Industrializado nacional é mais caro

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Industrializado nacional é mais caro

#1 Mensagem por florestal » 22 Ago 2011, 00:14

A possibilidade da esquerda no Brasil é a de fazer uma revolução nacional e democrática. Por revolução nacional entenda-se privilegiar o capital produtivo, da indústria nacional, e não o capital financeiro, como acontece desde o governo Collor, FHC, Lula e agora Dilma. Ao privilegiarmos a indústria nacional estaríamos criando empregos e formando uma mão-de-obra moderna, como os países de primeiro mundo. Evidentemente, para não parecermos demagogos, essa é uma tarefa árdua, nada fácil. Essa é a possibilidade da esquerda no Brasil. O lulo-petismo com seu discurso de distribuição de renda é falso, pois não promove (integra) as pessoas na sociedade moderna de nossos dias.

A revolução democrática seria concretizada com as demais reformas necessárias ao Estado brasileiro.

Industrializado nacional é mais caro

Brasileiro paga por produtos do setor 48% mais que a média de 5 países


SÃO PAULO. Os produtos industrializados brasileiros estão hoje entre os mais caros do mundo, segundo estudo feito pela RC Consultores a pedido do Movimento Brasil Eficiente. A pesquisa, que comparou o preço de produtos vendidos no país com mercadorias idênticas à venda em África do Sul, Austrália, EUA, França e Reino Unido em junho, mostrou que a cesta brasileira de produtos custa 48% mais que a média ponderada desses países.

O país liderou em 12 das 29 categorias da amostra que incluiu de produtos industrializados a alimentícios básicos, como batata e leite. Os preços do Brasil foram os mais caros no automóvel, MP3 player, TV, blue ray, videogame, tênis, celular, fralda, perfume, remédio, maquiagem e notebook.

- A cesta de produtos evidencia o quanto os custos brasileiros estão elevados se comparados aos outros países. Isso ocorre principalmente por causa da elevada carga tributária, que encarece especialmente os produtos que têm uma cadeia de produção longa, como os veículos, por causa do efeito em cascata - diz kkkkkkkkk Silveira, sócio da RC Consultores responsável pelo estudo.

Segundo Paulo Rabello de Castro, presidente da RC Consultores e coordenador do Movimento Brasil Competitivo, a carga tributária responde por 70% da perda de competitividade do Brasil frente aos outros países. Isso porque a distribuição dos impostos pesa mais sobre os produtos que sobre a renda, o que onera especialmente a população de baixa renda:

- Além da carga tributária, os custos energéticos e financeiros também afetam a competitividade. Mas o que dá uma diferença de 10% a 20% em relação aos outros países, e que deixa os dados gritantes, é a apreciação cambial.

Por esses motivos, comprar um carro no Brasil custa mais de três vezes mais caro que nos Estados Unidos. Segundo o levantamento, o Hyundai Santa Fe, vendido aqui por US$69,3 mil, é comercializado em lojas americanas por US$21,8 mil. O valor médio do veículo nos países pesquisados foi de US$31,4 mil.

Um videogame sai ainda mais caro. O Xbox 360 com Kinect, que custa US$299 nos Estados Unidos, sai por US$1.196 no Brasil, exatamente quatro vezes mais caro. Na África do Sul, segundo país mais caro da amostra, o mesmo produto custa US$515, enquanto na média internacional custa US$405.

Em outras cinco categorias (celular, blue ray, tênis, remédio e maquiagem) os produtos brasileiros custam pelo menos o dobro da média internacional. O iPhone 4 de 32 Gigabytes vendido no Brasil por US$1.323, tem um preço médio de US$589. Já o blue ray X-men Origens: Wolverine, vendido por US$35 no Brasil custa em média US$15 entre os países analisados.

O Brasil só ficou mais barato que a média em sete categorias: máquina de lavar roupa, calça jeans, xampu, leite, açúcar refinado, cerveja e jornal. Segundo Silveira, isso se deveu principalmente à produtividade do país em áreas como a alimentícia e em produtos agrícolas básicos.

http://portal.pps.org.br/portal/showData/210325
Juros e carga tributária também são elevados

Taxa real é a maior do mundo. Peso total dos impostos representa 69% do lucro das empresas

SÃO PAULO. A dobradinha de juros altos e carga tributária elevada é fatal para a competitividade brasileira, especialmente quando comparada a outros países emergentes. O Brasil é de longe o campeão atual dos juros reais (já descontada a taxa de inflação), com 6,8% ao ano, segundo ranking da Cruzeiro do Sul Corretora. O país também está à frente em complexidade tributária, segundo ranking da PricewaterhouseCoopers (PwC).

- Os juros altos trazem muitos dólares para o Brasil e valorizam o real, prejudicando as nossas exportações. Além disso, o custo de financiamento para as empresas fica muito alto - explica Jason Vieira, economista da Cruzeiro do Sul.

Os juros brasileiros são quase o triplo dos da Hungria, que vem sem segundo no ranking global, com 2,4% ao ano. O Brasil está mais longe em relação aos demais emergentes dos Brics. A China, com juros de 0,2%, está em nono, e a Rússia vem em 24º, com juros reais negativos, de 1,1% ao ano.

Já o grande número de impostos e contribuições coloca o Brasil no primeiro lugar entre os países com a maior complexidade tributária, segundo ranking da PwC. O estudo "Pagando Tributos", que analisou 183 economias, mostra que uma empresa de médio porte no Brasil gasta em média 2.600 horas por ano para pagar tributos.

- Essas empresas gastam o trabalho de um funcionário e meio por ano apenas para cumprir as obrigações tributárias. Isso significa um custo adicional ao da carga tributária que está hoje em 37% do PIB (Produto Interno Bruto) - diz Carlos Iacia, líder da consultoria tributária da PwC Brasil.

No ranking da empresa, o Brasil está em 15º lugar, com carga tributária de 69% do lucro comercial das empresas. É menos que os 108,2% da Argentina ou os 78,7% da Colômbia, mas é o maior entre os Brics: China tem 63,5%, Índia, 63,3%, e Rússia, 46,5%.
http://portal.pps.org.br/portal/showData/210331

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Re: Industrializado nacional é mais caro

#2 Mensagem por Mr.Caos » 22 Ago 2011, 00:31

Pelo contrário, a tendência de defender a "indústria nacional" é a tendência a defender uma indústria de baixa produtividade que não consegue competir internacionalmente, ou seja, é defender o que não é moderno.

Há um artigo muito bom sobre isso, que contrapõe o discurso de que estaria havendo desindustrialização no Brasil:

Desindustrialização ou avanço tecnológico? http://passapalavra.info/?p=43703

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Re: Industrializado nacional é mais caro

#3 Mensagem por Roy Kalifa » 22 Ago 2011, 11:34

O custo de produção no Brasil é enorme:
A infraestrutura é deficiente (estradas, portos, ferrovias e aeroportos).
A carga de impostos é pesada.
O custo CLT é dobrado.

Fica dificil competir com o que vem de fora. Temos boa qualidade no que produzimos, mas falta melhorar as questões citadas acima.

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Re: Industrializado nacional é mais caro

#4 Mensagem por Carnage » 22 Ago 2011, 22:34

Tema já arranhado aqui:
http://www.gp-guia.net/viewtopic.php?f=1 ... 023af2136e

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florestal
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Industrializado nacional é mais caro

#5 Mensagem por florestal » 29 Ago 2011, 02:42

Freire: O Brasil tocado em tom menor

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Em artigo, Freire diz que política industrial começa a fazer água e a despertar a desconfiança de setores que seriam beneficiados

Lançado como importante instrumento de competitividade de nossa indústria, o programa "Brasil Maior", urdido pelo Ministério da Fazenda, sob a regência de Guido Mantega e apresentado como a política industrial do governo Dilma - mas buscando, basicamente, produzir uma agenda positiva em um governo subordinado, cotidianamente, à agenda da corrupção - começa a fazer água e a despertar a desconfiança de setores que seriam beneficiados com o plano.

Descobriram os empresários dos setores calçadista, moveleiro e têxtil que poderiam arcar com uma carga tributária maior pelo fato de a proclamada desoneração da folha ser acompanhada da elevação do imposto sobre o faturamento bruto dessas empresas.

Simplesmente porque a fórmula mágica que foi apresentada, segundo estudos das assessorias econômicas de tais setores, não representa desoneração real, como alardeado pela própria presidente Dilma Rousseff. Ao contrário, em alguns casos, haverá até mesmo o pagamento de mais impostos.

Este é o resultado de uma política industrial feita no afogadilho, que não tem por finalidade resolver os reais problemas da indústria: falta de infraestrutura física e humana, alta carga tributária, juros escorchantes, taxa de câmbio que ajuda os importadores, etc. São causas profundas de nossa perda de competitividade internacional.

Em vez de se preocupar com isso, o governo quer é produzir boas notícias, buscando reproduzir a estratégia midiática de seu antecessor. Fiel a seu mestre, a presidente Dilma prefere o faz-de-conta da publicidade ao enfrentamento das verdadeiras causas dessa situação.

Um dos motivos apontados pelos representantes desses setores que tornam inócuas as medidas do governo é que as indústrias escolhidas para fazer parte do projeto-piloto de desoneração da folha de pagamento são as que mais enfrentam concorrência de importados, barateados pelo generoso câmbio que tem apreciado nossa moeda, esse sim um problema real.

Além isso, dois preocupantes fenômenos ocorrem sem chamar a devida atenção do governo: nossa crescente dependência do mercado chinês, tornando-nos meros exportadores de matérias primas e de commodities, e os sinais vindos da indústria nacional, que deverá puxar para baixo o crescimento da economia nacional neste ano, por conta da política cambial do governo e da retração do consumo, fruto do cenário de incertezas que ronda a economia mundial nesse recrudescimento da crise de 2008.

Isso sem falar dos investimentos, que não estão se expandindo na velocidade e taxas projetadas, ao ponto de empresas de consultoria, como a Tendências, por exemplo, trabalhar com uma retração de 0,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Assim, já foi revisto o crescimento do PIB do segundo trimestre de 1,1% para 0,7%, o que impactará negativamente o crescimento anual da nossa economia.

Enquanto a propaganda oficial trombeteia, em todos os tipos de mídia, os benefícios do Programa Brasil Maior, carro-chefe de uma pretendida política industrial do governo, a realidade é a crescente e silenciosa dependência da China e o contínuo processo de estagnação e declínio de nossa indústria.

Ao contrário do ufanismo do governo, o que vemos é um país sendo tocado em tom menor, com a incompetência gerencial tão marcante no lulodilmismo.


http://portal.pps.org.br/portal/showData/210819

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