O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#61 Mensagem por bullitt » 04 Out 2011, 01:28

Sempre Alerta escreveu:Por falar em convescote, o tucano Alckmin e Cia estavam muito à vontade no aniversário do Maluf.

O vampiro-mor fala muito em planejamento; às vésperas da eleição “inaugura” com estardalhaço uma maquete de ponte ligando Santos-Guarujá. Vem seu sucessor, que é do mesmo partido e, ao invés da ponte diz que vai fazer um túnel. Quanta competência!!!

O carro chefe do governo do vampiro-mor foi o programa denominado “Expansão São Paulo”. Vem o seu sucessor, que é do mesmo partido, e muda tudo, inclusive estação de metro de local (Higienópolis). Quanta competência!!!

Na postagem anterior que fiz, mostra o vampiro-mor dizendo que é contra a vinculação de receitas “por príncipio” e agora, fora do governo, é a favor da vinculação de receitas para a saúde. Quanta coerência!!!

Para não me alongar mais, após mais de dezesseis anos de governo tucano, São Paulo constrói menos de Dois quilômetros de metro por ano. Quanta competência!!!

Longe de defender qualquer político, principalmente o Serra, mas se for calcular a média do metrô construído desde 1974 dá aproximadamente 2km por ano. É muito pouco se compararmos a outras metrópoles ao redor do mundo, mas a média de expansão do metrô do RJ é ainda pior. Aliás, alguém sabe qual foi a média do Quércia? Tenho minhas dúvidas se o PT faria algo bem diferente. Um exemplo bem claro é o túnel da Rebouças, a obra mais inútil que já vi em minha vida. Quanta competência! Lembram do Fura-Fila do Pitta? Ficou para outros prefeitos. Mudam os partidos mas a ideologia é a mesma, a prioridade é beneficiar os parceiros e tentar garantir as próximas eleições. O resto é secundário... e tão demorado...

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#62 Mensagem por kssabu1 » 05 Out 2011, 00:23

bullitt escreveu:
Sempre Alerta escreveu:Por falar em convescote, o tucano Alckmin e Cia estavam muito à vontade no aniversário do Maluf.

O vampiro-mor fala muito em planejamento; às vésperas da eleição “inaugura” com estardalhaço uma maquete de ponte ligando Santos-Guarujá. Vem seu sucessor, que é do mesmo partido e, ao invés da ponte diz que vai fazer um túnel. Quanta competência!!!

O carro chefe do governo do vampiro-mor foi o programa denominado “Expansão São Paulo”. Vem o seu sucessor, que é do mesmo partido, e muda tudo, inclusive estação de metro de local (Higienópolis). Quanta competência!!!

Na postagem anterior que fiz, mostra o vampiro-mor dizendo que é contra a vinculação de receitas “por príncipio” e agora, fora do governo, é a favor da vinculação de receitas para a saúde. Quanta coerência!!!

Para não me alongar mais, após mais de dezesseis anos de governo tucano, São Paulo constrói menos de Dois quilômetros de metro por ano. Quanta competência!!!

Longe de defender qualquer político, principalmente o Serra, mas se for calcular a média do metrô construído desde 1974 dá aproximadamente 2km por ano. É muito pouco se compararmos a outras metrópoles ao redor do mundo, mas a média de expansão do metrô do RJ é ainda pior. Aliás, alguém sabe qual foi a média do Quércia? Tenho minhas dúvidas se o PT faria algo bem diferente. Um exemplo bem claro é o túnel da Rebouças, a obra mais inútil que já vi em minha vida. Quanta competência! Lembram do Fura-Fila do Pitta? Ficou para outros prefeitos. Mudam os partidos mas a ideologia é a mesma, a prioridade é beneficiar os parceiros e tentar garantir as próximas eleições. O resto é secundário... e tão demorado...
Desculpem pela repetição, mas o comentário é super apropriado:

Adapto um comentário que li numa reportagem do UOL, sobre o metrô de São Paulo.
Independente de ser de direita ou de esquerda, nossos "governantes" e anexos são sofistas, hipócritas e corruptos, assim como seus defensores sem senso crítico e visão dialética, atracando-se esta dicotomia de quem é melhor, como se não fossem todos farinhas do mesmo saco de um país amoral e sem cultura. Se o metrô demora em SP, imagina em BH e Salvador que são responsabilidade 100% do governo federal (o Lula não construiu nenhum km em BH em 8 anos).
O fato é que poderia-se fazer muito mais com os impostos arrecadados, como deveria ser, caso fossem eliminados os desvios, superfaturamentos e outros cânceres que vitimam as finanças públicas.
Nosso povo é muito cordial, mesmo

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#63 Mensagem por Sempre Alerta » 15 Out 2011, 01:24

José Serra e Abilio Diniz: a onipotência derrotada

No final da noite de terça-feira (12), ao ler o noticiário sobre o fracasso de Abilio Diniz, 71 anos, na tentativa de fusão do Pão de Açucar com o Carrefour no Brasil e o artigo "A ética do vale-tudo" publicado por José Serra, 69 anos, na página de opinião de O Globo, apareceu-me na cabeça uma palavra pouco usual para definir os dois personagens: onipotência. Neste caso, a onipotência derrotada.
Duas definições que encontrei com a ajuda do dr. Google:

* No Dicionário Informal _ onipotência: s.f. todo poder, poder absoluto, todo-poderoso.

* No Dicionário Web _ onipotência: s.f poder supremo ou absoluto; o poder de fazer tudo.

Os dois achavam que nasceram para ser os maiorais, cada um em sua área. Filhos de pequenos comerciantes - Serra, de um feirante; Diniz, de um padeiro - eles acreditaram no destino e jogaram suas vidas para alcançar os mais altos objetivos.

Desde pequeno, José Serra já dizia às suas tias que queria ser presidente da República. Abilio Diniz em algum momento da vida achou que poderia transformar a padaria e confeitaria do pai no ponto de partida para dominar o comércio varejista mundial de alimentos.

Serra optou pelo mundo acadêmico e, antes de se tornar um político profissional, engajou-se na luta contra a ditadura que o levou a um longo exílio. Abilio sempre foi empresário e dedicou todo seu tempo a alastrar seu império de lojas para se tornar o maior supermercadista do país, depois de uma longa disputa familiar, e da conquista, sempre por meios beligerantes, dos seus principais concorrentes.

O político elegeu-se deputado federal, senador, prefeito e governador do Estado de São Paulo, sempre abandonando os mandatos pelo meio para chegar mais rapidamente ao seu objetivo maior, a Presidência da República. Foi também ministro do Planejamento e da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Perdeu sua primeira eleição presidencial para Lula, em 2002; a segunda, para Dilma Rousseff, apoiada por Lula, em 2010.

O empresário, que quase faliu no final dos anos 1990 do século passado, salvou-se ao se associar ao grupo francês Casino. Em 2005, vendeu ao grupo francês o controle acionário do Pão de Açucar, que entregaria em 2012, mas nunca se conformou em perder o comando. Diniz veio daquele mundo em que só há dois tipos de gente: quem manda e quem é mandado.

Por isso, resolveu dar o grande golpe de mestre da sua vida: reaver o controle do Pão de Açucar-Casino com a compra do Carrefour, utilizando para isso U$ 2 bilhões do BNDES, quer dizer, de um banco público.
Apresentados desta forma rápida e singela os dois personagens da onipotência derrotada, vamos ver o que aconteceu nesta fatídica terça-feira, 12 de julho de 2011, em que ambos, após tantas conquistas, bateram no fundo do poço.

Vamos começar pelo ex-governador de São Paulo. Os amigos de José Serra, se é que ele ainda os tem, deveriam ficar preocupados com o artigo que ele escreveu no jornal O Globo. No tijolaço que ocupa de alto a baixo o lado esquerdo da página 7, no mesmo estilo tucano-barroco de um acadêmico que escreve todo dia no jornal, Serra joga a toalha.

Mais parece o epitáfio de um político perdedor. Da primeira à última linha, o velho político é incapaz de lançar uma proposta original para o país, qualquer ideia nova, uma utopia, um sonho que seja, como fez Marina Silva na semana passada, ao deixar o PV.

É só porrada em Lula, em Dilma, nos governos e práticas do PT num texto pobre em conteúdo e capenga na forma (repete duas vezes a palavra "malfeitos" nos três primeiros parágrafos), em que repete os mesmos argumentos da sua derrotada campanha de 2010.

Vou dar um exemplo. Só José Serra entre os professores tucanos ainda é capaz de escrever coisas como no parágrafo reproduzido abaixo:

"Depois de um ano da primeira eleição de Lula (leia-se: e da minha primeira derrota para Lula), analisando o que já se delineava como estilo de governo, qualifiquei o esquema partidário petista como uma espécie de bolchevismo sem utopia, em que a ética do indivíduo é substituída pela ética do partido".

Acho que nem na Albânia se escreve mais essas coisas. É triste. Ao contrário do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que chega aos 80 anos de bem com a vida e ares de vencedor, cercado de amigos e homenagens, o político José Serra ficou falando sozinho. Parece ter envelhecido mal, perdido o bonde no fim do caminho.

Nem o PSDB o leva mais a sério. Depois de perder para Aécio Neves e Tasso Jereissati todos os cargos que almejou na recente disputa interna dos tucanos, teve que se contentar com a presidência de um até então inexistente Conselho Político que inventaram para ele.

Na semana passada, convocou a primeira reunião em Brasília, e levou pronto um texto desancando Dilma, Lula, o PT e o governo para os outros assinarem. Ninguém concordou, alegando que precisavam consultar primeiro o senador Aécio Neves, ausente da reunião. Serra acabou publicando o texto, muito parecido com o do artigo de O Globo, em seu próprio blog, como se fosse o pensamento oficial do partido.

Em Paris, para onde viajou sozinho e de peito aberto para enfrentar os inimigos franceses do Casino em seu próprio território, Abilio Diniz tomou a maior surra da sua vida: por unanimidade, os conselheiros do grupo francês rejeitaram sua proposta de compra do Carrefour no Brasil.

Antes da reunião, o BNDES, por ordem da presidente Dilma Rousseff, já havia avisado que tiraria qualquer apoio à operação se Diniz não se entendesse com os sócios franceses. Abilio, como Serra, ficou falando sozinho, dependurado na brocha.

Sem perder a pose, segundo o relato da sempre brilhante correspondente Deborah Berlinck, de O Globo, encarou de bom humor os repórteres ao encontrá-los na saída da reunião:
"Não, não estou chorando na calçada. Fizemos uma reunião do conselho e vamos ver o que vai acontecer".
Aconteceu que Abilio Diniz aprendeu tarde demais que ninguém pode achar que pode tudo, nem ele. Talvez pensasse nisso quando o encontrei umas duas semanas atrás na arquibancada de uma festa junina promovida na quadra do colégio onde seus filhos pequenos e minhas netas iriam se apresentar numa dança de quadrilha.

Sentou-se a meu lado com a jovem e bonita mulher. Não conversou com ela, não cumprimentou nem falou com ninguém, não sorriu nenhuma vez. Ficou o tempo todo com o olhar fixo no horizonte. Achei que alguma coisa estranha estava acontecendo com o grande empresário. Vai ver que ele já estava prevendo o desfecho trágico desta história.

Assim como Abilio não virou o dono do mundo, Serra também não será presidente da República do Brasil na marra, xingando os adversários, só porque ele acha que está mais preparado para isso do que os outros _ se é que o PSDB vá cometer o desatino de concorrer novamente com ele.

http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-ko ... derrotada/

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Carnage
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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#64 Mensagem por Carnage » 03 Nov 2011, 20:36

http://www1.folha.uol.com.br/poder/9983 ... lita.shtml
Deixei PSDB porque Serra me perseguia, diz Chalita
VERA MAGALHÃES
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, diz que foi perseguido pelo ex-governador José Serra e que, por isso, trocou o PSDB pelo PSB.

Sempre conciliador, Chalita adota um tom mais duro quando vai se referir ao tucano, a quem atribui um suposto retrocesso nas políticas educacionais no Estado.

Senti que não havia mais espaço no PSDB para continuar o trabalho que eu estava desenvolvendo. Me senti perseguido por ele [Serra] e não queria apoiá-lo para a Presidência da República. Fui absolutamente autêntico e verdadeiro, declarou.

Ele atribui a suposta perseguição ao fato de ter apoiado Geraldo Alckmin na disputa interna pela candidatura à Presidência, em 2006.

Todo o projeto educacional que a gente construiu em São Paulo, que era sólido, o Serra acabou com isso. Começou a perseguir professores, as greves voltaram, e eu ficava incomodado com isso.

O peemedebista reconhece que é ruim trocar de partido com tanta frequência: em três anos, ele passou por PSDB, PSB e PMDB. Mas diz que está feliz na nova sigla e assegura que sua pré-candidatura não será moeda de troca do partido numa negociação com o PT de Lula e Dilma.

São dois partidos que fazem parte de uma aliança nacional, comungam dos mesmos ideais, mas não há como pedir que o PMDB, que é o maior partido do Brasil, não tenha candidato na maior cidade do Brasil, afirmou.

Para ele, o partido vive um novo momento: No congresso do PMDB os dois destaques fomos o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e eu. Não vão puxar meu tapete, afirma.

Chalita também descartou a possibilidade de contar com o apoio velado do ex-governador Geraldo Alckmin, de quem foi secretário de Educação no governo passado.

Esse não é o perfil dele. Sinto que ele gosta de mim, tem carinho por mim. Eu também gosto dele, tenho muito carinho por ele. Mas na última eleição para governador eu não o apoiei, afirmou.

Sobre o perfil semelhante ao do ministro Fernando Haddad (PT), Chalita diz que nenhum deles pode ser monotemático e só falar de educação. Tanto ele quanto eu vamos ter de apresentar um programa para São Paulo. E aí o eleitor vai diferenciar.

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#65 Mensagem por Sempre Alerta » 23 Nov 2011, 14:31

Serra, o rato que ruge da política nacional

Luis Nassif

Em plena campanha de 2010, escrevi aqui: o maior mal que José Serra faria à política não seria sua eleição (felizmente exorcizada pelo bom senso nacional) mas os prejuízos ao surgimento da uma oposição consistente e civilizada.

No plano político-partidário, atualmente Serra é zero. Sua atividade lembra o filme "O Rato que Ruge", do general do país insignificante que pretende entrar em guerra com os EUA para ser derrotado e, posteriormente, ajudado. Desembarca em Nova York em um momento de estado de emergência em que não se via viva alma nas ruas. E acha que venceu a guerra.

Esse cidade vazia em que só se movimenta o general bufão chama-se velha mídia. É ela que cria a percepção de que Serra existe.

Politicamente, Serra não existe. Seus seguidores se resumem a um factoide político, Andrea Matarazzo, um senador em final de carreira, Aloysio Nunes, dois ou três ex-comunistas perdidos pelo mundo, e um ou dois parlamentares órfãos. E só.

Com exceção de pouquíssimos aliados pessoais que restaram, e só ficaram porque se amarraram a Serra como os fanáticos ao pastor Jim Jones, comprometendo irremediavelmente suas carreiras, Serra é uma figura incômoda, que ninguém quer por perto mas que comparece a todos os eventos públicos, com uma desfaçatez só comparável à do Beijoqueiro. É incômodo ao PSDB paulista, ao nacional, é incômodo ao próprio Kassab. Não tem espaço em nenhum lugar politicamente decente.

Sua única fonte de poder que restou é o espaço na mídia. E ele ocupa da maneira mais desengonçada possível, propondo e sugerindo estratégias como se tivesse alguma ascendência sobre os atores principais: Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab e Aécio Neves.

Ontem mencionei a questão da percepção em política, isto é, a política não é o que ocorre no mundo real, mas as percepções passadas pela mídia. Quando sai uma matéria com Serra impondo ao PSDB o apoio ao candidato de Kassab, passa a percepção de que ele articula com Kassab. Nada! Zero! Só um jornalismo sem discernimento, sem capacidade de avaliar o peso político efetivo de cada ator, é capaz de levar Serra a sério.

Aliás, basta responder à questão: quem é o candidato de Kassab? Nenhum.
O PSDB não tem candidatos fortes. A falta de renovação do partido, em São Paulo, faz com que as prévias tenham apenas um candidato de dimensão nacional (José Aníbal), um sobrenome pomposo numa cabeça vazia (Bruno Covas), um factoide que ninguém acredita, nem ele próprio (Andrea Matarazzo). Mas as prévias poderiam reerguer um pouco a militância partidária.

O único candidato de maior peso seria o próprio Serra. A troco de quê, então, esse jogo de cena de exigir do PSDB a adesão ao candidato que não existe, de Kassab?
O nome disso é (recorrendo ao linguajar italiano que Serra ainda não deve ter esquecido): paura, medo de entrar no jogo e enfrentar Fernando Haddad, um Ministro com folha de serviços reconhecida e com uma fluência verbal imensamente superior à de Dilma Rousseff e à do próprio Serra.

Para não ter que beber desse cálice, Serra prefere implodir o partido que garantiu toda sua carreira política.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... a-nacional

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#66 Mensagem por Sempre Alerta » 09 Dez 2011, 10:11

Exclusivo: Leilões, arapongas e o poder de Serra

Por Luiz Carlos Azenha

Finalmente. Muito comentado durante toda a campanha eleitoral de 2010, quando foi apresentado pela imprensa serrista como um dossiê contra o candidato ao Planalto do PSDB, José Serra, o livro de Amaury Ribeiro Jr., Privataria Tucana, de 344 páginas, foi lançado pela Geração Editorial.

É resultado de dez anos de investigações de Amaury, um dos maiores especialistas em lavagem de dinheiro no Brasil. Atestei isso pessoalmente, quando investigamos juntos os negócios do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Naquela ocasião, eu não entendia absolutamente nada quando o Amaury me falava sobre “empresa-ônibus”. Logo ele identificou, no caso de Teixeira, qual era a empresa-ônibus: a RLJ Participações, associada no Brasil à Sanud, baseada em Vaduz, no principado de Liechtenstein. A Sanud fez “empréstimos” à RLJ. Dinheiro que entrava nos negócios de Teixeira no Brasil. Na fazenda, em uma transportadora, no bar El Turf… Empréstimos que a RLJ nunca pagou à Sanud. Um caso clássico em que uma empresa de papel, baseada em uma caixa postal de um paraíso fiscal, existe exclusivamente para limpar dinheiro de origem duvidosa. É por isso que, quando a revista Piauí produziu um perfil de 478.576 palavras sobre Teixeira, sem citar uma única e mísera vez a Sanud, estranhei.

O livro de Amaury trata de questões espinhosas. Para os não iniciados, nem sempre é simples seguir o caminho do dinheiro.

O jornalista focou em alguns personagens importantes das privatizações e do PSDB:
Ricardo Sérgio de Oliveira, homem de confiança de Serra, ex-funcionário do Citibank, ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, que ajudou a ‘modelar’ a privatização da Telebrás e controlou, através de um aliado, João Bosco Madeiro da Costa, a Previ, Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, que teve um papel decisivo no processo; ex-tesoureiro de campanhas de Fernando Henrique Cardoso e José Serra.
Gregório Marin Preciado, primo da mulher de José Serra; representou a empresa espanhola Iberdrola na privatização da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, a Coelba. É personagem de um milagre empresarial. Passou da falência à bonança graças a um tratamento extremamente ‘carinhoso’ do Banco do Brasil. Sócio de Serra na compra de um terreno em São Paulo, é vizinho da filha de José Serra, Verônica, em Trancoso, na Bahia.

Verônica Serra, “a mulher mais importante da internet brasileira”, segundo a revista IstoÉ Dinheiro. Amaury revela que Verônica foi indiciada… justamente por quebrar o sigilo fiscal alheio (acusação feita contra Amaury em 2010). O livro diz que a empresária mentiu sobre a Decidir.com, empresa em que foi sócia de outra Verônica, a Dantas. Num dos trechos mais saborosos, Amaury explica como o banqueiro Daniel Dantas usou a revista e Verônica para mandar um recado a José Serra.

Lembrem-se que os fundos de pensão, associados ao Citibank e ao Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, ganharam o leilão e o controle da Brasil Telecom, durante as privatizações. Em breve, um novo livro-reportagem, que não é de autoria do Amaury, deverá jogar mais luzes nas questões relativas a Dantas.

No livro, Amaury atribui a Ricardo Sérgio, banqueiro experiente, a “arquitetura” do esquema que internava dinheiro de origem duvidosa no Brasil, através de empresas baseadas no prédio do Citco, nas ilhas Virgens Britânicas.

Mesmo se não era esse o objetivo, Amaury acaba explicando, pelo menos em parte, o imenso poder de José Serra nas hostes tucanas. Deriva da centralidade que Serra, então ministro do Planejamento, teve no bater dos martelos da privatização durante a era Fernando Henrique Cardoso. Mas não apenas: de acordo com o jornalista, também deriva das relações de Serra com o submundo da arapongagem, como fica explícito no capítulo dedicado ao Doutor Escuta.

Amaury concorda que conseguiu apurar apenas alguns dos caminhos do dinheiro obtido pelos operadores da privatização. De qualquer forma, é um acréscimo considerável ao trabalho de outros jornalistas que se debruçaram sobre o assunto, como Aloysio Biondi, em O Brasil Privatizado.

A seguir, trechos de uma entrevista que fiz com Amaury. Antes de ouvir, um glossário de citações sem as quais não é possível entender o assunto.

Ricardo Sérgio como autor da portaria que permitiu as contas correlatas entre Brasil e Paraguai, a título de facilitar a vida de comerciantes dos dois países, mas que foi a fonte onde bebeu o esquema do Banestado, o caso mais volumoso de lavagem de dinheiro já praticado no mundo (U$ 30 bilhões);

os pagamentos de propina de Carlos Jereissati, da Telemar (um dos vencedores nos leilões da telefonia) a Ricardo Sérgio (da Infinity Trading para a Franton Enterprises), nos valores de U$ 246.137,00 e U$ 164.085,00;

ajuda de Ricardo Sérgio a Gregório Marin Preciado, o “primo” de Serra, tanto na privatização da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA) quanto garantindo a Preciado empréstimos no Banco do Brasil para os quais ele não estava qualificado; em troca, Gregório Preciado pagou de propina a Ricardo Sérgio, segundo Amaury, cerca de U$ 4 milhões;

MTB Bank, outro banco dos Estados Unidos usado para lavar dinheiro; Citco, sede das empresas de brasileiros no paraíso fiscal das ilhas Virgens Britânicas;

Ronaldo de Souza, apontado como testa-de-ferro de Ricardo Sérgio no Brasil;

menção a Rodrigo Silveirinha Corrêa, ex-secretário estadual de Administração Tributária do Rio de Janeiro, envolvido na remessa de dinheiro para o Exterior através de doleiros;
menção ao advogado David Spencer, que trabalhou com Ricardo Sérgio no Citibank e foi procurador dele nos Estados Unidos;

menções a João Arcanjo Ribeiro, o ‘Comendador’, líder do crime organizado em Mato Grosso, e a Jorgina Maria de Freitas Fernandes, que nos anos 80 organizou uma megafraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); ambos, segundo Amaury, usaram esquema parecido com o dos tucanos para internar dinheiro;

menção a Alexandre Bourgeois, genro de José Serra, que assinou nas duas pontas de uma mesma transação; segundo Amaury, para internar dinheiro vindo das ilhas Virgens Britânicas.

Gregório Marin Preciado, primo da esposa de José Serra. Foi sócio do tucano em um terreno no Morumbi e era dono da casa na Vila Madalena que serviu de sede para o comitê da campanha presidencial de Serra em 2002 e também da ACP, Análise de Conjuntura Econômica e Perspectivas Ltda., de propriedade do tucano;

Alexandre Bourgeois, genro de Serra, assina nas duas pontas em operações de internação de dinheiro, pela Vex Capital e pela Iconexa Inc. Aumentava o capital das empresas no Brasil trazendo dinheiro de origem não esclarecida das ilhas Virgens Britânicas (segundo Amaury, pelo menos R$ 8 milhões de reais);

Verônica Serra, filha do tucano, dona da Decidir, uma empresa pontocom baseada em Miami, segundo Amaury montada com dinheiro do Opportunity e do Citibank (U$ 5 milhões); Verônica foi sócia de outra Verônica, a Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas;

Menção a empresas de Ricardo Sérgio que tinham nomes parecidos lá fora e no Brasil, Antar e Consultatum;

Menção ao COAF, Conselho de Controle das Atividades Financeiras, órgão ligado ao Ministério da Fazenda;

Menção ao Dossiê Cayman, documento falso que atribuia a tucanos negócios em paraísos fiscais; emergiu durante a campanha eleitoral de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se reelegeu;

menção à Aceto, uma das empresas de Gregório Marin Preciado;
menção à Patagon, empresa que Verônica montou com sócios argentinos:
João Bosco Madeiro da Costa, ex-diretor da Previ, que teve importante papel nas privatizações;

Menção a Marcelo Itagiba, ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado federal, primo de Andrea Matarazzo, tucano ligadíssimo a Serra em São Paulo;
Agente Jardim, Luiz Fernando Barcellos, ex-agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI);

Ênio Gomes Fontelle, coronel reformado do Exército, dono da Fence Consultoria Empresarial, empresa baseada no Rio de Janeiro contratada com dinheiro público pela Prodesp, a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, quando Serra era governador paulista, em 2010; segundo Amaury, era a empresa encarregada de espionar o tucano Aécio Neves, no Rio de Janeiro;

Jardim, Fontelle e o ex-delegado da Polícia Federal Onézimo das Graças Sousa, também mencionado, serviram sob Marcelo Itagiba no que Amaury identifica como núcleo de arapongagem montado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quando Serra era ministro da Saúde;

Menção ao Garra, grupo armado que se dedicava a ações clandestinas do SNI durante a ditadura militar, do qual fizeram parte, segundo Amaury, os coronéis Ary Pereira de Carvalho, o Aryzinho; e Ary de Aguiar Freire.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/pr ... serra.html

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#67 Mensagem por Sempre Alerta » 09 Dez 2011, 10:28

Amaury Ribeiro Jr.: Quem é o Doutor Escuta

Derrotado na disputa à Presidência da República, José Serra gastou boa parte da campanha eleitoral de 2010 resmungando contra “espiões” que estariam bisbilhotando a vida de sua filha Verônica e de ilustríssimas figuras de seu partido. Sua aliada, a mídia encarregou-se de reverberar seus protestos, turbinando-os com altos decibéis. A arapongagem teria raiz no “núcleo de inteligência” montado por petistas, cuja existência nunca foi provada. Serra sempre refutou, também com veemência, adotar práticas semelhantes às que supunha ver praticadas por seus adversários.

Mas as relações de Serra com o submundo da espionagem foram levantadas pelo próprio autor. Faltava, no entanto, prová-las. Este capítulo traz essa prova cabal, os documentos inéditos que comprovam definitivamente o que todo mundo sempre soube. Serra costuma recorrer ao submundo da espionagem para vasculhar a vida de seus adversários políticos.

A papelada cedida ao autor pelo jornalista Gilberto Nascimento evidencia que o então governador paulista contratou, sem licitação, por meio da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a empresa Fence Consultoria Empresarial. A Fence é propriedade do ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), o legendário coronel reformado do Exército Ênio Gomes Fontelle, 73 anos, conhecido na comunidade de informações como “Doutor Escuta”.

A empresa do “Doutor Escuta” foi contratada por R$ 858 mil por ano “mais extras emergenciais” — pagos pelo contribuinte — no dia 10 de julho de 2008. Vale lembrar que nessa época a vida particular do ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves estava sendo espreitada por arapongas no Rio de Janeiro, onde a Fence está sediada. Talvez isso explique por que a Prodesp tenha invocado “inelegibilidade” para contratar a empresa do araponga sem licitação.

Em outras palavras, a Prodesp afirma que o “Doutor Escuta” não tinha concorrentes à altura para realizar o serviço. Conforme o contrato, entre outros serviços, a Fence é responsável pela “detecção de incursões eletrônicas nas instalações da Prodesp ou em outras localizações de interesse da empresa”. Isto significa que a empresa tem como acessar os dados pessoais de funcionários públicos, de juízes e até de parlamentares por uma simples razão: a Prodesp é a responsável não só pela folha de pagamento, mas também por todos os serviços de informação do Estado. Ou seja, o contrato concede à firma do “Doutor Escuta” o direito de invadir esses dados na hora que bem entender. Até o fechamento deste livro (final de junho) o governador Geraldo Alckmin (PSDB) mantinha o contrato com a empresa de Fontelle.

E o que o delegado federal e ex-deputado, também federal, Marcelo Itagiba, tem a ver com isso? A resposta quem fornece é o próprio currículo do coronel. O “Doutor Escuta” jacta-se de haver integrado o seleto grupo de arapongas que Serra, quando era ministro da Saúde de FHC, montou na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Sob a batuta de Itagiba, além do coronel Fontelle, estavam ainda mais dois personagens destas páginas. Um deles, o ex-agente do SNI Fernando Luiz Barcellos, de alcunha “agente Jardim”. E… adivinhe quem mais! Sim, ele mesmo, o delegado Onézimo das Graças Sousa, aquele mesmo frequentador do restaurante Fritz, da confeitaria Praline e das páginas da Veja e dos jornalões em 2010.

O ninho de arapongas da Anvisa foi desativado pelo próprio Serra, o que aconteceu após a imprensa denunciar que a vida privada de servidores do Ministério da Saúde e de desafetos do então ministro — entre eles seu colega, o ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, falecido em 2010 — estaria sendo esquadrinhada. Na época, o argumento de Serra para a arregimentação de arapongas foi o medo. Receava ser grampeado por representantes das indústrias de medicamentos, que teriam sido contrariados por medidas do governo.

Coincidentemente, o “Doutor Escuta” e os demais pássaros foram contratados em 2002, quando partidários do PFL (atual DEM) denunciaram a suposta vinculação de setores do governo do PSDB com os grampos fatais à candidatura pefelista à Presidência da República. Teriam levado a Polícia Federal a descobrir que a empresa Lunus, de propriedade da candidata Roseana Sarney e de seu marido Jorge Murad, guardava R$ 1,34 milhão em seu cofre. Suspeita-se que o dinheiro alimentaria a campanha do PFL, implodida ali mesmo pela apreensão.

O “Doutor Escuta” vem de longe. Foi no período do presidente João Baptista Figueiredo que ele se integrou à comunidade de informações. Entrou pelas mãos do ex-ministro-chefe do SNI, Octávio Medeiros. Seu rumo foi o Garra, braço armado das ações clandestinas e a arma mais letal do SNI durante a ditadura. Fontelles recebeu a tarefa de modernizar o arsenal tecnológico do órgão. Como seu próprio codinome esclarece, o “Doutor Escuta” comandou uma equipe de trabalho que desenvolveu aparelhos de escuta com tecnologia nacional que substituiram os importados.

Faziam parte do seleto grupo do Garra os coronéis Ary Pereira de Carvalho, o “Arizinho”; e Ary de Aguiar Freire, acusados de participar do complô que resultou no assassinato do jornalista Alexandre Von Baumgarten em outubro de 1982. Dois meses antes de morrer, o jornalista compôs um dossiê. No chamado Dossiê Baumbarten, os dois Arys são acusados de terem participado da reunião em que foi selada a morte do jornalista.

O sargento Marival Dias, do CIE (Centro de Informação do Exército), soube da morte do jornalista antes mesmo de seu desaparecimento ser anunciado. Disse ao autor que Baumgarten teria sido executado pelo “Doutor César”, codinome do coronel José Brant, também do Garra, a exemplo de Fontelles. Agente do CIE em Brasília, Dias teve acesso a um informe interno onde se afirmava que a morte se devia a Brant. Em uma operação do Garra para intimidar Baumgarten, o “Doutor César” teria se excedido e matado o jornalista. Isto o teria obrigado a eliminar duas testemunhas: a mulher de Baumgarten, Janete Hansen, e o barqueiro Manuel Valente. A reportagem publicada na revista IstoÉ nunca foi desmentida.

Aos seus clientes, o coronel Fontelles costuma dizer que sua empresa presta serviços de contraespionagem e não espionagem. Como veremos mais à frente, foi justamente esse trabalho, ou de contraespionagem, que acabou envolvendo o autor no episódio da suposta quebra de sigilo de Verônica Serra durante a campanha presidencial de 2010.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/pe ... blico.html

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#68 Mensagem por Carnage » 09 Dez 2011, 21:40


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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#69 Mensagem por Sempre Alerta » 11 Dez 2011, 17:40

A petição do MPF contra Serra e Preciado

Enviado por Luis Nassif

De Odorico Nilo

AÇÃO CAUTELAR

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA PROMOVIDA PELO MPF (MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL) CONTRA 18 ACUSADOS ENTRE ELES O TESOUREIRO (ARRECADADOR) DAS CAMPANHAS DE SERRA E FHC EM ELEIÇÕES ANTERIORES, PRIMO, AMIGOS, SÓCIOS E EMPRESAS DE JOSÉ SERRA.

4a. VARA FEDERAL DE BRASÍLIA
PROCESSO NÚMERO: 2002.34.00.029731-6
PODE SER CONSULTADO NO SITE OFICIAL DA JUSTIÇA FEDERAL DE BRASÍLIA:
http://processual.trf1.jus.br/consultaP ... 4000297316


ABAIXO EXTRATOS DA PETIÇÃO INICIAL (são mais de 200 páginas) DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - 1a. PARTE:
Réus:
1- RICARDO SÉRGIO DE OLIVEIRA – ex-diretor da Área Internacional do BB de1995-1999 e tesoureiro das campanhas de Serra e FHC
2- GREGÓRIO MARIN PRECIADO – empresário, casado com a prima irmã do Serra
3- VLADIMIR ANTÔNIO RIOLI – empresário, ex-diretor do Banespa e sócio de Serra
4- PAULO CESAS XIMENES ALVES FERREIRA – presidente do BB de 1995-1999
5- CLÁUDIO NESS MAUCH – ex-diretor de Fiscalização do Banco Central
6- JOSÉ PINTO DOS SANTOS NETO – ex-chefe da Audit – Auditoria Interna do BB de 1995-1999
7- ÉDSON SOARES FERREIRA – ex-diretor de Crédito Geral do BB
8- LUIZ FERNANDO DE AZEVEDO BONFIM – chefe de Auditoria Interna do BB
9- RONALDO DE SOUZA – empresário
10- GREMAFER COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA - de Marin (primo do Serra)
11- ACETO VIDROS E CRISTAIS LTDA - de Marin (primo do Serra)
12- RIVOLI PARTICIPAÇÕES S/A, incorporada pelo Grupo LA FONTE PARTICIPAÇÕES S/A – de Carlos Jereissati
13- LA FONTE TELECOM (GRUPO LA FONTE)
14- PLANEFIN – SERVIÇOS, ASSESSORIAS, PLANEJAMENTO, ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/C LTDA
15- CONSULTATUM S/C LTDA
16- ANTARES PARTICIPAÇÕES LTDA – de Ronaldo de Souza
17- ANTAR VENTURES INVESTIMENTOS LTDA – Ilhas Virgens Britânicas – Caribe (de Ronaldo de Souza)
18- I141 PARTICIPAÇÕES – de Carlos Jeressati
1
“Vale a pena frisar que cada afirmativa nesta ação é fundada num documento anexado. A fonte dos documentos do MPF foi principalmente Varas Judiciais (especialmente a 8ª. Vara Cível de São Bernardo do Campo, SP); Cartórios de Notas, de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e de Registro de Imóveis e ainda Juntas Comerciais. A descrição dos fatos tem amparo em amplas provas documentais.
(…)
Os réus são suspeitos de atos gravíssimos de improbidade administrativa.
(…)
Os fatos suspeitos principais envolvem principalmente a atuação do Sr. RICARDO SÉRGIO DE OLIVEIRA, como agente público federal no Banco do Brasil, como beneficiário de atos ilícitos e como suspeito de enriquecimento ilícito e mesmo de propina
(…)
Vejamos um apanhado geral dos fatos desta ação:
a) há sinais de enriquecimento ilícito, em total desproporção ao rendimento normal, ou seja, de locupletamento de empresários graças a atos ilícitos praticados por Diretores que também apresentam sinais claros de enriquecimento ilícito;
b) dentre os atos ilícitos cometidos pelos agentes públicos federais que ocupavam cargos no Banco do Brasil e controlavam a PREVI, existe uma série de novações ( rolagens de dívidas) e de perdões que beneficiaram pessoas ligadas politicamente ao Sr. RICARDO SÉRGIO, sendo que os benesses ilícitas podem chegar a mais de cem milhões de reais;
c) envolvendo os mesmos agentes públicos federais, houve a ajuda do Banco do Brasil e do Fundo de Pensão controlado pelo Banco do Brasil (PREVI) em várias privatizações suspeitas (VALE DO RIO DOCE, SISTEMA TELEBRÁS e Companhias de Eletricidade, como a COELBA, a CELPA e a COSERN). Estas ajudam totalizam vários bilhões de reais; e
d) há ainda suspeitas de propina, que também é considerada ato de improbidade.Estas suspeitas decorrem de um conjunto de indícios veementes (evidências probatórias), inclusive a declaração pública de Ministros de Estado. Somente podem ser elucidadas com os pedidos de liminares desta ação. Esta é uma ação de caráter investigatória, que visa obter provas para o ajuizamento das ações de improbidade definitivas.
Para não tumultuar a ação com um número muito grande de réus, somente foram incluídos no pólo passivo as pessoas objeto de liminares ou sobre as quais o MPF já tem provas robustas sobre o cometimento de atos ilícitos (…).
As suspeitas de improbidade mais documentadas desta ação seguem descritas a seguir, de forma resumida. Os outros atos serão descritos em capítulos próprios, mais adiante.
Em 1993, as empresas ACETO VIDROS LTDA e GREMAFER COMERCIAL E IMPORTADORA LTDA - de propriedade do Sr. GREGÓRIO MARIN - realizaram empréstimos na agência Rudge Ramos, do Banco do Brasil, em São Bernardo do Campo/SP.
O Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO era sócio destas empresas e foi também o avalista da operação. O empréstimo não foi pago: houve rolagens indevidas. Juridicamente, estas rolagens são novações equivalentes a novos empréstimos. Foram novos empréstimos ilícitos, pois não é possível obter novos recursos para pagar juros de empréstimos anteriores, sem amortizá-los e sem garantias suficientes. Além das novações ilícitas, houve dois perdões indevidos, totalizando cerca de R$ 73.719 milhões de reais. E houve também desídia por permitirem a venda de bens com ações de arresto já ajuizadas e desídia por não ajuizarem ação pauliana para recuperar o imóvel.
Os R$ 73.719.000,00 decorrem da soma de U$ 17 milhões de dólares em 1995 e R$ 57 milhões em 1998. Estas somas, atualizadas (nota: até 2002) - ou corrigidas pelo dólar -, ultrapassam em muito o valor de R$ 100 milhões de reais.
Em nota à imprensa, o Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO chega a dizer que a dívida tinha alcançado o valor de U$ 140 milhões (cento e quarenta milhões de dólares), depois reduzida a R$ 4,114 milhões ( quatro milhões, cento e catorze mil reais).
(…)
Eis um resumo cronológico dos fatos, com base nas reportagens do jornal Folha de São Paulo (não de agora), que descreve as operações financeiras ímprobas e ilícitas:
1993 - O início do empréstimo
As firmas GREMAFER e ACETO, empresas de GREGÓRIO MARIN PRECIADO , tomam um empréstimo no valor equivalente a US$ 2,5 milhões do Banco do Brasil, na agência de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo (SP).
Quando houve a liberação, a GREMAFER já devia um valor maior.
“Houve considerável saldo remanescente, que passou a ser renovado sem nenhuma amortização”, como foi noticiado.
1994 - A primeira renegociação
Como a GREMAFER e a ACETO não conseguiam pagar as dívidas, foi feita uma composição. Isso ocorreu em maio de 94, com as empresas dando imóveis como garantia. Apesar da recomposição, a única parcela paga do acordo ocorreu em outubro de 94, referente à dívida da ACETO.
A GREMAFER não pagou nada. Não fez desembolsos.
Não pagavam a dívida ao Banco do Brasil, mas, mesmo endividadas na praça e inadimplentes com o Banco do Brasil, estas duas firmas de GREGÓRIO MARIN PRECIADO - a GREMAFER e a ACETO - encontraram fôlego para um gasto extra: juntas, fizeram uma doação de R$ 62.442,82 à campanha do Sr. JOSÉ SERRA ao Senado, m 1994.
Da mesma forma, permitiram que o Sr. JOSÉ SERRA usasse o prédio da GREMAFER como comitê de campanha nas eleições de 1994 e 1996.
1995 - A venda do terreno
Em 25 de julho de 1995, o Banco do Brasil entra na Justiça pedindo o arresto de alguns bens do Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO , inclusive o terreno no Morumbi que o empresário possuía com o Sr. SERRA, desde 13.fev.81.
O BANCO DO BRASIL ajuizou ação de arresto datada de 17 de julho e protocolada em 25 de julho de 1995.
A informação vazou e, nesse meio tempo, os senhores MARIN e SERRA venderam o terreno por R$ 140 mil em 19 de setembro de 1995.
A escritura de compra e venda foi lavrada no dia 1º de setembro de 1995 no 4º Tabelião de Notas de Osasco.
A transferência foi registrada no 15 º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo no dia 19 de setembro de 1995. Somente a data do registro no Cartório de Imóveis tem importância jurídica, pois é o ato que transfere a propriedade do imóvel.
O Banco do Brasil demorou a promover o arresto, o auto do arresto somente foi realizado em outubro de 1995. Então, já era tarde, pois o SR. GREGORIO alegou ter feito uma venda, sem registro no Cartório de Registro de Imóveis, em abril de 1995.
No entanto, de forma suspeitíssima, somente teria registrado a venda no Cartório de Registro de Imóveis no dia 19 de setembro de 1995.
Também chama a atenção o fato de a escritura ter sido lavrada no dia 1º de setembro de 1995.
Em resposta enviada ao jornal Folha de S. Paulo, o Sr. José Serra justifica que a escritura fora lavrada somente em setembro porque a venda tinha sido parcelada em quatro vezes mais um sinal e o pagamento só teria terminado em agosto de 1995 e que há um instrumento de compra e venda, apenas com firma reconhecida.
Ora, a se considerar como verdadeiras as alegações do SR. JOSÉ SERRA, estamos diante de uma operação esdrúxula.
Nas operações normais de venda de imóveis, mesmo quando o pagamento é parcelado, é lavrada escritura assim que o negócio é fechado, mesmo que não tenham sido pagas todas as parcelas. Para isso foi criado o instituto da hipoteca, ou seja, a venda a prazo ocorre com a transferência do domínio e sobre o imóvel fica incidindo uma hipoteca. É assim que as partes resguardam seus direitos.
O comprador do terreno foi uma empresa, a Alfons Gehling & Cia.
Esta empresa é uma pequena imobiliária, sem sequer um site na Internet, com sede em Diadema, pelo que foi possível levantar na lista telefônica.
Outro ponto que chama atenção na explicação do SR. JOSÉ SERRA é o fato de sustentar que vendeu um terreno no luxuoso bairro do Morumbi, onde está sendo planejada a construção de um prédio de 12 andares, com dois subsolos, por R$ 140 mil, com um sinal e quatro prestações.
Um documento que consta do processo de número 1.162,95, o processo da execução das dívidas das empresas do Sr. Gregório MARIN , que tramita na 8º Vara cível de São Bernardo do Campo, revela um fato grave.
No dia 11 de setembro de 1995, portanto, oito dias antes do Sr. Gregório MARIN e o Sr. José Serra registrarem o contrato de venda, datado de 01 de setembro de 1995, que foi registrado no dia 19 de setembro, o Banco do Brasil pediu prazo de 15 dias ao Juiz para que fosse cumprido o mandato de arresto, porque os executados estavam fugindo.
O fato é que GREGORIO MARIN só foi notificado em outubro, tarde demais.Com o terreno já vendido, o Banco do Brasil então vai à Justiça, tentando fazer, de forma inócua, o arresto em outubro de 95. Já era tarde, pois o Sr. GREGÓRIO alegou ter feito uma venda, sem registro no Cartório de Registro de Imóveis, em abril de 1995.
Uma importante garantia foi assim levantada, beneficiando o Sr. GREGÓRIO e o Sr. SERRA. Este ponto foi tratado nas auditorias - serão especificadas adiante - e, com as mesmas, será possível verificar se há responsabilidade do Sr. SERRA. Ficando melhor esclarecido, o mesmo poderá inclusive ser objeto da ação principal.
1995 - Recomposição e dinheiro novo (nota: novo empréstimo)
Apesar do péssimo histórico das duas empresas, em 08 de novembro de 1995, a Diretoria do Banco do Brasil em Brasília aprova uma nova recomposição de dívidas para MARIN .
O economista RICARDO SÉRGIO fazia parte da Diretoria. Sendo o Diretor de Relação Internacional, e sendo as operações realizadas com base em recursos captados no exterior, sua pasta tinha a primazia na decisão.
- Segundo o jornal Folha de São Paulo, “antes de a diretoria do BANCO DO BRASIL receber a documentação sobre o caso de MARIN , a equipe do banco em São Paulo é freqüentemente informada de que o caso interessava a RICARDO SÉRGIO”.
A GREMAFER devia R$ 28.248.911,78.
A ACETO, R$ 8.823.780,53.
Pelo acordo firmado, a dívida de ambas caiu para R$ 15.917.233,24 e R$ 4.702.052,65.
A REDUÇÃO FOI DE R$ 16.453.406,01
Além disso, houve dinheiro novo (nota: novo empréstimo).
A Gremager ganhou o equivalente a US$ 2 milhões.
A ACETO, o equivalente a US$ 800 mil
Além da redução, as duas empresas de GREGORIO MARIN foram contempladas com um novo empréstimo no total de US$ 2,8 milhões.
1995 - Anuência da Diretoria do BANCO DO BRASIL
- O caráter inusitado da operação e a anuência da Diretoria foi constatado pelo então superintendente estadual do BANCO DO BRASIL em São Paulo, Wolney B. Ferreira.
Este assinou, em 27 de novembro de 95, uma carta para a presidência do banco, em Brasília.
Começa com o seguinte titulo sugestivo: “OPERAÇÕES EM CURSO ANORMAL GREMAFER Com. Imp. Ltda. E ACETO Vidros e Cristais Ltda.”
Este texto, por informações obtidas, consta nas auditorias que serão especificadas.
1998 - Mais uma recomposição.
- A “Súmula de Operações Anormais Unidade de Recuperação de Crédito (URC) de SBC SP 98/0 13”, de 28.out.98 e o “Recup PT 98/908”, de 06.nov.98 afirmam que a divida total da GREMAFER e da ACETO com o Banco do Brasil já havia atingido R$ 61,380 milhões, por conta da capitalização dos juros e inadimplência.
NOVO PERDÃO É CONCEDIDO: R$ 57,266 MILHÕES.
A DIVIDA CAI DE R$ 61,380 MILHÕES PARA R$ 4,114 MILHÕES
2002 - Valor atual (nota: 2002 data da propositura desta ação cautelar)
O último valor disponível para a GREMAFER é de 25.abr.2002:
R$ 3.142.937,30.
A empresa está contestando o valor na Justiça e não paga - Não há valor disponível para a dívida atualizada da ACETO.
Como será visto adiante, há um conjunto de fatos indiciários que tornam os perdões mencionados ainda mais suspeitos.
Por exemplo, a empresa GREMAFER foi também agraciada por empréstimos de vários milhões junto ao BANESPA, quando o Sr. RIOLI controlava tais operações no Banco do Brasil. No Banespa, operava o Sr. VLADIMIR ANTÔNIO RIOLI, que foi sócio do Sr. SERRA numa firma de consultoria, como vice-presidente de operações. E, novamente, um sócio do Sr. SERRA beneficiou a firma GREMAFER.
A firma do Sr. SERRA e do Sr. VLADIMIR RIOLI, denominada CONSULTORIA ECONÔMICA, não foi declarada à Justiça Eleitoral, em 1994, pelo Sr. SERRA. Da mesma forma, o Sr. SERRA não declarou à Justiça Eleitoral, em 1994, em 1996 e neste ano (nota 2002), a empresa ACP Ltda, que funcionava no prédio do Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO .
Ocultar estas empresas também implicava em ocultar as relações entre o Sr. JOSÉ SERRA com o Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO e com o Sr. VLADIMIR ANTÔNIO RIOLI.

Existiam ligações políticas, de parentesco e de negócios entre o Sr. RICARDO SÉRGIO (então Diretor de Relações Internacionais no Banco do Brasil), o Sr. JOSÉ SERRA (então Ministro do Planejamento), o Sr. VLADIMIR ANTÔNIO RIOLI (Vice-Presidente e Diretor de Operações no BANESPA) e ainda com o Sr. GREGÓRIO MARIN PRECIADO . Estas ligações tornam bastante suspeitas estas operações. Além de ilícitas, teriam como fonte o favorecimento político. Os fatos indiciários seguem narrados, com mais detalhes, mais adiante.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... e-preciado

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Carnage
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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#70 Mensagem por Carnage » 12 Dez 2011, 22:22

http://www.viomundo.com.br/denuncias/ra ... rdade.html
Rafael Patto: Para que a mentira não se torne verdade

Para que uma mentida repetida várias vezes não se consagre como verdade


Em 11 de dezembro de 2009, morria, aos 83 anos, no Rio de Janeiro, o ex-ministro da Saúde, Jamil Haddad. Deputado Estadual, Senador e Deputado Federal, foi Prefeito do Rio de Janeiro por indicação do então governador da Guanabara, Leonel Brizola.

Militante do MDB durante o regime ditatorial, viria a ser um dos fundadores do PSB. Em 1992, a convite do ex-presidente Itamar Franco, assumiu o Ministério da Saúde. Ali, concretizou o que provavelmente seja sua obra de maior alcance social: a instituição dos medicamentos genéricos.

Por meio do Decreto-Lei n° 793/93, foi promovida uma verdadeira transformação na dinâmica da comercialização de medicamentos no Brasil. Jamil Haddad é provavelmente uma das maiores vítimas da falta de honestidade e do mau-caratismo de José Serra, que, despudoradamente, se apropriou dos méritos de uma realização que não lhe pertence.

Usurpação grosseira de alguém que não dispõe de meios próprios para inscrever com dignidade seu nome na história política do Brasil. Acrescente-se que essa mentira que já soa como verdade, dada a falta de contestação, só se assegura graças à conivência da mídia brasileira que se acumplicia com a desfaçatez de José Serra, e ainda silenciou, até o dia de sua morte, as tentativas de seu verdadeiro autor de desmascarar a mentira do tucano.


O Decreto-Lei 793/93 foi revogado por FHC e, posteriormente, foi praticamente plagiado sob a forma da Lei n° 9.787/99. Com o diferencial de que, enquanto o Decreto-Lei proposto pelo ministro Haddad e assinado pelo ex-presidente Itamar franco impunha a obrigatoriedade da utilização da denominação genérica nos editais de licitação pública de compra de medicamentos pelo SUS, a Lei de Serra/FHC se referia meramente a uma preferência dos medicamentos genéricos em relação aos de marca produzidos pelos grandes laboratórios comerciais.

É o que diz o § 2°, Art. 3°, da Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 (FHC/Serra)

“Nas aquisições de medicamentos sob qualquer modalidade de compra, e as prescrições médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS, o medicamento genérico terá preferência sobre os demais em condições de igualdade de preço”.

Compare com o texto do Decreto-Lei n° 793, de 05 de abril de 1993 (Itamar/Haddad)

Art. 35. Somente será aviada a receita médica ou odontológica que: I – contiver a denominação genérica do medicamento prescrito; §2° É obrigatória a utilização das denominações genéricas (Denominação Comum Brasileira) em todas as prescrições de profissionais autorizados, nos dos serviços públicos, conveniados e contratados, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Art. 40. Parágrafo único. Nas compras e licitações públicas de medicamentos realizadas pela Administração Pública é obrigatória a utilização da denominação genérica nos editais, propostas licitatórias, contratos e notas fiscais.


Além disso, a Lei de Serra/FHC acresce um parágrafo ao Artigo n° 57, da Lei n° 6360/76, que promove uma inversão em relação ao decreto-lei de Haddad/Itamar no que se refere ao destaque, nas embalagens e caixas dos medicamentos, dos nomes comerciais e da denominação genérica.

Segundo o dispositivo de 1993, o nome de marca não poderia ocupar espaço superior a 1/3 do espaço ocupado pela impressão da denominação genérica. Já a lei de 1999 estabelece que é a fonte e o destaque da denominação genérica que não poderão ser inferiores à metade do destaque reservado ao nome comercial do medicamento.

Ou seja, enquanto a legislação original dos medicamentos genéricos de autoria de Jamil Haddad assegurava a primazia à denominação genérica, a lei adulterada de José Serra e FHC, consoante os interesses comerciais dos laboratórios, simplesmente reservava uma reduzida e discreta cota mínima de espaço para a impressão da denominação genérica nas caixas dos medicamentos, a fim de que o apelo comercial dos nomes de marca fosse comprometido.

Veja o que diz um e outro dispositivo:

Decreto-Lei n° 793, de 05 de abril de 1993 (Itamar/Haddad)

Art.1°. Todo estabelecimento de dispensação de medicamentos deverá dispor, em local visível e de fácil acesso, a lista de medicamentos correspondentes às denominações genéricas, e os seus correspondentes de nome e/ou marca.

Art. 4°. Constarão, ainda, obrigatoriamente, das embalagens, rótulos, bulas prospectos, textos, ou qualquer outro tipo de material de divulgação e informação médica, referentes a medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, a terminologia da Denominação Comum Brasileira (DCB) em destaque com relação ao nome e/ou marca, observadas ainda as seguintes exigências: I – O tamanho das letras do nome e/ou marca não poderá exceder a 1/3 (um terço) do tamanho das letras da denominação genérica; II – O tipo de letra da impressão do nome e/ou marca será idêntico ao da denominação genérica; III – O nome e/ou marca deverão estar situados no mesmo campo de impressão, com o mesmo fundo gráfico e abaixo da denominação genérica do produto; IV – As letras deverão guardar entre si as devidas proporções de distâncias indispensáveis à sua fácil leitura e destaque.

Art. 18. Parágrafo único. É obrigatório o uso da denominação genérica nos registros e autorizações relativos à produção, fracionamento, comercialização e importação de medicamentos.


Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 (FHC/Serra)

Art. 57. Parágrafo único. Os medicamentos que ostentam nome comercial ou marca ostentarão também, obrigatoriamente com o mesmo destaque e de forma legível, nas peças referidas no caput deste artigo, nas embalagens e materiais promocionais, a Denominação Comum Brasileira ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional em letras e caracteres cujo tamanho não será inferior a um meio do tamanho das letras e caracteres do nome comercial ou marca.

Mais um embuste de José Serra: o genérico que ele vive proclamando como sendo de sua autoria não passa de um afago nos interesses da indústria farmoquímica
.

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PAULOSTORY
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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#71 Mensagem por PAULOSTORY » 12 Dez 2011, 23:11

Mais um embuste de José Serra: o genérico que ele vive proclamando como sendo de sua autoria não passa de um afago nos interesses da indústria farmoquímica.
NÃO ENTENDI!!
A LEI DOS GENÉRICOS JÁ EXISTIA, SÓ QUE NINGUÉM A FEZ SER APLICADA??
ENTÃO QUEM A COLOCOU NA PRÁTICA NÃO TEM MÉRITO NENHUM??
E AS QUEBRAS DE PATENTE, TAMBÉM SE ENCONTRAVAM NESSA LEI (QUE SEJA BEM CLARO A DIFERENCIAÇÃO ENTRE MEDICAMENTOS EM QUE HÁ CARÊNCIA DE PATENTE E OS DEMAIS)??
NÃO ENTENDI!!
ENTENDERIA SE OS GENÉRICOS NÃO TIVESSEM SIDO UM GANHO PARA A POPULAÇÃO!!
SERÁ QUE SÓ VALEM PROGRAMAS SOCIAIS QUE ATENDAM SOMENTE AS CLASSES MAIS BAIXAS???
NÃO SÃO MUITO MAIS LÓGICOS E JUSTOS, PROGRAMAS QUE ATENDAM A TODOS??
AFINAL O SLOGAN DO PT, NÃO É : "UM PAÍS PARA TODOS"?


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Sempre Alerta
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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#72 Mensagem por Sempre Alerta » 15 Dez 2011, 22:01

http://www.youtube.com/watch?v=JgBBuAIA ... r_embedded

Serra e a Privataria Tucana

http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... LMNxpKFgAg

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#73 Mensagem por Sempre Alerta » 22 Dez 2011, 21:32

Como Serra (não) enfrenta as pressões

Luis Nassif

Três episódios que ilustram bem a personalidade de José Serra, que me foram passados por um ex-assessor de comunicação que trabalhou muitos anos ligado ao PSDB.

O primeiro, no comício das diretas. Serra foi contra desde o início, alegando que não daria certo. Quando o carro pegou, tentou embarcar de carona. Provocou revolta nos companheiros, a ponto de ter havido briga de braço um militante qualificado do partido.

O segundo episódio foi com Mário Covas. Na prefeitura, Covas sempre atribuía a Serra as notas que saíam contra ele na imprensa e, depois, às notas plantadas durante a Constituinte. Certo dia Covas deu o troco, com uma crítica em on contra Serra, em plena constituinte.

Em vez de responder, Serra foi até a repórter de O Globo e garantiu, em off, que Covas não tinha feito aquela crítica, que fora mal interpretado pelo jornal. A repórter procurou um assessor do partido que foi direto: converse com o Covas novamente. Cova reiterou as críticas, em on. Serra se escondeu.

No governo FHC, uma característica permanente de Serra era desaparecer de cena assim que acontecia qualquer crise. Sumia, simplesmente, não era achado, conta o ex-assessor. Esse comportamento se repetiu em São Paulo, quando governador. Sumiu de cena no episódio das enchentes, no conflito entre PM e Polícia Civil, nos conflitos da USP.

A explicação do ex-assessor vale para os momentos atuais. Sob pressão, Serra entra em parafuso.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... s-pressoes

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#74 Mensagem por Sempre Alerta » 05 Jan 2012, 21:35

Como nosso liberal enxerga Serra

Enviado por Luis Nassif

Por aliancaliberal

Serra é um mau ator , não consegue interpretar o perfil que lhe é imposto pelo marketing.
Não tem posição definida no espectro politico, não conta a mesma história sempre para consolidar seu personagem.

Não se sabe se ele é um menino pobre que subiu na vida, lider da UNE lutando contra a ditadura, ou se é um aristocrata rico que por ser "mais preparado" pode mudar o país.
Sem personagem, sem história, sem conteudo consegue alguma expressão por ser anti-PT , mas a sua mediocridade em ser o representante disso não é o suficiente para elege-lo.

Como é mau ator deixa transparecer o cinismo tipico do politico brasileiro que é detectado pelo eleitor, como não tem nada autêntico e deixa transparecer isso dai vem a sua rejeição.

Por alfredo machado

Caro aliancaliberal:

De vez em quando discordamos.

O mentecapto sabe muito bem o que faz.

O distinto tem plena consciência de suas limitações, daí a necessidade de encostar na parede, geralmente de forma rude e indiferente, qualquer sombra de possibilidade que possa atrapalhar o seu percurso, o caso de jornalistas que conhecem detalhes de sua história que mais parece um queijo suíço( tantos são os buracos existentes) e de parceiros políticos, tanto os que lhe ajudaram ao longo da vida (não quer saber de nenhuma eventual cobrança mais à frente) quanto os de momento que, por algum motivo, o faça sentir ameaçado em sua aspiração, a mesma de sempre.

Seus neurônios só assimilam uma idéia, o trono a qualquer custo, e prá isto faz qualquer negócio, ao ponto de conseguir deixar (não é prá qualquer um) a própria filha inteiramente exposta à opinião pública, e o mais interessante, resguardando o filho de qualquer sujeira.

Não se incomoda com rejeições aqui e ali, pois sabe que pode eliminá-las (é o que tem feito há anos); mentiroso compulsivo, este é um traço de caráter que não o incomoda em nada, pois confia na memória do brasileiro. É, e sabe que é um ser movediço que não conhece qualquer limite, um caso a ser estudado por especialistas.

Figuras como esta só sossegam no último dia, pois ninguém é imortal.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... erga-serra

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Re: O jeito José Serra de SER/GOVERNAR

#75 Mensagem por Sempre Alerta » 05 Jan 2012, 22:29

Por que Serra é tão detestado

by Paulo Nogueira

Por que Serra é tão detestado?

Me chamou a atenção a alegria com que muita gente recebeu as controvertidas denúncias contra Serra no livro A Privataria Tucana. Me parece que para muitos a principal virtude do livro consiste em atacar Serra.

É irônico vê-lo no papel de privatizador, ele que sempre pareceu contrariado com as privatizações e que jamais se identificou com o ideário neoliberal. Serra é o clássico ‘dirigista’, alguém que acha que o país deve ser guiado de cima para baixo por um Estado forte. Há, aí, uma comunhão de idéias entre ele e o que foi o mais esclarecido presidente nos anos militares, Ernesto Geisel.

Os jornalistas não gostam de Serra por um motivo óbvio: se puder, ele liga para os donos para tentar suspender uma reportagem que ele suspeite que não o tratará como herói. Caso saia um artigo que o irrite, ele também responde com ligações privadas para os donos ou os chefes do autor. Até em bobagens. Uma vez, quando trabalhava na Exame, dei a um texto sobre mais uma derrota eleitoral de Serra um título extraído de um poema de Gonçalves Dias: “Ainda uma vez, adeus”. Meu chefe na época, Antonio Machado, me avisou que Serra tinha ligado para se queixar de mim.

Muitos jornalistas atribuem sua demissão a pedidos de Serra. Em minha carreira, só vi alguém com o mesmo perfil: Delfim Netto, o czar da economia em boa parte do regime militar. Os jornalistas sabíamos que Delfim não hesitava em pedir cabeças quando contrariado com algum texto.

Sabemos, então, por que Serra é rejeitado pelos jornalistas. E pelos demais?
Bem, Serra parece reunir todas as características que fazem as pessoas desgostar de alguém. Tem um claro ar de superioridade, sem que haja razões para isso. Serra é, por formação, economista, mas jamais produziu um livro original, com idéias econômicas inovadoras. Sua arrogância se sustenta muito mais num caráter ególatra do que em bases de realidade, e isso incomoda duplamente. Se é difícil suportar um gênio difícil, pior ainda é aturar uma pessoa normal que se comporta como gênio.

Serra é, também, invejoso. Ele não participou da equipe que fez o Plano Real, e por isso jamais reconheceu nele a importância histórica de devolver aos brasileiros uma moeda que não se corroía continuamente.

Também não é grato. Em 2002, em sua campanha fracassada, jamais deixou claro aos brasileiros que se alinhava com o homem que viabilizara sua candidatura: Fernando Henrique Cardoso. Compare com a atitude de Dilma perante Lula. Dilma, numa cartinha recente a FHC, disse muito mais sobre a importância dele como presidente do que Serra em toda uma vida em que ambos estiveram na mesma trincheira.

A todos os atributos negativos, Serra acrescentou na última campanha um outro: a hipocrisia. Ele quis parecer um homem do povo, alguém que gosta de estar no meio das pessoas numa feira comendo pastel e falando do último capítulo de novela.
Não colou.

Nem vou remeter ao farisaísmo presente na patética tentativa de transformar uma bolinha de papel num atentado na última campanha. Numa hipótese benevolente, isso foi fruto ao mesmo tempo do marqueteiro de Serra e de seu próprio desespero diante das pesquisas que já o davam como morto. Foi um horror, é verdade, mas com atenuantes. Por isso passemos por cima do falso atentado. Fiquemos com a essência: antipatizar com Serra é uma das raras coisas comuns aos brasileiros.

Dizer que o brasileiro não sabe votar é um clichê. Mas não ter levado Serra ao Planalto por duas vezes é uma evidência de que o brasileiro sabe pelo menos em quem não votar.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/?p=6474

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