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Família diz que documentação possibilita a apuração das circunstâncias e responsabilidades pelo atendimento
Quase 27 anos após a morte obscura de Tancredo Neves, eleito presidente da República em 1985, a família dele quer que as circunstâncias da internação e falecimento venham à tona.
Para isso, entrou na Justiça Federal, em Brasília, com pedido de um habeas data para que o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo e o Conselho Regional do Distrito Federal entreguem todas as sindicâncias, inquéritos ético-disciplinares, documentos e depoimentos dos médicos referentes ao atendimento prestado ao presidente.
A intenção é de se esclarecer as circunstâncias e causa da morte, com a possível responsabilização da equipe médica. Tancredo Neves foi eleito presidente, por meio do voto indireto de um colégio eleitoral, em 1985, mas não chegou a assumir a cadeira. Morreu no dia 21 de abril do mesmo ano, em São Paulo. A tensão do momento tinha como pano de fundo o fim da ditadura militar.
Tancredo seria o primeiro presidente após o período de chumbo. Sua internação foi cercada de mistérios. No dia 14 de março, dois dias antes a da posse, foi internado em estado grave no Hospital de Base, em Brasília, para “tratar de antigas dores abdominais”.
Depois, foi levado ao Incor, em São Paulo. Assumiu o Executivo federal, à época, José Sarney. Na última quarta-feira (8), familiares do ex-presidente Tancredo Neves entraram na Justiça para requerer os documentos acerca da morte.
O Conselho Federal de Medicina abriu procedimento para apurar as circunstâncias do falecimento. Porém, as conclusões nunca vieram a público. Os advogados da família são Juliana Porcaro Bisol, Bruno Prenholato e Cláudia Duarte. Eles ainda contam com o apoio do historiador Luís Mir. “O habeas data médico do presidente Tancredo Neves possibilita definir as responsabilidades dos médicos envolvidos nesse caso. É também uma reparação histórica para aqueles momentos difíceis que a sociedade brasileira teve que enfrentar, quando o presidente, o líder da redemocratização e primeiro civil a ser eleito depois de 21 anos de ditadura, foi mal diagnosticado e mal operado (sem necessidade) às vésperas de sua posse na Presidência da República”, afirmaram os representantes da família.
Luís Mir é autor de livro sobre o episódio que resultou na morte de Tancredo Neves. Para ele, o presidente poderia ter sido salvo se erros primários não tivessem ocorrido com a equipe médica que cuidou do caso.
“Os documentos, junto com os prontuários médicos já em posse da Família Neves, fecham esse trágico capítulo da história brasileira, além de recuperar a verdade médica, ética, sobre as responsabilidades dos médicos envolvidos no atendimento prestado a Tancredo”, entenderam os representantes da família.
O presidente foi diagnosticado com uma apendicite aguda com abscesso e suspeita de peritonite. Em entrevista recente, Mir disse que se via na ecografia um tumor, com necrose, gás e líquido (suspeita de infecção).
Com a bênção de Aecin Snow? ^^
Pela lógica, o próximo é o Ulysses Guimarães?
Família diz que documentação possibilita a apuração das circunstâncias e responsabilidades pelo atendimento
Quase 27 anos após a morte obscura de Tancredo Neves, eleito presidente da República em 1985, a família dele quer que as circunstâncias da internação e falecimento venham à tona.
Para isso, entrou na Justiça Federal, em Brasília, com pedido de um habeas data para que o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo e o Conselho Regional do Distrito Federal entreguem todas as sindicâncias, inquéritos ético-disciplinares, documentos e depoimentos dos médicos referentes ao atendimento prestado ao presidente.
A intenção é de se esclarecer as circunstâncias e causa da morte, com a possível responsabilização da equipe médica. Tancredo Neves foi eleito presidente, por meio do voto indireto de um colégio eleitoral, em 1985, mas não chegou a assumir a cadeira. Morreu no dia 21 de abril do mesmo ano, em São Paulo. A tensão do momento tinha como pano de fundo o fim da ditadura militar.
Tancredo seria o primeiro presidente após o período de chumbo. Sua internação foi cercada de mistérios. No dia 14 de março, dois dias antes a da posse, foi internado em estado grave no Hospital de Base, em Brasília, para “tratar de antigas dores abdominais”.
Depois, foi levado ao Incor, em São Paulo. Assumiu o Executivo federal, à época, José Sarney. Na última quarta-feira (8), familiares do ex-presidente Tancredo Neves entraram na Justiça para requerer os documentos acerca da morte.
O Conselho Federal de Medicina abriu procedimento para apurar as circunstâncias do falecimento. Porém, as conclusões nunca vieram a público. Os advogados da família são Juliana Porcaro Bisol, Bruno Prenholato e Cláudia Duarte. Eles ainda contam com o apoio do historiador Luís Mir. “O habeas data médico do presidente Tancredo Neves possibilita definir as responsabilidades dos médicos envolvidos nesse caso. É também uma reparação histórica para aqueles momentos difíceis que a sociedade brasileira teve que enfrentar, quando o presidente, o líder da redemocratização e primeiro civil a ser eleito depois de 21 anos de ditadura, foi mal diagnosticado e mal operado (sem necessidade) às vésperas de sua posse na Presidência da República”, afirmaram os representantes da família.
Luís Mir é autor de livro sobre o episódio que resultou na morte de Tancredo Neves. Para ele, o presidente poderia ter sido salvo se erros primários não tivessem ocorrido com a equipe médica que cuidou do caso.
“Os documentos, junto com os prontuários médicos já em posse da Família Neves, fecham esse trágico capítulo da história brasileira, além de recuperar a verdade médica, ética, sobre as responsabilidades dos médicos envolvidos no atendimento prestado a Tancredo”, entenderam os representantes da família.
O presidente foi diagnosticado com uma apendicite aguda com abscesso e suspeita de peritonite. Em entrevista recente, Mir disse que se via na ecografia um tumor, com necrose, gás e líquido (suspeita de infecção).
Com a bênção de Aecin Snow? ^^
Pela lógica, o próximo é o Ulysses Guimarães?