Não houve confusão nenhuma, kank. Os números que eu postei antes eram do dia. Estes números estão sendo atualzidos;
No momento, até mesmo o seu número está errado. Aconteceu mais uma morte, agora são 46.
Até o momento houveram apenas três mortes fora do México. Uma no Canadá e duas nos Estados Unidos. A morte no Canadá seria a mais nova.
Parece que a imprensa não está levando em conta uma coisa.
O governo mexicano não divulgou os nomes das vítimas. Acontece que o México está em péssimas condições, com o sistema de saúde falido.
As pessoas que estão morrendo lá são pobres. Que vivem em condições de higine precária e não tem acesso a nada.
Esse texto foi publicado antes da morte no Canadá, por isso fala em duas mortes fora do México.
http://www.viomundo.com.br/opiniao/a-ve ... do-mexico/
A verdadeira tragédia do México
Atualizado e Publicado em 06 de maio de 2009 às 09:47
Ah, a gripe suína. O governo do México se nega a divulgar os nomes dos que morreram, o que permitiria a investigadores independentes constatar o que parece óbvio: morreram os pobres, aqueles que não tem acesso a serviços de saúde de qualidade.
O vírus não parece mais letal que outros vírus de gripe. O escândalo patrocinado pela Organização Mundial de Saúde deu "cobertura" ao governo do México para fazer de uma crise social uma crise causada por um vírus "selvagem", incontrolável, que matou... duas pessoas fora do México. Ora, será que o vírus só mata mexicanos?
Enquanto isso, a verdadeira crise do México não foi parar nas manchetes: a produção de petróleo do país está em declínio, tendo sido reduzida de 3,4 milhões de barris/dia no início de 2005 para 2,4 milhões agora. É indício de que os principais poços do país entraram em declínio. Ou seja, se o México não aproveitou a bonança do petróleo para arrumar a casa, cada vez mais só poderá oferecer a imigração e o narcotráfico como saída para os 100 milhões que vivem abaixo da linha da pobreza.
Gostaria muito que alguns de vocês recuperassem aquelas reportagens da mídia brasileira dos anos 90, que citavam o México como exemplo de sucesso regional. Que diferença uma década não faz. O pior é que os infelizes que patrocinaram o "milagre" mexicano continuam por aí. É a mesmíssima turma da Petrobrax.
Essa matéria foi publicada pelo Vlad, no começo deste tópico:
Brasil não está preparado para alta letalidade de gripe suína, diz infectologista
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia ... i_ac.shtml
O título dava idéia de que essa gripe seria muito letal, apesar do texto não dizer isso exatamente.
Mas até o momento está para se provar a "alta letalidade" desse vírus.
Nos números mais atuais são 2.500 pessoas infectadas, e 46 mortes. Uma letalidade de 1,84%. Um pouco mais alto que a letalidade da gripe comum, que é de 0.5%, mas muito longe da letalidade da gripe espanhola, que chegou a 7%.
Se levarmos ainda em conta o fato da precariedade da situação no México, pode ser que a letalidade numa situação normal seja ainda menor que os menos de 2%. Acho que o grande número de mortes no México puxa esse índice de letalitade pra cima artificialmente.
Nos Estados Unidos, com um total de 896 casos confirmados, aconteceram apenas duas mortes. Isso dá uma letalidade de 0,2%.
http://jbonline.terra.com.br/pextra/200 ... 527228.asp
Sem motivos para pânico
Juvêncio Furtado *, Jornal do Brasil
RIO - Com a confirmação de quatro casos da gripe suína no Brasil, reforça-se a necessidade de manter e até aumentar o nível de alerta e as medidas de controle que o país está adotando. Como os quatro casos são de pessoas que contraíram a doença no exterior, ainda não se pode dizer que a epidemia chegou ao Brasil. Enquanto só houver casos importados, não há razão para pânico. A grande questão é impedir que pessoas que tenham sido contaminadas pelo vírus entrem em contato com outras e disseminem a doença por aqui. Se estas pessoas, de casos já confirmados, forem tratadas, o que não é complicado, a situação é menos grave. Se elas foram isoladas assim que tenham sido identificados os sintomas, o risco é menor. O problema é saber com quem os pacientes tiveram contato no Brasil. É preciso rastrear estes contatos para impedir ou evitar uma eventual disseminação do vírus.
O fato de os casos terem surgido em três estados diferentes – Minas Gerais, São Paulo e Rio de janeiro – também não configura uma epidemia. Pois, segundo as informações oficiais, eles contraíram a doença fora do Brasil. Neste ponto, podemos afirmar que as medidas de controle da entrada de pessoas que vieram do exterior estão sendo eficazes. Se, ao entrarem no país, elas não tivessem sido isoladas, provavelmente a doença já teria se espalhado, o que seria muito mais preocupante. Há, porém, o complicador de que a influenza pode ter pessoas infectadas com poucos sintomas.
Por outro lado, a população deve saber que o grau de letalidade da influenza A não é tão alto como se supunha. O grau de letalidade da gripe espanhola que dizimou milhões era de 7%. Já a gripe suína parece ter uma letalidade menor que 2%, mais alta que a gripe comum, de 0,5%, mas bem menor do que a espanhola.
Por isso, a população não deve entrar em pânico. A pessoa deve procurar atendimento caso tenha sintomas como febre acima de 38 graus e tosse forte. Mas é preciso ressaltar que a doença não vai dizimar a população brasileira. A morte decorrente do vírus da gripe suína ocorre principalmente com pessoas imunocomprometidas, como idosos e crianças muito pequenas, pois a doença pode levar a algumas complicações. A chegada do inverno aumenta o índice de doenças respiratórias, então é natural que vá haver muita confusão e dúvida. Por isso, a Sociedade Brasileira de Infectologia vai colocar disponível no seu site (
www.infectologia.org.br), a partir desta sexta-feira, um manual com orientações para os 350 mil médicos do Brasil. O material vai estar disponível também no site da Associação Médica Brasileira (
www.amd.org.br).
; obviamente a taxa de contaminação importa, pois havendo mais contaminados a taxa de mortalidade se aplica a mais gente. Assim, a continuação do argumento pressupõe um dado difícil de quantificar a taxa de contaminação da gripe suína em relação à da gripe comum, que não é controlada por ser um conjunto de vírus já muito difundido (de fato, quando o Hospital das Clínicas percebe um surto de gripe comum, ninguém quer saber se o vírus veio do México ou do Capão Redondo).