo Campos. Em troca, o PSB, depois de titubear em apoiar a CPI, acabou tornando-se um de seus mais enfáticos defensores.

Pelo acordo dos oposicionistas, Eduardo Campos seria poupado do risco de ser envolvido nas acusações contra a Refinaria “Abreu e Lima”, em Pernambuco. É impossível falar na refinaria sem que o assunto respingue em Eduardo Campos. Não só porque ele era, até semana passada, governador daquele estado.


A “Abreu e Lima” sempre foi propagandeada por Campos como uma vitória pessoal sua. O plano era levar a refinaria para Pernambuco, trazer empresas estrangeiras para ali fazerem grandes investimentos, relacionar o empreendimento ao porto de Suape e montar um grande complexo petrolífero que reposicionaria a economia do estado.

Em meio a tanta grandiloquência do discurso da grande política, havia a pequena política dos grandes negócios. A oposição tucana a Campos, em Pernambuco, sempre o acusou de usar Suape e “Abreu e Lima” para se promover.

Pior, o PSDB de Pernambuco levantava suspeitas de que Campos estivesse associando a obra a seu financiamento de campanha. Criticavam Campos por ter feito inúmeras viagens à Holanda para discutir negócios que interessavam a empreiteiras e outros grupos empresariais de seu estado. Grupos que, coincidentemente, depois aportariam recursos para a sua campanha.

Depois do acordo PSDB-PSB em favor da CPI sobre Pasadena,curiosamente, o assunto da refinaria “Abreu e Lima” deixou de sair da boca dos tucanos e, como num passe de mágica, sumiu momentaneamente do noticiário. Todo o esforço seria concentrado só na compra da refinaria de Pasadena.

O jogo bruto da política come solto, apimentado pelo calendário eleitoral e animado por capítulos de um novelão que vai longe. O próximo capítulo é a decisão do STF sobre quem tem razão: quem pede uma CPI ampla, ou quem quer restringí-la.

Repleta de expectativas, com uma fila de vilões, promessas de reviravoltas surpreendentes e clima de suspense, a guerra de CPIs deixa no ar uma questão: para que servem e para onde vão as CPIs?


As CPIs de hoje e seus fantasmas

Essa deve ser a terceira CPI da Corrupção - ampla, geral e irrestrita. Ela se instala sob a sombra de vários fantasmas: a CPI dos Correios (que resultou no escândalo do “mensalão”), a CPI do “Fim do Mundo”, a CPI do Banestado, a CPI do Cachoeira.

Lula, na entrevista aos blogueiros (8/4), chamou para a briga. Conclamou os petistas a defenderem Dilma. Mandou os deputados e senadores serem mais aguerridos. Lembrou que não se pode cometer os mesmos erros que levaram o PT a abaixar a cabeça no “mensalão”. "Se você baixa a cabeça, eles colocam uma canga em cima".

A CPI do “Fim do Mundo” começou como CPI “dos Bingos”, feita para investigar o bicheiro Carlos Cachoeria - ele depois daria mote a uma outra, a CPI “do Cachoeira”. Cachoeira agora disputa, com Jader Barbalho e Matarazzo, o posto de quem mais provocou CPIs no Congresso.

Aqueles que acham que nascemos ontem, que hoje pedem CPIs restritas e bem definidas e pensam que não nos lembramos do que eles fizeram no verão passado, usaram aquela CPI “dos Bingos” para pular dos assuntos de Cachoeira para o “mensalão”; para os casos de assassinato dos prefeitos petistas Toninho do PT, de Campinas, e Celso Daniel, de Santo André; para os contratos de coleta de lixo em Ribeirão Preto; para as empresas GTech; para a Caixa Econômica Federal; para o boato reproduzido pela revista Veja de que dólares “cubanos” teriam vindo em caixas de bebida para abastecer a campanha de 2002; e até para a “máfia do apito” do Campeonato Brasileiro de Futebol.



CPIs de políticos x CPIs de políticas

Dois tipos de CPIs hoje tomam conta do Congresso: as que investigam políticos e as que investigam políticas. As primeiras estão em franca decadência. As segundas sempre viveram sob o risco de serem condenadas à irrelevância.

As CPIs que investigam políticos, mesmo as que incidem sobre membros do Congresso, acabam tendo seus resultados dependentes mais dos procedimentos das comissões de ética e das decisões do plenário do que propriamente das investigações. Com a instituição do voto aberto, a pressão em favor das renúncias se tornou ainda maior, e o peso dessas CPIs, cada vez menor.

As CPIs que investigam governos normalmente chovem no molhado. Todas as denúncias e revelações com as quais trabalham já foram feitas pelos órgãos de fiscalização e controle, pela Polícia Federal ou por tribunais. Ninguém mais troca uma delação premiada por um depoimento em CPI.

Raros são os depoentes que vão às CPIs sem um prévio “habeas corpus” que lhes garanta o direito de permanecer calados e a satisfação de fazerem os parlamentares perderem seu tempo à toa, ouvindo a mesma resposta: “reservo-me o direito de permanecer calado…”.

O desgaste das CPIs feitas para animar eleições, que fazem muito barulho por nada, tende ajudar que as CPIs de políticas públicas prevaleçam. Mas, para isso, a relação entre os governos e os legislativos precisaria mudar.

Por enquanto, o descompromisso da maioria dos governos com CPIs propositivas são um tiro no pé. Fazem parecer que CPI pra valer tem que ter dedo na cara, berros e algemas.

A maioria das pessoas ainda associa o sucesso de uma CPI à derrubada de um ministro, à cassação de um parlamentar, à prisão de um malfeitor ou de quem quer que seja.

A última CPI que conseguiu prender alguém foi a da pedofilia. Mesmo assim, porque um depoimento estava sendo acompanhado ao vivo por uma autoridade judiciária que, assim que o depoente proferiu sua última frase, já tinha uma ordem de prisão aguardando sua saída do recinto.

As CPIs, ao contrário, deveriam ter como principal resultado a criação de novas leis e a avaliação de políticas e programas, com a recomendação de mudanças e de maior controle pelo próprio legislativo. O resto é pose para fotografia. Se esvai após os flashes.

Dos governos, se esperaria que eles pegassem carona, no melhor sentido, no trabalho das CPIs para apoiar iniciativas legislativas e modificar sua conduta.

A CPI do Sistema Carcerário, criada em 2007, fez o mais profundo diagnóstico da crise permanente que ainda abala essa área. Dos 12 projetos de lei apresentados, nenhum chegou a ser aprovado. A principal proposta, o Estatuto Penitenciário Nacional, demonstra bem a disposição dos parlamentares de se debruçarem sobre o tema: a comissão especial para analisar o projeto sequer chegou a ser criada.

Essa CPI voltou a ser lembrada com a crise no Maranhão, no início deste ano, dramatizada pelas cenas tétricas de degola na Penitenciária de Pedrinhas. O relator daquela CPI, por coincidência, era um deputado maranhense, o combativo Domingos Dutra.

Dutra chamou o episódio de Pedrinhas de uma “tragédia anunciada”. A expressão nos dá um bom contraste para confrontar quem acha que o principal problema das CPIs ainda é quando elas acabam em pizza. É muito pior quando elas acabam em tragédias, com sangue no lugar do molho de tomate.

(*) Antonio Lassance é cientista político.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#34 Mensagem por Carnage » 11 Mai 2014, 18:37

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/ ... o-em-2001/
Como o PSDB enterrou a CPI da corrupção em 2001
Eduardo Guimarães


Em um momento em que o PSDB tenta criar a qualquer custo uma CPI exclusiva para investigar a Petrobrás enquanto acusa o governo Dilma Rousseff de pretender barrar a investigação e de violar o que chama de “direito da minoria”, torna-se imperativo relembrar como o partido agiu em relação a esse “direito” quando estava no poder.

Era maio de 2001. O Brasil estava às portas de mergulhar em um severo racionamento de energia elétrica que duraria de 1º de julho daquele ano até 27 de setembro do ano seguinte. O então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, amargava sucessivas quedas de popularidade que o fariam terminar seu mandato com apenas 35% de aprovação, sendo reprovado pela grande maioria dos brasileiros.

Um dos principais motivos da impopularidade de FHC, à época, era o alto nível de corrupção em seu governo. Os sucessivos escândalos foram agravados pelas denúncias de que comprara votos de parlamentares para aprovarem a emenda constitucional que lhe permitiu se candidatar à própria sucessão em 1998 – até então, presidente, prefeitos e governadores só podiam exercer um único mandato.

Naquele ano, as denúncias contra o governo se acumularam a tal ponto que até entre a base governista prosperou a criação da “CPI da Corrupção”, que investigaria 16 pontos. Confira, abaixo, os fatos que embasavam a abertura da investigação.

- tráfico de influências pelo o ex-secretário geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira;

- irregularidade envolvendo do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira na privatização da Tele Norte Leste;

- liberação de verbas irregulares para o DNER;

- denúncias de caixa 2 nas campanhas eleitorais envolvendo o ministro Andrea Matarazzo (Comunicação); – omissão do Banco Central na apuração nas denúncias de desvios do Banpará que teriam beneficiado Jader Barbalho;

- omissão do BC na apuração do dossiê Caribe [conjunto de documentos sem autenticidade comprovada sobre uma suposta empresa com sede nas Ilhas Cayman do presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro José Serra (Saúde), e do ex-governador de São Paulo Mário Covas e do ex-ministro Sérgio Mota (Telecomunicações), mortos respectivamente em março e em abril de 1998;

- omissão do BC em apurar suspeita de crime tributário, fraude e sonegação pela empresa OAS, ligada a ACM;

-omissão do BC nas investigações da chamada “pasta rosa”, sobre contribuição do Banco Econômico para campanha de ACM;

- omissão do BC na investigação de contas fantasmas abastecidas pela TV Bahia, que pertence a ACM;

- fraudes na concessão de incentivos fiscais pela Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia);

-irregularidades em contratos de portos e aeroportos das cidades de Salvador (BA), Santos (SP) e nas obras de ampliação e modernização do aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador;

- irregularidades e superfaturamento na instalação da usina nuclear Angra 2, envolvendo a Eletrobras/Eletronuclear, Furnas e distribuidores de energia;

- emissão de CPFs irregulares na Bahia;

- desvios na utilização de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Devido ao mau humor da opinião pública, das dificuldades crescentes na economia, do iminente (e draconiano) racionamento de energia que ameaçava o país e que se concretizaria pouco depois, a criação da CPI da Corrupção já era dada praticamente como certa, mas FHC e seu partido, o PSDB, desencadearam uma verdadeira operação de guerra para impedir.

A verdadeira blietzkrieg tucana contra a instalação da CPI da Corrupção acabou tendo êxito. Em 10 de maio de 2001, o PSDB conseguiu impedir a investigação.

O governo e seu partido tiveram que agir rápido porque o clamor popular pela CPI era cada vez mais estridente. Esse clamor fez o jornal mais governista da época, o Estadão, acabar aceitando investigação que até então combatera com unhas e dentes enquanto acusava o PT de apostar no “quanto pior, melhor”.

Vale a pena ler, abaixo, o editorial “CPI não é bicho-papão”, que o Estadão publicou em 9 de maio de 2001, para se ter uma ideia de como era diferente o comportamento da mídia em relação ao governo quando este era do PSDB; o inimigo da mídia, à época, era a oposição petista.

http://www.blogdacidadania.com.br/wp-co ... C3%A3o.jpg

O Estadão, porém, rendeu-se cedo demais. FHC e seu partido, ao custo de distribuição de dinheiro público a parlamentares, no dia seguinte ao do editorial conseguiria impedir a investigação.

A compra de parlamentares foi tão escandalosa que até jornais tidos como governistas denunciaram. O Valor, por exemplo, contou como Bornhausen foi mobilizado pelo Palácio numa última tentativa de reverter a situação. O Jornal do Brasil disse que Bornhausen ameaçou de expulsão os 16 deputados do PFL que assinaram a CPI.

Relato ainda mais dramático do empenho de FHC para impedir a CPI foi publicado na coluna de Ariosto Teixeira, no próprio Estadão. A matéria revelou que FHC lançaria todos os recursos disponíveis para impedir a instalação do inquérito. Ameaçara, inclusive, dissolver todo o ministério caso partidos aliados não retirassem o apoio à investigação.

Todas as negociatas para impedir a CPI foram contadas com riqueza de detalhes pelo colunista Fernando Rodrigues, na Folha, e pelo próprio jornal. O colunista revelou que se tratava de uma super operação abafa e descreveu os tipos de preço que os congressistas fisiológicos cobraram. Em dois dias o então ministro Aloysio Nunes Ferreira liberara R$ 26 milhões para emendas de congressistas, dizia a reportagem.

Detalhe: FHC usou dinheiro público de um país então quebrado para abafar a investigação.

Leia, abaixo, a coluna de Fernando Rodrigues na Folha de São Paulo de 9 de maio de 2001 avisando como seria abafada a investigação e, em seguida, matéria do mesmo jornal de 11 de maio, um dia após o PSDB e o governo terem tido êxito no intento, relatando mais detalhes sobre a operação-abafa.

http://www.blogdacidadania.com.br/wp-co ... rigues.jpg

http://www.blogdacidadania.com.br/wp-co ... 04/FHC.jpg

O PSDB passou os oito anos do governo FHC violando o que os tucanos chamam hoje de “direito da minoria”. Negou ao PT e ao resto da oposição praticamente todas as investigações que tentaram instalar. E, para completar a blindagem, FHC manteve o mesmo procurador-geral da República durante seus oito anos de mandato.

Detalhe: a Procuradoria Geral da República, naqueles oito anos tucanos, jamais aceitou uma única investigação contra o governo federal.

A mídia, na maior parte do tempo, era governista até os ossos, como se vê no editorial do Estadão. Mas naquele 2001 em que os tucanos abafaram sua última CPI, alguns veículos já não tinham condições de continuar tão governistas, como no caso da Folha. O país não suportava mais o PSDB no poder e os jornais começaram a sentir que estavam se desmoralizando.

Justiça seja feita, o único dos maiores jornais que se manteve cem por cento governista até o fim foi o Estadão. Globo, Folha e até a Veja subiram no muro. Aliás, a eleição de 2002 foi a única desde a redemocratização em que a mídia se portou de forma republicana e não fez o jogo do antipetismo. Até porque, não teria adiantado nada.
O Globo e os 50% que podem ser 2,5%
http://www.ocafezinho.com/2014/04/14/o- ... em-ser-25/

Na louca cavalgada pela CPI da Petrobras, a maior vítima é a verdade
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... petrobras/


Agora está provado: Graça Foster é “mau negócio”
http://www.ocafezinho.com/2014/04/15/ag ... u-negocio/


http://jornalggn.com.br/noticia/comecar ... de-cervero
Começaram as interpretações da fala de Cerveró

qua, 16/04/2014 - 15:52 - Atualizado em 16/04/2014 - 16:22
Luis Nassif


É curiosa a ginástica dos bons comentaristas da Globonews.

Parecem em palpos de aranha, entre analisar com isenção a fala de Nestor Cerveró e atender às demandas da casa.

No intervalo da fala de Cerveró, disseram que na época a compra foi um bom negócio, indo totalmente contra a avaliação da presidente da Petrobras Graça Foster que afirmou que foi um mau negócio.

Em seu depoimento, Graça afirmou a mesma coisa: na época a compra foi considerada um bom negócio. Tornou-se mau negócio após a mudança nas condições mundiais do mercado.

Depois, os comentaristas admitem que Cerveró se saiu bem, que a oposição estava mal preparada. No momento seguinte, afirmam não tem como explicar o prejuízo de US$ 500 milhões. Batem na afirmação de Graça Foster, de que foi um mau negócio.

Graça Foster, José Gabrielli e Cerveró falaram a mesmíssima coisa: era um bom negócio antes da mudança de cenário.

A maneira como comentaristas e parlamentares manipulam falas é uma grandiosidade.

Vida difícil!

Na sabatina, com algumas exceções, como Ivan Valente e Rodrigo Maia, o nível dos parlamentares foi baixíssimo. Parlamentares como Roberto Freire e o delegado Franceschini não ajudam a melhorar a imagem do parlamento.






http://www.jb.com.br/economia/noticias/ ... -estatais/
Produção de petróleo alavanca investimentos das estatais
Do total dos gastos com investimentos, 96,7% foram financiados com recursos de geração própria
Jornal do Brasil


Uma portaria publicada nesta terça-feira (1/4) no Diário Oficial da União aponta que as empresas estatais tiveram um investimento total de R$ 14,74 bilhões somente no primeiro bimestre de 2014, o que representa em termos percentuais a 13,9% do previsto para todo o ano. O destaque foi para o Ministério de Minas e Energia, que conseguiu concluir 14,6% da programação atual. A boa notícia é que do total dos gastos com investimentos, 96,7% foram financiados com recursos de geração própria. Entre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à Petrobras.

Em março, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou que a exploração e produção de pretróleo no país rendeu R$ 49,5 bilhões em participações governamentais, relacionadas com as participações especiais, bônus de assinatura, retenção de área, taxa de ocupação e com os royalties. No ano anterior, a estatal contabilizou a sua produção em R$ 31,7 bilhões, o que aponta um volume de 51,4% maior esse ano. O crescimento foi discreto em se tratando de royalties e participações especiais, com arrecadação de R$ 31,8 bilhões em 2013, contra R$ 31,5 bilhões em 2012. O resultado foi devido aos três leilões de blocos exploratórios de petróleo, realizado no ano passado, que tiveram um bônus de assinatura superior a R$ 17 bilhões, que foram destinados à União. Somente o leilão do pré-sal, do Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos, arrecadou R$ 15 bilhões.
Entre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à PetrobrasEntre as 71 empresas estatais que participam do investimento, 20 do setor produtivo pertencem à Petrobras

Para o economista Roberto Simonard, do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), os números são auspiciosos para um começo de ano. Segundo o especialista, esse resultado é bom para a Petrobras, pois com o aumento de sua produção é possível aliviar o endividamento. "A estatal está caminhando para uma boa melhora", disse Simonard.

Um recorde de produção no pré-sal aconteceu no início desse ano, com 412 mil barris de petróleo no dia 27 de fevereiro, como anunciou a estatal em março. Segundo a Petrobras, a produção foi resultado de apenas 21 poços, o que evidencia a pontencialidade dos campos de pré-sal. Ainda em fevereiro, a Petrobras abriu as operações em um poço que surpreendeu com a produção de 36 mil barris por dia, alcançando a maior marca da região. Para chegar a esse resultado, a empresa empregou uma tecnologia inovadora. As ações tiveram como meta aumentar o lucro líquido, que em 2013 foi de R$ 23,6 bilhões, 11% maior que no ano anterior.

Com os resultados positivos, a Petrobras continua mantendo a sua previsão de produção de óleo e gás para 2020 em 52, milhões de barris diários. E ainda reduziu os seus gastos no plano de negócios para os próximos cinco anos, em 6,8%. O seu investimento previsto para até 2018 é de 220,6 bilhões de dólares.





http://tijolaco.com.br/blog/?p=16774
Deputado tucano que alega prejuízo com ação da Petrobras devia ter comprado no tempo de FHC
16 de abril de 2014 | 16:54 Autor: Fernando Brito


Um dos momentos curiosos do depoimento de Nestor Cerveró – que frustrou a oposição, porque acabou confirmando o que Dilma dissera e confirmando que não havia menção às cláusulas que ele achou desimportante colocar no relatório, mas que foram invocadas depois – foi a “show” do deputado tucano Luís Carlos Hauly que disse ter comprado mil reais em ações da Petrobras e agora só valem R$ 431.

Claro que o deputado está fazendo um teatrinho.

Que só mostra que ele, para um ex-secretário de Fazenda do Paraná, entende muito pouco de investimentos.

Porque comprou as ações no período em que elas alcançaram seu mais alto valor, o que vai contra qualquer be-a-bá de investidor.

Se acreditasse no seu glorioso presidente Fernando Henrique Cardoso e comprasse as ações da Petrobras no valor mixuruca que ele a levou, hoje teria uma boa grana.

Como a ação, no final do Governo FH, valia R$ 3,30 e hoje está valendo R$15,35, se Hauly tivesse posto seu dinheirinho naquela época, teria hoje R$ 4.7oo.

Um lucro de 370%. Ou de mais de 230% acima da inflação do período 2002-2014.

Porque foi essa a valorização das ações da Petrobras nos governos Lula-Dilma.

Isso sem contar a distribuição de dividendos e de juros sobre o capital próprio. Se tiver algum leitor de mercado de ações, por favor, contribua com esta informação.

Claro que já houve cotações melhores que a de hoje, como vão existir cotações ainda melhores quando a empresa já não precisar separar uma parcela tão grande de seus lucros para reinvestimento e repassa-los aos acionistas.

Agora, fica a pergunta que lhe deveria ter sido feita: Deputado, porque é que o senhor não comprava ações da Petrobras no Governo de seu líder, FHC?

Será que o senhor achava que ele ia afundar a empresa? Que ia estrangulá-la e entregar o que poderiam ser seus grandes ativos – as reservas de petróleo do Brasil – para as multinacionais.

Agora, se o senhor passou a acreditar na Petrobras quando o Brasil teve, finalmente, um governo de tendências nacionalistas, que a impulsionou e vai fazer dela o carro-chefe da afirmação econômica do Brasil?

Guarde a sua língua e as suas ações, deputado. Elas guardadas valerão bem mais.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#35 Mensagem por Carnage » 11 Mai 2014, 18:38

http://www.viomundo.com.br/denuncias/pr ... obras.html
PETROBRAS

por Luiz Alberto*


A Petrobras tem a cada prestação de contas à nação, atestado sua hegemonia de produção e arrecadação, mas a oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff, tenta, desesperadamente, mascarar o registro de lucro da empresa. A estatal bateu recorde de produção na camada do pré-sal, com 407 mil barris de petróleo, por dia, e a oposição quer fazer um discurso para dissimular essa boa notícia.

Neste contexto é importante ressaltar que, os investimentos da Petrobras, antes do governo do Partido dos Trabalhadores (PT), não chegavam a U$ 5 bilhões [dólares], por ano, entre 1992 e 2002.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva alavancou isto para U$ 10 bilhões, por ano, em 2005.

De acordo com o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, que a Petrobras divulgou recentemente, há um total de U$ 220 bilhões para o período, o que equivale a U$ 45 bilhões por ano, em média. Ou seja, praticamente multiplicou por 10 os investimentos em relação ao período anterior a 2003, ano em que Lula assumiu. Isto sim é um fato e não os factóides que os opositores teimam em construir.

Este significativo aumento de investimentos se refletiu no aumento dos esforços em Exploração e Produção, que nos levaram à descoberta do Pré-sal, no qual a Petrobras, com o Novo Marco Legal para o Petróleo (Criação do Regime de Partilha), é a operadora com, no mínimo 30% de participação nos consórcios. Com as novas descobertas, tanto no pré-sal como fora, chegaremos a uma produção total de 4 milhões de barris em 2020, basicamente duplicando nossa produção atual. Com todos estes investimentos, ainda conseguimos aumentar o lucro, atingindo R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11% em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012.

Em 2014, a Petrobras realizou duas grandes operações de emissões de títulos no mercado internacional. Em janeiro, captou mais de € 3,6 bilhões [euros] no mercado europeu. Em março, realizou emissões da ordem US$ 20,0 bilhões de dólares no mercado americano.

Nas duas operações, avaliação de riscos feita pelas principais agências de rating aponta a Petrobras como “grau de investimento”. Isto significa: Empresa que dispõe de boas perspectivas em relação à capacidade e o compromisso de honrar suas obrigações financeiras. O êxito destas operações confirma a boa aceitação da estatal no mercado internacional de capitais

Logo, a Petrobras é uma empresa estratégica para o país, com repercussões em toda a economia, não só pela produção de combustíveis, mas também pelas suas compras no mercado interno, que, inclusive, alavancaram vários setores como, por exemplo, a indústria naval. A Petrobras nasceu com a luta “o Petróleo é nosso” e chegamos aos seus 60 anos podendo dizer que o Pré-sal é nosso também. E é exatamente isto que inflama a oposição, pois no governo deles, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o FHC, quiseram mudar o nome da empresa para Petrobrax, buscaram privatizá-la, mas não conseguiram.

Outros dados técnicos revelam que as reservas provadas totais atingiram 16,57 bilhões de barris equivalentes, devendo ser duplicadas com a exploração do Pré-sal. Índice de Reposição de Reservas (IRR) no Brasil ficou em 131% e a relação reserva/produção em 20 anos. Pelo 21º ano consecutivo, a Companhia mantém um IRR no Brasil acima de 100%.

O índice de Sucesso Exploratório da Petrobras é de 64 %, enquanto a média mundial é de aproximadamente 30% — já no Pré-sal é de 82%.

O Conteúdo Local, que é a política de se produzir no País os insumos para Petrobras, é importante para o Brasil por uma série de razões, entre outras, o aumento do parque fabril.

Entre sondas de perfuração, plataformas de produção e navios, encomendou-se à indústria naval no Brasil 137 unidades para a atividade prioritária de produção de petróleo. Entre as empresas com as quais mantiveram-se relacionamentos industriais, estão dezenas de estaleiros e canteiros de obras navais, em toda a costa brasileira. Dentre as obras a serem construídas em estaleiros do País até 2020, estão 38 plataformas de produção, 28 sondas de perfuração marítima, 49 navios-tanque e 568 embarcações de apoio. Também investiu-se no desenvolvimento de profissionais para a indústria naval e offshore.

Qualificação Profissional

O Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP) foi estruturado, em 2006, para atender à demanda de pessoal qualificado para o setor de óleo e gás. Por meio de cursos gratuitos no âmbito do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), promoveu-se a capacitação de milhares de profissionais no Brasil, com o envolvimento de 44 instituições de ensino. Até 2013, foram qualificados 97.252 profissionais.

Em 2012, investiu-se aproximadamente R$ 51 milhões, capacitando cerca de 18 mil pessoas. No consolidado do PNQP, desde 2006, foram investidos R$ 269,2 milhões, resultando no treinamento de cerca de 92 mil profissionais, em 17 estados brasileiros. O plano também oferece aos alunos que estão desempregados bolsas-auxílio mensais, conforme o curso, que pode ser de nível básico, médio, técnico e superior, em 185 categorias profissionais.

Investimentos em Cultura

Além do histórico de investimentos em ações culturais, na Bahia e em todo o Brasil, a Petrobras este ano bateu recorde ao anunciar para a nona edição de seu edital para projetos culturais, a destinação de R$ 67 milhões. Este montante representa a maior verba de todas as edições. Serão contempladas com os recursos da estatal 11 áreas na seleção pública, reforçando o compromisso da companhia com o fomento da cultura do país.

Cuidados com o Meio Ambiente

A Petrobras garantiu, nos últimos seis anos, com investimentos na preservação do meio ambiente, a proteção de centenas de espécies de animais nativos e da biodiversidade. A empresa, neste período, investiu R$ 1,9 bilhão em projetos ambientais e sociais em todo o país.

Geração de Empregos

Os investimentos sociais que, tradicionalmente a Petrobras realiza, apoiam a cidadania. Em 2012, foram investidos cerca de R$ 552 milhões em mais de 1,5 mil projetos sociais, ambientais, culturais e esportivos, no Brasil e nos diversos países onde atua. O ano foi marcado pela realização conjunta das seleções públicas do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania e do Programa Petrobras Ambiental, que destinarão, em dois anos, R$ 102 milhões a projetos ambientais e R$ 145 milhões a projetos sociais.

A Petrobras Controladora teve seu efetivo reduzido no período de 1994 a 2002, passando de 46.226 para 34.520; já no período de 2003 a 2013 só cresceu, chegando a 62.692. É essa a importância da Petrobras para o Brasil. Não podemos permitir retrocessos diante deste cenário positivo para nosso país e para o povo brasileiro.

*É deputado federal (PT-BA)


Batata de 'O Globo' assa com manchete falsa. Jurídico da Petrobras precisa ir pra cima.
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... chete.html

Petrobras tem chance histórica de aplicar corretivo no mau jornalismo
Imagine o Jornal Nacional passar alguns dias tendo de ler direito de reposta após direito de resposta. Seria a desmoralização da qualidade do jornalismo dos veículos de imprensa que tiveram má conduta

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs ... -2869.html


PML: oposição começa a perder em Pasadena
Colunista da Istoé diz que dados dos últimos dias mostram que a compra da refinaria norte-americana foi um negócio menos feio do que se divulgou; segundo ele, Sérgio Gabrielli, que presidia a Petrobrás no momento da compra, colocou um dado importante: lembrou que em 2014, com a nova conjuntura econômica americana, Pasadena deu um lucro de US$ 54 milhões num único mês

http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... sadena.htm



jornalggn.com.br/noticia/como-foi-feita-a-capa-da-revista-epoca
Como foi feita a capa da revista Época
qua, 23/04/2014 - 17:22 - Atualizado em 24/04/2014 - 09:25
Luis Nassif


O neojornalismo atual surgiu na revista Veja e foi seguido pela Folha a partir de meados dos anos 80. No meu livro “O jornalismo dos anos 90” analiso em detalhes esse estilo.

Trata-se de um produto típico dos grupos de mídia, onde se misturam alguns recursos jornalísticos, recursos de dramaturgia e de marketing. É o chamado show da notícia, com muito mais show do que notícia.

Consiste em levantar uma ou duas informações verdadeiras – mesmo que irrelevantes – e montar uma roteirização copiada da dramaturgia, misturando fatos inexistentes, meras deduções ou ficção pura, tudo devidamente embrulhando em um estilo subliterário típico dos tabloides. Depois, confere-se o tratamento publicitário adequado nas manchetes chamativas e no lead – em geral prometendo muito mais do que a reportagem entrega.

Esse estilo torto atingiu o auge nos escândalos produzidos entre 2006 e a campanha de 2010, como a invasão das Farcs no Brasil, os dólares transportados em garrafas de rum, o consultor respeitado que acabara de sair da cadeia, os 200 mil dólares levados em envelopes até uma sala do Planalto, o consultor que almoçou com Erenice e foi impedido até de levar caneta, para não gravar a conversa e aí por diante.

O caso Época

A capa da revista Época desta semana, no entanto, merece uma análise de caso à parte.

Em publicações respeitadas, separa-se a pauta do conteúdo publicado. A redação recebe dicas, denúncias, indícios. Aí prepara a pauta, que é o roteiro de investigações. O repórter sai a campo e procura fatos e testemunhas que comprovem ou desmintam as informações recebidas. E só publica o que é comprovável.

O jornalismo brasileiro contemporâneo desenvolveu um estilo preguiçoso. O repórter recebe as denúncias. Em vez de sair a campo e apurar, limita-se a publicar a pauta com o desmentido do acusado, sem apresentar nenhuma conclusão sobre se o fato relatado é verídico ou não.

A reportagem da Época tem 31.354 caracteres e segue esse procedimento. É bombástica. Na capa, vale-se da linguagem publicitária para vender um peixe graúdo. O leitor abre a revista e, de cara, depara-se com páginas e páginas recheada de fotos.

Quando vai a fundo na reportagem, encontra uma única informação relevante: o parecer do terceiro escalão do jurídico da Petrobras, recomendando não questionar na Justiça o resultado da câmara de arbitragem – que fixou o valor a ser pago pela Petrobras pelos 50% da Astra. Apenas isso.

É muito menos do que outras publicações vêm levantando no decorrer da semana. Uma informação que cabe em um parágrafo foi transformada em reportagem de várias páginas através dos seguintes recursos:

1. 8% do material descreve o uniforme da Petrobrás usado por Dilma Rousseff no lançamento do navio Dragão do Mar. Sobram 92%.

2. 21% é sobre a tentativa da Brasilinvest de se associar a Paulo Roberto Costa. No final do enorme calhau, fica-se sabendo que não houve associação nenhuma. Então para quê falar de algo que não aconteceu? Fica a informação falsa de que o Brasilinvest - que não tem nenhuma expressão no mercado -, é um dos maiores bancos de investimento brasileiro e que tentou fazer negócios em Cuba. Sobram 71%.

3. 5% é sobre um advogado que teria feito lobby para a Petrosul junto à Transpetro. No final do calhau tem a palavra dele, negando qualquer trabalho, e da Transpetro, negando qualquer medida. E nenhuma conclusão do repórter. Sobram 66%.

4. 11% do texto é sobre a compra da refinaria na Argentina. Joga-se no papel um amontoado de informações passadas pela Polícia Federal e recolhidas no São Google, sem uma análise, sem uma apuração adicional, sem uma conclusão sequer. Sobram 56%.

5. 6% do texto explica em linhas gerais o suposto escândalo Pasadena. É importante para contextualizar a questão, mas inteiramente feito em cima de informações públicas. Sobram 49%.

6. 15% para descrever uma lista encontrada com o doleiro Alberto Yousseff sem pescar uma informação relevante sequer. Sobram 35%.

7. 4% descreve a pendência judicial da Petrobras com a Astra, já divulgada pela mídia, sem nenhuma informação adicional. Sobram 31%.

8. 7% é dedicado para o parecer de técnicos do jurídico recomendando não questionar a decisão da câmara de arbitragem na Justiça. É a única informação nova da matéria. O “furo” poderia ser dada usando 1% do espaço. Sobram 23%.

9. 23% para informar (com base em fontes em off) que a Astra queria a todo custo um acordo com a Petrobras. E atribui a decisão de ir para o pau ao então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Mas qual o motivo? Como advogados ganharam honorários com a ação, logo o motivo foi montar uma jogada com os advogados. Simples, não? Todas essas afirmações baseadas em suposições, ilações sem um reforço sequer em fatos ou em fontes em on. Em entrevista a veículos da Globo, o ex-Diretor de Gás Ildo Sauer – presente nas reuniões – afirmou que a diretoria executiva queria o acordo mas o Conselho recusou devido ao que se considerou arrogância dos executivos da Astra. As informações são desconsideradas, membros do CA não são ouvidos. Limitam-se a mencionar fontes em off para falar da simpatia e boa vontade dos executivos da Astra.

O leitor mais atilado fica com a sensação de ter comprado gato por lebre.

Globo não consegue dar o golpe do “documento exclusivo”
http://www.ocafezinho.com/2014/04/25/gl ... exclusivo/



A estratégia tucana contra a Petrobras
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2 ... ref=tw&m=1

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Mad1982
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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#36 Mensagem por Mad1982 » 11 Mai 2014, 23:36

A Petrobras é ótima, tem 100 mil funcionários, é pouco, tinha que contratar mais 100 mil, a gasolina está barata também, enfia logo R$ 6 por litro no rabo do povo que ele gosta, única empresa do mundo que consegue ter prejuízo sendo um monopólio. Privatiza essa bosta e chuta esse bando de vagabundo parasita que só sabe roubar. Desculpe, esqueci, ela já foi privatizada, e saiu barato, ela já é propriedade do PT!!!

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#37 Mensagem por ashigarasan » 18 Mai 2014, 19:07

É essa eleição ta dificil.

Esquema é ir pra Miami...

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mestre_kame
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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#39 Mensagem por mestre_kame » 29 Mai 2014, 11:26

Ainda não entendi a celeuma de Pasadena... Em 2012, ela deu lucro de 3,2 bilhões, só isso já pagou o preju e ainda sobrou uns trocados... Povo fica dando ouvidos à guerra eleitoral; também não entendo por que a (Des)Graça Foster fica falando que foi uma má compra... No máximo foi uma compra dispensável.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#40 Mensagem por bullitt » 29 Mai 2014, 21:20

mestre_kame escreveu:Ainda não entendi a celeuma de Pasadena... Em 2012, ela deu lucro de 3,2 bilhões, só isso já pagou o preju e ainda sobrou uns trocados... Povo fica dando ouvidos à guerra eleitoral; também não entendo por que a (Des)Graça Foster fica falando que foi uma má compra... No máximo foi uma compra dispensável.

Um indicador isolado, mesmo sendo o lucro (seja ele bruto ou líquido) não significa muita coisa, precisaria ver o resto dos indicadores da unidade. Você pode gerar um certo lucro mesmo altamente endividado, como é o caso da própria matriz tupiniquim! Como não sou sócio da Petro não acompanho com lupa o negócio, mas suponho que a Petro deve ter usado dinheiro considerável além do valor da compra amplamente divulgado na imprensa.

Pense bem, se ela fosse lucrativa o suficiente bastaria a Graça Foster falar na imprensa que "o investimento se pagará em X anos", encerrando o caso de imediato com a imprensa de direita e preservando o telhado de vidro do governo pateta para as eleições.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#41 Mensagem por Charlies Sheen » 30 Mai 2014, 02:02

mestre_kame escreveu:Ainda não entendi a celeuma de Pasadena...
Só para lembrar:

Havia uma cláusula que obrigava a PETROBRÁS a comprar os outros 50% restantes da sua sócia, a Astra Oil, em caso de litígio judicial ou discordância entre as empresas. Houve discordâncias, o caso foi para Justiça, e com essa cláusula, em que os responsáveis assinaram, a PETROBRÁS perdeu (corretamente perdeu) e foi obrigada a comprar os valores dos outros 50% restantes. Não sei até que ponto esse tipo de negócio é usual, mas ocultar os dados do Conselho de Administração, como foi divulgado, com certeza demonstra no mínimo displicência. Além disso, a Dilma se faz de inocente afirmando que só assinou porque não conhecia o teor das cláusulas, mas já houve reportagens revelando que ela foi avisada quando ela era Ministra da Casa Civil, por meio de sua Secretária, a pilantra da Erenice Guerra, e não tomou providências para averiguar. Para mim é um caso para se criar celeuma sim, deixemos de inocência. A PASADENA, se for vendida hoje, dará prejuízo ao Governo, ou seja, não vai recuperar os ativos com o preço de venda.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#42 Mensagem por mestre_kame » 30 Mai 2014, 08:59

bullitt escreveu:Pense bem, se ela fosse lucrativa o suficiente bastaria a Graça Foster falar na imprensa que "o investimento se pagará em X anos", encerrando o caso de imediato com a imprensa de direita e preservando o telhado de vidro do governo pateta para as eleições.
Confesso que eu não entendo isto, realmente. Eu peguei a informação no site da própria empresa, era o lucro líquido (isto é, já descontado as despesas). E, com certeza, a desinformação e a contradição contribuem para tudo parecer ainda mais suspeito. É estranho o site da empresa dizer uma coisa (mesmo que, comparado com refinarias de mesmo porte, o lucro seja bem baixo) e a presidente diga outra que vai numa outra direção.

Eu conheço de perto o esquema de licitações e compras por empresas públicas ou de capital misto, é uma merda sem limites, a PETROBRAS tá apinhada de superfaturamentos e malandrões levando dinheiro a rodo. Não que eu esteja fazendo o papel de advogado do diabo, mas concordo com os chapas-brancas que, enquanto a PETROBRAS tem CPI aprovada em dias, tá faltando água em São Paulo e ninguém ainda cogitou uma CPI da SABESP (mesmo que a petralhada esteja sabendo disto há tempos, normalmente guardam este tipo de munição para a véspera da guerra, digo, da eleição).

E, isto eu conheço bem de perto: se levantar o tapete da Cantareira, vai sobrar caco de cu pra todo lado.

Acho que o que temos aqui já é conhecido dos poderes há tempos mas cuidaram de jogar no ventilador na véspera da eleição. Acho que isto não quer dizer que temos um Estado tão imparcial como querem nos fazer acreditar, ou políticos isentos.

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#43 Mensagem por Carnage » 22 Jun 2014, 18:57

Eu só ia postar o texto, mas antes vai somente um pequeno à parte antes que alguém venha com o argumento débil mental de "os petistas usam os erros dos outros como desculpa/justificativa para seus próprios erros".
Não é o caso de justificar nada, eu acho perfeitamente válido e defensável que qualquer um não vote no PT porque acha ele uma merda. Em momento algum eu pedi ou defendi que se votasse no PT, e já falei isso mais de uma vez. Por favor, não votem!
Agora não votar no PT porque acha ele uma merda e no lugar votar no PSDB é hipocrisia, incoerência, desonestidade ou burrice. Porque existem fartas provas de que o PSDB é tão ruim quanto, na melhor das hipóteses, mas seguramente muito pior.
O texto visa a mostrar somente isso, de forma alguma é uma defesa do PT, mas simplesmente mostrar que o PSDB fez muito mais mal ao país do que o PT jamais ousou, e quem quer o real bem do país não pode em sã consciência votar nesses crápulas. Procure outra solução.

http://mudamais.com/sites/default/files ... lucro.jpeg

http://www.viomundo.com.br/arquivo/voce ... petrobras/
Crimes sem castigo

por Fernando Siqueira, da Associação dos Engenheiros da Petrobrás

26/05/2009

Aepet denuncia 10 estragos do governo FH na Petrobrás


Em reação às crescentes manifestações contra a chamada CPI da Petrobrás, criada pela oposição ao governo Lula, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) disse que as críticas dos manifestantes vão "bater no vento". "Não estamos atacando a Petrobrás, estamos defendendo a empresa. Vamos atrás de gente que não merece estar nessa empresa. É desnecessária a forma como se deu o discurso ofensivo contra o PSDB, isso já compromete essa manifestação na sua origem", avaliou Guerra, em matéria no Jornal do Brasil, dia 22.

Para refrescar a memória do senador e demais entusiastas da CPI, Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), selecionou "Dez estragos produzidos pelo governo FHC no Sistema Petrobrás", que o jornal Hora do Povo publicou e o Portal do Mundo do Trabalho reproduz a seguir.

"Estragos produzidos na Petrobrás, pelo governo FHC, visando desnacionalizá-la:

1993 - Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás, previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica.

Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do Orçamento, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás.

Todavia, isso causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento.

1994 - Ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, Fernando Henrique manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais, na sua parcela dos combustíveis, em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras de derivados teve, nas suas parcelas, aumentos de 32% acima da inflação.

Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás para o cartel dessas distribuidoras.


A forma de fazer isso foi através dos dois aumentos mensais, que eram concedidos aos derivados, pelo fato da Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado, em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização.

Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores, e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao Tesouro, no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros, em face da inflação galopante então presente. Quando o Plano Real começou a ser implantado, com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos, porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.

1995 - Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo em informações corretas.

Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão da Constituição Federal com um claro viés neoliberal.

Fernando Henrique emitiu um decreto, nº 1403/95, que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e Apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos.

Assim, tendo tempo de trabalho para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco, enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho.

Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o "apagão" no setor elétrico brasileiro.

As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás na Bolívia, só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isso, pressionaram o governo a determinar que a Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a taxa de retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento.

O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja; ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte.


Foi ruim para a Bolívia, que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado.

E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de "Take or Pay", ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos, sem conseguir vender o gás no mercado nacional.

Ainda em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes.

Além disso, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exército nas refinarias, para acirrar os ânimos. Mas deixou as distribuidoras multinacionais de gás e combustíveis sonegarem os produtos, pondo a culpa da escassez nos petroleiros. No fim, elas levaram 28% de aumento, enquanto os petroleiros perderam até o aumento de 13%, já pactuado e assinado.

Durante a greve, uma viatura da Rede Globo de Televisão foi apreendida nas proximidades de uma refinaria, com explosivos, provavelmente pretendendo uma ação de sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros. No balanço final da greve, que durou mais de 30 dias, o TST estabeleceu uma multa pesada que inviabilizou a luta dos sindicatos. Por ser o segundo maior e mais forte sindicato de trabalhadores brasileiros, esse desfecho arrasador inibiu todos os demais sindicatos do país a lutar por seus direitos. E muito menos por qualquer causa em defesa da Soberania Nacional. Era a estratégia de Fernando Henrique para obter caminho livre e sangrar gravemente o patrimônio brasileiro.[/b]

1995
- O mesmo Fernando Henrique comandou o processo de mudança constitucional para efetivar cinco alterações profundas na Constituição Federal de 1988, na sua Ordem Econômica, incluindo a quebra do Monopólio Estatal do Petróleo, através de pressões, liberação de emendas, barganhas e chantagens com os parlamentares.

Manteve o presidente da Petrobrás, Joel Rennó, que, no governo Itamar Franco, chegou a fazer carta ao Congresso Nacional defendendo a manutenção do monopólio estatal do petróleo, mas que, no governo FHC, passou a defensor empedernido da sua quebra.

AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:


1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais.

A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a um milésimo do valor real estimado.

2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle.

3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gasto na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento, como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital.

4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação.

5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava Direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era uma salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional.

1996
- Fernando Henrique enviou o Projeto de Lei que, sob as mesmas manobras citadas, se transformou na Lei 9.478/97.

Esta Lei contém artigos conflitantes entre si e com a Constituição Brasileira. Os artigos 3º, 4º e 21º, seguindo a Constituição, estabelecem que as jazidas de petróleo e o produto da sua lavra, em todo o território nacional (parte terrestre e marítima, incluído o mar territorial de 200 milhas e a zona economicamente exclusiva) pertencem à União Federal. Ocorre que, pelo seu artigo 26º - fruto da atuação do lobby, sobre uma brecha deixada pelo Projeto de Lei de FHC - efetivou a quebra do Monopólio, ferindo os artigos acima citados, além do artigo 177 da Constituição Federal que, embora alterada, manteve o monopólio da União sobre o petróleo. Esse artigo 26º confere a propriedade do petróleo a quem o produzir.

"O PETRÓLEO AGORA É VOSSO"


1997
- Fernando Henrique criou a Agência Nacional do Petróleo e nomeou o genro, David Zylberstajn, que havia se notabilizado como Secretário de Minas e Energia do Estado de São Paulo, desnacionalizando várias empresas de energia por preços irrisórios, inclusive a Eletropaulo, vendida para a empresa americana AES que, para essa compra, lançou mão de um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e não pagou.

Cabe salientar que, dos recursos do BNDES, 50% são originários do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador - e foram emprestados a empresas estrangeiras para comprar empresas nacionais, que demitiram, em média, 30% dos trabalhadores. Ou seja, o FAT foi usado para desempregar os trabalhadores.

Zylberstajn, no ato de sua posse, com o auditório cheio de empresas estrangeiras ou de seus representantes, bradou: "O petróleo agora é vosso".

Empossado, iniciou os leilões de áreas, já com alguma pesquisa feita pela Petrobrás, com tal avidez entreguista que os blocos licitados tinham áreas 220 vezes maiores do que a dos blocos licitados no Golfo do México.

Zylberstajn, inicialmente, mandou que a Petrobrás escolhesse 10% das áreas sedimentares, de possível ocorrência de hidrocarbonetos, nas 29 províncias onde ela já havia pesquisado, para continuar explorando por mais 3 anos, quando, se não achasse petróleo, teria que devolvê-las à ANP. Depois de 6 meses de exaustivos estudos, a Petrobrás escolheu as áreas que queria.

Surpreendentemente, Zylberstajn, aproveitando que a atenção do país estava voltada para a Copa do Mundo de futebol, em realização na França, retomou 30% dessas áreas que a Petrobrás havia escolhido, sob rigorosos critérios técnicos, pelos seus especialistas. Assim, a Petrobrás passou a ter direito de explorar apenas 7% do total das rochas sedimentares brasileiras. Esse prazo de 3 anos se mostrou inviável e foi estendido para 5 anos. Nós publicamos informativos mostrando que as multinacionais tinham 8 anos de prazo contra os 3 da Petrobrás.

1998 - A Petrobrás é impedida pelo governo FHC de obter empréstimos no exterior para tocar seus projetos - a juros de 6% a/a -, e de emitir debêntures que visavam à obtenção de recursos para os seus investimentos.

FHC cria o REPETRO, através do decreto 3161/98, que libera as empresas estrangeiras do pagamento de impostos pelos seus produtos importados, mas sem, contudo, dar a contrapartida às empresas nacionais. Isto, somado à abertura do mercado nacional iniciada por Fernando Collor, liquidou as 5.000 empresas fornecedoras de equipamentos para a Petrobrás, gerando brutais desemprego e perda de tecnologias para o País. Essas empresas haviam sido criadas através do repasse de tecnologia que a Petrobrás gerava ou absorvia. A presença do fornecedor nacional facilitava em muito a operação da empresa.

Ainda em 1998, seis empresas multinacionais (duas delas comandaram a privatização da YPF Argentina - Merryl Linch e Gaffney Cline) passaram a ocupar o 12º andar do prédio da Petrobrás (Edise) para examinar minuciosamente todos os dados da Companhia, sob o argumento de que se tratava de uma avaliação dos dados técnicos e econômicos necessários à venda de ações da Empresa, em poder do governo.

Durante dois anos, essas empresas receberam todas as informações que quiseram dos gerentes da Petrobrás, inclusive as mais confidenciais e estratégicas, de todas as áreas. Reviraram as entranhas da Companhia, de uma forma jamais realizada em qualquer empresa que aliene suas ações.

1999
- Muda-se o estatuto da Petrobrás com três finalidades:

1) permitir que estrangeiros possam ser presidentes da empresa (Philippe Reichstul)

2) permitir a venda de ações para estrangeiros;

3) retirar os diretores da empresa do Conselho de Administração, colocando em seu lugar representantes do Sistema Financeiro Internacional, como Jorge Gerdau Johannpeter (comandante do lobby para a quebra do Monopólio), Roberto Heiss, Paulo Haddad e outros;

Reichstul inicia o mandato cancelando atabalhoadamente (propositalmente?) o contrato da empresa Marítima - fornecimento de 6 plataformas para perfuração exploratória - um mês antes dela incorrer numa grave inadimplência. O cancelamento salvou a Marítima de pesadas multas e ainda deu a ela argumentos para processar a Petrobrás, pedindo R$ 2 bilhões de indenização pelo incrível cancelamento. Ganhou em primeira instância.

Reichstul viaja aos EUA com o ex-jogador Pelé e, juntos, fazem propaganda do lançamento e venda de ações da Petrobrás em Wall Street; o governo vende, então, 20% do capital total da Petrobrás, que estavam em seu poder. Posteriormente, mais 16% foram vendidos pelo irrisório valor total de US$ 5 bilhões.

Como a "Ação Direta de Inconstitucionalidade" da AEPET contra o artigo 26, já mencionado, assinada pelo governador Roberto Requião (Paraná), foi derrubada, e a Petrobrás é dona das reservas, em detrimento da União, esses acionistas incorporaram ao seu patrimônio um acervo de 10 bilhões de barris - 36% de 30 bilhões de barris nas mãos da Petrobrás (incluindo 16 bilhões do pré-sal, já cubados) - os quais, pela Constituição pertencem à União.

Como, agora, estamos no limiar do pico de produção mundial, o barril de petróleo, em queda temporária, vai ultrapassar os US$ 100, esse patrimônio transferido, gratuitamente, valerá mais de US$ 1 trilhão. Considerando que já existiam no mercado cerca de 20% das ações em mãos de testas de ferro, o governo, hoje, detém 54% das ações com direito a voto, mas apenas 40% do capital total da Petrobrás (antes das mudanças, o governo detinha 87% do capital total da Companhia).

O poder dos novos e felizardos acionistas de Wall Street os levam a exigir da Petrobrás a quitação dos débitos que a Companhia tem com o Fundo de Pensão (Petros), de preferência pelo menor preço possível. Reichstul usa R$ 8 bilhões em títulos de longuíssimo prazo do governo (NTN tipo B, recebidos na privatização das subsidiárias da Companhia - prazos de 23 e 32 anos) e quita a dívida, financeiramente, mas não atuarialmente, pelo valor de face dos títulos. A Petrobrás contabiliza a saída dos títulos por R$ 1,8 bilhão e o Fundo de Pensão os recebe por R$ 8 bilhões.

Reichstul dobra o salário dos gerentes da Petrobrás, amplia o número deles, e lhes dá poderes ilimitados para contratar empresas e pessoas. Ganha com isso o apoio para fazer todas as falcatruas que planejava. Desmonta a competente equipe de planejamento da Petrobrás e contrata, sem concorrência, a Arthur De Little, empresa americana, presidida pelo seu amigo Paulo Absten, para comandar o planejamento estratégico da Companhia.

Isto resulta numa série de desastres consecutivos. Entre eles, a compra de ativos obsoletos na Argentina, na Bolívia e em outros países. Os gerentes - cooptados - se fartam de contratar empresas e pessoas, sem controle. A terceirização atinge o estrondoso absurdo de 120.000 contratados, com nepotismo e corrupção, enquanto os empregados efetivos caem de 60.000 para cerca de 30.000, seguindo a estratégia aplicada na Argentina, de enxugar para desnacionalizar. Abre-se acesso às entranhas da empresa para pessoas alocadas por empreiteiras e concorrentes estrangeiras.

Reichstul tenta mudar o nome da empresa para Petrobrax, para facilitar a pronúncia dos futuros compradores estrangeiros. Causa uma reação de indignação nacional e recua. Mas segue a sua meta desnacionalizante e divide a empresa em 40 unidades de negócio, seguindo a proposta do Credit Suisse First Boston, apresentada ao Governo Collor, para a desnacionalização da Companhia. Pulveriza as equipes técnicas, desmantelando a tecnologia da empresa e preparando para, através do artigo 64 da Lei 9478/97, transformar cada unidade de negócio em subsidiária e privatizá-las, como iniciou fazendo com a Refinaria do Rio Grande do Sul, a Refap.

Essa privatização foi feita através de uma troca de ativos com a Repsol Argentina (pertencente ao Banco Santander, braço do Royal Scotland Bank Co), onde a Petrobrás deu ativos no valor de US$ 500 milhões - que avaliamos em US$ 2 bilhões - e recebeu ativos no valor de US$ 500 milhões, os quais, dois dias depois, com a crise da Argentina, passaram a valer US$ 170 milhões.

A avaliação dos ativos foi feita pelo banco Morgan Stanley, do qual Francisco Gros era diretor, acumulando, desde o inicio da gestão Reichstul, o cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobrás. Gros, segundo sua biografia publicada pela Fundação Getúlio Vargas, veio para o Brasil, como diretor do Morgan Stanley, para assessorar as multinacionais no processo de privatização. Através de sindicalistas do Rio Grande do Sul, entramos com uma ação judicial na qual ganhamos a liminar, cassada, mas que interrompeu esse processo de desnacionalização.

A gestão Reichstul levou a empresa a um nível de acidentes sem precedentes na sua história: 62 acidentes graves - em dois anos - contra a série histórica de 17 acidentes em 23 anos (1975 a 1998), segundo relatório publicado pelo Conselho Regional de Engenharia do Estado do Paraná.

Nós pedimos investigação de sabotagem aos vários órgãos de segurança: Polícia Federal, Marinha, Procuradoria Federal. Não investigaram, mas os acidentes cessaram.

2001 - Reichstul, desgastado, dá lugar a Francisco Gros, que, ao assumir a presidência da Petrobrás, num discurso em Houston, EUA, declara que, na sua gestão, "a Petrobrás passará de estatal para empresa privada, totalmente desnacionalizada".

Gros compra 51% da Pecom Argentina, por US$ 1,1 bilhão, embora a dita empresa tenha declarado, publicamente, um déficit de US$ 1,5 bilhão; cria um sistema para mascarar acidentes, nos quais os acidentados não os possam reportar; tenta implantar um plano de Benefício Definido no fundo de pensão - Petros.

Faz, ainda, um contrato de construção de duas plataformas com a Halliburton, com uma negociação obscura, sem concorrentes, que resulta, além de um emprego maciço de mão-de-obra estrangeira, em dois atrasos superiores a um ano e meio. Esses atrasos fizeram com que, pela primeira vez na história da empresa, houvesse uma queda de produção, fato ocorrido em novembro de 2004. Apesar desses atrasos, a Halliburton não pagou multa e ainda ganhou cerca de US$ 500 milhões adicionais da Petrobrás, em tribunal americano.


Com a eleição de Lula para a presidência da República, antes da sua posse, houve uma renegociação em massa dos contratos de serviço em andamento, com novos prazos, superiores a 4 anos, de forma a criar uma blindagem ao novo governo, impedindo as reanálises, renegociações ou revogações dos contratos feitos sem concorrência, incluindo empresas ligadas aos amigos de alguns gerentes do governo FHC."

Atualizado em ( 27/05/2009 )

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#44 Mensagem por Carnage » 23 Jun 2014, 21:39

http://tijolaco.com.br/blog/?p=18598
Globo inicia nova campanha contra Abreu Lima
22 de junho de 2014 | 10:41 Autor: Miguel do Rosário


O Globo de hoje inicia uma nova campanha contra a Petrobrás, através de manipulações de dados sobre a refinaria Abreu e Lima.

O centro da mentira consiste em afirmar, com ênfase sensacionalista, que o custo inicial do projeto da refinaria era de US$ 2,3 bilhões.

A estatal já respondeu, inúmeras vezes, e o jornal se recusa sequer a publicar, nem que seja apenas para constar, a resposta da Petrobrás. A teoria de “dar o outro lado” só vale quando o investigado é tucano. Quando se trata de estatal federal, esquece.

A resposta da estatal sobre a questão do valor é esta:

(…) a Petrobras repudia a informação repercutida pela imprensa de que o projeto da refinaria teria sido aprovado com base em “conta de padaria”. O orçamento de US$ 2,4 bilhões se referia a concepção preliminar e incipiente, feita pelo corpo técnico da empresa, como já esclarecido inúmeras vezes. O valor inicial do projeto que deve ser considerado e que começou a ser construído era de US$ 13,4 bilhões. A previsão atualizada é de US$ 18,5 bilhões.

É a terceira vez seguida que a Petrobrás responde esse item ao Globo e ele não publica no jornal.

O jornal também está manipulando informações do Tribunal de Contas da União, que ainda não chegou a nenhuma conclusão de sobrepreço. Mas o Globo trata a mera investigação do TCU como prova de superfaturamento, o que é absurdo.

Vale notar que o TCU tem atuação fortemente política, porque o ministro do tribunal responsável pela análise dos contratos da Petrobrás é José Jorge, um ex-senador do DEM. Que foi – pasmem! – ministro de Minas e Energia do governo Fernando Henrique!

Ou seja, o ministro do TCU que hoje abastece a imprensa com escândalos sensacionalistas sobre a estatal é o mesmo que respondeu pelo afundamento da plataforma P-36 durante a gestão tucana.


Para o Globo e o PSDB, afundar plataforma, pode. Construir plataformas e refinarias, não pode.

Ao final da matéria, anuncia-se que amanhã tem mais. Título da matéria de amanhã: “Petrobrás sabia que projeto de Abreu e Lima era economicamente inviável”.

Inviável?

A Petrobrás deveria informar ao Globo qual o prejuízo total do afundamento da plataforma P-36.

Interessante fazer a comparação: a gestão petista está entregando uma Petrobrás com várias refinarias de primeira linha, as maiores reservas de petróleo do mundo, além de uma série de novas plataformas de extração.

Quantas refinarias foram construídas na gestão tucana? Quantas plataformas foram feitas? Quanto petróleo foi descoberto? Essas comparações precisam ser examinadas, porque a imprensa está confundindo, como sempre, investigação com sensacionalismo. Se há problemas em alguma obra na Abreu Lima, isso não invalida a sua importância estratégica para elevar a capacidade de refino no país.

Pela primeira vez, em sua história, o Brasil caminha para se tornar independente em seu próprio abastecimento de gasolina, o que levará a uma economia de dezenas, ou mesmo centenas de bilhões de dólares, ao longo dos próximos anos, porque não precisaremos mais importar gasolina ou diesel, e, ao contrário, seremos exportadores de petróleo refinado.

Essas contas precisam ser divulgadas. Quanto o Brasil ganhará, em dez anos, quando a Abreu Lima estiver pronta? Qual a importância geopolítica, para um país, de possuir uma refinaria como a Abreu Lima, que usará tecnologia de ponta, e será uma das unidades mais modernas do mundo em seu campo de atuação?

Essa é velha. Interessante que a CPI praticamente sumiu dos noticiários...
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/1 ... da-CPI.htm
Oposição cochila. E FHC e Repsol viram alvos da CPI

Ausentes, oposicionistas levam drible; CPI da Petrobras no Senado aponta baterias para período do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002); pedido formal sobre documentos sigilosos de troca de ativos entre a Petrobras e a multinacional espanhola Repsol é formalizado ao STJ; para ficar com refinaria de Bahía Blanca, na Argentina, companhia brasileira cedeu, em 2001, participação em duas refinarias nacionais e mais 750 postos de combustíveis; prejuízo estimado em US$ 2,5 bilhões; presidente Graça Foster falou hoje à CPI, na terceira ida dela ao Congresso; "Nas condições do momento em que foi feita, compra de Pasadena foi um bom negócio. Depois, não", repetiu ela; sem novidades, foco muda

http://www.brasil247.com/pt/247/economi ... %B3leo.htm
Petrobras: única no mundo a extrair mais petróleo

Nos últimos seis anos, estatal brasileira foi a única entre as chamadas "majors" a aumentar produção de petróleo; extração média de 1,9 milhão de barris/dia, em 2007, saltou em 2013 para 2,05 milhões; todas as outras gigantes recuaram; ranking é da consultoria britânica Evaluate Energy, uma das mais respeitadas do setor; extração no pré sal, com tecnologia nacional em plataformas marítimas, atinge recorde; apenas no dia 9 de junho foram obtidos 480 mil barris das profundezas do alto-mar nacional; estratégia da presidente Graça Foster, avalizada pela presidente Dilma Rousseff, dá resultado; dá para não comemorar?


Brasil tem um dos combustíveis mais baratos do mundo
stos são mais baixos que a maioria dos países desenvolvidos, mostra estudo da UHY consultoria.

http://omundoemmovimento.blogosfera.uol ... omentarios

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Re: Dilma assinou compra que rendeu prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras

#45 Mensagem por Nazrudin » 05 Ago 2014, 11:01

DUDUKXORRAO escreveu:lula BOTA PRESSÃO PRA CPI NÃO DAR EM NADA,esta é a forma democrática do pt governar
Forma democrática para o PT é o seguinte. CPI tem cunho investigativo, a investigação iria mostrar que a Dilma só faz merda desde a época da Petrobrás (na verdade desde sempre, mas com a responsabilidade cada vez maior, maior a merda). Aí o que fizeram? Os depoentes foram com as perguntas e respostas prontas, feitas (preparadas) antecipadamente. Um verdadeiro circo em que os palhaços são os cidadãos.

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