As extensas propagandas do governo estadual de São Paulo, tanto na televisão quanto dentro dos próprios trens na forma de cartazes, dão a idéia de que o governo está fazendo muito e que com isso a situação caótica que a superlotação do metrô estabeleceu está melhorando. Enganação pura! Eu que pego metrô todos os dias pra ir trabalhar num dos trechos mais movimentados tenho visto a situação piorar a olhos vistos, já chegando muito perto de ser insustentável. Mesmo que o governo do estado cumpra todas as promessas que fez para o metrô até o final do corrente mandato (o que parece improvável dado o grande atraso de obras que farima mesmo alguma diferença) o impacto deve ser somente o de transformar uma situação precária em apenas muito ruim.
Além da lotação, defeitos constantes e atrasos cada vez maiores, existem outro problemas enfrentados por quem usa o metrô:
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ul ... 7382.shtml
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ul ... 7383.shtml20/07/2009
Faltam banheiros para passageiros do metrô
Gilberto Yoshinaga
do Agora
Passageiros do metrô de São Paulo que precisam usar o banheiro durante uma viagem nem sempre encontram uma opção rápida e prática, com a urgência que essa situação pode exigir.
Entre as 55 estações das quatro linhas do metrô, 25 têm banheiros em suas proximidades. Todos ficam em áreas de circulação pública, em espaços anexos, como terminais de ônibus. Ou seja: para usar o banheiro, quem já passou pelas catracas só tem a opção de sair e, quando retornar, pagar outra passagem. As exceções são as estações Brás, Luz e Palmeiras-Barra Funda, onde há integração com a CPTM.
O Vigilante Agora passou pelas quatro linhas do metrô para verificar a qualidade dos banheiros existentes. A linha 3-vermelha tem 18 sanitários, onde os banheiros estão mais bem conservados. Na linha 2-verde, há apenas dois sanitários, nas estações Ana Rosa e Paraíso, que também são ligadas à linha 1-azul --onde há outros nove banheiros. A linha 5-lilás não possui banheiros.
Na maioria dos casos, o uso dos banheiros é gratuito. Em três lugares há taxa de uso. Na estação Corinthians-Itaquera, é preciso desembolsarR$ 0,25. Na Portuguesa-Tietê, há um banheiro pago e um gratuito, ambos no terminal rodoviário. O primeiro cobra R$ 1,25 por pessoa --e, nem por isso, é mantido limpo. O segundo fica "escondido", ou seja, sua localização não é sinalizada ao longo do terminal. Na Palmeiras-Barra Funda, há um sanitário gratuito, da CPTM e outro que cobra R$ 1, localizada no terminal rodoviário.
Uma curiosidade é verificar que em modernas construções, que comportam as estações mais novas de toda a malha, não há sanitários. É o que ocorre nas estações Alto do Ipiranga, Chácara Klabin e Santos-Imigrantes, inauguradas entre 2006 e 2007.
Nas estações onde há banheiros, a sinalização é rara. A opção para o usuário é perguntar para algum funcionário, que nem sempre tem boa vontade para informar. Questionado pelo Vigilante Agora sobre a existência de banheiro em uma estação da linha 2-verde, um funcionário respondeu: "Não tem. Tente sair e procurar um bar", disse o funcionário.
20/07/2009
Companhia prioriza os locais movimentados
Gilberto Yoshinaga
do Agora
A assessoria de imprensa do Metrô disse que os sanitários públicos existentes foram construídos em estações de grande movimento, ou com terminais de ônibus, para atender os usuários "que estão sujeitos a maiores percursos ou a eventuais esperas".
Por isso, de acordo com a companhia, não há banheiros internos, que possam ser utilizados por passageiros durante a viagem --sem que tenham de passar pela catraca e pagar outra passagem para retornar à plataforma. Segundo o Metrô, o mesmo critério tem sido aplicado às novas estações, o que justifica, de acordo com a empresa, o fato de as estações mais novas e modernas não possuírem sanitários.
O Metrô disse ainda que, em situações de emergência, deficientes, idosos e gestantes podem pedir para usar o sanitário exclusivo de funcionários da companhia. "O uso é liberado desde que acompanhado pelos empregados das estações", diz a companhia, que afirma também que não se responsabiliza pela manutenção dos banheiros ligados à CPTM.