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#91 Mensagem por florestal » 10 Nov 2009, 04:07

O que faltou ser comentado é que esse bando de troglodita da UNIBAN, todos eles, são formados pela chamada educação "libertadora". São 29 anos de hegemonia petista na área da educação e, todos constatamos agora, a educação brasileira é um lixo! O Brasil, no último teste de PISA de 2006, que envolve um determinado número de países a nível internacional, ficou no último lugar. Isso mesmo, último lugar.

Existem professores da UNIBAN que, em uma aula de 50 minutos, falam no nome do Paulo Freire umas vinte vezes. Todo mundo sabe que o Paulo Freire tornou-se uma "muleta" para eleger os candidatos do PT, nada mais tendo a ver suas idéias com os objetivos do PT no poder. Na sociedade do conhecimento em que vivemos o método Paulo Freire é totalmente superado.

Quem entrar no site da UNIBAN vai ver o nome da preposta do PT nessa faculdade, a vereadora pelo PT durante três legislaturas, Adailza Sposati. É uma troca de favor com o governo, a UNIBAN recebe o PROUNI, subsídio governamental ($$$$$) para a educação e, em troca, concede a um preposto petista um cargo na administração da Universidade. É o velho esquema do capitalismo brasileiro, de capitalizar os lucros e socializar os prejuízos. Dinheiro público, meu, seu, nosso, a financiar a péssima qualidade de ensino propiciado por essa faculdade

Já o piso dos professores da educação pública somente foi obtido graças a projeto nesse sentido do senador Cristovam Buarque, que foi defenestrado do governo Lula de forma humilhante. Outra prova que o petismo não está nem aí para a educação é o fato da Marta Suplicy, durante sua gestão na Prefeitura de São Paulo, ter reduzido de 30% para 25% o montante de impostos destinados a educação. Ironia, um partido que se diz de esquerda reduzir a verba para a educação.

O PT tomou conta da educação brasileira e a transformou em correia de transmissão de sua ambição eleitoral, para os petistas o importante é se eleger; educação de qualidade passa ao largo das preocupações petistas.

O resultado todos nós estamos presenciando: um bando de mentecaptos, trogloditas, agindo de maneira irracional ao vaiar uma menina que usa vestido curto. O pior de tudo isso, transformando esse assunto, por força de sua atitude, em uma questão nacional com ampla repercussão nos meios de comunicação.

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#92 Mensagem por florestal » 10 Nov 2009, 05:02

FERNANDO DE BARROS E SILVA

Os linchadores da Uniban


SÃO PAULO - A notícia da expulsão de Geisy Arruda pela Uniban é estarrecedora. O informe divulgado ontem pela direção da universidade, por meio do qual a aluna ficou sabendo da decisão, é um panfleto obscurantista que requer análise. Ele transforma a incitação ao estupro de uma jovem acossada na universidade por algumas centenas de marmanjos em "reação coletiva de defesa do ambiente escolar".

Eis o que conclui a "sindicância" da Uniban: "Foi constatado que a atitude provocativa da aluna buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar, o que resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". Geisy, diz a nota, ensejou "de forma explícita os apelos dos alunos" e foi expulsa por "flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade". O título do informe agrega ao conteúdo um toque de humor negro: "A educação se faz com atitude e não com complacência".


De que educação falam esses farsantes? Devemos chamar essa fábrica de açougueiros de instituição de ensino? Que princípio ético ou dignidade acadêmica podem sobreviver a uma escola que pune a vítima humilhada para respaldar a brutalidade e a covardia de uma turba excitada com a própria fúria?

Como se sentirão agora as garotas que estudam na Uniban? Estarão os rapazes liberados pela direção a agir sempre assim em defesa do "ambiente escolar"?

As cenas são conhecidas: "Pu-ta!, pu-ta!", "vamos estuprar!", "solta ela, professor!". Um aluno chutou a maçaneta da porta da sala em que a moça estava encurralada; outros tentaram colocar o celular entre suas pernas para fotografá-la.

A Uniban invoca um zelo pedagógico que não tem para satisfazer a vontade fascista da maioria e preservar os negócios. Com sua decisão, ela deu chancela institucional aos atos de barbárie praticados em suas dependências. Mais do que isso: ao linchar Geisy, a universidade consuma o serviço que os alunos haviam deixado pela metade.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opinia ... 200903.htm

Estilo redingote
A expulsão da estudante Geysi Arruda da Uniban, agora também chamada de UniTaleban, ganhou sites e jornais do mundo inteiro, sem contar blocos especiais da CNN e na CNN em espanhol. A instituição de ensino de Heitor Pinto e Silva Filho, com cerca de 30 mil alunos, tem cursos de Direito, mas nenhum de seus professores ousou fazer quaisquer comentários sobre a expulsão, à luz dos direitos constituídos. O texto - mais do que surpreendente - divulgado e até publicado como matéria paga, teria sido mesmo de Heitor Pinto e Silva Filho, o todo-poderoso da Uniban: lá, nada se faz sem que ele tenha total conhecimento. Desta vez, o reitor se escondeu atrás de um assessor jurídico. Heitor, 61 anos, é famoso por suas roupas extravagantes e seus cabelos pintados em cores alternadas. Há dois anos, ele se casou com Eloísa Zits, 35 anos, que toma conta do teatro de lá, usando uma espécie de casaca branca (estilo redingote feminino) até os joelhos e sapatos assinados por Manolo Blahnik, feitos de prepúcio de baleia branca. E saiu em Caras.

Algo em comum
Ainda o episódio da truculência na Uniban: os 700 selvagens que perseguiam Geysi Arruda gritavam “Vamos estuprar, vamos estuprar”. O que faz lembrar famosa frase de Paulo Maluf, do qual Heitor Pinto e Silva Filho participou de chapa, candidatando-se a vice-prefeito de São Paulo em 2002. Na época, Maluf disse: “Estupra, mas não mata”. E a frase foi incorporada a seu currículo.

Ex-formandos do PT
A Uniban, palco da selvageria contra a estudante que usava minissaia e acabou sendo expulsa, mantém cursos universitários de até R$ 250 por mês e foi lá que os petistas Vicente Paulo (Vicentinho) da Silva, deputado federal e o prefeito de São Bernardo e ex-ministro do Trabalho e da Previdência, Luiz Marinho, ex-presidente da CUT, se formaram em Direito. Vicentinho, aliás, se formou na mesma época em que permanecia quase toda a semana em Brasília. E os dois foram garotos-propaganda da Uniban.
http://www.gibaum.com.br/abertura.htm
Carta a Geisy Villa Nova Arruda


No país do biquíni e do carnaval, você foi condenada por uma turba de jovens ignorantes por usar saia curta ao ir na Universidade Bandeirante (Uniban), em São Bernardo do Campo. A diretoria da Uniban Brasil, liderada pelo reitor Heitor Pinto e Silva Filho, resolveu dar aval aos bárbaros e anunciou sua expulsão no fim de semana, fato que repercute intensamente no Brasil e no exterior. Heitor Pinto e Silva Filho é um empresário influente - foi presidente e é primeiro tesoureiro da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).

Geisy, pelo menos nestes próximos dias, você é uma espécie de refém do noticiário, da repercussão do caso. Mas cerque-se de muita cautela - aliás, fora da mídia, as autoridades precisam dar atenção a esta garota. Geisy, cuidado: você está lidando com gente muito truculenta, como demonstra sua expulsão e o título de um artigo de hoje, na Folha de S. Paulo, "Os linchadores da Uniban", assinado por Fernando de Barros e Silva.

Essa gente truculenta e poderosa procura dar um verniz à sua empresa educacional, usando imagens de gente conhecida, como Pelé, e de professores de visibilidade como Aldaíza Sposati, conhecida petista, presidente do Conselho de Pós-Graduação e Pesquisa da Uniban Brasil, e do procurador de Justiça Fernando Capez, presidente do Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais, ao lado da professora Laurady Thereza Figueiredo. Hoje deputado estadual pelo PSDB, Capez é conhecido por suas ações contra as torcidas organizadas nos campos de futebol de São Paulo.

Quem cuidou do seu caso, na Uniban, foi a assessoria jurídica da empresa de ensino, com argumentos que mancham a carreira de advogados. Talvez a Ordem dos Advogados do Brasil pudesse se manifestar sobre a expulsão, marca de regressão política e educacional no País. Mas Geisy, cuidado. Amanhã, quando a mídia estiver distante - as comunicações são muito rápidas e um fato engole outro -, esta gente pode comprometer sua vida. Peça muita atenção de seu advogado.

Cuide-se bem! Boa sorte!
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.ph ... icia=17145

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#93 Mensagem por Maveriks » 10 Nov 2009, 08:19

Estudante hostilizada na Uniban recebe proposta de outras universidades
Geisy Arruda chegou a ser expulsa por ir à aula com vestido curto.
Aluna de turismo, ela foi aceita de volta após decisão do reitor.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0 ... DADES.html

A Facu voltou atrás, ontem havia expulso a garota e hj revogou a expulsão.

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Re: UNIBAN

#94 Mensagem por Peter_North » 10 Nov 2009, 15:50

florestal escreveu:O que faltou ser comentado é que esse bando de troglodita da UNIBAN, todos eles, são formados pela chamada educação "libertadora". São 29 anos de hegemonia petista na área da educação e, todos constatamos agora, a educação brasileira é um lixo! O Brasil, no último teste de PISA de 2006, que envolve um determinado número de países a nível internacional, ficou no último lugar. Isso mesmo, último lugar.
Olha só Florestal, acho que todo mundo sabe da minha revolta com o PT e o quanto eu considero esse partido um lixo completo, mas nem eu consigo achar que o fato lamentável que aconteceu nessa universidade seja culpa do PT.

Concordo contigo sobre o desastre que é nossa educação , e nisso sim o PT tem uma imensa culpa porque não faz porra nenhuma para melhorar a educação. Deve ser porque está provado que quanto mais se estuda menos se acredita nas mentiras do PT. Nunca seremos um país minimamente desenvolvidos com um povo submetido a uma educação tão ruim.

Aliás, sobre a questão de anularem a expulsão, alguém ia querer voltar pra lá depois disso tudo? Duvido que a semi-gostosa continue.

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Re: UNIBAN

#95 Mensagem por wheresgrelo » 11 Nov 2009, 17:54

Peter_North escreveu:
florestal escreveu:O que faltou ser comentado é que esse bando de troglodita da UNIBAN, todos eles, são formados pela chamada educação "libertadora". São 29 anos de hegemonia petista na área da educação e, todos constatamos agora, a educação brasileira é um lixo! O Brasil, no último teste de PISA de 2006, que envolve um determinado número de países a nível internacional, ficou no último lugar. Isso mesmo, último lugar.
Olha só Florestal, acho que todo mundo sabe da minha revolta com o PT e o quanto eu considero esse partido um lixo completo, mas nem eu consigo achar que o fato lamentável que aconteceu nessa universidade seja culpa do PT.

Concordo contigo sobre o desastre que é nossa educação , e nisso sim o PT tem uma imensa culpa porque não faz porra nenhuma para melhorar a educação. Deve ser porque está provado que quanto mais se estuda menos se acredita nas mentiras do PT. Nunca seremos um país minimamente desenvolvidos com um povo submetido a uma educação tão ruim.

Aliás, sobre a questão de anularem a expulsão, alguém ia querer voltar pra lá depois disso tudo? Duvido que a semi-gostosa continue.
Duas Coisas,

o caro confrade Florestal pode citar a fonte da informaçao de performance onde o País ficou em
último lugar, pois no site http://www.pisa.oecd.org/document/2/0,3 ... _1,00.html náo há nada relacionado a isso.

Enfim, esse assunto me interessa bastante...


Agora falando de puta que é o que eu realmente entendo, em certa época da minha infância eu
fiquei sabendo que no rio de janeiro, numa praça de grande trânsito, uma mulata deliciosa com
muito calor, despudoradamente, tirou todas as roupas e foi se banhar, ficando nesta funçao por
uns 10 minutos. A turba apenas observou, estupefacta aa performance da delícia. Aplaudindo ao
final do show.

Vejam, acredito que sempre haverá uma resposta, um feedback, náo sejamos sínicos, alguém
iria chamar a vadia de piranha, quisá de puta, puta da UNIBANbi. Agora o apelido já pegou.

Ela deu muita sorte, que náo foi violada em sua pseudo-virgindade.

Ela queria causar, causou. O efeito foi mais contundente que nas vezes anteriores (sim, ela já
havia feito isso antes). Infelizmente, se na minha empresa uma funcionária ou funcionário se
apresenta com vestimentas pouco sutis, a sequencia é ADVERTENCIA ORAL, ADVERTENCIA
POR ESCRITO, E RUA... É assim, na vida é a mesma coisa... Ela queria causar, nao foi ACIDEN-
TE de percurso ela estar com o vestido acima da porçao 1/3 das coxas, ou seja, praticamente
mostrando a calcinha.

Uma coisa é certa, ela já está estigmatizada, é a PUTA DA UNIBANbi e náo se fala mais nisso.

Mas é o FIM DO MUNDO, É O FIM DO MUNDO, É A DECADËNCIA DO UNIVERSO!!!!

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#96 Mensagem por srmadruga » 11 Nov 2009, 19:09

Sorte da UNIBAN que essa garota não é negra...

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#97 Mensagem por florestal » 12 Nov 2009, 08:12

Peter_North escreveu:Olha só Florestal, acho que todo mundo sabe da minha revolta com o PT e o quanto eu considero esse partido um lixo completo, mas nem eu consigo achar que o fato lamentável que aconteceu nessa universidade seja culpa do PT.
Eu disse e reafirmo aqui: se esses jovens recebessem uma boa educação no setor público, dificilmente eles fariam essa palhaçada; portanto, o PT, pelo fato de hegemonizar a educação brasileira, tem culpa sim pelo que aconteceu. Um professor petista fica em sala de aula fazendo propaganda do partido e não tem interesse em ensinar, o que eles sempre diziam é que quando o Lula chegasse ao poder iria mudar tudo no Brasil e isso, agora, todos sabem que era uma grande mentira.
wheresgrelo escreveu:o caro confrade Florestal pode citar a fonte da informaçao de performance onde o País ficou em
último lugar, pois...
Eu sei que o Brasil ficou no último lugar pelo fato de ler bastante assuntos relacionados a área da educação; participaram quarenta países (a seleção foi feita pelo PIB) e o Brasil ficou em último. O primeiro foi a Finlândia.

Recordo-me que consegui achar a classificação através do Google, em um site de Portugal, colocando no Google coisas como "classificação PISA" ou semelhantes. Realmente, não tenho tempo agora para fazer essa pesquisa, mas espero que você faça e nos confirme que o Brasil ficou em 40º lugar.

*

Agora, a propósito das duas ponderações acima: na França, quem hegemoniza a área da educação é o Parti Communiste Français, por intermédio da CGT - Confédéracion Générale du Travail. Isso históricamente, pois hoje a CGT não está mais ligada aos comunistas por questões da globalização. Pois bem, um professor na França, se trabalhar o período integral (dois turnos) ganha, aproximadamente R$ 9.000,00. A educação é de qualidade e a França sempre fica entre os dez primeiros colocados nas aferições internacionais (parece que nesse teste de PISA de 2006 ela ficou em 14º lugar). Jamais um fato desse ocorrido na UNIBAN aconteceria em uma universidade francesa.

Assim, estou querendo provar a minha tese: o PT e os petistas não sabem fazer sindicalismo, o sindicalismo petista é economicista, além de ser basista, assembleísta, corporativo e voluntarista. É urgente acabar com o petismo no Brasil!

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Re: UNIBAN

#98 Mensagem por wheresgrelo » 12 Nov 2009, 08:52

florestal escreveu:Assim, estou querendo provar a minha tese: o PT e os petistas não sabem fazer sindicalismo, o sindicalismo petista é economicista, além de ser basista, assembleísta, corporativo e voluntarista. É urgente acabar com o petismo no Brasil!
Caro Confrade Florestal,

já coloquei um bolsista para fazer a pesquisa do tema por v.sa. citado.

Ainda não encontrei conexão entre o fato ocorrido na UNIBAN e a política bom ou ruim do PT.

Me intriga conhecer o Método de Conexão que V.sa. utilizou, talvez pelo meu conhecimento
tacanho não conseguí alcançar a fundamentação teórica.

Pode explicar novamente?

WG

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#99 Mensagem por florestal » 12 Nov 2009, 15:18

Vamos ver se eu consigo responder ao que me pedem. Devagar chegamos lá.

Aqui, ao pesquisar onde achar sobre a classificação do Teste de Pisa 2006, trago um artigo de um Blog que sempre fui ler. Achei o artigo muito interessante, mas ele fala apenas do Pisa de 2001, no qual o Brasil também ficou em último. Vamos ler o artigo pois está muito bom (continuo procurando o teste de 2006):
Contribuição de Claudio de Moura Castro: o relatório de Mr. Saturnino
Simon Educação Básica 2006-04-12

Cláudio de Moura Castro, que dispensa apresentações, nos envia o seguinte texto, preparado para um livro comemorativo a ser publicado pela Linha Direta:

Saturno envia ao Brasil um disco voador. Para evitar as dificuldades de pronúncia, chamemos de Mr. Saturnino o chefe da missão exploratória do MEC de lá. Seus termos de referência: entender a nossa educação. Para isso, compra todas as revistas e periódicos sobre o assunto. Metodicamente, põe-se a analisar o que dizem.

Mr. Saturnino fica impressionadíssimo. Lê centenas de artigos exibindo teorias complexas e abstratas. Há duelos doutrinários, travados em linguagem rebuscada e adjetivação exaltada. Fala-se de Vygotsky, Piaget, Paulo Freire, Foucault, Habermas, Deleuze, e muitos outros. Denuncia-se a ‘sociedade disciplinar’, em coro com Foucault. Disparam-se estocadas nos ‘conteudistas’ (Mr Saturnino não entendeu o termo, mas concluiu que seriam pessoas abomináveis) e nos incautos que defendem um tal método fônico. Exalta-se o ‘espírito crítico’, a ‘transversalidade dos conhecimentos’ e a ‘formação do homem integral’. Que país avançado é esse Brasil!

E como deve ser boa a sua educação, já que tão doutos ‘scholars’ sequer julgam necessário deter-se nos seus resultados. De fato, não há registros de problemas dignos de nota – pelo menos, as revistas não os mencionam.

Embevecido, despacha para Saturno um relatório, sugerindo que lá se adotem as teorias discutidas tão calorosamente no Brasil.

Mas fazia parte dos termos de referência de sua missão visitar outros países mais ricos. Imagina ele que lá encontraria teorias ainda mais sofisticadas. Ordena ao seu piloto que faça um plano de vôo para visitar a Coréia e Cingapura, famosas pela excelência de suas escolas. Mas enquanto a tripulação checa mapas e rotas, alguém lembra que são países com uma pedagogia muito peculiar. Os educadores acreditam que basta sentar e estudar até aprender. O segredo do sucesso seria o caráter obsessivo dos estudantes. Uma aberração da personalidade.

Mr. Saturnino pede então planos de vôo para a Finlândia, país que teria a melhor educação no mundo e mais a França e Inglaterra, países com ensinos de enorme fama. Cansado de tantas teorias, organiza visitas às escolas desses países, para ver como conduzem suas salas de aula. A perplexidade toma conta de sua equipe.

As escolas adotam livros-texto e estes são usados metodicamente nas aulas, orientando o passo a passo da aprendizagem. Não é curioso que os educadores não se rebelem contra a tirania e autoritarismo dos manuais? Pelo pouco que entendeu do que seriam ‘conteudistas’, concluiu que na Europa os professores o são, cometendo uma horrenda heresia.

Havia lido que ‘a linguagem serve para articular a experiência do grupo que a usa, formando um modo de expressão que varia, dependendo da constituição desse grupo, de sua história e da própria evolução da linguagem’. Na Europa, o texto escrito tem um único significado que dever ser buscado pelo aluno e mostrado nas provas. Que falta de sensibilidade cultural!

Havia também aprendido no Brasil que ‘o aluno é um ser concreto, produto de uma realidade social e econômica, política e cultural. Essa realidade é o ponto de partida para o processo de apropriação do saber sistematizado, na busca de superação de uma visão desarticulada de mundo, em direção a uma consciência crítica. Nesse processo, o aluno desempenha o papel de construtor e reconstrutor do próprio conhecimento’. Mas Europa adota currículos oficiais e detalhados. O que acontece na sala de aula está indicado nos regulamentos ministeriais. Depois de ler tanto sobre o construtivismo, ficou chocado de constatar que, na Inglaterra, é o governo central quem decide as formas de ‘construir socialmente o conhecimento’. Pior, os regulamentos indicam o que ensinar, como ensinar e como distribuir o tempo da aula entre diferentes atividades.. Mais confusa ainda ficou a sua cabeça ao verificar que, com a introdução de tão abjeto detalhamento para as aulas, o ensino na Inglaterra havia dado um salto considerável.

Nota outra heresia. Nos países visitados, o método fônico é o único aceito pelas autoridades. Na França o método global foi até proibido pelo Ministro. Mr Saturnino fica abismado de ver que, na Cidade da Luz, pairam as trevas sobre os melhores métodos de alfabetização.

Ainda ressoando em sua cabeça as advertências de Foucault, mostrando que a escola (tal como prisões e quartéis) é uma ‘instituição de sequestro’. Mr. Saturnino fica abismado ao ver na França uma disciplina férrea na sala de aula: ninguém conversa. E os recalcitrantes se arriscam a uma reguada, aplicada com competência pela professora – e sob o beneplácito da lei. Tudo errado pensou, não leram a imperecível obra de Foucault, seu compatriota, onde denuncia uma escola onde há a necessidade de ‘criar mecanismos de vigilância e as conseqüentes punições para aqueles que, por um motivo ou outro, não se adaptassem a um modelo preestabelecido de perfeição humana’. Como é possível tal ignorância, se os longínquos brasileiros citam Foucault a cada momento?

E a interdisciplinaridade, conquista teórica irreversível de pensadores de vanguarda? Vejam só, adota-se uma grade curricular, onde cada professor ensina a sua disciplina, com mínimas visitas à ciência do vizinho. Pobres europeus, não descobriram que é preciso ‘romper com a segmentação e o fracionamento’ e, assim, ‘compreendê-lo como expressão e base do projeto político e pedagógico da escola, culturalmente determinado’.

No Brasil havia aprendido que a avaliação ‘será enriquecedora, desde que seja parte de um processo de construção de saberes e conhecimentos, sobre intencionalidades e conteúdos, metodologias e fins propostos com conseqüentes tomadas de decisão’. A bem da verdade, não estava seguro haver entendido, mas ficou impressionado com a erudição. Foi um choque ver na Europa ‘ditados’, ‘para casa’, provas e redação (esta última, com estrutura fixa e definida no currículo nacional). Competem todos febrilmente pelas notas e até pelas medalhas. Um brasileiro havia se queixado de que ‘parte de nossa sociedade ainda utiliza régua e compasso para medir os indivíduos em função de suas conquistas’. Mas na Europa, é a régua e compasso para todos (e as vezes, a régua sozinha, para golpear a munheca do infrator). Uma lástima.

Ainda mais decepcionante foi ver como funciona a burocracia escolar da Europa. Os diretores são escolhidos pelo Ministério da Educação, sem qualquer consulta às bases. Os diretores ousam mandar, tampouco consultando alunos ou professores. No Brasil, Mr. Saturnino havia prestado atenção às denúncias contra o autoritarismo. Mas parece que os europeus não descobriram tais abusos do poder.

Outra surpresa foi descobrir que há inspetores nacionais que, sem mais nem menos, visitam as escolas. Arrogantemente, vão se sentar nas salas de aula, de prancheta em punho, anotando os erros e acertos dos professores. E pobre do mestre que barbeirar seriamente. Suas promoções tornam-se mais problemáticas. Sobre tal assunto, lembra-se haver lido que no Brasil isso seria inaceitável, uma verdadeira agressão à escola e à dignidade do professor.

Finalmente, registrou que os pobres alunos são obrigados a assistir aulas por até seis horas todos os dias. E são massacrados com intermináveis deveres de casa.

Interessado no comportamento bizarro dos professores, perguntou-lhes o que achavam de Vigotsky e de Piaget. O primeiro, não conheciam. Mas conheciam Piaget: era um excelente relógio suíço, embora muito caro. Mr Saturnino estava completamente perdido. Como era possível que os professores não houvessem se dedicado com afinco a ler as obras completas desses dois luminares? Como seria possível dar boas aulas sem tal conhecimento?

Mr Saturnino termina as visitas profundamente desapontado com as escolas européias. Fazem tudo errado. Os grandes teóricos mandam fazer, elas fazem o contrário. Está decidido, no seu relatório vai botar os europeus nos seus medíocres lugares. Tanta riqueza material e tanto atraso pedagógico, diante de um Brasil pobre, mas sábio em assuntos de educação.

Temendo a sabatina que poderia vir de algum superior ranzinza, Mr Saturnino resolve olhar um pouco os resultados das avaliações – que não são jamais mencionadas nas revistas brasileiras que leu. Há um tal SAEB, indicando que, na quarta série, metade dos alunos lê mal e entende menos ainda. O INAF indica que três quartos da população adulta é analfabeta funcional. Em uma prova internacional de 1991, o Brasil heroicamente conquista o penúltimo lugar, escapando do último, porque Moçambique estava em plena guerra civil. Mas no PISA, em 2001, o Brasil não escapa e fica em último lugar.

Em contraste, a Finlândia sai em primeiro lugar, no mesmo PISA. Inglaterra e França obtêm posições invejáveis. Como é possível? Esses europeus fazem tudo errado e terminam com os sistemas de melhor desempenho!

Nesse momento, Mr Saturnino não entende mais nada. Sua primeira dúvida é muito simples. Por que, as mentes tão portentosas e ilustradas do Brasil nunca escrevem que a educação do país obtém resultados tão pífios? Em vez disso, as discussões são sempre sobre teorias abstratas e sobre planos grandiosos para transformar radicalmente o mundo. A segunda dúvida é pouco lisonjeira para os geniais autores que leu. Se suas teorias são tão boas, por que não permitiram ao país obter melhores resultados – que mais não fosse, melhores que seus vizinhos?

Coincidiu sua estada em Paris com o lançamento do Beaujolais nouveau. Sentado em uma brasserie, bebericando uma amostra da nova safra, dá voltas à imaginação. Como seria possível que os melhores resultados estivessem em uma Europa tradicional e autoritária, ainda praticando uma educação que as melhores cabeças do globo afirmavam estar irremediavelmente errada. Em contraste, o Brasil, totalmente au courrant de todas as teorias recentes, tinha uma educação pra lá de lamentável.

Auxiliado pelo Beaujoulais, vem a inspiração! O PISA e outros tais resultados eram medidas rasteiras de habilidades mecanicistas. Nada a ver com as conseqüências imensuráveis de uma educação liberadora e integral. Os testes eram uma medida apenas da qualidade da produção de ‘robozinhos’, dóceis e intelectualmente castrados. A verdadeira meta de uma educação deveria ser a criatividade e a construção do ‘homem integral’. A Europa produz robôs enquanto a boa educação produz cidadãos conscientes e criativos. Pronto. Estava resolvido o dilema.

Satisfeito, paga a conta e sai vagando alegremente pelo Quartier Latin. Por puro acaso, passa pelo Liceu Louis, le Grand, um dos melhores da França. Casualmente, pega um folheto, explicando que, no século XVIII foi necessário construir um calabouço com capacidade para 100 alunos, pois andavam muito rebeldes. Mais uma confirmação do autoritarismo das escolas.

Contudo, ao caminhar pelos bulevares, vai vendo os nomes de ruas, estátuas e monumentos. Neles se festejava a memória de escritores, escultores, pintores, atores, compositores e cientistas franceses. Eram centenas, famosos pelo mundo afora. Mr. Saturnino ficou pensando. Será que todos levaram reguadas da professora?

Nesse momento, Mr. Saturnino só tem uma preocupação: descobrir uma maneira de interceptar seu relatório sobre o Brasil, antes que seja visto pela burocracia do seu MEC.
http://www.schwartzman.org.br/sitesimon ...∙\


Este outro texto, no qual os Sindicatos Suiços reagem favoravelmente ao teste de PISA, também merece ser lido para a compreensão do assunto:
Reação dos professores

O Sindicato dos Professores da Suíça francesa (SER, na sigla em francês) e seu confrade da Suíça alemã, a Federação dos Professores Suíços (LCH) saúdam "com alívio, mas sem surpresa, os bons resultados constatados em ciências e matemática. Eles são o reconhecimento do trabalho realizado pelos professores nas escolas".

Continua
http://www.swissinfo.ch/por/sobre_a_sui ... =st&rs=yes

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#100 Mensagem por florestal » 12 Nov 2009, 23:16

A entrevista abaixo também é muito interessante para entender as minhas argumentações.

Entendo que faltou apontar os exemplos exitosos (a VEJA nunca aponta isso), que é o que ocorre na Europa Central, onde os sindicatos são hegemonizados ou pelos comunistas ou pelo social-democratas, ou ambos, e onde o ensino é de qualidade e obtém boas colocações nas aferições internacionais. No Brasil, são 29 anos de hegemonia petista na educação, a educação brasileira é um caco!

Vejam:
Eunice Durham: fábricas de maus professores
Simon General 2008-11-28

Entrevista de Eunice Durham às “Páginas Amarelas” da revista Veja, na edição de 26/11/2008:

Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: “Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores”. Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.

Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?
As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.

Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?
O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.

O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.

Como essa ideologia se manifesta?
Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica. Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo. O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata. Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia.

Quais os efeitos disso na escola?
Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função.

Por que os professores são tão pouco autocríticos?
Eles são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba.

Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?
Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino. Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição. O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso. Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso. Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia, portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.

A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?
Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias. Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica.

Um estudo da OCDE (organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?
Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo. O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas. Sua versão de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocracia e os gastos públicos. Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica. Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos. Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.

Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?
Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro. Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria. Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países.

As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?
Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir “formar cidadãos”. Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho?

Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?
Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos. Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura. O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas. É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância, parece ainda não ter entendido a lição.

Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?
Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.

Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?
No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.

A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?
A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.

A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?
Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação.
http://www.schwartzman.org.br/sitesimon ... lang=en-us

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#101 Mensagem por S1 » 12 Nov 2009, 23:23

Não estou entendendo o que o PT e o que isso tudo tem a ver com o tópico...mas a culpa deve ser do PT mesmo porque eu não estudei numa boa escola pública e não consigo entender. Fiz outra escolinha que falam que é boazinha, melhorzinha da America Latina, sei lá, mas também, quem diz isso é....a Playboy!.....kkkkk

Quanto a dar emprego aos "universotários da Unidã"...normalmente sou bem específico para a headhunter ou à consultoria nesse caso, se for um programa de trainees, por exemplo: quero formandos em faculdades de primeira linha (USP, Poli, Unicamp, FGV e IBMEC - vá lá...). É preconceito sim, mas baseado no histórico, na correlação que existe entre faculdade feita, competência, performance e potencial de crescimento.
Claro que existem exceções....mas casos como este da Unidã mostram que isso só facilita a vida dos recrutadores.
Mas, olha....depende para que posição é a vaga. Se for uma vaga para a Expedição, acho que esse pessoal serviria muito bem, porque precisamos aí normalmente de um pessoal mais simples sem grandes ambições.
Desculpem, mas minha opinião é que esta é a dura realidade.

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#102 Mensagem por Clinton » 13 Nov 2009, 12:17

S1 escreveu:Não estou entendendo o que o PT e o que isso tudo tem a ver com o tópico...mas a culpa deve ser do PT mesmo porque eu não estudei numa boa escola pública e não consigo entender. Fiz outra escolinha que falam que é boazinha, melhorzinha da America Latina, sei lá, mas também, quem diz isso é....a Playboy!.....kkkkk

Quanto a dar emprego aos "universotários da Unidã"...normalmente sou bem específico para a headhunter ou à consultoria nesse caso, se for um programa de trainees, por exemplo: quero formandos em faculdades de primeira linha (USP, Poli, Unicamp, FGV e IBMEC - vá lá...). É preconceito sim, mas baseado no histórico, na correlação que existe entre faculdade feita, competência, performance e potencial de crescimento.
Claro que existem exceções....mas casos como este da Unidã mostram que isso só facilita a vida dos recrutadores.
Mas, olha....depende para que posição é a vaga. Se for uma vaga para a Expedição, acho que esse pessoal serviria muito bem, porque precisamos aí normalmente de um pessoal mais simples sem grandes ambições.
Desculpem, mas minha opinião é que esta é a dura realidade.
Não quero desanimar os burros e os vagais, mas o que o nobre colega S1 falou é a mais pura realidade do mercado.

Existem duas formas de ser contratado em uma empresa: por amizade e por competência.

Por amizade é o velho relacionamento pessoal, em que, apesar do seu currículo medíocre em relação à faculdade cursada, isto é ultrapassado. Há pessoas bem sucedidas que, de alguma forma, superaram esta deficiência.

Por competência, aí a porca torce o rabo. Trabalhei em uma empresa que certa vez estava procurando um engenheiro. Chegaram centenas de currículos. A primeira seleção dos currículos consistia em separar aqueles formados na USP, UNICAMP, ITA e FEI. Os demais iam direto para a cesta seção (Lixo). Dentre aqueles currículos das faculdades de elite era feita a seleção.

Pode ser uma forma cruel e injusta de seleção. Ocorre que os recrutadores procuram facilitar sua própria vida e partem do pressuposto que quem cursou tais faculdades ou é inteligente, ou é esforçado, ou ambos. É o primeiro filtro.

Na verdade, quem cursa uma faculdade de elite tem sua vida profissional muito facilitada por este aspecto, desde o estágio. Empresa grande quer cérebros privilegiados, não se interessam por pessoas com um sorvete na testa. O mercado de trabalho é uma selva e quem está melhor aparelhado para ele leva vantagem.

Por isso, senhoras e senhores, estudar ainda é um bom negócio e não adianta depois se queixar da vida, se cursou uma faculdade de merda.

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#103 Mensagem por wheresgrelo » 13 Nov 2009, 19:01

Clinton escreveu:
Não quero desanimar os burros e os vagais, mas o que o nobre colega S1 falou é a mais pura realidade do mercado. 2

Por isso, senhoras e senhores, estudar ainda é um bom negócio e não adianta depois se queixar da vida, se cursou uma faculdade de merda.

Bravo!!!!



WG

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#104 Mensagem por ZeitGeist » 14 Nov 2009, 21:14

S1 escreveu:Não estou entendendo o que o PT e o que isso tudo tem a ver com o tópico...mas a culpa deve ser do PT mesmo porque eu não estudei numa boa escola pública e não consigo entender. Fiz outra escolinha que falam que é boazinha, melhorzinha da America Latina, sei lá, mas também, quem diz isso é....a Playboy!.....kkkkk

Quanto a dar emprego aos "universotários da Unidã"...normalmente sou bem específico para a headhunter ou à consultoria nesse caso, se for um programa de trainees, por exemplo: quero formandos em faculdades de primeira linha (USP, Poli, Unicamp, FGV e IBMEC - vá lá...). É preconceito sim, mas baseado no histórico, na correlação que existe entre faculdade feita, competência, performance e potencial de crescimento.
Claro que existem exceções....mas casos como este da Unidã mostram que isso só facilita a vida dos recrutadores.
Mas, olha....depende para que posição é a vaga. Se for uma vaga para a Expedição, acho que esse pessoal serviria muito bem, porque precisamos aí normalmente de um pessoal mais simples sem grandes ambições.
Desculpem, mas minha opinião é que esta é a dura realidade.
:-positivo-:

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#105 Mensagem por PAULOSTORY » 16 Nov 2009, 02:55


FIQUEI ABISMADO E BOQUIABERTO, AO ASSISTIR O ALTAS HORAS DE SABADO, EM QUE A MOCINHA EM QUESTAO ERA CONVIDADA.
ABISMADO E BOQUIABERTO, POIS MAIS DA METADE DA PLATEIA, FORMADA BASICAMENTE POR UNIVERSITARIOS, CRITICAVA, QUESTIONAVA E TENTAVA IMPUTAR A CULPA A MESMA!!
DEFESA A LIBERDADE DA MESMA, NAO SE VIU!!
CRITICAS A TURBA, MUITO MENOS!!

P.S-NAO SEI DE QUAIS FACULDADES, VINHAM OS ESTUDANTES DA PLATEIA.

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