RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

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#46 Mensagem por Tricampeão » 28 Jan 2011, 20:30

Compson escreveu:Alckmin e Aécio (especialmente o primeiro) participaram de modo muito tímido na campanha... O mineiro só entrou no segundo turno, mesmo já tendo garantido a marmita para si e para seu afilhado...

Mas na verdade eu estou livrando a cara é do Serra... A "culpa" dele foi se isolar em seu próprio partido, utilizando o governo de SP como um rolo compressor nas "prévias" e ficando sem sustentação para impor seu discurso (que provavelmente seria um estatismo industrialista/protecionista à moda brasileira pré-1964) dentro da campanha quando esta começou a afundar.

Os outros (bem como o partido em larga medida) são de direita mesmo... Alckmin provavelmente acredita em tudo o que Serra disse na campanha... Ele teria muito gosto de perguntar se Dilma tem fé.
Quem mora em Minas viu que o Aécio não apoiou o Serra na campanha presidencial. Ficou na dele o tempo todo, ele e o prefeito de BH, que é do PSB. Deixou o careca se fuder.
E o dossiê que ele preparou contra o Serra, já foi esquecido?
Aécio é um político profissional. Acho que ninguém nunca vai ficar sabendo quais são as suas convicções. Eu votaria nele, se estivesse no lado certo. Não votei no Hélio Costa para governador?

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#47 Mensagem por Chinelo Havaiana » 29 Jan 2011, 08:38

Tricampeão escreveu:Eu votaria nele, se estivesse no lado certo.
Qual é o lado certo?

Obs: Dependendo da resposta o salgado mais o refresco no buteco da porta da Zona é por minha conta!

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Tricampeão
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#48 Mensagem por Tricampeão » 29 Jan 2011, 09:27

Chinelo Havaiana escreveu:
Tricampeão escreveu:Eu votaria nele, se estivesse no lado certo.
Qual é o lado certo?

Obs: Dependendo da resposta o salgado mais o refresco no buteco da porta da Zona é por minha conta!
Numa eleição em dois turnos, só há dois lados, sempre. O lado certo é o lado da justiça social, da liberdade, do laicismo do Estado. O sentido da flecha da História.
Falando nisso, como está a sua candidatura pelo PR?

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#49 Mensagem por Chinelo Havaiana » 29 Jan 2011, 17:10

Tricampeão escreveu:Falando nisso, como está a sua candidatura pelo PR?

PR?
Seria Partido Revolucionário ou Partido da Revolução?
Ainda não está conformado...mas achei a sigla e o provável nome um pouco piegas.

Quanto a resposta gostei de mais. O sentido da Flecha da História! Só não vale o salgado e o refresco por causa da excessiva ilusão quanto ao "rapaz de São João Del Rey"

Em tempo: PR (Partido da República????) é a agremiação política do Tiririca? Puxa trica aí você pegou pesado com o chapa aqui!!!!!

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#50 Mensagem por Tricampeão » 29 Jan 2011, 19:43

Chinelo Havaiana escreveu:
Tricampeão escreveu:Falando nisso, como está a sua candidatura pelo PR?

PR?
Seria Partido Revolucionário ou Partido da Revolução?
Ainda não está conformado...mas achei a sigla e o provável nome um pouco piegas.

Quanto a resposta gostei de mais. O sentido da Flecha da História! Só não vale o salgado e o refresco por causa da excessiva ilusão quanto ao "rapaz de São João Del Rey"

Em tempo: PR (Partido da República????) é a agremiação política do Tiririca? Puxa trica aí você pegou pesado com o chapa aqui!!!!!
É que, em outro tópico, descobrimos que seu número da sorte é 2214. Isso aí é PR, não é?
E o Tiririca também combina com 2214, se puser paletó vermelho.

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#51 Mensagem por Carnage » 30 Jan 2011, 21:03

http://www.cartacapital.com.br/politica ... il-de-usar
Fácil de entender, difícil de usar
Mauricio Dias 10 de janeiro de 2011 às 10:24h


Assustam aos mais desavisados, e é mesmo possível que provoquem certa inquietação até de figuras do governo, as notícias diárias anunciando a insatisfação do PMDB com a montagem político-administrativa do recém-nascido governo de Dilma Rousseff. Para quem se alimenta das fofocas políticas e se esforça para promover o dissídio na base governista do Congresso, isso é o prato cheio no qual a mídia se farta. É muito difícil, porém, imaginar uma manchete anunciando que o PMDB rompeu formalmente com o governo Dilma. Aí, sim, haveria uma crise verdadeira. Mas de um lado e de outro.

Por enquanto, o PMDB luta para garantir espaços ainda não ocupados na administração federal. Faz um jogo de pressão, comum nesses casos por disputa de cargos. Foi assim também em 1995, quando era aliado dos tucanos no governo FHC. O partido também blefou naquela ocasião, como faz agora, quando fala em apoiar a elevação do patamar do salário mínimo, em 2011, acima dos 540 reais fixados ainda na gestão Lula.

Após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dizer que o aumento acima de 540 seria vetado, o líder peemedebista na Câmara, Henrique Alves, falou, na terça-feira 4: “Não estou convencido sobre o valor de 540 reais ser ideal”. Evidentemente há mais preocupação com o blefe do aliado Alves, líder de um partido com 78 parlamentares na Câmara dos Deputados, do que com a bazófia do deputado Paulo Pereira da Silva, líder máximo da Força Sindical, mas integrante do PDT, cuja bancada tem somente 28 integrantes.

Alves falou na sequência de mais um confronto perdido. Dessa vez pela indicação do presidente da influente Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o braço do Ministério da Saúde com o mais alto orçamento para 2011, com 4,7 bilhões de reais. A Funasa, feudo do PMDB, tem sido até agora fonte de escândalos criados a partir de denúncias de corrupção no órgão. No dia seguinte, quarta-feira 5, o vice-presidente peemedebista, Michel Temer, falou mais forte. Disse que o aumento seria “o possível” e que o PMDB “não votará contra o governo”. Garibaldi Alves, senador, primo de Henrique, elevado à condição de ministro da Previdência Social, alertou que acima do fixado haverá impacto grande nos cofres da Previdência.

Em 1980, após a ditadura militar desmanchar o bipartidarismo existente (Arena versus MDB) e exigir das novas agremiações a adoção de um “P”, de partido, surgiu o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) que, além de se tornar um aglomerado político importante para a sustentação de qualquer governo pós-ditadura, adquiriu uma característica especial: fácil de entender, mas difícil de usar.

Isso não é um pecado original. É, sim, o resultado do trauma surgido depois da rejeição da emenda das eleições diretas e, posteriormente, com a punhalada nas costas do deputado Ulysses Guimarães, na competição presidencial de 1989. Naquele ano, quando se realizou a primeira eleição direta após a indireta de Tancredo Neves em 1985, os executivos pe-emedebistas sacrificaram eleitoralmente o maior e melhor líder do PMDB no altar do pragmatismo conservador. Para evitar a vitória de Lula, bandearam-se para a candidatura de Collor. Ulysses ficou em constrangedor quarto lugar na corrida presidencial. Um episódio mais clamoroso do que aquele de 1950, quando o PSD apoiou Getúlio Vargas após abandonar Cristiano Machado, candidato do partido. Vem daí o neologismo muito utilizado no universo eleitoral brasileiro: “Cristianização”.

Sem Ulysses, e já sem o moderado Tancredo, o partido tornou-se uma confederação formada por líderes estaduais. A partir desse episódio, sem um nome eleitoralmente viável para a disputa do cargo maior, o PMDB busca os cargos menores impelido pela necessidade de ganhar mais prefeituras (controla, há anos, o maior número de municípios, atualmente são 1.203) e formar grandes bancadas nas assembleias legislativas que mantêm a continuidade de numerosa força na Câmara e no Senado. Assim, a partir do uso da máquina administrativa, tem se mantido à mesa do poder em Brasília. Esse é o tônico revigorante da legenda.

Sem qualquer identidade programática, que dificulta a aliança com o PT, tornou-se um fator matemático de governabilidade para qualquer governo. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff surpreendeu quando deslocou o PMDB de três ministérios: Saúde, Transportes e Comunicações. Eram postos fixos do partido no governo Lula. Este é o desafio que ela decidiu enfrentar e que gera os efeitos de agora.

O código eleitoral 15, o número do PMDB nas eleições, tem sido igualmente imprescindível para o partido. A bancada numerosa na eleição de 2010 propiciou 3 minutos e 11 segundos na televisão para a candidata do PT, que dispunha de 3 minutos e 5 segundos. A situação vai se inverter na eleição de 2014 a partir da eleição de 2010. Os petistas, em maior número (88 deputados), superaram o PMDB (78 deputados).

Por tudo isso o PMDB resiste a ceder. Ou melhor, se dobra com dificuldades a abandonar posições a favor do PT na máquina do Estado. Michel Temer é a novidade nessa aliança. Bom para o PMDB, ruim para o PMDB. Ele é o grande avalista da aliança e, nesse momento, pisa em ovos com a disputa açodada por cargos e a exposição pública da legenda que já tem quatro ministros e mantém várias posições no segundo escalão. A reação do PMDB tem, ainda, um objetivo oculto nos debates. Mas vai emergir logo, logo. Quer manter o controle político de Furnas, estatal sediada no Rio de Janeiro e guarnecida pelo deputado peemedebista Eduardo Cunha. Um nome que dispensa apresentações.

O que se diz é que, nesse ponto, Dilma cederá como cedeu a Previdência Social. Ao ser escolhido para esse ministério, o senador Garibaldi Alves disse que recebia um “abacaxi”. Uma fruta que dispõe, entre tantos outros recursos de ação política, de 27 indicações para as superintendências estaduais, as quais, por vez, podem fazer nomeações para centenas e centenas de postos de atendimento público.

Talvez ele não saiba como descascar o abacaxi, mas sabe que a fruta é saborosa.


Mauricio Dias

Maurício Dias é jornalista, editor especial e colunista da edição impressa de CartaCapital. A versão completa de sua coluna é publicada semanalmente na revista. mauriciodias@cartacapital.com.br



E da série "Político é tudo igual"

http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 1073,0.htm
Dilma já trata Kassab como aliado e faz críticas indiretas a tucanos de SP
Sentados lado a lado durante cerimônia em São Paulo, prefeito e ex-presidente Lula conversaram bastante
25 de janeiro de 2011 | 23h 00

Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo


A iminente ida de Gilberto Kassab para o PMDB, partido da base governista, levou a presidente da República, Dilma Rousseff, a elogiar o prefeito paulistano e a destacar investimentos na capital, ao mesmo tempo em que criticou, de maneira indireta, o PSDB.

A presidente cumprimentou Kassab (DEM) "com muito carinho" e disse estar "honrada" com o convite feito por ele para participar nesta terça, 25, da cerimônia em comemoração ao 457.º aniversário de São Paulo, na sede da Prefeitura, na qual foi entregue a Medalha 25 de Janeiro ao ex-vice-presidente José Alencar, que luta contra um câncer há 13 anos.

Além de Dilma e Alencar, estavam com Kassab no palco montado na Prefeitura o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), com quem o prefeito mantém conversas sobre a troca de partido. Ontem, os dois conversaram rapidamente na presença de Alckmin.

Sentados lado a lado, Kassab e Lula falaram bastante durante a cerimônia. O prefeito concedera a mesma medalha ao ex-presidente em 2010 - à ocasião, também fez a homenagem ao ex-governador José Serra (PSDB).

Tanto Dilma como Lula são entusiastas da ida de Kassab, que está na oposição, para o PMDB. Ambos avaliam que a troca de partido enfraqueceria o PSDB em São Paulo, principal bastião oposicionista no maior colégio eleitoral do País. Nas últimas cinco eleições, o PT não quebrou a hegemonia tucana no Estado.

Kassab pediu aos peemedebistas discrição nas negociações. Quer tonar pública a decisão apenas depois de 15 de março, quando ocorrerá convenção nacional do DEM para a escolha da nova direção. Caso não consiga emplacar a troca de comando no partido, Kassab terá um argumento forte para abandonar a legenda.

O prefeito disse às lideranças tucanas que pretende mesmo mudar para o PMDB, legenda que lhe daria fôlego para projetos políticos maiores, como a disputa pelo governo paulista em 2014. Aos aliados afirmou que, mesmo no novo partido, pretende manter a aliança com o PSDB.

Na cerimônia, a presidente Dilma afirmou ainda que "junto" com Kassab vai "continuar esse processo de investimentos" feitos pelo governo federal na capital paulista. Sem citar os tucanos, que governam São Paulo há 16 anos, Dilma disse que o Estado ainda tem "desafios" a enfrentar com a população de mais baixa renda.

"Fico extremamente feliz de estar aqui em São Paulo e de que seja aqui que esta medalha esteja sendo entregue a José Alencar, porque justamente aqui temos um dos Estados mais desenvolvidos do nosso País. Mas, ao mesmo tempo, temos tantos desafios em relação à situação do nosso povo mais pobre", disse.

A presidente ainda destacou que o País está no "rumo certo" e que essa trajetória teria sido "construída" por Lula e Alencar. Não mencionou o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que também foi um dos homenageados com a medalha ontem - o tucano não compareceu à cerimônia porque estava em viagem fora do País.

"Os dois presidentes (Lula e José Alencar) que não tinham diploma universitário mostraram um compromisso com a educação, como diz o nosso querido presidente Lula, ‘nunca dantes visto na história deste país’", completou Dilma.

No final de seu discurso, a presidente dirigiu-se brevemente a Alckmin: "Queria dizer ao governador que estamos prontos para continuar a parceria entre o governo federal e o governo do Estado." Pouco antes, o tucano disse receber com Dilma com "alegria" e desejar a ela um "ótimo mandato". "Contem com São Paulo", completou Alckmin.

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#52 Mensagem por Carnage » 30 Jan 2011, 21:06

Eu acho que o Serra é definitivamente carta fora do baralho. Pelo menos dentro do PSDB. Se ele quiser alguma chance de alçar vôos maiores, tera que ser fora do partido.

Engraçado que muitos diziam que o Aécio é que não tinha mais lugar dentro do PSDB, e que teria que sair de lá pra poder serguir com suas ambições. Mas me parece que ele e Alckimin está indo bem a fundo em tirar todo o chão do Serra dentro do PSDB, de forma a se imporem no partido.


Alckmin dá mostras fortes de que quer tostar o careca

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... stao-serra
Alckmin demite funcionários da gestão José Serra
Em quatro dias, foram assinadas 39 ordens de exoneração do governo

Carolina Freitas


Perderam o emprego os secretários-adjuntos da Justiça e dos Transportes, o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem e três chefes de gabinete
Nem sempre a vitória de um governador do mesmo partido significa continuidade. Em São Paulo, desde o primeiro dia de trabalho, o governador Geraldo Alckmin tem demitido pessoas que atuavam no gabinete do ex-governador José Serra e em funções estratégicas, do segundo e terceiro escalão. Nas secretarias, os cortes também são frequentes, sob responsabilidade dos secretários nomeados por Alckmin. Até está quinta-feira, foram publicadas no Diário Oficial do Estado 39 ordens de exoneração. Só da caneta do governador saíram 14 nesses quatro dias.

Alckmin demitiu os secretários-adjuntos da Justiça e Defesa da Cidadania, Gustavo Ungaro, e dos Transportes, Silvio Aleixo, e o superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Delson José Amador. Foram mandados embora também os chefes de gabinete da Casa Civil, dos Transportes e da Cultura. Saíram ainda assessores especiais e assistentes técnicos. Nesse meio tempo, foram cancelados atos que concediam cargos e comissões para dezenas de funcionários. A limpa acontece no bojo de um ajuste fiscal, com corte de 1,5 bilhão no orçamento e revisão de contratos da administração passada.

Os nervos estão à flor da pele entre os tucanos de São Paulo. Na quarta, na missa em homenagem ao ex-governador Orestes Quércia, morto em dezembro, Alckmin e Serra só cruzaram olhares na hora em que os fieis foram convidados a saudar uns aos outros com a “paz de Cristo”, após a comunhão. Trocaram um rápido aperto de mãos. Dividiram o mesmo banco, mas entre eles estavam o deputado Barros Munhoz (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Após a derrota de Serra nas eleições presidenciais, aliados evitam verbalizar a insatisfação com a perda de espaço dele no novo governo, mas ela existe e é grande. Enquanto isso, Alckmin nomeia para sua equipe fieis aliados da eleição municipal de 2008, quando enfrentou Kassab nas urnas. O democrata contou com o apoio formal de dezenas de tucanos e do próprio Serra, nos bastidores. Entre os secretários de Alckmin estão Edson Aparecido, que coordenou a campanha de Alckmin na época, e Bruno Covas, que formalizou um pedido de expulsão dos tucanos simpáticos a Kassab.

Sem comunicação - Funcionários da Imprensa Oficial cedidos para a assessoria de Comunicação foram dispensados e orientados a esperar novidades em casa. Podem ser reaproveitados. Ou demitidos. Por enquanto, o atendimento à imprensa do Palácio dos Bandeirantes acontece de forma precária, com quatro jornalistas. Nenhum dos contratos para prestação de serviços de assessoria de imprensa para o governador e para as secretarias foi renovado. Funcionários pagos por grandes agências, como CDN e Attachée de Presse, deixaram o governo. Alckmin fará uma nova licitação para definir quem fornecerá o serviço ao governo de São Paulo.

Outra decisão polêmica do governador foi a extinção da Secretaria da Comunicação, transformada em uma coordenadoria, ainda sem orçamento definido – 24 milhões da área foram transferidos por Alckmin para pagar procedimentos de limpeza do Rio Tietê. O entendimento do grupo de Alckmin é de que havia recursos demais na área, usada para dar visibilidade aos feitos de Serra como governador e uma mãozinha à imagem do ex-governador, com vistas as eleições presidenciais. Nos anos Serra, o governo chegou a veicular publicidade da companhia paulista de saneamento, a Sabesp, fora do estado.

A preocupação de Serra com o segundo escalão do governo paulista ficou evidente já durante a posse de Alckmin, em 1º de janeiro. Após a solenidade, o ex-governador caminhou sem pressa entre os convidados e abordou funcionários próximos a si, para saber se continuariam no emprego. Um deles explicou ter se apresentado ao novo secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, mas ainda não ter tido retorno sobre sua permanência. Serra desejou boa sorte.

Resposta - Por meio de sua assessoria, o governador Geraldo Alckmin negou qualquer 'clima' entre ele e o ex-governador José Serra e disse considerar naturais as alterações de equipe em troca de gestão. Como prova de que não há qualquer intenção de demitir antigos colaboradores de Serra, informou que Gustavo Ungaro, demitido da secretaria-adjunta de Justiça e Defesa da Cidadania, foi nomeado na noite desta quinta-feira para a Corregedoria Geral da Administração.

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#53 Mensagem por Compson » 31 Jan 2011, 13:25

Carnage escreveu:Alckmin dá mostras fortes de que quer tostar o careca
Tem mais:

IstoÉ: Os detetives de Alckmin
Governador de São Paulo convoca auditores, policiais e até ex-espiões para analisar contratos da administração de José Serra
http://www.vermelho.org.br/sp/noticia.p ... d_secao=39
(o site é de partido, mas a matéria é da IstoÉ)

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#54 Mensagem por Carnage » 02 Fev 2011, 21:50

E mais ainda!

http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 62155.html
Alckmin cortou ao menos R$ 386 mi em iniciativas da gestão Serra
Boa parte das medidas de contenção anunciadas pelo governador atinge áreas em que Serra preferiu investir

Nara Alves, iG São Paulo | 16/01/2011 08:12


O tema da austeridade fiscal tem guiado o discurso do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aos secretários, assessores e servidores do Estado neste início de gestão. Boa parte dos cortes anunciados, entretanto, atinge áreas em que o ex-governador José Serra decidiu investir, embora o atual governador negue que as medidas sejam sinal de descontinuidade. Somados, os cortes chegam a R$ 386,3 milhões. Sem contar os R$ 1,259 bilhão contingenciados da área de investimentos e R$ 26 milhões que serão realocados.

Além da revisão de todos os contratos do governo Serra – com o objetivo de economizar R$ 315 milhões em custeio –, Alckmin irá vender o avião utilizado no governo anterior, desalugar prédios em regiões nobres da capital paulista e vender um imóvel recém-reformado por Serra. Em contrapartida, deverá comprar prédios mais baratos no centro da cidade para abrigar secretarias e economizar em alguéis.

A aeronave chegou a ser vendida em 2006, na gestão Alckmin-Cláudio Lembo. O jato havia sido incorporado ao patrimônio da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), privatizada naquele ano, mas Serra pediu que o avião fosse devolvido ao Estado, oferecendo em troca uma linha de transmissão que interessava à compradora da empresa. Com a venda definitiva do jato utilizado por Serra durante seu mandato, o governo estadual pode arrecadar R$ 1,1 milhão.

O governador pretende, também, vender um edifício da Secretaria de Planejamento de 10 mil metros quadrados na Rua Iguatemi, no Itaim Bibi, zona sul da capital paulista. Na gestão anterior, Serra decidiu investir R$ 18,9 milhões em reformas no local. Como no bairro o metro quadrado construído é cotado a R$ 8 mil, um dos mais caros da cidade, o Estado pode faturar algo em torno de R$ 80 milhões com a venda do imóvel. Já no centro, um edifício com a mesma área sairia por cerca de R$ 38 milhões. Uma diferença de R$ 48 milhões.

Durante as obras no prédio da secretaria, os funcionários foram transferidos para dois edifícios alugados no Jardim Paulista. O gasto com aluguel pelos 48 meses de contrato é de R$ 11,4 milhões pelo prédio na Alameda Jaú e outros R$ 16,8 milhões pelo edifício na Alameda Santos. A mudança para prédios no centro antigo da cidade resultará em uma economia de R$ 28,2 milhões em aluguéis.

Transferência de verbas

Alckmin irá diminuir pela metade a equipe que fazia a segurança do Palácio dos Bandeirantes na gestão Serra. A redução de 300 para 150 policiais representa uma economia para a sede do governo de cerca de R$ 125 mil por mês. Isso não significa, no entanto, economia para os cofres do Estado, uma vez que os servidores não serão exonerados, mas sim transferidos para as ruas. Em quatro anos de mandato, significaria uma redução de R$ 6 milhões.

Outra verba que será realocada é a da Secretaria de Comunicação. Alckmin tirou R$ 20 milhões da pasta e destinou o montante para o desassoreamento do Rio Tietê. Além disso, deverá transformar em sub-secretaria, o que deve diminuir ainda mais os custos da área.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 72007.html
Alckmin estuda compra de imóveis para pastas que pagam aluguel
Só a secretaria de Planejamento pagará, em 4 anos, R$ 11,4 milhões de aluguel em região nobre da capital paulista

Nara Alves, iG São Paulo | 25/11/2010 14:35


O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, estuda a compra de imóveis na região central da capital paulista para abrigar as secretarias que hoje pagam aluguel. A ideia é reduzir custos e, ao mesmo tempo, incentivar a revitalização e a valorização do Centro, de acordo com interlocutores do futuro governador.

Um dos edifícios que podem ser comprados pelo Estado fica próximo ao escritório onde trabalha atualmente a equipe de transição, na rua Boa Vista. Na mesma via funcionam também a Defensoria Pública do Estado e a Superintendência da Polícia Civil.

O prédio abrigaria a Secretaria de Planejamento, responsável por formular e executar a política patrimonial do Estado, que hoje aluga dois prédios no Jardim Paulista, uma das regiões mais valorizadas da cidade.

Desde maio de 2008 o governo paga um aluguel mensal do edifício da alameda Jaú de R$ 236,7 mil por 3.458 metros quadrados e 14 andares. O contrato foi firmado por 48 meses, totalizando R$ 11,4 milhões. O valor está 50% acima dos demais locados pelo Estado e é alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo. Já a sede na alameda Santos paga um aluguel de R$ 350 mil mensais.

Segundo a Secretaria, os prédios foram alugados para abrigar seus servidores, “uma vez que a sede na rua Iguatemi, no Itaim Bibi, passa por reforma”. Além disso, a pasta “recebeu entre 2008 e 2009 novos funcionários, aprovados em concurso público, que não poderiam ser alojados na sede por falta de espaço”.

A assessoria de imprensa da secretaria do Planejamento ressalta que foram realizadas pesquisas de mercado nos bairros próximos ao Itaim Bibi antes da escolha dos edifícios. “Não havia nenhum imóvel próprio do Estado que atendesse às condições mínimas de área e disponibilidade”.

Com a compra de imóveis para atender a essa demana, Alckmin adota uma política diferente da praticada na gestão anterior, de José Serra, em que as aquisições não foram prioridade. Além dessa, outras mudanças administrativas deverão acontecer no governo Alckmin, como a extinção de secretarias criadas por Serra (Ensino Superior e Relações Institucionais) e a recriação da pasta de Turismo, transformada em agência por Serra.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica ... 69937.html
Alckmin venderá prédio que Serra mandou reformar
Prédio da Secretaria de Planejamento, estabelecido no bairro do Itaim, passava por reforma da ordem de R$ 18,9 milhões

Agência Estado | 05/01/2011 12:35


Após ordenar a venda de imóveis e a reavaliação dos contratos de aluguel onde estão as secretarias de Estado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, escolheu o primeiro alvo: um dos edifícios da Secretaria do Planejamento, que está desocupado e foi submetido a uma reforma, de R$ 18,9 milhões, na gestão José Serra/Alberto Goldman. O edifício, que será vendido, fica na Rua Iguatemi, no Itaim, bairro nobre da capital paulista, e tem área total de 10 mil metros quadrados. A reforma é tocada pela Construtora Cronacon, que venceu licitação em outubro - a iniciativa da obra, porém, vem do período em que Serra estava à frente do governo.

O prédio, segundo o Planejamento, não comportava mais as funções da secretaria e havia riscos de segurança. Por isso, a pasta do Planejamento funciona atualmente em imóvel alugado na Alameda Jaú, nos Jardins, outra área nobre da capital.

Alckmin quer encerrar contratos de aluguel como esse e levar pastas para o centro de São Paulo, em edifícios que serão comprados, especialmente na região da Rua Boa Vista. A ida da estrutura do governo para o centro era uma iniciativa de Alckmin em seu mandato anterior, mas foi congelada por José Serra em 2007, ao assumir o governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Um careca querendo fuder com o outro.

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Kengo
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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#55 Mensagem por Kengo » 03 Fev 2011, 14:31

Rescaldo das Eleições
Isolado, José Serra tenta garantir o controle do PSDB paulistano.

Em resposta aos movimentos do atual presidente da sigla, Sérgio Guerra, de permancer na presidência do partido, José Serra agora tenta emplacar o deputado estadual eleito Carlos Bezerra Junior na presidência do diretório municipal do PSDB.

José Serra já cogita candidatar-se a prefeito em 2012.

Elegendo o presidente do diretório municipal, sua candidatura já tem meio caminho andado.

E mesmo que desista de disputar a vaga de prefeito, o caminho estaria aberto para uma indicação de algum apadrinhando seu, perpetuando-se assim no poder.

O PSDB já deixou claro a José Serra que não o quer como presidente da sigla.

Também não o quer presidindo o Instituo Teotônio Vilela, para o qual está sendo indicado o ex-senador Tasso Jereissati.

Hoje José Serra está isolado em seu reduto, a nata paulistana.

Padecerá para sempre do maldição dos trinta porcento.

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#56 Mensagem por Compson » 08 Fev 2011, 17:04

Mais óleo na fritura ou pressão no governo? Ou as duas coisas?

Itamar Franco quer Serra no Congresso para explicar mínimo de R$ 600
http://noticias.uol.com.br/politica/201 ... r-600.jhtm

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#57 Mensagem por Compson » 17 Fev 2011, 19:54

Parece que Dilma acertou na aposta de reduzir o PMDB do governo e/ou Lula acertou em acolher Temer como vice:

PMDB vota fechado com o governo por salário mínimo de R$ 545
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/0 ... 818461.asp

Muita tristeza dos comentaristas políticos tucanos.. :cry: :cry: :oops:

***

Falando sério, mais importante que o valor do salário é a aprovação da regra de reajuste (inflação do ano anterior + crescimento do PIB de dois anos antes).

Ano que vem, por exemplo, o aumento vai ser os 7-8% de crescimento de 2010, mais uns 5-6% da inflação de 2011. Se por acaso a economia estiver num ciclo de baixa (desemprego em alta), um aumento desse tamanho (12-14%) tende a pressionar o desemprego para cima.

Se, por outro lado, a inflação estiver aumentando, a regra também permite que o salário real caia. Foi uma regra não muito diferente (mas num contexto muito diferente) que os governos militares utilizaram para comprimir os salários da população mais pobre.

Enfim, por mais chato que isso seja, o certo é decidir discricionariamente e negociar com o congresso todo ano.

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Re: RESCALDO DAS ELEIÇÕES DE 2010

#58 Mensagem por Carnage » 23 Fev 2011, 22:49

http://www.cartacapital.com.br/politica ... o-serrismo
Os males do serrismo
Marcos Coimbra 21 de janeiro de 2011 às 15:26h


O fenômeno, pequeno em inserção popular mas relevante no plano político, depende de tudo dar errado para Dilma e os novos oposicionistas. Por Marcos Coimbra. Foto: kkkkkkkkk Rodrigues Pozzebom/ ABr

Não há partidos ou movimentos políticos exclusivamente bons ou unicamente ruins, se os considerarmos em seu tempo e lugar. Na vida real das sociedades, eles são uma mistura de coisas boas e más, de acertos e erros (salvo, é claro, exceções como o nazismo).

Tudo é uma questão de proporção, do peso que o lado ruim tem em relação ao bom. São bons os movimentos políticos e os partidos (bem como as tendências que existem no interior de alguns), cuja atuação tende a ser mais positiva para o País, seus cidadãos e instituições. São os opostos aqueles que fazem o inverso, que agem, na maior parte das vezes, de maneira negativa.

Tome-se o serrismo, um fenômeno pequeno, do ponto de vista de sua inserção popular, mas relevante no plano político. Afinal, não se pode subestimar uma tendência tucana que conseguiu aprisionar o conjunto de seus correligionários, mesmo aqueles que não concordavam com ela (e que eram maioria), e os levou a uma aventura tão fadada ao insucesso quanto a recente candidatura presidencial do ex-governador José Serra. E que tem, além disso, tamanha super-representação na mídia, com simpatizantes espalhados nas redações de nossos maiores veículos.
Por menor que seja sua base social e inexpressiva sua bancada parlamentar, o serrismo existe. E atrapalha. Muito mais atrapalha que ajuda.

Neste começo de governo Dilma, recém-completada sua primeira quinzena, o serrismo já mostra o que é e como se comportará nos próximos anos. Os sinais são de que será um problema para todos, seja no governo, seja na própria oposição.

Vem da grande imprensa paulista (uma insuspeita fonte na matéria), a informação de que seus integrantes estão revoltados com a trégua que outras correntes do PSDB estariam dispostas a oferecer à presidenta. Em vez da “colaboração federativa” buscada pelos governadores tucanos e as bancadas afinadas com eles, os serristas querem “partir para o pau”.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), expoente máximo da tropa de elite serrista, dá o mote, ao afirmar que o PSDB deveria ser duro contra Dilma desde já, de forma a ser uma referência oposicionista no futuro. O pano de fundo do que propõe, percebe-se com facilidade, é posicionar o serrismo (de novo!) para a sucessão de Dilma.
Segundo as informações disponíveis, a primeira meta do grupo de José Serra (cujo tamanho, diga-se de passagem, é ignorado) é aproveitar-se da tragédia das chuvas na região serrana do Rio para golpear a presidenta, responsabilizando-a pela ocupação caótica de encostas e outras áreas de risco nas cidades atingidas. Para esses personagens, seria a incompetência de Dilma, à frente do PAC, a causa de tantas mortes e sofrimento. Ou seja, vão tentar vender a versão de que, se ela fosse melhor gerente, nada teria acontecido.

Em nossa permissiva cultura política, não há surpresa no oportunismo da proposta. Ninguém se espanta que alguém faça um jogo como esse, que queira tirar dividendos de uma catástrofe e que, para isso, torça fatos e procure­ enganar os incautos. Todos nos acostumamos com essa falta de seriedade.

Mas até os mais céticos ficam perplexos com o contraste entre o que dizem agora os serristas e o que foi a campanha que fizeram na eleição de 2010.

Ou será que ninguém ouviu José Serra se apresentar como “verdadeiro continuador” de Lula? Que não viu Serra evitar qualquer crítica ao ex-presidente, dizendo que concordava com ele e que nada mudaria em seu governo (a não ser aumentar o salário mínimo para 600 reais e conceder uma 13ª parcela do Bolsa Família aos beneficiários)?
Derrotado, o serrismo virou oposição intransigente, e quer levar os grupos vitoriosos de seu partido com ele. Enquanto esteve à frente do governo de São Paulo, buscou a boa convivência e a colaboração com o Planalto, avaliando que, ao agir dessa maneira, aumentava suas­ chances na sucessão de Lula. Agora que não tem escolha, se exime de qualquer compromisso e parte para o pau.

É pouco provável, no entanto, que consiga arrastar o restante do PSDB e os demais partidos de oposição para a radicalização anti-Dilma. No fundo, o serrismo apenas tenta preservar algum espaço em um cenário cada vez mais desfavorável para seus propósitos.

É só se tudo der errado, seja para a presidenta, seja para as novas forças oposicionistas, que o serrismo tem sobrevida. Sua aposta é o fracasso de todos.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

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#59 Mensagem por Tricampeão » 23 Fev 2011, 23:56

Compson escreveu:Parece que Dilma acertou na aposta de reduzir o PMDB do governo e/ou Lula acertou em acolher Temer como vice:

PMDB vota fechado com o governo por salário mínimo de R$ 545
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/0 ... 818461.asp
Não entendi o raciocínio. Se o PMDB votou com o governo, isso não reforça a tese de que a aliança funcionou? Por que a Dilma teria acertado em reduzir o espaço do PMDB?

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Re:

#60 Mensagem por Compson » 24 Fev 2011, 11:36

Tricampeão escreveu:
Compson escreveu:Parece que Dilma acertou na aposta de reduzir o PMDB do governo e/ou Lula acertou em acolher Temer como vice:

PMDB vota fechado com o governo por salário mínimo de R$ 545
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/0 ... 818461.asp
Não entendi o raciocínio. Se o PMDB votou com o governo, isso não reforça a tese de que a aliança funcionou? Por que a Dilma teria acertado em reduzir o espaço do PMDB?
Porque reduzir a participação do PMDB(*) no governo não levou a uma rebelião da bancada desse partido, como sonhavam os panfletários tucanos. Foi um acerto, pois Dilma percebeu que os pmdbistas não eram tão fodões assim e podiam ser deixados pra escanteio (principalmente com a queda da participação relativa do partido na bancada governista) e/ou Temer/Sarney mantêm o "baixo clero" na linha.

(*) A meu ver, um fato positivo, pois acrescenta muito pouco ideológica, política e tecnicamente; é um balaio de gatos com caras de grande popularidade regional, sem muita identidade própria.

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