Familia Sarney enriqueceu as custas do Maranhão

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#61 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 10:15

Roy Kalifa escreveu:Por que o Lula e o PT defendem tanto o Sarney ?
Porque uma ala do PT governista se vendeu a idéia da governabilidade a qualquer custo, mesmo que isso implique em abdicar da moral. Lula ficou tão obcecado com a sua fama de "conciliador" que passou a ceder em tudo. Eles acham que o Sarney é uma peça importante para governarem em paz, e com isso se curvam até aparecer as calcinhas.
Roy Kalifa escreveu:Seria uma teia de interesses ?
Outra ala do PT simplesmente se locupletou à corrupção mesmo. Ganhar um enquanto fazem alguma coisa. Então existem dois interesses, a suposta governabilidade a qualquer custo, até da alma, e a ladroagem mesmo.
Roy Kalifa escreveu:Esquece FHC, governos passados. Se concentre apenas nesta questão.
O principal candidato à próxima eleição presidencial, José Serra, representa tudo de ruim que houve no governo FHC. Ele é até muito pior. Reacionário, autoritário e megalomaníaco ao extremo. Capaz de vender os órfãos do orfanato se isso servir aos seus interesses.
Lembrar o que houve de errado no governo FHC é a melhor forma de afastar esse cara de onde ele pode provocar grande dano ao Brasil.

Agora, não sei como você não percebe o quanto esta sua frase é totalmente absurda.

"Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo." (George Santayana)


E seguindo o seu raciocínio, porque você não vota na Dilma? Por causa do Lula? Oras, equeça o governo Lula, ele "vai ser passado" quando o próximo presidente assumir.
Roy Kalifa escreveu:Não conheço o Serra mas conheço a Dilma.

Guerrilheira, ladra, assaltante de banco e que agora se faz de boa moça.
Oras, esqueça o passado da Dilma! Isso não seria motivo pra não votar nela!

Viu como não tem lógica?

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#62 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Jun 2009, 11:07

Caro Carnage

Muito bem explicado por você o envolvimento do PT com Sarney. Concordo plenamente com as suas palavras.

Agora, a Dilma seria a continuação deste governo assistencialista, dando o pão mas não ensinando a produzi-lo. Isto é perverso para o futuro do pais.
Governar no estilo Hobin Hood é facil. Cobram-se impostos escorchantes de quem produz para reparti-lo aos mais necessitados.

Por que não criar então condições para estes necessitados se manterem por conta propria? Nesta questão, estão envolvidos vários e vários fatores, a começar pelo controle de natalidade.

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#63 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 11:23

Roy Kalifa escreveu:Agora, a Dilma seria a continuação deste governo assistencialista, dando o pão mas não ensinando a produzi-lo. Isto é perverso para o futuro do pais.
Governar no estilo Hobin Hood é facil. Cobram-se impostos escorchantes de quem produz para reparti-lo aos mais necessitados.
Impostos, um bom exemplo. O maior aumento da carga tributária ocorreu durante o governo FHC.
O Instituto de Planejamento Tributário diz que a carga aumentou de 28,61% do PIB, no último ano do governo Itamar Franco (1994), para 35,84% do PIB, no último ano do governo FHC (2002). Um aumento de 7,23 pontos percentuais ou mais de 25%.
Este ano ela chegou a 38,45%. Ou seja, em 7 anos do governo Lula, aumentou 2,61 pontos percentuais, ou menos de 9%.

Isso é só um aspecto ruim do governo do FHC, dentre um monte de outros.

Agora, se Dilma é a continuação do que você acha ruim no governo Lula, não vote nela! Nada mais justo! Percebeu o que eu quis dizer no post anterior? Lógico que você tem que considerar o passado.

Serra é a continuação direta do governo FHC. Tem as mesmas idéias e compartilha dos mesmos objetivos. Se você não vai votar na Dilma, justamente por conta do Lula, não deveria votar no Serra, justamente por causa do FHC.

E como centrei o assunto em impostos, veja essa fala do FHC, que vai justamente na questão que você levantou!
Crítica a carga tributária é "choradeira", diz FHC

Daniel Bramatti

Na contramão do que têm dito os principais líderes de seu partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou recentemente que as críticas ao aumento da carga tributária são "choradeira".

"Aumento de carga tibutária... essa coisa é choradeira. Está mal gasta porque paga juros e déficit. Mas um país como o Brasil tem que ter uma carga de 30% se não tem educação, saúde", disse o tucano, em depoimento para o livro "Os Cabeças-de-Planilha - Como o Pensamento Econômico da Era FHC Repetiu os Equívocos de Rui Barbosa", do jornalista Luís Nassif. A obra foi lançada ontem em São Paulo.
E se você está preocupado com "assistencialismo", vou só refrescar a sua memória de que, foi o governo FHC que criou o Bolsa Família. O governo Lula só desenvolveu o projeto e nomeou desse jeito. E além disso, por conta dos dividendos políticos, Serra vai continuar com o programa:


PSDB fará defesa do Bolsa-Família no NE
Após fraco desempenho no Nordeste na eleição de 2006, tucanos vão apoiar, em seminário na Paraíba, políticas de transferência de renda

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8391,0.php

Portanto, se sua bronca é essa, votar no Serra não vai adiantar nada!

Viu como não adianta votar sem saber em quem está se votando?

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#64 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Jun 2009, 11:38

Tudo bem que o FHC teve a maior carga de impostos e iniciou o programa de distribuição de migalhas.

Por que então o Lula não rompeu com isto, flexibilizou a carga tributaria e
desenvolveu o pais ?

Chego a conclusão que Lula adota o mesmo modelo economico do governo anterior. Correto ?

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#65 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 11:56

Roy Kalifa escreveu:Por que então o Lula não rompeu com isto, flexibilizou a carga tributaria e
desenvolveu o pais ?

Chego a conclusão que Lula adota o mesmo modelo economico do governo anterior. Correto ?
Correto. Nesse ponto o Lula foi incompetente.

Mas, como sempre, foi "menos pior"

Pra mim isso basta pra nunca mais votar no PSDB.

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#66 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 15:58

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =543IMQ005
SENADO EM CRISE
O inverno de Sarney na mídia

Por Luciano Martins Costa em 26/6/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 26/6/2009

O senador José Sarney cometeu dois erros táticos que podem lhe custar o cargo de presidente do Senado. Mas não há perigo de perder o mandato.

O primeiro erro foi o de afirmar que está sendo perseguido por apoiar o presidente da República. A declaração afastou seus apoiadores do Partido Democratas e os do PSDB que faziam vistas grossas ao escândalo.

O segundo erro foi o de se dizer vítima de uma "campanha midiática". Essa tentativa de responsabilizar a imprensa pelo noticiário negativo a seu respeito deve alinhar os jornais ainda mais por uma resposta satisfatória do Senado ao amontoado de irregularidades que vêm sendo denunciadas desde fevereiro.

A própria Folha de S.Paulo, que vinha dando um tratamento mais brando ao caso do que o Estado de S.Paulo e o Globo, trata, na edição de sexta-feira (26/6), de recuperar o espaço perdido e abre três páginas de reportagens sobre o assunto. Além de fazer um retrospecto das principais acusações, o jornal que abriga o intelectual Sarney aceita finalmente discutir a sério o comportamento do político Sarney.

Outros escândalos


Mas o jornal que se vangloria de ter o rabo preso com o leitor e de possuir as mais qualificadas "moscas" da imprensa nacional ainda não ofereceu uma justificativa para o fato de manter em seu quadro de colaboradores um articulista com uma folha corrida tão comprometida como figura pública. (Sarney é articulista na folha)

A senha para exigir uma resposta satisfatória à opinião pública foi dada quinta-feira (25) à noite pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. O mais poderoso telejornal do país reproduziu as denúncias do Estadão sobre o envolvimento de um neto de Sarney com operações de crédito consignado e anunciou: "Na crise do Senado, cresce a pressão para o afastamento do presidente da Casa".

O Partido Democratas anuncia uma posição oficial para a próxima terça-feira (1/7). Sarney já marcou uma série de reuniões para tentar abafar a crise e se aconselhar com seus parceiros. Mas nenhum analista político arrisca sequer pensar em cassação.

O mais provável é que Sarney renuncie ao cargo de presidente do Senado com um de seus discursos pomposos, tentando dar alguma solenidade ao vexame. Por baixo dos panos, seus aliados continuam mandando e desmandando no Congresso Nacional, e a imprensa vai procurar outros escândalos com que se ocupar.

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#67 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 16:01

http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =543JDB007
JORNALISMO POLÍTICO
Cobertura oscilante, partidarismo e omissões

Por Maurício Caleiro em 25/6/2009

Clareza, equilíbrio e objetividade continuam sendo qualidades imprescindíveis de um bom texto jornalístico, a despeito de atualmente escassas nas editorias de Política e de Economia dos principais jornais e revistas do país, e do questionamento que alguns teóricos da Comunicação fazem não apenas em relação à possibilidade de ser objetivo mas à existência mesma do fato enquanto ocorrência passível de ser fielmente descrita.

É provável que soe redundante tal obviedade, mas a dificuldade do leitor para apreender a configuração básica de fatos políticos que apresentem algum grau de complicação – em meio ao cipoal de distorções tendenciosas, histerismo denuncista e omissões deliberadas impostos, com frequência, pelos interesses políticos que os órgãos de imprensa ostentam (mas não assumem) – é tamanha que a justifica.

Portanto, as três qualidades mencionadas na primeira linha destes artigo, nesse contexto, não se referem apenas aos aspectos formais do texto jornalístico, mas à sua clareza de intenções; ao equilíbrio como capacidade de dar voz às principais forças em conflito sem soar tendencioso; e à objetividade como busca de oferecer ao leitor – sem tentar manipulá-lo de acordo com os humores e simpatias políticas dos diretores de Redação – não apenas as informações essenciais, mas, devidamente hierarquizados, os fatores coadjuvantes que compõem o fato jornalístico em questão.

Tomemos como exemplo a série de denúncias envolvendo o Senado e, de modo particular, o presidente da Casa, José Sarney, em relação aos chamados "atos secretos" da instituição. Imaginemos um leitor razoavelmente informado. Ele certamente seria capaz de traçar a arquitetura básica do caso – para começar, devido à intimidade compulsória com o personagem principal, protagonista da vida pública do país nas últimas quatro décadas.

"O oligarca perfeito"


De promessa de inovação da política maranhense – captado em tom profético por Glauber Rocha no documentário Maranhão 66 –, Sarney transforma-se numa das lideranças da Arena, partido de sustentação do regime militar, de onde salta a tempo de embarcar, como vice, na canoa presidencial de Tancredo Neves. Tornado presidente por acaso, seu governo é marcado por denúncias de corrupção (com o Planalto apelidado pela mídia de "balcão de negócios"), pelo populismo econômico do Plano Cruzado (que levou a classe média ao paraíso enquanto o truque durou, para em seguida remetê-la a uma longa temporada no inferno), e pela pior das muitas crises inflacionárias do país, em que os índices mensais chegaram 84%.

O Maranhão, que ele governa, de forma praticamente ininterrupta, desde 1966 (in persona , por intermédio de parentes ou de prepostos), com um poder que se estende ao Judiciário e depõe governadores eleitos, é hoje, a despeito de seu tamanho e abundância de riquezas naturais, a mais miserável das unidades federativas brasileiras. Num acinte à ética eleitoral, candidatou-se a senador pelo Amapá quando viu que seria rejeitado pelo voto na sua capitania hereditária maranhense.

Deixa a Presidência com popularidade baixíssima, mas não deixa o poder, reelegendo-se senador sucessivas vezes. Ao mesmo tempo, junta à imagem de político afável a de intelectual progressista, encontrando abrigo na Academia Brasileira de Letras e em resistente coluna semanal na Folha de S.Paulo . Graças a essa operação, "a capa de homem cordial/literato/estadista cobre o coronel como um jaquetão", como observa o colunista Roberto Pompeu de Toledo, que dissecou o espécime com a exatidão de um antropólogo na coluna "O oligarga perfeito" (Veja, 6/4/2009).

Manchetes e notinhas

Mas voltemos ao nosso leitor razoavelmente informado – e, portanto, a par da maioria dos dados biográficos acima descritos. Por sê-lo, não lhe causa espanto algum o envolvimento de Sarney em mais uma denúncia de corrupção. Talvez, antes de se inteirar melhor do fato, ele até se pergunte por que, dado o histórico do autor de Marimbondos de Fogo, haja tanta gritaria em torno do caso. Mas quando o faz, mesmo vivendo num país em que um ex-congressista e ex-ministro do STF confessa ter alterado a Constituição na calada da noite, à revelia do Congresso Constituinte, e siga não apenas impune, mas ministro, nosso leitor se dá conta da gravidade das denúncias – afinal, como qualquer cidadão decente, considera inacreditável que em plena vigência da democracia, atos secretos do Senado distribuam cargos a granel sem notificar a sociedade de tal decisão.

Do que ele talvez não se dê conta, por se tratar de uma daquelas notícias que não combinam com manchetes e ficam escondidinhas numa das notas das colunas de política (como o "Painel", da Folha de S. Paulo de 18/6 ) é que a eventual remoção de Sarney da presidência do Senado poria esta no colo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO), primeiro vice-presidente do Senado e inimigo do Planalto. Há, portanto, um objetivo político imediato nas ações da oposição, uma luta por uma fatia considerável de poder no Legislativo – luta esta que a mídia, de forma geral, não tem feito questão de ressaltar.

Soma-se a essa "distração" omissa da mídia o fato de que os principais trombeteiros da atual denúncia são as mesmas figuras fanfarrônicas que já gozavam de superexposição midiática nos vários surtos denuncistas que a precederam – uns procedentes, outros meros factóides –, como Arthur Virgílio (PSDB-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR), Raul Jungmann (PPS-PR) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Nosso amável leitor, enfastiado de vê-las, há anos, bradando insultos e denúncias ao léu, considera tratar-se de figuras públicas que não primam pelo pudor em adotar um moralismo raso e falso, pois aplicável apenas às forças políticas às quais se opõem, nunca às condutas dos integrantes dos partidos que representam (como, entre vários outros exemplos possíveis, fica patente na reação que tiveram quando do envolvimento de Eduardo Azeredo no "mensalão" mineiro). Nem a velhinha de Taubaté, que não tem acesso a informação alguma, acreditaria que tais personagens ajam por amor à ética, mas sim pela mais cruenta guerra política.

Por isso, embora não minimize a gravidade do caso nem o envolvimento de Sarney, nosso leitor razoavelmente informado passa a questionar quais outras razões dissimuladas fazem a oposição e a mídia – que no Brasil atual por vezes se confundem – associar tão-somente o senador maranhense a uma sequência aparentemente interminável de falcatruas que, como O Globo (19/6) reconhece, vêm ocorrendo há mais de uma década; sem que, no entanto, congressistas demo-tucanos ou jornalistas acusem, com a mesma presteza, presidentes anteriores da Casa e integrantes de seus próprios partidos.

A fala de Lula

Mas não param por aí as inquietações de nosso querido leitor. Ele se inteira, com grande espanto, da notícia que, do exterior, o presidente Lula, a quem ele respeita e admira, mandou dizer que "Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum". Foi como se recebesse um soco no estômago. Nosso ingênuo leitor pensava que, segundo a Constituição do país que Lula governa, todos os cidadãos fossem iguais perante a lei...

Sua desolação inicial com o atual presidente pouco a pouco dá lugar ao enfado, tamanho o número de colunistas que trataram do tema, sem variar significativamente as abordagens – que privilegiam o moralismo e os ataques pessoais à crítica fundamentada do desrespeito institucional perpetuado pelo presidente. No entanto, ao deparar-se com a capa da última edição da revista Veja, o enfado que nosso leitor sentia dá lugar à náusea: "Há limites para a manipulação interessada do sentimento popular pela imprensa" – pensa nosso honrado leitor.

Homem de seu tempo, ele decide navegar pela internet em busca de novas informações e visões críticas sobre o caso. Depara-se, então, com o "O blog do Mello", que aventa a possibilidade de José Serra estar por trás da perseguição denuncista a Sarney. Afinal, costuma-se debitar na conta do governador paulista a operação da Polícia Federal que, em 2001, retirou a filha do senador, a então candidata presidencial Roseana Sarney, do páreo. Lula, com toda sua louvada sapiência política – pergunta-se nosso leitor –, ao firmar aliança com a ala do PMDB comandada por Sarney não sabia dos humores figadais que opõem o candidato que ele derrotou em 2002 e o senador que o apoia? Exímio enxadrista que já demonstrou ser, não foi capaz de prever desenrolar tão evidente do jogo político?

Nosso leitor, embora apenas razoavelmente informado, é um homem sensato e justo. Ele conclui que esse caso dos atos secretos do Senado é o tipo de episódio em que nenhum lado tem razão, a despeito dos esforços argumentativos dos detratores do governo Lula e de seus apoiadores – alguns dos quais teimam na tática eticamente inaceitável de minimizar atos de corrupção. Sarney, pelas práticas a ele associadas, por tudo o que representa e, sobretudo, pela insensibilidade em não perceber que pertence ao passado e que está manchando de forma indelével sua própria biografia; a oposição e a mídia por apostarem, uma vez mais, num denuncismo histérico e "fulanizado" como forma de luta política, sem apresentar propostas alternativas viáveis e sem atacar as razões estruturais da corrupção; e, pairando acima de todos, o presidente Lula, não só pela realpolitik por demais elástica que pratica – e que junta no mesmo saco Sarney, Collor de Mello e Geddel Vieira Lima, entre outros –, mas por não preservar a Presidência da República, posando como defensor de práticas e figuras políticas que não coadunam com um regime verdadeiramente democrático nem com seu passado político.
Editado pela última vez por Carnage em 26 Jun 2009, 16:03, em um total de 1 vez.

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#68 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 16:02

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... -ou-serra/
Do blog do Mello

Atualizado e Publicado em 26 de junho de 2009 às 13:10

Em 8 de fevereiro, o Mello publicou o primeiro artigo com o mesmo questionamento. Semana passada, ele reiterou e, nesta feira, voltou à carga.

A saga de Sarney: coincidência ou Serra (3)?

por Antonio Mello, no seu blog

Já fiz duas postagens aqui sobre a intensa pressão em cima do senador José Sarney (que só Deus e a justiça maranhense sabem como conseguiu se reeleger batendo a valente Cristina Almeida (PSB) (sobre este assunto não deixe de ler esta postagem aqui . Nas duas, perguntava: coincidência ou Serra? E recebi vários questionamentos, como se eu estivesse defendendo Sarney e não, ao contrário - e era o foco das postagens - denunciando a utilização de antigas e manjadíssimas acusações contra o ex-presidente, logo agora que ele foi escolhido presidente do Senado, é aliado de Lula e inimigo declarado do presidente eleito pela mídia José Serra. Daí a pergunta: coincidência ou Serra?

Porque acusações contra o senador Sarney vêm do tempo em que ele ainda nem usava bigodes. Quem procurar na caixa de pesquisas aqui do blog vai encontrá-las aos montões. Escolhi algumas:

A grande sacada de Sarney, com o dinheiro que ele sacou do Banco Santos, um dia antes na intervenção naquele banco e como a transação foi feita pelo próprio presidente do banco.

Como Roberto Marinho mandava em Sarney e nomeou Maílson da Nóbrega ministro da Fazenda , na época em que Sarney era presidente.

Ao final de seu governo (que de tão ruim praticamente elegeu Collor, com o auxílio luxuoso da Globo) uma pesquisa do Ibope, de novembro, mostrava o tamanho do desgaste do presidente Sarney: para 60% dos entrevistados seu governo era avaliado como ruim/péssimo. E deixou o governo com uma inflação de 80%, ao mês. Não há engano, é ao mês mesmo.

O Maranhão, um dos estados de maior riqueza cultural e belezas naturais do Brasil, governado há décadas pela família Sarney, é um dos mais miseráveis do país. Onde reina o nepotismo e autoexaltação mais desavergonhada do Brasil, como já denunciamos anteriormente aqui:

Segundo o Jornal Pequeno, do Maranhão, que tem como slogan "O órgão das multidões", afirma que é fácil ver as digitais de Sarney no estado:

"Para nascer, é na Maternidade Marly Sarney. Para morar, você tem as vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola (mãe de Sarney) ou Roseana Sarney. Para estudar, suas opções são as escolas Roseana Sarney, Sarney Neto, Fernanda Sarney, Roseana Sarney, Marly Sarney ou o próprio Sarney. Para pesquisar, pegue um táxi no posto Marly Sarney e vá à biblioteca José Sarney (que fica na maior faculdade particular, que, dizem as más línguas, também é do Sarney). Para ler notícias, tem o jornal Estado do Maranhão, que também é do Sarney, ou a televisão do Sarney. Para saber sobre contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Sarney Murad. Para sair da cidade, atravesse a ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá para a rodoviária Kiola Sarney e então, depois de algumas horas nas estradas e rodoviárias "maravilhosas" do Maranhão, você chegará ao município José Sarney. Não gostou? Quer reclamar? Pode me processar que eu vou responder no fórum desembargador Sarney!" março de 2007

Mas, como nada disso parece entrar na cabeça de algumas pessoas, como elas continuam achando que estou defendendo Sarney e não denunciando a maré de denúncias que tem como objetivo retirá-lo de lá para colocar alguém que, pelo menos, não seja adversário de Serra, vou usar uma charge de Chico Caruso, publicada na primeira página de O Globo de hoje, e que demonstra muito bem o que estou dizendo. A charge, repare, foi publicada originalmente em fevereiro de 88, portanto, há 21 anos.

http://www.viomundo.com.br/img/sarney_em_lama.jpg

Desde aquela época a imagem de Sarney se desfaz em lama, embora tenha sido eleito membro da Academia Brasileira de Letras depois disso, e seja articulista da Folha de São Paulo há anos.

Repito a pergunta: se todo mundo sabe quem é Sarney há tanto tempo, se as mutretas que estão denunciadas agora no Senado não começaram com ele – que recém foi empossado – por que toda a sujeira está sendo levantada agora: coincidência ou Serra?

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#69 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 16:05

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... more-31301
26/06/2009 - 09:19
O priapismo noticioso

Essas campanhas de exaustão, a que José Sarney está submetido, permite análises curiosas sobre o comportamento da imprensa.

A campanha tem que manter o leitor em permanente estado de orgasmo. Tem que gerar um grande escândalo por dia. É o priapismo noticioso.

Trabalhar bem um escândalo não é tarefa trivial. Exige apuração, conferência de dados, a palavra à parte atingida. E escândalos não caem do céu, como manchetes à mancheia.

Para atender à demanda por escândalo, recorre-se comumente a um recurso curioso, ridículo para quem tem senso crítico, mas com algum poder de persuasão para os que tem orgasmos com processos indiscriminados de linchamento. A palavra chave é “repercussão” e vou usar o Estadão para material didático.

1. Ontem o Estadão “acusou” um neto de José Sarney de ser correspondente bancário para empréstimos de crédito consignado no Senado. Há alguns problemas na denúncia. A autorização foi concedida em 2007, antes do avô ser presidente; existem outros correspondentes bancários; a consignação não é compulsória, pega o crédito quem quer. O máximo a que a reportagem chegou foi em uma coincidência de datas entre o contrato de representação do neto com um banco e sua autorização para operar algumas semanas depois. Poderia haver uma explicação simples: o neto procurou o banco, solicitou a representação e conseguiu a autorização do Senado. Como não existe exclusividade, cadê a irregularidade? É possível que outros bancos não tenham conseguido autorização? Possível é. Como é possível que exista favorecimento.É possível que, no final da linha, se encontre um escândalo. Só que a reportagem não encontrou. Ou porque não existe escândalo, ou porque não existem elementos ainda para uma reportagem. O Estadão publicou a pauta, em vez da matéria.

2. No dia seguinte, os demais jornais repercutem a “denúncia”. E o bravo Estadão dá a “repercussão”: “PF busca indícios de crime no caso do neto de Sarney”. A matéria é fantástica. (link) Segundo ela:

Um inquérito aberto pelo delegado Gustavo Buquer no dia 13 de maio apura a atuação da Contact. A empresa intermediava a relação entre servidores e os bancos conveniados com o Senado - um setor que movimenta cerca de R$ 144 milhões por ano na Casa.

Desde 2007, a Sarcris recebeu autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos no Senado. Até ontem, quatro autorizações estavam em vigor. Adriano disse que o faturamento anual da empresa, montada em sociedade com um colega de escola, é de “menos de R$ 5 milhões”.


Ou seja, até agora existe apenas uma pauta. Mas como há o compromisso do orgasmo diário, publicaram a pauta como se matéria fosse. Aí o leitor dirá: mas com o histórico de Sarney, tudo bem. Só que o desrespeito não foi apenas contra os direitos dos Sarney mas contra o exercício correto do jornalismo.

Uma das primeiras tarefas dos policiais será verificar se há ligação direta entre a Sarcris e pelo menos três empresas registradas em nome da ex-babá de Zoghbi, a Contact, a BM e a BC Assessoria e Crédito. Só a Contact recebeu R$ 2,3 milhões do banco Cruzeiro do Sul, uma das instituições autorizadas a operar no Senado.

Outra missão será averiguar se José Adriano aproveitou-se do poder político do avô para ser contratado pelos bancos para intermediar empréstimos com o Senado. Caso os policiais cheguem a essa conclusão, a investigação poderá subir para o Supremo Tribunal Federal (STF), por causa do foro privilegiado de Sarney.


Caso Ricardo Gandour seja acusado de ter matado Maria Antonieta, na Revolução Francesa, será submetido a um tribunal de exceção. Caso minha avó fosse roda, eu seria bicicleta. Caso… caso… suponha… suponha….

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#70 Mensagem por Carnage » 26 Jun 2009, 16:07

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... poia-lula/
Sarney põe 'atos secretos' na internet e sugere que 'campanha midiática' é porque apóia Lula

Atualizado em 25 de junho de 2009 às 20:47 | Publicado em 25 de junho de 2009 às 20:02

O presidente do Senado, José Sarney, (PMDB-AP), divulgou no início desta tarde a seguinte nota:

“Sobre a matéria divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, considero os esclarecimentos prestados pelo meu neto José Adriano Cordeiro Sarney, pessoa extremamente qualificada com mestrado na Sorbonne e pós-graduação em Harvard, suficientes para mostrar a verdadeira face de uma campanha midiática para atingir-me, na qual não excluo a minha posição política, nunca ocultada, de apoio ao presidente Lula e seu governo.”

http://www.viomundo.com.br/img/Portal_do_senado.jpg

Desde ontem todos os atos administrativos e informações sobre orçamento, pessoal e licitação do Senado estão disponíveis na internet no Portal da Transparência. Foi o próprio Sarney que autorizou.

No portal estão a íntegra de 312 boletins administrativos que deixaram de ser publicados entre 1995 e 2009. Os chamados ''atos secretos'' que foram objeto de vários pronunciamentos no Plenário do Senado.

Os mecanismos de pesquisa das empresas que prestam serviço ou que fornecem bens ao Senado presentes no portal permitem ao interessado conhecer, por exemplo, os contratos de seguro do Senado, incluindo seus valores. Além da listagem de servidores efetivos e comissionados, o portal está preparando a lista de contratos de prestação de mão de obra (terceirizados). Se o interesse for em licitações, o usuário tem à disposição os editais e as notas de esclarecimentos e o andamento dos processos de seleção.

O portal contém as despesas cobertas com as verbas indenizatórias – cada senador tem direito a até R$ 15 mil por mês em despesas relacionadas ao exercício do mandato, como gastos com locomoção e manutenção de escritório político em seus estados (fora pessoal). Essas despesas já vinham sendo apresentadas no site do Senado, mas agora fazem parte do Portal da Transparência.

O que acham disso?

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Roy Kalifa
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#71 Mensagem por Roy Kalifa » 26 Jun 2009, 17:45

Concordo que a mídia goste de fazer manchetes com escândalos e tragédias...

Agora, a desculpa do Sr. Sarney não cola. Todo mundo que é investigado, diz que o está sendo, so porque apóia o Presidente Lula.

Concluo que apoiar Lula é uma espécie de salvo conduto para se extrapolar as barreiras da ética e outras barreiras mais e não sofrer sanções futuras.

Corcorda companheiro Carnage ?

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#72 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 11:53

Roy Kalifa escreveu:Corcorda companheiro Carnage ?
Não.

Novamente, não sei se você entendeu bem as matérias, ou mesmo se leu tudo
Roy Kalifa escreveu:Agora, a desculpa do Sr. Sarney não cola. Todo mundo que é investigado, diz que o está sendo, so porque apóia o Presidente Lula.
A desculpa não é do sr. Sarney. Ele não a usou em momento algum. Tudo se refere a teorias levantadas pelos articulistas.

Isso porque estes atos do Sarney são velhíssimos e bem conhecidos. Não se descobriu hoje que ele é um coronelão do Maranhão. Todo mundo sabe disso. Ele devolveu o governo do estado a sua filha num tapetão vergonhoso e imoral, e ninguém da mídia falou um ai. Existes denúncias e suspeitas contra ele datanda da década de 80, porque somente este mês resolveram levantar a bola?? A "farra das passagens aéreas" era procedimento comum a décadas no Legislativo. Todo mundo sabia, inclusive os jornalistas. Mas somente este ano vira "escândalo". Isso não lhe parece estranho?
Roy Kalifa escreveu:Concordo que a mídia goste de fazer manchetes com escândalos e tragédias...
Longe de ser uma desculpa, o fato é que a mídia gosta de fazer manchetes somente quando lhe convém ou convém a algum aliado. Por que demoraram 30 anos pra descobrir que o Sarney é um pulha? Por que só agora que estamos nas vésperas de uma eleição e o Sarney é aliado político (o pior que o Lula poderia arranjar) do presidente?

Sarney diz que está sofrendo perseguição, e é verdade! Só que o problema é que ele tem sim culpa no cartório, e muita. Só que até hoje ele era poupado pela mesma mídia. Agora ela virou casaca contra ele.

O sujo falando do mal lavado.

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#73 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 11:55

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=13025
Senado: oposição inventa novo “mensalão” com apoio da imprensa, diz Maurício Dias

27/junho/2009 15:39

Na edição de Carta Capital que chegou neste final de semana às bancas, Maurício Dias diz, na coluna Rosa dos Ventos, que o presidente Lula vive um paradoxo ao defender o senador José Sarney. Aparentemente, Lula “defende o indefensável”, num lance político ousado.

Leia a seguir a entrevista de Maurício Dias a Alberto Ramos, editor do Conversa Afiada.

E ouça aqui a íntegra da entrevista com Maurício Dias: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/w ... ioDias.mp3


Conversa Afiada- Por que o presidente Lula defende Sarney?

Maurício Dias – É preciso dizer primeiro que o apoio do presidente Lula ao senador José Sarney é um apoio político. O que significa que o presidente, aliás, ele deixou isso claro, dá apoio à qualquer irregularidade que tenha sido cometida no Congresso e, suponho, por quem quer que seja. É um apoio, portanto, político. O presidente Lula não tem saída. Ele faz política. E eu suponho que tudo o que a aposição gostaria que o presidente Lula fizesse é exatamente dar as costas a seus aliados.
Porque esses aliados de agora já foram velhos cúmplices dessa oposição em tempos passados. E principalmente durante a ditadura militar. Então o presidente defende politicamente. A oposição está no papel dela, até certo ponto, de bater lata, para fazer barulho com qualquer erro que surja no Congresso. E acho que o Congresso tem mesmo que ser fiscalizado. Mas a gente vê que estão querendo transformar – pelo menos até agora – tudo numa grande crise política da mesma forma que tentaram durante o episódio do caixa dois.

Por exemplo, vejamos o caso de certas acusações que estão aí que hoje, a coisa já baixou para o pé da informação e eram manchetes. Como o fato do neto do presidente do Senado, José Sarney, intermediar empréstimo consignado no Congresso. Onde está a irregularidade nisso? A gente pode supor que aja algum tipo de benefício, de privilégio para o neto do Sarney? É possível, mas é irregular o que ele está fazendo? Se for irregular tem que julgar e condenar quem for responsável. Jogam tanta poeira nos olhos que as pessoas às vezes ficam sem perceber, mesmo nós, às vezes ficamos muito paralisados diante das acusações.

Não resta dúvida que tem muito problema no Congresso, seja na Câmara, seja no Senado. Privilégios que parecem absurdos e certamente são. É uma cultura essa do país, a cultura do patrimonialismo e também a cultura de Brasília. Brasília desenvolveu uma cultura de privilégios e benefícios. Começou tudo quando o presidente Juscelino Kubitschek passou a oferecer certos privilégios para que os funcionários públicos se deslocassem para a Capital.

CAF – Ou seja, não começou com Sarney?

MD – Exatamente. Quando o Senado, o Congresso era no Rio de Janeiro, o único cidadão que tinha direito a um aluguel pago pelo Senado era o presidente da Casa. Todos os outros iam morar em apartamentos que alugavam. Lá em Brasília construíram residências para os políticos. Isso é um privilégio. Depois, a partir daí, vieram outras coisas que verdadeiramente nos horrorizam. Agora, se tiver irregularidade, tem que investigar. Existe um pacto de senadores com essa burocracia do Congresso, do Senado, que é muito complicado: 381 diretorias que existiam, tinha até diretor de garagem. Evidentemente isso é um absurdo que tem que acabar. Por isso é fundamental a fiscalização.

CAF – O próprio Sarney diz que o volume que essa crise atingiu na imprensa se deve ao fato de ele apoiar o presidente. Nesse sentido é possível perceber que a crise no Senado e manifestações pela saída dele da presidência do Senado são predominantes em toda a grande imprensa. Até que ponto o que ele diz pode ser considerado de fato?

MD – Isso é claro. Nisso o presidente Sarney, presidente do Senado, tem absoluta razão. Aliás, o Paulo Henrique Amorim já escreveu isso e já deixou no blog aí durante um tempo. Mostrando que de repente descobrem que Sarney é tudo de mau. Se ele é tudo de mau agora, ele já era há algum tempo atrás. Vamos lembrar outra coisa dessa crise: a conta do Senado na Caixa Econômica…

CAF – As duas contas.

MD – Fizeram um ato disso uma coisa absurda. Tudo indica, até agora, que é uma coisa absolutamente normal, até porque estava publicada. Ficava no Siafi, o sistema de informações dos gastos públicos.

CAF – Se ela já estava no Siafi, não podia ser secreta.

MD – Exatamente. Isso é óbvio. Mas acho que a imprensa, evidentemente, está fazendo apenas o eco da oposição. Ela não está vendo nada. Igualzinho a crise do caixa dois. Estão querendo transformar isso num problema muito maior e muito mais grave. Mas a oposição, e volto a dizer, até certo ponto tem razão. Tem razão em fazer isso em pegar qualquer coisinha e dar uma dimensão muito maior. A imprensa é que está repetindo isso de maneira absurda, sem nenhuma reflexão. E evidentemente, se você olhar a situação que está agora, a Câmara vota os projetos, eles vão para o Senado e lá está paralisado. O Senado é a grande armadilha do governo Lula, porque lá a oposição tem uma força maior. Por isso, inclusive, que uma das metas do PT em 2010 é fazer uma aliança e fazer mais senadores para ver se equilibra no próximo governo, que o PT acha que vai ser a Dilma. Para ela tenha uma administração menos complicada e menos conturbada.

CAF – Hoje, nesse contexto político do Senado, o Lula tem alguma outra opção a não ser apoiar Sarney?

MD – Ele não tem nenhuma outra opção. O presidente Lula fala: olha, apura o que tiver de irregularidade, mas ele está fazendo a defesa política de um aliado. Agora, não tem saída. E a política é uma coisa que não é ciência, não é religião. Política é política. É uma coisa que não é feita com ética absoluta. Isso já está dito desde Platão. Quem não tiver estômago para segurar a política que não faça política. Que se torne apenas uma presa da política.

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#74 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 11:58

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... more-31342
29/06/2009 - 09:15
Continua o festival Zé Sarney

Continua o festival priápico de escândalos do Senado:

1. A Folha traz a momentosa revelação de que um ex-assessor de Sarney trabalhou na empresa do neto do… Sarney (furo igual só o de O Globo de ontem, que anunciou o segredo que permaneceu guardado por 15 anos: no lançamento do Plano Real foi encomendada à Casa da Moeda uma quantidade enorme de papel-moeda real. Novidade seria se fosse dobrão).

2. A mesma Folha fala dos favores a Arthur Virgilio. E diz que, o fato do denunciante ter sido denunciado amplia a crise de quem ele denunciou. Vá se entender.

3. O Estadão anuncia que Arthur Virgilio pronunciará novamente um duro discurso contra Agaciel Maia. Qual o motivo? Não pergunte para os leitores do Estadão, que eles não foram informados.

Vamos aos pontos que interessam.
Todos os senadores foram beneficiários dos atos do Agaciel Maia, que se manteve no controle do Senado pela incrível capacidade de fazer amigos senadores com favores. Era um padrão. O relatório da FGV mostra um quadro caótico que permitiu à Direção Geral se tornar a todo-poderosa do Senado graças à sua capacidade de quebrar galho de todos os senadores.

Se abrir os tais decretos secretos, não fica um, meu irmão.

Há duas maneiras de tratar esse problema.

A maneira óbvia será implementar o projeto preparado pela FGV, que reformula administrativamente o Senado, tira das mãos da Diretoria Geral o poder de que se viu revestido, acaba com os atos secretos e com as maracutaias na terceirização. Com a pressão da opinião pública, certamente tornará públicos todos os atos da mesa.

A segunda maneira é derrubar Sarney. Com a queda de Sarney, haverá algumas consequencias interessantes:

1. Um coronel, símbolo do atraso, será punido. Em seu lugar entrará outro coronel, símbolo do atraso.

2. Provavelmente haverá atraso na implantação da reforma da FGV. Na política, as mudanças só ocorrem sob pressão. O pressionado da vez é Sarney. A ele não resta a alternativa que não a de implementar o projeto que contratou. Caindo Sarney, a opinião pública midiática estará satisfeita e as reformas estruturais, deixa prá lá.

Outra consequência da saída de Sarney será instituir um fator adicional de instabilidade política. É evidente o jogo de criar um banzé político com vistas às eleições de 2010. Está nítido no acúmulo de CPIs sem foco, tanto no Senado quanto na Câmara. Sarney não incomodo pelo que fez a vida toda. Incomoda porque impede que se bote fogo no Senado.

De todos os colunistas e blogueiros que escrevem sobre Sarney, nenhum teria mais razões pessoais para criticá-lo. Fui alvo de perseguição dele nos anos 80, quando denunciei as mazelas do Saulo Ramos. Ele conseguiu minha saída da Folha - e o Otavinho sabe bem as razões e, certamente, um dia as revelará. Voltei - a convite do jornal - apenas depois que mudou o governo. Haveria melhor hora para a vingança?

Mas qual o preço? Tresloucados como Arthur Virgilio botando fogo no país, a mídia ganhando novo alento para criar factóides em cima de factóides, o panorama político de 2010 se incendiando, jogando por água abaixo os esforços de todos os que lutam por uma transição tranquila, vença quem vencer?

Se houvesse sinceridade nessa campanha, se exigiria de Sarney um prazo para implementar todas as medidas de mudança organizacional e de transparência no Senado.

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#75 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 12:03

E falando em Arthur Virgilio, o indignadíssimo líder do PSDB no Senado.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... os-catoes/
28/06/2009 - 14:19
A lógica monótona dos catões


De O Globo
Virgílio também teve funcionário fantasma


Ex-secretário recebia salário mesmo morando no exterior

Isabel Braga

BRASÍLIA. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), admitiu ontem ter mantido um funcionário fantasma em seu gabinete.

Carlos Alberto Nina Neto, que foi seu secretário particular, continuou recebendo salário da Casa quando foi morar no exterior. O senador reconhece o erro, mas afirma que o fato é usado pelo ex-diretor geral do Senado Agaciel Maia para chantageálo. Nina Neto é filho de um amigo e assessor do tucano, Carlos Homero Vieira Nina.

A denúncia de que o tucano manteve um funcionário fantasma foi publicada pela revista “IstoÉ”. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) também teria uma funcionária fantasma no gabinete. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, Vânia Lins Uchôa Lopes foi contratada em abril de 2005, quando Renan Calheiros presidia o Senado.

Vânia está lotada no gabinete da presidência da Casa, mas não dá expediente lá. Ela é casada com um primo de Renan, Tito Uchôa. A assessoria de Sarney admitiu que há casos de assessores herdados de outras gestões, mas não se referiu diretamente ao nome de Vânia.

Senador diz que pedirá investigação sobre si mesmo Virgílio afirmou que vai abrir seu sigilo bancário e que entrará com uma representação no Conselho de Ética contra si próprio, para que sejam investigadas as denúncias, e contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e trabalhará na coleta de assinaturas para a CPI dos Atos Secretos.

- Cometo a idiotice de permitir que o filho de um grande amigo permaneça ligado ao meu gabinete por um tempo, uma imbecilidade, um gesto paternal equivocado. Agaciel queria que eu me calasse para ele continuar roubando o Senado. Vou pedir que o Conselho me investigue, não tenho nada a esconder - disse Virgílio.

Virgílio está no Amazonas, e disse não lembrar por quanto tempo Nina Neto recebeu salário.

O pai de Nina Neto, Carlos Homero, é funcionário do Senado desde 1979. Outro filho dele, Guarani Alves Nina, é secretário de Virgílio, lotado em seu gabinete. Um terceiro filho dele, Tomás Alves Nina, também já trabalhou para o senador.

De acordo com a reportagem, Agaciel teria depositado na conta de Virgílio US$ 10 mil quando o senador teve problemas com o cartão de crédito numa viagem particular a Paris, em 2003.

A revista diz que o Senado teria pagado R$ 723 mil pelo tratamento de saúde da mãe dele, quando o regimento permite gasto anual de R$ 30 mil.

Virgílio disse que pediu ajuda a Homero, que acionou Agaciel, de quem era amigo. Virgílio disse não saber que o dinheiro era de Agaciel. Sobre a mãe, o tucano lembrou que ela teve direito porque era mulher de ex-senador e que o ressarcimento foi referente a dez anos de tratamento do mal de Alzheimer.


Comentário

Nenhuma novidade nos neocatões. O problema do Congresso são as práticas, dos quais todos se beneficiavam. A crise é do Senado, efetivamente. O Globo publicou a matéria da IstoÉ sobre Arthur Virgilio - que o PSDB imprudentemente indicou para seu líder no Senado. Ou seja, o líder da oposição, o sujeito que quer botar fogo é beneficiário dos mesmos favores. Até aí, nenhuma novidade.

Pergunto: à luz dessas evidências, vai se insistir em fulanizar essa crise? O correto seria juntarem-se todos para a mudança mais rápida e eficiente possível no Senado. Mas alguém tem interesse nisso? Ao governo interessa um Senado que não dê trabalho; à oposição, um Senado que bote lenha na fogueira.


Por AC Oliveira

Caro Nassif e demais amigos. Qual é a lógica da Folha de São Paulo, capa de hoje:

“45% do Senado quer Sarney no cargo.”

Foram ouvidos, segundo a matéria, 69 dos 80 senadores.

36 dos ouvidos querem que o Sarney permaneça.

36 dos 69 representam: 52% a favor.

Contudo 36 dos 80 representam: 45% a favor.

Ou tem algum erro matemático meu?

Ou a Folha de São Paulo já tem certeza absoluta que os outros 11 senadores que não foram ouvidos são contra a permanência do Sarney, por isso, não precisavam ser perguntados, mas, computados.

Ou a Folha de São Paulo acha que eu sou um idiota?

Detalhe, para zumbizar de vez, na matéria interna, diz: 22 optaram pela licença, 11 (dos 69 consultados) não quiseram se manisfestar. Nenhum defendeu a renúncia

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#76 Mensagem por Roy Kalifa » 29 Jun 2009, 12:46

Oposição inventa novo mensalão...

Por que inventa novo? O primeiro então nunca existiu, foi invetado também?

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#77 Mensagem por ussama » 29 Jun 2009, 13:09

a dilma rouba o que?

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#78 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 15:22

Falando em mensalão, alguém por acaso deu atenção à denúncia de mais um mensalão do PSDB (aqueles que realmente criaram o esquema) este agora no Paraná??

Olha lá, quero ver a fileira de posts indignados contra o Mensalão Tucano. Ou será que a desculpa do prefeito Tucano Beto Richa de que "não sabia de nada" cola? Pra ele cola??

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 5763.shtml
24/06/2009 - 15h33
Beto Richa afasta três ex-candidatos do PRTB e tira cargo de outros dois após vídeo
da Folha Online

O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), anunciou hoje a exoneração de três funcionários. São eles: Luiz Carlos Déa, da Secretaria Municipal do Esporte e Lazer; Luiz Carlos Pinto, da Secretaria do Governo Municipal; e o assessor técnico Gilmar Luiz Fernandes.

Richa também determinou a perda de função gratificada de Cristiane Fonseca Ribeiro, chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho, e de Nelson Bientinez Filho, coordenador de projetos da Secretaria de Esporte. Os cinco são ex-candidatos a vereador do PRTB

O afastamento dos assessores e retirada de função gratificada ocorre após a divulgação de vídeo gravado em 2008 que mostra 24 candidatos a vereador do PRTB recebendo dinheiro que não foi contabilizado na campanha. O vídeo foi obtido pelo jornal "Gazeta do Povo". Trechos do material foram mostrados no "Fantástico", da Globo, do último domingo.

Na semana passada, Richa havia afastado outros três funcionários: o secretário municipal de Assuntos Metropolitanos, Manassés Oliveira, o superintendente da secretaria, Raul D'Araújo Santos, e Alexandre Gardolinski, que trabalhava na Secretaria do Trabalho. Gardolinski aparece no vídeo entregando dinheiro.

De acordo com reportagem da Agência Folha, 28 candidatos a vereador do PRTB desistiram de concorrer e preferiram apoiar Richa. A suspeita é que os candidatos do PRTB recebiam dinheiro para desistir da eleição e a promessa de um cargo na prefeitura se deixassem a disputa para apoiar o PSDB.

Na eleição, o PRTB se coligou com o PTB, indicando o vice na chapa do petebista xxxxxxxxx Camargo, derrotado por Richa.

CPI

Vereadores de oposição devem protocolar hoje na Câmara Municipal de Curitiba pedido de instalação de CPI contra o prefeito da cidade, Beto Richa (PSDB). Na CPI, a oposição quer investigar a suspeita de caixa dois na campanha eleitoral de 2008.

A Câmara Municipal de Curitiba tem 38 vereadores. Para a CPI ser instalada são necessárias 13 assinaturas. A bancada de oposição diz contar com cinco nomes para o requerimento. Outras assinaturas serão buscadas nos próximos dias.

Outro lado

O coordenador financeiro da campanha de Richa, Fernando Ghignone, chamou a divulgação do material de "farsa" e "armação". Para ele, o comitê formado por dissidentes do PRTB tinha atuação independente e a coordenação de campanha tucana não tem acesso a informações de gastos desse tipo. (ou seja, "eu não sabia de nada") :lol:

Ghignone diz que toda a prestação de contas foi encaminhada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e aprovada. (ué, mas se tem caixa dois, como é que ele iria aparecer nas contas aprovadas?) Afirma que 'jamais iria usar um expediente' como dar dinheiro em troca de apoio. O procurador regional eleitoral do TRE-PR, Néviton Guedes, diz que vai analisar o conteúdo do vídeo e então decidir se inicia uma ação sobre o caso
Veja reportagem em vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=7O1ZhNZqbeo

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#79 Mensagem por Roy Kalifa » 29 Jun 2009, 15:34

Mensalão sempre existiu.

So não entendo porque o PT, o grande partido da ética e moralidade entrou neste esquema também.

Se era para continuar tudo como antes, qual a diferença entre eleger o Lula ou o Serra?

Acontence que a turma do PT estava louca para abocanhar também uma fatia do bolo.

Politico é tudo igual, seja PT ou PSDB. Isto é o unico fato concreto.

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#80 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 15:39

Roy Kalifa escreveu:Se era para continuar tudo como antes, qual a diferença entre eleger o Lula ou o Serra?
Simples, basta comparar os indicativos econômicos e sociais dos governos de FHC e Lula.

Basta comparar os indicativos na listinha que o Tiozinho 50 passou.

Basta avaliar os indicativos de 16 anos de PSDB no governo de São Paulo.

Basta somar os valores destes 45 escândalos do governo FHC que foram habilmente pra baixo do tapete e comparar com os valores dos escândalos do governo Lula que foram não tão habilmente pra baixo do tapete:
http://www.consciencia.net/corrupcao/do ... dalos.html

Daí dá pra ter uma idéia.

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#81 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 15:42

Roy Kalifa escreveu:Mensalão sempre existiu.

So não entendo porque o PT, o grande partido da ética e moralidade entrou neste esquema também.
E mais, eu quero que algum iluminado me explique a lógica de "vou votar no Serra, por causa do Mensalão do Lula" (pois é a primeira coisa que um opositor do Lula menciona ao tocar no assunto) se mensalão sempre existiu e o PSDB é rei de fazer isso (Minas, agora Paraná e a compra de votos da reeleição).

A lógica não seria "Não voto no Lula, nem em seu canditado e nem no Serra" ??

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#82 Mensagem por Roy Kalifa » 29 Jun 2009, 15:57

Sim, faça como eu. Pense no voto nulo. Pelo menos a titulo de protesto.

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#83 Mensagem por Carnage » 29 Jun 2009, 17:08

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=13097
Crise do Senado é para desestabilizar Lula. Ou, Serra, o Escorpião

29/junho/2009 14:35

Diálogo de Paulo Henrique Amorim com um sábio jornalista (sem diploma):

- Que crise é essa do Senado ?

- É para desestabilizar o Lula, responde o sábio.

- Mas, e se o Sarney se afastasse, sem renunciar, como fez o Renan ?, perguntou Paulo Henrique Amorim.

- Aí, assume o vice, o Marconi Perillo, que é do PSDB e responsável pela instalação da CPI da Petrobras.

- Mas, se o Sarney continuar lá, licenciado da presidência, não pode ser uma resistência a um Golpe ?

- Responda você mesmo, disse o sábio. Esse Marconi Perillo é acusado de cometer em Goiás todos os crimes previstos na Lei Eleitoral.

- Mas, se a popularidade do Lula está alta, qual é o interesse dos senadores da oposição em querer derrubar o Lula ?

- Arthur Virgílio, Sérgio Guerra e Tasso Jereissati, as estrelas da oposição, dificilmente se reelegem.

- Então, é um ato de desespero, pondera PHA.

- É o desespero dos alucinados, é só olhar para a cara do Arthur Virgílio.

- Mas, o Brasil não é Honduras.

- Não é Honduras, mas, se eles tomam o Senado e fecham a Petrobras, eles quebram o Lula.

- Mas, o Brasil não é a Venezuela e pode sobreviver à Petrobras.

- O Brasil não é a Venezuela, diz o sábio. Mas, a Petrobras é um símbolo. A Petrobras é Getúlio Vargas e Lula.

- E o que o Serra tem a ver com isso, pergunta PHA sobre um dos temas de sua preferência.

- A economia brasileira vai sair mais forte no fim da crise e para o Serra o circo pegar fogo pode ser uma boa ideia.

- Mas, pondera PHA, aí, o Serra pega fogo junto.

- Você conhece a fábula do Esopo, a do escorpião e a rã ?, conclui o sábio.

Paulo Henrique Amorim

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#84 Mensagem por Carnage » 30 Jun 2009, 09:33

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -e-sarney/
29/06/2009 - 17:50
Gilmar e Sarney
Do Blog do Leandro Fortes

O instituto de Gilmar Mendes também conseguiu empenhar verbas para contratos no Legislativo. O Senado Federal, sob a presidência de José Sarney (PMDB-MA-AP) empenhou, no primeiro semestre de 2009, 252 mil reais para contratos com o IDP. Apenas à guisa de curiosidade, leia-se o elogio feito por Mendes a Sarney, o Senhor dos Atos Secretos, há poucos dias: “Tenho o maior respeito pelo presidente Sarney. Temos um diálogo constante. Acho que é uma pessoa importante na história do Brasil, conduziu a transição democrática com grande habilidade.”

- Na Câmara dos Deputados, por meio do fundo rotativo da Casa, foram disponibilizados, no mesmo período, 28,5 mil reais reservados para o IDP.


Por Janice Agostinho Barreto Ascari

Vejam essa outra declaração:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 1431.shtml

15/06/2009 - 19h20
Gilmar Mendes diz que Senado sairá da crise sem intervenção da Polícia Federal

WANDERLEY PREITE SOBRINHO
colaboração para a Folha Online

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira que a Polícia Federal não precisará investigar os senadores suspeitos de nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários de servidores por meio dos chamados atos secretos do Senado. Os atos são secretos porque seus autores não os divulgaram na intranet do Senado.

Apesar de a PF ter pedido ao Senado a apresentação de papéis para prestação de contas, Mendes disse que a PF não deve investigar os políticos envolvidos. “Certamente não haverá nenhuma necessidade de intervenção, de investigação de polícia ou do Ministério Público. Acho que o tema vai ser esclarecido”, disse.

Para justificar, ele saiu em defesa dos parlamentares. “Estou certo de que o Senado Federal saberá superar bem essa crise administrativa”, afirmou ele ao visitar a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo.

Ele disse que essa reação partirá dos próprios senadores. “Estou muito confiante de que os políticos brasileiros, que tem dado lições cabais de sabedoria, saberão também superar essa crise”, disse.



—————–

Como membro do Ministério Público, senti-me extremamente indignada com essas declarações. Agora é o Ministro Gilmar, também, que decide quem deve ou não deve ser investigado pelo Ministério Público? É ele quem diz sobre o quê a Polícia Federal deve instaurar inquérito? Virou titular da ação penal ou queria mandar recado?

Alguém tenha a caridade de informar a Sua Excelência que, ao saber dos fatos, a Procuradoria da República no Distrito Federal abriu investigações sobre os atos secretos. Estão em pleno andamento.

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#85 Mensagem por Carnage » 30 Jun 2009, 09:34

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... ra-de-pau/
29/06/2009 - 22:24
Um tremendo cara de pau

Arthur Virgílio quer investigar senadores que ocuparam cargos na gestão de Agaciel

Agência Senado

BRASÍLIA - O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) pediu há pouco uma “investigação dura” sobre todos os senadores que ocuparam os cargos de 1º secretário e de presidente do Senado no período de 14 anos em que Agaciel Maia foi diretor-geral da instituição.

- Quero também a demissão de Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi (ex-diretor de Recursos Humanos) - afirmou Arthur Virgílio, defendendo ainda o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.

O senador declarou ainda que viu em si mesmo “vícios que julgava não possuir”, erros segundo ele propiciados pelo ambiente do Senado. O senador assumiu ter cometido “pecados”, que no entanto não o impedem de denunciar irregularidades no âmbito da administração da Casa.

Neste momento, o senador responde às denúncias publicadas pela revista “IstoÉ” desta semana, segundo a qual o senador teria recebido favores de Agaciel, como um empréstimo no valor de US$ 10 mil. Arthur Virgílio Neto também explica os gastos hospitalares de sua mãe, que é viúva do senador Arthur Virgílio Filho.

Arthur Virgílio também apresenta uma série de documentos, que serão encaminhados à imprensa.



Comentário

O Arthur Virgilio lembra a menina virgem que foi à polícia denunciar o tarado que a estuprou antes de ontem, ontem e hoje. É ridículo a mídia dar espaço a essa indignação defensiva. O PSDB poderia aproveitar a oportunidade e colocar alguém minimamente qualificado para o cargo de líder no Senado.

Arthur Virgílio é a melhor arma que tem o governo para desqualificar a oposição.

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#86 Mensagem por Carnage » 30 Jun 2009, 12:33

Os senadores Heráclito Fortes (DEM) e Arthur Virgílio (PSDB) continuam a ir até a bancada do Senado, com dedo em riste, acusar o Sarney disso e daquilo, cobrar medidas e atitudes, mas eles mesmos não deveriam nem abrir a boca pelo exemplo que dão.

O nobre líder do PSDB no Senado tem uma atrás da outra aparecendo:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 8415.shtml
30/06/2009 - 08h52
Irmã de assessor de Virgílio teve nomeação secreta


da Folha Online

A irmã do subchefe de gabinete do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) foi nomeada por ato secreto na direção geral em 20 de março de 2007, informa reportagem de Adriano Ceolin e Andreza Matais, publicada nesta terça-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo a reportagem, com salário de R$ 7.484,43, Ana Cristina Nina Ribeiro ingressou no órgão comandado pelo então diretor-geral Agaciel da Silva Maia um mês depois de o irmão dela, Carlos Homero Vieira Nina, começar a trabalhar para o tucano, que é líder do PSDB no Senado.

Ontem, Virgílio subiu à tribuna para explicar os motivos de ter contratado três filhos de Carlos Homero para trabalhar no seu gabinete. Ele também teve de justificar o empréstimo que tomou de Agaciel para quitar uma dívida de cartão de crédito. Segundo a versão do tucano, o caso ocorreu em 2005 enquanto ele fazia uma viagem a Paris e constatou que seu cartão estava bloqueado, conforme revelou a revista "IstoÉ".

A Folha informa que Ana Cristina só foi exonerada em outubro por conta da súmula do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo nos três Poderes.

Leia a notícia completa na Folha desta terça-feira, que já está nas bancas.
Seu companheiro de indignação seletiva também não fica atrás:

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/pos ... 200317.asp
deu na folha de s.paulo
Senador que "gerencia" a crise emprega lobista de convênios

Assessor de Heráclito Fortes admite ter prestado favores para empresa do Piauí

Com mais de 80 assessores, primeiro-secretário da Casa também emprega cunhada do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional)


De kkkkkkkkk Zanini:

Primeiro-secretário do Senado, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) emprega um assessor que também faz lobby por uma empresa especializada em intermediar convênios de prefeituras do Piauí com a União.

Com a crise, Heráclito assumiu funções que antes eram exclusivas do presidente do Senado, como exonerar e nomear diretores, e virou uma espécie de "gerente da crise" ao indicar nomes para as comissões que investigam servidores. Sua assessoria inclui também uma cunhada do ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, nomeada há dois meses.

Alcides Gomes Muniz Filho, assessor do gabinete pessoal de Heráclito desde 2003, já representou a Planacon Planejamento e Assessoria de Projetos Técnicos, de Teresina (PI), pelo menos três vezes em Brasília -como ele próprio admite.

A última vez foi em 13 de fevereiro, na sede da Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco, no ato de entrega das propostas para uma concorrência de saneamento. Documento da Codevasf diz que, naquele dia, a Planacon foi "representada" por Muniz.

Fundada há cinco anos, a empresa registra "crescimento astronômico", diz seu site: seus contratos com o governo federal subiram de R$ 153 mil em 2005 para R$ 1,89 milhão nos seis primeiros meses do ano.
Muniz disse à Folha que agiu em nome da empresa por amizade ao dono, Odivaldo Mendes Viana. Ele nega a existência de lobby: "Favor é uma coisa, lobby é outra bem diferente".

Os "favores" correm em mão dupla. O empresário, segundo o assessor, o ajuda em época de campanha. "Nossa relação é pessoal e política em época de campanha. Posso pedir um favor [a Viana]: "Olha, rapaz, que dia vai sair um carro para tal município, que eu quero mandar uns cartazes?". Ele diz: "Alcides, o carro vai sair dia tal." Eu mando os cartazes, ele vai levar pra mim", diz Muniz. Se isso de fato aconteceu, teria de estar registrado em prestações de contas como doação da empresa -o que não ocorreu.

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capa dura
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#87 Mensagem por capa dura » 30 Jun 2009, 13:26

Tem q ser muito cara de pau, realmente....
Espero q o Ministério Público denuncie esses pilantras, e eles respondam por todos esses atos secretos e demais maracutaias no Supremo Tribunal Federal.....
Se fosse ladrão de galinha, já estariam presos e tratados como bandidos.....
Vamos aguardar pra ver se tudo isso não acaba em pizza.

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#88 Mensagem por Tiozinho50 » 30 Jun 2009, 13:58

Eu ia postar justamente sobre a absurda cara de pau desse Artur Virgilio, que sujeito mau carater, não foi ele que disse que ia quebrar a cara do Lula?

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#89 Mensagem por Carnage » 30 Jun 2009, 15:25

capa dura escreveu:Vamos aguardar pra ver se tudo isso não acaba em pizza.
Caro capa dura, no momento que tirarem o Sarney da presidência do Senado, e lá ficar no seu lugar um substituto que seja da oposição, tão sujo quanto ele, pode ter certeza que todo mundo cala a boca e tudo vai acabar mesmo em pizza.

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#90 Mensagem por Carnage » 30 Jun 2009, 16:36

Se gritar "pega ladrão"...

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... -da-adeus/
Máscara de vestal de Arthur Virgílio dá adeus

Atualizado em 30 de junho de 2009 às 13:43 | Publicado em 30 de junho de 2009 às 11:31

Tucano admite ter recebido dinheiro de Agaciel

Até então na mira dos holofotes da mídia como guardião da ética e moralidade, a máscara do senador tucano Arthur Virgílio (AM) caiu neste final de semana (29) após matéria da ISTO É revelar que ele recebeu US$ 10 mil do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, a quem ele chamou de "ladrão" na semana passada.

do Vermelho

Ao representar nesta segunda (29) no Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o senador amazonense, admitiu que contraiu um empréstimo por intermédio de um amigo que trabalha em seu gabinete, Carlos Homero Vieira Nina.

Sob o título "Os amigos Sumiram", a matéria da revista semanal diz que Arthur Virgílio tentou se antecipar a futuras revelações que poderiam constragê-lo. Por isso, foi ao plenário na semana passada dizer que estava sendo chantageado. "Só que acabou dando um tiro ainda mais certeiro no próprio pé", diz o texto.

Segundo a reportagem, o senador contou que, durante uma viagem a Paris, em 2003, com a família, ao tentar fazer uma compra identificou um problema com seu cartão de crédito. Ele foi rejeitado. De acordo com sua versão, um amigo conterrâneo e funcionário do Senado foi acionado para resolver o problema.

"Mas não foi bem o que aconteceu. Quem Virgílio procurou pedindo socorro foi o próprio Agaciel. Para isso, fez o contato por intermédio do amigo Carlos Homero Vieira Nina, hoje lotado em seu gabinete."

A matéria diz que "Homero telefonou para Agaciel numa manhã de domingo e pediu encarecidamente que o ajudasse. Foi taxativo: era um pedido urgente de Arthur Virgílio. Na conversa, Agaciel ponderou que seria impossível, pois era um domingo. Mas, diante da insistência do assessor de Virgílio, o ex-diretor telefonou para o gerente do banco e pediu que fizesse uma transferência de sua própria conta poupança no valor de US$ 10 mil para a conta do senador."

Diz a revista que assim o cartão de crédito foi liberado. "O fato foi confirmado à ISTOÉ por pessoas próximas ao exdiretor- geral. Com amigos, Agaciel comentou que esse dinheiro até hoje não lhe foi ressarcido." :lol: (e ele que chamou o cara de ladrão!!)

Ainda segundo a revista Homero empregou no gabinete de Virgílio seus filhos Guarani Alves Nina, Tomas Alves Nina e Carlos Alberto Nina Neto. O último mora no Exterior, mas não deixa de receber salário.

"Há quem diga que a súbita fúria de Virgílio contra Agaciel estaria relacionada a outro fato que ele preferiu não contar em público: a exoneração do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) de Vânia Maione, esposa de Homero. Ela foi substituída por Carlos Roberto Stuckert, a mando de Agaciel", especula a revista.

Outro episódio, diz a matéria, que o senador tentou justificar como uma possível chantagem de Agaciel se refere ao tratamento de saúde de sua mãe, Isabel Vitória de Matos Pereira, falecida em 2006. Como esposa de ex-senador, ela teria direito pelo regimento do Senado a ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Mas, segundo levantamento feito por servidores do Senado foram gastos R$ 723 mil com as despesas médicas.

"O pagamento foi autorizado a contragosto pelo então presidente da Casa, senador Antônio Carlos Magalhães, também graças a um pedido de Agaciel. Por várias ocasiões, ACM chegou a questionar com diretores do Senado o gasto muito acima do permitido pelo regimento interno."

No discurso de duas horas no Senado, o líder do PSDB na Casa disse que não sabia que o amigo pedia o empréstimo não pago a Agaciel. Homero acha que avisou ao seu padrão.

De Brasília com informações da ISTOÉ e Agências

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... etividade/
30/06/2009 - 12:52
Como manipular a edição

Rui Nogueira vai levar na biografia o fato de - por amizade - ter indicado o livro de um ex-sócio para a cadeira de ética das faculdades de jornalismo. Imperdoável, conhecendo-se o teor do livro e o tipo de jornalismo praticado.

Mas não tira seu mérito de ter se tornado um jornalista exigente, a ponto de assumir o comando da sucursal do Estadão em Brasília.

Por isso mesmo, duvido que a reportagem do Estadão - que parecia o último baluarte do jornalismo objetivo - sobre Arthur Virgilio tenha saído da sucursal no formato em que foi editado.

Arthur Virgilio vai à Tribuna para se defender de acusações. Não explicou coisa nenhuma (clique aqui):

1. Disse que os US$ 10 mil que pegou emprestado de Agaciel foram pagos por três funcionários do seu gabinete, que se cotizaram. Agaciel diz que não. Ou Virgilio não pagou ou apropriou-se de salários de contratados do seu gabinete.

2. Não explicou os R$ 723 mil que o Senado bancou do tratamento de saúde de sua mãe.

3. Apesar do tom contrito, não explicou a nomeação de parentes e apadrinhados de assessores seus (matéria de hoje na Folha).

4. Travestiu uma mamata - o filho de um amigo recebendo do seu gabinete e trabalhando na Europa - em denúncia sobre quem teria vazado a informação.

O que faz o Estadão? Os seis primeiros parágrafos da matéria - que, lembre-se, é sobre as explicações de Virgilio para suas lambanças - são dedicados a ataques aos adversários do catão. O penúltimo a explicações - incompletas - sobre as acusações de que é alvo. O último, em Virgilio acusando quem vazou a informação sobre a mamata com o filho do amigo. A reportagem não cobra explicação de Virgilio para a mamata e ainda coloca o acusado de vazamento se explicando.

Título da matéria: “Virgílio faz denúncia contra senador ao Conselho de Ética”. Dá para levar o jornal a sério?

Como disse o diretor de redação do Estadão: a edição é um dos pressupostos da liberdade de imprensa. Pergunto: como o Manual de Redação do jornal trataria essa manipulação óbvia da edição?

Da Coluna da Dora Kramer
Arrasa quarteirão

Em resumo, o líder do PSDB no Senado, Artur Virgílio, disse o seguinte ontem da tribuna: que senadores foram coniventes com os atos do ex-diretor Agaciel Maia; que parlamentares manipulam medidas provisórias para obter vantagens financeiras; que há senadores calados com medo de ser denunciados; que Agaciel Maia guardava montanhas de dinheiro vivo em armário no gabinete de trabalho; que o presidente do Senado fez tráfico de influência, usou indevidamente o patrimônio público em benefício privado e afrontou a Constituição e o Supremo Tribunal Federal ao praticar o nepotismo.

Não obstante, ninguém no colegiado deu sinal de ter se espantado.



Comentário

Mas os leitores ficaram certamente espantados com o resumo. Virgilio acusa o Senado de desmandos dos quais ele foi beneficiário. A Dora fez um resumo e não incluiu o tema principal do discurso: os benefícios recebidos por Virgilio.

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