31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

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31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#1 Mensagem por Gilmor » 31 Mar 2013, 21:19

31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

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Os militares comemoram no dia 31 de março o aniversário do golpe militar de 1964, mas até isso é uma farsa; a tomada de poder pelos militares, que tirou da presidência João Goulart, aconteceu mesmo em 1º de abril, dia da mentira; governo Medici (dir.) foi um dos mais repressores do período ditatorial; leia texto sobre o golpe escrito pelo jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, para quem Geisel (esq.) "foi um dos horrores nacionais"


Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo

Num país, algumas datas são para celebrar. Outras, para lamentar.

O dia 31 de março é para lamentar.

Há 49 anos, uma conspiração destruiu uma democracia com o argumento cínico de que estava exatamente preservando a democracia.

O que havia de mais atrasado na sociedade da época se juntou na trama: militares, CIA, políticos conservadores e grandes empresários do jornalismo, como os Mesquitas, Roberto Marinho e Octavio Frias de Oliveira.

A administração que nasceu dessa aliança foi um colosso da inépcia. O Brasil piorou dramaticamente – excetuado o pequeno grupo que tomou conta do Estado.

A desigualdade floresceu.

O país se favelizou. Conquistas trabalhistas foram extirpadas, como a estabilidade. Greves – a única arma dos trabalhadores – foram proibidas. O ensino público que era excelente – e promovia a mobilidade social – foi devastado, com a perseguição a professores e o controle obsceno do que era ensinado nas salas de aula.

O Brasil deu um passo gigantesco para trás em 31 de março de 1964.

Os generais presidentes – Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo – merecem um esculacho eterno.

Falavam em combater a corrupção dos civis e não conseguiram criar em seu partido, a Arena, nada que fosse além de Paulo Maluf.

Foram mais de vinte anos de pesadelo.

Alguns cúmplices dos militares acabaram também se dando mal. Carlos Lacerda, o eterno conspirador, queria que eles derrubassem João Goulart e preparassem o terreno para que ele, Lacerda, ascendesse à presidência.

Os Mesquitas foram obrigados a publicar receitas para ocupar o espaço de textos censurados.

Frias foi submetido à humilhação de receber uma ordem telefônica para demitir o diretor de redação Claudio Abramo, e obedeceu.

Passou.

Mas é bom não esquecer que 31 de março é um dia para lamentar.
http://www.brasil247.com/+9kfdx

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#2 Mensagem por Rodrigão » 01 Abr 2013, 10:06

DUDUKXORRAO escreveu:ou não? Ainda não temos um governo genuinamente democrático,logo,diria que é um dia para reflexão!

Concordo.

Rodrigão.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#3 Mensagem por japa.cp » 01 Abr 2013, 10:37

DUDUKXORRAO escreveu:ou não? Ainda não temos um governo genuinamente democrático,logo,diria que é um dia para reflexão!
Hoje temos um governo democrático mas a qualidade dele é questionável pois ele está infestado "políticos carrapatos parasitas".

Devemos lembrar que naquela época existia grande um conflito ideológico contra a expansão do comunismo liderado pelos Estados Unidos. Nesse conflito ocorreu a revolução cubana apoiada e financiada pela União Soviética e em seguida a tentativa de reproduzir esta revolução em outros países da América Latina incluindo o Brasil.

Muitos dizem que os militares brasileiros optaram pelo mal menor e que se eles não tivessem agido da forma que agiram o Brasil teria um destino semelhante ao de Cuba ou Colômbia com a versão "tupiniquim" das FARC.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#4 Mensagem por diesirae » 01 Abr 2013, 11:38

Ahan....

Mais um sitezinho esquerdista sem qualquer escrúpulo como os que muitos já existem, publicando qualquer porcaria sobre o governo militar.

Vamos procurar saber dos fatos antes de tomar como a de todos a sua opinião política.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#5 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 12:32

diesirae escreveu:Ahan....

Mais um sitezinho esquerdista sem qualquer escrúpulo como os que muitos já existem, publicando qualquer porcaria sobre o governo militar.

Vamos procurar saber dos fatos antes de tomar como a de todos a sua opinião política.

Quer dizer então que a ditadura (ou revolução) militar foi positivo para o país?

Democracia é isso...

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#6 Mensagem por japa.cp » 01 Abr 2013, 13:08

Bartolomeu Barata escreveu:
diesirae escreveu:Ahan....

Mais um sitezinho esquerdista sem qualquer escrúpulo como os que muitos já existem, publicando qualquer porcaria sobre o governo militar.

Vamos procurar saber dos fatos antes de tomar como a de todos a sua opinião política.

Quer dizer então que a ditadura (ou revolução) militar foi positivo para o país?

Democracia é isso...
Não devemos esquecer que houve um processo de abertura e os militares devolveram o poder aos civis e que os "perseguidos" do passado hoje estão no poder, será que eles são tão vítimas quanto dizem ?

Existe um "bombardeio" contra a opinião pública demonizando os militares e vitimizando os perseguidos. Não acredito que os anjos e demônios desta história sejam realmente o que aparentam.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#7 Mensagem por diesirae » 01 Abr 2013, 13:14

Bartolomeu Barata escreveu:
diesirae escreveu:Ahan....

Mais um sitezinho esquerdista sem qualquer escrúpulo como os que muitos já existem, publicando qualquer porcaria sobre o governo militar.

Vamos procurar saber dos fatos antes de tomar como a de todos a sua opinião política.

Quer dizer então que a ditadura (ou revolução) militar foi positivo para o país?

Democracia é isso...
Corrupção não tinha.

Talvez você goste de ser roubado. Tem gente que gosta.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#8 Mensagem por japa.cp » 01 Abr 2013, 13:17

DUDUKXORRAO escreveu:NA VERDADE TEMOS UMA DEMOCRATURA,UM MISTO DE DEMOCRACIA COM DITADURA,TEM ARES DE DEMOCRACIA MAS NA PRATICA É UMA DITADURA,VEJAMOS,UM PAÍS QUE GOVERNA POR MEDIDA PROVISÓRIA E NÃO DEIXA O LEGISLATIVO,LEGISLAR,É UMA DITADURA. POIS TODA VEZ QUE O GOVERNO ENTRA COM UMA MEDIDA PROVISÓRIA,O LEGISLATIVO É OBRIGADO PARAR E ANALISAR A MEDIDA PROVISÓRIA E DESDE 2004 O LEGISLATIVO ESTÁ ENGESSADO,QUE CARACTERIZA UMA DITADURA BRANCA!
O "Mensalão" foi um esquema de corrupção liderado pelo José Dirceu, que foi um dos perseguidos pelos militares no passado. Se este esquema não tivesse sido denunciado talvez o Brasil teria o "Zé Dirceu" como presidente da república governando com um congresso comprado, o que transformaria a nossa democracia de baixa qualidade em uma ditadura disfarçada.

Os militares perseguiram o Zé Dirceu e muitos outros por simples divergência ideológica ou eles fizeram algo para provocar esta perseguição ?

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#9 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 13:50

Na "revolução" não houve corrupção assim como não houve corrupção no governo do FHC, Pq será?

O processo de engavetamento dos dois governos eram soberbos!
Combater a corrupção e derrotar o comunismo: esses eram os principais objetivos que fermentavam os discursos nos quartéis, às vésperas do golpe que derrubou o governo João Goulart, em março de 1964. A noção de corrupção dos militares sempre esteve identificada com uma desonestidade específica: o mau trato do dinheiro público. Reduzia-se a furto. Na perspectiva da caserna, corrupção era resultado dos vícios produzidos por uma vida política de baixa qualidade moral e vinha associada, às vésperas do golpe, ao comportamento viciado dos políticos diretamente vinculados ao regime nacional-desenvolvimentista.

Animado por essa lógica, tão logo iniciou seu governo, o marechal Castello Branco (1964-1967) prometeu dar ampla divulgação às provas de corrupção do regime anterior por meio de um livro branco da corrupção – promessa nunca cumprida, certamente porque seria preciso admitir o envolvimento de militares nos episódios relatados. Desde o início o regime militar fracassou no combate à corrupção, o que se deve em grande parte a uma visão estritamente moral da corrupção.

Essa redução do político ao que ele não é – a moral individual, a alternativa salvacionista – definiu o desastre da estratégia de combate à corrupção do regime militar brasileiro, ao mesmo tempo em que determinou o comportamento público de boa parte de seus principais líderes, preocupados em valorizar ao extremo algo chamado de decência pessoal.

Os resultados da moralidade privada dos generais foram insignificantes para a vida pública do país. O regime militar conviveu tanto com os corruptos, e com sua disposição de fazer parte do governo, quanto com a face mais exibida da corrupção, que compôs a lista dos grandes escândalos de ladroagem da ditadura. Entre muitos outros estão a operação Capemi (Caixa de Pecúlio dos Militares), que ganhou concorrência suspeita para a exploração de madeira no Pará, e os desvios de verba na construção da ponte Rio–Niterói e da Rodovia Transamazônica. Castello Branco descobriu depressa que esconjurar a corrupção era fácil; prender corrupto era outra conversa: “o problema mais grave do Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”.

A declaração de Castello foi feita meses depois de iniciados os trabalhos da Comissão Geral de Investigações. Projetada logo após o golpe, a CGI conduzia os Inquéritos Policiais-Militares que deveriam identificar o envolvimento dos acusados em atividades de subversão da ordem ou de corrupção. Com jurisdição em todo o território nacional, seus processos obedeciam a rito sumário e seus membros eram recrutados entre os oficiais radicais da Marinha e da Aeronáutica que buscavam utilizar a CGI para construir uma base de poder própria e paralela à Presidência da República.

O Ato Institucional n.º 5, editado em 13 de dezembro de 1968, deu início ao período mais violento e repressivo do regime ditatorial brasileiro – e, de quebra, ampliou o alcance dos mecanismos instituídos pelos militares para defender a moralidade pública. Uma nova CGI foi gerada no âmbito do Ministério da Justiça com a tarefa de realizar investigações e abrir inquéritos para fazer cumprir o estabelecido pelo Artigo 8º. do AI-5, em que o presidente da República passava a poder confiscar bens de “todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública”.

Para agir contra a corrupção e dar conta da moralidade pública, os militares trabalharam tanto com a natureza ditatorial do regime como com a vantagem fornecida pela legislação punitiva. Deu em nada. Desde 1968 até 1978, quando foi extinta pelo general Geisel, a CGI mancou das duas pernas. Seus integrantes alimentaram a arrogante certeza de que podiam impedir qualquer forma de rapinagem do dinheiro público, através da mera intimidação, convocando os cidadãos tidos como larápios potenciais para esclarecimentos.

A CGI atribuiu-se ainda a megalomaníaca tarefa de transformar o combate à corrupção numa rede nacional, atuando ao mesmo tempo como um tribunal administrativo especial e como uma agência de investigação e informação. Acabou submergindo na própria mediocridade, enredada em uma área de atuação muito ampla que incluía investigar, por exemplo, o atraso dos salários das professoras municipais de São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte; a compra de adubo superfaturado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e as acusações de irregularidades na Federação Baiana de Futebol. Entre 1968 e 1973 os integrantes da comissão produziram cerca de 1.153 processos. Desse conjunto, mil foram arquivados; 58 transformados em propostas de confisco de bens por enriquecimento ilícito, e 41 foram alvo de decreto presidencial.

Mas o fracasso do combate à corrupção não deve ser creditado exclusivamente aos desacertos da Comissão Geral de Investigações ou à recusa de membros da nova ordem política em pagar o preço da moralidade pública. A corrupção não poupou a ditadura militar brasileira porque estava representada na própria natureza desse regime. Estava inscrita em sua estrutura de poder e no princípio de funcionamento de seu governo. Numa ditadura onde a lei degradou em arbítrio e o corpo político foi esvaziado de seu significado público, não cabia regra capaz de impedir a desmedida: havia privilégios, apropriação privada do que seria o bem público, impunidade e excessos.

A corrupção se inscreve na natureza do regime militar também na sua associação com a tortura – o máximo de corrupção de nossa natureza humana. A prática da tortura política não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e nessa constatação reside o escândalo e a dor. A existência da tortura não surgiu na história desse regime nem como algo que escapou ao controle, nem como efeito não controlado de uma guerra que se desenrolou apenas nos porões da ditadura, em momentos restritos.

Ao se materializar sob a forma de política de Estado durante a ditadura, em especial entre 1969 e 1977, a tortura se tornou inseparável da corrupção. Uma se sustentava na outra. O regime militar elevou o torturador à condição de intocável: promoções convencionais, gratificações salariais e até recompensa pública foram garantidas aos integrantes do aparelho de repressão política. Caso exemplar: a concessão da Medalha do Pacificador ao delegado Sérgio Paranhos Fleury (1933-1979).

A corrupção garantiu a passagem da tortura quando esta precisou transbordar para outras áreas da atividade pública, de modo a obter cumplicidade e legitimar seus resultados. Para a tortura funcionar é preciso que na máquina judiciária existam aqueles que reconheçam como legais e verossímeis processos absurdos, confissões renegadas, laudos periciais mentirosos. Também é necessário encontrar gente disposta a fraudar autópsias, autos de corpo de delito e a receber presos marcados pela violência física. É preciso, ainda, descobrir empresários dispostos a fornecer dotações extra-orçamentárias para que a máquina de repressão política funcione com maior precisão e eficácia.

A corrupção quebra o princípio da confiança, o elo que permite ao cidadão se associar para interferir na vida de seu país, e ainda degrada o sentido do público. Por conta disso, nas ditaduras, a corrupção tem funcionalidade: serve para garantir a dissipação da vida pública. Nas democracias – e diante da República – seu efeito é outro: serve para dissolver os princípios políticos que sustentam as condições para o exercício da virtude do cidadão. O regime militar brasileiro fracassou no combate à corrupção por uma razão simples – só há um remédio contra a corrupção: mais democracia.

Heloisa Maria Murgel Starling é professora de História da Universidade Federal de Minas Gerais e co-autora de Corrupção: ensaios e críticas (Editora da UFMG, 2008).

Endeusar uma farsa vai além de qualquer tipo de ignorância.

A "revolução de 1964" foi um tremendo retrocesso, fomos governados por cabeças de bagre, militares despreparados para o poder e poucos preocupados com a rés-publica.

Os senhores deveriam ter VERGONHA na cara ao defender qualquer um dos pilantras que vieram depois de 1890.

Se há algum governo do qual deveríamos defender e nos orgulhar e fazer justiça perante a todos e a historia, é o governo de Dom Pedro II, mas ao invés disso, os senhores perdem tempo defendendo o indefensável.

Querem ter razão em alguma discussão? Defendam a Dom Pedro II, se qualquer governante que veio depois dele tivesse a mesma boa vontade e sentimento que este teve com a nação, não seriamos o horror que somos hoje!

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#10 Mensagem por Fire Action » 01 Abr 2013, 14:25

Bartolomeu,me desculpe
cabeça de bagre tem dos 2 lados dessa questão
curioso,é que os combatentes desse periodo,são os que hj tem o poder
e o que foi feito em proll do povo?
exemplo
nossa matriz energetica é a mesma
o que foi feito de novo?
BNH,que financiava imovel em 30 anos pro povão(sim,meu pai era do povão,operario)
hoje temos o BNDES,financiando por exemplo estadio pra Copa,megalomanias do Eike e o caralho a 4
tenta vc tirar algum lá
não sou defensor de nenhum lado
apenas acho que tem verdades não ditas,mas de ambos os lados

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#11 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 14:59

Pirroque escreveu:Bartolomeu,me desculpe
cabeça de bagre tem dos 2 lados dessa questão
curioso,é que os combatentes desse periodo,são os que hj tem o poder
e o que foi feito em proll do povo?
exemplo
nossa matriz energetica é a mesma
o que foi feito de novo?
BNH,que financiava imovel em 30 anos pro povão(sim,meu pai era do povão,operario)
hoje temos o BNDES,financiando por exemplo estadio pra Copa,megalomanias do Eike e o caralho a 4
tenta vc tirar algum lá
não sou defensor de nenhum lado
apenas acho que tem verdades não ditas,mas de ambos os lados
Nobre Pirocado:

Concordo com o que vc disse.

Se tem um que defendo, é Dom Pedro II, de resto, quem morram todos sem a benção do padre!

Mas ver camarada defendendo o regime militar é ultrajante! E falo isso sem coloração politica alguma, pois nesse periodo o país só andou pra tras e nada do que foi feito naquela epoca é aproveitado.

Todo governo totalitário só fez merda, mas fazer o q? Se ainda temos nazistas, tadinhos dos militares!

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#12 Mensagem por Gilmor » 01 Abr 2013, 15:13

O ensino foi a maior vitima da abjeta ditadura que afundou esse país durante duas décadas.

O sucateamento do ensino publico e a proibição de disciplinas como filosofia e sociologia tinha como meta impedir que as pessoas aprendessem a pensar. Faz todo o sentido uma ditadura não querer que as pessoas raciocinem. Dessa forma é mais fácil controlar a população.

Pessoas que não raciocinam livremente tem mais propensão a gostar de ditaduras, afinal, tem alguém para decidir por você, não precisa nem pensar.

Lendo alguns posts desse tópico percebo que os militares tiveram grande êxito.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#13 Mensagem por Gilmor » 01 Abr 2013, 15:51

Moralismo capenga

O combate à corrupção foi palavra de ordem durante a ditadura. Nos porões do regime, porém, a ilegalidade prevaleceu.

Heloisa Maria Murgel Starling


Combater a corrupção e derrotar o comunismo: esses eram os principais objetivos que fermentavam os discursos nos quartéis, às vésperas do golpe que derrubou o governo João Goulart, em março de 1964. A noção de corrupção dos militares sempre esteve identificada com uma desonestidade específica: o mau trato do dinheiro público. Reduzia-se a furto. Na perspectiva da caserna, corrupção era resultado dos vícios produzidos por uma vida política de baixa qualidade moral e vinha associada, às vésperas do golpe, ao comportamento viciado dos políticos diretamente vinculados ao regime nacional-desenvolvimentista.

Animado por essa lógica, tão logo iniciou seu governo, o marechal Castello Branco (1964-1967) prometeu dar ampla divulgação às provas de corrupção do regime anterior por meio de um livro branco da corrupção – promessa nunca cumprida, certamente porque seria preciso admitir o envolvimento de militares nos episódios relatados. Desde o início o regime militar fracassou no combate à corrupção, o que se deve em grande parte a uma visão estritamente moral da corrupção.

Essa redução do político ao que ele não é – a moral individual, a alternativa salvacionista – definiu o desastre da estratégia de combate à corrupção do regime militar brasileiro, ao mesmo tempo em que determinou o comportamento público de boa parte de seus principais líderes, preocupados em valorizar ao extremo algo chamado de decência pessoal.

Os resultados da moralidade privada dos generais foram insignificantes para a vida pública do país. O regime militar conviveu tanto com os corruptos, e com sua disposição de fazer parte do governo, quanto com a face mais exibida da corrupção, que compôs a lista dos grandes escândalos de ladroagem da ditadura. Entre muitos outros estão a operação Capemi (Caixa de Pecúlio dos Militares), que ganhou concorrência suspeita para a exploração de madeira no Pará, e os desvios de verba na construção da ponte Rio–Niterói e da Rodovia Transamazônica. Castello Branco descobriu depressa que esconjurar a corrupção era fácil; prender corrupto era outra conversa: “o problema mais grave do Brasil não é a subversão. É a corrupção, muito mais difícil de caracterizar, punir e erradicar”.

A declaração de Castello foi feita meses depois de iniciados os trabalhos da Comissão Geral de Investigações. Projetada logo após o golpe, a CGI conduzia os Inquéritos Policiais-Militares que deveriam identificar o envolvimento dos acusados em atividades de subversão da ordem ou de corrupção. Com jurisdição em todo o território nacional, seus processos obedeciam a rito sumário e seus membros eram recrutados entre os oficiais radicais da Marinha e da Aeronáutica que buscavam utilizar a CGI para construir uma base de poder própria e paralela à Presidência da República.

O Ato Institucional n.º 5, editado em 13 de dezembro de 1968, deu início ao período mais violento e repressivo do regime ditatorial brasileiro – e, de quebra, ampliou o alcance dos mecanismos instituídos pelos militares para defender a moralidade pública. Uma nova CGI foi gerada no âmbito do Ministério da Justiça com a tarefa de realizar investigações e abrir inquéritos para fazer cumprir o estabelecido pelo Artigo 8º. do AI-5, em que o presidente da República passava a poder confiscar bens de “todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública”.

Para agir contra a corrupção e dar conta da moralidade pública, os militares trabalharam tanto com a natureza ditatorial do regime como com a vantagem fornecida pela legislação punitiva. Deu em nada. Desde 1968 até 1978, quando foi extinta pelo general Geisel, a CGI mancou das duas pernas. Seus integrantes alimentaram a arrogante certeza de que podiam impedir qualquer forma de rapinagem do dinheiro público, através da mera intimidação, convocando os cidadãos tidos como larápios potenciais para esclarecimentos.

A CGI atribuiu-se ainda a megalomaníaca tarefa de transformar o combate à corrupção numa rede nacional, atuando ao mesmo tempo como um tribunal administrativo especial e como uma agência de investigação e informação. Acabou submergindo na própria mediocridade, enredada em uma área de atuação muito ampla que incluía investigar, por exemplo, o atraso dos salários das professoras municipais de São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte; a compra de adubo superfaturado pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e as acusações de irregularidades na Federação Baiana de Futebol. Entre 1968 e 1973 os integrantes da comissão produziram cerca de 1.153 processos. Desse conjunto, mil foram arquivados; 58 transformados em propostas de confisco de bens por enriquecimento ilícito, e 41 foram alvo de decreto presidencial.

Mas o fracasso do combate à corrupção não deve ser creditado exclusivamente aos desacertos da Comissão Geral de Investigações ou à recusa de membros da nova ordem política em pagar o preço da moralidade pública. A corrupção não poupou a ditadura militar brasileira porque estava representada na própria natureza desse regime. Estava inscrita em sua estrutura de poder e no princípio de funcionamento de seu governo. Numa ditadura onde a lei degradou em arbítrio e o corpo político foi esvaziado de seu significado público, não cabia regra capaz de impedir a desmedida: havia privilégios, apropriação privada do que seria o bem público, impunidade e excessos.

A corrupção se inscreve na natureza do regime militar também na sua associação com a tortura – o máximo de corrupção de nossa natureza humana. A prática da tortura política não foi fruto das ações incidentais de personalidades desequilibradas, e nessa constatação reside o escândalo e a dor. A existência da tortura não surgiu na história desse regime nem como algo que escapou ao controle, nem como efeito não controlado de uma guerra que se desenrolou apenas nos porões da ditadura, em momentos restritos.

Ao se materializar sob a forma de política de Estado durante a ditadura, em especial entre 1969 e 1977, a tortura se tornou inseparável da corrupção. Uma se sustentava na outra. O regime militar elevou o torturador à condição de intocável: promoções convencionais, gratificações salariais e até recompensa pública foram garantidas aos integrantes do aparelho de repressão política. Caso exemplar: a concessão da Medalha do Pacificador ao delegado Sérgio Paranhos Fleury (1933-1979).

A corrupção garantiu a passagem da tortura quando esta precisou transbordar para outras áreas da atividade pública, de modo a obter cumplicidade e legitimar seus resultados. Para a tortura funcionar é preciso que na máquina judiciária existam aqueles que reconheçam como legais e verossímeis processos absurdos, confissões renegadas, laudos periciais mentirosos. Também é necessário encontrar gente disposta a fraudar autópsias, autos de corpo de delito e a receber presos marcados pela violência física. É preciso, ainda, descobrir empresários dispostos a fornecer dotações extra-orçamentárias para que a máquina de repressão política funcione com maior precisão e eficácia.

A corrupção quebra o princípio da confiança, o elo que permite ao cidadão se associar para interferir na vida de seu país, e ainda degrada o sentido do público. Por conta disso, nas ditaduras, a corrupção tem funcionalidade: serve para garantir a dissipação da vida pública. Nas democracias – e diante da República – seu efeito é outro: serve para dissolver os princípios políticos que sustentam as condições para o exercício da virtude do cidadão. O regime militar brasileiro fracassou no combate à corrupção por uma razão simples – só há um remédio contra a corrupção: mais democracia.

Heloisa Maria Murgel Starling é professora de História da Universidade Federal de Minas Gerais e co-autora de Corrupção: ensaios e críticas (Editora da UFMG, 2008).

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Compson
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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#14 Mensagem por Compson » 01 Abr 2013, 16:50

japa.cp escreveu:Não devemos esquecer que houve um processo de abertura e os militares devolveram o poder aos civis e que os "perseguidos" do passado hoje estão no poder, será que eles são tão vítimas quanto dizem ?

Existe um "bombardeio" contra a opinião pública demonizando os militares e vitimizando os perseguidos. Não acredito que os anjos e demônios desta história sejam realmente o que aparentam.
(1) Os militares não devolveram poder nenhum aos civis. Eles usaram uma retórica de abertura a partir do momento em que se tornou cada vez mais claro que o regime não era eficiente para resolver os problemas nacionais e que se tornou impossível esconder a violência política do regime, com censura, exílios, desaparecimentos e tortura. A denúncia dessas práticas foi um trabalho da resistência o regime, que culminou no movimento das "Diretas Já!", que, ainda assim, não logrou uma eleição direta no fim da ditadura.

(2) Não existe vitimização dos perseguidos.

Em primeiro lugar, não existia luta armada no Brasil antes da ditadura. Portanto, não havia o risco de uma revolução comunista. O que havia era um período efetivamente democrático, onde os diversos setores da sociedade se faziam representar no governo e onde os trabalhadores sindicalizados adquiriam importância crescente. Longe de ser comunismo, havia apenas uma tendência à social democracia no sentido europeu.

Em segundo lugar, é verdade que há de se denunciar que a resistência, armada ou não, comunista ou não, foi, sim, VÍTIMA de um regime violento e da desproporcionalidade de forças entre um Estado com exército e polícia organizados e a parca capacidade de reação e organização dos civis, ainda mais após as intervenções que desmantelaram os sindicatos.

Mas, terceiro, ser vítima não é o ponto principal: os perseguidos não devem ser defendidos porque eram vítimas, mas porque sua luta era JUSTA. O governo que vigorou no Brasil entre 1964 e 1989 foi ilegal, produzido por um golpe de Estado, mantido pela violência e baseado em uma Constituição autocrática, decidida sem participação popular. Era um Estado que deveria ser derrubado e que não tinha legitimidade nenhuma para reprimir movimento nenhum, fosse ele comunista ou democrático. A resistência a um Estado como esse não tem nada de subversiva, está num pensador "comuna" como John Locke e numa constituição "autoritária" como a dos EUA. Qualquer um que se acredite democrático e liberal tem que estar do lado dos perseguidos neste caso.

(3) Misturar a política da época com a política atual confunde mais do que esclarece. Algumas figuras que participaram da resistência ao regime estão hoje no alto escalão do governo federal, mas isso não significa que o governo represente alguma coisa daquela resistência. O cenário político é completamente diferente e os problemas que determinam os progressistas e os conservadores são outros. Na época da ditadura, a necessidade urgente era derrubar o regime; atualmente, as principais questões me parecem ser a ampliação e consolidação dos direitos das minorias, a dinamização do processo econômico pelo combate aos oligopólios e o aprimoramento da democracia com maior pulverização das decisões e participação popular. Infelizmente, o governo atual não parece minimamente comprometido com nenhuma dessas causas...

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#15 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 17:37

Compson escreveu:
japa.cp escreveu:Não devemos esquecer que houve um processo de abertura e os militares devolveram o poder aos civis e que os "perseguidos" do passado hoje estão no poder, será que eles são tão vítimas quanto dizem ?

Existe um "bombardeio" contra a opinião pública demonizando os militares e vitimizando os perseguidos. Não acredito que os anjos e demônios desta história sejam realmente o que aparentam.
(1) Os militares não devolveram poder nenhum aos civis. Eles usaram uma retórica de abertura a partir do momento em que se tornou cada vez mais claro que o regime não era eficiente para resolver os problemas nacionais e que se tornou impossível esconder a violência política do regime, com censura, exílios, desaparecimentos e tortura. A denúncia dessas práticas foi um trabalho da resistência o regime, que culminou no movimento das "Diretas Já!", que, ainda assim, não logrou uma eleição direta no fim da ditadura.

(2) Não existe vitimização dos perseguidos.

Em primeiro lugar, não existia luta armada no Brasil antes da ditadura. Portanto, não havia o risco de uma revolução comunista. O que havia era um período efetivamente democrático, onde os diversos setores da sociedade se faziam representar no governo e onde os trabalhadores sindicalizados adquiriam importância crescente. Longe de ser comunismo, havia apenas uma tendência à social democracia no sentido europeu.

Em segundo lugar, é verdade que há de se denunciar que a resistência, armada ou não, comunista ou não, foi, sim, VÍTIMA de um regime violento e da desproporcionalidade de forças entre um Estado com exército e polícia organizados e a parca capacidade de reação e organização dos civis, ainda mais após as intervenções que desmantelaram os sindicatos.

Mas, terceiro, ser vítima não é o ponto principal: os perseguidos não devem ser defendidos porque eram vítimas, mas porque sua luta era JUSTA. O governo que vigorou no Brasil entre 1964 e 1989 foi ilegal, produzido por um golpe de Estado, mantido pela violência e baseado em uma Constituição autocrática, decidida sem participação popular. Era um Estado que deveria ser derrubado e que não tinha legitimidade nenhuma para reprimir movimento nenhum, fosse ele comunista ou democrático. A resistência a um Estado como esse não tem nada de subversiva, está num pensador "comuna" como John Locke e numa constituição "autoritária" como a dos EUA. Qualquer um que se acredite democrático e liberal tem que estar do lado dos perseguidos neste caso.

(3) Misturar a política da época com a política atual confunde mais do que esclarece. Algumas figuras que participaram da resistência ao regime estão hoje no alto escalão do governo federal, mas isso não significa que o governo represente alguma coisa daquela resistência. O cenário político é completamente diferente e os problemas que determinam os progressistas e os conservadores são outros. Na época da ditadura, a necessidade urgente era derrubar o regime; atualmente, as principais questões me parecem ser a ampliação e consolidação dos direitos das minorias, a dinamização do processo econômico pelo combate aos oligopólios e o aprimoramento da democracia com maior pulverização das decisões e participação popular. Infelizmente, o governo atual não parece minimamente comprometido com nenhuma dessas causas...
=D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D> =D>

Esse governo e todos os outros que o precederam só têm uma única preocupação: Sucessão, eu falo todos os dias aqui:

O que falta no Brasil é estadista, o que temos são politicos, umas coisas nada tem a ver com a outra.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#16 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 17:47

Compson escreveu:
japa.cp escreveu:Não devemos esquecer que houve um processo de abertura e os militares devolveram o poder aos civis e que os "perseguidos" do passado hoje estão no poder, será que eles são tão vítimas quanto dizem ?

Existe um "bombardeio" contra a opinião pública demonizando os militares e vitimizando os perseguidos. Não acredito que os anjos e demônios desta história sejam realmente o que aparentam.
(1) Os militares não devolveram poder nenhum aos civis. Eles usaram uma retórica de abertura a partir do momento em que se tornou cada vez mais claro que o regime não era eficiente para resolver os problemas nacionais e que se tornou impossível esconder a violência política do regime, com censura, exílios, desaparecimentos e tortura. A denúncia dessas práticas foi um trabalho da resistência o regime, que culminou no movimento das "Diretas Já!", que, ainda assim, não logrou uma eleição direta no fim da ditadura.

(2) Não existe vitimização dos perseguidos.

Em primeiro lugar, não existia luta armada no Brasil antes da ditadura. Portanto, não havia o risco de uma revolução comunista. O que havia era um período efetivamente democrático, onde os diversos setores da sociedade se faziam representar no governo e onde os trabalhadores sindicalizados adquiriam importância crescente. Longe de ser comunismo, havia apenas uma tendência à social democracia no sentido europeu.

Em segundo lugar, é verdade que há de se denunciar que a resistência, armada ou não, comunista ou não, foi, sim, VÍTIMA de um regime violento e da desproporcionalidade de forças entre um Estado com exército e polícia organizados e a parca capacidade de reação e organização dos civis, ainda mais após as intervenções que desmantelaram os sindicatos.

Mas, terceiro, ser vítima não é o ponto principal: os perseguidos não devem ser defendidos porque eram vítimas, mas porque sua luta era JUSTA. O governo que vigorou no Brasil entre 1964 e 1989 foi ilegal, produzido por um golpe de Estado, mantido pela violência e baseado em uma Constituição autocrática, decidida sem participação popular. Era um Estado que deveria ser derrubado e que não tinha legitimidade nenhuma para reprimir movimento nenhum, fosse ele comunista ou democrático. A resistência a um Estado como esse não tem nada de subversiva, está num pensador "comuna" como John Locke e numa constituição "autoritária" como a dos EUA. Qualquer um que se acredite democrático e liberal tem que estar do lado dos perseguidos neste caso.

(3) Misturar a política da época com a política atual confunde mais do que esclarece. Algumas figuras que participaram da resistência ao regime estão hoje no alto escalão do governo federal, mas isso não significa que o governo represente alguma coisa daquela resistência. O cenário político é completamente diferente e os problemas que determinam os progressistas e os conservadores são outros. Na época da ditadura, a necessidade urgente era derrubar o regime; atualmente, as principais questões me parecem ser a ampliação e consolidação dos direitos das minorias, a dinamização do processo econômico pelo combate aos oligopólios e o aprimoramento da democracia com maior pulverização das decisões e participação popular. Infelizmente, o governo atual não parece minimamente comprometido com nenhuma dessas causas...

E outra: É uma tremenda de uma BURRICE afirmar que na "revolução" não houve corrupção.

Eu lhes pergunto:

CARALHO, Paulo Maluf, ACM e José Sarney (isso sem mencionar as outras corjas espalhadas pelo centro-oeste, norte e sul) não sub-produtos de que regime?

Parabéns Compson, virou MITO depois dessa...

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#17 Mensagem por Alexandremk » 01 Abr 2013, 20:11

Quando os militares saíram de cena duas coisas eles deixaram como presente de grego:
- Uma inflação fora de controle concomitante com alto índice de desemprego que no final se descambou para uma hiperinflação, que obrigava os brasileiros que recebiam seus salários a sair correndo para o supermercado afim de fazer estoques, pois seu dinheiro perdia de valor na metade do dia. O país era de miseráveis podíamos comparar com os miseráveis da África.

- Um dívida externa impagável, perdi as contas das quantas moratórias e renegociações que o pessoal fazia com o FMI que no final não se cumpria. Quadro parecido com a Europa na sua atual pindaíba vide o caso da Grécia e agora o Chipre que fizeram coisa parecida que a Zélia fez com o malogrado Plano Collor, o confisco do dinheiro. Nunca iria imaginar uma merda dessas.

O engraçado para não dizer trágico tem nego que acha que os militares eram bons governos. Não posso culpá-los afinal de contas os militares conseguiram enganar os trouxas com o dito "milagre econômico" até que pintou a crise do petróleo. Ai a casa caiu...

Como diz o título, realmente é para se refletir...


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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#18 Mensagem por Bartolomeu Barata » 01 Abr 2013, 20:55

Alexandremk escreveu:Quando os militares saíram de cena duas coisas eles deixaram como presente de grego:
- Uma inflação fora de controle concomitante com alto índice de desemprego que no final se descambou para uma hiperinflação, que obrigava os brasileiros que recebiam seus salários a sair correndo para o supermercado afim de fazer estoques, pois seu dinheiro perdia de valor na metade do dia. O país era de miseráveis podíamos comparar com os miseráveis da África.

- Um dívida externa impagável, perdi as contas das quantas moratórias e renegociações que o pessoal fazia com o FMI que no final não se cumpria. Quadro parecido com a Europa na sua atual pindaíba vide o caso da Grécia e agora o Chipre que fizeram coisa parecida que a Zélia fez com o malogrado Plano Collor, o confisco do dinheiro. Nunca iria imaginar uma merda dessas.

O engraçado para não dizer trágico tem nego que acha que os militares eram bons governos. Não posso culpá-los afinal de contas os militares conseguiram enganar os trouxas com o dito "milagre econômico" até que pintou a crise do petróleo. Ai a casa caiu...

Como diz o título, realmente é para se refletir...

O tal do milagre economico foi uma das maiores mentiras que já conseguiram fabricar.

Dizer que os militares tomaram o poder devido a posivel inclinação do governo ao comunismo é absurdo, pois militar não tem ideologia e nem tem preparo pra tal, o Brasil era um peão no jogo de tabuleiro da geopolitica da epoca, os ianques moveram a peça e deu no que deu.

Dizer que não havia corrupção no governo militar é outra falácia! Quem e qual orgão de imprensa poderia denunciar tais desvios? O que fizeram nas obras da transamazônica (isso pra citar um caso só) foi o quê?

Dizer que os indices de violencia eram baixos, quem media tais indices?

Sem querer defender a atual gestão, mas, varios crimes de corrupção foram divulgados e os responsáveis foram ou serão julgados, o que foi para de baixo dos panos? Nos governos anteriores TUDO foi jogado pra debaixo do tapete...Todo mundo fala do mensalão mas ninguem fala a respeito da reeleição, da lista de furnas, etc e tal...Os crimes de corrupção do governo militar NUNCA foram investigados...

Defender um regime nefasto sem base alguma e alicerçado por mentiras é estupido!

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#19 Mensagem por O Pastor » 01 Abr 2013, 22:36

Com os militares o país aumentou exponencialmente sua dependência externa. O engraçado é que pode-se acusá-los de tudo, menos de serem ufanista, daí a contradição em relação a dependência estrangeira.

Em primeiro lugar, não existia luta armada no Brasil antes da ditadura. Portanto, não havia o risco de uma revolução comunista. O que havia era um período efetivamente democrático, onde os diversos setores da sociedade se faziam representar no governo e onde os trabalhadores sindicalizados adquiriam importância crescente. Longe de ser comunismo, havia apenas uma tendência à social democracia no sentido europeu.
Heheheh!!

Bom caro Compson, é mais ou menos isso, mas nem tanto. O governo João Goulart tinha uma base de apoio muito forte no populismo de esquerda. Foi dos poucos governos desse país a ter apoio integral da UNE, por exemplo, numa época em que a UNE representava alguma coisa de útil. Era inegável sua tendência para o comunismo, embora não o fosse na acepção da palavra. Foi um governo que procurou respeitar a constituição e a democracia. E de fato não havia indicios de que haveria, por exemplo, um chavismo à moda Goulart.

O período era muito tumultuado. Renúncia patética de Jânio, seguido de um quase golpe militar em 1961, um quase parlamentarismo...além da pressão externa, havia por parte da nossa AD-ETERNUM classe média conservadora, sempre conservadora, eternamente conservadora e cagalhona, um medo, um pavor de que da noite pro dia nosso país virasse uma Cuba. E isso era uma coisa muito forte naquela época. Há de se entender que em 1962, Cuba havia acabado de concretizar uma das mais espetaculares revoluções populares da história da humanidade, derrubando um governo corrupto, conservador de direita que era literalmente controlado pela máfia italiana. Logo, a direita tupiniquim se sentia impelida a temer uma possível guinada do país pra extrema esquerda. Com Goulart, os sindicatos iam se fortalecendo e havia muitas greves em função disso, todos os partidos eram legais, havia um programa de governo que tendia a tentar resolver velhos problemas, como a reforma agrária. Se hoje em dia, a nossa classe média se enfurece com o MST, imagine nos 1960s??

O erro de Goulart talvez tenha sido o de não saber avaliar a situação, antes de dar uma nova pancada. Seu discurso histórico na Central do Brasil, em março de 1964, embora corajoso, foi desnecessário, porque os animos já estavam pra lá de quentes. Foi o estopim que a besta precisava...

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#20 Mensagem por Fire Action » 02 Abr 2013, 01:02

Milagre economico é a mesma merda do tao propalado espetaculo do crescimento com pibinho de bosta
me parece que sempre tem trouxa a disposiçao,não é mesmo?

qto a educaçao,já que o vermelho gilmor citou,os milicos abdicavam da sociologia e da filosofia,por isso a derrocada
os atuais,tem projeto de abdicar do portugues e da matematica em proll da sociologia e da filosofia
rotos falando dos rasgados

conclusão que tiro de tudo isso
só mudaram as moscas
a merda é a mesma

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#21 Mensagem por old owl » 02 Abr 2013, 06:52

:lol: :lol: :lol:
Cerca de 40 anos depois tenho uma visão que o dia 31 de março não é um dia para se comemorar mas tambem não é um dia para se lamentar...O que acabou ocorrendo depois isto sim é lamentavel.

Depois da "queda do avião" do Castelo Branco houve uma serie de eventos cuminando com o 13 de dezembro de 1968 data do AI5 esta sim é uma data para se lamentar. quem tiver curiosidade que pesquise a respeito.

O desenvolvimento ocorrido no periodo tinha tanto haver com a competencia do regime, como o alegado desenvolvimento atual tem haver com a competencia do governo PT, a China tem um regime politido de merda e caminha a passos largos e rapidos para ser a maior economia do mundo.

ABS

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#22 Mensagem por estressado » 02 Abr 2013, 07:45

Os milicos que se fodam, mas aturar os esquerdistas e suas artimanhas no poder também é dose... Mas o que me espanta mais é a decadência do jornalismo brasileiro.

O Governo divulgar que o estatuto do desarmamento reduziu a compra de armas, com base num estudo do IPEA a partir do orçamento das famílias do IBGE (http://g1.globo.com/jornal-da-globo/not ... rasil.html), sem eu ter visto ninguém questionar que correlação não implica causalidade e que essa base de dados não parece ser adequada é patético.

E a digitalização dos documentos do DEOPS: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2 ... adura.html

Só mostra como o Estado era ridículo, tipo a URSS naquele filme "A Vida dos Outros". E também não vi ninguém questionando quanto custou e por que levou tanto tempo pra escanear esses documentos... Tinham que divulgar de início os documentos das forças armadas e pronto.

Mas pra quê dizer a verdade que realmente importa gastando pouco os impostos que a classe média paga? O povão que realmente vota nos companheiros tá feliz com o Bolsa Família, o ProUni, etc.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#23 Mensagem por Compson » 02 Abr 2013, 09:36

O Pastor escreveu:O erro de Goulart talvez tenha sido o de não saber avaliar a situação, antes de dar uma nova pancada. Seu discurso histórico na Central do Brasil, em março de 1964, embora corajoso, foi desnecessário, porque os animos já estavam pra lá de quentes. Foi o estopim que a besta precisava...
A influência efetivamente comunista no Brasil era pequena, o problema é que qualquer opinião um pouco mais à esquerda era acusada de comunismo... Um desenvolvimentista de corpo e alma como Celso Furtado, que hoje poderia estar no governo, foi taxado de comunista. O plano de contenção da inflação de Goulart e Furtado era predominantemente ortodoxo, com contenção de crédito e redução do déficit público. Enfim, o risco daquele governo capitanear uma guinada comunista era tão grande quanto o de Dilma concluir a reforma agrária...

O que havia era um enorme impasse entre o presidente Goulart, de origem sindical e sujeito a forte pressão dos sindicatos, e os núcleos tradicionais de influência do empresariado privado no governo. Goulart tentou coordenar essa situação como deu e acabou se queimando dos dois lados. Não tinha (e nunca teve) a confiança dos empresários e perdeu gradualmente o apoio dos sindicatos em razão de diversas resistências a aumentos de salários e concessões de direitos, e de manobras (algumas bem sucedidas) que tentou fazer para manipulá-los.

Igualmente, os EUA e o FMI, diante da frágil situação financeira externa do país, impunham cada vez mais restrições ao empréstimo de recursos e à renegociação das dívidas, tentando forçar o governo a adotar medidas ortodoxas e a se afastar dos núcleos mais à esquerda da política.

O discurso da Central do Brasil foi uma medida desesperada de recuperar o apoio dos trabalhadores quando Goulart viu que estava isolado. Era uma tentativa de romper o impasse entre trabalhadores e empresários, assumindo francamente a opção por causas trabalhistas. Não deu certo, pois os conservadores estavam muito mais organizados para reagir, com seus núcleos nas forças armadas, na mídia e apoio dos EUA... E, de fato, reagiram, pois naquele momento era difícil prever até que ponto iria o radicalismo de Goulart.

Para se ter uma ideia do nível de delírio que predominava na época, um historiador brasileiro pesquisou uns arquivos do governo americano recentemente abertos ao público e descobriu um plano dos EUA para apoiar os Estados simpatizantes (basicamente SP e Nordeste) numa Guerra de Secessão caso Goulart ou outro agente político convertesse o país ao comunismo... Plano mesmo, com previsão de provisões de combustíveis, armas etc.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#24 Mensagem por japa.cp » 02 Abr 2013, 16:03

Compson escreveu:
O Pastor escreveu:O erro de Goulart talvez tenha sido o de não saber avaliar a situação, antes de dar uma nova pancada. Seu discurso histórico na Central do Brasil, em março de 1964, embora corajoso, foi desnecessário, porque os animos já estavam pra lá de quentes. Foi o estopim que a besta precisava...
A influência efetivamente comunista no Brasil era pequena, o problema é que qualquer opinião um pouco mais à esquerda era acusada de comunismo... Um desenvolvimentista de corpo e alma como Celso Furtado, que hoje poderia estar no governo, foi taxado de comunista. O plano de contenção da inflação de Goulart e Furtado era predominantemente ortodoxo, com contenção de crédito e redução do déficit público. Enfim, o risco daquele governo capitanear uma guinada comunista era tão grande quanto o de Dilma concluir a reforma agrária...

O que havia era um enorme impasse entre o presidente Goulart, de origem sindical e sujeito a forte pressão dos sindicatos, e os núcleos tradicionais de influência do empresariado privado no governo. Goulart tentou coordenar essa situação como deu e acabou se queimando dos dois lados. Não tinha (e nunca teve) a confiança dos empresários e perdeu gradualmente o apoio dos sindicatos em razão de diversas resistências a aumentos de salários e concessões de direitos, e de manobras (algumas bem sucedidas) que tentou fazer para manipulá-los.

Igualmente, os EUA e o FMI, diante da frágil situação financeira externa do país, impunham cada vez mais restrições ao empréstimo de recursos e à renegociação das dívidas, tentando forçar o governo a adotar medidas ortodoxas e a se afastar dos núcleos mais à esquerda da política.

O discurso da Central do Brasil foi uma medida desesperada de recuperar o apoio dos trabalhadores quando Goulart viu que estava isolado. Era uma tentativa de romper o impasse entre trabalhadores e empresários, assumindo francamente a opção por causas trabalhistas. Não deu certo, pois os conservadores estavam muito mais organizados para reagir, com seus núcleos nas forças armadas, na mídia e apoio dos EUA... E, de fato, reagiram, pois naquele momento era difícil prever até que ponto iria o radicalismo de Goulart.

Para se ter uma ideia do nível de delírio que predominava na época, um historiador brasileiro pesquisou uns arquivos do governo americano recentemente abertos ao público e descobriu um plano dos EUA para apoiar os Estados simpatizantes (basicamente SP e Nordeste) numa Guerra de Secessão caso Goulart ou outro agente político convertesse o país ao comunismo... Plano mesmo, com previsão de provisões de combustíveis, armas etc.
A guerra fria ocorreu principalmente no campo ideológico, onde de um lado os EUA lutava contra a expansão do comunismo que a URSS tentava "implantar" no resto do mundo. Existia o temor da tentativa de reproduzir a revolução cubana em outros países da América Latina e isso inclui o Brasil.

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#25 Mensagem por Gilmor » 02 Abr 2013, 17:42

Seria interessante que os saudosistas da ditadura especificassem do que eles sentem mais falta...

Se do sucateamento do ensino publico, da sabotagem da infra estrutura ou do superfaturamento de obras faraônicas( não concluídas) como a Transamazônica?

Será que sentem mais saudades dos senadores biônicos ou dos governadores nomeados como Maluf?

Seriam mais saudosos da censura ou da tortura?

Da inflação de três dígitos ou da favelização do Brasil?

Com a palavra as viúvas da dita dura..


A propósito, essa estória de que o Brasil estava prestes a se tornar comunista, não faz o menor sentido pra alguém com mais de dois neurônios .

O Brasil era governado pelo latifundiário João Goulart, tinha uma constituição democrática e claramente capitalista, que sempre foi respeitada, até o golpe de 64.

O governo de então nunca atacou a propriedade privada, e as reforma de base, pretendidas na época não decorriam de nenhuma inspiração comunista.

Tratavam-se de medidas , como a reforma agrária,, realizada em todos os países (capitalistas) desenvolvidos de então.

O golpe militar só serviu para o atraso do país, o saldo foi um país sem infra estrutura, com um povo ignorante, empobrecido e endividado.

Ainda vamos levar décadas para nos livrar dessa herança maldita..

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#26 Mensagem por Fire Action » 02 Abr 2013, 20:40

Gilmor escreveu:Seria interessante que os saudosistas da ditadura especificassem do que eles sentem mais falta...

Se do sucateamento do ensino publico, da sabotagem da infra estrutura ou do superfaturamento de obras faraônicas( não concluídas) como a Transamazônica?

Será que sentem mais saudades dos senadores biônicos ou dos governadores nomeados como Maluf?

Seriam mais saudosos da censura ou da tortura?

Da inflação de três dígitos ou da favelização do Brasil?

Com a palavra as viúvas da dita dura..


A propósito, essa estória de que o Brasil estava prestes a se tornar comunista, não faz o menor sentido pra alguém com mais de dois neurônios .

O Brasil era governado pelo latifundiário João Goulart, tinha uma constituição democrática e claramente capitalista, que sempre foi respeitada, até o golpe de 64.

O governo de então nunca atacou a propriedade privada, e as reforma de base, pretendidas na época não decorriam de nenhuma inspiração comunista.

Tratavam-se de medidas , como a reforma agrária,, realizada em todos os países (capitalistas) desenvolvidos de então.

O golpe militar só serviu para o atraso do país, o saldo foi um país sem infra estrutura, com um povo ignorante, empobrecido e endividado.

Ainda vamos levar décadas para nos livrar dessa herança maldita..
Foram os milicos que enterraram uma bagaça com o finado SIVAM?
todos fazem e seguem fazendo merda
uns são apontados,outros não

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#27 Mensagem por Bartolomeu Barata » 02 Abr 2013, 22:24

Pirroque escreveu:
Gilmor escreveu:Seria interessante que os saudosistas da ditadura especificassem do que eles sentem mais falta...

Se do sucateamento do ensino publico, da sabotagem da infra estrutura ou do superfaturamento de obras faraônicas( não concluídas) como a Transamazônica?

Será que sentem mais saudades dos senadores biônicos ou dos governadores nomeados como Maluf?

Seriam mais saudosos da censura ou da tortura?

Da inflação de três dígitos ou da favelização do Brasil?

Com a palavra as viúvas da dita dura..


A propósito, essa estória de que o Brasil estava prestes a se tornar comunista, não faz o menor sentido pra alguém com mais de dois neurônios .

O Brasil era governado pelo latifundiário João Goulart, tinha uma constituição democrática e claramente capitalista, que sempre foi respeitada, até o golpe de 64.

O governo de então nunca atacou a propriedade privada, e as reforma de base, pretendidas na época não decorriam de nenhuma inspiração comunista.

Tratavam-se de medidas , como a reforma agrária,, realizada em todos os países (capitalistas) desenvolvidos de então.

O golpe militar só serviu para o atraso do país, o saldo foi um país sem infra estrutura, com um povo ignorante, empobrecido e endividado.

Ainda vamos levar décadas para nos livrar dessa herança maldita..
Foram os milicos que enterraram uma bagaça com o finado SIVAM?
todos fazem e seguem fazendo merda
uns são apontados,outros não
Os que são apontados foram julgados e condenados, como em uma democracia de primeiro mundo.

E os que foram apontados e ainda não foram julgados? Ninguem quer falar a respeito da lista de furnas né? E a compra do parlamento para a reeleição?

O Compson tem razão quando disse: Vai demorar gerações para nos livramos das merdas que os militares fizeram.

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Fire Action
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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#28 Mensagem por Fire Action » 02 Abr 2013, 23:55

Bartolomeu Barata escreveu:
Pirroque escreveu:
Gilmor escreveu:Seria interessante que os saudosistas da ditadura especificassem do que eles sentem mais falta...

Se do sucateamento do ensino publico, da sabotagem da infra estrutura ou do superfaturamento de obras faraônicas( não concluídas) como a Transamazônica?

Será que sentem mais saudades dos senadores biônicos ou dos governadores nomeados como Maluf?

Seriam mais saudosos da censura ou da tortura?

Da inflação de três dígitos ou da favelização do Brasil?

Com a palavra as viúvas da dita dura..


A propósito, essa estória de que o Brasil estava prestes a se tornar comunista, não faz o menor sentido pra alguém com mais de dois neurônios .

O Brasil era governado pelo latifundiário João Goulart, tinha uma constituição democrática e claramente capitalista, que sempre foi respeitada, até o golpe de 64.

O governo de então nunca atacou a propriedade privada, e as reforma de base, pretendidas na época não decorriam de nenhuma inspiração comunista.

Tratavam-se de medidas , como a reforma agrária,, realizada em todos os países (capitalistas) desenvolvidos de então.

O golpe militar só serviu para o atraso do país, o saldo foi um país sem infra estrutura, com um povo ignorante, empobrecido e endividado.

Ainda vamos levar décadas para nos livrar dessa herança maldita..
Foram os milicos que enterraram uma bagaça com o finado SIVAM?
todos fazem e seguem fazendo merda
uns são apontados,outros não
Os que são apontados foram julgados e condenados, como em uma democracia de primeiro mundo.

E os que foram apontados e ainda não foram julgados? Ninguem quer falar a respeito da lista de furnas né? E a compra do parlamento para a reeleição?

O Compson tem razão quando disse: Vai demorar gerações para nos livramos das merdas que os militares fizeram.

Vou frizar novamente
não sou militar,sou um simples prestador de serviços de assistencia tecnica
não sou aprtidario de ideologia alguma,apenas comento o que vejo
vivi a epoca dos milicos
vivo a epoca atual
todos os que a eles endereçavam o dedo,hj fazem igual ou pior
haja visto a merda camuflada que vivemos hj


Agora entendo o pq do Compson defenestrar com o Gilmor e oGuto
eles vem,perguntam,fazem a folia deles,mas não respondem os questionamentos
Gilmor só cita links de assuntos que comungam com o que ele quer
ou os exilados de outrora não são os que hj ditam regras na educaçao?
melhorou com as progressões continuadas e afins?
acho que não,pelos parcos exemplos que o enem nos passa
colegas,tenho filho no fundamental e no medio
sempre estudei em colegio publico,e minha base foi muito boa
diferente da merda que vejo hj
deixo a discussão para os mais entendidos(sem trocadilhos infâmes :lol: )

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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#29 Mensagem por Gilmor » 03 Abr 2013, 00:33

Pirroque escreveu:
Bartolomeu Barata escreveu:
Pirroque escreveu:
Gilmor escreveu:Seria interessante que os saudosistas da ditadura especificassem do que eles sentem mais falta...

Se do sucateamento do ensino publico, da sabotagem da infra estrutura ou do superfaturamento de obras faraônicas( não concluídas) como a Transamazônica?

Será que sentem mais saudades dos senadores biônicos ou dos governadores nomeados como Maluf?

Seriam mais saudosos da censura ou da tortura?

Da inflação de três dígitos ou da favelização do Brasil?

Com a palavra as viúvas da dita dura..


A propósito, essa estória de que o Brasil estava prestes a se tornar comunista, não faz o menor sentido pra alguém com mais de dois neurônios .

O Brasil era governado pelo latifundiário João Goulart, tinha uma constituição democrática e claramente capitalista, que sempre foi respeitada, até o golpe de 64.

O governo de então nunca atacou a propriedade privada, e as reforma de base, pretendidas na época não decorriam de nenhuma inspiração comunista.

Tratavam-se de medidas , como a reforma agrária,, realizada em todos os países (capitalistas) desenvolvidos de então.

O golpe militar só serviu para o atraso do país, o saldo foi um país sem infra estrutura, com um povo ignorante, empobrecido e endividado.

Ainda vamos levar décadas para nos livrar dessa herança maldita..
Foram os milicos que enterraram uma bagaça com o finado SIVAM?
todos fazem e seguem fazendo merda
uns são apontados,outros não
Os que são apontados foram julgados e condenados, como em uma democracia de primeiro mundo.

E os que foram apontados e ainda não foram julgados? Ninguem quer falar a respeito da lista de furnas né? E a compra do parlamento para a reeleição?

O Compson tem razão quando disse: Vai demorar gerações para nos livramos das merdas que os militares fizeram.

Vou frizar novamente
não sou militar,sou um simples prestador de serviços de assistencia tecnica
não sou aprtidario de ideologia alguma,apenas comento o que vejo
vivi a epoca dos milicos
vivo a epoca atual
todos os que a eles endereçavam o dedo,hj fazem igual ou pior
haja visto a merda camuflada que vivemos hj


Agora entendo o pq do Compson defenestrar com o Gilmor e oGuto
eles vem,perguntam,fazem a folia deles,mas não respondem os questionamentos
Gilmor só cita links de assuntos que comungam com o que ele quer

ou os exilados de outrora não são os que hj ditam regras na educaçao?
melhorou com as progressões continuadas e afins?
acho que não,pelos parcos exemplos que o enem nos passa
colegas,tenho filho no fundamental e no medio
sempre estudei em colegio publico,e minha base foi muito boa
diferente da merda que vejo hj
deixo a discussão para os mais entendidos(sem trocadilhos infâmes :lol: )
Caro pirroque,

Não tive a intenção de deixar seu questionamento sem resposta, no entanto, tive dificuldade em entender sua pergunta.

Não sei ao certo qual o problema q vc refere em relação ao SIVAN, se foi a licitação direcionada no gov. FHC ou outro problema, sendo assim, aguardo maiores esclarecimentos para emitir opinião.

Atenciosamente,

Gilmor

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Bartolomeu Barata
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Re: 31 DE MARÇO, UM DIA PARA SE LAMENTAR

#30 Mensagem por Bartolomeu Barata » 03 Abr 2013, 00:44

Nobre pirocado:

Na epoca q vc estudava, os professores não eram crias da ditadura.
Quando eu estudava, eles eram.
Quem estuda agora, tá fudido, pq é da minha geração.

Porem uma coisa é certa: Se aprende muito mais fora da escola do q dentro dela, desde q o mundo é mundo!

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