Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#331 Mensagem por Carnage » 19 Fev 2012, 19:35

Coisa pequena

TJ condena amigo de Alckmin a devolver recursos
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 4428,0.htm

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#332 Mensagem por Carnage » 09 Mar 2012, 00:08

Ah, os tucanos e os democratas, sempre os paladinos da democracia e retidão na vida pública!!

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... ao-STF.htm
Caso Cachoeira bate no Congresso e sobe ao STF

As informações da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro (esq.), vêm sendo mantidas em sigilo, mas já se sabe que o sargento Idalberto Araújo (dir.), notório por grampos ilegais foi preso; congressistas também foram fisgados e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um dos mais apreensivos

02 de Março de 2012 às 09:48


247 – A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pivô do primeiro grande escândalo do governo Lula – o pedido de propina feito a ele por Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, ontem condenado a 12 anos de prisão por corrupção –, ainda pode render novas confusões. Embora as informações da Operação Monte Carlo, que desarticulou uma quadrilha de caça-níqueis em cinco estados, liderada por Cachoeira, estejam sendo divulgadas a conta-gotas, já se sabe que também foi preso o sargento Idalberto Araújo.

Conhecido em Brasília como Dadá, Araújo é notório pela participação em esquemas de grampos ilegais, especialmente em casos de grande repercussão política. Dadá participou da Operação Satiagraha e também de uma reunião da pré-campanha presidencial da presidente Dilma com o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro Privataria Tucana. Naquela reunião, parte da equipe foi acusada de preparar dossiês contra adversários, mas Amaury deu a volta por cima com seu livro, que já vendeu mais de 100 mil exemplares.

O ponto mais explosivo da Operação Monte Carlo, no entanto, envolve parlamentares. E, por isso mesmo, parte dos autos foi enviada ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que os congressistas gozam de foro privilegiado. Um dos personagens mais apreensivos no Congresso é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Suspeita-se de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira tenha grande influência na venda de equipamentos para a segurança pública de Goiás, uma área sob o domínio de Demóstenes.

http://www.brasil247.com/pt/247/poder/4 ... erillo.htm
Carlos Cachoeira nomeava no governo Marconi Perillo

Goiás vive dias de grande apreensão. O motivo é a prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que teria políticos, empresários, policiais e jornalistas na folha de pagamento; segundo juiz, ele nomeou dezenas de pessoas no governo goiano e manchete oficialista do Diário da Manhã já revela preocupação; 24 horas depois, governador Perillo permanece calado

02 de Março de 2012 às 19:51

247 – O governador de Goiás, Marconi Perillo é, sabidamente, um dos maiores desafetos do PT. Em 2005, ele tentou envolver o presidente Lula no escândalo do Mensalão, ao dizer que tinha feito a ele um alerta. Sete anos depois, Perillo vive dias de grande apreensão. O motivo é a prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, responsável pelo primeiro grande escândalo da era Lula – o pedido de propina feito por Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu, que resultou numa condenação a 12 anos de prisão. Isso porque, ao que tudo indica, Cachoeira, responsável pela máfia dos caça-níqueis, gestada a partir de Goiás, tinha grande influência sobre a área de segurança pública do governador Perillo – um nome que vem sendo lembrado, especialmente por José Serra, como um potencial presidenciável do PSDB para 2014.

Na decisão, o juiz responsável pela décima-primeira Vara da Justiça Criminal de Goiás, responsável pela prisão de Cachoeira, escreve:

“Ao lado de 38 pessoas não vinculadas diretamente ao poder público, foram identificados 43 agentes públicos, distribuídos entre 06 delegados de polícia civil, 30 policiais militares, 02 delegados de polícia federal, 01 servidor administrativo de polícia federal, 01 policial rodoviário federal ... envolvidos diretamente com a organização criminosa, a maior parte deles na sua ordinária folha de pagamentos”.

Mais adiante, o juiz, que também apontou as relações da quadrilha com jornalistas, foi ainda mais preciso no tocante às relações de Cachoeira com o governo Perillo:

“... a partir do monitoramento do terminal utilizado por Carlos Cachoeira, foram identificados laços estreitos com políticos e empresários. Além disso, descobriu-se a influência de Carlos Cachoeira na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”.

Hoje cedo, o jornal Diário da Manhã, um dos principais de Goiás, saiu com uma manchete reveladora – e que já busca um álibi para os políticos locais. “Procurador da República isenta políticos”, diz o jornal.

Será que são todos inocentes?
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/ ... e-go.shtml
Preso pela PF tinha contato com políticos de GO

Segundo investigação, Cachoeira teve encontro com governador e é amigo de senador

FERNANDO MELLO
RUBENS VALENTE
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA


As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que levaram à prisão, nesta semana, do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam que ele encaminhava pedidos e tinha contatos com os principais políticos de Goiás.

Entre esses políticos estão o governador Marconi Perillo (PSDB) e o senador Demóstenes Torres (DEM). Cachoeira foi o pivô do caso Waldomiro Diniz, primeiro escândalo do governo Lula, em 2004.

O empresário pediu duas audiências com o governador em 2011 na sede do governo e uma foi atendida. Ele dizia falar em nome de empresários do setor químico.

Em relação a Demóstenes, investigadores disseram que ele é um dos principais contatos de Cachoeira na política. Amigos, costumam jantar juntos. Em alguns encontros Perillo estava presente.

.Além disso, foram detectados contatos frequentes do empresário com o tucano Wladimir Garcez, ex-presidente da Câmara de Goiânia (GO) e um dos presos pela PF.

Garcez, aliado de Perillo há mais de 20 anos, é apontado como a "ponte" entre Cachoeira e a Agência Goiânia de Transportes e Obras, autarquia do governo goiano responsável por obras públicas.

As informações surgiram na Operação Monte Carlo, que desarticulou quadrilha que explorava máquinas de caça-níquel em quatro Estados e no Distrito Federal.

Elas indicam que Cachoeira era amigo e tinha negócios informais com Cláudio Abreu, diretor da Delta Construção.

Para os investigadores, Cachoeira facilitava a obtenção de contratos da empresa no governo de Goiás. A Delta informou que "não foi e nem é objeto da investigação" e disse que adotará medidas para "tomar conhecimento do inteiro teor do inquérito".

Outros políticos citados na investigação são os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB), Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara, Stepan Nercessian (PPS) e Sandes Junior (PP). A Folha não conseguiu localizá-los.

Perillo admite que Cachoeira pediu audiências, mas que a relação entre eles é quase inexistente. "Estive com ele duas vezes em eventos festivos, nada que possa caracterizar relação próxima."

Demóstenes disse ter "amizade" com Cachoeira, "o amigo que ia na casa de todo mundo", mas que ele dizia que "não mexia mais com jogo". A defesa de Cachoeira já pediu sua libertação.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... so-da-veja
O bicheiro, o senador e o grampo falso da Veja

Autor: Luis Nassif


A revelação das relações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira reabre as feridas da Operação Satiagraha e do grampo falso plantado pela revista Veja para reavivar a CPI do Grampo e matar as investigações.

Na série "O Caso de Veja", que escrevi em 2008, um dos capítulos tem por título "O araponga e o repórter" (clique aqui).

Nele, se mostram as relações incestuosas entre Carlinhos Cachoeira e a sucursal brasiliense da revista. Coube a Carlinhos indicar o araponga que, contratado pelo chefe de uma das gangues que dominava os Correios, em aliança com o repórter da revista, deflagrou o escândalo da propina dos R$ 3 mil. O escândalo derrubou o esquema comandado pelo deputado Roberto Jefferson, permitindo a retomada do controle das negociatas pelos parceiros de Carlinhos. Tempos depois, a Policia Federal deflagrou a operação que desarticulou a quadrilha e a revista não deu uma linha sobre o ocorrido.

A cumplicidade era total. O araponga grampeava, o jornalista analisava se o grampo estava bom ou não. Depois, dava um tempo para que, de posse do grampo, o sujeito que contratou o araponga pudesse agir.

Tem-se, portanto, a ligação entre os grampos da revista e Carlinhos Cachoeira.

Tem-se, também, Demóstenes Torres se prestando ao grampo armado, naquela conversa com o presidente do STF Gilmar Mendes. O arquivo de som jamais apareceu para não revelar as fontes. A atuação de Demóstenes no grampo parece com a de uma senhora que, sabendo de antemão que será filmada, trata de vestir sua melhor roupa. A conversa é estudada e consagradora para Demóstenes, que se apresenta como um senador defensor dos bons costumes. É o primeiro caso de grampo a favor da vítima.

Agora, aparecem as relações entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira.

É mais um capítulo sobre as relações terríveis entre crime organizado, jogo político e mídia.

No caso do grampo, houve a tentativa (bem sucedida) de envolver a mais alta instância do Poder Judiciário.
http://www.jb.com.br/informe-jb/noticia ... no-do-dem/
A queda de Demóstenes Torres, o último "paladino" do DEM
Jornal do BrasilJorge Lourenço

Não é segredo para ninguém que o Democratas (DEM) é um partido desgastado quando o assunto é corrupção, sobretudo em Brasília. No ranking divulgado pelo Movimento de Combate à Corrupção eleitoral, a legenda foi apontada como a mais corrupta do país. Só entre 2000 e 2007, 69 políticos do DEM foram cassados. A revelação do "Mensalão do DEM", em 2009, só serviu para jogar ainda mais a reputação do partido na lama.

Cachoeiras de tristeza

O que ninguém esperava era que o próximo alvo de denúncias seria o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o parlamentar assinava qualquer CPI e atacava todo indício de corrupção que cruzasse o seu caminho. Ele chegou a ganhar o apelido de "senador ficha limpa".

Cachoeiras de tristeza II

No entanto, segundo a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, Demóstenes manteve um vínculo próximo com o contraventor Carlinhos Cachoeira nos últimos anos. Os dois trocaram 298 ligações entre fevereiro e agosto de 2011. Para piorar, Cachoeira deu um presente de casamento no valor de R$ 30 mil ao senador.

Diga-me com que andas...


Surpreso com a situação, Demóstenes disse apenas que não sabia do envolvimento de Cachoeira com atividades ilícitas. Nas ligações registradas pela Polícia Federal, o senador se referia ao bicheiro como "professor". Se alguns ministros de Dilma caíram e foram bombardeados por bem menos, resta saber o que será de Demóstenes.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#333 Mensagem por Carnage » 09 Mar 2012, 00:10

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... de-alckmin
O gerenciamento sem gestão de Alckmin

Autor: Luis Nassif


Passou quase desapercebido o anúncio da reunião de gestão do governador Geraldo Alckmin com seus secretários. Alckmin convocou-os com a missão precípua de definir metas de cortes de despesa. Poucos compareceram a não se tirou compromisso algum, o que levou o normalmente cortês governador a perder a calma.

O governo de São Paulo ainda continua preso a um amadorismo gerencial inexplicável, em se tratando do maior estado brasileiro.

A reunião de Alckmin foi inspirada nas reuniões do governador Mário Covas, assim que assumiu o governo em 1994. Mas, de Covas tomou-se apenas a parte mais visível e menos relevante do processo.

Covas teve no Secretário da Fazenda Yoshiaki Nakano o grande gestor. Com as contas estaduais em frangalhos, sem nenhum sistema de informação gerencial - o governo Fleury recorria a planilhas Excel como ferramenta.

Primeiro, Nakano implantou modernos bancos de dados, com competência técnica e política, montando a estrutura paralela sem desmontar a estrutura arcaica em vigor. Apenas quando a paralela estava consolidada, sem risco de retrocesso, estendeu-a a toda a administração.

O primeiro banco de dados foi de contratos terceirizados de serviços. Definiram-se critérios de cálculo para os valores de contratos, foi possível comparar contratos de mesma natureza, forçando os preços para baixo. Depois, BDs com o orçamento, permitindo ao Secretário da Fazenda acompanhar as liberações orçamentárias em tempo real, assim como os saldos não utilizados em cada rubrica.

Só depois disso Covas definiu uma meta de corte de 30%, porque sabia estar armado para as reações contrárias.

A reação inicial dos secretários, aliás, foi cortar onde dava maior repercussão negativa na mídia - áreas de atendimento público, por exemplo. Aí, na reunião. Nakano mostrava que havia rubricas orçamentárias sem nenhuma relevância, cujos recursos poderiam ser remanejados. E oferecia técnicos em orçamento para o secretário promover o remanejamento.

Na qualidade de vice-governador pouco afeito às questões gerenciais, aparentemente Alckmin só acompanhava as reuniões finais, de reunir os secretários, exigir metas e dar bronca. Gostava da festa final, não dos trabalhos exaustivos que a precediam.

Hoje em dia, governos eficientes recorrem a consultorias apenas para trabalhos especializados. Alckmin recorreu até para o essencial: mapeamento de processos e identificação dos pequenos desperdícios. Apenas isso para seu grande momento de Covas: juntar os secretários e passar um pito.

Mais que isso, não demonstrou experiência sequer para coordenar reuniões colegiadas básicas. Tanto que até esse grande momento falhou, a peça mais fácil de todo o processo: a de secretários atendendo a um chamamento do seu governador.

Essa mesma incapacidade de organizar reuniões básicas revelou-se no episódio da Cracolândia, no qual juntou secretários, prefeitura, entidades, jogou no peito de um coordernador que definiu as funções... mas não tinha poderes para cobrar resultados. Consequencia: meses depois da primeira reunião. ninguém tinha cumprido a sua parte e o coordenador nem tinha instrumentos para obrigá-los a tal.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... no-alckmin
O legado do governo Alckmin

Por francisco pereira neto
comentário no post "O gerenciamento sem gestão de Alckmin"

Fico muito contente em ler este post do Nassif comentando de um assunto que ele é mestre.

Como jornalista competente na área de finanças, fez críticas construtivas citando técnicos competentes que trabalharam com Mártio Covas, como o seu secretário Nakano.

Realmente quando Covas assumiu, o estado estava quebrado e japonês fez um trabalho magnífico.

Eu sempre fui crítico da conduta política de Mario Covas que encasquetou na sua cabeça que o estado tinha que dar lucro. E assim governou todo o seu mandato até a sua morte.

Covas pelo menos, goste, ou não goste, teve um norte. Para mim a única coisa que ele fez, foi sanear as finanças do estado. E ficou só nisso.

Sempre pergunto qual o plano de governo do Alckmin. Alguém sabe? Eu não sei.

O seu secretariado é de uma mediocridade a toda prova. Não conheço ninguém que nós possamos dizer: esse cara é competente.

Qual o pensamento do governador? Qual o seu projeto estratégico para o estado? Eu não conheço e tenho a certeza que ninguém também conhece.

O governador se move na administração como um paquiderme. Lento, medroso, cuidadoso em excesso, e de repente faz uma tremenda burrada como as ações na cracolândia e Pinheirinho. Depois vem dizer que não foi avisado, como justificativa.

Conheço uma pessoa, técnica excelente, que tem contato com o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. Diz ela que ele nem sabe o que se passa na sua secretaria. Quem toca o serviço é seu adjunto. Diz ela que ele é um garotão deslumbrado, que não está nem ai. Esse é o nível do secretariado que Alckmin indicou.

Na Agricultura então, foi pior. Demorou quase oito meses para indicar alguém. E quando indicou, foi pior do que quando a cadeira estava vazia.

Ontem li aquí matéria que saiu no G1 sobre o polo tecnolócgico da Ilha do Fundão no RJ. Aquilo lá está bombando. E aquí em São Paulo, em Santos? Temos também os benefecíos do Pré-Sal. E cadê o desenvovimento.

Qual o grande legado dos dezessete anos de gestão do PSDB em São Paulo?

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#334 Mensagem por Carnage » 11 Mar 2012, 16:14

http://brasil247.com/pt/247/brasil/4695 ... hoeira.htm
Parceiro de Veja também caiu com Cachoeira

Araponga Jairo Martins, que gravou a fita de Maurício Marinho recebendo propina em 2005, no marco zero do Mensalão, e a entregou ao jornalista Policarpo Júnior, de Veja, foi pego na Operação Monte Carlo; fonte regular da revista, ele também recebia pagamentos mensais da quadrilha do bicheiro

11 de Março de 2012 às 07:17

247 – Ainda é um mistério por que as revistas semanais continuam ignorando a Operação Monte Carlo e seus desdobramentos políticos. Uma explicação possível é o fato de Carlinhos Cachoeira, e seu braço direito Idalberto Araújo, o sargento Dadá, terem mantido relações próximas com vários jornalistas investigativos. Dadá, por exemplo, trabalhou com Alexandre Oltramari, ex-repórter de Veja, na campanha que elegeu Marconi Perillo, do PSDB, para o governo de Goiás, em 2010. Cachoeira também gravou a fita de Valdomiro Diniz pedindo propina, que foi entregue à revista Época, em 2004.

A nova surpresa da Operação Monte Carlo é o envolvimento de outro personagem conhecido no submundo da arapongagem e do jornalismo investigativo. Trata-se do policial Jairo Martins de Souza. Foi ele quem gravou a fita que detonou, em 2005, o escândalo do Mensalão. Trata-se da cena em que um ex-funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo uma propina de R$ 3 mil. A fita foi entregue ao jornalista Policarpo Júnior, que é amigo de Jairo Martins, e hoje, além de dirigir a sucursal da revista Veja em Brasília, é redator-chefe da publicação.

De acordo com a acusação do Ministério Público, Jairo Martins era um “empregado” da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Recebia R$ 5 mil mensais e tinha a função de cooptar policiais e também levantar informações que pudessem prejudicar os negócios do grupo.

Em 2005, na crise do Mensalão, Jairo Martins depôs no Congresso, e disse que gravou a fita com Maurício Marinho por “patriotismo”. Não se sabe, ainda, se Cachoeira estaria por trás da denúncia.

Leia, abaixo, reportagem do Observatório da Imprensa a respeito:


O ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Jairo Martins de Souza afirmou ter sido movido por "espírito jornalístico" quando decidiu entregar ao repórter Policarpo Júnior, da revista Veja, a fita de vídeo que mostrou a entrega de R$ 3 mil ao ex-chefe do departamento de Administração e Compras da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Maurício Marinho.

Em sua exposição à comissão parlamentar mista de inquérito que investiga denúncias de corrupção na estatal, ele apresentou versão diferente da que contou o empresário Arthur Wascheck Neto, mandante confesso da gravação. Ao contrário do que relatou à CPI Wascheck, dono da Comercial Alvorada de Manufaturados (Comam), Jairo disse que, desde o início, havia a intenção de repassar o vídeo à imprensa.

- Mas, independentemente da vontade dele, eu publicaria - afirmou Jairo, destacando ter sido motivado por "patriotismo" ao realizar a gravação e ao divulgá-la.

Antes de prestar depoimento, Jairo pediu que a reunião fosse secreta, alegando temer que a exposição de sua imagem colocasse em risco a si e a sua família. Ele informou estar sendo perseguido desde que participou das gravações que culminaram na cassação do mandato do ex-deputado federal André Luiz. Os parlamentares, entretanto, preferiram manter a reunião aberta.

Outra contradição entre o depoente e Wascheck foi sobre o equipamento utilizado na gravação. Jairo disse que a maleta com a câmera escondida tinha sido comprada em Brasília, na feira de produtos importados, a Feira do Paraguai, exclusivamente para o flagrante de Maurício Marinho. Afirmou que a própria maleta seria o seu pagamento pelos serviços. Wascheck apresentou a versão de que o material de espionagem era do ex-agente e que teria sido apenas alugado.

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) apontou ainda divergências entre os depoimentos do jornalista Policarpo Junior à Polícia Federal e o de Jairo à CPI: à PF, Policarpo disse ter sido procurado por Jairo sobre um esquema de corrupção envolvendo o PTB, sobre o qual garantiu ter provas. À CPI, Jairo afirmou não ter comentado o assunto com o repórter e que, à época do contato, anda não existiam provas. O jornalista, prosseguiu Cardozo, afirmou ainda que a primeira fita que viu não foi a divulgada, ao contrário do que afirmou o ex-agente da Abin.

Jairo disse ser amigo do empresário de jogos Carlos Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Afirmou não conhecer Arlindo Molina, que mostrou a gravação ao deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), e José Fortuna Neves, ex-agente do Serviço Nacional de Informações. Mas confirmou conhecer Edgar Lange, conhecido como Alemão, que teria relatado a Fortuna a participação da Casa Civil nas investigações sobre a Unisys, que tem convênio com a ECT. Jairo afirmou também ser amigo de Paulo Ramos, diretor de operações de inteligência da Abin. O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ) identificou nessas declarações um forte indício de que o ex-agente da Abin sabia da investigação nos Correios patrocinada pela agência.

Vários parlamentares da oposição mostraram-se contrários ao depoimento dos envolvidos com a gravação, que, a seu ver, deveria ser executado pela Polícia Federal. Os senadores César Borges (PFL-BA) e Alvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), Juíza Denise Frossard (PPS-RJ) e Onyx Lorenzoni (PFL-RS) afirmaram ser preciso investigar o braço político por trás do esquema de corrupção e desvio de verbas públicas montado nas estatais. Onyx acusou ainda o PT de ser uma "camarilha" e destacou não acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja um "inocente útil". Os parlamentares também pediram agilidade para a aprovação de requerimentos que não deixariam a comissão à reboque da imprensa, como o que determina a tomada de depoimentos do presidente do PT, José Genoíno, do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, do ex-secretário-geral Silvio Pereira e do ex-ministro e atual deputado José Dirceu (PT-SP).

Um dos depoentes chamados para esta terça-feira (5), Kasser Bittar, enviou requerimento à CPI alegando ser impossível prestar depoimento, já que não está em Brasília. O vice-presidente da comissão, senador Maguito Vilela (PMDB-GO), pediu que a Polícia Federal verifique se a informação é verdadeira. Kasser é obrigado a depor, já que a CPI tem poder de convocar os depoentes.

Leia, ainda, reportagem publicada pelo jornalista Luís Nassif sobre os vínculos entre o jornalismo investigativo e o submundo da arapongagem:

A parceria com o araponga

Nas alianças políticas do governo Lula, os Correios foram entregues ao esquema do deputado Roberto Jefferson. Marinho era figura menor, homem de propina de R$ 3 mil.

Em determinado momento, o esquema Jefferson passou a incomodar lobistas que atuavam em várias empresas. Dentre eles, o lobista Arthur Wascheck.

Este recorreu a dois laranjas – Joel dos Santos Filhos e João Carlos Mancuso Villela – para armar uma operação que permitisse desestabilizar o esquema Jefferson não apenas nos Correios. como na Eletrobrás e na BR Distribuidora. É importante saber desses objetivos para entender a razão da reportagem da propina dos R$ 3 mil ter derivado - sem nenhuma informação adicional - para os esquemas ultra-pesados em outras empresas. Fazia parte da estratégia da reportagem e de quem contratou o araponga.

A idéia seria Joel se apresentar a Marinho como representante de uma multinacional, negociar uma propina e filmar o flagrante. Como não tinham experiência com gravações mais sofisticadas, teriam decidido contratar o araponga Jairo Martins.

E, aí, tem-se um dos episódios mais polêmicos da história do jornalismo contemporâneo, um escândalo amplo, do qual Veja acabou se safando graças à entrevista de Roberto Jefferson à repórter Renata Lo Prete, da Folha, que acabou desviando o foco da atenção para o “mensalão”.

Havia um antecedente nesse episódio, que foi o caso Valdomiro Diniz, a primeira trinca grave na imagem do governo Lula. Naquele episódio consolidaram-se relações e alianças entre um conjunto de personagens suspeitos: o bicheiro Carlinhos Cachoeira (que bancou a operação de grampo de Valdomiro), o araponga Jairo Martins (autor do grampo) e o jornalista Policarpo Jr (autor da reportagem).

No caso Valdomiro, era um contraventor – Carlinhos Cachoeira – sendo achacado por um dos operadores do PT, enviado pelo partido ao Rio de Janeiro, assim como Rogério Buratti, despachado para assessorar Antonio Palocci quando prefeito de Ribeirão.

Jairo era um ex-funcionário da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), contratado pelo bicheiro para filmar o pagamento de propina a Valdomiro Diniz.

Tempos depois, Jairo foi convidado para um almoço pelo genro de Carlinhos Cachoeira, Casser Bittar.

Lá, foi apresentado a Wascheck, que o contratou para duas tarefas, segundo o próprio Jairo admitiu à CPI: providenciar material e treinamento para que dois laranjas grampeassem Marinho; e a possibilidade do material ser publicado em órgão de circulação nacional.

Imediatamente Jairo entrou em contato com Policarpo e acertou a operação. O jornalista não só aceitou a parceria, antes mesmo de conhecer a gravação, como avançou muito além de suas funções de repórter.

O grampo em Marinho foi gravado em um DVD. Jairo marcou, então, um encontro com Policarpo. Foi um encontro reservado - eles jamais se falavam por telefone, segundo o araponga -, no próprio carro de Policarpo, no Parque da Cidade. Policarpo levou um mini-DVD, analisou o material e atuou como conselheiro: considerou que a gravação ainda não estava no ponto, que havia a necessidade de mais. Recebeu a segunda, constatou que estava no ponto. E guardou o material na gaveta, aguardando a autorização do araponga, mesmo sabendo que estava se colocando como peça passiva de um ato de chantagem e achaque.

Wascheck tinha, agora, dois trunfos nas mãos: a gravação da propina de R$ 3 mil e um repórter, da maior revista do país, apenas aguardando a liberação para publicar a reportagem.

Quando saiu a reportagem, a versão do repórter de que havia recebido o material na semana anterior era falsa e foi desmentida pelos depoimentos dados por ele e por Jairo à Policia Federal e à CPI do Mensalão.

Pressionado pelo eficiente relator Osmar Serraglio, na CPI do Mensalão, Jairo negou ter recebido qualquer pagamento de Wascheck. Disse ter se contentado em ficar com o equipamento, provocando reações de zombaria em vários membros da CPI.

Depois, revelou outros trabalhos feitos em parceria com a Veja. Mencionou série de trabalhos que teria feito e garantiu que sua função não era de araponga, mas de jornalista. O único órgão onde seus trabalhos eram publicados era a Veja. Indagado pelos parlamentares se recebia alguma coisa da revista disse que não, que seu objetivo era apenas o de "melhorar o pais".

Segundo o depoimento de Jairo:

‘Aí fiquei esperando o OK do Artur Washeck pra divulgação do material na imprensa. Encontrei com ele pela última vez no restaurante, em Brasília, no setor hoteleiro sul, quando ele disse: ‘Eu vou divulgar o fato. Quero divulgar’. E decorreu um período que essa divulgação não saía. Aí foi quando eu fiz um contato com o jornalista e falei: ‘Pode divulgar a matéria’’.

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#335 Mensagem por Carnage » 15 Mar 2012, 12:51

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 8726,0.htm
Gurgel vai analisar ligação entre Cachoeira e políticos
Empresário de jogos de azar, preso em fevereiro em operação da PF, teria conversado com vários parlamentares
15 de março de 2012 | 3h 10

MARIÂNGELA GALLUCCI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que vai analisar diálogos entre o empresário de jogos de azar, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e parlamentares de Goiás. O empresário foi preso no final de fevereiro durante uma operação da Polícia Federal em Goiás.

Suspeito de chefiar um grupo que explora máquinas caça-níqueis, Cachoeira manteve conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e presenteou o parlamentar com uma geladeira e um fogão importados.

De acordo com Gurgel, existem diálogos entre Cachoeira e outros congressistas goianos. "A coisa não diz respeito apenas ao senador Demóstenes. Há outros parlamentares do Estado de Goiás. São pessoas que estão sujeitas à jurisdição da Procuradoria-Geral da República, mas isso realmente tem de ser analisado. Vou examinar", disse Gurgel.

Na semana passada, Demóstenes negou que tenha sido investigado pela procuradoria por suspeita de ligação com Carlinhos Cachoeira. "A Coordenadoria de Processos Criminais da Procuradoria-Geral da República informou que não há nada no Ministério Público Federal, nenhuma investigação ou processo que envolva o meu nome", afirmou o senador. "Não sou investigado em nenhum fato, não sou acusado de nada", acrescentou.

Prisão. Cachoeira foi preso no dia 29 de fevereiro durante a Operação Monte Carlo, da PF. Além dele, foram presos outros 34 envolvidos num esquema de jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis.

Cachoeira foi pivô do primeiro escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, causado com a divulgação de um vídeo em que ele negociava propina com o então subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz em troca de apoio à aprovação de projetos de legalização de jogos. O assessor foi afastado e condenado por corrupção.

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Carnage
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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#336 Mensagem por Carnage » 21 Mar 2012, 01:44

http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... uerer.html
TV Globo detona José Serra sem querer, ao revelar outro esquema sanguessuga com ambulâncias
Ministério da Saúde na gestão Serra fez contratos com empresa TOESA para serviços de ambulâncias.

Diário Oficial da União de 11/01/2000
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza ... 11/01/2000
[ external image ]

O programa Fantástico da TV Globo (de 18/3/2012), montou uma reportagem onde um repórter se passava por gestor de compras do hospital de pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (com autorização do hospital), e emitiu cartas-convite para contratação de serviços a algumas empresas.

O repórter gravou reuniões com representantes das empresas onde eles combinam resultados de licitações superfaturadas, pagando propina sobre os contratos......

O Fantástico não falou, mas as empresas foram escolhidas a dedo pela produção por já estarem envolvidas em escândalos de corrupção anteriormente (o que não invalida a reportagem).

Cortina de fumaça... que explodiu no colo de Serra

A denúncia montada atende ao interesse público e é válida a iniciativa do programa em desmascarar empresas corruptas, só cabe estranhar a TV Globo levar ao ar essa matéria sobre corrupção que não se consuma (pois era uma encenação), e não noticiar os casos de corrupção consumados da semana, como as relações do "professor"-bicheiro Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e com o governo de Marconi Perillo (PSDB/GO).....


Parece até cortina de fumaça para encobrir o escândalo Carlinhos Cachoeira. A suspeita se reforça quando o Jornal Nacional reeditou a notícia na segunda-feira, acrescentando a informação de que a oposição ao governo federal fala em pedir uma CPI da saúde para investigar.

O problema é que a fumaça vai toda em direção a José Serra.

Outro esquema Sanguessuga?

A base governista deve assinar em peso essa CPI, pois será mais um capítulo da Privataria Tucana, misturado com sanguessuga 2.

E a primeira convocação deve começar pelas raízes do esquema, convocando José Serra (PSDB/SP) para explicar os contratos assinados entre o Ministério da Saúde (quando Serra era ministro), e a empresa Toesa Service Ltda. (uma das denunciadas pelo Fantástico), para oferecer serviços de ambulância terceirizados aos hospitais federais no Rio de Janeiro.

Eis alguns contratos firmados pela TOESA com o Ministério da Saúde, durante a gestão de José Serra:

[ external image ]
Diário Oficial da União de 10/09/1999
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza ... 10/09/1999

[ external image ]
Diário Oficial da União de 13/12/1999
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza ... 13/12/1999

Os contratos acima são apenas uma amostra. Num levantamento completo aparecem bem mais contratos.

A pergunta que não quer calar é: as negociações desses contratos quando Serra era ministro foram daquele jeito que o Fantástico mostrou?

Quando Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, a Toesa foi atrás

Bastou José Serra ocupar a prefeitura de São Paulo em 2005, para a Toesa Service inaugurar filial em São Paulo, atendendo "já de início a Prefeitura" (nas palavras da própria empresa):

[ external image ]
http://www.toesa.com.br/quem-somos.html

E continuou contratada pela prefeitura na gestão de Gilberto Kassab:
[ external image ]

Ministério Público investiga empresa no mensalão do DEM

Depois de atender José Serra, a Toesa também abriu filial no Distrito Federal para atender o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) e de seu então secretário de saúde Augusto Carvalho (PPS). Estava envolvida no esquema do mensalão do DEM. Arruda e Carvalho gastaram por mês com a Toesa (sem licitação) mais do que gastaram com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, apoiado pelo Ministério da Saúde) no ano todo de 2009.

[ external image ]
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/673 ... 73/pdfView

A Toesa também responde processo no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, está envolvida em irregularidades em Natal (RN) e é investigada pelo Ministério Público de Goiás.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#337 Mensagem por Gilmor » 23 Mar 2012, 19:05

Quanto vale a assinatura do Serra:


http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... KIaIiJsC8#!

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#338 Mensagem por Carnage » 27 Mar 2012, 22:03

O Senador que era o paladino da moral....

O Globo
PF: Demóstenes Torres pediu dinheiro a Carlinhos Cachoeira

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -cachoeira

Os dois grampos do senador
Paulo Moreira Leite

http://colunas.revistaepoca.globo.com/p ... o-senador/

Os 30% de Demóstenes
Carta Capital

http://www.cartacapital.com.br/politica ... emostenes/

Demóstenes Torres e as Vestais
THEÓFILO SILVA

http://oglobo.globo.com/pais/moreno/pos ... 437322.asp

Gravações revelam novos favores de Cachoeira a Demóstenes
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... demostenes

Enteada de ministro do STF é assessora de senador do DEM
Folha de S. Paulo

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... mar-mendes

Operação Monte Carlo chegou na Veja
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ou-na-veja

Como Veja construía a imagem de Demóstenes

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... demostenes

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#339 Mensagem por Compson » 28 Mar 2012, 10:45

Carnage escreveu:O Senador que era o paladino da moral....

O Globo
PF: Demóstenes Torres pediu dinheiro a Carlinhos Cachoeira

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Os dois grampos do senador
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Os 30% de Demóstenes
Carta Capital

http://www.cartacapital.com.br/politica ... emostenes/

Demóstenes Torres e as Vestais
THEÓFILO SILVA

http://oglobo.globo.com/pais/moreno/pos ... 437322.asp

Gravações revelam novos favores de Cachoeira a Demóstenes
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... demostenes

Enteada de ministro do STF é assessora de senador do DEM
Folha de S. Paulo

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Operação Monte Carlo chegou na Veja
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Como Veja construía a imagem de Demóstenes

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Pinheiros ou M’Boi Mirim, a prefeitura já fez a sua escolha

#340 Mensagem por Comedor da ZN » 28 Mar 2012, 14:48

Pinheiros ou M’Boi Mirim, a prefeitura já fez a sua escolha

Pense rápido. Se você fosse prefeito de São Paulo, qual região mereceria mais a sua atenção: Pinheiros ou M’Boi Mirim? Gilberto Kassab já fez a sua escolha, e optou pela primeira. Para o orçamento de 2012 da cidade de São Paulo, a subprefeitura de Pinheiros será a que terá o maior aumento, são 12% de recursos a mais. Do outro lado da tabela está M’Boi Mirim, que sofrerá o maior corte, nada menos do que 46%.

A área da subprefeitura de M’Boi Mirim abrange os bairros de Jardim São Luis e Jardim Ângela e é quase o dobro da circunscrita pela subprefeitura de Pinheiros (Itaim Bibi, Alto de Pinheiros, Jardim Paulista e Pinheiros). São 62,74 Km2 contra 32,06 Km2, e a diferença também se reflete na população, 563 mil contra 289 mil.

Com maior facilidade de acesso a equipamentos públicos, como escolas, hospitais e parques, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região da subprefeitura de Pinheiros é comparado ao de países ricos: 0,91. Esse índice leva em conta dados como a expectativa de vida ao nascer, educação e renda per capita de seus habitantes. Quanto mais próximo de 1, melhor é o resultado. Em M’Boi Mirim, o IDH é de 0,64, abaixo da média nacional, próximo de alguns países africanos.

Fora todas essas diferenças, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo informou ao SPressoSP que o papel que cabe às subprefeituras é apenas o de zeladoria, ou seja, varrição de ruas, tapar buracos e cuidar do recapeamento de ruas. Não é papel delas cuidar da saúde, educação e bem-estar de seus moradores, embora o próprio site da Secretaria apresente uma versão mais ampla de atribuições, diferentemente do que diz a assessoria.

Nos boletins mensais que todas as subprefeituras divulgam, o mês de novembro teve como destaque, em todas as 31 subprefeituras, os mais de 2 mil quilômetros de vias recapeadas na cidade. Mesmo com o dobro de tamanho, M’Boi Mirim teve apenas 34 quilômetros de vias melhoradas, enquanto o número de Pinheiros chegou a 130 quilômetros.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#341 Mensagem por Compson » 30 Mar 2012, 19:32

Dilma na Veja, Lula na Folha...

Firtura do Demóstenes...

Agora isso:

Em depoimento ao MP, empreiteiro diz que presidente do DEM recebeu R$ 1 mi em dinheiro para campanha de 2010
http://noticias.uol.com.br/politica/ult ... e-2010.htm

Presidente do DEM = Agripino Maia

Aconteceu alguma coisa, senhores!

Uma linda recordação pra ele:
http://www.youtube.com/watch?v=bm4r_ISScUw

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#342 Mensagem por Carnage » 02 Abr 2012, 21:57

Aparelhamento do Estado no dos outros é refresco!!

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1070 ... erno.shtml
Em São Paulo, PSDB é líder em emendas atendidas pelo governo

PAULO GAMA
RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO


Os deputados estaduais do PSDB em São Paulo foram os principais beneficiados pelo governo do tucano Geraldo Alckmin com a assinatura de convênios entre o Estado e prefeituras a partir de indicações parlamentares em 2011.

Dos cerca de R$ 163 milhões em parcerias do tipo acertadas no ano passado, R$ 51 milhões foram destinados às propostas de deputados tucanos --média de R$ 2,3 milhões para cada.

O segundo partido que mais se beneficiou com as assinaturas, o PT, indicou menos da metade dos recursos do PSDB: R$ 20,3 milhões. A média por deputado foi de R$ 845 mil.

Os números, que incluem também pedidos feitos em 2010, mas assinados em 2011, foram enviados pelo Executivo a pedido da Folha e ainda não foram publicados pelo governo. A partir de 2012, uma lei obriga que os dados sejam disponibilizados ao final de cada semestre.

Questionado, o governo afirmou que "o critério para a assinatura de convênios oriundos de indicações parlamentares é estritamente técnico" e que não há "correlação com a filiação partidária de seus proponentes".

Esses convênios são fruto de indicações feitas pelos deputados para que o governo direcione parte do Orçamento para projetos e obras em cidades escolhidas por eles. O Executivo pode escolher se libera os recursos ou não.

Eles foram o foco da principal crise do governo paulista em 2011. Em agosto, o deputado Roque Barbiere (PTB) afirmou que colegas da Assembleia negociavam com prefeituras e empresas a indicação desses recursos. O Ministério Público Estadual investiga o caso.

LÍDER INDIVIDUAL

O presidente da Assembleia, Barros Munhoz, também do PSDB, é o líder em indicações atendidas em 2011, com convênios que somam R$ 3,97 milhões. À Folha, Munhoz negou que isso se deva à influência política de seu cargo e atribuiu o sucesso à qualidade dos projetos que apresentou ao Executivo.

Afirmou também que nesse montante "há pleitos junto ao governo que não foram formalizados por meio de ofícios de indicação parlamentar". O governo confirmou que a lista se trata de convênios oriundos de indicações e disse que não comentaria a declaração de Munhoz.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1070 ... m-sp.shtml
Alckmin privilegia prefeitos tucanos com verbas em SP

DE SÃO PAULO


Hoje na Folha O governo do tucano Geraldo Alckmin privilegiou as cidades paulistas administradas pelo PSDB e seus aliados na partilha dos recursos do Estado para investimentos, informa reportagem de Mariana Carneiro e Silvio Navarro, publicada na Folha deste domingo (a íntegra está disponível assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Levantamento no repasse de verbas para as 52 cidades paulistas com mais de 100 mil eleitores aponta que, das dez que mais receberam recursos, cinco são chefiadas por tucanos.

Dilma repete Lula e beneficia prefeitos do PT com verbas

Os outros cinco municípios que mais receberam recursos são comandados por aliados: PSB, PMDB e PSD. O dado não contabiliza transferências obrigatórias.

O levantamento foi realizado em repasses de janeiro de 2011 até a última terça-feira.

Há uma semana, a Folha mostrou que o governo federal, do PT, beneficiou prefeituras petistas no repasse de verbas para cidades com mais de 200 mil eleitores no país.

OUTRO LADO

O governo de São Paulo afirmou, em nota, que os convênios obedecem critérios técnicos. "Levam em conta viabilidade orçamentária, necessidade da população e relevância para a região."

Também criticou o grupo escolhido para a pesquisa, que "faz um recorte incapaz de traduzir de maneira isenta os investimentos do Estado nos municípios".

Leia a reportagem completa na Folha deste domingo que já está nas bancas.

[ external image ]
Isso na Folha? Realmente aconteceu alguma coisa...

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#343 Mensagem por Carnage » 02 Abr 2012, 21:59

Um pouco de memória

http://oglobo.globo.com/economia/juiz-f ... am-4441289
Juiz federal condena envolvidos no escândalo Marka e FonteCindam
Indenização somaria R$ 8,4 bi. Chico Lopes ironiza decisão e diz que recorrerá

Lino Rodrigues

Ronaldo D'Ercole

Liana Melo
Publicado: 29/03/12 - 8h55
Atualizado: 29/03/12 - 8h58


SÃO PAULO e RIO — Após um processo que já dura 13 anos, o juiz Ênio Laércio Chappuis, da 22 Vara Federal do Distrito Federal, condenou por improbidade administrativa e ao ressarcimento de uma soma bilionária aos cofres públicos os principais envolvidos no escândalo que ficou conhecido como “Marka e FonteCindam”. As condenações decorrem de duas ações civis, uma pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), e outra popular, e atingem sete pessoas, entre elas ex-dirigentes do Banco Central, como Francisco Lopes, Cláudio Mauch, Tereza Grossi e Demóstenes Madureira de Pinho Neto, e o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que já havia sido condenado criminalmente e cumpriu pena de prisão.

As sentenças, proferidas no último dia 13, atingem também o Banco Central, a BM&F Bovespa, o BB Banco de Investimentos e o Marka, e determina que os réus terão de ressarcir danos ao erário de cerca de R$ 895,8 milhões, em valores de fevereiro de 1999. O magistrado ainda declarou nula “a operação de socorro feita pelo Banco Central do Brasil ao banco Marka”.

Na esfera criminal, os principais envolvidos no escândalo já foram condenados a penas que variam de seis a 15 anos de prisão, mas aguardam decisão de recursos. No caso de Cacciola, que foi condenado a 13 anos por crime de gestão fraudulenta e desvio de dinheiro público, ele cumpriu três anos e 11 meses de prisão no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Desde agosto do ano passado, ele está em liberdade condicional.

Em comunicado divulgado ontem, a BM&F Bovespa informou que, atualizado, o valor da condenação somaria R$ 7,005 bilhões, que seria acrescido ainda de R$ 1,418 bilhão de multas, totalizando R$ 8,423 bilhões. Segundo a Bolsa, porém, desse total poderiam ser deduzidos cerca de R$ 5,43 bilhões, referentes a “ganhos que o BC obteve em razão da não utilização das reservas”, para socorrer o Marka.

As sentenças não fazem menção a tal compensação, nem informam qual o valor atualizado do ressarcimento a que condenou os réus. Especialistas advertem, no entanto, que esta soma pode ser bem maior que a estimativa da BM&F, podendo superar os R$ 25 bilhões.

Na crise cambial deflagrada em janeiro de 1999 pela mudança do sistema de câmbio no país, quando o regime de bandas fixas deu lugar ao da “banda diagonal hexógena”, o Banco Central saiu em socorro do Marka e do FonteCindam, ao vender dólares a R$ 1,25 para as duas instituições, quando a moeda americana era cotada a R$ 1,30 no mercado. Com a operação, os bancos puderam cobrir as posições vendidas que tinham no mercado futuro de câmbio da Bovespa e escaparam de ser liquidados pelo BC.

Ex-presidente do BC: juiz foi contra avaliação do perito

Na sentença da ação civil pública, de 94 páginas, o juiz Chappuis anexa um bilhete de Cacciola pedindo ajuda a Francisco Lopes, que presidia o BC. Nele, Cacciola trata Lopes na primeira pessoa e diz textualmente: “Preciso da tua ajuda... é muito importante para mim, para você e para o país. Caso você não consiga me receber, preciso de uma, muito maior, interferência sua no sentido do Mauch (diretor de Fiscalização do BC à época) ser menos rigoroso e aceitar a negociação em um preço razoável. O ideal, mesmo assumindo um prejuízo enorme, seria R$ 1,25, porém, está distante da vontade do diretor”.

Sobre o teor dessa correspondência, o juiz acrescenta em sua sentença o seguinte comentário: “Considerando o pronome de tratamento utilizado e tendo em vista que foi dirigido a uma autoridade pública, este bilhete, de fato, revela a existência de uma relação de intimidade entre Cacciola e Francisco Lopes, chegando à promiscuidade”. Procurado para falar sobre a sentença da 22ª Vara Federal, Francisco Lopes ironizou, comentando que “decisões de primeira instância costumam ser midiáticas”:

— As expectativa dos advogados era de que o juiz levaria em conta a avaliação feita pelo perito, que foi favorável aos réus. Mas já que o juiz decidiu ir contra a avaliação feita pelo perito, que ele mesmo nomeou, só nos resta agora recorrer.

Ao justificar a condenação da BM&F Bovespa, o juiz argumenta que “dentro das regras, a BM&F possuía mecanismos de garantia que teriam possibilitado ao banco Marka honrar as suas operações... para evitar prejuízo ao mercado”. E em vez de usar “mecanismos lícitos”, o BC optou por “prestar um socorro ilegal”, que também beneficiava a BM&F, escreveu o juiz. “A BM&F também deve ser responsabilizada uma vez que, por seus agentes, agiu de forma fraudulenta quando do encaminhamento da carta ao BC, além disso também foi beneficiada pelo socorro dado ao banco Marka”.

— A bolsa tem convicção de que não deveria ser incluída como ré no processo, na medida em que foi apenas o local onde a operação foi realizada — disse ontem o presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, informando que a instituição recorrerá.

Além da pena financeira, a sentença suspende os direitos políticos dos réus por oito anos e determina a perda dos cargos públicos. E no caso de Claudio Mauch e Tereza Grossi, funcionários aposentados do BC, o juiz estende “a sanção de perda de cargo público às aposentadorias”. Os dois e o advogado de Cacciola não foram encontrados pela reportagem para comentar a sentença.

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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#344 Mensagem por Carnage » 02 Abr 2012, 22:21

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 5514,0.htm
MP pede que presidente do DEM seja investigado por relações com máfia
Empresário do setor de inspeção veicular disse que pagou R$ 1 mi a José Agripino e outra pessoa
30 de março de 2012 | 11h 41

kkkkkkkkk Fabrini, da Agência Estado


BRASÍLIA - O Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da República pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da inspeção veicular em seu Estado. Em depoimento, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, preso na Operação Sinal Fechado, relatou o suposto repasse de R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do RN, Rosalba Ciarlini (DEM).

Veja também:
link DEM pode abrir processo de expulsão de Demóstenes na próxima terça

Segundo a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Lopes é sócio oculto do advogado George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros projetos do Detran-RN. Nas declarações, de 24 de novembro, mesmo dia das prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito pagamentos a Agripino e Rosado.

O valor teria sido pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação teria ocorrido no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba.

Agripino pediu ao grupo Estado que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima, que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava sob efeito de medicamentos quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal Federal investigação contra o senador.

A Operação Sinal Fechado apurou o desvio de recursos do Detran-RN para empresas de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens para favorecê-las em licitação e contratos públicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.dnonline.com.br/app/noticia/ ... mpio.shtml
Sinal fechado: Agripino é acusado de receber R$ 1 mi de George Olímpio

Publicação: 30/03/2012 07:39 Atualização: 30/03/2012 12:06
De Paulo Nascimento, especial para o Diário de Natal


A divulgação, ontem, por parte das redes sociais, do termo de interrogatório do empresário Gilmar de Carvalho Lopes, proprietário da Montana Construções, até então mantidas em sigilo, do processo da Operação Sinal Fechado, trouxe novidades para o caso, que foi deflagrado pelo Ministério Público no fim de novembro do ano passado.

De acordo com o documento, datado de 24 de novembro de 2011, e assinado por Gilmar e pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público Eudo Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, teria recebido em seu apartamento do Morro Branco, o advogado George Olímpio, acusado de comandar o esquema de corrupção no programa de inspeção veicular do Detran. Nesse encontro, ainda segundo o termo de interrogatório, estavam presentes Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, que teria testemunhado o recebimento, por parte do senador,de R$ 1 milhão destinado à campanha eleitoral de 2010.

O nome de José Agripino não constou originalmente da denúncia, porque o Ministério Público não tem competência para investigar o senador. Por isso, o depoimento de Gilmar foi encaminhado à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.

Redes sociais

A veracidade do documento, que foi amplamente divulgado durante a manhã de ontem nas redes sociais, foi confirmada pelo Ministério Público Estadual. A assessoria de comunicação do órgão, no entanto, afirmou que não sabe de onde partiu o vazamento do documento. O que não deveria ter acontecido, devido ao segredo de justiça em que corre o processo que teve a denúncia recebia pelo Tribunal de Justiça do RN ainda em dezembro de 2011. A marca de um carimbo do TJRN encontra-se no alto das duas folhas do interrogatório de "Gilmar da Montana", apontando, inclusive, as folhas 22 e 23 do processo a que o documento pertence. Está registradona denúncia oferecida à justiça pelo promotores de defesa do patrimônio público, disponível para consulta no site do TJ, que no seu interrogatório, Gilmar da Montana, assim como está no documento divulgado na internet, teria relatado sobre a distribuição do percentual dos lucros futuros do Consórcio Inspar para os ex-governadores Iberê Ferreira e Wilma de Faria.

Nos registros do processo 0135747-04.2011.8.20.0001 o interrogatório do empresário finaliza neste ponto, pois os tópicos seguintes, de acordo com o termo de interrogatório, tratam da relação entre George Olímpio, José Agripino e Carlos Augusto. Primeiro, Gilmar conta que George teria confessado que, de forma parcelada, entregou R$ 1 milhão em dinheiro "vivo" ao senador democrata e ao marido de Rosalba Ciarlini (DEM) para a campanha eleitoral daquele ano. O acerto teria sido feito no apartamento do senador, no bairro de Morro Branco, Zona Leste de Natal.

No tópico seguinte do documento, Gilmar da Montana conta que em uma conversa com George, ele teria dito para não se preocupar com o cancelamento do contrato de inspeção veicular vencido pelo consórcio comandado pelo advogado, ocorrido no início do governo Rosalba. A razão para a despreocupação de George Olímpio seria o fato de ter "ajudado", como está registrado no interrogatório, tanto "um lado como o outro", citando a suposta doação das cotas do Consórcio Inspar para Wilma e Iberê e o R$ 1 milhão que teria sido entregue para Agripino. Na sequência, segundo Gilmar, as informações eram de que Carlos Augusto Rosado não teria recebido George em reunião para tratar do contrato, nem após o seu intermédio junto ao desembargador Expedito Ferreira para que um encontro pudesse ser marcado entre o marido de Rosalba e o "cabeça" da Inspar. O fato de todas estas informações do interrogatório de Gilmar da Montana terem sido suprimidas da denúncia apresentada pelo MPRN em dezembro do ano passado é justificada pelo envolvimento do nome de José Agripino. Na condição de senador da República, ele não pode serinvestigado pelo Ministério Público Estadual. Por esta razão, segundo a assessoria de comunicação do MP, a informação foi enviada à Procuradoria Geral da República, em Brasília. Desde então, as investigações estão a cargo do procurador geral Roberto Gurgel.

Informações sobre supostos contatos e encontro entre George Olímpio e o senador também estão contidas na denúncia do MPRN e divulgadas em novembro. Segundo algumas das interceptações telefônicas transcritas no documento, o advogado entrou em contato tanto com Gilmar da Montana como com João Faustino, tratado no caso como um lobista a serviço do consórcio.

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Carnage
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Re: Desabamento do "Roubanel", Mensalão do DEM e outras mazelas do jeito "cletptotucano" de governar

#345 Mensagem por Carnage » 02 Abr 2012, 23:00

http://www.mcpbrasil.org.br/noticias/de ... ni-perillo
Prisão de Cachoeira abala governo Marconi Perillo

Escrito por Comunicação MCP

No sentido horário, Carlinhos Cachoeira (no alto, à esq.), Marconi Perillo (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Demóstenes Torres (DEM) No sentido horário, Carlinhos Cachoeira (no alto, à esq.), Marconi Perillo (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Demóstenes Torres (DEM)

O bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso dia 29, nomeou dezenas de pessoas no governo goiano, também pagava políticos, empresários, policiais e jornalistas. O governador Marconi Perillo permanece calado.

O governador de Goiás, Marconi Perillo, vive dias de grande apreensão. O motivo é a prisão do bicheiro Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira, responsável pela máfia dos caça-níqueis, gestada a partir de Goiás e que atuava em cinco estados brasileiros. Cachoeira tinha grande influência sobre a área de segurança pública do governo goiano. O governador teria loteado a área de segurança pública a um dos maiores mafiosos do País. E, até agora, Perillo ainda não deu uma única declaração sobre a operação Monte Carlo.

Os cassinos de Carlinhos Cachoeira, em Goiânia e Valparaíso, tinham rendimento médio de R$ 3 milhões/mês, Cachoeira mandava na polícia, tinha jornalistas na sua folha de pagamento, mantinha uma rede de espionagem ilegal e nomeou dezenas de pessoas para o governo do tucano Marconi Perillo. Isso consta na decisão do juiz da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás: “descobriu-se a influência de CARLOS CACHOEIRA na nomeação de dezenas de pessoas para ocupar funções públicas no Estado de Goiás”.

De acordo com o documento de mais de 900 páginas, a máfia contaria com sofisticada espionagem política e empresarial, mediante supostas interceptações ilegais.Para a Justiça, o suspeito de liderar a quadrilha pode ser considerado o maior corruptor de agentes públicos encarregados da segurança pública de toda a história do estado de Goiás.

Na decisão, o juiz responsável pela décima-primeira Vara da Justiça Criminal de Goiás, escreve: “ao lado de 38 pessoas não vinculadas diretamente ao poder público, foram identificados 43 agentes públicos, distribuídos entre 6 delegados de polícia civil, 30 policiais militares, 2 delegados de polícia federal, 1 servidor administrativo de polícia federal, 1 policial rodoviário federal... envolvidos diretamente com a organização criminosa, a maior parte deles na sua ordinária folha de pagamentos”. Também foi apontada a relação da quadrilha com jornalistas.

Operação Monte Carlo

Na última quarta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo [nome do famoso cassino de Mônaco], que culminou com a prisão do Carlinhos Cachoeira e dezenas de policiais civis e militares, acusados de envolvimento na exploração ilegal de cassinos e máquinas caça-níqueis.

Em cerca de 200 horas de gravações telefônicas, captadas com ordem judicial, Cachoeira conversa com freqüência e intimidade com deputados federais de vários partidos e com o senador goiano Demóstenes Torres, líder do DEM no Senado Federal. De acordo com os investigadores, em julho do ano passado Carlinhos Cachoeira deu um generoso presente de casamento para o senador goiano: uma cozinha completa.

Entre os presos na Operação Monte Carlo, o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladmir Garcez, era interlocutor freqüente do governador de Goiás. Segundo investigadores, Garcez trocou dezenas de torpedos pelo celular com o governador.

Nas escutas telefônicas, metade da bancada de Goiás na Câmara conversava habitualmente com Cachoeira. Entre eles, o deputado Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara. Outro interlocutor habitual de Carlinhos Cachoeira é o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Governo de Goiás

O que se comenta em Brasília é que Cachoeira ajudou a bancar a campanha de Perillo ao governo de Goiás em 2010. Na sentença, o juiz da 11ª Vara também destaca que, ao desarticular a quadrilha de Carlos Cachoeira, foi possível descobrir uma imensa rede de espionagem ilegal.

A influência de Carlinhos Cachoeira no governo de Marconi Perillo também atingiria outra área vital: a Secretaria de Indústria e Comércio, onde trabalhariam seis parentes do bicheiro e do ex-presidente da Câmara Municipal. Também flagrado, o coronel Sergio Katayama disse que há crimes mais sérios a reprimir do que a jogatina.

Cachoeira

Carlos Cachoeira é talvez o mafioso mais audacioso do Brasil. No início do governo Lula, ele teve coragem de desafiar o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Cachoeira trabalhava pela liberação dos bingos e tentava pressionar o governo petista, que se mostrava favorável à causa. Só que quando um assessor de Dirceu foi procurá-lo, Cachoeira decidiu filmá-lo pedindo propina.

Era Waldomiro Diniz, ex-subchefe da Casa Civil, que acaba de ser condenado a 12 anos de prisão. Como o caso teve destaque em todos os jornais, revistas e televisões do Brasil ainda em 2004, chega a ser piada o fato de um secretário de governo em Goiás declarar não saber o que Cachoeira fazia da sua vida.
http://www.cartacapital.com.br/politica ... o-poder-2/
Leandro Fortes
Goiás

O crime no poder


Restritas ao noticiário local de Goiânia, as informações sobre uma “minirreforma” no secretariado do governador de -Goiás, Marconi Perillo (PSDB), são o primeiro sinal de que suas ligações com o esquema -conjunto do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, prometem levar a crise para dentro do governo goiano.

Transformado em menos de um mês em zumbi político, Torres agoniza pelos corredores do Senado, agora sob risco de ser cassado. Mas não deve naufragar sozinho, se as investigações da Polícia Federal forem aprofundadas. Novos documentos, gravações e perícias que integram o relatório da Operação Monte Carlo, revelados com exclusividade por CartaCapital, apontam uma total sinergia entre o esquema do bicheiro, o senador e o governo de Marconi Perillo.

Em uma interceptação telefônica de 5 de janeiro de 2011, os agentes federais registraram uma conversa entre Cachoeira e seu principal auxiliar, Lenine Araújo de Souza, vulgo Baixinho. Na conversa, o bicheiro, a partir de um telefone em Miami, recebe a notícia de que um de seus indicados para o governo de -Goiás, identificado apenas por Caolho, acabou preterido, sem maiores explicações e aparentemente sem o conhecimento do governador. Segundo homem na hierarquia e braço operacional de Cachoeira, Souza administrava e operava o sistema de contabilidade da quadrilha. Também era responsável pelo pagamento de boa parte das propinas a agentes públicos, em troca de proteção e informação.

“Marconi, hora que souber disso (sic), vai ficar puto”, reclama o bicheiro, no telefonema a Souza. E acrescenta, a seguir: “Já mandei avisar ele (sic)”. Mas adiante, revela, por duas vezes, a ordem dada ao senador Torres para entrar no caso e falar diretamente com o governador. “O Demóstenes já está ligando para ele”, garante Cachoeira.

Mais adiante, no mesmo grampo, o bicheiro pede a Souza para tomar providências e entrar em contato com Eliane Gonçalves Pinheiro, chefe de gabinete do governador. Ela chegou ao cargo no início do ano passado, depois das eleições de 2010, na qual foi responsável -pela arti-culação do tucano para que prefeitos do PP aderissem à campanha do PSDB ao governo estadual. Até então, era ligada ao ex–secretário extraordinário de Assuntos Estratégicos de Goiás Fernando Cunha, importante liderança tucana no estado, falecido em novembro de 2011. Segundo as investigações da PF, uma filha de Cunha é casada com um irmão de Cachoeira.

Outra interferência direta do bicheiro no governo, revelada nos grampos da PF, tem relação com a atuação do coronel Vicente Ferreira Filho, comandante do 3º Comando Regional da Polícia Militar, em Anápolis. Souza refere-se à preocupação de um certo “Ananias”, provavelmente um dos prepostos da jogatina na cidade, com a atuação do oficial. “O Ananias está demonstrando preocupação com o Vicente em Anápolis, hein”, avisa.

Cachoeira informa então a providência tomada. “Já mandei (inaudível), inclusive vai falar com Marconi, hoje à tarde”, diz o bicheiro. Em seguida, tranquiliza o auxiliar sobre a possibilidade de o coronel da PM atrapalhar os negócios em Anápolis, segundo a transcrição da PF. “Não vai, não. Esse comandante pra nóis (sic), ainda vai ser bom. Cê vai ver (sic).” Não há, contudo, nenhuma acusação contra o coronel nos autos da Operação Monte Carlo.

Ciente da encrenca em que está metido, Perillo decidiu usar como desculpa a desincompatibilização do atual secretário de Meio Ambiente, Leonardo Vilela, candidato do PSDB à prefeitura de Goiânia, para mexer na equipe e apagar os rastros de Torres e Cachoeira em seus domínios. Assim, a amiga do bicheiro, Eliane Pinheiro, chefe de gabinete de Perillo, deverá deixar o cargo em breve, sob a improvável promessa de mudar de função. Outro que deve sair e colocar as barbas de molho é o secretário de Infraestrutura, Wilder Morais. Suplente de Torres, poderá assumir a vaga no Senado caso o titular venha a ser cassado.

Será uma vingança e tanto. A mulher de Morais, Andressa, o abandonou no ano passado para viver com Cachoeira. O drama matrimonial chegou a servir de desculpa para o senador Torres -justificar os 298 telefonemas que trocou com o bicheiro nos últimos seis meses. Morais também tomou medidas preventivas e afastou Leandro Gomes Candido do cargo de secretário-executivo da pasta. Candido é marido de uma irmã de Andressa.

Outro da lista é o secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, indicação pessoal de Torres. Baldy é genro do empresário Marcelo Limírio, sócio do senador do DEM em uma faculdade em Goiás. Ex-dono do Laboratório Neo Química, em Anápolis, segunda maior cidade do estado, o secretário mantém ainda uma sociedade com Cachoeira na ICF, empresa fornecedora de testes para laboratórios. Um deles, o Vitapan, de propriedade do bicheiro, era utilizado para lavagem de dinheiro do esquema de jogatina, segundo informações da PF.

“É assustador o alcance dos tentáculos da organização criminosa”, escreveu em 23 de fevereiro deste ano o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da Vara Federal de Anápolis, responsável pela condução processual do inquérito. Segundo o magistrado, “para dar suporte à exploração ilegal de máquinas caça-níqueis, bingos de cartelas e jogo do bicho em Goiás” a quadrilha de Cachoeira montou um incrível esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, contrabando, corrupção, -pe-culato, prevaricação e violação de sigilos.

Ainda de acordo com Lima, o grupo de Cachoeira era altamente “profissionalizado, estável, permanente, habitual, estruturado, montado para cometer crimes graves”. Para tal, mantinha uma “estrutura organizacional e piramidal -complexa” que funcionava graças a uma “estrutura estável, entranhada no seio do estado com, inclusive, a distribuição centralizada de meios de comunicação para o desenvolvimento das atividades, com o objetivo de inviabilizar a interferência das agências sérias de persecução”.

Logo após ser preso, o juiz determinou que Cachoeira fosse transferido para um presídio federal de Mossoró (RN) porque, na petição à Justiça Federal, os procuradores do caso temiam que ele continuasse a comandar o esquema criminoso de dentro de uma prisão de -Goiás. “Em mais de uma década, Carlinhos Cachoeira dedicou-se a comprar informações e proteção de agentes do estado vendíveis. Em outras palavras, tornou a sociedade e o próprio estado mais vulneráveis ao crime”, escreveu Lima.

Os números listados na Justiça Federal falam por si só do tamanho da investigação que une os negócios de Cachoeira com a rotina do governo de Goiás. Ao todo foram identificados como integrantes da quadrilha do bicheiro 43 agentes públicos. Desses, seis delegados da Polícia Civil, 30 policiais militares, dois delegados da PF, um administrativo da PF, um policial rodoviário federal, dois agentes da Polícia Civil e dois servidores municipais. A Monte Carlo gerou 36 volumes de interceptação telefônica, 14 volumes de inquérito policial, três volumes de sigilo bancário e fiscal, além de uma centena de relatórios produzidos pela PF.

Procurado por CartaCapital, o governador Perillo respondeu, via assessoria de imprensa, não possuir nenhuma ligação com o bicheiro. Sobre indicações de Cachoeira para cargos no governo, saiu-se com essa: “Que eu tenha sido informado, não”. Também negou ter havido pressão de Demóstenes Torres para a nomeação de apadrinhados do bicheiro no governo estadual. Por fim, negou ter iniciado uma reforma no secretariado. Seriam “apenas substituições pontuais de auxiliares que serão candidatos nas próximas eleições”.

Enquanto isso, a agonia de Torres parece não ter fim. Na sexta-feira 23, -CartaCapital revelou em seu site que a Polícia Federal sabia desde 2006 de suas ligações com Cachoeira. Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Torres tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em aproximadamente 170 milhões de reais nos últimos seis anos. A informação consta de um Relatório Sigiloso de Análise da Operação Monte Carlo, sob os cuidados do Núcleo de Inteligência Policial da Superintendência da PF em Brasília.

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Valadares foi um dos 35 presos em 29 de fevereiro na esteira da operação. Nas interceptações telefônicas feitas pela PF com autorização da Justiça, ele é chamado de Neguinho pelo bicheiro. Por estar lotado na delegacia de repressão a crimes financeiros, era responsável pelas operações policiais da Superintendência da PF em todo o estado. Ao que tudo indica, foi cooptado para a quadrilha após descobrir os esquemas de Cachoeira, Torres e mais três políticos goianos também citados por ele na investigação: os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB), Jovair Arantes (PTB) e Rubens Otoni (PT).

Em outro grampo da PF, revelado agora por CartaCapital, de 13 de março de 2011, Cachoeira conversa com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, sargento da reserva da Aeronáutica, também preso durante a Operação Monte Carlo. Ele era responsável por obter informações sigilosas de interesse da quadrilha de Cachoeira em troca de um pagamento mensal de 5 mil reais. No grampo, Dadá manda o bicheiro “tranquilizar” Torres. Falava possivelmente da investigação da PF sobre o esquema criminoso.

A informação, proveniente de uma mulher não identificada na conversa, é tachada de “exagerada” pelo araponga da Aeronáutica. “Investigações a baixo nível, entendeu, só a termos de conhecimento”, diz Dadá. “Então, excelente, vou passar para o GORDINHO a informação”, diz o bicheiro. O apelido, segundo a PF, era o código para se referir ao senador do DEM nas conversas entre os dois. Até 2009, Torres pesava 103 quilos. Perdeu 30 quilos após se submeter a uma cirurgia de redução do estômago.

Os deputados Lereia, do PSDB, e Otoni, do PT, também integrariam o esquema. Fotos: Beto Oliveira e Carlos Moura/D.A.Press

Uma série de outras reportagens divulgada nos últimos dias complicou ainda mais a vida do senador. O jornal O Globo publicou transcrições de interceptações telefônicas nas quais Torres pede ao bicheiro, com quem se comunicava por meio de um aparelho de rádio registrado em Miami, 3 mil reais para pagar despesas de táxi aéreo.

O diário carioca revelou ainda que o parlamentar do DEM usou de seu prestígio para tentar remover, em 2009, um dos principais agentes de uma das investigações sobre a exploração ilegal de máquinas caça-níqueis e videopôquer chefiada por Cachoeira. Tratava-se do policial federal José Luiz da Silva. Torres solicitou ao então secretário Nacional de Justiça, Pedro Abramovay, a transferência do agente de Anápolis, área de atuação de Cachoeira, para Goiânia.

Uma reportagem do Jornal -Nacional jogou mais cal sobre a cova do senador, que já admitiu estar “morto politicamente” por causa das denúncias. Trechos de interceptações da Monte Carlo revelam que Cachoeira, em conversa com o contador Giovani Pereira da Silva, pode ter repassado mais de 3 milhões de reais ao senador do DEM.

É possível que em breve venha à tona outra faceta do grupo: o uso de meios de comunicação para atacar adversários. Sabe-se das boas relações de Cachoeira com jornalistas de Brasília, em especial o diretor da sucursal da revista Veja, Policarpo Jr. Segundo blogs da internet, a Polícia Federal teria interceptado mais de 200 telefonemas entre o jornalista e o bicheiro durante o curso das investigações.

Nos inquéritos aos quais CartaCapital teve acesso, Policarpo Jr. é citado mais de uma vez. Em um grampo de 8 de julho de 2011, Cachoeira instrui o sargento Jairo Martins, da PM de Brasília, -para -estancar as informações repassadas ao jornalista. O bicheiro teria se chateado com algum texto publicado na revista. Martins é um famoso araponga brasiliense, acostumado a prestar serviços clandestinos no submundo da comunidade de informações. Foi ele quem, por exemplo, gravou o vídeo em que o ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho aparece a embolsar 3 mil reais de propina. Indicado pelo PTB, Marinho foi o estopim do escândalo do chamado mensalão.

O futuro de Torres depende da Pro-curadoria-Geral da República e do Congresso Nacional. Desde 2009, sem nenhuma explicação plausível, o procurador-geral Roberto Gurgel mantinha engavetado um relatório da PF referente à Operação Las Vegas, de 2008, na qual a ligação entre Cachoeira e o senador era -explicitada pela primeira vez em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça de Goiás. Diante da pressão provocada pelas revelações da Operação Monte Carlo, Gurgel foi obrigado, na quarta-feira 28, a dar seguimento à denúncia, enviada ao Supremo Tribunal Federal.

No Congresso, o destino de Torres está nas mãos do líder do PMDB, Renan Calheiros, e do presidente do Senado, José Sarney, que precisam recompor o Conselho de Ética do Senado. O órgão está acéfalo desde setembro de 2011, razão pela qual ainda não se pode apreciar a representação contra Torres apresentada na quarta-feira 28 pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL). Segundo Rodrigues, está claro que Cachoeira mantém relações “amplas, gerais e irrestritas” com Torres e outras autoridades.

Tão logo o impasse burocrático seja resolvido, o processo de cassação do senador goiano, dado como certo até pelos aliados mais próximos, vai ser iniciado. Torres renunciou à liderança do DEM no Senado e corre risco de ser expulso do partido.

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