PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

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PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#1 Mensagem por ussama » 04 Ago 2012, 12:41

O coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio de Carvalho, disse que a palavra "mensalão" exprime juízo de valor pejorativo. Sua principal queixa é contra o uso feito pela TV Globo e pela Globo News, "que muitas vezes escrevem a palavra até em negrito". E completa: "Uma concessão pública não deveria divulgar teses, apenas informações para o público".

A preocupação é com a repercussão do julgamento nas eleições. Primeiro tentarão resolver a situação com a mídia. Se não funcionar, entrarão na Justiça.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#2 Mensagem por Caubói/38 » 05 Ago 2012, 22:49

ussama escreveu:O coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio de Carvalho, disse que a palavra "mensalão" exprime juízo de valor pejorativo. Sua principal queixa é contra o uso feito pela TV Globo e pela Globo News, "que muitas vezes escrevem a palavra até em negrito". E completa: "Uma concessão pública não deveria divulgar teses, apenas informações para o público".

A preocupação é com a repercussão do julgamento nas eleições. Primeiro tentarão resolver a situação com a mídia. Se não funcionar, entrarão na Justiça.
O PT tá, com isso, querendo tapar o sol da culpa de seus quadros, com a peneira!
De corrupção, corromper e se deixar corromper, esses quadros conheçem bem...., o que está acontecendo com o mensalão" é apenas o reconhecimento público dessa vocação!

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#3 Mensagem por Roy Kalifa » 15 Ago 2012, 18:39

Eu também acho que o termo Mensalão não deveria ser usado. Concordo com os petistas neste ponto.
O termo que a ser usado pela midia deveria ser: Roubo do erário publico

Fica muito mais didático e realista, concordam ?

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#4 Mensagem por Carnage » 26 Ago 2012, 21:27

Pra polemizar um pouco

Nova jurisprudência: contra o PT, basta acusar
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... st_id=1067

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#5 Mensagem por Carnage » 29 Ago 2012, 00:12

http://www.ocafezinho.com/2012/08/28/o- ... emocracia/
O ódio contra a democracia
Miguel do Rosário


Segundo Luiz Garcia, colunista do Globo, o julgamento do mensalão é um “programão”. O texto de Garcia, admitindo a torcida midiática pela condenação, chega a ser naïf. O jornalista conclui, por fim:
Por enquanto, a plateia parece ter feito do relator o seu herói, e do revisor, o vilão da novela. Há exagero nisso, mas não me parece que ela tenha errado: como todo mudo sabe, a plateia costuma ter razão. E, pela televisão, com todo o respeito, o relator tem mais cara de mocinho do que o revisor.
No Segundo Caderno (e no Estadão), Jabor despeja todo seu preconceito contra a democracia:
Já começou o circo da propaganda eleitoral, o desfile de horrores da política brasileira. Será um trem fantasma de caras e bocas e bochechas que traçam um quadro sinistro do Brasil, fragmentado em mil pedaços – o despreparo, a comédia das frases, dos gestos, da juras de amor ao povo, da ostentação de dignidades mancas.

Os candidatos equilibram bolas no nariz como focas amestradas, dão “puns” de talco, dão cambalhotas no ar como babuínos de bunda vermelha, voando em trapézios para a macacada se impressionar e votar neles. Os candidatos têm de comer pastéis de vento, de carne, de palmito, buchada de bode e dizer que gostou, têm de beber cerveja com bicheiros e vagabundos, têm de abraçar gordos fedorentos e aguentar velhinhas sem dente, beijar criancinhas mijadas, têm de ostentar atenção forçada aos papos com idiotas, têm de gargalhar e dar passinhos de “rebolation” quando gostariam de chorar no meio-fio – palhaços de um teatrinho absurdo num país virtual, num grande pagode onde a verdade é mentira e vice versa.
Pois é, Jabor. Políticos tem de se misturar ao povo. Beber cerveja com vagabundos, abraçar gordos fedorentos e velhinhas sem dentes. Assim é o povo brasileiro.

Na ditadura, os políticos viviam situação bem mais confortável. Não tinham que fazer campanha política, nem na TV nem na rua. Reuniam-se no apartamento de algum general e, entre um uisquinho e outro, decidiam quem seriam os manda-chuvas em cada cidade, estado e região brasileira.

Outro trecho do Jabor que merece alguns comentários:
Durante o mandato, o próprio governo FHC cometeu seu erro máximo que até hoje repercute – não explicou didaticamente para a população a revolução estrutural que realizava: estabilização da economia, lei de responsabilidade fiscal, privatizações essenciais, consolidação da dívida interna, saneamento bancário que nos salvou da crise de hoje, telefonia, tudo aquilo que, depois, Lula surripiou como obra sua. Foi arrepiante ver a mentira com 80 por cento de Ibope.
Não é verdade, Jabor. A mídia em peso explicava diuturnamente ao povo o mérito dessas políticas. Tanto é que FHC se reelegeu em 1998. O problema é que foi ficando difícil ao povo continuar confiando no governo enquanto o desemprego disparava, a miséria aumentava, os custos de vida (por causa da privatização) explodiam, e os juros inviabilizavam a economia brasileira. Fui micro-empresário na era tucana, caro Jabor, e lhe digo: foi barra. O cheque especial do Itaú comia o dinheiro da empresa, e não havia ninguém no governo ou na mídia para protestar contra o spread bancário. No máximo, justificavam os juros altos. A desregulamentação dos Correios fez o custo desse subir 2.000% em pouco tempo, o que prejudicou severamente empresas que usavam o serviço. O custo de telefonia explodiu também. O Brasil, de uma hora para outra, passou a ser um dos país mais caros em custos de telefone e internet.

*

Enquanto isso, vemos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no afã de condenar os réus do mensalão, flexibilizarem a presunção da inocência. Os argumentos de Rosa Weber para condenar João Paulo Cunha são estarrecedores. Seguindo Gurgel, ela também alega que a própria ausência de provas condenatórias seria um sinal do crime.

Luiz Fux vai mais fundo, e diz que ônus da prova vai para quem é acusado.

Como não há “ato de ofício”, que seria a ação pela qual se suborna um servidor público, os ministros então decidiram inovar e inventam a tese de que crimes de corrupção passiva independem de ato de ofício.

A inovação é absurda e produzirá uma instabilidade tremenda na justiça brasileira. Um político desonesto manda um laranja seu depositar R$ 10 mil na conta de seu adversário, e pronto, o sujeito está condenado.

Os ministros estão esquecendo que a democracia brasileira inscreve-se num regime capitalista e o nosso sistema eleitoral é fortemente competitivo e concorrencial.

Ou seja, todo mundo tece grandes elogios à democracia, a seus valores, etc, mas quando seus mecanismos internos são desvelados, todo mundo vira o rosto e começa a xingar? É incoerência. O amor pela democracia deve se estender às suas facetas mais complexas. Os partidos precisam de recursos para fazer campanhas políticas. Não entender isso, e ao mesmo tempo se autodenominar um defensor dos valores democráticos, é ser hipócrita. Num cidadão comum, isso é pernicioso, triste. Num juiz, é uma tragédia republicana. É contaminar o judiciário com o vírus do lacerdismo.

Segundo Rosa Weber, o simples fato de “poder praticar atos de ofício” já seria uma prova de culpabilidade. Isso é evidentemente um monstro jurídico, uma peça quase fascista. Ela criminaliza o poder, o qual, numa democracia, emana do povo. Ela criminaliza, portanto, a democracia, a política e o povo.

Luiz Fux afirma que “a verdade é uma quimera, é o que se infere. Se trabalha com a verdade suficiente”. Ou seja, o ministro instaura um novo procedimento: como não se pode provar o crime de um réu, e como a pressão midiática é muito forte, então deve-se condená-lo apenas em função da “verdade suficiente”, ou seja, de uma tese.

Daí a ministra junta três notas, vê que números de série são seguidos e interpreta aquilo como “estranho”. Não importa que este fato sequer tenha sido mencionado pelo Ministério Público. Weber, no desespero de trazer algum resquício de argumento para condenar, assume o papel de um investigador meia tigela.

Para condenar um político inimigo da “opinião publicada” não é necessário mais provas, nem atos de ofício, nem testemunhas, nada. Basta coletar alguns artigos de jornais e decretar a sentença. No dia seguinte, os jornais virão com aplausos e o ministro será festejado quando for visto caminhando em Ipanema.

De fato, existem algumas regras constitucionais que são realmente enfadonhas. É chato, né, ter que arrumar provas para condenar um réu. Bom mesmo era na ditadura, onde um inimigo político era condenado sem que se precisasse reunir documentos, testemunhas, contra a sua pessoa.

O ódio contra a democracia na mídia é cada vez latente e perturbador.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#6 Mensagem por bullitt » 03 Set 2012, 00:29

Qualquer um que condene um político aliado ao PT é automaticamente considerado anti-petista ou tucano. Bom, de fato após uma década de fanfarronice é um tanto difícil evitar de ser anti-petista e é duro tentar olhar sem viés para os fatos (mas não precisa de tanto viés assim para tirar conclusões...) A democracia, sob o ponto de vista da religião conhecida como PT, é que agora todos poderiam roubar e ter caixa 2, já que os outros furtaram no passado, e foram mais discretos ou tiveram o suposto privilégio da mídia golpista. Agora tem essa, tadinho do PT, afinal basta acusar o político, que é condenado. Mais um chororô para os petistas, o oprimido povo eleito por Deus, que é continuamente perseguido pelos nazistas da direita. João Paulo Cunha, mais um fariseu mártir; Espero que, para o bem do país, o próximo seja um dos patriarcas.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#7 Mensagem por japa.cp » 03 Set 2012, 13:24

O PT era um partido que pregava a ética na política mas que para chegar ao poder se vendeu e se comportou como os outros. Dizer que os outros também fazem coisas erradas não justifica os próprios atos ilícitos.

O PT criou inimigos no campo político, e estes nunca vão perder a oportunidade de "jogar na cara" todos os atos ilícitos cometidos. Obviamente existe um sentimento de alegria por parte dos opositores pelo sofrimento dos acusados.
bullitt escreveu:Qualquer um que condene um político aliado ao PT é automaticamente considerado anti-petista ou tucano. Bom, de fato após uma década de fanfarronice é um tanto difícil evitar de ser anti-petista e é duro tentar olhar sem viés para os fatos (mas não precisa de tanto viés assim para tirar conclusões...) A democracia, sob o ponto de vista da religião conhecida como PT, é que agora todos poderiam roubar e ter caixa 2, já que os outros furtaram no passado, e foram mais discretos ou tiveram o suposto privilégio da mídia golpista. Agora tem essa, tadinho do PT, afinal basta acusar o político, que é condenado. Mais um chororô para os petistas, o oprimido povo eleito por Deus, que é continuamente perseguido pelos nazistas da direita. João Paulo Cunha, mais um fariseu mártir; Espero que, para o bem do país, o próximo seja um dos patriarcas.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#8 Mensagem por robertonunes » 03 Set 2012, 13:30

Independente do nome, tudo vai acabar em pizza e o povo vai votar nos mesmos corruptos de novo. E viva o Brasil.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#9 Mensagem por bullitt » 03 Set 2012, 20:10

japa.cp escreveu:O PT era um partido que pregava a ética na política mas que para chegar ao poder se vendeu e se comportou como os outros. Dizer que os outros também fazem coisas erradas não justifica os próprios atos ilícitos.

Exatamente... já ouvi e li de tudo quanto é argumento furado, mas essa é a grande desculpa esfarrapada dos barbichas, cegos pelo fanatismo. Agora que "a casa caiu" não tem mais como falar que foi tudo invenção da imprensa golpista e outras velhas ladainhas.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#10 Mensagem por Gilmor » 04 Set 2012, 15:07

FHC, ex-presidente muito mimado


Eu acho que os amigos e admiradores de Fernando Henrique Cardoso, situados no topo de nossa pirâmide social, deveriam evitar mimos exagerados.

Vão acabar estragando este político e intelectual culto e simpático, que já passou dos 80. FHC participou da luta pela democratização, fez um governo com realizações discutíveis, algumas trágicas e outras muitos importantes. Também deixou muitas recordações junto a tantos brasileiros.

Poucos tiveram a honra de sentar-se à mesa para debater política com Fernando Henrique Cardoso. Eu já.

Em 1975, em plena ditadura militar, FHC compareceu a um debate na USP para discutir a luta pela democratização do país.

Foi um encontro de horas, animado, divertido e inesquecível. Quando me encontra, mais de 30 anos depois, FHC não deixa de fazer brincadeiras a respeito.

No Brasil de 2012, FHC é um ex-presidente mimado. Você entende a situação. A oposição não ganha uma eleição há três campanhas presidenciais. Colocou seu principal herdeiro para disputar o pleito em São Paulo como se fosse a mãe de todas as batalhas e agora enfrenta a possibilidade de encarar a mais dolorosa de todas as derrotas. Aquele que seria o favorito para concorrer em 2014 anda cada vez mais discreto…

Sobrou FHC e ninguém para de falar bem dele. Repare: parece que Fernando Henrique tem razão antes de começar a falar.

Você conhece a situação do garoto mimado. É aquele que é dono da bola e das camisas – e sempre tem lugar garantido no time titular. A mãe nunca dá bronca e o pai sempre arruma um jeito de melhorar a mesada.

As professoras o protegem na sala de aula. Melhoram as notas até quando não merece. Tem aluno que faz muito mais força e nunca recebe o mesmo elogio. Todos nós já vimos isso.

Mas os pedagogos de bairro advertem: graças a esse ambiente de tolerância excessiva, o garoto mimado abusa – e todo mundo acha graça. Não precisa assumir responsabilidades pelo que faz.

Sempre aponta defeitos nos outros.

Qualquer sociólogo B – como filmes B – entende o que ocorre. Os mimos vem de longe mas se acentuaram de uns tempos para cá.

Há um sentimento de culpa em relação a FHC. Abandonado na hora em que teria sido ético fazer sua defesa, agora lhe permitem falar o que quer. Pagam a dívida em dobro, com juros de Pedro Malan. É sempre elogiado, lhe passam a mão na cabeça e jamais se ouve uma critica. Faça um teste, você mesmo.

Dê uma gugada e procure um adjetivo negativo, uma observação crítica ou mesmo uma ironia. Daqui a pouco, vão dizer que a Dilma só faz um bom governo porque vez por outra trocou umas palavrinhas gentis com ele e parou de levar em conta seu padrinho Luiz Inácio Lula da Silva.

Já perdi a conta de quantos livros saíram sobre ele, quantos balanços, quantas interpretações. Gostam tanto de FHC que o formato preferido é de livros-entrevista, onde o próprio protagonista tem a palavra final.

FHC ganhou até uma antologia de fotos. Ficou bem até quando falou que era preciso legalizar a maconha, cocaína, heroína… Em teatro isso se chama fazer o coro. O personagem principal diz o que pensa e os coadjuvantes dão sustentação: repetem, perguntam se não foi mesmo bacana, e assim por diante. Isso é o mais importante. Os universitários, como dizia Silvio Santos, precisam dar razão.

Mas: e a política? A economia? O texto? O debate? O contraponto? Sem substância, os mimos parecem hipocrisia, não é mesmo?

Os carinhos desmedidos são tantos, e tão intensos, que muitas pessoas acreditam, como se fosse um fato demonstrado cientificamente, que tudo o que aconteceu de bom no Brasil depois de 2003 é fruto da herança do governo FHC.

Tudo: do Bolsa Família ao crescimento duas vezes maior do que na década anterior, a redistribuição de renda, a valorização do salario mínimo, o reforço nas garantias dos assalariados, a reação imediata ao colapso dos mercados.

Alfredo Bosi, que dedica vários parágrafos de Dialética da Colonização a criticar FHC, admite que se trata de uma águia intelectual – consegue enxergar, muito longe, mudanças e evoluções que escapam aos observadores pedestres.

Os mimos ajudam a explicar o último artigo de FHC, publicado no Globo e no Estado. O texto tem o título de “Herança Pesada” e se dedica avaliar o governo Lula. Pode ser resumido nestas 21 palavras:

“É pesada como chumbo a herança desse estilo bombástico de governar que esconde males morais e prejuízos materiais sensíveis para o futuro da Nação.”

Vamos combinar. Fernando Henrique entregou um país com a inflação em dois dígitos. Os impostos foram às alturas e só os bobos e acham que a carga tributária é obra de seu sucessor. O desemprego subiu. Sua popularidade era negativa em 13 pontos. Quando foi positiva era menor que a de José Sarney do Plano Cruzado. E antes que você diga que isso é populismo, não custa lembrar que, numa democracia, a opinião popular é (ou deveria ser) muito importante. Essencial, na verdade. Todos os políticos deveriam saber disso.

E a herança de Lula é que é “pesada como chumbo?” Gerou “males morais e prejuízos materiais”?

Falando sério. Em tempos de mensalão, não custa lembrar que o único caso comprovado de compra de votos por dinheiro (“compra de consciências,” como disse o PGR Roberto Gurgel) ocorreu no governo FHC, para aprovar a reeleição.

É mimo demais.

Há um sujeito oculto neste debate. Ora é o sociólogo, distanciado, culto, crítico. Aqui valem as ideias. Ora é o político, engajado, direto, interessado. Aqui residem os fatos.

A arte consiste em escrever como presidente para ser lido como sociólogo.
http://colunas.revistaepoca.globo.com/p ... te-mimado/

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#11 Mensagem por bullitt » 06 Set 2012, 01:01

Fala sério... comprovado o que escrevi anteriormente. Fala-se do PT, justifica-se com coisas do PSDB. :doubt:

Eu não vou me aprofundar dentro do texto do Paulo Moreira Leite, mas vou citar algo que notei (na parte destacada) da tal da "inflação de dois dígitos", uma vez que foi um pico de 12% em 2002. No ano anterior estava na faixa de 7-8%. Vejam o interessante viés de escrever dois dígitos ao invés de 12%, uma vez que dois dígitos para o leitor desavisado dá margem a interpretação de um valor muito maior. Imprensa golpista vale para os dois lados. Aliás o mané esqueceu de falar que o dólar estava a quase R$4 na virada, pela simples razão que os investidores temiam o que viria.

Sobre os tais mimos do presidente Fernando II, ninguém foi tão mimado quanto o sapo cachaceiro. Os puxa-sacos batizaram campo de petróleo e fizeram filme.

Sobre o mensalão do PSDB, sim, é óbvio que ele existiu. Sobre a comprovação do mensalão do PT, o PT e os respectivos barbichas vão continuar negando até o fim, como é de praxe.

Vou parar por aqui que não vale a pena gastar tempo rebatendo copy-and-pastes e já não tenho mais tanta paciência para isso como tinha antes. Aguardando o próximo copy-and-paste.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#12 Mensagem por Gilmor » 07 Set 2012, 13:15

bullitt escreveu:
Exatamente... já ouvi e li de tudo quanto é argumento furado, mas essa é a grande desculpa esfarrapada dos barbichas, cegos pelo fanatismo. Agora que "a casa caiu" não tem mais como falar que foi tudo invenção da imprensa golpista e outras velhas ladainhas.
O problema de alguns sectários é a falta de informação o sujeito leu as sandices do Reinaldo Azevedo e se julga bem informado.

A ultima desse anormal (alem de apoiar oficialmente o Serra) foi afirmar, sem nenhuma fundamentação, que o Lula era billhonário e o pior é que tem espertos que acreditam.

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Re: PT pretende mudar o termo 'mensalão' para 'ação penal'

#13 Mensagem por Gilmor » 07 Set 2012, 22:45

Sobre a comprovação do mensalão do PT, o PT e os respectivos barbichas vão continuar negando até o fim, como é de praxe.
Não haverá comprovação de compra de parlamentares (mensalão) pq isso não está sequer na denuncia.

Quanto ao nivel de corrupção nos partidos brasileiros deixo um referencia para os amigos:


TSE divulga ranking dos partidos que tiveram mais cassações de mandato. DEM é campeão!

Publicado em 07/04/2012
Enviado por Leila Jinkings

Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção desde 2000.

O DEMOCRATAS, com 69 cassações, tem o equivalente a 9,02% de todos os políticos cassados no período de apuração, sendo o campeão. Logo em seguida aparecem PMDB, PSDB, PP e PTB.

Dos partidos com representação no Congresso Nacional, um dos poucos partidos que não tiveram nenhuma cassação foi o PSOL, que está há oito anos no cenário político.

Veja, abaixo, o ranking das irregularidades eleitorais que resultaram em cassação em cada partido.

[ external image ]
http://chicosantanna.wordpress.com/2012 ... e-campeao/

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