A legalização da prostituição

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florestal
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Hetaira

#61 Mensagem por florestal » 23 Fev 2011, 12:29

Eu abri este tópico há algum tempo, essa organização trabalha pela legalização da prostituição na Espanha, observem pelas notícias de lá que a prostituição também anda sendo perseguida.
.
http://www.colectivohetaira.org/web/
.
.
.
Com relação aos comentários feitos neste tópico, desejo esclarecer que a legalização na Alemanha foi um sucesso e a polícia daquele país deixou de perseguir as mulheres; existem clubes na Alemanha que fazem boas promoções, o putanheiro ganhou muito com a legalização.

Outra coisa, a legalização não implica na identificação da prostituta, ela pode continuar sim com sua identidade preservada, não há necessidade dela se identificar.

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Dick Laurent
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Re: Hetaira

#62 Mensagem por Dick Laurent » 23 Fev 2011, 12:58

Curioso. Outro dia, naquele meio tempo entre uma gozada e outra, conversei com uma ex-puta de rua porque ela optou por trabalhar num privê, já que na rua ela lucrava um tanto mais, atendia menos clientes e não precisava dividir os ganhos. A mesma me falou que num privê ou numa clínica ela conseguia manter melhor o seu anônimato e tinha mais segurança, pois é menos provável que uma puta seja agredida gravemente num privê ou clínica onde há seguranças, menos possibilidades de fuga e testemunhas em potencial, do que dentro do carro de um cliente desconhecido.
Então, não vejo porque deva ser ilegal um dono de puteiro cobrar sua porcentagem em cima do que as garotas faturam em suas casas; se legalizada, o governo fará o mesmo.
E se legalizada a prostituição os custos realmente vão aumentar, diminuindo as brechas para que os putanheiros consigam negociar preços melhores.

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O Pastor
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Re: Hetaira

#63 Mensagem por O Pastor » 01 Mar 2011, 07:58

Pessoal,

Há uma confusão de opiniões aqui.

A prostituição no Brasil não é crime. Ela não é REGULAMENTADA como profissão. E não pode ser EXPLORADA por terceiros, com o intuito de impedir ações degradantes a mulher. Apenas isso!!

Por isso uma PUTA não pode tirar nota fiscal em cima de seus serviços, pelo simples fato de que ela não é REGULAMENTADA/RECONHECIDA como profissional pela lei. Se fosse, ela poderia prestar serviços LEGALMENTE para terceiros, tal como acontece com qualquer outro emporegado. Daí, boates, clinicas e privês seriam legais, pois estariam contratando prestadoras que teriam CLT.

O governo ganharia pelo lado de que todas as casas de prostituição de hoje, teriam de se enquadrar como empresas e por conseguinte, teriam de pagar impostos. De certa forma, elas pagam propinas a polícia, para se manterem abertas. Daí, acho que para elas, daria no mesmo e por consequencia, nós não sentiriamos tanto no bolso. As putas ganhariam porque teriam direito aos benefícios previdênciais e sairiam da situação de total marginalização a que se encontram. Principalmente as putas do baixo meretrício. SEm contar que o aspecto criminal explicito, deixaria de fazer parte do jogo, embora a aç~çao criminosa indireta, acredito, continuaria presente.

A questão da regulamentação entra muito mais na questão moral. A sociedade brasileira me parece imatura demais pra este tipo de debate, ainda. Mas não tenho dúvida alguma que a "legalização" é a tendência daqui pra frente.
Editado pela última vez por O Pastor em 01 Mar 2011, 08:02, em um total de 1 vez.

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florestal
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Hetaira

#64 Mensagem por florestal » 02 Mar 2011, 03:19

Desejo analisar aqui a excelente contribuição de "O Pastor" para continuarmos os debates. Preliminarmente, gostaria de dizer o seguinte: esse tema é complexo e a sua compreensão somente acontece depois da leitura dos diversos documentos existentes sobre o assunto, principalmente os que foram escritos pela Cristina Garaizabal, que é a principal intelectual do movimento Hetaira. Assim que tiver um tempinho desejo traduzir alguns desses documentos e publicá-los aqui para embasar melhor o debate.

A prostituição não degrada as mulheres, isso é falso e é uma afirmação feita pelos segmentos religiosos que defendem o abolicionismo (tese que a prosituição deve ser extinta). A lei brasileira, feita ainda no início do século passado, é anacrônica, superada no tempo, não atende mais os costumes existentes em nossa sociedade e de inspiração religiosa. Historicamente, a Igreja Católica contribuiu para a escravidão negra, para o genocídio dos indígenas americanos, para a perseguição dos judeus com a Inquisição e, mais modernamente, a Igreja Católica atrasou a regulamentação das pesquisas com células tronco, o que fez com que vários brasileiros fossem buscar tratamento no exterior e mantem uma posição ultrapassada sobre o aborto, causa do segundo ou terceiro motivo, não sei ao certo, de morte de mulheres por falta de atendimento adequado. Portanto, deve-se tomar muito cuidado com tudo o que a Igreja diz, pois é impregnado de preconceitos e dogmas.

Se a prostituição degradasse a mulher o homem também seria degradado, conclusão óbvia. E a pergunta que faço aqui é a seguinte: alguém aqui se sente degradado por sair com essas Garotas de Programas?

A questão da Nota Fiscal e da CLT são os aspectos burocráticos, se a prostituição fosse legalizada de uma forma progressista, haveria uma regulamentação específica para esse tipo de serviço, que levasse em conta suas características específicas, ou seja, necessidade de manter a privacidade das partes envolvidas. Legalizar não é publicizar, a legalização não implica em tornar pública as identidades dos participantes da prostituição (foristas e GP ou, se preferirem, putas e putanheiros).

O governo passaria a arrecadar impostos com a prostituição, isso é certo, mas a legalização não eliminaria a informalidade existente em nossa sociedade. O fim da informalidade depende de outras iniciativas (reformas tributária, fiscal, previdenciária, etc.). De maneira que, assim como acontece com os ambulantes, persistiria o comércio informal da prostituição.

O Pastor escreveu:A questão da regulamentação entra muito mais na questão moral. A sociedade brasileira me parece imatura demais pra este tipo de debate, ainda. Mas não tenho dúvida alguma que a "legalização" é a tendência daqui pra frente.
Aqui faltou a leitura dos documentos da Hetaíra. A legalização da prostituição reduziria sensivelmente o trabalho escravo e o tráfico internacional de mulheres. Essa é a grande vantagem da legalização. Os aspectos morais existem (preconceito), mas são secundários.

'Apontado como uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo, o tráfico de pessoas faz cerca de 2,5 milhões de vítimas, movimentando aproximadamente US$ 32 bilhões, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).'

A legalização brasileira, no meu entendimento, beneficiaria principalmente o baixo meretrício. Esse segmento da atividade de serviços receberia o afluxo de investimentos e se modernizaria.

Para nós, foristas, o que mudaria com a legalização? Eu entendo que não haveria mudanças na prostituição de luxo e superluxo, que é a prostituição com programas de valores superiores a R$ 150,00. A média prostituição (clínicas e privês) seria beneficiada, haveriam melhores opções e possivelmente preços mais baixos. Na Alemanha o bordel Pussy ofereceu por 70 euros 24 horas de permanência, que incluem ficar com quantas mulheres quiser, massagens, saunas, jogos, comida e bebida inclusas. Ora, 70 euros são 190 reais, os salários na Alemanha são muito superiores aos brasileiros e por esse preço aqui no Brasil não se consegue ficar nem duas horas com uma mulher em uma clínica, quanto mais comida, bebida e tudo o mais incluso.

Vamos continuar o debate, assistam agora um encontro feito na Espanha para discutir o assunto. A tradução de "trata", do espanhol para o português, é trabalho escravo. Trabalho escravo acontece quando a mulher é contratada para trabalhar na Europa e, ao lá chegar, descobre que tem de pagar uma dívida enorme em euros trabalhando como prostituta.

Não percam:
http://www.mefeedia.com/watch/23759585

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Re: Hetaira

#65 Mensagem por nicolau48 » 02 Mar 2011, 11:04

O Pastor escreveu: O governo ganharia pelo lado de que todas as casas de prostituição de hoje, teriam de se enquadrar como empresas e por conseguinte, teriam de pagar impostos. De certa forma, elas pagam propinas a polícia, para se manterem abertas. Daí, acho que para elas, daria no mesmo e por consequencia, nós não sentiriamos tanto no bolso. As putas ganhariam porque teriam direito aos benefícios previdênciais e sairiam da situação de total marginalização a que se encontram. Principalmente as putas do baixo meretrício. SEm contar que o aspecto criminal explicito, deixaria de fazer parte do jogo, embora a açao criminosa indireta, acredito, continuaria presente.

A questão da regulamentação entra muito mais na questão moral. A sociedade brasileira me parece imatura demais pra este tipo de debate, ainda. Mas não tenho dúvida alguma que a "legalização" é a tendência daqui pra frente.
Também concordo. Ao invés de reviver a CPMF, o Governo da DILMA, deve procurar novas formas de custeio da sociedade, cobrando dos setores que ainda não contribuem.

"Alguem" deve propor essa medida à Presidenta. !!!! :idea:

Vou encaminhar a sugestão aos deputados, via emial, para encampar essa medida !

ABAIXO A CPMF - TAXEM AS PROSTITUTAS E ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÃO ADULTA

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O Pastor
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Re: Hetaira

#66 Mensagem por O Pastor » 02 Mar 2011, 11:57

Florestal,

Sigo a sua linha de raciocínio em relação a este assunto. Vc disse o que gostaria de dizer, só que com muito mais embasamento.

Claro que a prostituição pode ser regulamentada de forma a não ser necessária a quebra de sigilo entre as partes. Acredito até que a coisa siga nesse caminho. E o mais importante, como vc também citou, seria ao menos em relação a maioria das casas o fim da informalidade. O fim do "cafezinho pros homi". Putas e putanheiros trabalhariam mais tranquilos, sabendo que não correriam riscos de natureza legais (batidas policiais, possibilidade de exposição publica, etc).

Quando disse: "impedir ações degradantes a mulher", estava pensando que a idéia da lei era a de impedir a exploração da prostituição que seria com o intuito de proteger a mulher. Mas sim, há aspectos machistas que cerceam a lei, além da nossa famingerada herança católica-conservadora. Igreja Católica que em muitos aspectos apenas trabalha contra o bem estar do cidadão, o que é compreenssível pois as religiões sobrevivem devido as desgraças alheias, porque quanto mais sofrido um povo, melhor é para tais instituições.

No caso da questão "moral", ai são so aspectos culturais que são ligados a tal prestação de serviço. Prostituição em qualquer parte do mundo é vista de maneira torta pela sociedade, mesmo nas sociedades mais avançadas. E isto, obviamente, dificulta que algum congressista tenha boa vontade de propor alguma lei que siga nesse sentido. Não sei se há algum projeto deste tipo tramitando no Congresso, realmente não sei. Mas mesmo que haja, deve estar entre os últimos em termos de interesse a ser apreciado. Volta-se ao tabu moral-religioso, o cara não vai querer se queimar com o seu eleitorado que é composto por pessoas que veem a questão como um "problema". E mesmo que uma prostitua seja eleita para este fim, acho dificil que ela consiga concientizar os seus outros colegas a votarem em algo dessa natureza. Isso precisa partir da sociedade, ela precisa sentir essa necessidade e pressionar seus políticos.

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#67 Mensagem por florestal » 20 Abr 2011, 19:50

Essas três clínicas que foram fechadas hoje não o seriam se a prostituição fosse legalizada, ou se houvesse um movimento com repercussão na imprensa para tal.

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Re: Hetaira

#68 Mensagem por Dr. Zero » 20 Abr 2011, 21:34

vc acha mesmo que as putas vão querem enfrentar a bancada religiosa? se com a Daspu já teve essa polêmica toda, imagina se "essas vadias" resolvem "pedir seus direitos"... ainda mais com as altas autoridades que temos, que flertam com a Opus Dei e a RCC (e no caso do Dom Geraldo I nem é flerte, já é casamento)

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#69 Mensagem por florestal » 05 Mai 2011, 00:43

Carnage escreveu:
florestal escreveu:Deveria ser feito como na Espanha onde as Garotas de Programa fizeram passeata exigindo o direito de trabalhar e o fim da perseguição policial a elas. Falta criar aqui no Brasil uma associação que defenda isso e mais a legalização da prostituição.
Claro, A maioria das putas quer aparecer no meio da rua dizendo "eu sou puta"...
A puta não precisa aparecer, ela pode usar disfarce, como óculos escuros, vejam a manifestação feita pelas putas em Dortmund para preservarem seu local de trabalho que estava ameaçado.

http://www.youtube.com/watch?v=QJXpLpH1Y5A

No vídeo acima podemos notar que a maioria das prostitutas são imigrantes, mas existe uma alemanzinha no meio, com um cartaz onde está escrito "Eu sou prostituta, eu sou adulta" (Ichi been...), que mostra a cara sem nenhum problema. Isso se chama consciência política, ela não tem porque se esconder pois sabe que não está fazendo nada errado, apenas está trabalhando. Povo politizado é outra coisa, mas nós brasileiros ainda chegamos lá.

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#70 Mensagem por florestal » 05 Mai 2011, 01:17

A legalização da prostituição no Brasil acabaria com notícias como a abaixo, publicada com muita frequência nos jornais da Espanha, de brasileiras que foram enganadas por quadrilhas especializadas em tráfico de pessoas. O recrutamento de prostitutas para trabalharem no exterior passaria a ser feito por agências de emprego, de forma legal, como qualquer outro trabalho.

O que temos no Brasil é uma lei anacronica, feita no início do século passado, e que pretende regular costumes que já se modificaram com o tempo

*************************************
Agentes da Polícia Nacional dizem ter desbaratado uma quadrilha de cafetões que exploravam mulheres brasileiras e romenas, em casas de Córdoba, Sevilha e Málaga. Mulheres que vivem em situação de pobreza em seus países de origem, foram contatadas por um casal que lhes prometeu trabalhar na Espanha e conseguir melhores condições de vida. O que encontraram foi uma rede que abusou deles, forçando-as a se prostituir para pagar uma alegada dívida, que nunca foi reembolsado, para despesas de viagem e refeições. No total, 13 pessoas foram presas, nove na província de Málaga e quatro em Córdoba. Outros três foram acusados de vários crimes. A polícia acredita que a rede era liderada por proxenetas chamada banda de Los Cortes.

http://www.elpais.com/articulo/andaluci ... and_15/Tes
*************************************
*

Já na notícia abaixo, vemos a Alemanha divulgando os locais turísticos da sua cidade de Hamburgo e citando a zona da prostituição como um lugar que deve ser conhecido, ou seja, eles divulgam a prostituição como atração turística. O Brasil, como país subdesenvolvido, poderia ganhar muito dinheiro com o turismo da prostituição, mas nada, essa idéia aqui nem pensar, já na Alemanha, país rico, de primeiro mundo, com um povo muito mais culto que o brasileiro e uma enorme tradição política, a prostituição é turística.


*************************************
Quem passa despercebido durante o dia pela avenida Reeperbahn, em Hamburgo, não imagina o que acontece à noite por ali. De manhã e à tarde as pessoas veem apenas lojas e supermercados e, às vezes, se impressionam com os vários locais que estão, ainda, de portas fechadas e com os letreiros apagados.

Mas, quando a noite chega, a região em torno da Reeperbahn – conhecida em Hamburgo como sündige Meile, quer dizer, a "milha do pecado" – ferve. O local fica lotado de alemães e turistas que querem se divertir na região onde se concentram os melhores clubes e bares da segunda maior cidade da Alemanha.

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14815864,00.html
*************************************

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Dr. Zero
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Re: Hetaira

#71 Mensagem por Dr. Zero » 05 Mai 2011, 18:17

florestal escreveu:A legalização da prostituição no Brasil acabaria com notícias como a abaixo, publicada com muita frequência nos jornais da Espanha, de brasileiras que foram enganadas por quadrilhas especializadas em tráfico de pessoas. O recrutamento de prostitutas para trabalharem no exterior passaria a ser feito por agências de emprego, de forma legal, como qualquer outro trabalho.

O que temos no Brasil é uma lei anacronica, feita no início do século passado, e que pretende regular costumes que já se modificaram com o tempo

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Agentes da Polícia Nacional dizem ter desbaratado uma quadrilha de cafetões que exploravam mulheres brasileiras e romenas, em casas de Córdoba, Sevilha e Málaga. Mulheres que vivem em situação de pobreza em seus países de origem, foram contatadas por um casal que lhes prometeu trabalhar na Espanha e conseguir melhores condições de vida. O que encontraram foi uma rede que abusou deles, forçando-as a se prostituir para pagar uma alegada dívida, que nunca foi reembolsado, para despesas de viagem e refeições. No total, 13 pessoas foram presas, nove na província de Málaga e quatro em Córdoba. Outros três foram acusados de vários crimes. A polícia acredita que a rede era liderada por proxenetas chamada banda de Los Cortes.

http://www.elpais.com/articulo/andaluci ... and_15/Tes
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Já na notícia abaixo, vemos a Alemanha divulgando os locais turísticos da sua cidade de Hamburgo e citando a zona da prostituição como um lugar que deve ser conhecido, ou seja, eles divulgam a prostituição como atração turística. O Brasil, como país subdesenvolvido, poderia ganhar muito dinheiro com o turismo da prostituição, mas nada, essa idéia aqui nem pensar, já na Alemanha, país rico, de primeiro mundo, com um povo muito mais culto que o brasileiro e uma enorme tradição política, a prostituição é turística.


*************************************
Quem passa despercebido durante o dia pela avenida Reeperbahn, em Hamburgo, não imagina o que acontece à noite por ali. De manhã e à tarde as pessoas veem apenas lojas e supermercados e, às vezes, se impressionam com os vários locais que estão, ainda, de portas fechadas e com os letreiros apagados.

Mas, quando a noite chega, a região em torno da Reeperbahn – conhecida em Hamburgo como sündige Meile, quer dizer, a "milha do pecado" – ferve. O local fica lotado de alemães e turistas que querem se divertir na região onde se concentram os melhores clubes e bares da segunda maior cidade da Alemanha.

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,14815864,00.html
*************************************


se a proibição da prostituição correlaciona-se com o tráfico internacional de pessoas, então devemos ter um tráfico muito intenso de americanas e suecas (somente para citar dois países que proibem tal atividade) — o que mostra que na verdade o buraco da questão fica bem mais embaixo, envolvendo condições sócio-econômicas desfavoráveis e culturais favoráveis

e se houver alguém "traficando" mulheres do Irã e da Arábia Saudita, favor avisar que se algum infiel "comê-las" corre o risco de ser morto junto com a piranha pecadora

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Putaria e Cidadania - Vizinhos apoiam reabertura de puteiro. Um exemplo para SP!!!

#72 Mensagem por usuario 12345 » 01 Jun 2011, 08:54

Taí, meus amigos.
A putaria ajudando o cidadão de bem.

Os vizinhos reclamam é quando a casa de saliência fecha, já que o movimento e a iluminação proporcionados pelo lupanar afugentam os malas do lugar.

Cliquem e vejam a reportagem completa aqui:
http://odia.terra.com.br/portal/rio/htm ... 68194.html

Abaixo reproduzo o texto. Vejam que interessante a opinião do juiz que julgou o caso tem sobre a putaria em geral.
É isso aí, galera.
Bem que a bichona do Kassab poderia se espelhar em iniciativas como essa!

>>>>

Bordel leva segurança e luz e conquista vizinhos

Ministério Público Estadual vai lutar para derrubar sentença que absolveu donos de casa de prostituição em São Gonçalo. Juiz volta a provocar: “Não podemos ser hipócritas”
Rio - A decisão de juiz de libertar e absolver cinco acusados de explorar prostitutas dividiu a opinião de juristas, mas não os vizinhos do bordel. Na Rua Coronel Rocha Sobrinho, em Alcântara, São Gonçalo, os moradores são unânimes: eles querem que a casa de prostituição Club 488 continue funcionando. Foi o estabelecimento que levou segurança e iluminação para a via. A sentença polêmica do juiz André Luiz Nicolitt, da 2ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi revelada ontem pela coluna ‘Justiça e Cidadania’.

O Club 488, em Alcântara, não parou de funcionar e foi rebatizado

O Ministério Público do estado luta na Justiça para derrubar a sentença. “O rufianismo (explorar a prostituição alheia) é crime e a manutenção de casa de prostituição também. O juiz, ao invés de absolver os réus, deveria denunciar às autoridades os locais que têm conhecimento”, defende o procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes.
O aposentado Jair Rosa Barcelos, 67 anos, exalta a vantagem de ser vizinho do Club 488: “Temos segurança na rua à noite toda. Quando fecham, muitas pessoas são assaltadas”. Um dos acusados libertados por Nicolitt é policial civil. A supervisora Ana Maria Silva, 31, acrescenta mais um ponto positivo: os postes de luz instalados pelos donos da casa de ‘saliência’.
A proximidade com o negócio polêmico é tão bem-vinda que compensa até o constrangimento de ver a mulher ser confundida com prostitutas.Um morador disse que prefere isso à ação de bandidos: “Quando a casa estava fechada, ela foi assaltada”. Segundo os vizinhos, o imóvel não parou de funcionar este ano. Ontem à tarde, um cliente já esperava o local abrir.

Decisão divide opinião de juristas


A decisão de Nicolitt dividiu o mundo jurídico. O professor de Direito Criminal Luiz Flávio Gomes é a favor da sentença. “O juiz está certo. Não há exploração, não tem menores envolvidos, então não houve crime”, analisou. Flávio Gomes defende que o Estado não tem que monitor a vida sexual da população. “Cada um que cuide do seu nariz”, opinou.

Para advogado criminalista Antônio Gonçalves, um juiz não pode ir contra a lei. “Rufianismo é crime, com pena de 1 a 4 anos. Manter casa de prostituição é crime com pena de 2 a 5 anos. A lei não é para ser analisada, mas cumprida. A decisão será reformada”.
Taxado de conservador, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) aprovou a sentença: “Sou a favor da família e dos bons costumes, mas as mulheres estavam acorrentadas? Não. Então, o juiz está certo”.
Prostitutas com direitos trabalhistas

Fundadora da ONG Davida e da grife Daspu, Gabriela Leite defende a legalização das casas de prostituição. “Por viverem na clandestinidade, os donos dão dinheiro à polícia para funcionar. Isso tem que acabar. A atividade tem que ser legal”, reivindicou.
A legalização, para Gabriela, também beneficiaria as profissionais do sexo. “Elas passariam a ter direitos trabalhistas. Prefiro tudo às claras. Chega de hipocrisia com essa questão”.

Entrevista - ANDRÉ LUIZ NICOLITT, JUIZ CRIMINAL: ‘TERIAM QUE FECHAR TODOS OS MOTÉIS’
Fonte de inspiração do juiz titular da 2ª Vara Criminal de São Gonçalo, André Luiz Nicolitt, a música ‘Geni e o Zepelim’, de Chico Buarque, tem como refrão frases como ‘taca pedra na Geni...’, mas o magistrado é firme ao rebater as ‘pedradas’ contra sua decisão de absolver cinco acusados de manter casa de prostituição e rufianismo, crimes previstos no Código Penal.

1. Juristas alegam que manter casa de prostituição e rufianismo são crimes e criticam a decisão.
—A mesma lei que trata como crime manter casa de prostituição diz que manter local para prática de atos libidinosos também é crime, e todo mundo vai a motel. Então teriam que fechar todos os motéis. Nenhum dono de motel está preso por causa disso.

2. Então, há dois pesos e duas medidas?
—A questão do motel é interessante. Por quê? Porque o Código Penal é de 1940, vem de uma visão arcaica onde o sexo era visto como sujo. No País inteiro há casas dessa natureza (prostituição) espalhadas pelas principais capitais.
3. Mas muitos acham que a lei deve ser cumprida.
—A lei do nazismo dizia que colocar judeus no campo de concentração era legal, lícito. Ora, no período da escravidão, os negros sofriam e a lei achava legal. Ora, há que se ver a lei, no caso do juiz, com sensibilidade social e respeito à Constituição Federal.
4. A lei precisa então ser mudada para se adequar à sociedade?
—Como já citei, a questão do motel é muito interessante. Não podemos ser hipócritas de forma alguma. A sociedade tem que parar com isso.

5. O senhor é a favor da legalização das casas de prostituição?
—Sou muito a favor. A verdade é que as prostitutas já trabalham lá. Se houver a legalização, a atividade será regulamentada e elas serão beneficiadas. Não é possível fechar os olhos para a realidade social, para o que é aceito socialmente.
Reportagem de Adriana Cruz e Fernanda Alves

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causidico_SP
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Re: Putaria e Cidadania - Vizinhos apoiam reabertura de puteiro. Um exemplo para SP!!!

#73 Mensagem por causidico_SP » 01 Jun 2011, 09:37

Infelizmente, juízes como este, que avaliam o impacto social de decisões judiciais, são minoria em nosso país.

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Re: Putaria e Cidadania - Vizinhos apoiam reabertura de puteiro. Um exemplo para SP!!!

#74 Mensagem por negaodamochila » 01 Jun 2011, 10:41

Esta foi boa. :lol: Só no Brasil para um puteiro conseguir fazer algo que o estado não faz. :?

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Re: Putaria e Cidadania - Vizinhos apoiam reabertura de puteiro. Um exemplo para SP!!!

#75 Mensagem por roladoce » 01 Jun 2011, 21:15

Como diria Tricampeão, não milito na aréa juridica, mais acho que o juiz cometeu um equivoco..

Traz um beneficio alegado pelos moradores, porém, o crime de facilitação, e exploração da prostituição esta acima do tal beneficio.

Mais, a decisão é interessante. :lol:

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florestal
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Hetaira

#76 Mensagem por florestal » 24 Jun 2011, 00:59

Dr. Zero escreveu: se a proibição da prostituição correlaciona-se com o tráfico internacional de pessoas, então devemos ter um tráfico muito intenso de americanas e suecas (somente para citar dois países que proibem tal atividade) — o que mostra que na verdade o buraco da questão fica bem mais embaixo, envolvendo condições sócio-econômicas desfavoráveis e culturais favoráveis

e se houver alguém "traficando" mulheres do Irã e da Arábia Saudita, favor avisar que se algum infiel "comê-las" corre o risco de ser morto junto com a piranha pecadora
Leia com mais atenção ao que eu disse: que no caso brasileiro a proibição da prostituição (legislação) é que favorece e justifica o tráfico; somente no caso brasileiro, não há como comparar o Brasil aos EUA, nem a Suécia, que são países de primeiro mundo e que não possuem o mesmo nível de exclusão social que possui o Brasil.

Difícil dizer algo de prostituição do Irã e da Arábia Saudita, pois desconhecemos a realidade da prostituição nesses países, que, estou supondo, deve ser toda camuflada e escondida.

*

Mas, retomando este tópico, uma interessante notícia do site Beijo de rua: um Juiz libertou um empresário da indústria do sexo. Vejam:
Juiz permite funcionamento de bordel, vizinhos aprovam e prostituta aplaude

2/6/2011, 0h20

As vésperas do Dia Internacional da Prostituta, o 2 de junho, um juiz de São Gonçalo (Região Metropolitana do Rio) absolveu cinco acusados de manter casa de prostituição e rufianismo, libertando ainda o único deles que estava preso. O Ministério Público recorreu da decisão, mas não terá o apoio dos vizinhos do Club 488. Eles elogiaram a decisão do juiz André Luiz Nicolitt, da 2ª Vara Criminal de São Gonçalo, por conta da segurança noturna e dos postes de luz instalados pelos empresários. <

A notícia foi manchete do jornal “O Dia”, do Rio, nesta terça-feira. Hoje, o diário publicou entrevista com o juiz, que afirma ser “muito a favor” da legalização da prostituição. “A atividade será regulamentada e elas serão beneficiadas. Não é possível fechar os olhos para a realidade social, para o que é aceito socialmente”, disse Nicolitt

. Ele também criticou o Código Penal de 1940 – “vem de uma visão arcaica onde o sexo era visto como sujo” – e lembrou que a mesma lei “que trata como crime manter casa de prostituição diz que manter local para prática de atos libidinosos também é crime, e todo mundo vai a motel”.

Na sentença, escreveu que não há menores no local, mas pessoas adultas capazes de exercer a prostituição, e que a Constituição aprova a livre iniciativa do trabalho.

O único dos acusados que estava preso, desde o início de dezembro, foi solto. É o policial civil Adelino Mello Lima, que não mais responderá pelos crimes de que era acusado.

Antiga demanda

Diretora da ONG Davida e fundadora da grife Daspu e da Rede Brasileira de Prostitutas, Gabriela Leite disse ao “Beijo da rua” que a decisão do juiz reforça uma antiga demanda do movimento organizado de meretrizes. “A ilegalidade desses empresários impede que eles tenham deveres para com as prostitutas, além dos direitos de qualquer empresário. Para manter as casas abertas é que eles cometem crimes, como o de corrupção policial. E isso acaba prejudicando as mulheres, que passam a viver em um ambiente de marginalidade”.

Gabriela lembra que o projeto de lei 98/2003, do então deputado Fernando Gabeira, propunha a retirada da criminalização das casas de prostituição do Código Penal. Ela esteve em dois debates sobre o projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, da Câmara dos Deputados.

“O PL foi considerado constitucional e iria ser votado em plenário. Mas com a saída de Gabeira do Parlamento, ele foi arquivado. Agora, procuramos outro deputado que tope desarquivá-lo para que seja votado”.

Ela lembra também que a prostituição já é reconhecida como profissão pelo Ministério do Trabalho. “Desde 2002, fomos incluídas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), ao lado de outras 600 profissões exercidas no Brasil. O caminho é este, acredito que em breve haverá mudanças”.

A reportagem do Beijo tentou falar com prostitutas e empresários do Club 488, mas não foi possível.

http://www.beijodarua.com.br/

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#77 Mensagem por florestal » 24 Jun 2011, 01:05

Davida é uma organização da sociedade civil, fundada no Rio de Janeiro em 1992, que promove a cidadania das prostitutas. Os principais instrumentos do Grupo Davida são ações nas áreas de educação, saúde, comunicação e cultura, de nível local e nacional.

http://www.davida.org.br/

*

Veja a loja Daspu:

http://www.daspu.com.br/

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#78 Mensagem por florestal » 24 Jun 2011, 01:12

Um vídeo interessante sobre a prostituição na Espanha; mostra os lugares de luxo, das putas que cobram 400 euros, vivem no cabeleireiro, fazendo massagens e na piscina e mostra também as putas de rua. Aparecem brasileiras no vídeo,que estão na Espanha trabalhando como putas.

Vale a pena ver, abra o link abaixo, clique na frase "Toda la información sobre los programas de Callegeros" e abra o vídeo "Profesión, prostituta. La película...", com 1:08:42 de duração:

http://www.cuatro.com/callejeros/programas-completos/

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#79 Mensagem por florestal » 25 Jun 2011, 16:38

Mais um motivo para se legalizar a prostituição; se a prostituição fosse legal, FHC não necessitaria ter de arrumar uma amante, como o fez no final da década de 80, e acabou sendo enganado pela mulher que lhe arrumou um filho que não era seu, ou seja, deu para outro para ter um filho e tacou a culpa no FHC.

Com a prostituição legalizada acabam-se as amantes. E aqui fica a pergunta: a rede Globo transferiu essa reporter para o exterior e tal e quem paga a conta? Almoço grátis não existe! Afinal, quem pagou a conta? Resposta: quem pagou a conta foi eu, você, todos nós que pagamos impostos, pois a Globo para fazer algo assim vai cobrar algo do governo, não tenham dúvidas!

Garoto que FHC reconheceu em 2009 não é filho dele


Dois exames de DNA, realizados em São Paulo e Nova York, asseguram que Thomás Dutra Schmidt, 19 anos, não é filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo a coluna Radar, da revista Veja. FHC já havia reconhecido a paternidade do filho da jornalista Miriam Dutra, da Rede Globo, em cartório na Espanha em 2009.

O ex-presidente também sempre havia ajudado a jornalista a sustentar o filho, de acordo com a Veja. Miriam vivia entre Portugal e Espanha porque trabalhava como enviada da Rede Globo nos dois países. FHC tinha contato com Schmidt quando viajava para a Europa. O exame teve de ser feito a pedido dos três filhos do ex-presidente com Ruth Cardoso. Como o primeiro exame em São Paulo teve resultado negativo, Cardoso decidiu fazer um novo exame em Nova York porque Schmidt atualmente estuda em Washington, nos EUA.

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#80 Mensagem por florestal » 26 Jun 2011, 12:49

Um artigo interessante feito pela BBC, só que o locutor diz que elas foram vendidas, quando jovens, para redes de prostituição e isso é uma mentira. Esse tipo de afirmação faz parte do discurso abolicionista que, de forma irracional, vitimiza a prostituta e afirma equivocadamente que ela não sabe o que faz. Essas mulheres afluiram para a prostituição porque nasceram em ambiente de pobreza e vislumbraram na prostituição uma possibilidade de auferir melhores ganhos do que em outros setores.
México tem lar para prostitutas idosas


No centro da Cidade do México, desde 2006 funciona um abrigo para prostitutas idosas, a Casa Xochiquetzal.

Enquanto novas, é fácil encontrá-las pelas ruas de La Merced, um dos principais pontos de prostituição da capital.

Cerca de 300 mulheres já passaram por aqui desde que a instituição abriu as portas, em 2006.

O abrigo oferece cama e três refeições por dia. Atualmente, 23 mulheres moram lá.

Algumas, trabalharam como prostitutas durante décadas.

(continua...)

http://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_ ... rebc.shtml

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#81 Mensagem por florestal » 08 Jul 2011, 12:28

Na Espanha, o governo proibiu os anúncios classificados em jornais nos quais as putas ofereciam seus serviços, o Coletivo Hetaira organizou a passeata abaixo para protestar contra a medida.

No Brasil, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, desde que tomou posse, vem movendo intensa campanha contra a prostituição, fechando diversos estabelecimentos, agindo como sempre a classe dominante agiu no país: pretendendo que a questão social seja caso de polícia. E os brasileiros, quando vão protestar?


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As putas exigem: Basta de violência institucional contra as trabalhadoras do sexo.


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As putas informam: se criminalizas nossos clientes, os programas serão mais rápidos e clandestinos e nossas condições de trabalho serão piores.

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As putas entendem que: Não vendemos nossos corpos. Oferecemos um serviço.


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As putas perguntam: 2005 Matrimonio Homossexual; 2008 Visibilidade lésbica; 2010 Despatologia da transsexualidade. E as trabalhadoras do sexo, quando?

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As putas insistem: Nossos clientes não são prostituidores.

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As putas advertem: Primeiro os anúncios de prostituição; depois a pornografia? Não, a censura!

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As putas exigem: Respeito total às trabalhadoras do sexo.

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Ofereço sexo grátis: Também me vais proibir? NÃO A PROIBIÇÃO DOS ANÚNCIOS DE PROSTIUIÇÃO!

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As putas insistem: Contra o trabalho escravo das pessoas. Proteção e visto de residência permanente para todas as vítimas.

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#82 Mensagem por florestal » 06 Ago 2011, 13:43

Um novo livro sobre prostituição escrito por Gabriela Leite, prostituta há mais de 30 anos e criadora da moda Daspu, no Rio de Janeiro. Vejam a apresentação que ela faz no vídeo que está no site da Editora Saraiva e comprem o livro.

Eu devo comprá-lo e após ter lido virei aqui comentar, parece ser muito bom.
*
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1D1D0872
*
Neste livro, Gabriela conta sua trajetória, que culminou com a criação da famosa marca de roupas Daspu e da Ong DaVida, símbolos hoje reconhecidos internacionalmente. A autora fala nesta autobiografia de todos os tabus que povoam e aguçam a curiosidade do imaginário coletivo em torno da rotina das prostitutas abordado pela autora com absoluta naturalidade. Mãe de duas mulheres e avó de uma menina, Gabriela fala também sobre suas relações familiares.

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#83 Mensagem por florestal » 08 Ago 2011, 01:53

"Bairro vermelho, um espaço sexual liberado" é o nome de um blog que um putanheiro da Espanha mantém na internet para defender o regulamentarismo da prosituição, contra a visão abolicionista. Ele se identifica como o "Cliente X", amigo e cliente das putas e informa que come as putas de rua que cobram 20 euros (1 euro = 2,33 reais).

No blog existem vários textos interessantes:

http://barriorojo-esl.blogspot.com/

Eu assisti este aqui, são quatro vídeos que estão no Youtube e que mostram a prisão de um empresário espanhol no Paraguai, onde veio buscar putas para trabalhar nos seus bordéis na Espanha. Se as mulheres extremamente pobres do Paraguai querem ir trabalhar nos bordéis da Espanha, por qual motivo fazer uma lei incriminando quem vem buscá-las? Por qual motivo foi preso o empresário? Ele somente ofereceu emprego para as mulheres paraguaias.

Vejam os vídeos, foram feitos pelo pessoal abolicionista mas não conseguem mudar a realidade: a prostituição é um emprego e tira muitas mulheres da miséria!


http://barriorojo-esl.blogspot.com/2011 ... s-con.html

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#84 Mensagem por florestal » 09 Ago 2011, 02:57

http://prostitucion-visionobjetiva.blogspot.com/

Clicando no link acima você vai conhecer o Blog da Marien. Ela é uma puta espanhola, de Barcelona, tem ao redor de 50 anos e é puta (gosta de ser chamada assim) há 20 anos. Formou-se recentemente em Ciências Políticas e defende a regulamentação da prostituição.

Sua história de vida é impressionante, filha de pais pobres, começou a trabalhar em funções humildes, casou-se cedo, separou-se do marido, até que aos 29 anos decidiu entrar para a prostituição. Hoje atende clientes com problemas físicos ou psicológicos, mas percebemos que seu real interesse é em aprofundar os seus estudos, fazer o seu blog e defender a regulamentação e o fim do estigma que pesa sobre as prostitutas. Um blog imperdível!

Aqui, uma reportagem sobre atendimento sexual a deficientes, observem no quadro ao final da reportagem a menção a Marien.

http://www.abc.es/20101031/sociedad/ast ... 11315.html

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Re: Hetaira

#85 Mensagem por Dr. Zero » 09 Ago 2011, 17:22

consideramos que todos aqui são parte interessada na legalização e na desestigmatização da prostituição, existe um viés em nossas palavras que tira a credibilidade de tais reivindicações

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Re: Hetaira

#86 Mensagem por Dick Laurent » 09 Ago 2011, 17:55

Dr. Zero escreveu:consideramos que todos aqui são parte interessada na legalização e na desestigmatização da prostituição, existe um viés em nossas palavras que tira a credibilidade de tais reivindicações

Bom, imparcialidade total não há nem onde, teoricamente, deveria haver - no judiciário. É óbvio que o principal intuito dos clientes que defendem a legalização da prostituição é, digamos, facilitar suas incursões por esse mundo sem medo de eventualmente acabar exposto. Não sou muito entusiasta dessa idéia porque não vejo que grandes vantagens isso traria para os clientes, parte da qual faço parte e mais me interessa. E nem vejo isso funcionando a favor das próprias putas já que a maioria não faz questão alguma que sua "profissão" se torne oficial; pelo contrário: para muitas delas é apenas uma passagem obscura em suas vidas que elas querem escamutear o máximo possível e depois descartar sem deixar rastros.

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#87 Mensagem por florestal » 12 Ago 2011, 16:04

Dr. Zero escreveu:consideramos que todos aqui são parte interessada na legalização e na desestigmatização da prostituição, existe um viés em nossas palavras que tira a credibilidade de tais reivindicações
Não vejo o porquê; somos interessados na legalização e na desestigmação porque sabemos e conhecemos o que é a prostituição. Fazer sexo não tem nada de mais, ao contrário, uma pessoa saudável é a que faz sexo com habitualidade. Acontece que o pensamento religioso permeia nossa sociedade e, falsamente, afirma que o sexo é sujo e pecaminoso; como nós sabemos que não é nada disso, nossa obrigação e levar para a sociedade essa novidade, de maneira que as pessoas sejam mais felizes.

O ideal é disseminar em nossa socieade o ateísmo, retirar da cabeça das pessoas as mentiras colocadas pela religião. As pessoas vivem melhores sem religião e sem nenhuma espécie de crença. Depois que eu me assumi como ateu, isso ainda em 1988, minha cabeça ficou muito melhor, fiquei mais alegre e perdi diversos temores que possuia; a religião e a crença em deus incutem temores infundados na cabeça das pessoas e elas ficam temerosas que algo de ruim possa lhes acontecer. Ao largar a religião e a crença a pessoa perde o medo e vive melhor.

Veja só como é melhor ser ateu:
Ateus têm visa sexual melhor do que religiosos



Uma pesquisa realizada pela Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, concluiu que ateus vivem o sexo com mais prazer. O motivo é simples: eles sentem menos culpa. Para fazer a pesquisa foram selecionadas 14,5 mil pessoas com vida sexual ativa de diferentes religiões e também ateus e agnósticos – aqueles incapazes de afirmar ou negar a existência de Deus. Indivíduos de todos os grupos afirmaram recorrer a pornografia, masturbação e sexo oral para incrementar a vida sexual, porém os religiosos sentem culpa durante e muitos dias depois pela “perversão”.

Em uma escala de 0 a 10, os mórmons são os que mais apresentam culpa pelo sexo, com pontuação 8,19. Seguidos pelos Testemunhas de Jeová, evangélicos pentecostais, adventistas do Sétimo Dia e batistas. Os católicos tiveram pontuação de 6,34 e os ateus, 4,71. Os agnósticos foram os penúltimos, com 4,81. Ex-cristãos que abandonaram sua igreja e se tornaram ateus disseram que agora têm mais prazer durante o sexo.

A pesquisa ainda aponta que 22,5% das pessoas que cresceram em famílias bastante religiosas tem vergonha de se masturbar. Entre quem não teve tanto contato com a religião o índice foi de apenas 5,5%.
http://news.psicologado.com/noticias-di ... cologia%29

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#88 Mensagem por florestal » 12 Ago 2011, 16:38

Dick Laurent escreveu: É óbvio que o principal intuito dos clientes que defendem a legalização da prostituição é, digamos, facilitar suas incursões por esse mundo sem medo de eventualmente acabar exposto. Não sou muito entusiasta dessa idéia porque não vejo que grandes vantagens isso traria para os clientes, parte da qual faço parte e mais me interessa.
Não acredito que seja isso, quem vai a prostituição não quer ser exposto em virtude do estigma existente em nossa sociedade, que falsamente afirma que o homem é um prostituidor. Isso é uma mentira insistentemente repetida pelas religiões e pelos religiosos. Quem vai à prostituição quer apenas ser mais saudável e viver melhor, mas acontece que a moral dominante insiste na mentira e cria-se uma falsa visão do que é a prostituição.

As vantagens para nós clientes seriam imensas, teríamos melhores locais para frequentar e preços mais em conta com uma qualidade maior. Veja só o filminho do bordel Pussy da Alemanha que eu coloquei por aí, por 90 dólares o putanheiro come quantas mulheres quiser e bebe e come à vontade. Já pensou isso aqui no Brasil? Entrar em um puteiro e por R$ 140,00 reais poder comer quantas mulheres aguentar e comer e beber na faixa?
http://tvig.ig.com.br/noticias/mundo/cr ... 06513.html
Dick Laurent escreveu: E nem vejo isso funcionando a favor das próprias putas já que a maioria não faz questão alguma que sua "profissão" se torne oficial; pelo contrário: para muitas delas é apenas uma passagem obscura em suas vidas que elas querem escamutear o máximo possível e depois descartar sem deixar rastros.
O brasileiro de um modo em geral, incluindo aqui as putas, não têm consciência política. Não sabem lutar correta e organizadamente pelos seus direitos. Então as putas não querem a regulamentação porque não entendem que isso as beneficiará e acaba prevalecendo o individualismo, o salve-se quem puder. Evidentemente essa idéia generosa da regulamentação pode ser totalmente deturpada, imagine o PT e os petistas no poder criando um Ministério das Prostitutas com o objetivo de desviar verbas públicas. No Brasil existem essas coisas.

Observe que o movimento organizado das prostitutas reivindica a regulamentação, pois sabe que seria bom para a categoria. As putas com quem saimos desconhecem até a existência desse movimento, infelizmente são pessoas com um baixo nível de instrução. Isso somente seria revertido com uma boa educação política.
Prostitutas querem convenção na OEA

Ativistas e autoridades de 20 países exigem
reconhecimento do trabalho sexual


Lima, Peru – Prostitutas, transgêneros e autoridades de 20 países da América Latina e Caribe fizeram uma recomendação inédita durante consulta realizada em Lima, no fim de fevereiro: a de que a OEA – Organização dos Estados Americanos – aprove uma convenção para a eliminação de violações de direitos humanos das pessoas que exercem o trabalho sexual.

A proposta foi aprovada na plenária de mais de 80 pessoas que encerrou a Consulta Regional sobre Trabalho Sexual e HIV na América Latina e Caribe, promovida pelo Grupo de Cooperação Técnica Horizontal em HIV/Aids (GCTH), formado pelos governos dos 20 países. Durante três dias, 26 a 28 de fevereiro, foram debatidos temas como acesso universal ao diagnóstico, à assistência e a tratamentos; e direitos humanos, legislação e ativismo.

Direito sexual

Ao lado da proposta de criação da convenção interamericana, a principal recomendação dos 85 participantes da consulta foi “o reconhecimento do trabalho sexual como atividade profissional, com os respectivos direitos sociais”. Outra iniciativa foi considerar a prostituição como um “direito sexual, no marco da igualdade de gênero”.

“Isso é uma verdadeira revolução: reunir governos e profissionais do sexo para tirar recomendações para melhorar a vida no trabalho sexual, concordar que se trata de trabalho e ainda reconhecê-lo como um direito sexual”, avaliou Gabriela Leite, da ONG Davida e da Rede Brasileira de Prostitutas, que participou do evento. “Nunca antes se considerou a prostituição como direito sexual porque nós sempre fomos vitimizadas. É uma demonstração da grande história de protagonismo que estamos construindo”.

RECOMENDAÇÕES

-Promover no âmbito da OEA uma Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Violação dos Direitos Humanos das Pessoas que Fazem Trabalho Sexual, na América Latina e no Caribe
-Promover o reconhecimento do trabalho sexual como atividade profissional, com os respectivos direitos sociais
-Considerar o trabalho sexual como um direito sexual
-Reverter a criminalização do trabalho sexual (onde houver), eliminando todas as normas que permitam ou incentivem violação dos direitos das prostitutas
-Não confundir trabalho sexual com a exploração sexual de menores ou outras formas de exploração sexual
-Não confundir migração com tráfico de pessoas
-Ampliar informações sobre aspectos legais e normas de saúde para trabalhadoras sexuais que desejem migrar
-Garantir a disponibilidade de preservativos masculinos e femininos, lubrificantes e materiais educativos
-Garantir acesso universal à informação, à testagem voluntária com aconselhamento e aos tratamentos Garantir a proibição de testagem obrigatória e/ou sem aconselhamento para todas as pessoas, incluindo trabalhadoras sexuais, tal como definido em normais nacionais e internacionais Garantir a não violação dos direitos humanos e trabalhistas das prostitutas vivendo com HIV.

http://www.beijodarua.com.br/ clicar em Internacional

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#89 Mensagem por florestal » 12 Ago 2011, 16:53

O livro da Gabriela Leite que eu comprei e acabei de ler é simplesmente magnífico, recomendo a todos que comprem e leiam, no Submarino está por 20 paus. Ela conta a história de sua vida na putaria e dá boas recomendações. Muito bom mesmo.

Escolhi aqui um trecho do livro para que todos se sintam estimulados a comprá-lo:


Do livro "Filha, mãe, avó e puta", de Gabriela leite, pgs. 190/1


Claro que todas as prostitutas, como eu, já gozaram com seus clientes. Por mais que um homem seja desconhecido, ele pode ser o tipo que satisfaz nossas próprias fantasias, sem que se diga nada. Ou é daqueles homens que fazem o coração bater mais forte. No meu caso, minha maior fantasia sempre foi essa: encontrar homens desconhecidos, que me levassem ao orgasmo até com uma trepadinha boba. Todo mundo sabe o que é isso, todo mundo já sentiu uma atração imensa sem motivo aparente.

A prostituição não é uma profissão fácil. A paixão é fundamental para suportar as contradições e os chamados ossos do ofício. Mas até hoje nunca conheci uma puta que largasse a profissão por não gostar dela. A Igreja misturou muito o sexo com o amor. Sexo é da vida. Amor é egoísta, é do indivíduo.

O mundo não é feito de vítimas. Todo mundo negocia. Alguns negociam bem, outros mal. Mas cada um sabe, o mínimo que seja, quanto vale aquilo que quer. E sabe até onde vai para conseguir o que quer. Com a prostituta não é diferente.

Como fantasia, o desejo de ser puta acompanha todas as mulheres, na cama ou na imaginação. Mas como profissão é outra coisa. O que a puta tem que as outras mulheres não têm? Nada. O que as outras mulheres têm que a puta não tem? Nada.

O que eu sei e creio que toda grande puta sabe é que o homem é de uma fragilidade imensa. E saber isso eu devo à prostituição. Porque ali dentro do quarto é que eles se mostram. Homem não é algoz, não necessariamente. É mais fácil a mulher ser algoz. Eles têm a primazia na sociedade, nós tivemos que dar nosso jeito, discretamente.

Quando vejo uma mulher falando mal do seu homem e colocando todas as culpas da vida dela nele, eu sei que ela só está se escondendo atrás de uma história que a sociedade estabeleceu como verdade. Mesmo as mulheres mais modernas são incapazes de colocar seus filhos para lavar suas cuecas, uma louça ou fazer uma comida. Ela cria esse homem que depois acaba considerando um grande diabo.

A maioria dos homens não sabe trepar. Dependem quase integralmente de uma parceira que lhes ensine os mistérios do seu corpo. Eles trepam na quantidade, não na qualidade. Morrem de medo do pau não subir e só passam a usar a imaginação quando começam a ganhar muito dinheiro e vão para a zona pagando para fazer de tudo.

Acham que ser viril é estar sempre de pau duro. Não é. O homem viril é o homem que se dá. Esse homem que está sempre de pau duro, ele só pensa no prazer dele. Pau grande pode ser um problema se o homem não se dá.

Por saber de tudo isso, a puta está mais para amiga do que para amante. A amante quer ser esposa. A puta jamais vai aconselhar um homem a deixar a esposa e a família. Ela vai conversar com ele sobre tudo que o sujeito não conversa com ninguém, e eu já vi muita puta salvar famílias.

Muitas vezes o sexo é quase uma desculpa para o homem poder conversar com sua prostituta predileta. mesmo que ele fale mal das putas, ele sabe que o que conta dentro do quarto morre ali.

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Dick Laurent
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Re: Hetaira

#90 Mensagem por Dick Laurent » 13 Ago 2011, 15:03

florestal escreveu:O livro da Gabriela Leite que eu comprei e acabei de ler é simplesmente magnífico, recomendo a todos que comprem e leiam, no Submarino está por 20 paus. Ela conta a história de sua vida na putaria e dá boas recomendações. Muito bom mesmo.

Escolhi aqui um trecho do livro para que todos se sintam estimulados a comprá-lo:


Do livro "Filha, mãe, avó e puta", de Gabriela leite, pgs. 190/1


Claro que todas as prostitutas, como eu, já gozaram com seus clientes. Por mais que um homem seja desconhecido, ele pode ser o tipo que satisfaz nossas próprias fantasias, sem que se diga nada. Ou é daqueles homens que fazem o coração bater mais forte. No meu caso, minha maior fantasia sempre foi essa: encontrar homens desconhecidos, que me levassem ao orgasmo até com uma trepadinha boba. Todo mundo sabe o que é isso, todo mundo já sentiu uma atração imensa sem motivo aparente.

A prostituição não é uma profissão fácil. A paixão é fundamental para suportar as contradições e os chamados ossos do ofício. Mas até hoje nunca conheci uma puta que largasse a profissão por não gostar dela. A Igreja misturou muito o sexo com o amor. Sexo é da vida. Amor é egoísta, é do indivíduo.

O mundo não é feito de vítimas. Todo mundo negocia. Alguns negociam bem, outros mal. Mas cada um sabe, o mínimo que seja, quanto vale aquilo que quer. E sabe até onde vai para conseguir o que quer. Com a prostituta não é diferente.

Como fantasia, o desejo de ser puta acompanha todas as mulheres, na cama ou na imaginação. Mas como profissão é outra coisa. O que a puta tem que as outras mulheres não têm? Nada. O que as outras mulheres têm que a puta não tem? Nada.

O que eu sei e creio que toda grande puta sabe é que o homem é de uma fragilidade imensa. E saber isso eu devo à prostituição. Porque ali dentro do quarto é que eles se mostram. Homem não é algoz, não necessariamente. É mais fácil a mulher ser algoz. Eles têm a primazia na sociedade, nós tivemos que dar nosso jeito, discretamente.

Quando vejo uma mulher falando mal do seu homem e colocando todas as culpas da vida dela nele, eu sei que ela só está se escondendo atrás de uma história que a sociedade estabeleceu como verdade. Mesmo as mulheres mais modernas são incapazes de colocar seus filhos para lavar suas cuecas, uma louça ou fazer uma comida. Ela cria esse homem que depois acaba considerando um grande diabo.

A maioria dos homens não sabe trepar. Dependem quase integralmente de uma parceira que lhes ensine os mistérios do seu corpo. Eles trepam na quantidade, não na qualidade. Morrem de medo do pau não subir e só passam a usar a imaginação quando começam a ganhar muito dinheiro e vão para a zona pagando para fazer de tudo.

Acham que ser viril é estar sempre de pau duro. Não é. O homem viril é o homem que se dá. Esse homem que está sempre de pau duro, ele só pensa no prazer dele. Pau grande pode ser um problema se o homem não se dá.

Por saber de tudo isso, a puta está mais para amiga do que para amante. A amante quer ser esposa. A puta jamais vai aconselhar um homem a deixar a esposa e a família. Ela vai conversar com ele sobre tudo que o sujeito não conversa com ninguém, e eu já vi muita puta salvar famílias.

Muitas vezes o sexo é quase uma desculpa para o homem poder conversar com sua prostituta predileta. mesmo que ele fale mal das putas, ele sabe que o que conta dentro do quarto morre ali.
Curioso. Quase todas as pesquisas feitas sobre o assunto (vida sexual satisfatória) apontam sempre uma vantagem masculina, pelo menos no que diz respeito a gozar - se você tomar isso como um medidor da qualidade do sexo. Mesmo nos dias atuais a maioria das mulheres alega não conseguir gozar.
Quanto a dizer que o homem não sabe trepar, isso é uma opinião meio suspeito vindo de uma puta. Aliás, não é a primeira vez que ouço puta falar isso. Qual a base que elas usam para avaliar? O sexo feito com uma garota de programa não é necessariamente o mesmo que se faz com uma namorada ou esposa. Ou até pode ser, mas não é uma relação equilibrada de troca - o cliente não tem de ficar se esforçando para agradar ou ter a mesma paciência que ele teria com a sua parceira, ele está ali para satisfazer uma necessidade dele. É um sexo egoísta. Se a puta conseguir sentir algum prazer (fora o de saber que tá entrando mais dinheiro em sua conta) bom, senão ela vai ter que lidar com isso ou escolher uma outra forma de ganhar dinheiro.
Realmente quantidade não significa necessariamente qualidade. Mas o fato das mulheres fazerem menos sexo que os homens não quer dizer que quando elas o fazem o fazem com mais qualidade. Podem me chamar de machista mas a diferença numérica tem relação com uma diferença na testosterona que predispõe muito mais o homem ao sexo do que a mulher, ou mesmo o incentivo evolutivo - o macho tem de fecundar um número maior de fêmeas para se perpetuar. Tomando como base que a maior parte das fantasias eróticas foi criada ou é exercida por um homem, devo dizer que a vida sexual do homem é muito mais rica que a da mulher.
O problema talvez seja que o exercício pleno da vida sexual da maioria dos homens não se encaixa numa relação monogâmica. Por isso, aquilo de ter a esposa em casa e a amante e/ou as putas na rua.

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