Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
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OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
O brasileiro comum tem uma mentalidade um tanto estranha quanto às prioridades em sua vida. Muitas atitudes de compra parecem ser motivados principalmente pela soberba, o que pode explicar a distorção de preços de diversos itens como automóveis 0km, restaurantes, roupas de marca, tênis, hospedagem em hotéis, etc. Acredito que também falta educação financeira básica à população, coisas absurdas do brasileiro como comprar bens baseados no valor da parcela e não no valor total... para a alegria da Casas Bahia, concessionárias de carros e outras lojas que aproveitam do crédito.
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Re: A culpa não é só do governo: Empresários salafários!!!
2Carnage escreveu:Acredito que a analogia seja válida!Nazrudin escreveu:Carnage se nós substituírmos a torta por puta e o bairro rico pelos BOPs? Confesso que não entendo muito de economia....
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Serve Portugal?Compson escreveu:Depois desenvolvo melhor, mas, além de desafiá-lo (dê um único exemplo de metrópole que tenha aberto o comércio exterior de qualquer uma de suas colônias, ah, não é bem isso que você quis dizer? ]Gilmor escreveu:Alias, sua receita não é novidade, é uma velha receita colonial..
http://www.historiamais.com/familia_real.htm
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.
Aguardo vc desenvolver melhor, seria bom esclarecer como isso se deu e pq vc considera positivo, já que a década de 80 foi uma das piores na história desse país.Compson escreveu:tudo bem, explique-se), gostaria de dizer que proteção comercial seletiva não é nenhuma novidade: foi muito bem implantanda no Brasil dos anos 1970 e resultou... Nos anos 1980!
Bem vindo ao passado... Yeah!
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Que o preço do carro no Brasil precisa baixar imediatamente é fato. Mas, se isso acontecer, gostaria de saber alguns meses antes, pra eu poder vender o meu carro no preço que paguei e injetar a grana nas parcelas do meu apê!
haha
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Verdade, mas o contexto econômico internacional era totalmente diferente. No caso, nações amigas = Inglaterra, o que apenas substituía o monopólio português pelo monopólio inglês...Gilmor escreveu:Serve Portugal?Compson escreveu:Depois desenvolvo melhor, mas, além de desafiá-lo (dê um único exemplo de metrópole que tenha aberto o comércio exterior de qualquer uma de suas colônias, ah, não é bem isso que você quis dizer? ]Gilmor escreveu:Alias, sua receita não é novidade, é uma velha receita colonial..
http://www.historiamais.com/familia_real.htm
Seis dias após a chegada D. João cumpriu o seu acordo com os ingleses, abrindo os portos brasileiros às nações amigas, isto é, a Inglaterra. Eliminando em parte o monopólio comercial português, que obrigava o Brasil a fazer comércio apenas com Portugal.
No caso atual dos automóveis, o "monopólio" não é de um país, mas do truste de montadoras europeias e americanas, que estão se cagando de medo das coreanas e, principalmente das chinesas. Por isso, esse truste que se aproveitar dos tratados de comércio para transformar a América Latina em uma reserva de mercado. Para mim, isso sim é colonialismo...
"Proteção comercial seletiva" é exatamente o que o governo fez, elevar impostos de produtos específicos para, supostamente, proteger a indústria nacional. Não vejo nada positivo nisso, tanto é que anos de políticas assim resultou na catástrofe dos anos 1980.Aguardo vc desenvolver melhor, seria bom esclarecer como isso se deu e pq vc considera positivo, já que a década de 80 foi uma das piores na história desse país.Compson escreveu:gostaria de dizer que proteção comercial seletiva não é nenhuma novidade: foi muito bem implantanda no Brasil dos anos 1970 e resultou... Nos anos 1980!
Por que isso é negativo?
Desvantagens:
- não gera necessariamente emprego no setor automobilístico; no máximo, impede a queda de emprego no curto prazo, pois uma parte da demanda que se voltaria para os importados, vai se voltar para os nacionais; em teoria, pode gerar queda de emprego no longo prazo, pois um preço maior no mercado permite às montadoras sobreviver sem exportar (mas é teoria).
- impede a instalação de novas empresas automobilísticas no Brasil, pois, antes de se instalar, elas precisam obter 65% de fornecedores nacionais;
- desestimula a utilização de tecnologia de ponta importada;
- desestimula o desenvolvimento tecnológico e a melhora da eficiência no setor de autopeças nacional, pois reduz consideravelmente a concorrência externa;
- aumenta o preço dos carros no Brasil;
- aumenta o clima de insegurança jurídico-política, pois a medida foi estabelecida por decreto, sem anúncio prévio nem debate público;
- beneficia justamente os Estados mais ricos, onde se concentra a indústria automobilística.
Vantagem:
- o trânsito das cidades tende a piorar menos com carros mais caros.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Não é preciso reinventar a roda pra sabermos que a AL ainda é quintal dos EUA e CIA, se não fossemos colônia não falaríamos ingreis e sim tupi guarani.Compson escreveu: No caso atual dos automóveis, o "monopólio" não é de um país, mas do truste de montadoras europeias e americanas, que estão se cagando de medo das coreanas e, principalmente das chinesas. Por isso, esse truste que se aproveitar dos tratados de comércio para transformar a América Latina em uma reserva de mercado. Para mim, isso sim é colonialismo...
Elevar impostos sobre produtos específicos é o que todas as nações soberanas fazem.(já é um bom começo)Compson escreveu: “Proteção comercial seletiva" é exatamente o que o governo fez, elevar impostos de produtos específicos para, supostamente, proteger a indústria nacional. Não vejo nada positivo nisso, tanto é que anos de políticas assim resultou na catástrofe dos anos 1980.
A crise dos anos 80 é fruto da crise do petróleo e do endividamento que bancou a “milagre brasileiro” nos anos 70, pouco tem a ver com a política alfandegária.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Compson, mesmo com estes problemas que elencou, a Nissan reafirmou esta semana que irá construir uma fábrica no Rio de Janeiro, gerando um total estimado de 4 mil empregos.
Será que este medida do aumento do imposto não pode mesmo estimular as chinesas e coreanas a abrir fábrica aqui no Brasil? Afinal, o mercado é um dos mais tentadores.
Será que este medida do aumento do imposto não pode mesmo estimular as chinesas e coreanas a abrir fábrica aqui no Brasil? Afinal, o mercado é um dos mais tentadores.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Então, o problema, principalmente para as chinesas, é que não adianta abrir fábrica no Brasil, precisa ter 65% de fornecedores nacionais. Mesmo que o carro seja montado no Brasil, se houver mais de 35% de componentes importados, incide o IPI mais alto. A JAC anunciou que cancelaria a abertura da fábrica, mas pode ser blefe.Carnage escreveu:Compson, mesmo com estes problemas que elencou, a Nissan reafirmou esta semana que irá construir uma fábrica no Rio de Janeiro, gerando um total estimado de 4 mil empregos.
Será que este medida do aumento do imposto não pode mesmo estimular as chinesas e coreanas a abrir fábrica aqui no Brasil? Afinal, o mercado é um dos mais tentadores.
Esse negócio dos 65% é um dos principais indícios que levanta a suspeita de lobismo... Sem contar que é muito difícil de calcular "objetivamente" o que são 65% de componentes nacionais. Não li a lei, mas também parece ser uma porta para a arbitrariedade.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Olha uns dados legais:
http://oica.net/category/production-statistics/
No total, o Brasil é o sétimo produtor de carros do mundo, com 3,6 milhões de unidades produzidas em 2010, exportando-se 0,5 milhão, a maioria para a América Latina ou África do Sul.
Alguém realmente acha que o mercado brasileiro tem capacidade de absorver 3 milhões de carros por ano por muito tempo? Não é de se espantar que, com esses resultados, os pátios das montadoras estejam cada vez mais cheios e as lojas de usados abarrotadas.
Com isso eu pergunto, leninistamente: que fazer?
Exportar. Aumentar a participação no mercado global. Entrar agressivamente nos mercados centrais (americano, europeu, asiático). Competir com os asiáticos (*).
Vocês acham mesmo que vamos conseguir competir internacionalmente com os asiáticos dando total proteção para que nossas empresas não compitam com os asiáticos no mercado interno?
Ora, proteger o mercado é condenar nossas empresas ao limite dos 3 milhões. É o contrário do crescimento!
É claro, talvez nossos lobistas tenham influência em Berlim ou Pretória, e logo Alemanha e África do Sul vão aumentar impostos para carros com menos de 65% de peças brasileiras. É uma alternativa; a outra é chutar o câmbio. Querem apostar?
(*) Por asiático, quero dizer "produção dos países asiáticos", pois as empresas asiáticas podem se instalar no Brasil e funcionar como as outras empresas locais, produzindo para o mercado interno, com poucas ambições de exportação. É o que acontece, na verdade!
http://oica.net/category/production-statistics/
No total, o Brasil é o sétimo produtor de carros do mundo, com 3,6 milhões de unidades produzidas em 2010, exportando-se 0,5 milhão, a maioria para a América Latina ou África do Sul.
Alguém realmente acha que o mercado brasileiro tem capacidade de absorver 3 milhões de carros por ano por muito tempo? Não é de se espantar que, com esses resultados, os pátios das montadoras estejam cada vez mais cheios e as lojas de usados abarrotadas.
Com isso eu pergunto, leninistamente: que fazer?
Exportar. Aumentar a participação no mercado global. Entrar agressivamente nos mercados centrais (americano, europeu, asiático). Competir com os asiáticos (*).
Vocês acham mesmo que vamos conseguir competir internacionalmente com os asiáticos dando total proteção para que nossas empresas não compitam com os asiáticos no mercado interno?
Ora, proteger o mercado é condenar nossas empresas ao limite dos 3 milhões. É o contrário do crescimento!
É claro, talvez nossos lobistas tenham influência em Berlim ou Pretória, e logo Alemanha e África do Sul vão aumentar impostos para carros com menos de 65% de peças brasileiras. É uma alternativa; a outra é chutar o câmbio. Querem apostar?
(*) Por asiático, quero dizer "produção dos países asiáticos", pois as empresas asiáticas podem se instalar no Brasil e funcionar como as outras empresas locais, produzindo para o mercado interno, com poucas ambições de exportação. É o que acontece, na verdade!
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Acompanho um fórum financeiro e alguns detalhes importantes que foram levantados por lá:
- o cálculo dos 65% de componentes nacionais será feito com base no preço final do carro
- o preço final do carro inclui a margem de lucro e os custos que excluem os componentes (salários, marketing...)
Ou seja, vai beneficiar a indústria de componentes nacionais, mas nem tanto assim.
- o cálculo dos 65% de componentes nacionais será feito com base no preço final do carro
- o preço final do carro inclui a margem de lucro e os custos que excluem os componentes (salários, marketing...)
Ou seja, vai beneficiar a indústria de componentes nacionais, mas nem tanto assim.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Acho que toda essa sua análise não leva em conta o contexto em que foram tomadas essas medidas.Compson escreveu: Ora, proteger o mercado é condenar nossas empresas ao limite dos 3 milhões. É o contrário do crescimento!
O amigo parece esquecer que estamos na iminência de uma crise maior do que a marolinha de 2008, nesse caso é melhor salvar os dedos e esquecer os anéis.
Em 2008 a política foi fazer valer o mercado interno, pelo visto a receita funcionou...
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Não estamos não... Existem muitas possibilidades: a Europa quebrar e os bancos não, os bancos quebrarem e a Europa não, todos quebrarem, ninguém quebrar, o impasse durar anos, décadas, os EUA se recuperarem, os EUA entrarem de novo em depressão, a China desaquecer, a China aquecer etc.Gilmor escreveu:O amigo parece esquecer que estamos na iminência de uma crise maior do que a marolinha de 2008, nesse caso é melhor salvar os dedos e esquecer os anéis.
Apostar tudo na crise não é apenas um erro, é deficiência intelectual ou interesses escusos...
O mais transparente seria trabalhar com dados concretos, não chutes! Mas tomara mesmo que nossa equipe econômica tenha poderes premonitórios!
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
iG › Carros
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IPI: todas serão penalizadas, diz Anfavea
Aumento de 30 pontos percentuais do IPI vale para todos os importados e visa estimular e proteger a indústria nacional
Rodrigo Mora | 20/9/2011 09:55:00
Importadas têm planos seriamente afetados e podem abandonar o País
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores) defendeu nesta segunda-feira, 19, mais uma vez, as medidas anunciadas pelo governo que, entre outras regras, elevam em 30 pontos percentuais o IPI para veículos importados de países que não sejam o México ou os que integram o Mercosul (a Argentina, predominantemente). E para aliviar a fúria dos importadores – como, principalmente, Kia, Hyundai, Chery e JAC – alegou que até mesmo as fábricas instaladas aqui serão penalizadas com as novas regras. Isso porque o aumento do imposto sobre produtos industrializados vale até mesmo para os importados de marcas instaladas industrialmente no País.
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea e da Fiat, uma das principais beneficiárias do novo acordo, nega um suposto lobby entre governo e as marcas representadas pela entidade e afirma, incansavelmente, que tudo foi planejado para o bem da indústria nacional. “A indústria automotiva representa quase 23% do PIB nacional. Devemos proteger esse patrimônio e garantir o emprego de amanhã”, afirma Belini.
Novas regras
As novas regras sobre a aplicação do IPI dizem que todas as marcas que atuam no Brasil deverão cumprir três requisitos: destinar 0,5% de sua receita para pesquisa e desenvolvimento, ter, na média de todos seus veículos comercializados, 65% de nacionalização (60% no caso de automóveis argentinos e mexicanos); e cumprir compromissos (não detalhados) no processo de produção. Quem alcançar os três objetivos está livre do aumento do IPI nos carros nacionais ou trazidos do México e do Mercosul. Quem não atingir uma das premissas vai ter o aumento do imposto inclusive sobre os nacionais, argentinos e mexicanos. Carros trazidos de outros países sempre terão o IPI elevado em 30 pontos percentuais.
Daqui a 45 dias todas as marcas (fabricantes ou importadoras) deverão apresentar ao governo medidas para cumprir as novas regras. As importadoras, por não terem fábrica no Brasil, estarão automaticamente penalizadas.
Atualmente, o IPI é cobrado da seguinte maneira: 7% para veículos com motor de até 1 litro, 11% para veículos de 1 a 2 litros bicombustíveis, 13% para aqueles de 1 a 2 litros a gasolina, 18% para carros flex acima de 2 litros e 25% para veículos acima de 2 litros a gasolina. Com a mudança, os carros que não se enquadrarem passarão a recolher 37% (1.0 litro), 41% (de 1.0 a 2.0 flex), 43% (de 1.0 a 2.0 a gasolina ou diesel), 48% (acima de 2.0 flex) e 55% (acima de 2.0 a gasolina ou diesel).
Aumento x desconto
A pergunta que todos fizeram, sem uma resposta objetiva e concisa, foi: por que em vez de aumentar o IPI para importados, não abonar os nacionais no caso do cumprimento das novas regras? A justificativa de Rogélio Golfarb, vice-presidente da Anfavea e executivo da Ford: “não queremos fomentar a demanda, mas sim trabalhar na competitividade”. A gosso modo, é o mesmo que dizer “não queremos vender mais nacionais”.
Já que tais medidas visam “promover o desenvolvimento industrial e socioeconômico do País”, conforme prega a Anfavea, então qual a razão de terem sido lançadas agora, justamente no mesmo período em que os importados vivem seu auge no mercado nacional? “Porque a deterioração cambial nunca esteve tão ruim”, justifica Belini. O presidente da entidade se refere à balança comercial, que em 2006 registrava superávit de US$ 9,6 bilhões e em 2010 teve déficit de US$ 6 bilhões.
Apoiado num discurso nacionalista, Belini se irritou após tentar (e não conseguir) convencer que o governo e a entidade tomaram a medida certa: “nós temos que entender que o mundo está mudando, e temos que atrair investimentos para este País”, disse em elevado tom de voz.
Além de ter seu poder de escolha fortemente afetado, o consumidor brasileiro ainda corre o risco de ver os próprios nacionais subirem de preço com o enfraquecimento da concorrência dos estrangeiros. Confrontada a lançar um compromisso para a manutenção dos preços do veículos produzidos aqui (mexicanos e argentinos incluídos), a Anfavea declinou. “Se todas as marcas fizerem um acordo vira cartel”, disse Belini, que amenizou: “as montadoras não pretendem aumentar os preços, e a forte concorrência e disputa por participação no mercado também limitam”. A conferir.
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IPI: todas serão penalizadas, diz Anfavea
Aumento de 30 pontos percentuais do IPI vale para todos os importados e visa estimular e proteger a indústria nacional
Rodrigo Mora | 20/9/2011 09:55:00
Importadas têm planos seriamente afetados e podem abandonar o País
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores) defendeu nesta segunda-feira, 19, mais uma vez, as medidas anunciadas pelo governo que, entre outras regras, elevam em 30 pontos percentuais o IPI para veículos importados de países que não sejam o México ou os que integram o Mercosul (a Argentina, predominantemente). E para aliviar a fúria dos importadores – como, principalmente, Kia, Hyundai, Chery e JAC – alegou que até mesmo as fábricas instaladas aqui serão penalizadas com as novas regras. Isso porque o aumento do imposto sobre produtos industrializados vale até mesmo para os importados de marcas instaladas industrialmente no País.
Cledorvino Belini, presidente da Anfavea e da Fiat, uma das principais beneficiárias do novo acordo, nega um suposto lobby entre governo e as marcas representadas pela entidade e afirma, incansavelmente, que tudo foi planejado para o bem da indústria nacional. “A indústria automotiva representa quase 23% do PIB nacional. Devemos proteger esse patrimônio e garantir o emprego de amanhã”, afirma Belini.
Novas regras
As novas regras sobre a aplicação do IPI dizem que todas as marcas que atuam no Brasil deverão cumprir três requisitos: destinar 0,5% de sua receita para pesquisa e desenvolvimento, ter, na média de todos seus veículos comercializados, 65% de nacionalização (60% no caso de automóveis argentinos e mexicanos); e cumprir compromissos (não detalhados) no processo de produção. Quem alcançar os três objetivos está livre do aumento do IPI nos carros nacionais ou trazidos do México e do Mercosul. Quem não atingir uma das premissas vai ter o aumento do imposto inclusive sobre os nacionais, argentinos e mexicanos. Carros trazidos de outros países sempre terão o IPI elevado em 30 pontos percentuais.
Daqui a 45 dias todas as marcas (fabricantes ou importadoras) deverão apresentar ao governo medidas para cumprir as novas regras. As importadoras, por não terem fábrica no Brasil, estarão automaticamente penalizadas.
Atualmente, o IPI é cobrado da seguinte maneira: 7% para veículos com motor de até 1 litro, 11% para veículos de 1 a 2 litros bicombustíveis, 13% para aqueles de 1 a 2 litros a gasolina, 18% para carros flex acima de 2 litros e 25% para veículos acima de 2 litros a gasolina. Com a mudança, os carros que não se enquadrarem passarão a recolher 37% (1.0 litro), 41% (de 1.0 a 2.0 flex), 43% (de 1.0 a 2.0 a gasolina ou diesel), 48% (acima de 2.0 flex) e 55% (acima de 2.0 a gasolina ou diesel).
Aumento x desconto
A pergunta que todos fizeram, sem uma resposta objetiva e concisa, foi: por que em vez de aumentar o IPI para importados, não abonar os nacionais no caso do cumprimento das novas regras? A justificativa de Rogélio Golfarb, vice-presidente da Anfavea e executivo da Ford: “não queremos fomentar a demanda, mas sim trabalhar na competitividade”. A gosso modo, é o mesmo que dizer “não queremos vender mais nacionais”.
Já que tais medidas visam “promover o desenvolvimento industrial e socioeconômico do País”, conforme prega a Anfavea, então qual a razão de terem sido lançadas agora, justamente no mesmo período em que os importados vivem seu auge no mercado nacional? “Porque a deterioração cambial nunca esteve tão ruim”, justifica Belini. O presidente da entidade se refere à balança comercial, que em 2006 registrava superávit de US$ 9,6 bilhões e em 2010 teve déficit de US$ 6 bilhões.
Apoiado num discurso nacionalista, Belini se irritou após tentar (e não conseguir) convencer que o governo e a entidade tomaram a medida certa: “nós temos que entender que o mundo está mudando, e temos que atrair investimentos para este País”, disse em elevado tom de voz.
Além de ter seu poder de escolha fortemente afetado, o consumidor brasileiro ainda corre o risco de ver os próprios nacionais subirem de preço com o enfraquecimento da concorrência dos estrangeiros. Confrontada a lançar um compromisso para a manutenção dos preços do veículos produzidos aqui (mexicanos e argentinos incluídos), a Anfavea declinou. “Se todas as marcas fizerem um acordo vira cartel”, disse Belini, que amenizou: “as montadoras não pretendem aumentar os preços, e a forte concorrência e disputa por participação no mercado também limitam”. A conferir.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... -congelado
Anfavea não garante carros com preço congelado
Enviado por luisnassif, ter, 20/09/2011 - 11:09
Por Sanzio
Quando saiu a notícia do aumento do IPI para os carros chineses, a reação quase unânime aqui no blog foi de que isso seria um estímulo ao aumento de preços dos carros nacionais. Agora é oficial, as montadoras afirmam que o preço do carro pode subir e, numa atitude quase de deboche, dizem que um compromisso de não aumentar os preços caracterizaria cartel.
Da Folha de S. Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/indice ... 092011.htm
Montadora nega congelar preço de carro
'Se fizermos compromisso, é cartel', diz presidente da Anfavea; México fica mais atraente com custo de produção menor
Importador se encontra com ministra da Casa Civil e quer acordo antes de recorrer à Justiça contra novo IPI
DE SÃO PAULO
A Anfavea (associação das montadoras) declarou que não se comprometerá em manter o preço do carro nacional congelado, mesmo após a elevação em 30 pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos importados.
"Não necessariamente o carro nacional vai subir por falta de competição. Até porque a disputa entre os produtos locais é grande", disse Cledorvino Belini, presidente da entidade.
O executivo, que também dirige a Fiat, alegou que desde 2005 o preço médio do carro no Brasil sobe menos que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A mudança pode representar reajuste de 25% a 28% nos preços para o consumidor que comprar um carro que tenha menos de 65% de componentes fabricados no país.
A alíquota de IPI variava de 7% a 25%, dependendo da potência e do tipo de combustível. Agora, ficará entre 37% e 55%. Para as empresas que cumprirem a nacionalização exigida pelo governo, não haverá mudança.
Questionado se as montadoras se comprometeriam a manter os preços, Belini afirmou que "se fizermos [esse] compromisso, é cartel". "Com a concorrência, o mercado limita qualquer aumento de preço. O compromisso é as empresas manterem seu '[market ]share' [participação nas vendas]."
O aumento do IPI pode beneficiar a produção na Argentina e, principalmente, no México, devido aos acordos que possibilitam a isenção do Imposto de Importação de 35%, cobrado de chineses e coreanos, por exemplo.
Os acordos têm regras menos rígidas do que aquelas que passaram a valer na sexta-feira, pois a exigência é de 60% de peças produzidas em quaisquer das partes (Brasil, Argentina ou México) para evitar elevação no tributo.
O presidente da Anfavea admitiu que "o México é mais competitivo, mas há toda uma estrutura logística que deve ser levada em conta". Estudo da própria Anfavea aponta que o custo de produção de um carro no Brasil é 60% maior do que na China (usada como parâmetro). No México, é só 20% superior.
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Re: Brasil tem os automóveis mais caros do mundo
Conta que fiz hoje, com auxílio de uma rápida pesquisa na internet, numa discussão com amigos no trabalho.
Preço estimado do novo modelo do Honda Civic no Brasil: R$ 70.000
O peso dos impostos em toda a cadeia de produção no preço de um carro no Brasil é estimado em 36,4% do valor total. Ou seja, se tirando TODOS os impostos, o valor ficaria em R$44.520.
Preço do mesmo carro nos Estados Unidos, com imposto e tudo, num lugar onde o trabalhador médio ganha muito mais que o brasileiro, com dólar a R$1.78 e arredondando bem pra cima: R$40.000.
Preço estimado do novo modelo do Honda Civic no Brasil: R$ 70.000
O peso dos impostos em toda a cadeia de produção no preço de um carro no Brasil é estimado em 36,4% do valor total. Ou seja, se tirando TODOS os impostos, o valor ficaria em R$44.520.
Preço do mesmo carro nos Estados Unidos, com imposto e tudo, num lugar onde o trabalhador médio ganha muito mais que o brasileiro, com dólar a R$1.78 e arredondando bem pra cima: R$40.000.
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