Montse Neira

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Montse Neira

#1 Mensagem por florestal » 17 Mar 2013, 20:59

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Montse Neira é uma prostituta que vive em Barcelona, Espanha. De família humilde, trabalhou em diversos serviços, até que, por necessidade econômica, tornou-se prostituta aos 29 anos. Hoje aos 51 (ou 52?) tem um blog na Internet onde defende a legalização da prostituição na Espanha. Diga-se: um blog muito bem feito e essencial para quem quer entender como funciona a prostituição. Formou-se recentemente em Ciências Políticas e é assessora de algumas ONGs que defendem o direito das prostitutas.

Comprei recentemente seu livro "Uma má mulher - A prostituição a céu aberto" e gostei muito, conta a história de sua vida. Selecionei abaixo um trecho do livro em que ela fala no atendimento em que se especializou e que faz até hoje: o atendimento a pessoas com deficiências.

Leiam: Uma má mulher.

*
Devo a prostituição muitas coisas; melhor dizendo, muitas coisas não: devo tudo, desde o bem estar econômico - porque pude manter minha família e tirá-la da pobreza, fazendo com que possuam mais opotunidades de vida - até ao tipo de pessoa que sou.

Ainda que tenha sido muito árduo, meu maior crescimento pessoal ocorreu desde que sou puta. O normal é que, quando se escuta falar de putas ou prostituição, nem sequer passe pela mente a ideia de que possa haver situações boas e louváveis, e, a mais especial de todas é, sem nenhum gênero de dúvida, a minha relação com pessoas - homens - que possuem deficiências, tanto físicas quanto psíquicas.

Comecei a atender a estas pessoas de maneira natural. Além de suas diferenças com as pessoas chamadas "normais", o que eu via era pessoas que eram tratadas como se fossem assexuadas, Dessa maneira descobri que existe um coletivo de pessoas que jamais saberiam o que é sentir a sexualidade de um corpo, as carícias, os beijos, e a respiração do orgasmo, somente pela rejeição que existe pelos diferentes graus de deficiências. São pessoas excluidas social e sexualmente.

Quantas mulheres teriam relações sexuais com um homem com a pele queimada? Ou que não tenha pernas, ou com paralisia cerebral, ou com tetraplégicos, ou com uma fase avançada dessa doença que vai consumindo aos poucos como a esclerose lateral amiotrófica e muitas outras doenças.

Certamente, em meus inícios como puta não pensei que me encontraria com essas situações, porém um dia surgiu a ocasião e assim foi, aplicando apenas o sentido comum, decidi atendê-los e, ademais, atendê-los muito bem. Queria que se sentíssem desejados por uma mulher.

A primeira pessoa que atendi era um garoto com síndrome de Down. Vinha acompanhado de sua mãe. Tinha vinte e seis anos. Não vou negar, o primeiro que sentí foi lástima. A princípio eu não teria que atendê-lo, porém a garota eleita para fazê-lo se recusou porquê se sentia desconfortável em fazê-lo. Assim, me apresentei como voluntária.

Meus sentimentos eram contraditórios. Não queria cair na armadilha de fazê-lo por compaixão, porém é um sentimento que, inevitavelmente, acontece. Queria tratá-lo como aos demais, mas também sabia que era muito diferente e não poderia tratá-lo como os demais; ele queria somente ter sexo "normal", com uma mulher que soubesse entendê-lo, e eu sabia que possivelmente seria a única mulher que estaria com ele. Falo de uma mulher, não de puta, pois não queria fazer um atendimento comum, mas que ele desejasse, vibrasse e não se esquecesse de mim.

Tudo saiu muito bem. Ele não parou de dizer-me como eu era bonita e se mostrou muito carinhoso. E, ao final, sua mãe, que esperava em uma salinha, pode falar comigo a sós e me agradeceu por haver conseguido que seu filho fosse feliz; me perguntou se continuaria na casa, já que desta maneira sempre me procuraria.

Ainda que tenha ido de casa em casa e em locais de trabalho diferentes, fui encontrando diversos clientes com deficiência. Não foram a maioria, porém suficientes para que eu tivesse a inquietude de aprender a tratar e adaptar-me a qualquer situação, já que não é nada fácil. Estes homens tem tudo contra si e é necessário demonstrar muito tato para saber o que falar, quando se deve rir e quando não. Sobretudo com pessoas que sofrem deficiências psíquicas, já que não controlam as emoções e podem ou bem desenvolver um apego muito forte ou bem tornarem-se agressivas, e é muito complicado antecipar determinadas respostas emocionais.

Quando fiquei independente (passei a atender em meu apartamento), decidi que me especializaria em atender a esse coletivo. Tive que me especializar bastante porquê se a sexualidade humana é algo desconhecido e existe o tabú, a sexualidade das pessoas deficientes é mais ainda, já que existe a falsa crença de que não possuem necessidades sexuais; pelo menos, entre a maioria da gente que eu conhecia e conheço, tanto no âmbito da prostituição como fora.

O primeiro que fiz foi verificar na publicidade se ofereciam esses serviços e vi que não. Depois fui a algumas dessas associações que havia e que demorei a encontrar (falo do ano de 1995). No início foi muito difícil, tanto que estive a ponto de desistir, porque se alguns terapeutas educavam aos pais para mentalizarem que seus filhos/filhas tinham necessidades sexuais, as reticências vinham porque eu era puta. Era inevitável que pensassem: "Como vai ficar meu filho com uma puta? E se lhe passa uma enfermidade?".

Pouco a pouco, fui ficando conhecida e colocando anúncios nos jornais em que especificava: "Atendo a pessoas com qualquer tipo de deficiência".
*
Aqui, o seu blog:
http://prostitucion-visionobjetiva.blogspot.com.br/

*

Interessante vídeo onde ela fala sobre si:

http://www.youtube.com/watch?v=qoIvD8ScgsA

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Rodrigão
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Re: Montse Neira

#2 Mensagem por Rodrigão » 19 Mar 2013, 09:48

Cansou de abrir as pernas e agora quer ser escritora...

Surfistinha Gringa ehehe...

Rodrigão.

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