Transito Paulista entrará em colapso em 2012 : O carro voador seria a solução?

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#91 Mensagem por Carnage » 22 Jul 2009, 11:10

O metrô seria a melhor solução para o trânsito em São Paulo ou em qualquer cidade.

As extensas propagandas do governo estadual de São Paulo, tanto na televisão quanto dentro dos próprios trens na forma de cartazes, dão a idéia de que o governo está fazendo muito e que com isso a situação caótica que a superlotação do metrô estabeleceu está melhorando. Enganação pura! Eu que pego metrô todos os dias pra ir trabalhar num dos trechos mais movimentados tenho visto a situação piorar a olhos vistos, já chegando muito perto de ser insustentável. Mesmo que o governo do estado cumpra todas as promessas que fez para o metrô até o final do corrente mandato (o que parece improvável dado o grande atraso de obras que farima mesmo alguma diferença) o impacto deve ser somente o de transformar uma situação precária em apenas muito ruim.

Além da lotação, defeitos constantes e atrasos cada vez maiores, existem outro problemas enfrentados por quem usa o metrô:

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ul ... 7382.shtml
20/07/2009
Faltam banheiros para passageiros do metrô
Gilberto Yoshinaga
do Agora

Passageiros do metrô de São Paulo que precisam usar o banheiro durante uma viagem nem sempre encontram uma opção rápida e prática, com a urgência que essa situação pode exigir.

Entre as 55 estações das quatro linhas do metrô, 25 têm banheiros em suas proximidades. Todos ficam em áreas de circulação pública, em espaços anexos, como terminais de ônibus. Ou seja: para usar o banheiro, quem já passou pelas catracas só tem a opção de sair e, quando retornar, pagar outra passagem. As exceções são as estações Brás, Luz e Palmeiras-Barra Funda, onde há integração com a CPTM.

O Vigilante Agora passou pelas quatro linhas do metrô para verificar a qualidade dos banheiros existentes. A linha 3-vermelha tem 18 sanitários, onde os banheiros estão mais bem conservados. Na linha 2-verde, há apenas dois sanitários, nas estações Ana Rosa e Paraíso, que também são ligadas à linha 1-azul --onde há outros nove banheiros. A linha 5-lilás não possui banheiros.

Na maioria dos casos, o uso dos banheiros é gratuito. Em três lugares há taxa de uso. Na estação Corinthians-Itaquera, é preciso desembolsarR$ 0,25. Na Portuguesa-Tietê, há um banheiro pago e um gratuito, ambos no terminal rodoviário. O primeiro cobra R$ 1,25 por pessoa --e, nem por isso, é mantido limpo. O segundo fica "escondido", ou seja, sua localização não é sinalizada ao longo do terminal. Na Palmeiras-Barra Funda, há um sanitário gratuito, da CPTM e outro que cobra R$ 1, localizada no terminal rodoviário.

Uma curiosidade é verificar que em modernas construções, que comportam as estações mais novas de toda a malha, não há sanitários. É o que ocorre nas estações Alto do Ipiranga, Chácara Klabin e Santos-Imigrantes, inauguradas entre 2006 e 2007.

Nas estações onde há banheiros, a sinalização é rara. A opção para o usuário é perguntar para algum funcionário, que nem sempre tem boa vontade para informar. Questionado pelo Vigilante Agora sobre a existência de banheiro em uma estação da linha 2-verde, um funcionário respondeu: "Não tem. Tente sair e procurar um bar", disse o funcionário.
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ul ... 7383.shtml
20/07/2009
Companhia prioriza os locais movimentados
Gilberto Yoshinaga
do Agora

A assessoria de imprensa do Metrô disse que os sanitários públicos existentes foram construídos em estações de grande movimento, ou com terminais de ônibus, para atender os usuários "que estão sujeitos a maiores percursos ou a eventuais esperas".

Por isso, de acordo com a companhia, não há banheiros internos, que possam ser utilizados por passageiros durante a viagem --sem que tenham de passar pela catraca e pagar outra passagem para retornar à plataforma. Segundo o Metrô, o mesmo critério tem sido aplicado às novas estações, o que justifica, de acordo com a empresa, o fato de as estações mais novas e modernas não possuírem sanitários.

O Metrô disse ainda que, em situações de emergência, deficientes, idosos e gestantes podem pedir para usar o sanitário exclusivo de funcionários da companhia. "O uso é liberado desde que acompanhado pelos empregados das estações", diz a companhia, que afirma também que não se responsabiliza pela manutenção dos banheiros ligados à CPTM.

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#92 Mensagem por Carnage » 22 Jul 2009, 11:15

Não bastasse o Metrô ruim e sem vazão fazendo muitos não abdicarem do carro, temos ainda a extrema competência da prefeitura da cidade de São Paulo ajudando a "melhorar" a situação...

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -fretados/
22/07/2009 - 09:28
A proibição dos fretados

Da Folha

Fretado pode ser multado uma vez por hora

Ônibus que for flagrado na zona de restrição das 5h às 21h terá uma autuação a cada 60 minutos a partir de segunda

Prefeitura poderá autorizar veículos fretados por empresas instaladas na área de restrição desde que tenham estacionamento

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Todo ônibus fretado que entrar na área de 70 km2 do centro expandido de São Paulo a partir de segunda-feira poderá receber até uma multa por hora.

A portaria com a restrição à circulação de ônibus fretados das 5h às 21h deve ser publicada amanhã. O objetivo declarado é reduzir em 11% a lentidão do trânsito e aumentar a velocidade dos ônibus urbanos.

A proibição vale para ônibus, micro-ônibus e vans que transportem mais de nove passageiros. Quem for flagrado mesmo vazio na área restrita poderá receber uma multa a cada hora por trafegar em local ou horário não permitido -R$ 85,13 e quatro pontos na carteira.

Em relação ao projeto apresentado em 29 de junho, a gestão Gilberto Kassab (DEM) fez pequenas mudanças, mas manteve a ideia central, que é proibir o acesso dos veículos à área central. A medida recebeu críticas de especialistas, que apontam que os usuários dos fretados vão preferir usar o carro particular a enfrentar o desconforto do transporte coletivo, aumentando ainda mais os congestionamentos.

O governo definiu que poderá conceder autorizações a ônibus fretados por empresas que fiquem dentro da área de restrição e tenham estacionamento próprio. Esses veículos não poderão fazer nenhuma outra parada e terão de instalar GPS (localização via satélite) conectados ao sistema da SPTrans.

Atendendo a pedidos de empresas de fretamento, a prefeitura autorizou o acesso ao aeroporto de Congonhas por vias próximas à avenida dos Bandeirantes e criará novos pontos de embarque e desembarque na rua Alvorada e nas estações Parada Inglesa, Vila Madalena, Brás e Barra Funda do metrô.

Segundo a prefeitura, serão atingidas cerca de 40 mil pessoas que usam fretados para se deslocar de bairros periféricos e cidades próximas para áreas como os centros financeiros das avenidas Paulista, Faria Lima e Luiz Carlos Berrini.

Esses usuários terão de fazer baldeação em pontos predefinidos fora da área de restrição e completar o trajeto por meio do transporte coletivo. A outra opção é trocar o fretado por veículos particulares.

A prefeitura fez uma estimativa de que 4.800 pessoas devem completar o trajeto a pé a partir de estações de trem da marginal Pinheiros. Outras 25.500 devem se integrar ao metrô, 2.200 aos trens, 5.500 aos ônibus e 2.000 ao Expresso Tiradentes (ex-Fura-Fila).

O secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, disse que no máximo 10% dos usuários dos fretados passarão a usar carros particulares. Para ele, as pessoas podem até dizer que vão preferir ir de carro, mas é só porque elas não querem a restrição aos fretados.



Por Andre Araujo

Uma impressionante falta de visão estrategica da Prefeitura de São Paulo. A restrição aos onibus fretados, a vigorar no próximo dia 27 de julho vai prejudicar diretamente 150.000 usuários, em beneficio do transporte individual.

Na região da Berrini-Vila Olimpia não existem vagas em estacionamentos para mensalistas, a fila de espera é de 6 meses. Tambem não há vaga nas ruas, foram eliminadas na região 3.700 vagas de rua. A proporção dos que usam onibus fretados na região é enorme. São pessoas que moram em cidades ao redor de SP e na Baixada Santista. A Prefeitura tira desses usuários a condição de chegar ao emprego. Um grupo de quatro associações de usuários teve audiencia ontem com o Secretario dos Transportes, com ideias e sugestões, mas estão pessimistas. O Secretario diz que a determinação entra em vigor no dia 27 e ponto final.

No caso da compra de uniformes escolares, a licitação de 70 milhões de reais não preve uma abertura especial para pequenas confecções paulistanas. Produzir um uniforme escolar é tarefa simples, milhares de pequenas empresas estão aptas para isso, São Paulo é um grande polo de confecções. A licitação está montada para grandes empresas e a possibilidade de fazerem os uniformes na China é de 99%. Compras publicas no mundo todo procuram estimular o emprego na propria região, é uma contrapartida obvia. Nos EUA há o Buy American Act para as compras publicas. Aqui, nem sabem o que é isso. Pode vir tudo da China, sem problemas.

Aonde está a massa cinzenta na Prefeitura de São Paulo?

O staff do Prefeito é fraco, não há estrategistas, pessoas com visão macro da cidade e da população, parece uma arraia miuda da politica menor.

Como pode o Secretario dos Transportes ser a mesma pessoa, um advogado, que presidiu a Febem?


Transporte em uma grande metrople de nivel mundial, como é São Paulo, exige uma senhor especialista, com formação e experiencia na area, não pode ser um advogado que não tem nenhuma relação com essa complexa tarefa de organizar o fluxo fundamental para a economia da cidade.

A chamada rotula central de circulação de São Paulo tem 35 anos, foi implantada pelo Cel.Americo Fontenelle, um especialista, foi tão bem projetada que não se muda há quase 4 décadas. Aonde estão as novas soluções, a capacidade de ver o todo, de planejar um sistema e não quebra-galhos irracionais, como esse de tirar o onibus fretado, que é um transporte coletivo, para deixar as ruas desimpedidas para os carros, um contrasenso na contramão da tendencia mundial, que é exatamente o conrário?

Se analisarmos o secretariado dessa Prefeitura, não se encontrará nenhum grande nome, com exceção de um ou dois, vocacionado para a cidade, com visão do futuro da grande metropole. Só se verá gente pequena, com soluções menores ainda. Não há um grande urbanista, um especialista em transportes, um grande médico, um grande educador. Não vejo futuro nessa administração, São Paulo se auto administra como pode, o Poder Publico é uma lástima, não ajuda e faz tudo para atrapalhar.

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bullitt
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#93 Mensagem por bullitt » 22 Jul 2009, 17:40

Carnage escreveu:Além da lotação, defeitos constantes e atrasos cada vez maiores, existem outro problemas enfrentados por quem usa o metrô:

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ul ... 7382.shtml
20/07/2009
Faltam banheiros para passageiros do metrô
Gilberto Yoshinaga
do Agora

Sou favorável a não ter banheiro no metrô mesmo. Isso é de menos. Pego transporte público há mais de 20 anos e se usei o banheiro do metrô umas três vezes foi muito. Se você for ver, no Shopping Light, no centro de São Paulo, há cobrança de tarifa de uso do banheiro. É absurdo, mas necessário. Mesma coisa em terminal rodoviário. Simples motivo: O pessoal é PORCO e SEM NOÇÃO. Cagam até no chão. Além disso o banheiro deve atrair bichas e drogados.

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Vlad_Vostok
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#94 Mensagem por Vlad_Vostok » 22 Jul 2009, 19:18

Carnage escreveu:O metrô seria a melhor solução para o trânsito em São Paulo ou em qualquer cidade.

As extensas propagandas do governo estadual de São Paulo, tanto na televisão quanto dentro dos próprios trens na forma de cartazes, dão a idéia de que o governo está fazendo muito e que com isso a situação caótica que a superlotação do metrô estabeleceu está melhorando. Enganação pura! Eu que pego metrô todos os dias pra ir trabalhar num dos trechos mais movimentados tenho visto a situação piorar a olhos vistos, já chegando muito perto de ser insustentável. Mesmo que o governo do estado cumpra todas as promessas que fez para o metrô até o final do corrente mandato (o que parece improvável dado o grande atraso de obras que farima mesmo alguma diferença) o impacto deve ser somente o de transformar uma situação precária em apenas muito ruim.
O PT é responsável pela situação caotica do metrô. Muitas coisas acontecem no submundo da politica .

Esse Serra é bom mesmo hein !!! Não tem papas na lingua. Acho que vou votar nele pra Presidente.
05/06/2008 - 18h31
Fonte: Folha Online

Serra acusa PT de usar contratos do Metrô para fazer campanha e critica Marta
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quinta-feira que o PT é contra a ampliação do Metrô na capital paulista e que faz tudo para atrapalhar o Estado.

Segundo ele, a prova que os petistas jogam"no quanto pior, melhor" é que a ex-prefeita Marta Suplicy não investiu nenhum tostão furado em Metrô quando administrou São Paulo.

"O PT é contra o Metrô. Sempre foi. A prova é que a prefeita Marta Suplicy não botou um tostão furado no Metrô. E agora estão procurando criar notícia de imprensa como parte de campanha eleitoral", disse Serra.

Questionado se o PT faz de tudo para inviabilizar obras do Metrô, Serra respondeu que há "ciumeira" e que "fazem tudo para atrapalhar". "É ciumeira. Tudo o que eles puderem atrapalhar, vão atrapalhar. Sempre jogaram. Não vão mudar em São Paulo. O que eles puderem jogar no quanto pior, melhor, eles jogam fanaticamente."

As declarações de Serra acontecem depois da bancada do PT na Alesp (Assembléia Legislativa de São Paulo) acusar o Metrô de ter firmado um contrato com a multinacional Alstom sem determinar o prazo para o término e nem o valor da obra. O contrato, segundo informa o partido, foi assinado em 1994 e teve como objetivo a reforma e a ampliação de um centro de controle operacional da companhia.

Em documento do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo analisado pela bancada do PT, o contrato previa apenas um valor estimado, sem prazo de término definitivo, o que contrariaria a Lei de Licitações. De acordo com os petistas, o contrato teve a duração de 13 anos.

O contrato durou até dezembro de 2006 e teria custado ao Estado cerca de R$ 84 milhões. A assinatura do contrato aconteceu durante o governo Mário Covas.

O líder do PT na Assembléia, Roberto Felício, informa que vai pedir ao Metrô que realize uma auditoria na execução das obras para verificar se o prazo de 13 anos era realmente necessário para a conclusão das obras. Também pretende apurar quanto o Estado pagou efetivamente pela obra.

A bancada ainda tenta emplacar na Assembléia uma CPI para investigar possíveis irregularidades de contratos firmados entre empresas vinculadas ao Estado e a multinacional francesa. O partido informa já ter conseguido 23 das 32 assinaturas necessárias para a instauração da CPI.

A análise da documentação dos contratos da Alstom com o Metrô pelo partido deve ser concluída até a próxima segunda-feira. Os líderes do partido dizem acreditar que, caso as suspeitas de irregularidades encontradas em análises prévias dos documentos se confirmem, dificilmente a base aliada conseguirá barrar a CPI.

REGIANE SOARES

http://www.votebrasil.com/noticia/polit ... tica-marta

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Carnage
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#95 Mensagem por Carnage » 23 Jul 2009, 11:29

Justas as críticas quanto ao PT.

Só que o ilustre governador deveria era criticar também o seu próprio partido, já que em 12 anos dos governos anteriores eles mal consturíram 10 Km de metrô. Menos de 1 Km por ano.
A maior parte das obras que estão sendo feitas agora, a se destacar, a linha 4 amarela, são projetos que começaram no governo anterior, do próprio Alckmin, com verbas já aprovadas inclusive.

Ou seja, do pouco que o Serra vai fazer até 2010, uma parte nem é mérito dele. E ao final, quantos Km de metrô vão ter sido construídos ao se completar 16 anos de PSDB no gonverno do estado?? Muito, mas muito longe dos 8 anos anteiores que foram governados pelo PMDB! Ou seja, em 16 anos, os tucanos não vão chegar nem perto do que o corruptíssimo partido PMDB fez em 8!

Mas se o Serra não toca no assunto, já que acolheu debaixo de sua asa o Alckmin pra tentar apaniguar os ânimos, o Kassab na campanha à reeleição pra prefeitura, tratou de criticar o adversário:

http://www.umes.org.br/umes/noticias.php?ID=616
Kassab culpa Alckmin por atrofia do Metrô-SP e vice-versa
Demos e tucanos não conseguiram construir nem 1 km de linhas em cada ano de governo.

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) criticou os números apresentados por Geraldo Alckmin (PSDB) como supostos investimentos no Metrô de São Paulo. Ele disse que o candidato tucano fez “declarações equivocadas” e foi omisso durante sua gestão. “O Alckmin não deve medir os outros pela régua dele. Por exemplo, em fevereiro de 2002 ele anunciou a construção da Linha 4 e prometeu terminar a obra em 2006. Atrasou tanto e trabalhou tão mal que a obra só vai ficar pronta em 2010”, afirmou Kassab. “Fora os erros de projeto e a omissão na fiscalização”, acrescentou o prefeito, referindo-se ao desabamento da estação de Pinheiros, na Linha 4. (curioso ele atribuir a Alckimin algo que aconteceu já na gestão do Serra! - Carnage)

Geraldo Alckmin, por sua vez, acusou Kassab de também estar mentindo sobre os recursos que a administração do DEM diz ter alocado em obras do Metrô. O ex-governador afirmou que o governo do Estado realizou investimentos sem a colaboração da prefeitura municipal. Kassab rebateu afirmando que investiu R$ 1 bilhão nas obras do Metrô durante sua gestão. Mas, segundo o candidato tucano, o prefeito não desembolsou mais do que 27% desse valor, o que equivaleria a pouco mais de R$ 60 milhões por ano.

“O objetivo não é a crítica, o objetivo é colocar o fato”, disse Alckmin. “Até agora, o que foram capitalizados foram somente R$ 275 milhões. Ótimo se a prefeitura colocar R$ 1 bilhão”, acrescentou.
Perguntado se Kassab havia se enganado quanto ao investimento no Metrô, Alckmin levantou a hipótese de que “talvez ele esteja dizendo que vai colocar mais”.

A troca de acusações entre os dois candidatos acabou revelando à opinião pública que muito pouco tem sido feito tanto por tucanos quanto por pefelistas para a ampliação do Metrô. Após 13 anos no comando do Estado, os últimos quatro comandando também a prefeitura de São Paulo, os demo-tucanos finalizaram pouco mais de 10 quilômetros de metrô.

Só para efeito de comparação, na administração anterior à do PSDB, capitaneada pelo PMDB, foram construídos pelo governo do Estado 34 km de linhas de metrô em oito anos, o que perfaz um ritmo de mais de 4 km por ano. Enquanto que no governo Alckmin esse ritmo não chegou nem a 1 km por ano. Outro problema dos tucanos é que, além de construírem pouco, onde o fizeram, como no caso da Linha 4, as obras foram entregues aos consórcios privados e apresentaram os resultados desastrosos que toda a população já conhece. (...)
Difícil levar a sério a boa intenção do PSDB ao criticar o PT com um histórico pregresso destes...

A conclusão que se pode tirar no máximo é que nenhum dos dois é opção que faça.

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#96 Mensagem por Carnage » 27 Jul 2009, 09:22

Hoje de manhã, na televisão, presenciei uma cena patética! Implantaram hoje a restrição aos fretados e vários bolsões foram definidos para que os fretados estacionem fora do centro expandido e descarreguem os passageiros pra que estes peguem o abarrotado metrô ou os lentos e espremidos ônibus e lotações.

O ridículo foi que o secretário dos transportes do Serra teve a idéia imbecil de ir até o bolsão perto da estação do metrô do Ipiranga, pra fazer não sei o quê!! Não sei o que ele esperava que acontecesse, mas o que aconteceu foi que ele foi cercado por um grupinho de usuários de fretados irritados que começaram a xingá-lo e a gesticular ameaçadoramente. O patético foi o secretário correndo pra seu carrão luxuoso, morrendo de medo, entrando nele, que foi cercado pelas pessoas, batendo na lataria, e ele saiu correndo! Fugiu! Foi escorraçado! :lol:

O que ele esperava que acontecesse? Que todo mundo ia cumprimentar ele pela brilhante idéia??
Foi ridículo!

Esse pessoal do PSDB é muito burro e incompetente!

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=14894
Chuíça (*): política de transportes é um desastre
25/julho/2009 12:33
Um ônibus equivale a 35 carros. Menos na Chuiça ...



O Conversa Afiada reproduz artigo escrito pelo amigo navegante Homero:

Homero M Martins

PHA, como leitor e admirador, tomo a liberdade de lhe enviar texto que escrevi ontem, sob inspiração de algumas horas de congestionamento a que sou submetido, quando tenho de viajar a trabalho.
Saudações cordiais, Homero


Mais uma pérola da paulicéia
Homero Moro Martins
Antropólogo e servidor público federal

Já estamos meio cansadinhos de falar do autoritarismo das governanças paulistas e paulicéias. Até aí, nenhuma grande novidade. O que realmente me consterna na política serrakassabiana é essa ululante mania de, seja lá do que se trate, extrapolar todas as fronteiras do bom senso. A lei antifumo, por exemplo: não basta não permitir o cigarro em lugares fechados (e até aí estamos, claro, dentro das fronteiras da razoabilidade): sabiam vocês que não se poderá fumar mais sob toldos na calçada? Imagino que, pela mesa lógica, um tabagista estará confinado a abandonar o eventual hábito de vestir chapéu panamá, ou usar um guarda-chuva em dias cinzentos, sob pena de infringir a lei.

Fumará debaixo da garoa, enquanto as águas celestes permitirem manter a brasa acesa.
Mas deixemos a norma antitabagista para lá, porque há um quê de fundamentalismo direcionado nos dois lados desse debate, e, afinal, não é disso que se quer tratar. No momento, acredito que o tema mais caro a esta cidade é o absurdo, estapafúrdio veto à circulação dos ônibus fretados num raio de setenta quilômetros quadrados do centro da cidade.

Trabalho numa autarquia onde cerca de uma a cada três pessoas vive em alguma cidade próxima à capital e depende dos fretados. Todos eles têm poder aquisitivo para virem ao trabalho com seus próprios autos, mas optam por um meio mais econômico, confortável, viável para a cidade. Não poderão mais fazê-lo a partir da próxima segunda-feira, ou dependerão de um novo e longo deslocamento para tanto.

Mas não se trata somente de gente que mora fora. Pensemos numa figura que viva, digamos, em São Mateus, e dê um trampo lá na Faria Lima. Há dezenas de empresas em São Paulo que oferecem os fretados para estes trechos infindáveis dentro da própria cidade. Em cada um destes busões, quarenta pessoas que preferiram deixar seus carros em casa, ou não se submeter às penosas condições de ônibus e trens nas franjas da região metropolitana.

Dependendo do transporte público, um trajeto como este aí de cima pode levar até três horas. Com o fretado se gasta uma, uma e meia. Sem ele, a alternativa é comprar na prestação uma Brasília ou um Monza hatch e ir levando, até o carburador quebrar, no meio da Marginal Tietê.

Marginal esta que terá – ora, vivas! – mais três faixas completamente congestionadas a partir do ano que vem, à bagatela de centenas de milhões de reais de dinheiro público. Um investimento tão estúpido quanto calamitoso, porque só reitera a direção tomada pela cidade: incorporar às políticas públicas a indignação da elite média paulistana, direcionada a todos estes pretensos estorvadores da “fluidez do tráfego” – caminhões, ônibus fretados, motoboys, o 147 quebrado do cara que sai de Guarulhos pra trabalhar em Interlagos…Ora, desentupa-se a Marginal de todos estes trabalhadores, às favas com suas obrigações, e deixemo-na livre (livre?) para nosso autos equipados com ar condicionado, emipetrêis, insufilme e, claro, quatro assentos de passageiro desocupados.


Tudo para o nosso conforto

Esse é o quadro: frente à timidez dos investimentos estatais em transporte público, são ceifadas as opções razoáveis à falta de transporte público. Dá pra entender? Acontece (e será à toa que os tucanos estão há tanto tempo no poder por aqui?) que há uma perfeita sincronia entre esta ideologia solipsista de civilização da elite média em São Paulo e seus governantes.

Olhando sempre, e de modo insofismável, para os seus próprios umbigos, amparados pelos agrados do poder público e pela leitura semanal da Veja São Paulo (a “vejinha”, olha só a intimidade), esses pretensos cidadãos acreditam construir o seu jardim do Éden, ao mesmo tempo em que atestam o que um velho barbudo proto-alemão já contava no século dezenove: a ideologia dominante de uma sociedade é a ideologia da sua classe dominante – e pouco importa aqui se veio primeiro o ovo ou a galinha, as idéias ou as bases de sustentação econômica do universo social. Importa, sim, que em São Paulo esse mecanismo nefasto está criando um movimento, digo, uma política pública, legitimada e fundada na anticidadania – porque diferencia trabalhadores segundo seus meios de transporte, com o ônus daqueles que optam pelo mais racional e lógico para uma cidade atolada em carros. Como tem se tornado praxe por aqui, estamos quilômetros além dos limites do bom senso.


(*) Chuíça: é como a elite branca de São Paulo gostaria que o resto do Brasil pensasse que São Paulo é: o dínamo econômico que é a China e a beleza que é o IDH da Suíça.

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#97 Mensagem por Carnage » 27 Jul 2009, 11:34

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... EM+SP.html
27/07/09 - 07h48 - Atualizado em 27/07/09 - 07h48
Passageiros de fretados cercam carro de secretário em protesto em SP

Eles são contrários às restrições que começaram nesta segunda (27).
Confusão ocorreu na estação Santos-Imigrantes do Metrô.

Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo

Passageiros de ônibus fretados que não concordam com as restrições ao transporte na capital paulista cercaram o carro do secretário Municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, na estação Santos-Imigrantes do Metrô, na Zona Sul, por volta das 7h desta segunda-feira (27).

Veja o site do Bom Dia São Paulo

Os manifestantes agrediram verbalmente o secretário e bateram no carro dele. Moraes deixou o local logo em seguida. Ele havia ido até a estação para acompanhar a implantação das mudanças neste primeiro dia de funcionamento da Zona Máxima de Restrição de Fretados (ZMRF) formada pelas marginais Pinheiros e Tietê, avenidas dos Bandeirantes, Ricardo Jafet e do Estado.

O motorista flagrado em situação irregular terá de pagar multa de R$ 3,4 mil e pode ter o ônibus apreendido. Ele também fica sujeito a multas que variam de R$ 53,20 a R$ 85,13. As penalidades valem a partir desta segunda, mas os fiscais devem priorizar a orientação na primeira semana.

Novas linhas

A Prefeitura criou novas linhas para atender os passageiros dos fretados. (...)

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... BALHO.html
27/07/09 - 08h50 - Atualizado em 27/07/09 - 10h04
Passageiros de fretados reclamam de atraso na chegada ao trabalho

Eles ameaçam deixar de usar transporte coletivo.
Filas de ônibus ocupavam três quarteirões em bolsão de desembarque.

Paulo Toledo Piza Especial para o G1, em São Paulo

Passageiros que utilizam o transporte coletivo privado reclamaram da nova Zona Máxima de Restrição de Fretamento (ZMRF), que passou a valer na manhã desta segunda-feira (27) em São Paulo. Pessoas ouvidas pelo G1 disseram que a mudança, além de alterar os itinerários, provocou atraso de até 45 minutos na chegada ao trabalho.

A ZMRF limita a circulação de ônibus fretados em um minianel de 70 quilômetros quadrados de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h. A área é limitada pela Marginal Pinheiros, Avenida Roque Petroni Jr., Avenida Vereador José Diniz, Avenida dos Bandeirantes, Avenida Professor Abraão de Morais, Avenida Ricardo Jafet, Avenida Tereza Cristina, Avenida do Estado, Rua Sérgio Tomás, Rua Marquês de São Vicente, Avenida Antártica, Avenida Sumaré, Avenida Paulo VI, Rua Teodoro Sampaio e Avenida Prudente de Morais.

Ao longo dessa região, a Prefeitura delimitou em 13 o número de bolsões de embarque e desembarque de passageiros. Em um dos mais movimentados, o da Avenida dos Bandeirantes –que, apesar do nome, está localizado na Rua Alvorada-, a fila de veículos fretados chegava a ocupar três quarteirões. “Fiquei vinte minutos só nessa confusão”, reclamou a contadora Bianca Paulina, de 30 anos.

Vinda de Cotia, na Grande São Paulo, a mulher afirmou que terá de caminhas por cerca de 1 km para chegar ao trabalho. “Antes [da zona de restrição], ficava bem perto”, acrescentou.

Além do desconforto de ter de ir a pé ao trabalho, a segurança também motivou reclamações por parte de passageiras. “Terei de caminhar mais 1 km de noite até o bolsão, quando sair do trabalho”, disse a contadora.

Confusão

Muitos passageiros que desciam nos bolsões diziam-se confusos com a nova restrição. Um deles era o analista de sistemas Cleber Zorzi, de 32 anos. Precavido, imprimiu um mapa da região para facilitar a chegada ao trabalho. Isso, porém, não ajudou muito. “Trabalho no Brooklin e tenho que pegar um ônibus na [avenida] Santo Amaro”, disse.

E não foram só os passageiros que se mostraram confusos com a medida. O motorista do fretado em que viajava o coordenador administrativo Daniel Carvalho, de 26 anos, se perdeu no trajeto até o bolsão localizado próximo à Estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). “Ele levou duas multas por causa disso”, lamentou.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que, para evitar situações como essa, colocou 114 faixas pela cidade, distribuiu 50 mil folhetos explicativos e destacou uma equipe exclusiva para atender dúvidas sobre o fretamento (telefone gratuito 1188).

Menos passageiros

A diminuição do número de passageiros utilizando os fretados chamou a atenção de quem usa esse tipo de transporte nesta segunda. “Desciam quatro pessoas na [Avenida] Faria Lima. Hoje, elas não vieram no ônibus”, contou a assistente administrativa Lílian Moura, de 25 anos.

O abandono do transporte coletivo foi a opção mais levantada pelos passageiros ouvidos. “Se continuar assim, irei de carro”, disse a tecnóloga financeira Débora Biazzin, de 27 anos. “Serão muitos carros a mais na rua”.

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#98 Mensagem por Carnage » 27 Jul 2009, 17:03

Zé Pedágio é um gênio: Ele arma um “Caracazo” em SP
27/julho/2009 12:09

. A política de transportes públicos em São Paulo é um desastre.

. Um desastre construído em quinze anos de administração demo-tucana.

. O trabalhador leva duas horas para chegar ao trabalho.

. E duas horas para voltar do trabalho.

. O metrô é ridiculamente insuficiente e um inferno para o passageiro.

. Clique aqui para ler: transporte público em São Paulo é um desastre

. E aqui para ler o que aconteceu com o secretário de Kassab que ousou sair às ruas

. A solução de Zé Pedágio é malufiana: contratar empreiteiros para construir estradas e pontes.

. O Rodanel, também conhecido como “Roboanel”, é uma obra que os demo-tucanos não conseguem terminar, e é tão cara quanto a Avenida Águua Espraiadas, constrída por Maluf, e que Marta Suplicy chamou de “jornalista” Roberto Marinho.

. Não é à toa que São Paulo não tem uma avenida com o nome de Getúlio Vargas e pontes e viadutos com nome de empreiteiro …

. Só tem uma saída para o caos crescente e crescentemente insuportável de São Paulo: cobrar pedágio dos motoristas particulares que entrarem no centro expandido e com o dinheiro acelerar obras do metrô.

. Fora disso é “populismo transportal” (*).

. Zé Pedágio é incapaz de tomar uma atitude que revele destemor, coragem política.

. Ele opera pelas costas …

. Clique aqui para ler a denúncia do Conversa Afiada: armam uma pesquisa para derrubar a popularidade de Lula

. Vote aqui na trepidante enquete: quem lerá a pesquisa fajuta ?

. Porque não tem coragem política, Zé Pedágio jamais dirá: caro amigo da elite branca, agora, quem quiser entrar no centro vai ter que pagar dois dólares por vez, porque vamos financiar o metrô.

. Resultado: cada dia, Zé Pedágio e seu poste na cidade de São Paulo colocam um tijolinho na construção de um “Caracazo”.

. Leia sobre o Caracazo

. As grandes tragédias urbanas começam na política de transporte.

. Na Caracas do tucano Carlos Andrés Perez, foi o acordo com o FMI e o aumento das passagens de ônibus.

. Nos anos militares, quando Antonio Carlos Magalhães fazia e acontecia, ele caiu na asneira de decretar um aumento brutal dos ônibus e tomou uma rebelião que quase quebra Salvador inteira.

. Em São Paulo, se continuar assim …

Paulo Henrique Amorim

(*) No Governo do Farol de Alexandria, Zé Pedágio queria ser Ministro da Fazenda, para governar o Brasil. Por isso, boicotou o Plano Real e o Ministro Pedro Malan. Aos jornalistas que o chamam de “Serra”, ele se referia ao Plano Real como “populismo cambial”. Por causa da supervalorização do Real. Ele jamais disse em público que era contra a supervalorização do Real. Mas, os jornalistas que o chamam de “Serra” não paravam de falar mal do Malan … É assim que opera o nosso Putin. Clique aqui para ler o que Nassif escreveu sobre o naufrágio de Serra

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#100 Mensagem por ZeitGeist » 28 Jul 2009, 16:47

Já falei várias vezes, politico anda de carro importado e blindado :shock:, no caso do secretário dos transportes é uma mercedes de uns $300k no mínimo. Sou à favor de criarmos um EITA-Brasil, uma mistura de ETA e IRA, os politicos acham que podem fazer o que quiserem com nossas peles, a única maneira de consertar as coisas e juntar todo mundo e pendurarmos essa turma pelos pés :twisted:!

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#101 Mensagem por Carnage » 29 Jul 2009, 10:37

29/07/2009 - 06:27
A confusão dos fretados

Da Folha
Kassab recua e libera fretados na Berrini


Mudança foi anunciada um dia após protesto de usuários contra a restrição aos ônibus fretados fechar a marginal Pinheiros

Secretaria diz que foi um “aperfeiçoamento” e que medida foi tomada porque a região não é atendida por linhas de metrô

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após o protesto que parou a marginal Pinheiros no início da noite de anteontem, a gestão Gilberto Kassab (DEM) recuou e decidiu liberar a circulação de ônibus fretados na avenida Luiz Carlos Berrini (zona sul). Antes, os veículos só podiam fazer paradas na marginal Pinheiros, próximo à estação Berrini da CPTM.

A partir das 17h de hoje, os fretados poderão parar em oito pontos da avenida (quatro de cada lado) -até a semana passada, os veículos paravam em qualquer trecho da via.

Permanece, no entanto, a restrição nos demais pontos da área de cerca de 70 km2 em vigor desde anteontem para ônibus fretados que não tenham autorização especial de circulação, inclusive nos polos financeiros das avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima.

Ontem, a prefeitura enfrentou mais protestos -de usuários de fretados na avenida Doutor Arnaldo (zona oeste) e de moradores de uma travessa da Berrini, que passou a ser usada para embarque e desembarque de passageiros desses veículos.

Mas o trânsito, segundo o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, apresentou melhora significativa nos índices de lentidão. Ontem, pela manhã, a média do congestionamento foi 36% menor em relação às outras terças de julho.

O secretário disse que a decisão foi tomada porque na região não há metrô. Até então, Moraes afirmava que não havia necessidade de liberar fretados na Berrini porque os usuários só teriam de andar 40 ou 50 metros. O próprio prefeito Kassab afirmou ontem, em Brasília, que não voltaria atrás porque a medida é “muito positiva” e “necessária”.

Moraes não falou em recuo. Disse apenas que estão sendo feitos “aperfeiçoamentos” e lembrou que o mesmo ocorreu no ano passado, quando foi implantada a restrição de acesso dos caminhões em parte do centro expandido.

O secretário disse que não houve falha de planejamento. “Você faz o planejamento macro e vai acompanhando o desenvolvimento do trânsito. No caso dos caminhões, as empresas colaboraram. No caso do fretamento, as empresas colaboraram menos.”



Comentário

São Paulo permanece sem um modelo viário decente. Aliás, o trânsito de Nova York só melhorou quando o avanço das telecomunicações permitiu a migração de empresas de serviço e de consultores para cidades vizinhas. Mas qual a vocação de São Paulo? Como descentralizar a megalópolis?

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#102 Mensagem por Carnage » 29 Jul 2009, 10:50

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=15062
“Jestão” Serra: menos transporte coletivo, mais 36 mil carros na rua

28/julho/2009 18:40

Protestos devem se repetir

João Miguel: protestos devem se repetir

São Paulo vive um grande contra-senso: a administração municipal retira transporte coletivo da cidade e, consequentemente, aumenta o número de carros nas ruas. Essa é a opinião de Jorge Miguel dos Santos, diretor-executivo do Transfretur – o sindicato dos ônibus fretados da capital.

“Novas manifestações de usuários deverão ocorrer hoje”, afirma Santos. Segundo ele, a revolta das pessoas que foram prejudicadas com a restrição na circulação dos ônibus fretados é espontânea. “O sindicato não estimula isso. Mas é óbvio que quando começa a acumular 300 a 500 pessoas por mais de uma hora, na Estação Sumaré do Metrô, por exemplo, há uma reação delas”, disse.

Em entrevista a Alberto Ramos, editor do Conversa Afiada, o diretor do sindicato disse que a negociação com a prefeitura tem sido difícil. Segundo ele, uma pesquisa encomendada pelo sindicato indica que cerca de 50% dos usuários de fretados devem optar por usar o automóvel. Isso significa mais 36 mil carros nas ruas no horário de pico.

“O número deve ser até maior do que 36 mil. Quando a prefeitura diz que tira ônibus fretados para melhorar o trânsito, ela passa uma mensagem para as pessoas: ‘saiam de casa de carro que o trânsito está melhor’, mas não é nada disso”, afirma.

O sindicato também tenta negociar solução para outros problemas. Um deles é a contratação de fretados por empresas que bancam o transporte de seus funcionários. A norma da prefeitura determina que só serão autorizadas as companhias que possuem estacionamento próprio para o embarque e desembarque. “Verificamos que há apenas duas empresas na cidade que atendem a esses requisitos”, disse Santos.

Outra dificuldade ainda não resolvida é a do transporte eventual. A cidade de São Paulo realizada cerca de 80 mil eventos por ano, que dependem do serviço de fretamento de ônibus. “Hoje mesmo temos um congresso de cirurgia no Hotel Transamérica. Há dois mil participantes espalhados pela cidade e não temos como buscá-los”, completou.

Ouça a íntegra da entrevista com João Miguel dos Santos, diretor-executivo do Transfretur (no link acima)

Em tempo: o jornal nacional fez o que o Zé Pedágio mais queria: como não podia evitar mais uma noite de caos no trânsito, botou a culpa nos ônibus fretados e não disse que para cada ônibus fretado que deixa de circular, 20 carros individuais entopem as ruas de São Paulo. Uma mão lava a outra. O jornal nacional ajuda o Serra e o Serra faz o que o jornal nacional manda: alarme com a gripe suína.

Viva o Brasil !
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=15040
Kassab de helicóptero. Os outros, de metrô

28/julho/2009 15:58

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/w ... assab2.jpg
No alto, Kassab usa helicóptero da PM; acima, o povo no metrô

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do amigo navegante Wu Meng Feng:

PHA:

Olhe a diferença que o prefeito trata a população que tenta de certa forma “pagar” por um pouquinho de conforto com os fretados e agora aniquilado pelo Taxab. Mas ele como bom demo/PSDB não precisa de usar o pessimo metro ou onibus coletivo que a maioria do povo precisa. Claro ele usa Helicoptero da PM!!!!!!!!!!!!!!?????? para trabalhar?????????????

é a política da Elite tudo pode..isso por que sou estrangeiro naturalizado….

Abraços

Wu Meng Feng

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Vlad_Vostok
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#103 Mensagem por Vlad_Vostok » 29 Jul 2009, 19:46


12/06/08 - 16h43 - Atualizado em 17/06/08 - 10h42
Marta anda de metrô fora do pico e acha ‘confortável’

Ex-prefeita disse que escolheu horário mais calmo devido a presença de jornalistas.
Petista rebateu declaração de Alckmin: 'Será que ele nunca se arrependeu de nada?'

Roney Domingos Do G1, em São Paulo

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy fez uma viagem de metrô entre a estação Tatuapé, na Zona Leste, e a estação Alto do Ipiranga, na Zona Sul. Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta conversou com vários passageiros e ouviu reclamações.

“Viemos fora do horário de pico e achei que estava confortável. As moças que estavam do meu lado, falaram que não adianta vir agora e que tem de vir às 18 horas, quando a gente é empurrada.” Marta disse que escolheu o horário mais calmo por conta da quantidade de jornalistas que a acompanha.

Na estação Alto do Ipiranga, Marta mostrou a um comerciante o mapa do projeto que sua equipe estuda implementar em São Paulo. “O Alckmin acabou até aqui, no Alto do Ipiranga. Então, toda a favela de Heliópolis ficou fora. A gente está propondo levar até Sapopemba.”

Marta afirmou que é possível concluir esse trajeto até 2012 e levar o metrô até a Vila Maria, na Zona Norte, até 2014. Apontando para a estação Sé no mapa, a ministra atacou. “A proposta dos tucanos é sempre ficar no miolinho. A nossa é expandir”, disse.

A petista rebateu o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) que, na manhã desta quinta-feira, em entrevista à rádio CBN, atrelou o nome de Marta à aprovação do novo tributo para a saúde, a CSS (Contribuição Social para a Saúde), aprovada na quarta (11) pela Câmara.

“Acho que a saúde precisa de auxílio. Será que ele nunca se arrependeu de nada? Nem do metrô?”, questionou. Marta acrescentou que, segundo o que ela sabe, o governador José Serra e vários outros governadores apoiaram porque sabem as condições da saúde.

Beijinhos no rosto, apertos de mão, fotos pelo celular e confissões ao pé do ouvido. Vestida de colete verde, camisa branca e bolsa preta A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT) ganhou tratamento de estrela em sua viagem de Metrô entre as estações Tatuapé, na Zona Leste, e Alto do Ipiranga, na Zona Sul. Antes mesmo de passar pelas catracas, Marta foi abordada por dezenas de passageiros, que pediram autógrafos e tiraram fotos com o celular.

A menina Somaia, de cinco anos, fez a pré-candidata fazer pose para a câmera do celular, enquanto a mãe dela, Maria Mohamed, pedia a Marta para visitar o Lar de Nazaré, que atende crianças com necessidades especiais como sua outra filha ainda de colo, Soraila.

Marta passou pelas catracas e parecia ainda meio desorientada sobre o caminho a pegar para chegar à plataforma. Outras duas senhoras a abordaram e ofereceram um curso de culinária gratuito. "Daqui a pouco crio coragem e faço também porque estou bem precisada", respondeu a candidata.

Na viagem entre o Tatuapé e a Estação da Sé, Marta conversou com a descendente de espanhóis Encarnación Rentas Iglesias, de 79 anos, moradora nas imediações da estação Guilhermina-Esperança. Ela disse à prefeita que o Metrô é bom, mas acrescentou que não uso o transporte no horário de pico, porque não consegue entrar nos trens. Marta se espantou com a idade dela e aplaudiu. Ela disse a Marta que está bonita. "Nem conhecia. Está mais jovem", afirmou.

Baiana de Ilhéus, eleitora em São Paulo, a tímida Diozane Oliveira, de 22 anos, fez menção de levantar-se quando soube que Marta sentaria ao seu lado, mas desistiu. "Foi muito inusitado, não estava esperando', afirmou. A aposentada Ana Maria, de 57 anos, gostou. "É importante que ela tenha voltado para conhecer melhor a cidade. A cidade está muito necessitada de transporte", afirmou.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0 ... TAVEL.html

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srmadruga
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#104 Mensagem por srmadruga » 30 Jul 2009, 14:31

O sistema de transporte público é tão bom que nao precisamos de ônibus fretado.....

$$$$$$
Kassab restringe área de circulação de ônibus fretados em São Paulo

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo criou uma área de 70 quilômetros quadrados de restrição para a circulação dos ônibus fretados. A proibição terá um horário específico: de segunda-feira à sexta-feira, das 5 horas às 21 horas.

Os fretados serão desviados para o sistema público de transporte, por meio de 13 pontos de embarque e desembarque criados em estações de trem, metrô e Expresso Tiradentes. Também serão criadas sete linhas especiais de ônibus, de modo a complementar o sistema viário e oferecer opções aos cerca de 48 mil usuários de fretado atingidos pelas mudanças.

O anúncio foi feito pelo secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, e pelo prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e é a medida principal que a prefeitura adotará para regulamentar o transporte fretado na capital. Segundo Morais, os usuários foram ouvidos e se mostraram favoráveis à medida.

"São Paulo, com 11 milhões de habitantes, cada vez mais precisa ser regulamentada e organizada. E o transporte de fretados era um desses setores [que precisavam de regulamentação]. Não é uma ação da Prefeitura contra os fretados, mas para organizá-los. Essa solução apresentada busca conciliar o conforto das pessoas que usam o transporte fretado com o bom andamento do transporte público", declarou Kassab.

Os fretados poderão circular nas seguintes vias, que delimitam a área de restrição: avenida Ricardo Jafet, avenida Professor Abraão de Moraes, avenida Afonso d´Escragnolle Taunay, avenida dos Bandeirantes, avenida Vereador José Diniz, avenida Roque Petroni Jr., avenida das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), avenida Professor Frederico Hermann Jr., avenida Pedroso de Moraes, rua Cardeal Arcoverde, avenida Sumaré, avenida Auro Soares de Moura Andrade, avenida Marquês de São Vicente, rua Norma Gianotti, rua Sérgio Tomáz, avenida do Estado e avenida Tereza Cristina.

Pontos de embarque e desembarque

Os 13 pontos de embarque e desembarque, ao longo das vias que delimitam a área de restrição aos fretados, estão:

-Nas estações do Metrô: Imigrantes, Jabaquara , Conceição, Sumaré, Barra Funda e Belém
-Nas estações da CPTM: Morumbi, Berrini, Cidade Jardim, Hebraica/Rebouças, Pinheiros e Cidade Universitária
-Na estação Sacomã do Expresso Tiradentes


Linhas especiais

Nos pontos de embarque e desembarque há oferta de transporte público, mas para as regiões onde não há conexão direta com os destinos mais procurados, segundo a prefeitura de São Paulo, foram criadas sete linhas especiais, que vão funcionar apenas nos dias úteis, pela manhã no período entre as 5 e as 9h e, durante a tarde, entre as 16h30 e as 21h. As novas linhas são:

-Gasômetro - Paulista (Via Alameda Santos)
-Paulista - Gasômetro (Via S. Carlos do Pinhal)
-Metrô Belém - Berrini
-Metrô Imigrantes - Chácara Sto. Antônio
-Metrô Imigrantes - Faria Lima
-Metro Jabaquara - Berrini
-Metrô Vila Madalena - Berrini

Exceções

De acordo com a prefeitura, devem ficar livres da restrição, inicialmente, os veículo que prestam os seguintes serviços:

-Escolar: passageiros destinados a escolas, cursos e universidades;
-Turismo: passageiros destinados a visitas a monumentos históricos, museus, locais públicos, restaurantes, casas de shows e pontos turísticos em geral;
-Seminários: passageiros destinados à participação em feiras, seminários, simpósios, exposições e afins;
-Religião: passageiros destinados à participação em cerimônias, rituais, marchas e eventos religiosos em geral;
-Hospedagem: transporte destinado a acomodação em hotéis;
-Cultura: transporte destinado a atividades de lazer e cult
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... 20920.html

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#105 Mensagem por Carnage » 04 Ago 2009, 12:35

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... coletivos/
02/08/2009 - 16:39
A guerra dos coletivos
Por Jura


Promotoria apura problemas nos ônibus regulares e na restrição a fretados

Publicado em: 31/07/2009 - 18:05

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/8863

Duas iniciativas diferentes do Ministério Público visam investigar a atuação da prefeitura de São Paulo em relação ao serviço de ônibus coletivo e de veículos fretados.

A promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo Cláudia Maria Beré determinou a abertura de um inquérito civil para apurar se há ilegalidades na portaria que restringiu a circulação dos fretados. De acordo com a promotora, a restrição na área de 70 km2 no centro contraria o Plano Diretor Estratégico da cidade, que prevê a priorização do transporte público sobre o individual. O PDE também determina no artigo 84 que a circulação dos fretados deve ser regulamentada e não suprimida.

Por meio de nota a Secretaria Municipal de Transportes afirmou que ainda não tem conhecimento do inquérito, “porém, como sempre, vai colaborar com o Ministério Público”.

Já o promotor Saad Mazloum, da Promotoria do Patrimônio Público e Social, requisitou a peritos do Caex (Centro de Atividades Extrajudiciais), órgão do Ministério Público, que realizem vistorias na frota de ônibus da capital paulista. O objetivo é apurar se há falta de limpeza, excesso de velocidade e superlotação nos veículos. As vistorias serão realizadas sem aviso prévio e de forma sigilosa em dias e horários alternados.

O promotor Mazloum está investigando também se há falhas no cumprimento de horários e itinerários dos coletivos em São Paulo. Desde maio, o promotor mantém um blog e um perfil no twitter para receber as reclamações e informações dos usuários sobre o serviço de ônibus na cidade. Em fevereiro, Mazloum instaurou inquérito civil público para apurar supostas irregularidades nas linhas dos coletivos da capital, a partir da denúncia de um usuário sobre atrasos e superlotação na linha 8594-10 (Praça Ramos de Azevedo-cidade D´Abril).

A Secretaria Municipal de Transporte e a SP Trans foram procuradas para se manifestar a respeito das investigações mas não deram retorno.

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/8863

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... de-onibus/
04/08/2009 - 10:00
O poder político das empresas de ônibus
Por Andre Araujo


Os transportes coletivos urbanos no Brasil poderiam ser um ramo moderno, eficiente e lucrativo, administrado racionalmente por empresas de capital aberto, como as estradas paulistas. O setor é dos mais atrativos porque tem uma receita previsivel, à vista. Porque isso não acontece? Porque há uma parceria corrupta entre empresas mafiosas e o poder publico municipal de todo o Pais, aonde as concessionarias são as maiores financiadoras da politica municipal. Para operar dessa forma, os concessionários são empresas com contabilidade suspeita, alaranjadas, costumam não pagar impostos e previdencia, são campeões de infrações trabalhistas, os donos são empresários-bacalhau, individuos espertissimos, semi-analfabetos, ousados, o que faz do setor nacionalmente um ramo fronteiriço, faz mais parte da economia informal do que da formal.

O setor é dominado por cinco grandes grupos e uma dezena de grupos intermediarios. Um mesmo grupo tem concessões de Belem ao ABC, as práticas são iguais, a chave do negócio é a associação com a banda podre da politica municipal, que se beneficia do esquema e é porisso que não interessa mudar nada, o caos é lucrativo.

Grandes empresas bem estruturadas, sérias e modernas nem sonham em entrar nesse ramo que teria tudo para ser interessante para grupos que investem em concessões.; Porque? Porque é preciso operar no esquema da politica municipal e os grupos empresariais mais eficientes do Pais não querem entrar nesse lamaçal.

Enquanto isso, o cidadão passageiro é pèssimamente servido, não há realmente competição, o setor inteiro é um grande cartel, as linhas são acertadas em mesas de restaurantes entre bacalhoadas e vinhos verdes, não há nenhum interesse em melhorar. A mão de obra não é incentivada a evoluir, é explorada ao máximo, as pessoas juridicas no negocio são meras fachadas, os grupos ficaram tão poderosos que tambem tem as revendas que abastecem as frotas, a chave de tudo é a barganha com o poder municipal. É uma cosa nostra nacional e o Brasil das cidades grandes e médias paga um pesado preço por esse arreglo politico-empresarial, que vem de longe.

Em tempo, o transporte coletivo nas grandes cidades do mundo em geral é,estatal, como em Nova York , Paris e Londres.

Como resolver, se o Governo quiser? Montar um sistema nacional de regulação desse setor, com há no transporte interurbano de passageiros. Poderia ser no Ministério das Cidades. Montar um sistema nacional de autorização e licitação para as empresas concessionarias, exigindo capital minimo, direção profissional, identificação do controle, padrões de onibus e carrocerias. A habilitação nacional de empresas vedará o esquema de “alaranjamento”, que vai deixando pelo caminho mega dividas com a Previdencia, com os empregados e com o fisco.

Limitar a presença de grupos a um numero máximo de cidades.

Exigir a presença dos controladores nas diretorias e folha corrida desses diretores, vetando a presença de laranjas.

Não precisa diagnostico, todo mundo sabe o raio X do setor, basta a vontade politica de reforma-lo.
Um bom sistema de transportes coletivos é fundamental para a melhoria do transito e da qualidade de vida nas grandes e médias cidades brasileiras, aonde vive 80% da população do Pais.

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