Quadrilha de garotas de programa dopava vítimas para olhar o número de seus cartões de crédito e usá-los para fazer pagamentos. Operação foi batizada de 'Crtl C'
RIO — Após três meses de investigações, a Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (DEAT) prendeu, na madrugada deste sábado, integrantes de uma quadrilha especializada em aplicar golpes contra estrangeiros. O bando, formado por 12 mulheres e quatro homens, era especialista no já conhecido “Boa noite cinderela” e também no “Ctrl C” — comando do computador que copia o texto. Nesta nova modalidade de crime, mulheres na condição de garotas de programa decoram as senhas dos cartões de seus “clientes” e fazem transações com os mesmos, em máquinas pessoais.
Segundo o delegado Alexandre Braga, as prostitutas propunham que os programas sexuais fossem em grupo. Enquanto algumas entretinham os estrangeiros, outras se aproveitavam da distração alheia e furtavam os cartões, que eram passados para outras cúmplices, posicionadas em lugares estratégicos. Essas últimas, munidas de máquinas portáteis, passavam os cartões em valores aleatórios e decrescentes, como se fossem compras, até conseguirem zerar a conta das vítimas.
— Uma vez que essas compras eram feitas, elas pediam antecipação do pagamento às operadoras, pagando uma taxa de 3,5%. Enquanto o “Ctrl C” é uma modalidade de furto qualificado, o “Boa noite cinderela” é uma modalidade de roubo com causa de aumento de pena, por causa do concurso de pessoas — comparou o delegado.
Com as transações feitas, os cartões voltavam para as carteiras de seus donos, que muitas vezes só percebiam os estragos no aeroporto.
— Elas desligavam os aparelhos celulares dos homens para que eles não recebessem ligações de seus gerentes e nem mensagens sobre as transações — observa o delegado.
O grupo, que agia em áreas como Ipanema, Copacabana e Lapa, foi descoberto através de depoimentos de alguns turistas. Para desmontar a quadrilha, mais de 50 policiais se infiltraram em bares das Zona Sul, do subúrbio, e da Avenida Brasil. A polícia vai continuar com as investigações. As mulheres serão condenadas por formação de quadrilha, roubo com causa de aumento de pena e furto qualificado. Já aos homens que integravam o bando — muitas deles namorados das mulheres — serão imputados por participação no crime.
— Alguns deles tiravam seu sustento total ou parcial da prostituição de suas respectivas. Nestes casos, serão também enquadrados no rufianismo.
http://oglobo.globo.com/rio/policia-pre ... la-5477530
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RIO — Após três meses de investigações, a Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (DEAT) prendeu, na madrugada deste sábado, integrantes de uma quadrilha especializada em aplicar golpes contra estrangeiros. O bando, formado por 12 mulheres e quatro homens, era especialista no já conhecido “Boa noite cinderela” e também no “Ctrl C” — comando do computador que copia o texto. Nesta nova modalidade de crime, mulheres na condição de garotas de programa decoram as senhas dos cartões de seus “clientes” e fazem transações com os mesmos, em máquinas pessoais.
Segundo o delegado Alexandre Braga, as prostitutas propunham que os programas sexuais fossem em grupo. Enquanto algumas entretinham os estrangeiros, outras se aproveitavam da distração alheia e furtavam os cartões, que eram passados para outras cúmplices, posicionadas em lugares estratégicos. Essas últimas, munidas de máquinas portáteis, passavam os cartões em valores aleatórios e decrescentes, como se fossem compras, até conseguirem zerar a conta das vítimas.
— Uma vez que essas compras eram feitas, elas pediam antecipação do pagamento às operadoras, pagando uma taxa de 3,5%. Enquanto o “Ctrl C” é uma modalidade de furto qualificado, o “Boa noite cinderela” é uma modalidade de roubo com causa de aumento de pena, por causa do concurso de pessoas — comparou o delegado.
Com as transações feitas, os cartões voltavam para as carteiras de seus donos, que muitas vezes só percebiam os estragos no aeroporto.
— Elas desligavam os aparelhos celulares dos homens para que eles não recebessem ligações de seus gerentes e nem mensagens sobre as transações — observa o delegado.
O grupo, que agia em áreas como Ipanema, Copacabana e Lapa, foi descoberto através de depoimentos de alguns turistas. Para desmontar a quadrilha, mais de 50 policiais se infiltraram em bares das Zona Sul, do subúrbio, e da Avenida Brasil. A polícia vai continuar com as investigações. As mulheres serão condenadas por formação de quadrilha, roubo com causa de aumento de pena e furto qualificado. Já aos homens que integravam o bando — muitas deles namorados das mulheres — serão imputados por participação no crime.
— Alguns deles tiravam seu sustento total ou parcial da prostituição de suas respectivas. Nestes casos, serão também enquadrados no rufianismo.
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