20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#46 Mensagem por Gilmor » 16 Ago 2013, 23:31

japa.cp escreveu:Todas essas empresas envolvidas também fazem negócios com outros estados e com o governo federal. É muita ingenuidade acreditar que essas empresas fazem a corrupção somente no estado de São Paulo.

Levando em consideração que o PT não anda muito bem com a sua popularidade, não seria isso uma manobra do PT para denigrir o PSDB ?
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Com certeza, no PSDB só tem homens bons, essa estória de corrupção no metrô não passa de tró-ló-ló petista, inclusive é culpa dos petralhas a criação de processos criminais contra a Siemens e Alston em países europeus.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#47 Mensagem por Gilmor » 16 Ago 2013, 23:34

Compson escreveu:
Mistar Gaga escreveu:Sabe quando o Itaú vai pagar isso?
Já deve ter pago já... Imagina que uma instituição séria como essa vai correr risco de ficar com o nome sujo na praça! Tô só esperando divulgarem o Darf ou a GRU pra esfregar na sua cara....

Vossa excelência frequenta este Fórum para fazer chicanas!
Compson, como bom marinado, defendendo os financiadores da futura presidenta. :lol: :lol: :lol:

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#48 Mensagem por japa.cp » 17 Ago 2013, 17:28

Gilmor escreveu:
japa.cp escreveu:Todas essas empresas envolvidas também fazem negócios com outros estados e com o governo federal. É muita ingenuidade acreditar que essas empresas fazem a corrupção somente no estado de São Paulo.

Levando em consideração que o PT não anda muito bem com a sua popularidade, não seria isso uma manobra do PT para denigrir o PSDB ?
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Com certeza, no PSDB só tem homens bons, essa estória de corrupção no metrô não passa de tró-ló-ló petista, inclusive é culpa dos petralhas a criação de processos criminais contra a Siemens e Alston em países europeus.
Não estou defendendo o PSDB nem o PT, nenhum dos 2 tem moral na minha opinião mas que o PT tem o hábito de atacar e denegrir o PSDB para tirar vantagem política das coisas isso é fato.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#49 Mensagem por Charlies Sheen » 18 Ago 2013, 22:08

O Cade é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça, que tem o petista José Eduardo Cardozo no comando. A investigação é antiga, no entanto veio à tona no momento em que a Dilma perde popularidade, e o Lula quer lançar a candidatura de Padilha para o Governo de São Paulo. Então é possível sim que tenha havido uma manobra política.
Independente disso, o PSDB comandou São Paulo, e é provável que haja autoridades ligadas ao partido envolvidas nessas licitações forjadas.
Entretanto o cartel tem ramificações por todo o Brasil, não é um problema ligado somente à São Paulo, e às autoridades paulistanas.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#50 Mensagem por Gilmor » 22 Ago 2013, 01:46

Lobo Solitário escreveu:O Cade é um órgão subordinado ao Ministério da Justiça, que tem o petista José Eduardo Cardozo no comando. A investigação é antiga, no entanto veio à tona no momento em que a Dilma perde popularidade, e o Lula quer lançar a candidatura de Padilha para o Governo de São Paulo. Então é possível sim que tenha havido uma manobra política.
Independente disso, o PSDB comandou São Paulo, e é provável que haja autoridades ligadas ao partido envolvidas nessas licitações forjadas.
Entretanto o cartel tem ramificações por todo o Brasil, não é um problema ligado somente à São Paulo, e às autoridades paulistanas.
Pelo visto não leu a noticia no preâmbulo do tópico.

Quem deu origem ao escândalo foi a Siemens que denunciou o governo de São Paulo por exigir as propinas conforme planilha abaixo:

[ external image ]

A Siemens só denunciou o governo paulista ao Cade pq responde processo na U.E. por fraude e formação de cartel.

Nesse processo os executivos se valeram da delação premiada e entregaram todo o esquema de corrupção no metrô paulista.

A Siemens só se encarregou de entregar ao Cade o que já havia entregue a justiça europeia.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#51 Mensagem por Charlies Sheen » 22 Ago 2013, 23:26

Gilmor escreveu:Quem deu origem ao escândalo foi a Siemens que denunciou o governo de São Paulo...

A Siemens só denunciou o governo paulista ao Cade pq responde processo na U.E. por fraude e formação de cartel.

Nesse processo os executivos se valeram da delação premiada e entregaram todo o esquema de corrupção no metrô paulista.

A Siemens só se encarregou de entregar ao Cade o que já havia entregue a justiça europeia.
Uma coisa é a denúncia da Siemens ao órgão fiscalizador, que deve ser apurada até as últimas consequências.
Outra coisa é o possível uso político que se faz da denúncia, com o objetivo de favorecer determinados interesses.
Uma coisa é uma coisa, e a outra coisa é outra coisa.
Editado pela última vez por Charlies Sheen em 22 Ago 2013, 23:58, em um total de 1 vez.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#52 Mensagem por Charlies Sheen » 22 Ago 2013, 23:55

O PT articula-se para formar CPI e investigar as irregularidades nas licitações de São Paulo:
"Há proposta de CPI na Câmara, ainda não definimos se vamos apoiar uma comissão mista, com deputados e senadores. A CPI do Cachoeira não deu em nada, mas isso não nos impede de fazer uma investigação", disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
http://app.folha.com/m/noticia/295805

O problema é que este Cartel não tinha negócios somente com São Paulo.
Investigações demonstram que há outras unidades da federação envolvidas - Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
Em todos esses há investigações sobre combinações de preços e superfaturamentos.
Se pagaram propina para as autoridades de São Paulo, pagaram propina para as autoridades desses outros Estados.
Se as autoridades de São Paulo foram coniventes, as autoridades dos outros Estados também podem ter sido coniventes.
Tudo ainda está sendo investigado.
Então se é para se apresentar uma proposta de CPI, façam uma investigação dos contratos do grupo com todo o Brasil, e não somente uma investigação adstrita aos membros do governo de São Paulo, como diz a matéria.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#53 Mensagem por Carnage » 23 Ago 2013, 23:52

Aécio abate Serra no PPS e há quem veja suas digitais nas notícias do Propinão tucano no metrô
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... -e-ha.html


http://www.brasildefato.com.br/node/14462
Escancarado esquema de corrupção tucana no Metrô de São Paulo

PSDB é apontado como base de esquema de cartel que envolvia empresas transnacionais no avanço sobre licitações públicas no Metrô e trens metropolitanos

25/07/2013

Márcio Zonta

da Redação


Na última semana, uma denúncia da transnacional alemã Siemens escancarou de vez a relação de sucessivos governos do PSDB, em São Paulo, com empresas internacionais na formação de um cartel para se apoderar de licitações públicas no Metrô e trens metropolitanos. Há 20 anos, desde Mário Covas e mantido pelos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, o esquema envolve volumosas cifras pagas em propinas por aproximadamente 11 transnacionais, além do desvio de dinheiro público das obras do Metrô e da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM).

A Siemens, que também fazia parte do esquema, revelou que as empresas venciam concorrências com preços superfaturados para a manutenção e a aquisição de trens e para a realização das obras de expansão de linhas férreas tanto da CPTM, quanto do Metrô.

Segundo investigações concluídas na Europa, a teia criminosa também vinculada a paraísos fiscais, teria onerado minimamente, até o momento, 50 milhões de dólares dos cofres públicos paulistas.

Ademais, informações recentes de um inquérito realizado na França apontam que parte da verba movimentada nas fraudes seria para manter a base sólida do esquema no Brasil, formada pelos governadores tucanos, funcionários de alto escalão do governo, autoridades ligadas ao PSBD e diversas empresas de fachada montadas para atuar na trama.

Dessa forma, o financiamento de campanhas eleitorais aos governadores do PSDB foi constante desde o início da fraude na tentativa de manter a homogeneidade do esquema ilícito.

“Não dá para manter uma armação dessas sem uma base, um alicerce que garanta a continuação das falcatruas. Por isso José Serra e Alckmin, que se alteram no poder nos últimos anos, estão intimamente bancados e ligados a essa tramoia”, acusa Simão Pedro, secretário municipal de Serviços.

Um dos executivos da Siemens, que prestou depoimentos ao Ministério Público paulista, confirma as acusações de Simão. “Durante muitos anos, a Siemens vem subordinando políticos, na sua maioria do PSDB e diretores da CPTM”, relata.

Agora, diante de provas contundentes, sobre o que seria um dos maiores crimes de corrupção da história envolvendo o transporte público no Brasil, políticos da oposição, autoridades no assunto e parte dos próprios metroviários questionam no momento a forma como a justiça brasileira vem tratando o caso.

Para eles, o episódio ganhou apenas mais um capítulo com a delação da Siemens ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), pois a situação já é investigada e denunciada com vigor desde 2008 por países europeus. Porém, no Brasil, algo parece amarrar o andamento dos 15 processos abertos pelo Ministério Público, só em São Paulo.
Há 20 anos, desde Mário Covas e mantido pelos governos de José Serra e Geraldo Alckmin, o esquema envolve volumosas cifras pagas em propinas por aproximadamente 11 transnacionais. Foto: Goveno SP

Nomes

A transnacional francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui são algumas das que fazem parte do esquema delatado pela Siemens. Após ganhar uma licitação, essas empresas geralmente subcontratavam uma outra para simular os serviços, e por meio da mesma realizar o pagamento da propina.

Em 2002, no governo de Geraldo Alckmin, a alemã Siemens venceu a disputa para manutenção preventiva de trens da CPTM. Para isso, subcontratou à época a MGE Transportes. A Siemens teria pagado a MGE R$ 2,8 milhões em quatro anos. Desse montante, ao menos R$ 2,1 milhões foram distribuídos a políticos do PSDB e diretores da CPTM.

Diversos nomes foram citados na delação da transnacional alemã que fariam parte da lista de pagamento de propinas das diversas empresas de fachada. São eles: Carlos Freyze David e Décio Tambelli, respectivamente ex-presidente e ex-diretor do Metrô de São Paulo; Luiz Lavorente, ex-diretor de Operações da CPTM; além de Nelson Scaglioni, ex-gerente de manutenção do Metrô paulista. Scaglioni, por exemplo, seria o responsável por controlar “várias licitações como os lucrativos contratos de reforma dos motores de tração do metrô, em que a MGE teria total controle” diz trecho do documento da delação.

No mais, outro ponto do depoimento do executivo da Siemens que vazou à imprensa cita Lavorente como o responsável por receber o dinheiro da propina e fazer o repasse aos políticos do PSDB e partidos aliados.

Silêncio no Tribunal

Se as provas estão às claras, a pergunta que paira no ar é por que a justiça brasileira, sendo previamente avisada por órgãos da justiça internacional europeia sobre casos parecidos que pipocavam, em outros lugares do mundo, envolvendo a Alstom, por exemplo, não tomou as devidas providências e permitiu que novos contratos fossem realizados com o governo paulista.

Em 2010, dois anos após as investigações terem se iniciado também no Brasil, José Serra estabeleceu um contrato de R$ 800 milhões com a Alstom para supostamente resolver o problema da superlotação dos trens do metrô. A alternativa era aumentar a malha ferroviária e modernizar o sistema do metrô nas linhas 1, 2 e 3.

Uma das exigências da Alstom, entretanto, era que os trens da composição fossem reformados pela mesma para que se adequassem ao novo sistema. “O orçamento apresentado pela transnacional francesa ficou mais caro do que se fossem comprar novos trens, mesmo assim Alckmin aceitou e bancou”, diz Paulo Pasim, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.

Com o término da implantação do sistema previsto para 2011, até o momento a empresa não viabilizou o prometido. “A Alstom não tinha as mínimas condições técnicas para realizar o projeto e ganhar a licitação, tanto é que estamos em 2013 e a empresa não conseguiu fazer o que foi prometido”, afirma Pasim.

Diante dos fatos, a reportagem do Brasil de Fato tentou contato com diversos promotores de Justiça para apurar sobre o andamento das investigações já instauradas contra a Alstom. O responsável pela investigação sobre a empresa francesa, o promotor Silvio Marques do Ministério Público Estadual, não quis prestar declarações.

Outros dois promotores foram procurados pela reportagem, Marcelo Mendroni, que investiga as irregularidades da linha 5 do Metrô, e Roberto Bordini. Ambos também preferiram não comentar sobre o assunto. Por fim, o promotor Saad Mazum, que investiga a improbidade administrativa do caso não foi encontrado até o fechamento dessa edição.

“O único lugar que o processo de investigação não foi levado adiante foi no Brasil. Nos outros países o desfecho foi mais rápido”, lamenta Pasim. Na Inglaterra, França e Suíça, as investigações concluíram que a Alstom realizava pagamento de propina para ganhar licitações.

Também foi confirmado que os executivos da transnacional francesa estavam envolvidos em lavagem de dinheiro e fraude na contabilidade da empresa. O deputado federal Ivan Valente (PSOL) também reclama da demora e do silêncio da justiça brasileira frente aos crimes. Ele aponta que desde 2009 vem realizando uma série de denúncias contra as relações de irregularidades envolvendo o PSDB, a Alstom e a Siemens em licitações de obras públicas.

“Até agora esperamos resposta do promotor do processo Silvio Marques, mas sem sucesso”, reclama.

Para Valente, é necessário, diante dessas novas denúncias, cobrar com rigor a Justiça para que todos os envolvidos sejam punidos verdadeiramente. “Não cabe ao Cade ou ao Ministério Público conceder delação premiada a Siemens ou fazer acordo e aplicar multa às transnacionais envolvidas num caso de corrupção milionário como esse. Todos têm que pagar, inclusive Serra e Alckmin”, cobra.

Por que a Siemens delatou?

Ao expor à Justiça os detalhes do cartel formado por diversas transnacionais para avançar sobre licitações públicas envolvendo o metrô de São Paulo e os trens da Companhia Paulista de Transportes Metropolitano (CPTM), a alemã Siemens ficará livre de possíveis processos referentes ao caso.

Para o deputado federal Ivan Valente, não resta dúvida de que a Siemens agiu muito mais em busca de uma situação favorável a ela do que por um sentimento de honestidade ou arrependimento por fazer parte das irregularidades.

“A atitude da Siemens é a tentativa de limpar a barra dela caso a situação viesse a público de outra forma, ainda mais nesse clima anticorrupção que vivemos nas ruas”, pensa o deputado.

Ademais, a Siemens teria a intenção de formar um clima favorável para ganhar futuras licitações públicas no âmbito do transporte público na esteira dos grandes eventos esportivos, Copa do Mundo e Olimpíadas. Não por acaso, as empresas denunciadas pela Siemens: Alstom, Bombardier, CAF e a Mitsu apresentaram projeto para as obras do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, que será licitado em agosto. “Por isso, de olho nos diversos negócios futuros no Brasil, a Siemens não queria se comprometer”, conclui Valente.



Defesa de Serra não cola
http://www.ocafezinho.com/2013/08/09/de ... -nao-cola/



Teste republicano 
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... epublicano
Às vésperas de o STF reiniciar as sessões sobre a ação penal 470, notícias referentes ao cartel dos trens montado em São Paulo entre 1998 e 2008 colocam à prova o sentido republicano das instituições e grupos sociais que têm se mobilizado contra a corrupção no último período.

Terão a mesma energia ou o ímpeto revelado irá esmorecer, agora que são outros os personagens na berlinda?

Observe-se a equivalência dos dois escândalos. Em um, acusa-se o partido no poder federal de ter desviado algo em torno de R$ 30 milhões para montar um esquema destinado a permanecer no governo em que se encontra há dez anos. No segundo, fala-se em propinas da ordem de R$ 40 milhões para financiar o partido no Executivo estadual paulista há quase duas décadas.


http://istoe.com.br/colunas-e-blogs/col ... GEM+TUCANA
A blindagem tucana
O esquema de autoproteção só foi vencido por uma multinacional alemã, a Siemens, que tomou a decisão de pedir um acordo de leniência


Ainda é cedo para procurar equivalências entre o esquema financeiro que deu origem ao mensalão petista e o esquema que está por trás dos negócios sombrios que envolvem duas décadas de gestão tucana em São Paulo.

O que já se pode assegurar é que em matéria de autoproteção o esquema tucano mostrou-se muito mais eficiente.

A blindagem tucana era tão bem sucedida que só foi vencida por uma multinacional alemã, a Siemens, que tomou a decisão de pedir um acordo de leniência junto às autoridades brasileiras, confessando duas décadas de práticas condenáveis, apresentando nomes, cargos e endereços.

Foi essa iniciativa, que envolve uma das maiores empresas do mundo, que mudou a história.

As primeiras denuncias sobre o propinoduto tucano remetem a 1998 e, como se vê, jamais foram apuradas nem investigadas como se deveria. Adormeceram em inquéritos que não esclareceram todas as provas e indícios. A imprensa nunca mostrou o mesmo apetite para explicar o que acontecia.


Se há algo realmente novo a ser apurado hoje consiste em perguntar por que havia tantos indícios e pouco se investigou, ao contrário do que se fez no mensalão petista.

Num país que hoje debate até erros e possíveis abusos ocorridos no julgamento do mensalão, que traiam a vontade de punir os acusados de qualquer maneira, ninguém irá acusar o procurador Antônio Carlos Fernandes, nem seu sucessor Roberto Gurgel nem o relator Joaquim Barbosa de fazer corpo mole, certo?

A recíproca não é verdadeira.

Mesmo reportagens pioneiras sobre o propinoduto, como a de Gilberto Nascimento, que em 2009 mostrou tanta coisa que hoje deixa tanta gente boquiaberta em relação ao PSDB paulista, não causaram ruído nem preocupação. Neste período, denuncias parciais sobre o caso entravam e saíam dos jornais, de forma esporádica e superficial.

A situação se modificou quando ISTOÉ permaneceu duas semanas consecutivas nas bancas, com duas capas dedicadas ao assunto. As reportagens de Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sergio Pardellas trouxeram revelações importantíssimas e consolidadas sobre as entranhas do cartel de empresas que administrava o esquema.

ISTOÉ faz muito bem em lembrar, na edição que acaba de chega às bancas, a existência de dezenas de inquéritos e investigações iniciadas e encerradas sem maiores consequências. A revista mostra que ninguém pode alegar que não sabia de nada.

O dado político é simples. Se o mensalão petista tivesse sido apurado e investigado no mesmo ritmo do propinoduto tucano, que levou quinze anos para ganhar a estatura atual, apenas em 2020 teríamos uma CPI para ouvir as denúncias de Roberto Jefferson.
Em vez de ser retirado à força da Casa Civil, José Dirceu quem sabe tivesse sido promovido a candidato presidencial, em 2010, e em 2013, como sonhavam tantos petistas, pudesse estar sentado na cadeira de Dilma Rousseff. Ou talvez Lula tivesse escolhido Antonio Palocci como sucessor.

Em qualquer caso, a palavra mensalão ainda não faria parte do vocabulário dos brasileiros. Joaquim Barbosa até poderia ter virado ministro do Supremo – afinal, desde a posse Lula queria colocar um ministro negro no STF – mas dificilmente teria acumulado tanta popularidade em função de um julgamento que talvez só fosse ocorrer, quem sabe, em 2027.

Seguindo nessa pequena ficção científica, também seria curioso perguntar quais, entre os líderes do PSDB, quais teriam sido levados ao banco dos réus.

Teriam direito a um julgamento isento ou teríamos aplicado a teoria do domínio do fato? Ou, a exemplo do mensalão PSDB-MG, teriam sido todos levados a um tribunal de primeira instância? Os juízes se divertiriam fazendo piadinhas sobre os tucanos e seus discursos éticos?

Basta colocar rostos e nomes nos dois escândalos para compreender que nunca teriam o mesmo desfecho, certo?

Até agora, nem a Assembléia Legislativa nem o Congresso conseguiram assinaturas para abrir uma CPI. É um recorde, quando se lembra que, entre 2005 e 2006, funcionavam três CPIs para tratar do mensalão.

O governador Geraldo Alckmin decidiu montar uma comissão para acompanhar as investigações. Imagine se Lula tivesse feito a mesma coisa, em 2005. No mínimo teria sido acusado de usar o “aparelho petista” para influenciar os trabalhos do Congresso e da Justiça, certo?

A semelhança entre os escândalos não se encontra nos personagens, nem em seus compromissos políticos.

A semelhança reside no caráter do Estado brasileiro, na sua fraqueza para se proteger de interesses privados que procuram alugar e controlar o poder político.

É um drama que está na origem do mensalão petista e ajuda a entender a prolongada e impune existência do propinoduto tucano.

Depois de ensinar que a história ocorre uma vez como tragédia e uma segunda, como farsa, Karl Marx nos lembrou que os homens não atuam sob condições ideais, que aprendem nos livros de boas maneiras nem nos cursos de civismo, mas atuam sob condições dadas, que herdaram de seus antepassados.

O discurso moralista gosta de atribuir a corrupção à falta de escrúpulos de nossos políticos, o que é uma visão ingênua e perigosa.

Não há dúvida de que pessoas inescrupulosas podem enriquecer com o dinheiro dos esquemas políticos. (Também há pessoas inescrupulosas que enriquecem na iniciativa privada, na próxima esquina, no primeiro botequim e até em aniversário de criança, vamos combinar).

Mas o dinheiro dos partidos, que circulou nos dois casos, é fruto da natureza distorcida e abrutalhada de nosso regime político, onde a democracia foi acompanhada por uma libertinagem de alta tolerância nas regras financeiras, sob medida para que o Estado pudesse ser capturado e alugado pelas potencias privadas.

Numa sociologia rápida, pode-se dizer que, com o fim da ditadura militar, a turma do alto da pirâmide passou a utilizar o sistema privado de financiamento de campanha como um contrapeso para enfrentar demandas populares.

Num regime democrático, a questão social não pode ser um caso de cadeira de dragão no DOI-CODI, não é mesmo? Tenta-se, então, amaciar o pessoal de cima.

É por isso, e não por outra coisa, que sempre se tratou com palavras de horror fingido todo esforço para regulamentar verbas de campanha e mesmo para impedir que eleitores de R$ 1 bilhão de votos pudessem se impor sobre um regime que, no papel, prevê a regra de que l homem = 1 voto.

Neste aspecto, as confissões dos executivos da Siemens contém ensinamentos úteis a todos.

Um dos mais preciosos é o diário de um gerente, que detalha as negociações para a construção da linha 5 do metrô paulista. Fica claro, ali, que as empresas privadas são senhoras da situação. Negociam acordos, partilham obras, serviços e, é claro, verbas. Interessado no metrô, uma obra mais do que necessária, tanto para a população como para seus planos políticos, o governo – o titular, na época, era Mário Covas – está reduzido a impotência absoluta.

Não tem força política para impor aquilo que a lei manda, que é a concorrência impessoal e absoluta entre as partes. Não lhe passa pela cabeça denunciar suas práticas à Justiça.

Em tempos de privatização acelerada, novidade que o PSDB ajudava a trazer ao país na época, junto com controles de gastos que proibiam qualquer gasto maior, não se cogita a possibilidade de entregar um investimento tão grandioso ao Estado.

Nessa situação o governo é forçado a ceder ao cartel de falsos concorrentes e adversários de araque, sob o risco de enfrentar ações judiciais, protestos e investigações que irão paralisar os investimentos.

É assim que o governador, chamado de “cliente” no diário, manda dizer que quer que “eles se entendam”. O “cliente” também avisa que após o acordo entre os concorrentes, irá recusar reclamações e queixas futuras.

Num artigo sobre o caso, a colunista Maria Cristina Fernandes, do Valor, recorda que, com o passar dos anos, os governos petistas também fizeram a mesma coisa, instalando no ministério dos Transportes – armazém de gastos de vulto -- partidos com “notória especialização nos contratos da política.”

Essa situação cinzenta tem uma finalidade. Quer-se impedir o surgimento de novos entraves a investimentos necessários ao país.

Bobagem querer enxergar o que se passa nos bastidores com olhares simplórios do simples moralismo.

O país necessita de investimentos para criar empregos e se desenvolver. As obras de infraestrutura, como metrô, se destinam a superar uma omissão histórica. A questão é política e envolve a definição de regras que permitam a democracia brasileira recuperar sua soberania, mantendo o dinheiro dos interesses privados longe da política e dos políticos. Seu lugar é a economia e não o Estado.

Nós sabemos que a necessidade de uma reforma política é apoiada por 85% dos brasileiros. Ela pode proibir o uso de dinheiro privado no financiamento político, cortando o laço material que se encontra na origem de tudo. Um escândalo desse tamanho pode ser de grande utilidade neste debate.

Quem dizia que o debate sobre reforma eleitoral era desculpa do adversário tem a oportunidade de assumir uma postura honesta e encarar a discussão. Não se trata de uma guerra de propineiros x mensaleiros mas de um esforço para emancipar a democracia de outros interesses além da soberania popular.

Marcolino: Esquema de corrupção em SP é mais amplo que o noticiado
http://www.viomundo.com.br/denuncias/ma ... r-cpi.html



http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... gajada.htm
Caso Siemens desmoraliza de vez a mídia engajada

O editorial de Veja desta semana, do jornalista Eurípedes Alcântara, é um monumento ao cinismo. Nele, o diretor da revista afirma: "Há indícios, mas não provas". No texto, diz que "ao escândalo Siemens no Brasil faltam evidências sólidas" e diz que "tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão buscando" (pausa para gargalhada). Antes dele, Merval Pereira havia lamentado a corrupção no PSDB e Reinaldo Azevedo afirmou que a teoria do domínio do fato não poderia ser aplicada a tucanos como Andrea Matarazzo. Essa cautela, evidentemente, jamais existiu em relação aos adversários políticos dessa mesma imprensa, que eram criminalizados ainda enquanto réus. O que demonstra que a ética se transformou, no Brasil, em instrumento de guerra política e comercial

11 de Agosto de 2013 às 09:19


247 - Nunca foi tão fácil enxergar o cinismo, a desfaçatez e a hipocrisia da imprensa brasileira. Bastou que um escândalo atingisse seus aliados políticos tradicionais, para que essa postura viesse à tona. Do escândalo Siemens, emerge uma mídia que opera com dois sistemas métricos distintos: um para os amigos, outro para os adversários.

De todas as peças produzidas até agora, a mais cara de pau é o editorial de Veja, assinado por Eurípedes Alcântara. "Há indícios, mas não provas", diz o diretor de Veja. No mundo da Editora Abril, os olhos estão fechados para os emails da Siemens e da Alstom que falam em licitações combinadas e até em propinas para grão-tucanos como Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil, e Andrea Matarazzo, figura próxima a Mario Covas, José Serra e Fernando Henrique Cardoso.

No mundo de Veja, não existem provas, apenas indícios, mas há três anos a imprensa noticiou o bloqueio de uma conta na Suíça atribuída a Robson Marinho, braço direito de Mario Covas, cujos recursos seriam provenientes da Alstom (leia aqui reportagem do Estado de S. Paulo). Documentos agora revelados – e ignorados por Veja – falam que a propina da Alstom cobriria RM (Robson Marinho), o partido (o PSDB) e a Secretaria de Energia (ocupada, à época, por Matarazzo).

Como Eurípedes sabe que empresta sua pena a um argumento indefensável, ele praticamente dá um piti, no seu editorial. "A esta altura, porém, não há como esquecer que o PR, o PTB, o PMDB e, claro, o PT acostumaram o Brasil a um padrão de escândalos tão abundantes em provas e com enredo tão ousado quanto primário que é impossível ser igualado. São dólares na cueca, mansão cheia de prostitutas em Brasília, Land Rover, jatinhos, governo paralelo montado em quartos de hotel, balcão de negócios dentro do Palácio do Planalto, filme de corrupto embolsando dinheiro, confissão, drama, condenação à prisão pelo STF – só não tem arrependimento".

O que ele não afirma é que o padrão do metrô supera toda a sua descrição. Mais sofisticados, os tucanos operaram com empresas internacionais, indicaram a elas que empresas deveriam ser subcontratadas e, em alguns casos, como parece ser o de Robson Marinho, apontaram as contas no exterior que deveriam receber os recursos.

Diante das evidências, cai por terra o argumento de que a imprensa brasileira representa "os olhos e ouvidos da ação". Veja, por exemplo, é claramente caolha. Só enxerga o lado que interessa. Mas não está só. Antes dela, o colunista Merval Pereira lamentou a corrupção tucana e se apressou em inocentar o ex-governador José Serra (leia aqui). Reinaldo Azevedo deu um chilique e afirmou que a teoria do domínio do fato, usada pela Polícia Federal para indiciar Andrea Matarazzo e pelo Supremo Tribunal Federal para condenar José Dirceu, não poderia ser aplicada ao político tucano (leia aqui).

Ora, se a mesma cautela fosse aplicada aos adversários dessa mesma imprensa, o julgamento mais emblemático dos últimos anos teria transcorrido de forma bem menos turbulenta. No entanto, se para os amigos as provas podem ser transformadas em indícios, para os adversários os indícios também podem ser convertidos em provas. Além disso, essa mesma imprensa que faz da ética seu cavalo de batalha se julga no direito de colocar a faca no pescoço de juízes – como Veja faz nesta semana em relação a Ricardo Lewandowski (leia aqui) – para defender seus interesses políticos, que, na prática, são interesses comerciais.

Pobres dos juízes e procuradores que se deixam manipular por uma imprensa partidária, seletiva, autoritária e, agora, totalmente desmoralizada.

PS: o editorial de Eurípedes termina com a piada do ano. "Ao escândalo Siemens faltam evidências sólidas. Tanto quanto as autoridades, os repórteres de Veja as estão buscando".

Podem rir à vontade.


http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... iemens.htm
Tucaníssima, Veja rasga fantasia no caso Siemens

Se ainda havia alguma dúvida sobre o engajamento político da revista Veja, ele desaparece por completo na edição desta semana; reportagem "O acerto que saiu dos trilhos" é capaz de gastar papel e tinta com o caso Siemens praticamente sem mencionar políticos tucanos e sem publicar nenhuma foto; sobra até para um petista, o ex-presidente Itaipu, Jorge Samek, que teria pedido favores para perdoar uma dívida da multinacional alemã; nada sobre Geraldo Alckmin, Mario Covas, Robson Marinho (acusado de receber propinas de US$ 20 milhões) ou Andrea Matarazzo, também indiciado pela Polícia Federal; na única citação a políticos, José Serra e José Roberto Arruda, Veja afirma que os dois aparecem "em situações não comprometedoras"; uma reportagem vergonhosa, que não traz de nada de novo sobre o caso Siemens, mas revela a natureza partidária de Veja
(...)

Mídia e metrô tucano: como servir a Deus sem trair o Diabo?
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... st_id=1298


Caso Siemens: vazamentos acabaram antecipando pauta antes da hora
http://www.jornalggn.com.br/blog/vazame ... es-da-hora



http://www.hojeemdia.com.br/noticias/po ... c-1.157085
Cartel do metrô teria irrigado lista de Furnas no governo de FHC

A procuradora da República Andréa Bayão Ferreira acusa o ex-diretor de planejamento de Furnas, Dimas Toledo, empresários e políticos de participarem da “lista de Furnas”, uma caixinha de campanha clandestina que funcionou na estatal no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A denúncia reúne um arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita que, além de atestar a veracidade, comprova a existência de um “mensalão” organizado por Dimas na estatal.

A suspeita é de desvio de mais de R$ 54 milhões em contratos superfaturados, que alimentavam os financiamentos ilegais de campanha de 153 políticos – incluindo as de ex-governadores de São Paulo e Minas Gerais. (...)


http://www.hojeemdia.com.br/noticias/po ... c-1.157085
Cartel do metrô teria irrigado lista de Furnas no governo de FHC
Rodrigo Lopes - Hoje em Dia
Desvio em contratos superfaturados em Furnas chegaria a R$ 54 milhões


A procuradora da República Andréa Bayão Ferreira acusa o ex-diretor de planejamento de Furnas, Dimas Toledo, empresários e políticos de participarem da “lista de Furnas”, uma caixinha de campanha clandestina que funcionou na estatal no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A denúncia reúne um arsenal de documentos da Polícia Federal e da Receita que, além de atestar a veracidade, comprova a existência de um “mensalão” organizado por Dimas na estatal.

A suspeita é de desvio de mais de R$ 54 milhões em contratos superfaturados, que alimentavam os financiamentos ilegais de campanha de 153 políticos – incluindo as de ex-governadores de São Paulo e Minas Gerais. Em agosto de 2006, a PF recolheu R$ 1,2 milhão e outros US$ 356 mil, em Bauru (SP), na casa de Airton Antônio Daré, sócio da empresa Baruense Tecnologia e Serviço, que recebeu R$ 500 milhões de Furnas entre 2000 e 2005.

Para o MP, o esquema era custeado por contratos superfaturados assinados pela estatal com as empresas Toshiba do Brasil e JP Engenharia Ltda. Elas foram contratadas, sem licitação pública, para realizar obras no Rio. A Alstom do Brasil e Siemens, acusadas de pagar mais US$ 20 milhões de propina a partidos, venceram vários contratos com Furnas. Elas aparecem na chamada lista de Furnas como possíveis financiadoras do esquema de repasse de dinheiro a políticos. (…)




http://www.brasil247.com/pt/247/poder/1 ... de-FHC.htm
Propina da Alstom ajudou a bancar reeleição de FHC

Os R$ 3 milhões arrecadados por Andrea Matarazzo foram usados na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998; planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial; informações fazem parte de denúncias publicadas por (pasmem) a revista Veja e a Folha de S. Paulo; áulicos do PSDB, como Reinaldo Azevedo, se esforçam para dizer que Matarazzo não tinha o "domínio do fato"; para FHC, PT e PSDB não são "farinha do mesmo saco"




Quando Aécio ainda pensava em ser candidato a presidente em 2010....

http://veja.abril.com.br/blog/de-paris/tag/alston/
15/11/2008
Paris: Conversa com Aécio Neves
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, passa esta semana entre a França e a Itália. O objetivo da viagem é, sobretudo, uma tentativa de evitar que os investimentos estrangeiros em Minas sejam adiados devido à crise financeira que está empurrando mundo para recessão.
(...)
Durante a passagem de Aécio por Paris, o grupo francês Alston anunciou sua entrada na licitação para expansão do metrô  de Belo Horizonte. Um sitema deficitário que transporta 150.000 passageiros. O projeto mineiro de Parceria Público-Privada (PPP) prevê custo na primeira etapa de 2 bilhões reais e 4 bilhões de reais quando completo.







A ética da jabuticaba: Siemens e Alstom patrocinam o Ethos
http://www.tijolaco.com.br/index.php/a- ... m-o-ethos/


"Mensalão" versus "trensalão": quem perde mais?
http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... e-mais.htm


Patético....

Alckmin diz que vai processar Siemens, mas mantém contratos com empresa
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 3789,0.htm


PT consegue unidade para criar CPI do caso Siemens
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/1 ... iemens.htm



http://www.cartacapital.com.br/blogs/le ... -9035.html
Circo tucano
Depois da bolinha de papel de Serra, a farsa do processo de Alckmin contra a Siemens
por Leandro Fortes — publicado 13/08/2013 17:36


Agora, falando sério.

Quem, pelas pedras pisadas do cais, deu essa ideia de jerico ao governador Geraldo Alckmin? Em que mundo vivem os tucanos de São Paulo, ainda crentes da possibilidade de enganar um país inteiro com uma maluquice dessas? Não aprenderam NADA com o episódio da bolinha de papel de José Serra? Nada, nada?

A meu ver, a única explicação para uma saída indecente e patética como essa – o suspeito de ser corrupto processar o corruptor que está colaborando com a Justiça – é a plena confiança que essas lideranças do PSDB têm na submissão e na cumplicidade dessa velha e carcomida mídia nacional. Não tem outra explicação.

Quando li essa informação na coluna de Mônica Bergamo, a quem admiro como ótima jornalista que é, juro que pensei que era mais uma sacanagem de José Simão. Mas não era.

A notícia de que Alckmin, um dos principais suspeitos de ter montado e se beneficiado do esquema de propinas da Siemens, irá processar a empresa alemã foi dada de forma séria, como se isso fosse possível, como se fôssemos, todos nós, idiotas ligados aos tubos da Matrix.

Eu compreendo os conservadores, essas pessoas que têm uma visão individualista do mundo, das relações sociais, que imaginam ser o liberalismo econômico a única saída para o pleno desenvolvimento social. A vida seria insuportável se todos pensassem da mesma forma – e eu não teria com quem quebrar o pau no Facebook. A direita deve ter seu encanto, senão não teria tanta gente com ódio do Bolsa Família e com tanta saudade da ditadura militar.

Mas eu acho que, agora, essa discussão deve se sobrepor ao posicionamento político de cada um.

O grupo político que arrota austeridade, choques de gestão e aponta o dedo na cara de mensaleiros e petralhas é este que, agora, está sob a mira da Justiça suíça e do Ministério Público de São Paulo, embora deste último não se deva esperar muita coisa contra os tucanos.

Este grupo político, há quase duas décadas no governo de São Paulo, inclui, além de Geraldo Alckmin, o falecido Mário Covas e o vivíssimo José Serra.

A história de Covas, é uma pena, não merecia essa mácula, mas o fato é que o esquema da Siemens começou com ele. É pouco provável que ele não soubesse do que estava acontecendo, ainda mais porque o negócio, ao que tudo indica, era tocado por um assessor direto dele, Robson Marinho.

Alckmin, este que quer processar a Siemens, deu andamento e tamanho ao esquema. Serra foi o feliz herdeiro que, segundo e-mails trocados por executivos da empresa alemã, costurava os acordos para modernizar a formação do cartel.

Não tenho dúvidas de que jornalões e alguns jornalistas dessa triste mídia brasileira irão, apesar do ridículo, endossar essa estratégia de Alckmin para manter o mínimo de dignidade eleitoral dos tucanos, para manter viva a esperança de derrotar Dilma Rousseff, de qualquer maneira, em 2014.

O Jornal Nacional fez esse serviço, em 2010, quando inventou que Serra, além da bolinha de papel, havia levado na careca um petardo de rolo de fita crepe de 100 quilos.

Mas e as pessoas decentes, de boa fé, estas que foram à rua bradar contra a corrupção quando o gigante acordou?

O que farão essas pessoas?

Vão se deixar cair, novamente, no conto da bolinha de papel?

Vão compactuar com mais essa palhaçada apenas para manter alimentado o bicho conservador e antipetista que têm na barriga?

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#54 Mensagem por Carnage » 24 Ago 2013, 00:01

A tardia indignação de Alckmin
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... e-alckmin/



Mídia desembarca do “Tucanic”
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... o-tucanic/



Do O Globo
Outra investigação sobre contrato da CPTM se arrasta há dez anos
TCE viu irregularidades, mas ação atrasou na Assembleia

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... ha-10-anos



As lições do caso Siemens
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... so-siemens


Eliane: declaração de Alckmin não exime PSDB da culpa
http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... -culpa.htm


Bob Fernandes: Sobre os acusadores dos últimos anos
http://www.viomundo.com.br/denuncias/bo ... -anos.html




E o mais importante, a mostra da “competência“ tucana em tocar o metrô. Ou é burrice ou é má fé, pilantragem mesmo:

http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-pasin.html
Denúncias não tocam na “modernização” até agora fracassada do Metrô

publicado em 12 de agosto de 2013 às 18:08

Sindicato dos Metroviários com Movimento Passe Livre

por Luiz Carlos Azenha


O cartaz que os Metroviários de São Paulo distribuiram convocando para a manifestação de quarta-feira me chamou a atenção.

Apenas a ponta do iceberg, menciona o título.

Como assim?

Fui conversar com alguém do ramo: Paulo Pasin, secretário-geral do Sindicato dos Metroviários e presidente da Fenametro, a Federação Nacional dos Metroviários.

Segundo ele, as denúncias que chegaram ao Cade, o Conselho de Defesa Econômica, através da Siemens, a gigante alemã — de que teria havido formação de cartel pelas empresas do setor, com consequente elevação dos preços pagos pelo governo paulista — apenas tangenciam o problema principal, que envolve decisões equivocadas e mesmo temerárias para os passageiros.

Trata-se da tentativa de modernização do sistema de controle do Metrô paulistano, que passaria de uma tecnologia considerada mais antiga — ATC — para o chamado CBTC, communications-based train control, controle de trens baseado em comunicação. O resultado final do processo possibilitaria, em tese, colocar 20% a mais de trens rodando nas linhas existentes, reduzindo o sufoco diário dos passageiros paulistanos.

Em sistemas originalmente construídos com o CBTC, os trens podem operar muito mais próximos uns dos outros, com segurança. O desafio é pegar um sistema antigo e adequá-lo.

Isso exige várias reformas e adequações nos trens, plataformas e no sistema de controle.

O contrato para a mudança do sistema foi fechado com a francesa Alstom, em 2008, no valor de R$ 780 milhões.

O prazo para implantação era de 36 meses. Embora a francesa faça propaganda do serviço prestado em São Paulo como se tivesse sido bem sucedido, Pasin diz que todos os testes realizados até agora, na linha 2, em horários não comerciais, fracassaram. Dentre outros motivos, por acusar em testes “trens fantasmas”, que somem no sistema, um óbvio risco de segurança.


O fracasso chama atenção para outro contrato, de R$ 1,8 bilhão, para a reforma dos trens. Paulo admite que a reforma era necessária, visto que os trens rodam há 35 anos. Porém, como deveriam ser adequados para compatibilidade com o CBTC, os custos subiram de tal forma que teria valido a pena comprar trens novos.

Foram R$ 1,8 bilhão pela reforma de 98 vagões, envolvendo as empresas Siemens, Iesa, Bombardier, MPE, Tejofran, Temoinsa, Alstom e Siemens. Segundo Paulo Pasin, este valor representaria, à época do fechamento do contrato, cerca de R$ 18 milhões por unidade, quase o valor de um vagão novinho em folha (cerca de R$ 21 milhões). Importante notar que um trem novo tem 10 anos de garantia; um reformado tem apenas dois anos.

Detalhe importante: segundo Paulo Pasin, até hoje, em todo o planeta, nunca foi bem sucedida uma operação de mudança do sistema antigo, o ATC, para o CBTC.

Ele acredita que a expansão do Metrô paulistano sofreu com a decisão, que considera equivocada. Já os fornecedores do Metrô não perderam nada, uma vez que um trem reformado significa a garantia de um mercado substancial de peças de reposição.

Paulo Pasin lembra que a implantação do CBTC também exige a instalação de portas de plataformas. O contrato original, de R$ 72 milhões, previa a instalação de 48 portas em 18 estações. Em seguida, houve a redução do contrato para a implantação de apenas 24 portas em 10 estações. Porém, o valor do contrato foi reduzido em apenas 1%!

O fato, segundo Paulo Pasin, é que o programa de modernização do Metrô paulistano deveria estar concluído em 2011. Porém, gastou-se o dinheiro, estamos em 2013 e não houve o aumento previsto, de 20%, na circulação dos trens. Siemens e Alstom se deram bem. O passageiro paulistano, que pagou a conta, não.


Clique abaixo para ouvir a íntegra da importante entrevista (Paulo Pasin cometeu um equívoco, que corrigiu posteriormente; o preço de um vagão novo do Metrô é de R$ 21 milhões e o preço pago pela reforma foi de cerca de R$ 18 milhões):


Para os tucanos CPI só presta quando é pra investigar o PT e seus aliados!


http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... %80%9D.htm
Líder tucano sobre CPI: “Certamente não vai ser aprovada”

Deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo Geraldo Alckmin na Assembleia Legislativa de São Paulo, criticou ontem as comissões parlamentares de inquérito como instrumento de investigação; "O governador quer apurar, mas não é CPI que apura. CPI nunca apurou nada", afirmou; desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o conluio de empresas nos contratos do Metrô paulista; para Munhoz, "isso aí é uma proposta eminentemente política, sem nenhum conteúdo" (…)


"O governador quer apurar, mas não é CPI que apura. CPI nunca apurou nada", diz o líder. Para a proposta de investigar as denúncias de formação de cartel e corrupção no Metrô não passa de manobra política da oposição na Assembleia. "Certamente (a CPI) não vai ser aprovada. Isso aí é uma proposta eminentemente política, sem nenhum conteúdo", afirma.

Desde 2008, esta é a quarta tentativa do PT para instalar uma CPI sobre o conluio de empresas nos contratos do Metrô paulista. As propostas anteriores não passaram pelo mesmo motivo: bloqueio da maioria governista. Para existir, a comissão precisa de 32 assinaturas. Até o momento, a atual proposta conta com 26 adesões. Fora isso, seria necessário aprovar uma mudança no regimento, com 48 assinaturas, para autorizar o funcionamento de mais do que cinco comissões ao mesmo tempo.

Atualmente, já funcionam quatro: sobre gordura trans, cartelização do mercado de autopeças, empresas de telemarketing e pesca predatória. A quinta será instalada a partir de uma "fila" entre propostas que já conseguiram o número mínimo das 32 assinaturas.
Todas as CPIs aprovadas pelo PSDB na Assembléia são importantissimas, como se vê! :lol:




http://www.tijolaco.com.br/index.php/no ... portugues/
Nos trilhos do propinoduto, surge o caso Renan-tucanos-”Português”
17 de Aug de 2013 | 19:52

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Na imagem aí de cima, você vê a capa da Istoé de 22 de setembro de 1999.


Nela, uma carta (aqui, na íntegra) escrita em linguagem desabrida pelo hoje Presidente do Senado, Renan Calheiros, a Fernando Henrique Cardoso, denunciando pressões do então governador Mario Covas, do PSDB, por negócios. Várias, uma delas a deste trecho:
“A irritação do governador paulista com minhas atitudes chegou ao ápice quando revoguei a Concorrência nº 02/97 – DPF, consubstanciada no processo 08200007434/97-55, no valor de 170 milhões de reais, de interesse da Empresa Tejofran Saneamento e Serviços Gerais Ltda., muito ligada a ele e a seu filho, um certo Zuzinha, que detinha 20% do consórcio. Após ganhar a licitação, essa gente passou a exigir um escandaloso indexador em moeda americana com o obscuro objetivo de reajustar seus preços. Rejeitei a trama lesiva aos cofres públicos.”
Mas o que tem a ver isso com a possível coleta de fundos para o tucanato paulista?

A Tejofran é uma simples empresa de serviços gerais, nascida como um empresa de limpeza de escritórios e comprada em 1975 por Antonio Dias Felipe, o Português, amigo de Mario Covas e padrinho de seu filho Mario Covas Neto, o Zuzinha.

Um homem discretíssimo, do qual a única imagem que se pôde obter é aquela, pequena, que colocamos junto com a de seu afilhado.

Porque uma empresa deste tipo foi parar numa lista com gigantes como a Siemens, a Alston, a Mitsui e a Bombardier?

Simples: a Tejofran está espalhada por todo o governo do Estado de São Paulo, prestando serviços a um número inimaginável de empresas em todos os governos tucanos,

Faz a leitura da maioria dos medidores da Sabesp, da Comgás e da Eletropaulo.

Faz medições em obras públicas.

Operou ou opera, desde os tempos do governo Covas, a arrecadação de pedágios nas rodovias administradas pelo Dersa/DER.

Faz a segurança do Metrô, opera unidades do Poupatempo.

E também dos prédios onde funcionam pelo menos 10 secretarias e órgãos estaduais paulistas, inclusive o Metrô e a CPTM.

Na CPTM, onde começou fazendo a varrição e limpeza dos vagões, hoje é sócia da Bombardier na reforma e modernização de trens, e tem a mesma sociedade no Metrô.

Em 1997, quando surgiram as primeiras denúncias de favorecimento ao dono da Tejofran, Antonio Dias Felipe, Mario Covas reagiu indignado, segundo o Diário Popular, citado no site do presidente do Tribunal de Contas de São Paulo, Antonio Roque Citadini:

“Ninguém vai acusar o Governo do Estado de falcatruas Descubro pelos jornais que estão colocando em dúvida pequenos contratos do Estado com um amigo meu”.

Os “pequenos contratos”, que já nem eram tão pequenos assim, ficaram imensos e somaram bilhões com Geraldo Alckmin e José Serra.

Os trinta mascarados que resolveram acampar em frente à casa de Renan Calheiros, em Brasília, esta tarde, bem que podiam fazer um acordo: eles levantam acampamento, desde que o presidente do Senado conte tudo o que ele sabe – e é muito – sobre as ligações do tucanato paulista com a Tejofran e o gênio das finanças Antonio Dias Felipe, o Português tucano…



http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... no-tucano/
Exclusivo: “A CPTM virou um balcão de negócios do governo tucano”
Joaquim de Carvalho 16 de agosto de 2013



Enquanto a imprensa divulga a formação de cartel para o fornecimento de equipamentos e serviços para as empresas do chamado sistema metro-ferroviário do Estado de São Paulo, a estatal paulista CPTM saiu às compras, com dinheiro do contribuinte.

No dia 3 de julho de 2013, o Diário Oficial do Estado publicou o aviso de homologação da concorrência número 8085132011. Com esta publicação, sabe-se que a CPTM comprará de dois consórcios internacionais 65 trens pelo valor de R$ 1,8 bilhão.

Esta é uma das maiores compras da história da empresa que nasceu da fusão das estatais Fepasa, paulista, e CBTU, federal, em 1992, no rastro de um programa que o governo do então presidente Fernando Collor chamava genericamente de enxugamento da máquina pública.

Ao contrário do que ocorreu com outras empresas públicas, a CPTM ficou sob controle do governo do Estado. “Não foi privatizada, mas quem dá as cartas são empresas privadas e, pior, gigantes estrangeiras”, diz Rogério Centofanti, psicólogo de formação, assessor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, que atua nesta área há mais de 30 anos.

“É como se o estado fosse o dono da vaca, mas quem mama são empresas como a Siemens, a Alston e a CAF”, acrescenta Éverson Craveiro, presidente do Sindicato.

Essa simbiose começou em 1997, quando, sob administração de Mário Covas, o governo do estado aceitou a doação de 48 trens da Renfe, a estatal espanhola de trens.

Segundo Craveiro, foi um presente de grego. “Os trens tinham ar condicionado e música ambiente, mas, para os padrões europeus, não serviam mais, iriam virar sucata”, conta o presidente do Sindicato.

Mas, como na história de Troia, os inimigos estavam ocultos. Logo veio a conta. No acordo de doação, o governo do estado concordou com uma cláusula de exclusividade: a reforma dos trens caberia à Renfe. E havia necessidade de reforma.

O estado gastou, segundo Craveiro, quase o mesmo que o valor de um trem novo. E permitiu a entrada de empresas estrangeiras ao pátio da ferrovia paulista, até então ocupada majoritariamente por empresas nacionais, entre as quais despontava a Mafersa.

O próprio Craveiro denunciou o caso à Justiça, através de uma ação popular, que foi arquivada em razão da existência de outro processo parecido, só que assinada por um deputado, Caldini Crespo, hoje no DEM.

Caldini Crespo tinha uma ação contra o estado, mas estranhamente, durante anos, exerceu influência política na CPTM e no Metrô, nomeando afilhados para a diretoria das duas empresas.

Depois de disputar duas vezes a prefeitura de Sorocaba, berço da ferrovia, Crespo saiu de cena sem conseguir se eleger, apesar das campanhas milionárias.

O processo dele contra o estado também deu em nada, assim uma investigação aberta na época pelo Tribunal de Contas do Estado, que hoje tem entre seus conselheiros Robson Marinho, ex-chefe da Casa Civil do governo Covas e denunciado pela justiça suíça como titular de uma conta usada para receber propinas da Alstom.

“A CPTM se tornou um balcão de negócios do governo tucano”, diz Centofanti, antes de entrar em detalhas da compra mais recente, a de R$ 1,8 bilhão. No edital, a CPTM avaliou em R$ 23,7 milhões o preço de um trem, mas a proposta mais barata foi de R$ 26,2 milhões, oferecido pelo consórcio IESA/Hyundai.

Era um preço superior ao de referência, mas o menor entre três propostas apresentadas. Mesmo assim, o consórcio vendeu apenas trinta dos 65 trens encomendados pela CPTM.

A maior parte – 35 trens — foi para o consórcio da espanhola CAF com a francesa Alstom, que cobrará R$ 28,9 milhões por trem.

Se não tivesse dividido a licitação em dois lotes, a CPTM — com dinheiro do contribuinte paulista, repita-se –, compraria todos os trens por cerca de R$ 1,5 bilhão.

Mas, em razão das estranhas regras do edital, a conta sairá por R$ 1,8 bilhão. Para onde vai essa diferença de R$ 300 milhões?


A IESA/Hyundai poderia ter ficado com toda a encomenda, já que participou da licitação nos dois lotes. Curioso é que em um, o de trinta trens, ela apresentou um preço mais baixo, e ficou em primeiro lugar. No outro, o de 35 trens, ela apresentou um preço mais alto do que a CAF/Alstom, ficando em segundo lugar.

É um indício de que houve acerto entre as empresas, mas a CPTM, comandada pelo governo do Estado de São Paulo, em vez de suspender a compra por suspeita de cartel, homologou a licitação assim mesmo.

Escandaloso também é que, há três anos, a CPTM, com dinheiro do contribuinte paulista, comprou nove trens da Alstom por um preço ainda mais alto: R$ 31,6 milhões cada um.

Segundo o sindicato, esses trens ainda não rodaram, por não estarem adaptados para a obsoleta linha férrea da Grande São Paulo. Estão no pátio da estação Presidente Altino, onde, até alguns meses atrás, o sindicato ocupava um pequeno prédio. Foi despejado de lá depois das denúncias feitas por Craveiro.


Entre outras coisas, ele dizia que os trens estrangeiros que o estado compra não servem para as linhas da CPTM. “É necessário fazer obras de infraestrutura. Quando colocamos esses trens para rodar, é como se colocássemos um motor de Ferrari num Fusquinha. Dá pau. Esta é a razão de tantas panes e acidentes no sistema”, diz Craveiro.

Na última sessão da CPI do Transporte realizada na Câmara Municipal de São Paulo, uma burocrata do governo do Estado, Rosimeire Salgado, coordenadora de Transportes Coletivos da Secretaria de Transportes Metropolitanos, em cujo guarda-chuva se abriga a CPTM, admitiu que a empresa precisa de maior capacidade de energia para fazer rodar os trens adequadamente.

Para isso, é necessário fazer obras, mas são obras civis e de engenharia, atividades fora do catálogo das gigantes Alstom, Siemens e CAF.

Rosimeire atribuiu à falta de recursos o fato de não terem sido realizadas essas obras de adaptação das linhas da CPTM – esta é uma das razões pelas quais os trens aqui sacodem mais do que pipoca na panela, enquanto na Europa deslizam como patins sobre o gelo.

“São R$ 66 milhões para obras de manutenção”, disse Rosimeire. Pode ser pouco em relação ao montante que se gasta para trazer os trens estrangeiros, mas é o suficiente para fazer a alegria de empresas que andam entre as penas das gigantes.

É o caso da Tejofran, que até a chegada do PSDB ao governo do estado só fazia serviço de faxina em prédios públicos. Hoje, um de seus negócios mais prósperos é o de manutenção de trens. Trens da CPTM.

A Tejofran pertence a Antônio Dias Felipe, o Português. Quando era governador, Covas ficava bravo quando os jornalistas lhe perguntavam sobre a sua amizade com o Português e a relacionava aos contratos da Tejofran no governo.

Eram contratos em que a Tejofran entrava com faxineira e vassoura, e o estado com o dinheiro. Além da limpeza, a Tejofran agora, depois de quase vinte anos de governo do PSDB, empunha alicate e chave de fenda, para serviços mais complexos das ferrovias e, portanto, mais caros. Mas continua sendo difícil questionar o governo do Estado sobre a Tejofran.

Na reunião da CPI do Transporte da Câmara Municipal, o filho de Mário Covas, o vereador Zuzinha, acompanhou tudo. Ele não é membro da comissão, mas se sentou numa cadeira perto e olhava para os vereadores encarregados de questionar os burocratas do Estado.

A Tejofran não foi citada uma única vez. Coincidência ou não, Zuzinha é afilhado do Português. Foi na Tejofran que ele começou sua carreira profissional, formalmente contratado como advogado. Português foi padrinho de seu casamento.


“Está na hora de fazer uma faxina nessas relações promíscuas. Alguém ganha com isso, e não é o passageiro, que paga caro por um serviço ruim”, diz Centofanti, o Sancho Pança da luta pela moralização da estatal.

A última da cruzada dele e de Craveiro, o Dom Quixote: juntaram outros sindicatos para formar a Associação dos Usuários de Trens de São Paulo. Vem mais denúncia por aí. Mas quem se importa?


http://www.brasil247.com/pt/247/poder/1 ... B4-FHC.htm
PF e MP já investigam a conexão metrô-FHC

Batizada de "Siga o dinheiro", investigação aberta pela Polícia Federal e pelo Ministério Público apura a informação de que R$ 3 milhões arrecadados por Andrea Matarazzo junto à Alstom teriam ajudado a bancar a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998; outro personagem que desponta na trama é o ex-genro de FHC, David Zylberstajn, ex-secretário de Energia de São Paulo, que teria organizado os cartéis; reportagens da Folha e da própria Veja em 2000 confirmaram o caixa dois tucano e a arrecadação feita por Matarazzo; escândalo se aproxima da cúpula do PSDB

17 de Agosto de 2013 às 16:30


247 - Uma reportagem publicada pelo 247 no dia 13 de agosto revela que uma simples leitura de reportagens da Folha de S. Paulo e da própria revista Veja permitiria identificar que propinas pagas pela Alstom, e arrecadadas por Andrea Matarazzo, alimentaram o caixa dois da campanha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998. A planilha a com contabilidade paralela foi revelada pela Folha em 2000, confirmada pelo então tesoureiro tucano Luiz Carlos Bresser Pereira e até por Veja. "Que teve, teve", dizia a revista, referindo-se ao caixa dois tucano (leia mais aqui).

Agora, a Polícia Federal e o Ministério Público começam a investigar o caso, que pode conectar formalmente as propinas do metrô paulista à campanha de FHC. Batizada de "siga o dinheiro", a investigação aponta o ex-genro de FHC, David Zylberstajn, ex-secretário de Energia de São Paulo, como um dos responsáveis pela montagem do cartel.

Essa investigação da PF e do MP é tema de reportagem deste fim de semana da revista Istoé, assinada pelo redator-chefe Mário Simas Filho. Leia abaixo:

Campanhas investigadas

Ministério Público e PF fazem rastreamento e encontram indícios de que parte do dinheiro desviado no escândalo do metrô pode ter alimentado campanhas do PSDB, inclusive a de FHC em 1998

Mário Simas Filho


O Ministério Público Federal e a PF começaram na última semana uma sigilosa investigação que, entre os procuradores, vem sendo chamada de “siga o dinheiro”. Trata-se de um nome que traduz literalmente o objetivo da missão, que consiste em fazer um minucioso cruzamento de dados já coletados em investigações feitas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, seja pela PF, pelo Ministério Público Federal e pelo MP de São Paulo, envolvendo os contratos feitos pelas empresas Alstom e Siemens com o governo de São Paulo. “Temos fortes indícios de que parte do superfaturamento de muitos contratos serviu para abastecer campanhas do PSDB desde 1998, especialmente as de Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas”, disse à ISTOÉ, na manhã da quinta-feira 15, um dos procuradores que acompanham o caso. “Mas acreditamos que com os novos dados que receberemos da Suíça e da Alemanha chegaremos também às campanhas mais recentes.” Sobre a campanha de 1998, os procuradores asseguram já ter identificado cerca de R$ 4,1 milhões que teriam saído de contas mantidas em paraísos fiscais por laranjas e consultores contratados pela Alstom para trafegar o superfaturamento de obras do Metrô, da CPTM e da Eletropaulo. “Agora que sabemos os nomes de algumas dessas empresas de fachada será possível fazer o rastreamento e chegarmos aos nomes de quem participou das operações”, diz o procurador.

Dos cerca de R$ 4,1 milhões, os procuradores avaliam que R$ 3 milhões chegaram aos cofres do PSDB através de um tucano bicudo, já indiciado pela Polícia Federal. Trata-se do atual vereador Andréa Matarazzo, ex-ministro de FHC, secretário de Covas e Serra. Em 2008, quando explodiu o esquema de propinas da Alstom na Europa, documentos apreendidos por promotores da França mostravam que a empresa pagou “comissões” para obter negócios no governo de São Paulo. De acordo com memorandos apreendidos pela justiça francesa, a Alstom pagava propinas equivalentes a 7,5% do valor dos contratos que eram divididos entre as finanças do PSDB, o Tribunal de Contas do Estado e a Secretaria de Energia. Em 1998, época em que teriam sido assinados os contratos superfaturados, Matarazzo acumulava o comando da Secretaria de Energia e a presidência da Cesp, as principais clientes do grupo Alstom no Estado. Antes disso, em novembro de 2000, tornou-se pública uma planilha que teria listado a arrecadação de campanha não declarada pelo Diretório Nacional do PSDB. Segundo essa lista, Matarazzo seria o responsável por um repasse de R$ 3 milhões provenientes da Alstom. Ele nega. Diz que não fez arrecadação irregular de recursos e que apenas reuniu alguns empresários para obter ajuda financeira à campanha, de forma regular e declarada. Sobre o indiciamento, afirma que já recorreu judicialmente.

Outro R$ 1,1 milhão que os procuradores já têm rastreado teria vindo de contas mantidas por empresas instaladas em paraísos fiscais. Uma dessas contas se chama Orange e o detalhamento do esquema de recebimento do dinheiro vindo da Alstom foi revelado ao Ministério Público paulista por um ex-lobista da empresa, hoje aposentado, Romeu Pinto Júnior. No depoimento a que ISTOÉ teve acesso, ele admite que recebeu no Brasil US$ 207,6 mil do Union Bancaire Privée de Zurique, em outubro de 1998, e outros US$ 298,8 mil em dezembro do mesmo. Agora, os procuradores estão seguindo outras duas remessas feitas a Pinto Júnior pelo Bank Audi de Luxemburgo, entre dezembro de 2001 e fevereiro de 2002. A primeira soma US$ 245 mil e a segunda, US$ 255 mil. Todo esse dinheiro, segundo o procurador, passou por uma empresa no Uruguai chamada MCA. Além dela, a equipe está investigando contas em nome da Gateway e da Larey, ambas operadas por Arthur Teixeira, um dos lobistas delatados pela Siemens ao Cade, e identificadas como pontes para o pagamento de propinas.

Entre os documentos que o Ministério Público Federal recebeu da Suíça e da Alemanha estão dados que podem comprometer David Zilberstein. Segundo o procurador ouvido por ISTOÉ, ele teria sido um dos pioneiros a estimular a formação de cartéis, principalmente na área de energia. Só depois de rastrear todos os dados bancários obtidos nas investigações feitas fora do País é que os procuradores pretendem começar a tomar depoimentos. Os responsáveis pelas investigações avaliam que a parte mais difícil do rastreamento será feita a partir do próximo mês, quando pretendem fazer um paralelo dos dados já levantados com o que poderá vir a ser fornecido por empresas que trabalharam nas campanhas eleitorais.



http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 6919,0.htm
Ex-executivo da Siemens relata 'ilícitos' em contratos do setor elétrico e de saúde
Em carta de 2008 à matriz na Alemanha, funcionário diz que formação de cartel e pagamento de propina a agentes públicos não eram exclusivos da área de transportes; documento originou apuração sobre ilegalidades em trens e no metrô
23 de agosto de 2013 | 2h 05

Fernando Gallo e Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo


A carta que levou a investigações, no Brasil e na Alemanha, sobre irregularidades cometidas pela Siemens em licitações e formação de cartel no sistema metroferroviário cita "práticas ilícitas" não só nos transportes, mas também nos setores de energia e de equipamentos médicos da empresa. Para os investigadores, a rotina denunciada no documento, enviado em junho de 2008 à matriz da multinacional, engloba fraudes em concorrências públicas e pagamento de propinas a agentes públicos brasileiros.

A carta com as acusações, que hoje os investigadores sabem ser de um ex-executivo da multinacional, foi enviada ao ombudsman da Siemens na Alemanha e a autoridades brasileiras em junho de 2008. Embora fosse anônima, a riqueza de detalhes que continha em suas cinco páginas, 77 tópicos e seis anexos levou os investigadores a deflagrar uma apuração sem precedentes. Na Siemens, resultou na demissão da cúpula em diversos países - inclusive no Brasil. Em muitos países, resultou também n a instauração de procedimentos investigatórios pelos órgãos competentes.

No início da denúncia, o autor, dirigindo-se ao então ombudsman da Siemens na Alemanha, Hans-Otto Jordan, afirma que apontará "alguns fatos e documentos que demonstram práticas ilegais da Siemens, no passado e atualmente" e cita projetos dos metrôs de São Paulo e Brasília, onde aponta a prática de corrupção. Ele prossegue: "Esse tipo de prática não é um privilégio da Divisão de Transportes. São práticas comuns também nas divisões de Transmissão e Distribuição de Energia, Geração de Energia e de Sistemas Médicos".

O autor da denúncia que colocou a Siemens no centro do grande escândalo mundial não fornece detalhes sobre malfeitos nessas áreas específicas nem cita nomes ou esferas de governo. No Brasil, a multinacional alemã tem contratos milionários com empresas de diversos governos. No federal, controladas da Eletrobrás como Furnas, Chesf e Eletronorte tem contratos com a empresa. No governo paulista, a Cesp contratou a Siemens em diversas ocasiões.

Verossímil.

Os investigadores veem o relato do denunciante como verossímil porque outras informações transmitidas na carta agora são confirmadas pelos seis executivos que trabalharam na Siemens e firmaram, em 22 de maio de 2013, acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). São subscritores do pacto o Ministério Público Federal e o Estadual.

Os lenientes - quatro executivos brasileiros e dois alemães que ocupavam cargos do alto escalão da companhia - revelaram a formação de um cartel no sistema metroferroviário de São Paulo, situação já apontada pelo autor da carta.

"É impressionante observar que, apesar de todos os escândalos e consequências para toda a companhia, a Siemens Brasil continua pagando propinas no Brasil para conseguir contratos lucrativos", acentuou o denunciante. "Espero que as informações mencionadas possam ajudá-lo em sua difícil função como ombudsman em uma companhia que não aprendeu com as lições do passado."

Outro cartel.

O Cade conduz investigação sobre expedientes atribuídos à Siemens que teriam violado a competição no setor energético. Instalada em 2006 e ainda não concluída, uma investigação conduzida pela Secretaria de Direito Econômico do órgão aponta para a formação de cartel na venda de transformadores de distribuição de energia elétrica que teria provocado prejuízo de pelo menos R$ 1,7 bilhão a empresas do setor entre 1988 e 2004. A informação foi revelada em 2007 pelo jornal Folha de S. Paulo.

Nesse caso, a Siemens é vítima do próprio instrumento do qual se beneficia em relação ao setor metroferroviário, já que outra empresa, a ABB, fez um acordo de leniência com o Cade, livrando-se de pagar uma multa milionária. Na ocasião, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, relatou que costumava ouvir muitas queixas do setor elétrico sobre preços de equipamentos muito acima do mercado internacional, e disse crer na existência de diversos cartéis na área. "Acho que é a ponta do iceberg", disse então.

Trechos da carta:

"Eu gostaria de trazer para o seu conhecimento alguns fatos e documentos que demonstram práticas ilícitas adotadas pela Siemens no Brasil, nos dias de hoje e no passado, particularmente nos seguintes projetos: CPTM Linha G (Linha 5 do Metrô de São Paulo), CPTM Série 3000 e contrato de manutenção do Metrô-DF."

"Esse tipo de prática não é privilégio da divisão de transportes. Elas também são comuns nas áreas de transmissão e distribuição de energia, geração de energia e na divisão de sistema de saúde, que trabalham com empresas públicas."

"Essa carta e os documentos anexados a ela serão distribuídos às autoridades brasileiras que estão investigando o caso de pagamento de propina pela Alstom em diversos projetos do Brasil, dentre os quais a da linha G da CPTM."

"É surpreendente observar que, apesar dos escândalos e das consequências para toda a companhia, a Siemens Brazil continua a pagar propina no País para ganhar contratos rentáveis."

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#55 Mensagem por Carnage » 03 Set 2013, 21:14

http://www.viomundo.com.br/denuncias/is ... ucano.html
A conta secreta do propinoduto

Documentos vindos da Suíça revelam que conta conhecida como “Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, em Genebra, movimentou somas milionárias para subornar homens públicos e conseguir vantagens para as empresas Siemens e Alstom nos governos do PS

Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura, na IstoÉ


Na edição da semana passada, ISTOÉ revelou quem eram as autoridades e os servidores públicos que participaram do esquema de cartel do Metrô em São Paulo, distribuíram a propina e desviaram recursos para campanhas tucanas, como operavam e quais eram suas relações com os políticos do PSDB paulista.

Agora, com base numa pilha de documentos que o Ministério da Justiça recebeu das autoridades suíças com informações financeiras e quebras de sigilo bancário, já é possível saber detalhes do que os investigadores avaliam ser uma das principais contas usadas para abastecer o propinoduto tucano.

De acordo com a documentação obtida com exclusividade por ISTOÉ, a até agora desconhecida “conta Marília”, aberta no Multi Commercial Bank, hoje Leumi Private Bank AG, sob o número 18.626, movimentou apenas entre 1998 e 2002 mais de 20 milhões de euros, o equivalente a R$ 64 milhões. O dinheiro é originário de um complexo circuito financeiro que envolve offshores, gestores de investimento e lobistas.

Uma análise preliminar da movimentação da “conta Marília” indica que Alstom e Siemens partilharam do mesmo esquema de suborno para conseguir contratos bilionários com sucessivos governos tucanos em São Paulo. Segundo fontes do Ministério Público, entre os beneficiários do dinheiro da conta secreta está Robson Marinho, o conselheiro do Tribunal de Contas que foi homem da estrita confiança e coordenador de campanha do ex-governador tucano Mário Covas.

Da “Marília” também saíram recursos para contas das empresas de Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas, lobistas que serviam de intermediários para a propina paga aos tucanos pelas multinacionais francesa e alemã.

O lobista Arthur Teixeira personifica o elo entre os esquemas Alstom e Siemens. Como ISTOÉ já revelou numa série de reportagens recentes, com base nas investigações em curso, Teixeira e seu irmão Sérgio (já falecido) foram responsáveis por abrir as empresas Procint e Constech, além das offshores Leraway Consulting e Gantown Consulting, no Uruguai, com o único objetivo de servir de ponte ao pagamento de comissões a servidores públicos e a políticos do PSDB.

Teixeira tinha acesso privilegiado ao secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e ao diretor de Operação e Manutenção da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), José Luiz Lavorente, o encarregado da distribuição em mãos da propina.

Até 2003 conhecido como Multi Commercial Bank, depois Safdié e, a partir de 2012, Leumi Private Bank AG, a instituição bancária tem um histórico de parcerias com governos tucanos.

Em investigações anteriores, o MP já havia descoberto uma outra conta bancária nesse banco em nome de Villas Boas e de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos de SP (1994, gestão de Luiz Antônio Fleury Filho) e ex-diretor dos Correios (1997) e de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003) na gestão Fernando Henrique Cardoso.

Apesar de estar fora da administração paulista numa das épocas do pagamento de propina, Fagali manteria, segundo a Polícia Federal, ascendência e contatos no governo paulista.

Por isso, foi indiciado pela PF sob acusação de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Fagali Neto também é irmão de José Jorge Fagali, que presidiu o Metrô na gestão de José Serra. José Jorge é acusado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual de fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do Metrô.

Para os investigadores, a “conta Marília” funcionaria como uma espécie de “conta master”, usada para gerenciar recursos de outras que, por sua vez, abasteceram empresas e fundações de fachada, como Hexagon Technical Company, Woler Consultants, Andros Management, Janus, Taltos, Splendore Associados, além da já conhecida MCA Uruguay e das fundações Lenobrig, Nilton e Andros.

O MP chegou a pedir, sem sucesso, às autoridades suíças e francesas o arresto de bens e o bloqueio das contas das pessoas físicas e jurídicas citadas. Os pedidos de bloqueio foram reiterados pelo DRCI, mas não foram atendidos. Os investigados recorreram ao STJ para evitar ações similares no Brasil.

O MP já havia revelado a existência das contas Orange (Laranja) Internacional, operada pelo MTB Bank de Nova York, e Kisser (Beijoqueiro) Investment, no banco Audi de Luxemburgo. Ou seja, “Marília” é mais um nome próprio no dicionário da corrupção tucana. Sabe-se ainda que o cartel operado pelas empresas Siemens e Alstom, em companhia de empreiteiras e consultorias, usava e-mails cifrados (leia quadro).

Os novos dados obtidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça dão combustível para o aprofundamento das investigações no Brasil.

Além do processo administrativo aberto pelo Cade sobre denúncia de formação de cartel nas licitações de São Paulo e do Distrito Federal, outras duas ações sigilosas, uma na 6ª Vara Federal Criminal e outra na 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, apuram crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa.

Além de altos funcionários do Metrô, como os já citados Lavorente e Fagali, as investigações apuram a participação do ex-secretário de Energia e vereador Andrea Matarazzo, em razão de contratos celebrados entre a Companhia de Energia de São Paulo (CESPE) e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S.A. (EPTE).

Na documentação encaminhada pelo DRCI ao MP de São Paulo, a pedido do promotor Silvio Marques, também constam novos dados bancários de vários executivos franceses, alemães e brasileiros que tiveram algum tipo de participação no esquema de propinas.

São eles os franceses Michel Louis Mignot, Yves Barbier de La Serre, André Raymond Louis Botto, Patrick Ernest Morancy, Jean Pierre Antoine Courtadon e Jean Marcel Jackie Lannelongue e os brasileiros José Amaro Pinto Ramos, Sabino Indelicato e Luci Lopes Indelicato, além do alemão Oskar Holenwger, que operou em toda a América Latina.

Na Venezuela, Holenwger é citado junto a Mignot, La Serre, Morancy e Botto em investigação sobre lavagem de dinheiro, apropriação indébita qualificada, falsificação de documentos e suposta corrupção de funcionários públicos do setor de energia.

O apoio das autoridades de França e Suíça às investigações brasileiras não tem sido tão fácil, e a cooperação é mais recente do que se pensava. O Ministério da Justiça chegou a pedir o compartilhamento de informações ainda em 2008 – auge da investigação da Siemens e da Alstom. Mas não foi atendido.

Os franceses lembraram que, nos termos do acordo bilateral, a cooperação só pode se desenrolar por via judicial. Dessa forma, foi necessário notificar o Ministério Público Federal para que oficiasse junto à 6ª Vara Criminal Federal e à 13ª Vara da Fazenda Pública. O compartilhamento só foi efetivado em dezembro de 2010.

A Suíça, ainda em março de 2010, solicitou a cooperação brasileira na apuração das denúncias lá, uma vez que parte do dinheiro envolvido nas transações criminosas teria sido depositada em bancos suíços.

Os primeiros dados, relativos à empresa MCA e ao Banco Audi de Luxemburgo, chegaram ao Brasil em julho de 2011. Foram solicitadas ainda oitivas com determinadas testemunhas, o que foi encaminhado ao MPF em São Paulo e à Procuradoria Geral da República (PGR).

Paralelamente, a Polícia Federal abriu o inquérito nº 0006881-06.2010.403.6181, mas só no último dia 25 de julho o procurador suíço enviou às autoridades os dados bancários solicitados, por meio de uma decisão denominada “conclusive decrees”, proferida em 14 e 24 de junho.

Foi com base nisso que a Suíça já bloqueou cerca de 7,5 milhões de euros que estavam na conta conjunta de Fagali e Villas Boas, no Safdié. Tratou-se de uma decisão unilateral suíça e a cifra não é oficial – foi fornecida ao Ministério da Justiça por fonte informal. A Suíça só permite o uso dos dados enviados em procedimentos criminais.

Banqueiro do propinoduto paulista vendeu apartamento a FHC
jornalggn.com.br/blog/banqueiro-do-propinoduto-paulista-vendeu-apartamento-a-fhc


Alckmin contrata empresas acusadas de envolvimento no propinoduto tucano
http://www.viomundo.com.br/denuncias/ca ... -2013.html


Trensalão foi caixa 2 de Serra em 2010?
http://www.ocafezinho.com/2013/08/28/tr ... a-em-2010/



http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... igados.htm
Por que será que tucanos não são investigados?
:

Governador Geraldo Alckmin nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes; procurador comanda Ministério Público, que tem entre suas prerrogativas investigar denúncias que envolvam o governo estadual; primeiras denúncias do propinoduto remetem à gestão de Mario Covas, em 1998; cartel que superfaturava em até 20% contratos metroferroviários só começou a ser investigado após delação ao Cade da multinacional alemã Siemens; governador diz não ver "qualquer conflito ético"

2 de Setembro de 2013 às 07:04



247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes. Elias Rosa está à frente do Ministério Público de São Paulo, que tem como função investigar denúncias que envolvam o governo. Alckmin diz não ver nenhum conflito ético, mas desde que o caso do propinoduto foi revelado, fica cada vez mais evidente a blindagem tucana no Estado.

Recentemente, as três gestões do PSDB no governo de São Paulo – Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, se tornaram alvo de suspeitas de envolvimento em esquema de cartel montado para superfaturar em até 20% contratos de trem e metrô no Estado. As primeiras denúncias sobre o propinoduto tucano remetem a 1998. No entanto, a blindagem só foi vencida por uma multinacional alemã, a Siemens, que tomou a decisão de pedir um acordo de leniência junto ao Cade, confessando duas décadas de práticas condenáveis.

Leia a nota de Mônica Bergamo, da Folha:

DIÁRIO OFICIAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes. Ela integrará a assessoria jurídica do governo, na Casa Civil.

OFICIAL 2

Elias Rosa lidera o Ministério Público de SP, que tem entre suas prerrogativas investigar denúncias que envolvam o governo.

OFICIAL 3

"É uma assessoria jurídica técnica, e não política. Do Estado, e não do governador. Ela não teve aumento de salário. É procuradora desde 1987", diz Márcio Elias Rosa. Carla é funcionária de carreira da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), que defende o Estado em ações judiciais.

CONHECIMENTO

Questionado se haveria problema ético na nomeação, em função da relação conjugal de Carla, o governo Alckmin afirmou que a indagação revela "profundo desconhecimento sobre o funcionamento" da PGE. Não há "qualquer conflito ético". A assessoria é órgão complementar da PGE, onde ela já trabalhava. "Eventual ação do procurador-geral de Justiça [o marido de Carla] contra o governador não tramita na assessoria jurídica do governo", diz a nota.
Claro que é só o PT que faz aparelhamento....


http://www.viomundo.com.br/denuncias/is ... paulo.html
PF entra no trilho

Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas, em IstoÉ


Passava das 14h da quinta-feira 29 quando agentes da Polícia Federal entraram no edifício do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, centro da capital paulista, e subiram ao quinto andar em busca de documentos relacionados à formação de cartel de empresas ligadas ao transporte sobre trilhos em São Paulo. A ação policial teve como foco 21 contratos com indícios de irregularidades, de acordo com pessoas ligadas à investigação e ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Os negócios, em valores corrigidos, somam cerca de R$ 11 bilhões. Cinco já foram julgados irregulares pelo Tribunal de Contas. Já três, estimados em R$ 6,3 bilhões, nem sequer foram julgados. Outros 13, como o projeto executivo para o trecho Ana Rosa/Ipiranga da Linha 2 Verde, que custou ao menos R$ 143,6 milhões, foram considerados regulares pelo tribunal.

A Polícia Federal pretende usar as informações contidas nos procedimentos do TCE para complementar um inquérito que investiga as fraudes cometidas pelas 18 empresas participantes do cartel, que teria abastecido um propinoduto que percorreu as gestões do PSDB em São Paulo nos últimos 20 anos. Há três semanas ­ISTOÉ já havia revelado com exclusividade análises do Tribunal de Contas do tEstado de São Paulo que alertavam as autoridades paulistas sobre a existência de superfaturamentos e direcionamento de contratos.

Apesar dos avisos, as tramoias nos certames continuaram a ocorrer. “A auditoria do tribunal, em diversos casos de contratos, mostrou que não havia competição entre as empresas”, disse o presidente do tribunal, Antônio Roque Citadini. “Diante desses novos fatos, os contratos que já foram julgados regulares podem ser reabertos para nova análise”, afirma Citadini.

O Ministério Público Federal também aprofunda as investigações sobre o escândalo do Metrô em São Paulo. Desde que a PF realizou, em 4 de julho, a operação “Linha Cruzada”, o MPF tenta sem êxito ter acesso ao material recolhido. Os requerimentos encontram-se parados na Justiça há mais de um mês à espera de uma decisão.

De acordo com a procuradora da República, Karen Louise Jeanette Kahn, o compartilhamento é necessário para que haja uma força-tarefa na investigação. “Essa troca de informações é condição básica para que o trabalho avance de forma mais rápida e os ilícitos detectados sejam punidos”, analisa Karen.


Em crise de manutenção, Metrô de São Paulo põe trens com falhas para circular

Registros mostram que empresa releva problemas de segurança em composições da mesma frota cujo trem descarrilou no início de agosto, colocando em risco vida de trabalhadores e usuários

http://www.redebrasilatual.com.br/cidad ... -7605.html

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#56 Mensagem por EXT » 26 Set 2013, 16:42

Enquanto a corrupção for tratada como assunto partidário, nada vai mudar

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#57 Mensagem por Carnage » 25 Nov 2013, 07:24

http://www.redebrasilatual.com.br/polit ... -7047.html
Novos, trens fornecidos por cartel do metrô registram mais falhas que antigos
Levantamento preliminar demonstra: embora novas e reformadas, composições adquiridas em concorrência manipulada quebram mais e contribuem para caos no dia-a-dia do sistema

por Tadeu Breda, da RBA, e Vinícius Gomes, do Outras Palavras publicado 05/09/2013 10:13, última modificação 05/09/2013 14:03


São Paulo – Surgiu o primeiro sinal de que a série de fraudes que contaminou as concorrências do metrô paulista são parte da crise vivida todos os dias por milhões de usuários. Levantamento realizado por funcionários da Linha 3-Vermelha com base no registro oficial de falhas do sistema mostra que trens recentemente adquiridos ou reformados pelo governo estadual de São Paulo junto a empresas acusadas de formação de cartel apresentam problemas técnicos em frequência até quatro vezes maior que as composições antigas, com cerca de 30 anos de uso. Algumas chegam a registrar média de 35 defeitos por dia.

Os dados são preliminares. Foram levantados de maneira informal por trabalhadores impressionados com as constantes quebras e acidentes envolvendo as novas aquisições da empresa. Diante das denúncias, é essencial que a Companhia do Metropolitano (Metrô), ligada ao governo do estado, apresente as estatísticas oficiais sobre falhas. Só ela possui os registros completos de panes. Até o momento, porém, seus diretores têm se negado a colocá-los à disposição.

(…)

De acordo com o levantamento dos funcionários do metrô, as composições das frotas K e L, reformadas pela MTTrens e Alstom, respectivamente, foram as que mais apresentaram falhas. Os defeitos podem variar de problemas no ar condicionado a problemas mais graves de segurança, como trepidações excessivas, deficiência nos freios, mau fechamento das portas e panes nos sensores de descarrilamento. Aliás, pertence à frota K o trem que saiu dos trilhos no último dia 5 de agosto nas proximidades da estação Palmeiras-Barra Funda, destruindo 150 metros do sistema de eletrificação e provocando “curto-circuitos, estouros e fumaça”. Por sorte, dizem metroviários, ninguém saiu ferido.

Números

O acidente foi provocado pela ruptura do “truque” ou “truck”, termo técnico que designa o sistema composto por rodas, tração, frenagem e rolamentos do trem, e provocou 9 horas de transtornos. Com o sistema paralisado, algumas estações ficaram superlotadas e tiveram de ser fechadas. Segundo testemunhas, houve “estouros e fumaça”. Funcionários avaliam que também houve risco de tombamento dos vagões – o que só não ocorreu, argumentam, porque a composição trafegava a 40 km/h e não aos 70 km/h que costuma atingir no trecho. Em condições normais, portanto, poderia ter acarretado em ferimentos e até mesmo morte dos passageiros.

(…)

Mas o melhor desempenho foi observado nos trens antigos. Apesar de estarem há cerca de 30 anos em circulação, as composições da Cobrasma/Mafersa registraram 1,75 defeitos repetidos por dia, bem menos que os novos trens da CAF, e 0,9 falhas únicas, praticamente a mesma média de uma frota que está em operação há menos de cinco anos.

Na comparação, a análise dos metroviários mostra que, em seus últimos 1.000 dias de atividade, os trens K01 e K07, reformados pela MTTrens, apresentaram média de falhas diárias 4,17 maior do que as composições antigas. E os trens L26 e L27, recondicionados pela Alstom-Iesa, registraram média diária de defeitos 2,8 vezes mais alta que as máquinas que operam há mais de 30 anos. A grande quantidade de problemas tem feito com que a média dos quilômetros rodados das composições novas e reformadas, que ficou em 234 km/dia no período analisado, seja bem menor que a média geral do metrô: 550 km/dia.

O Metrô foi procurado, mas não respondeu às perguntas da reportagem.



http://www.redebrasilatual.com.br/blogs ... -8033.html
Metrô de São Paulo sonega informações sobre acidentes ao público
Registro de comunicação entre repórter da RBA e Companhia do Metropolitano revela intenção clara de recusar informações e despistar investigação jornalística

por Antonio Martins, do Outras Palavras, e Tadeu Breda, da RBA publicado 05/09/2013 14:01, última modificação 05/09/2013 14:45


São Paulo – Apenas nas últimas 24 horas, o metrô de São Paulo viveu duas novas ocorrências graves – uma delas com feridos. Hoje (5), antes das 5h da manhã, um trem que percorria a Linha 3-Vermelha apresentou falha nos freios, soltou intensa fumaça e precisou ser esvaziado na estação Sé. Em horário normal, o fato teria criado grande transtorno.

Ontem, um acidente ainda não esclarecido na esteira rolante que liga as estações Paulista (Linha 4 Amarela) e Consolação (Linha 2 Verde) provocou ferimentos em vinte pessoas. Dez delas foram hospitalizadas. Houve pânico no local, frequentemente superlotado e sem vias de escape. Não há, no entanto, nenhuma informação a respeito, nos sites da Companhia do Metrô ou da ViaQuatro, que administra a Linha 4, privatizada.

(…)

Cartel dá R$ 307 milhões de prejuízo à CPTM; Alckmin faz vista grossa
http://www.viomundo.com.br/denuncias/cp ... e-com.html



Há 3 anos sem uso, portas do metrô de SP são alvo de investigação
Instaladas há três anos e ainda sem uso, as portas de vidro que deveriam aumentar a segurança dos passageiros na estação Vila Matilde da linha 3-vermelha do metrô, a mais superlotada da rede, viraram alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... acao.shtml

Rolo compressor do Alckmin engaveta CPI paulista do propinão tucano no Metrô
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... a-cpi.html



Cartel fraudador: Petistas pedem que MP investigue Serra por omissão

http://www.viomundo.com.br/denuncias/ca ... issao.html


Siemens insinua que Alckmin “acoberta” corrupção

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... corrupcao/


Homem-bomba do propinoduto tucano

http://altamiroborges.blogspot.de/2013/ ... ucano.html


Mídia esconde devassa em Andrea, o faz tudo do PSDB
Segundo vereador mais votado de São Paulo e do Brasil, embaixador do Brasil em Roma no governo Fernando Henrique, de quem foi tesoureiro da campanha à reeleição, secretário de Energia de Mario Covas, chefe das Subprefeituras com José Serra e secretário de Cultura de Geraldo Alckmin; largo currículo de Andrea Matarazzo não foi suficiente para que seu nome fosse destacado pela mídia tradicional na notícia da quebra, pela Justiça, de seus sigilos bancário e fiscal sob suspeita de envolvimento no escândalo de corrupção Alstom-Siemens; seria como informar que a AP 470 tem 42 réus, sem lembrar que os famosos José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares, do PT, estão entre eles

http://www.brasil247.com/pt/247/midiate ... o-PSDB.htm



Ombudsman da Folha enxerga erro em manchetes sobre caso Alstom

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... so-alstom/



Alckmin e Serra garantem: “Nós não sabíamos…”

http://www.blogdacidadania.com.br/2013/ ... -sabiamos/




Operação França
Investigações chegam ao topo do esquema e mostram que líderes tucanos operaram junto com executivos franceses para montar o propinoduto do PSDB paulista. Os acordos começaram na área de energia e se reproduziram no setor de transporte trilhos em SP

http://www.istoe.com.br/reportagens/328 ... ternalPage




Investigações sobre propinoduto tucano não avançam em São Paulo
http://correiodobrasil.com.br/noticias/ ... =b20131016



Ex-diretor da CPTM é acusado de receber propina
Segundo Ministério Público, documentos apresentados por autoridades suíças apontam pagamento de US$ 836 mil a João Zaniboni para favorecer Alstom em contratos no Estado; ele foi diretor de Operação e Manutenção da CPTM, entre 1999 e 2003, nas gestões de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... ropina.htm



Homem da propina da Siemens foi sócio de detentor de contratos no governo Alckmin
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... socio.html


Procurador que ajudou tucanos será investigado
Conselho Nacional do Ministério Público, através do corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas (dir), abre procedimento para investigar Rodrigo de Grandis (esq), que alega ter arquivado numa pasta errada pedido da Suíça sobre o pagamento de propinas no metrô de São Paulo; caso fique comprovado o crime de prevaricação, ele poderá ser expulso da carreira e até preso; omissão do Ministério Público Federal levou promotores suíços a arquivar acusações de corrupção contra lobistas, políticos e executivos ligados ao PSDB

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... tigado.htm


Nem a Folha aguenta a roubalheira tucana
http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... ra-tucana/


Justiça chega aos homens do propinoduto
Agentes públicos denunciados por IstoÉ têm bens bloqueados e Ministério Público confirma o pagamento de propina

http://www.istoe.com.br/reportagens/333 ... ternalPage


Blindagem dos tucanos inclui promotor em cargo público, denuncia deputado; Suiça pode ligar corrupção a campanhas
http://www.viomundo.com.br/denuncias/bl ... anhas.html



Caso Rodrigo de Grandis é ainda mais grave
Além de cobrado por promotores suíços sobre o caso Alstom e as propinas distribuídas em São Paulo, o procurador Rodrigo de Grandis foi também alertado pelo Ministério da Justiça, comandado por José Eduardo Cardozo, em três ofícios; ou seja: nada parece justificar que o caso tenha sido colocado numa "pasta errada" de uma gaveta tão profunda; procurador será investigado por prevaricação pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pode até ser preso; para Josias de Souza, De Grandis vira "personagem pequeno"

http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... -grave.htm


O procurador que apostou na blindagem errada
http://jornalggn.com.br/noticia/o-procu ... gem-errada


http://www.istoe.com.br/reportagens/334 ... +MUY+AMIGO
Procurador muy amigo
Rodrigo De Grandis deixou de investigar quatro autoridades que comandaram o setor de energia durante governos tucanos em São Paulo
Claudio Dantas Sequeira


Agaveta do procurador Rodrigo De Grandis é mais profunda do que se imaginava. Além dos ofícios do Ministério da Justiça com pedidos da Suíça para a apuração de contratos suspeitos envolvendo a multinacional Alstom, ele engavetou uma lista secreta com nomes de autoridades públicas, lobistas e empresários que deveriam ter sido investigados desde 2010. O que mais chama a atenção na lista suíça, a qual ISTOÉ obteve com exclusividade, é a presença de quatro ex-executivos da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), que, até agora, não haviam aparecido no enredo do escândalo do Metrô e do propinoduto tucano em São Paulo. Poupados por De Grandis, esses personagens comandaram o setor de energia durante seguidos governos tucanos e, hoje, ganham a vida em consultorias privadas, algumas com estreito vínculo com a cúpula do PSDB paulista. São eles: Julio Cesar Lamounier Lapa, Guilherme Augusto Cirne de Toledo, Silvio Roberto Areco Gomes e Iramir Barba Pacheco. Os quatro foram nomeados por Covas. Mas, enquanto Lapa deixou o governo tucano ainda em 2001, os outros três permaneceram intocáveis na cúpula da Cesp por mais de uma década. (...)

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Carnage
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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#58 Mensagem por Carnage » 25 Nov 2013, 07:26

Propinoduto de trens, metrô e construtoras em SP custa 1 bilhão
http://terramagazine.terra.com.br/bobfe ... -1-bilhao/


Lá fora a justiça funciona. Aqui se comemora muito um caso ridículo apelidado de O Maior da História, mas os casos efetivos e realmente graves dormem debaixo da morosidade de uma justiça que só funciona pra pobres, pretos, putas e, agora, petistas...

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... Brasil.htm
Tucano da CPTM: condenado na Suíça, livre no Brasil

João Roberto Zaniboni, ex-auxiliar dos governadores Mário Covas e Geraldo Alckmin, foi multado (em valores não informados) e teve seus bens confiscados naquele país; [color]ministério público suíço reclama da falta de colaboração do MP paulista, que sequer informou o endereço de Zaniboni para que a multa fosse entregue;[/color] aqui o engenheiro ainda não foi molestado pelas autoridades judiciais
Aqui o caso se arrasta, sob a cumplicidade obsequiosa da mídia:

Sem CPI, investigação de corrupção no Metrô naufraga
Pedro Benvenuto, engenheiro suspeito de dar informações privilegiadas a lobista, não compareceu à reunião da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de São Paulo; comissões da casa não têm poder de convocar depoentes, uma prerrogativa de CPI; requerimento pedindo a abertura de comissão tramita na casa desde agosto e até o momento tem apenas 26 votos

http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/1 ... ufraga.htm





Quem é Mauro Ricardo, homem de Serra tão citado no escândalo de SP
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... cao-em-sp/

O secretário Mauro Ricardo Costa e as ligações entre ACM Neto e o governo paulista
http://jornalggn.com.br/noticia/o-secre ... o-paulista




http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 7529,0.htm
Ex-diretor da Siemens relata 'pressão' do governo paulista em concorrência
Nelson Branco Marchetti denunciou à Polícia Federal interferência de membros da administração estadual em licitação da CPTM aberta em 2007


(…)

"No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. Mesmo assim, o então governador do Estado (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF", afirma o ex-executivo da Siemens, em depoimento de 5 de novembro.

Ele disse que José Luiz Portella, secretário estadual dos Transportes Metropolitanos na época, "determinou que os concorrentes tentassem solução de subfornecimento" para demover a Siemens do plano de contestar a qualificação da CAF.

O engenheiro afirma que Portella "sugeriu que a Siemens desistisse dos recursos e, como forma de se beneficiar de parte da licitação, passasse a buscar um acordo com a CAF para ser subfornecedora de peças". (…)

http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 8882,0.htm
Ex-diretor da Siemens aponta caixa 2 de PSDB e DEM e cita propina a deputados
Segundo executivo que participou de acordo de leniência com o Cade, lobista de esquema de setor metroferroviário disse a ele que Edson Aparecido, hoje homem forte do governo Alckmin, e Arnaldo Jardim eram beneficiários de comissões; eles negam
21 de novembro de 2013 | 2h 02

Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo


Em relatório entregue no dia 17 de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer afirma dispor de "documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM".

O ex-diretor da empresa alemã diz também que o hoje secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008.

(…)

Outros quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como "envolvidos com a Procint". A Procint Projetos e Consultoria Internacional, do lobista Arthur Teixeira, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, é suspeita de intermediar propina a agentes públicos.

O documento faz menção ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e aos secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico).

Rheinheimer foi diretor da divisão de Transportes da Siemens, onde trabalhou por 22 anos, até março de 2007.

(...)

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#59 Mensagem por Witcher » 25 Nov 2013, 13:46

PSDB = partido social-democrata brasileiro. É um partido socialista. Não conheço uma pessoa de direita que sente simpatia pelo PSDB ou pelo DEM.

Petralhada não sabe nem pra onde atirar, pois não tem oposição partidária neste país.

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Re: 20 anos de corrupção nos trens e metrôs do PSDB Paulista

#60 Mensagem por Carnage » 01 Dez 2013, 12:53

É patético!!!!

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs ... +DOMINANTE
CARDOSO, DONATO E A FABULA DA CLASSE DOMINANTE
Já está em curso acelerado articulação para inverter papéis e responsabilidades no propinoduto tucano e na máfia dos fiscais



Determinados episódios tem o poder de revelar toda estrutura da sociedade em que vivemos, mostrando quem tem o poder de verdade – e quem tem acesso, somente, a brechas e migalhas. 

Estou falando da denúncia sobre o propinoduto do PSDB. O caso ficou adormecido quinze anos nas gavetas do Ministério Público e da Justiça de São Paulo. Pedidos das autoridades do paraíso fiscal suíço foram arquivados. Inquéritos eram abertos e fechados logo em seguida. Ninguém era incomodado pelas autoridades brasileiras, nem mesmo Robson Marinho, homem de confiança do ex-governador tucano Mário Covas, titular de uma fortuna em contas secretas. Mesmo a iniciativa internacional de uma das maiores empresas do mundo, a Siemens, parecia não dar em nada. Até que, uma década e meia depois da primeira denúncia, as investigações começam a andar. Surgem nomes de governadores de Estado, parlamentares, tesoureiros, operadores financeiros e dezenas de envolvidos. 

Aparece, então, o vilão da história: José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça que entregou à Polícia Federal papeis que circulavam nos bastidores de políticos e empresários do país. Se tivesse engavetado o documento, Cardozo poderia ser acusado de prevaricação. Hoje, é acusado por participar de uma “trama sórdida” ao lado de um deputado estadual do PT e do presidente do Conselho Administrativo de Direito Econômico. 

Na verdade, Cardozo deve ser elogiado. Mandou investigar uma denúncia de crime. Se há uma crítica a ser feita é outra: por que demorou tanto? 

O episódio parece estranho mas não é. Faz parte de uma desigualdade política típica de uma sociedade dividida em 99% e 1%, na qual o acesso ao topo sempre foi muito estreito e difícil do que sugere a lenda de que vivemos numa terra de oportunidades. Para resumir, nosso subdesenvolvimento não foi improvisado. É obra de séculos, ensinava Nelson Rodrigues. Classe dominante numa sociedade subdesenvolvida é assim: domina mesmo quando não governa. As condições mudam, as facilidades se tornam menos óbvias. Mas através de mentes e fios invisíveis, mantém a capacidade de refazer os fatos, mudar a narrativa, inverter os papéis e alterar o fim da história enquanto ela está acontecendo. 

O atraso econômico, a desigualdade social e a concentração de poder político se superpõem, conversam e se alimentam, atravessam gerações, se acasalam e se reproduzem. Dominam todas as instâncias políticas que não dependem do voto popular, a única forma de poder na qual, vez por outra, é possível expressar uma vontade resistência – frequentemente derrotada pelas baionetas, pela porrada e pelas regras eleitorais que autorizam o aluguel do Estado pelo poder econômico privado, que faz o possível para seduzir todos que queiram render-se a seus interesses. 

Esse universo inclui as instituições que não dependem da vontade do povo, como as grandes universidades, a Justiça, o setor privado no sentido econômico, sejam sócios e parceiros internacionais, e também no sentido político, a começar pelos grandes grupos de comunicação. A verdade é que o 1% nem precisa conspirar para fazer valer seus interesses e vontades. Funciona no piloto automático, por um sistema de senhas, eufemismos e códigos ideológicos. Aquilo que se diz aqui se repete mais adiante, através de vozes que falam na mesma melodia e compasso. É onipresente a ponto de confundir-se com a natureza, num encantamento que só é possível quando se possui o monopólio da palavra – exercido como orquestra pelos meios de comunicação.

Neste ambiente, o escândalo do propinoduto é uma sombra inesperada no esforço de criminalização do condomínio Lula-Dilma em 2014. Manda calar a boca. Mostra que, além de dedicar-se a práticas lamentáveis, numa escala contínua e gigantesca sem paralelo conhecido na história brasileira, o PSDB paulista construiu uma blindagem sólida, que torna ainda mais difícil apurar e investigar qualquer denuncia – o que só agrava qualquer ilegalidade que já foi cometida. São varias raposas para tomar conta do galinheiro das verbas do metrô e dos trens urbanos. 

E é por isso que até imagino que Cardozo pode ser chamado a explicar-se, no Congresso, ou lá onde for, antes mesmo que qualquer tucano emplumado, com o futuro político a beira do precipício, seja obrigado a dar explicações verdadeiramente necessárias e urgentes. 

O esforço é elevar o clima de indignação, falar em aparelhismo sem constrangimento mesmo depois que se soube que o ministério público de São Paulo engavetou oito pedidos de informações internacionais do ministério publico da Suíça – elevando para um padrão internacional um comportamento patenteado pelo inesquecível Geraldo Brindeiro, aquele que engavetou até confissões de venda de votos na emenda que permitiu a FHC 
disputar a reeleição. 

É ridículo mas veja bem o que ocorreu na máfia dos fiscais da prefeitura. 

Nenhum alto responsável por oito anos de descalabro e cobrança de propina, em São Paulo, foi localizado, investigado nem punido. O cerco se fechou em torno de Antônio Donato, o secretário da prefeitura de Fernando Haddad. Donato era um adversário notório e combativo das gestões anteriores, inimigo de qualquer aproximação com o então prefeito Gilberto Kassab. Só aceitou uma trégua por disciplina partidária, após uma luta interna renhida e pública. Só assumiu funções executivas depois que a turma já havia sido desalojada de seus postos, como resultado de uma campanha eleitoral na qual teve um papel fundamental. São credenciais que dão o direito de duvidar de qualquer uma das insinuações feitas contra ele por cidadãos em busca desesperada de uma boia de salvação, a quem a lei confere até o direito de mentir em legítima defesa. Já vimos este filme em 2005. 

Depois que um protegido seu foi gravado em vídeo quando recebia propinas no Correio, Roberto Jefferson foi aos jornais, a Câmara e a TV falar do “mensalão.” A turma de 1% abençoou aquele delator benvindo e mudou a história. Quando Jefferson se desdisse, dizendo que era "criação mental," a história já fora modificada e reescrita. Sabe o que aconteceu com a turma dos Correios? Nada. O caso está parado até hoje. 

O espetáculo do poder nessa escala é conhecido. Só não é preciso bater palmas. Basta abrir os olhos.



http://www.viomundo.com.br/politica/alt ... canos.html
Mídia ataca Cardozo para salvar tucanos

publicado em 24 de novembro de 2013 às 23:08

Por Altamiro Borges, em seu blog


José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça da presidenta Dilma sempre tão cordato e conciliador, passou a ser o principal alvo da mídia golpista nos últimos dias. Isto porque ele enviou à Polícia Federal os documentos sobre o envolvimento de alguns chefões do PSDB paulista no esquema milionário do propinoduto tucano. Jornalões e “calunistas” da tevê afirmam que ele partidarizou a denúncia e estrebucham histericamente. Eles preferiam que o ministro ficasse, mais uma vez, acuado e passivo – o que até poderia caracterizar prevaricação e omissão de provas.

A violenta cruzada contra o ministro confirma o enorme poder de manipulação da mídia privada. Ela transforma vilões em mocinhos e vice-versa. Isto já havia ocorrido no caso recente da máfia dos fiscais de São Paulo. O prefeito Fernando Haddad, que revelou a trama, passou a ser tratado como cúmplice da corrupção. Já um dos principais suspeitos de ligação com o esquema milionário, Mauro Ricardo – homem de confiança do ex-prefeito José Serra, que o indicou para continuar na prefeitura na gestão de Gilberto Kassab –, simplesmente sumiu das páginas dos jornais e da telinha da TV.A mídia tucana faz de tudo, até o impensável, para proteger os seus apaniguados no governo paulista. O escândalo do propinoduto tucano, que envolve poderosas multinacionais do setor de transporte e vários caciques do PSDB, ficou engavetado por quinze anos nas gavetas do Ministério Público e da Justiça de São Paulo. Até os pedidos de investigação de autoridades do paraíso fiscal suíço foram desprezados. A própria iniciativa da empresa alemã Siemens, que decidiu abrir o jogo da corrupção para salvar a pele, foi abafada. O tal “jornalismo investigativo” mostrou-se novamente bem seletivo.

Mas não há mentira que dure para sempre. Aos poucos, a sujeira do propinoduto foi sendo revelada e as investigações tiveram início. O PSDB, que tenta se travestir de paladino da ética, ficou na berlinda com a revelação do envolvimento de três governadores – Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin –, de vários secretários estaduais, de parlamentares da sigla, do DEM e do PPS e de operadores financeiros do tucanato. O ministro José Eduardo Cardozo não fez mais do que a sua obrigação ao encaminhar os documentos com os indícios da ação criminosa.

Mas a mídia não o perdoa. A Folha dá manchetes insinuando que o ministro agiu com o objetivo de prejudicar o PSDB. O Estadão, que revelou com exclusivamente os documentos de um ex-executivo da Siemens acusando quatro secretários do governo Alckmin de montarem o esquema de caixa-2 do PSDB com as propinas da multinacional, agora também condena a atitude de José Eduardo Cardozo.

Teleguiados pela mídia, líderes do PSDB, DEM e PPS estufam o peito e garantem que convocarão o ministro para dar “explicações” no Congresso Nacional. O senador Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, esbraveja: “O ministro precisa esclarecer qual foi sua participação nesse processo. Isso é extremamente grave. Estamos assistindo no Brasil o uso das instituições do Estado para fins políticos”. Haja cinismo! A operação diversionista, comandada pela mídia golpista, pode até dar resultado, inibindo as investigações do propinoduto tucano. Seria um absurdo!

http://www.viomundo.com.br/denuncias/co ... neves.html
Como Estadão e Globo abriram caminho para Aécio Neves

publicado em 23 de novembro de 2013 às 19:47

por Luiz Carlos Azenha


Quando aloprados petistas supostamente tentaram comprar um dossiê contra José Serra, na campanha eleitoral de 2006, e foram pegos em flagrante com dinheiro vivo, a notícia dominou as semanas finais da campanha.

O fato culminou com o vazamento das fotos do dinheiro apreendido para a mídia na antevéspera do primeiro turno, a tempo de estrelar o Jornal Nacional e as capas de jornais.

A mídia não se debruçou sobre os bastidores do acontecimento. Não se apurou se, como sustenta o repórter Amaury Ribeiro Jr., os petistas caíram numa cilada da inteligência da campanha tucana; nem apurou como se deu o vazamento das fotos, da qual a mídia foi co-partícipe.

Não fosse por um certo blog chamado Viomundo, hospedado então na Globo.com, provavelmente a gravação da conversa entre o delegado da Polícia Federal que vazou as fotos e jornalistas jamais teria sido noticiada. Depois que o fizemos, a Globo se sentiu na obrigação de revelar que tinha tido acesso à conversa gravada — e publicou uma transcrição no portal G1. Mas não saiu no Jornal Nacional. Nunca.

Podemos dizer que o mesmo aconteceu quando foi revelada a relação íntima entre o bicheiro — desculpem, empresário do ramo farmacêutico — Carlinhos Cachoeira e a revista Veja. Noticiou-se a prisão do bicheiro e o envolvimento dele com o senador Demóstenes Torres, mas a mídia não ocupou suas manchetes com a relação incestuosa entre fonte e publicação.

Agora, repentinamente, o critério mudou. A mídia se interessa pelos bastidores da investigação do propinoduto que atingiu em cheio o tucanato paulista. Logo isso vai se tornar ainda mais importante que o desvio de centenas de milhões de reais. É só esperar para ver.

As indicações preliminares são de que as investigações do Cade e da Polícia Federal acertaram em cheio o esquema de financiamento de campanha de um certo partido.

A mídia corporativa tem noticiado o escândalo envolvendo Siemens e Alstom, mas com cuidado para não sugerir que chegamos ao caixa das campanhas tucanas em São Paulo.

Aécio Neves, conforme a manchete acima, vem em socorro dos paulistas. Ganha pontos com Geraldo Alckmin e José Serra. E dá o tom para a cobertura midiática, que começou com o Estadão, passou pela Globo e, como se vê acima, chegou à Folha.

A ideia é dizer que o presidente do Cade, que foi assessor do então deputado estadual Simão Pedro, de alguma forma forçou a barra para investigar o propinoduto tucano. Dizer que as instituições federais estão sendo usadas politicamente pelo PT para prejudicar adversários.

A ideia é lançar uma espessa cortina de fumaça, sob a qual José Serra, Geraldo Alckmin e os tucanos paulistas possam bater em retirada. A ideia é simular uma conspiração petista, como se não tivesse havido cartel, nem envolvimento do alto tucanato, nem corrupção, nem desvio de dinheiro público, nem superfaturamento.

Quando eu vi a reportagem abaixo, no Jornal Hoje, da Globo, tive certeza de que a menção ao petista Simão Pedro, bem no miolo, não era de graça!


http://www.brasil247.com/pt/247/artigos ... -do-PT.htm
Midiazona decide que o responsável pela corrupção tucana é o ministro do PT
Renato Rovai
23 de Novembro de 2013 às 21:19

Estima-se que o cartel dos trens de São Paulo e Distrito Federal pode ter superfaturado os serviços em R$ 577 milhões. Mas não seriam os tucanos que deveriam dar explicações? Qual nada. Quem deve explicações é o ministro da Dilma, que é do PT

(artigo originalmente publicado na revista Forum)


É impressionante como os casos de corrupção têm dois pesos e duas medidas na mídia tradicional paulista (leia-se Folha, UOL, Estadão, Veja, Globo). Na recente máfia dos auditores fiscais, denunciada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, as atenções se voltaram contra o secretário de governo Antonio Donato. A máfia que cobrava propina de construtoras em troca de desconto no ISS (Imposto Sobre Serviço) atuava nas gestões Serra e Kassab, e foi desvendada graças à investigação da atual prefeitura que criou a Controladoria Geral do Município. Estima-se que o esquema tenha causado prejuízo de até R$ 500 milhões aos cofres públicos. Mas a mídia voltou todas as atenções de sua cobertura para Antonio Donato, que de forma decente pediu exoneração do cargo para se defender sem causar desgaste à gestão Haddad. Nesta semana, Donato volta à Câmara Municipal para exercer seu mandato de vereador, o mais votado do PT.

Depois de blindar Serra e Kassab e derrubar um secretário de Haddad, o caso dos auditores perdeu destaque, já não ocupa as manchetes dos jornalões e seus portais. Aliás, foi emblemática a capa da Folha de S. Paulo de 8/11, que trazia como manchete “Prefeito sabia de tudo, diz fiscal preso, em gravação”. A frase induzia o leitor a associar a denúncia ao prefeito de São Paulo, que é Fernando Haddad, mas o fiscal estava se referindo a Kassab, o ex-prefeito da cidade.

Agora a história se repete. Revelado mais um caso de corrupção envolvendo tucanos, quem passou a ser cobrado por explicações é o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Na última quinta-feira (21), foi divulgado um relatório entregue ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer cita diversos políticos do PSDB como beneficiários de propinas pagas pelo cartel dos trens em São Paulo.

Rheinheimer afirma ter “uma série documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM”. São citados no relatório o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), os secretários estaduais José Aníbal (Energia), deputado (PSDB-SP); e Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico), do DEM.

Estima-se que o cartel dos trens de São Paulo e Distrito Federal pode ter superfaturado os serviços em R$ 577 milhões.

Dois dias depois de revelada o suposto envolvimento com os políticos, as manchetes dos jornais dizem que o ministro da Justiça do PT deve explicações sobre a denúncia contra tucanos.

Mas não seriam os tucanos que deveriam dar explicações? Não seria hora de exigir que se expliquem e cobrar o governador para afastas os denunciados?

Qual nada. Quem deve explicações é o ministro da Dilma, que é do PT. É ele que tem que explicar como políticos tucanos podem estar envolvidos em denúncias de corrupção.


Em nota, o ministério da Justiça “esclarece que, tendo recebido do deputado Simão Pedro denúncias, acompanhadas de documentos, envolvendo a ocorrência de eventuais atos ilícitos na execução de obras do metrô de São Paulo, encaminhou-as, no estrito cumprimento do dever legal, à Policia Federal (PF) para as devidas investigações. O Ministério reafirma que a documentação não foi encaminhada à PF pelo Conselho Administrativa de Defesa Econômica (Cade)”.

A Polícia Federal é submentida ao ministério da Justiça, assim como o Cade. Já o deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT-SE) é autor de representações ao Ministério Público sobre o cartel. Vale lembrar que é papel do parlamentar enquanto poder Legislativo investigar irregularidades na aplicação de verbas públicas municipais e estaduais.

Vale a teoria do “domínio do fato” também neste caso. É preciso criminalizar alguém do PT, mesmo que ele seja o investigador ou denunciante. Foi assim com Donato. Está sendo agora com Simão Pedro e José Eduardo Cardozo.

Enquanto isso:


Quem é e como operava o informante
http://www.istoe.com.br/reportagens/335 ... INFORMANTE





http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opinia ... rtos.shtml
Ritmos tortos

Vladimir Safatle


Os eleitores petistas podem não ter razão em tentar canonizar seus antigos líderes envolvidos em escândalos de corrupção, mas têm razão em se indignar com a maneira seletiva, própria à Justiça do Brasil, de tratar os partidos brasileiros. Não é preciso ser petista para reconhecer que algo de estranho acontece quando o partido-alvo não é o PT.

Por exemplo, uma mutação peculiar ocorre com o ímpeto investigativo e punitivo do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), sr. Joaquim Barbosa, quando o dito escândalo do mensalão passa à sua segunda fase, aquela na qual se conta a incrível história de sua origem nas campanhas tucanas mineiras e que, segundo o próprio deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), teria também ajudado a encher os cofres da campanha de reeleição do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 1998.

Tomado por certa paralisia e horror, é como se nosso presidente do Supremo não pudesse tocar no processo, deixando-o adormecer durante meses, anos, até que os porões do Palácio da Justiça lacrem tudo com o devido silêncio do esquecimento redentor.

Algo semelhante ocorre com um dos mais impressionantes escândalos de corrupção do Brasil recente, o que envolve o metrô paulistano. O mesmo metrô que se expande na velocidade de um carro subindo a rodovia dos Imigrantes em dia de volta de feriado com chuva.

Empresas multinacionais julgadas em tribunais suíços e franceses, pedidos de informação vindos da Justiça suíça e inacreditavelmente "esquecidos" por procuradores brasileiros, denúncias feitas por funcionários das empresas envolvidas citando nominalmente toda a cúpula dos tucanos bandeirantes que vão à imprensa apenas para encenar sua indignação por seus anos de dedicação franciscana à política serem jogados no lixo: nada, mas absolutamente nada disso foi capaz de abrir uma reles CPI.

Uma série de denúncias sobre assalto ao bem público durante quase duas décadas, tão bem fundamentadas que tiveram a força de abrir inquéritos em países europeus, não foi capaz de justificar uma reles CPI na província de São Paulo.

Ao menos nesse ponto, os eleitores do PT têm razão em não levar a Justiça brasileira a sério. Se o escândalo do metrô fosse com seu partido, meus amigos, vocês poderiam esperar um comportamento bastante distinto da Justiça e de certos setores caninos da imprensa nacional.


Agora, o próximo passo será um assessor de imprensa tucano mandar uma carta ao Painel do Leitor, neste jornal, tentado fazer, como sempre, o velho jogo da desqualificação "ad hominem". Assim caminha o ritmo torto da indignação brasileira.

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