Desculpe pela expressão empregada, não esperava que ninguém a tomasse do jeito errado.leteseu escreveu:O mais discutível de tudo que li neste tópico, no meu humilde ponto de vista, é tua frase acima meu amigo.Carnage escreveu:O que importa é o que É
Tenho medo das lógicas de identidade, da verdade e da suposta busca dela. Axiomas me assustam tanto como curandeiros.
Entendo tua frase dentro do contexto, afinal devemos partir de um axioma do que é um círculo para poder construir uma frase.
Porém achei bem legal pensar que toda nossa construção dialética aqui neste tópico se apoia em algo tão tênue como um "é o que é".
Abração,
Le Teseu.´.
Pra mim é claro que a expressão, em seu sentido básico, é correta. O que é, é. Mesmo que nós não saibamos ou desconheçamos a verdade, a verdade existe, em algum lugar, mesmo que não tenhamos acesso a ela em um dado momento. Isso pra mim é inegável.
Então, é óbvio que ninguém é dono da verdade, mas da mesma forma, nunca se pode afirmar uma coisa com base apenas em achismo!
Assim funciona a ciência. Alguém sempre tem a idéia do que seja a verdade, e então parte em busca de provas de que o que ele tem em mente seja a verdade. Um indivíduo não pode chegar e dizer "isto é tal coisa" com base apenas no que ela acha, sem se apoiar num fiapo de evidência nem ter como comprovar de alguma forma o que alega. Achar não torna nada verdade.
Não posso afirmar que um círculo não seja um plano com base apenas no que eu acho sem apresentar nenhuma prova de que um círculo não seja um plano.
Agora, evidente que usei a expressão somente no contexto de uma coisa tão banal como o fato matemático de que um círculo seja um plano. Algo que, em princípio, dificilmente seja contrariado de qualquer forma no futuro (e não é impossível que o seja) Mas para alguém afirmar isso tem que se recorrer uma prova matemática, não a um "acho"
De qualquer forma ainda é pior, porque o interlocutor quer afirmar que um círculo seja uma "bola", uma evidente entidade tridimensional, o que ainda é um disparate maior. E ainda vem me chamar veladamente de burro por apontar o erro do que falou! Confesso que foi isso que me tirou do sério e me fez usar expressão que você julgou tão forte. Claro que nosso interlocutor incorre em erro conceitual, e como forma de tentar dar algum suporte ao que ele julga que seja a verdade escrita num livro.
Não tinha a menor intenção de usar esta expressão como afirmação de minhas convicções "cosmológicas" ou "espirituiais", nem tenho a vaidade de achar que estou 100% certo sobre nas minhas idéias sobre estes. Apenas quis enfatizar que um círculo é um círculo, não uma "bola", não importa o que alguém que não parece familiarizado com geometria diga ou "ache".
Não quero que a discussão do tópico se "apoie" numa frase infeliz.
Talvez eu tenha parecido ainda mais pedante nesta explicação que fiz. Mas garanto que não foi minha intenção.
abs