Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

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Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#1 Mensagem por Ximba » 27 Nov 2013, 08:29

Estranho que uma notícia dessas não sai na globo, UOL, só um notinha bem pequenininha na CBN. Também entenda-se o pq né, foram mais de 400 kilos de cloridrato de cocaína !

O helicoptero pertence a um deputado que é filho de um senador
Me parece que a fazenda aonde o helicoptero pousou também é do deputado
Obviamente, o deputado não sabia de nada.
BRASIL....

http://cbn.globoradio.globo.com/editori ... DIO-ES.htm
http://www.viomundo.com.br/denuncias/pi ... ogado.html
http://www.em.com.br/app/noticia/politi ... -voo.shtml

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#2 Mensagem por Caubói/38 » 27 Nov 2013, 08:49

PT NO PODER, FRONTEIRA BLINDADA, AH, AH, AH, AH.....
QUE PIADA!
MALAÍ!

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#3 Mensagem por japa.cp » 27 Nov 2013, 12:24

Ximba escreveu:Estranho que uma notícia dessas não sai na globo, UOL, só um notinha bem pequenininha na CBN. Também entenda-se o pq né, foram mais de 400 kilos de cloridrato de cocaína !

O helicoptero pertence a um deputado que é filho de um senador
Me parece que a fazenda aonde o helicoptero pousou também é do deputado
Obviamente, o deputado não sabia de nada.
BRASIL....

http://cbn.globoradio.globo.com/editori ... DIO-ES.htm
http://www.viomundo.com.br/denuncias/pi ... ogado.html
http://www.em.com.br/app/noticia/politi ... -voo.shtml
Agora cabe investigar o envolvimento dos proprietários da aeronave na atividade criminosa, pois obviamente eles vão negar qualquer envolvimento e vão afirmar que o piloto agiu por conta própria e usou a aeronave sem autorização dos donos.

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#4 Mensagem por Trainee-de-Picareta » 27 Nov 2013, 16:47

Agora vcs sabem o porquê do Congresso Nacional não ter vontade política nenhuma de mudar o código penal !

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Mistar Gaga
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#5 Mensagem por Mistar Gaga » 27 Nov 2013, 22:29

De qual partido é esse deputado?

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#6 Mensagem por marvosa5 » 28 Nov 2013, 00:14

Será que o "Alternative" tem algo a ver com essa história? :oops:

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O Pastor
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#7 Mensagem por O Pastor » 28 Nov 2013, 00:47

Caubói/38 escreveu:PT NO PODER, FRONTEIRA BLINDADA, AH, AH, AH, AH.....
QUE PIADA!
MALAÍ!
Mistar Gaga escreveu:De qual partido é esse deputado?

Xiii...

É claro que se o helicóptero fosse do Genuíno ou do Dirceu, nem preciso dizer como a mídia estaria enlouquecida...ou melhor dizendo, foram os PTralhas que colocaram o pó na nave dos tucanos/perrelas. Isso é obra de internautas pagos que ficam postando mentiras nas redes sociais :lol: :lol:

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Ximba
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#8 Mensagem por Ximba » 28 Nov 2013, 05:58

Mistar Gaga escreveu:De qual partido é esse deputado?
SDD, é um partido criado esse ano pelo Paulinho da Força.

Ximba

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O Pastor
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#9 Mensagem por O Pastor » 28 Nov 2013, 10:39

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http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... licoptero/

Quando soube dessa notícia, imediatamente associei o Frigorífico Perrela com os Pollos Hermanos, do personagem Gustavo Frings da série "Breaking Bad". Quem acompanhou a série sabe que era tudo fachada, pra esconder um imenso império de drogas.

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Quem são os Perrellas, envolvidos no “escândalo do helicóptero”
Zezé Perrella era suplente de Itamar Franco, e se tornou titular com a morte do ex-presidente, mas isso só foi possível graças ao bom trânsito e à proximidade que tem com Aécio Neves.

A família tem negócios no setor de alimentos, mas ganhou notoriedade e força política com o futebol.

Perrella começou a trabalhar como cartola em 1994 no Cruzeiro, seu time de coração. A projeção de sua atuação no clube o levou a ser o segundo deputado federal mais votado de Minas Gerais, pelo então PFL, atual DEM, em 1998.

Foi derrotado na disputa ao Senado em 2002 e recusou convite do então governador Aécio Neves para ocupar o cargo de presidente da Loteria Mineira. Em 2006, elegeu-se deputado estadual pelo PSDB, legenda na qual ficou até 2009.

Em 2011, surgiu uma denúncia segundo a qual Perrella ocultara de sua declaração de patrimônio uma fazenda avaliada por corretores em cerca de R$ 60 milhões.

Seu filho Gustavo também está inserido no cenário político-futebolístico. Conselheiro do Cruzeiro, elegeu-se deputado estadual nas últimas eleições com 82.864 votos.

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#10 Mensagem por Comedor da ZN » 28 Nov 2013, 11:14

Coitado do Áecio, ele vai sofrer de abstinência.

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#11 Mensagem por Chinelo Havaiana » 28 Nov 2013, 18:17

Pegaram o helicóptero que transportava a cocaína da burguesia.

A imprensa e a polícia dizendo que o único "culpado" é o piloto.

Aí eu pergunto donde que um pé rapado desses arrumou grana para comprar 450 kg de pasta base?

Do outro lado a PTzada chorando os seus, cobrando equidade da justiça e imprensa burguesa.

Tá danado!

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Mistar Gaga
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#12 Mensagem por Mistar Gaga » 28 Nov 2013, 21:48

Tem uma foto circulando por ai do Aécio dando medalhinha para o Perrela. Dessa vez não vai ter mais medalhinha para o Perrela porque a encomenda não chegou.



http://www.pragmatismopolitico.com.br/2 ... ro-po.html

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Mistar Gaga
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#13 Mensagem por Mistar Gaga » 29 Nov 2013, 01:24

Acabo de ver no jornal da Globo matéria de 5 minutos sobre o assunto, dos quais 4 foram dedicados ao uso da gasolina. Meia tonelada de cocaína ? Que nada, o foco da matéria foi a gasolina. ACREDITEM!!!! Sobre o conteúdo obscuro e pesado encontrado no helicóptero limitaram-se a mostrar o piloto preso. Pronto! Acharam o culpado da droga, o pilotinho safado abusou da confiança do deputado e resolveu transportar meia tonelada de pó para uma festinha particular que ele mesmo bancaria com o décimo terceiro salário.

Será que ninguém da imprensa vai se dar ao trabalho, obrigação meramente jornalística, de indagar sobre a procedência da cocaína??

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Carnage
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#14 Mensagem por Carnage » 01 Dez 2013, 12:50

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... rella.html
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Combustível de helicóptero é custeado pela Assembleia

Deputado usou verba indenizatória do Legislativo para abastecer aeronave apreendida com cocaína

TÂMARA TEIXEIRA, no jornal O Tempo


A Assembleia Legislativa de Minas banca o combustível do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), flagrado com 445 kg de pasta base de cocaína, no último domingo, no Espírito Santo. Entre janeiro e outubro deste ano, o parlamentar gastou R$ 14.071 com querosene para avião, segundo o relatório do Portal da Transparência do Legislativo. O Ministério Público de Minas informou que irá investigar o caso. A Casa ainda pagava, desde abril, o salário de R$ 1.700 para o piloto que dirigia a aeronave, Rogério Almeida, exonerado nessa terça.

O valor gasto só neste ano é suficiente para a compra de 2.814 litros, levando em consideração que o litro de querosene de avião custa R$ 5, segundo uma pesquisa da reportagem em empresas especializadas. Com o total seria possível percorrer, no mínimo, 6.500 quilômetros.

O deputado Gustavo Perrella confirmou ontem que utiliza a verba indenizatória para encher o tanque da aeronave Robinson R-66, que pertence à sua empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda. Perrella reconhece, inclusive, que usa a máquina para deslocamentos pessoais e da sua empresa, em sociedade com a irmã Carolina Perrella e o primo André Almeida Costa.

Os abastecimentos com recursos da verba indenizatória são regulares e só não aconteceram em fevereiro e abril deste ano. Em junho, por exemplo, o valor gasto chegou a R$ 3.483. Em julho, no recesso parlamentar, o deputado gastou R$ 1.547 em querosene de avião.

Por mês, cada parlamentar pode gastar R$ 5.000 com combustível e lubrificante. A assessoria da Casa afirmou ontem que o valor não poderia ser gasto com transporte aéreo, mas depois voltou atrás e disse que os pagamentos, desde que fossem para viagens a trabalho, eram legais.

Ministério Público. O promotor Eduardo Nepomuceno disse que há suspeita de irregularidade e que irá abrir uma investigação. “Os gastos só podem ser para uso do exercício do mandato. Lembro que o MP já investiga os gastos da mesma natureza referentes a Zezé Perrella (senador, pai de Gustavo) no período em que este foi deputado estadual”, explicou o promotor.

Gustavo Perrella afirma que não há irregularidade em abastecer o helicóptero de sua empresa com o dinheiro da Assembleia. “Todas as vezes que abasteci com a verba da Assembleia foi a trabalho, para visitar as minhas bases”, disse.

Além do transporte aéreo, o deputado não dispensa o uso de carros. Só neste ano, o abastecimento de seus veículos demandou R$ 27.185 da sua cota de verba indenizatória. A Assembleia não exige a comprovação das gastos. “Subentende-se que foi a trabalho”, disse a assessoria da Casa. (Com Larissa Arantes)


Contradições nos depoimentos

LUCAS PAVANELLI, no jornal O Tempo


O piloto do helicóptero da empresa do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), Rogério Almeida Antunes, afirmou no depoimento à Polícia Federal do Espírito Santo (PF), na última segunda-feira, ao qual O TEMPO teve acesso, que sabia que transportava mercadoria “ilícita” na aeronave. A declaração é contrária ao que afirma seu advogado, Nicácio Tiradentes, que nega que seu cliente sabia do frete ilegal.

Além da versão contraditória entre piloto e advogado, Rogério e o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior também deram explicações diferentes à PF.

Rogério disse que foi “pressionado” pelo copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior a aceitar o transporte e que receberia R$ 106 mil pelo frete, mais as despesas com o helicóptero.

Por sua vez, o copiloto afirmou que o valor do frete prometido a ele por um terceiro era de R$ 60 mil, que seria dividido com Rogério quando retornassem.

Alexandre negou que soubesse que a aeronave transportava droga, “pois o bagageiro estava trancado” quando ele entrou no helicóptero. No entanto, ele reconheceu que não é um “comportamento normal” aceitar qualquer tipo de frete sem saber o que é transportado.

Trajeto. Ainda de acordo com os depoimentos prestados na última segunda-feira à Polícia Federal, o piloto Rogério Antunes afirmou que os 445 kg de cocaína foram carregados em uma localidade próxima a Avaré, no interior paulista. A aeronave, segundo ele, fez duas paradas para abastecimento. No Campo de Marte, em São Paulo, e em Divinópolis, na região Centro-Oeste.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... licoptero/
Quem são os Perrellas, envolvidos no “escândalo do helicóptero”

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Zezé Perrella era suplente de Itamar Franco, e se tornou titular com a morte do ex-presidente, mas isso só foi possível graças ao bom trânsito e à proximidade que tem com Aécio Neves.

A família tem negócios no setor de alimentos, mas ganhou notoriedade e força política com o futebol.

Perrella começou a trabalhar como cartola em 1994 no Cruzeiro, seu time de coração. A projeção de sua atuação no clube o levou a ser o segundo deputado federal mais votado de Minas Gerais, pelo então PFL, atual DEM, em 1998.

Foi derrotado na disputa ao Senado em 2002 e recusou convite do então governador Aécio Neves para ocupar o cargo de presidente da Loteria Mineira. Em 2006, elegeu-se deputado estadual pelo PSDB, legenda na qual ficou até 2009.

Em 2011, surgiu uma denúncia segundo a qual Perrella ocultara de sua declaração de patrimônio uma fazenda avaliada por corretores em cerca de R$ 60 milhões.

Seu filho Gustavo também está inserido no cenário político-futebolístico. Conselheiro do Cruzeiro, elegeu-se deputado estadual nas últimas eleições com 82.864 votos.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... perrellas/
O tratamento privilegiado dado pela mídia a Aécio no caso dos Perrellas

por : Paulo Nogueira


Aécio Neves é um cara de sorte.

Quer dizer, sorte sob o ângulo do tratamento que recebe da mídia.

Ele soube cultivá-la, é certo. Roberto Civita, por exemplo, não raro ia passar finais de semana na fazenda de Aécio, em Minas.

Pulitzer, o maior editor, disse que jornalista não tem amigo.

Isso porque amizades influenciam a maneira de um jornalista tratar alguém ou algum assunto.

Mas Aécio tem amigos entre os jornalistas. Ou melhor: entre os patrões dos jornalistas.

Como Churchill, ou como Serra, se quisermos ficar no Brasil, é daqueles que falam diretamente com os donos das empresas jornalísticas.

Pode evitar intermediários, os jornalistas propriamente ditos.

Poderosos desta natureza enfeitiçam os jornalistas das grandes companhias. Se telefonam, eventualmente, para um jornalista, em vez de ir direto ao patrão, o jornalista se sente desvanecido, homenageado, premiado.

Sou importante.

O jornalista premiado vai contar detalhes do telefonema a seu círculo de amizades, provavelmente com algum enfeite que o coloque numa posição mais elevada que a realidade.

Bem, tudo isso para explicar, a quem não conseguiu entender, por que Aécio vem sendo tão poupado no caso do helicóptero dos Perrellas.

Foi uma apreensão extraordinária de cocaína. Não é todo dia que a polícia apreende quase 500 quilos.

E isso se deu na ‘jurisdição’ de Aécio. Os Perrellas são amigos e aliados políticos de Aécio.

Há fotos que mostram a imensa camaradagem entre Aécio e os Perrelas, pai e filho. São unidos pela paixão ao Cruzeiro, do qual Perrella pai foi presidente, fora as conveniências políticas.

A pergunta vem sendo feita por muita gente na única e real tribuna livre jornalística nacional, a internet: e se o helicóptero fosse de um amigo de Dirceu? E se houvesse fotos de Dirceu com os Perrellas como as que existem de Aécio?

Como estaria se comportando o Jornal Nacional? E qual seria a próxima capa da Veja?

Causou indignação, na internet, a ausência da apreensão espetacular – pelo volume, pelos proprietários do helicóptero etc – no Jornal Nacional no dia em que o assunto surgiu.


Quem conhece a vida nas redações pode imaginar o que houve. Ali Kamel, o diretor de jornalismo da Globo, não é nenhum Pulitzer, mas cego não é.

O JN certamente terá outros jornalistas capazes de distinguir uma notícia que pede, suplica por 30 segundos de atenção ou mais.

Mas um telefonema ao dono pode evitar que qualquer reportagem vá ao ar. Ou, ao menos, pode retardá-la na esperança de que o assunto morra.

Quem acredita que a não inclusão do helicóptero foi uma decisão meramente jornalística do JN acredita em tudo, para parafrasear Wellington.

Não se trata de incriminar, levianamente, ninguém.

Mas a amizade entre Aécio e os Perrellas é notícia, e omitir isso ao tratar do assunto é um pecado jornalístico em que o leitor é a vítima.

Indiretamente, e por força da internet, brasileiros fora de Minas puderam conhecer um pouco mais da política mineira.

Perrella, o pai, é acusado de não declarar uma fazenda avaliada em 60 milhões de reais. A fazenda, apenas para efeito de comparação, representa cerca de 80% do total do Mensalão, tal como os juízes do STF e a mídia afirmaram.

Isto tem um nome: corrupção.

Aécio combateu a corrupção em Minas? Investigou uma história esquisita como a de seu amigo Perrella? Há denúncias dele que envolvem até a negociação de jogadores.

Mesmo o silêncio inexpugnável da mídia, mesmo a proteção dada a Aécio, mesmo com tudo que se faz e fez para impedir que os brasileiros tenham informações relevantes sobre seus líderes – mesmo com tudo isso, a sociedade aprendeu muita coisa no episódio do helicóptero.

Graças a algo que rompeu o monopólio da voz dos Marinhos, Frias, Civitas etc: a internet.


http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... e-roubado/
Zezé Perrella, a cocaína e o sobrenome roubado
Postado em 28 nov 2013
por : Kiko Nogueira


Para onde ia a cocaína apreendida no helicóptero da família Perrella? Segundo a Polícia Federal, para a Europa. Os 450 quilos foram avaliados em 10 milhões de reais. Com o refino, pode chegar a dez vezes isso. É a maior apreensão já ocorrida no Espírito Santo, a segunda maior do ano.

É uma operação milionária. O piloto avisou que receberia 60 mil pelo transporte. Quatro pessoas acabaram presas e foram levadas à Superintendência da PF, em São Torquato, Vila Velha. A polícia investigava a área. O sítio, que valeria 300 mil, teria sido comprado por cerca de 500 mil por um laranja, o que despertou a desconfiança da comunidade.

O “grande” traficante, no Brasil, é visto ainda como o sujeito que mora no morro, tem cara de mau, torce para o Flamengo e vive numa “mansão” (a cada invasão de favela aparece uma jacuzzi vagabunda que os telejornais classificam como “uma das mordomias” de Pezão, Luizão, Jefão ou seja lá quem for).

A possível ligação de dois políticos, pai e filho, com uma apreensão desse tamanho mostra que o tráfico vai muito além disso. O deputado estadual Gustavo Perrella (filho de Zezé), num primeiro momento, declarou que a aeronave fora roubada. Depois surgiu uma troca de mensagens com o piloto. Ele vai depor na PF, bem como sua irmã. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (o Kakay), diz que o SMS vai provar que seu cliente não sabia de nada. A Folha deu que Gustavo usava verba pública para abastecer a aeronave.

Os Perrellas dão um enredo mafioso clássico. José Perrella, amigão de Aécio, ex-presidente do Cruzeiro, já foi indiciado por lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luizão, em 2003. Um inquérito da PF e outro do Ministério Público de Minas investigam também ocultação de patrimônio.

Segundo o “Hoje em Dia”, sua mais recente declaração de bens ao TRE falava em apenas 490 mil reais. Só a fazenda Morada Nova, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, está avaliada em 60 milhões de reais.

Em matéria de sinais exteriores de riqueza, ainda possui uma Mercedes CL-63 AMG, que custa em torno de 300 mil reais. Sua casa, no bairro Belvedere, o mais caro de BH, estaria avaliada em 10 milhões. Gustavo, por sua vez, é dono de uma Land Rover e um BMW, dos quais só o último foi declarado à Justiça.

Zezé Perrella chegou a BH com os seis irmãos nos anos 70, vindo do interior do estado. Vendiam queijo e lingüiça da roça. Seu enriquecimento foi fulminante, especialmente depois de entrar para a política em 1998. Naquele ano, declarou ter 809 mil reais. Na eleição seguinte, perto de 2 milhões. E então um milagre aconteceu: em 2006, seu patrimônio, no papel, caiu para 700 mil. Até chegar aos 490 mil. Um helicóptero como o usado na apreensão de coca sai por 3 milhões. Não há hipótese de ele sair do chão sem que o dono saiba.

O caso dos Perrellas tem os contornos de uma história da máfia até pelo nome italiano. Mas até mesmo aí existe um problema: ele foi, digamos, “emprestado”.

Perrella é o sobrenome de um imigrante do sul da Itália, Pasquale, que começou vendendo banha em Belo Horizonte no início do século passado. O negócio prosperou e seus descendentes criaram um frigorífico que se tornaria famoso. Em 1988, o frigorífico foi vendido para José de Oliveira Costa, nosso Zezé, que fez um acordo para passar a assinar Perrella, registrado em cartório. Parte dos netos e bisnetos de Pasquale se arrepende amargamente de ver agora o nome do velho envolvido em crimes. Em fevereiro, a empresa foi acusada de adulterar carnes.

No ano passado, Zezé Perrella escreveu um artigo para o jornal “O Estado de Minas”. Um bom trecho:

A corrupção tem sido, infelizmente, uma constante da política e da administração pública brasileira, além da participação de segmentos privados.

É um fenômeno mundial, no qual alguns países, como o nosso, se destacam pelo grau de incidência e, ainda maior, de impunidade. Mesmo que os escândalos sejam comprovados. Isso resulta na descrença da sociedade na preservação dos valores morais e éticos próprios de uma civilização.

É tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.

Repetindo: é tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.


http://br.noticias.yahoo.com/blogs/jorn ... 08128.html
A imprensa e o suposto caso de tráfico

Por Jornalismo Wando


A imprensa está sendo acusada de minimizar um suposto caso de tráfico internacional que supostamente envolveria parlamentares oposicionistas supostamente ligados a Aécio Neves. Até o insuspeito Zé Simão entrou na onda acusatória:

“se o helicóptero fosse de alguém do PT, seria abertura do Jornal Nacional”. Rarará!”

Pesquisei o assunto com cuidado e posso garantir aos meus leitores que trata-se do mais absoluto trololó. Vamos aos fatos: Gustavo Perrella, deputado estadual mineiro pelo Solidariedade e filho do senador Zezé Perrella, foi traído por um de seus melhores funcionários. Infelizmente, o empregado abusou da confiança – e vocês sabem como está complicada essa gente hoje em dia! – e foi flagrado usando o helicóptero particular de Perrella para transportar quase meia tonelada de pasta de cocaína.

A confiança que o deputado depositava no piloto era tanta que chegou a lhe empregar numa das empresas da família, além de indicá-lo para um cargo na Assembleia Legislativa de Minas. Lá ele ganhava um salário e uma ajuda de custo pra encher o tanque do possante voador de Perrelinha.

O deputado mineiro foi tão surpreendido com a barbaridade que estava sendo cometida em sua aeronave, que imediatamente acusou o piloto de outro crime: o roubo do helicóptero. Diante do desmentido do funcionário, Perrela subitamente lembrou que havia autorizado aquela viagem através de duas mensagens de celular, e então mudou sua versão. Admitiu que a aeronave não tinha sido roubada e confirmou a liberação do transporte de “insumos agrícolas”.

Bom, por que a acusação dirigida a nós da grande imprensa é injusta? Ora, com Dirceu, Delúbio e Genoíno presos, estádios da Copa desabando, e todo o caos político, econômico e social que vivemos, um caso desses automaticamente ganha menor importância. Um simples piloto que trafica drogas escondido do patrão não é e não deve ser um assunto do interesse público.

Eu e outros colegas da imprensa, por exemplo, mal estávamos “acompanhando esse caso”:

Entenderam por que não damos tanto destaque ao assunto? Isso é papo de piloto, uma pauta no máximo para o jornalismo especializado em aviação civil, não para quem cobre os acontecimentos políticos do dia a dia.

Perguntam também o que nos levou a abafar um suposto escândalo de 2011 envolvendo a família de Aécio Neves, apenas porque esta é intimamente ligada à família Perrella. Conto-lhes mais este trololó: Tancredo Aladin Rocha Tolentino, primo de Aécio, carinhosamente conhecido como “Quêdo”, foi preso por chefiar uma quadrilha acusada de vender absolvições para traficantes de drogas, além de ter sido condenado em 97 por crime contra o patrimônio e contra a economia popular. Quase na mesma época, outro primo de Aécio, Rogério Lanza Tolentino, havia sido condenado a 7 anos e 4 meses de prisão por lavagem de dinheiro. Todos esses assuntos não tiveram destaque no Jornal Nacional, não tocaram na CBN e não foram analisadas na A2 da Folha. Claro! As provas contra eles são escassas. Isso fica claro quando constatamos que Quêdo conseguiu um habeas corpus e, logo em seguida, tentou sair candidato à prefeitura de Claudio (MG) pelo PV, quando foi barrado pelo Ficha Limpa.

Poucos sabem, mas Quêdo é uma pessoa muito família, um cara do bem. Organiza as cavalgadas com familiares seus (e dos Perrella) em sua fazenda, comanda a cachaçaria da família Neves em Cláudio (MG) e sempre foi muito querido por todos da região. Quando Aécio caiu do cavalo quebrando 5 costelas, quem estava lá oferecendo o ombro amigo? Ele, o dono da fazenda, o primão Quêdo.


Mas o que o helicóptero de Perrellinha fazendo tráfico internacional* tem a ver com Aécio Neves, que indicou Zezé Perrella para o Senado e cujo primo vendia absolvição para traficantes de drogas? Absolutamente nada. Mas, claro, os patrulhadores da pauta alheia insistem em enxergar nuvens nesse céu de brigadeiro. Tudo isso para tirar foco do que realmente interessa: a prisão dos mensaleiros e os escândalos que a envolve. A gente sabe muito bem como se comporta essa gente chicaneira. #AcordaBrazil

* (atualização via @rei_lux) “Faltou informar que o helipóptero fez uma parada em Divinópolis, onde o primo Tancredinho (Quêdo) liberava traficantes.”

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Cadelão
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#15 Mensagem por Cadelão » 02 Dez 2013, 17:48

Chinelo Havaiana escreveu:Pegaram o helicóptero que transportava a cocaína da burguesia.

A imprensa e a polícia dizendo que o único "culpado" é o piloto.

!
Acho que estão todos enganados ,o unico culpado é o Proprio Helicoptero ele sequestrou o Piloto para fazer esse frete

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Carnage
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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#17 Mensagem por Carnage » 04 Dez 2013, 21:08

http://tijolaco.com.br/blog/?p=10608
Dono do helicóptero do pó ganhou 3 contratos sem licitação de Aécio Neves
30 de Dezembro de 2013 | 17:34 Autor: Miguel do Rosário

Escrevo há uns quinze anos sobre política, de maneira quase ininterrupta, e tendo ideais progressistas, sempre fui crítico à grande imprensa brasileira. No entanto, nunca me deparei com um grau de degradação tão avassalador como vejo nos últimos dias. O Globo insiste nos “privilégios” dos presos petistas, sem refletir que, ao fazer esse tipo de campanha, contradiz a si mesmo. Afinal, que raio de privilégio é esse em ser achincalhado diariamente nos jornais, mesmo após estar preso injustamente?

Através do Globo, agora já sabemos os negócios de todos os familiares dos proprietários do hotel que empregará José Dirceu.

Enquanto isso, a imprensa trata com inexplicável discrição aquele que pode ser o maior escândalo das últimas décadas, rivalizando até mesmo com o trensalão paulista.

O Ministério Público de Minas Gerais vai propor, nos próximos dias, uma Ação Civil Pública, para investigar repasses do governo do estado, na gestão de Aécio Neves, para a empresa Limeira Agropecuária e Participações Ltda, proprietária do helicóptero apreendido com meia tonelada de pó. Os repasses aconteceram em 2009, 2010 e 2011.

Achei reportagens do ano passado com informações sobre suspeitas do Ministério Público contra a Limeira, empresa dos Perrela. O MP apurava possível contratação irregular, sem licitação, pelo governo do estado, além de superfaturamento. A compra da fazenda Guará (a mesma onde o helicóptero foi apreendido), avaliada em R$ 60 milhões, também estava sob a mira dos procuradores, visto que o bem havia sido ocultado pelo senador Zezé Perrela.

Hoje há uma matéria no Globo sobre o tema, mencionando as suspeitas do Ministério Público, mas sem chamada na primeira página e sem qualquer citação ao partido do governo do estado, e às relações quase íntimas entre os Perrela e o provável candidato do PSDB à presidência da república, Aécio Neves. A reportagem informa que o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também pagou com sua verba de gabinete o combustível usado no famoso helicóptero. Zezé e Gustavo, pai e filho, estão cada vez mais enredados no caso.

O assunto não é interessante? Um possível presidente da república ser tão próximo de políticos suspeitos de serem grandes traficantes de cocaína não é do interesse da nossa imprensa “livre”, “independente”, “profissional”? Será que mais uma vez, os blogueiros terão que assumir a dianteira dessa investigação, com grande risco pessoal?


http://www.novojornal.com/minas/noticia ... -2013.html
“República do Pó” mostra seu Poder
Juiz estadual recusa-se a assumir o caso, federal questiona se não é competência da Justiça Militar, e prisão em flagrante é transformada em preventiva


Enquanto a sociedade aguarda uma resposta das autoridades, apresentando os verdadeiros responsáveis pelo tráfico de 450 quilos de cocaína utilizando o helicóptero da família Perrella, as autoridades do Poder Judiciário estadual e federal do Espírito Santo recusam-se a assumir suas funções, utilizando justificativas que não convencem.

Exemplo? Segundo fontes do TRF, o juiz federal do Espírito Santo ao receber o processo transferido pelo juiz estadual solicitou parecer do Ministério Público, indagando se o caso não seria da “Justiça Militar” sob a alegação de que o crime “ocorreu dentro de uma aeronave”.
Evidente que o crime não ocorreu dentro da aeronave, mas sim se utilizando de uma aeronave. Juristas que acompanham o caso afirmam que esta apreensão não é um fato novo, pois nos últimos anos a maioria do tráfico de drogas tem utilizado aeronaves.

Embora guardada a sete chaves, Novojornal teve acesso agora à tarde a movimentação do processo 0010730-56.2013.4.02.5001, que passou a tramitar a partir desta sexta-feira (29) na Justiça Federal capixaba, demonstrando ser verdadeira a informação de nossas fontes sobre o despacho do Juiz Federal. A versão corrente é que nenhum magistrado quer assumir o feito devido aos envolvidos.

Em Belo Horizonte, a imprensa ficou assustada com a novidade ocorrida no depoimento do deputado Gustavo Perrella, uma vez que por norma, nem mesmo os carros de delegados e agentes da PF passam pela portaria sem parar e identificar-se. Gustavo Perrella no depoimento prestado na última quinta-feira (28), dentro de um carro de vidros escurecidos passou junto com seu advogado direto pelo portão, dando a impressão que o mesmo teria sido aberto com a antecedência necessária para facilitar o ocorrido.

Opinião unânime dos jornalistas que estão cobrindo as ações da Polícia Federal na apuração da apreensão do Helicóptero, pertencente à empresa da família Perrella, que estava transportando 450 quilos de cocaína, é que o comportamento que vem sendo adotado não é comum.

Normalmente os delegados evitam emitir juízo de valor e antecipar conclusões investigatórias, o que não vem ocorrendo. Primeiro foi à informação transmitida mesmo antes de ser feito a perícia nos celulares apreendidos, assim como no GPS da aeronave sobre a ausência de suspeita de envolvimento do deputado Gustavo Perrella, agora o mesmo delegado apressou-se em informar à imprensa que a fazenda onde foi apreendida a aeronave não pertencia a um laranja ligado a “família Perrella”.

O comportamento vem passando a impressão de que existe uma tentativa em ir pouco a pouco esvaziando o caso. O piloto, co-piloto e demais personagens flagrados descarregando o helicóptero tiveram nesta sexta suas prisões em flagrante revertidas para prisões preventivas pelo juiz estadual de Afonso Cláudio ao encaminhar o processo para o TRF.

Gustavo Perrella prestou depoimento na tarde dessa quinta-feira (28) na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Belo Horizonte. Ele foi convocado para dar explicações em inquérito aberto para investigar a apreensão dos 443 Kg de cocaína em seu helicóptero.

O deputado chegou atrasado e, para evitar mais constrangimento, seu advogado tentou que ele fosse interrogado fora da delegacia, mas a PF não autorizou.

Além dele, a irmã, sócia da empresa registrada como dona da aeronave, prestou depoimento. O outro sócio, André Costa, primo de Perrella, será ouvido em Divinópolis (MG).


Após sair da PF, o deputado não deu entrevistas. Já Kakay, por sua vez, disse que Perrella respondeu a todas as perguntas, e voltou a afirmar que o deputado foi enganado pelo piloto do helicóptero.

O senador Zezé Perrella (PDT-MG) também usou verba indenizatória do Senado para abastecer a aeronave apreendida no fim de semana passado com 443 quilos de cocaína. Desde que o pedetista assumiu a vaga de Itamar Franco (PDMB-MG), morto em julho de 2011, a Casa desembolsou mais de R$ 104 mil com verba indenizatória para custear notas de abastecimentos apresentadas pelo gabinete de Perrella, sendo que parte desta verba foi destinada ao combustível do helicóptero Robinson R-66.

A maior concentração de gastos ocorreu em 2012, ano eleitoral. Neste período, o Senado desembolsou R$ 55 mil com abastecimento para Zezé Perrella. Este tipo de gasto chegou a R$ 38 mil em 2011 e, até outubro deste ano, a Casa reembolsou o senador em outros R$ 11 mil com combustíveis.

O helicóptero apreendido por meio de operação conjunta da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo e da Polícia Federal está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda, fundada por Zezé Perrella e posteriormente transferida para seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, e Carolina Perrella, além do sobrinho André Almeida Costa. A aeronave é a única da família.

Apesar dos gastos com o abastecimento do helicóptero, feito principalmente na Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda, o Senado ainda desembolsou R$ 58 mil reais de verba indenizatória para o ressarcimento de notas de passagens aéreas apresentadas por Zezé Perrella desde que ele assumiu o cargo.

Segundo a assessoria do senador, todos os gastos feitos pelo Senado com abastecimento da aeronave, que ainda está apreendida, foram relativos ao uso do helicóptero para atividade parlamentar. A reportagem tentou falar com Zezé Perrella, mas ele não atendeu nenhum dos celulares.

O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito para investigar o uso de verba da Assembleia Legislativa do estado para o custeio de combustível do helicóptero do deputado Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. A aeronave foi apreendida no último domingo pela Polícia Federal (PF) após pousar em uma casa no Espírito Santo com quase meia tonelada de pasta de cocaína.

O MP vai averiguar se o deputado usava o helicóptero, registrado como um bem de sua empresa, para fins particulares. Gustavo Perrella tem direito, como deputado estadual, a R$ 20mil de verba indenizatória. E parte dela foi destinada para financiar o combustível. Segundo o MP, se Perrella não provar que a aeronave foi usada para o mandato, o deputado será denunciado por improbidade administrativa.

“O ônus é dele, do deputado. É ele que tem que provar que está certo” disse Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte.

Perrellla diz que o combustível serviu apenas para o mandato parlamentar. O deputado alega que visitava as bases eleitorais em Minais Gerais com a aeronave.


Documentos que fundamentam a matéria:

Movimentação do Processo na Justiça Federal do Espírito Santo.
http://anexo.novojornal.com/101102_1.pdf

Despacho do Juiz questionando se a competência não seria da Justiça Militar.
http://anexo.novojornal.com/101102_2.pdf






http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... m-cocaina/
“Vai ter retaliação”: a mulher mais temida por Zezé Perrella, o dono do helicóptero flagrado com cocaína
por : Kiko Nogueira

Amália Goulart, 31 anos, repórter do jornal mineiro “Hoje em Dia”, é a mulher mais temida pelo senador Zezé Perrella (PDT), aquele cujo helicóptero foi flagrado com 445 quilos de cocaína no Espírito Santo.

“Ele ligou para algumas pessoas falando que eu o perseguia”, diz ela. “Não tenho nenhuma questão pessoal com ele. Faço apenas jornalismo. Não é culpa minha se Perrella tem vários processos”.

O problema de Zezé com Amália começou em 2011, depois de uma bela matéria sobre a fazenda do político e empresário em Morada Nova de Minas, a 300 quilômetros de Belo Horizonte. Ela está avaliada em 60 milhões de reais. Amália passou alguns dias na região, entrevistando funcionários e tentando falar com o dono.

Ele ligou finalmente numa sexta-feira, por volta da meia-noite, e não estava contente. “Ela vale muito mais. Não é só isso. Estou doido para pegar um jornalistazinho assim, igual a você. Isso vai ter volta. Vai ter retaliação”, afirmou. “Doei todos os bens para meus filhos há oito, nove anos.”

Diz a reportagem:

A Fazenda Guará é banhada pelas águas da represa de Três Marias, no Rio São Francisco. Produz grãos e tem aves, suínos e gado. A granja é climatizada. “Perrella tem 1,3 mil matrizes (fêmeas reprodutoras)”, disse um funcionário. Uma porca gera em média 8 filhotes a cada gestação. Por dia, saem quatro caminhões da fazenda carregados de suínos para o abate. Parte da carne é exportada.

As pastagens para o gado, na maioria da raça nelore, estão na margem do São Francisco. Quem está do lado de fora da propriedade pode avistar centenas de animais da raça espalhados. O curral é informatizado. “Ele (Perrella) costuma participar de leilões”, contou um profissional da área.

Diariamente, saem da Guará caminhões carregados de arroz, trigo, feijão, milho e soja. Num intervalo de aproximadamente três horas, o Hoje em Dia flagrou quatro caminhões sendo carregados e despachados da fazenda. Grandes silos compõem a paisagem opulenta da propriedade.

Apesar de vizinhos da fazenda e outros moradores do município assegurarem que a Guará pertence ao presidente do Cruzeiro, o imóvel não consta da declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral em 2010, quando se apresentou como primeiro suplente do senador eleito Itamar Franco (PPS). Ao contrário, a julgar pelo documento, Perrella nem mesmo pode ser considerado rico. Depois de dois mandatos parlamentares, um como deputado federal e outro como estadual, e de dez anos na direção do Cruzeiro, ele informa ter um patrimônio de apenas R$ 490 mil.
A sede da fazenda

****

A constituição da Limeira Agropecuária [em cujo nome está registrada a propriedade] criou uma situação curiosa. Oficialmente, o jovem Gustavo Perrella é um milionário, enquanto o pai, empresário há 40 anos, tem patrimônio compatível com o de um brasileiro da classe média.

Graças ao prestígio de Zezé Perrella, Gustavo foi eleito deputado estadual no ano passado. Na declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral, Gustavo tinha patrimônio de R$ 1,9 milhão. Deste total, segundo o documento, R$ 900 mil se referiam às quotas da Limeira.

Gustavo indicou na mesma declaração que uma parcela, no valor de R$ 250 mil, do patrimônio total era procedente de doação do pai, em dinheiro. Os demais bens listados são um carro, um apartamento, quotas de outras duas empresas e saldo em caderneta de poupança.

***

Frequentemente, Perrella é visto na companhia de amigos e de parceiros de negócios na Fazenda Guará. Um desses visitantes é Ildeu da Cunha Pereira, superintendente do Cruzeiro. Ildeu foi preso pela Polícia Federal em 2008, junto com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do esquema conhecido como mensalão.

Moradores da região e funcionários disseram que Perrella invariavelmente aterrissa de avião ou de helicóptero na pista particular da fazenda de Morada Nova de Minas, a poucos metros da casa sede. Parentes do deputado, originários de São Gonçalo do Pará, cidade natal de Perrella, também costumam visitar a propriedade. Mas, segundo amigos da família, eles ficam acampados pela fazenda. “Ele (Perrella) quer cortar isso porque o lugar fica uma bagunça”, disse um outro visitante da Guará.

A casa não segue os padrões de grandeza das pastagens e dos equipamentos agrícolas. É aconchegante, mas discreta. Tem duas suítes, mais três quartos, piscina e área de lazer. A decoração é rústica. Uma grande varanda rodeia a edificação. Árvores estrategicamente plantadas garantem privacidade aos donos e frequentadores. Nas proximidades, habitações para funcionários e uma casa para hóspedes.

Os imbróglios de Perrella com a Justiça são famosos em Minas, mas ele era tido como relativamente intocável graças à sua amizade com Aécio Neves (que é, aliás, blindado pela mídia local). “Perrella tem diversos laranjas e coloca as empresas no nome deles”, conta Amália. No ano passado, ela publicou uma matéria a respeito de uma investigação do Ministério Público sobre um esquema de superfaturamento de merendas e marmitas para presídio. O estado de Minas contratara, sem licitação, a Limeira Agropecuária para fornecimento de grãos para um programa desenvolvido para regiões carentes como o norte de MG e o Vale do Jequitinhonha. A operação, denominada “Laranja com Pequi”, revelou que o desvio de recursos públicos envolvia também o Tocantins.

Em fevereiro deste ano, Amália escreveu que o irmão de Zezé, Gilmar de Oliveira Costa, fora indiciado sob a acusação de adulterar o peso e o valor nutricionais de carnes fornecidas a órgãos públicos por meio de licitação, além de formação de quadrilha.

Amália dá seu expediente no “Hoje em Dia” e diz que não tem medo da retaliação prometida. “Estou fazendo o meu trabalho e tenho boas fontes. Espero ajudar as pessoas a conhecer melhor uma figura pública”, conta. A apreensão das drogas a pegou de surpresa. Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, “ninguém da família Perrella será responsabilizado. Isso já foi dito pelos delegados”. No Senado, Zezé Perrella declarou que é vítima de uma injustiça: ”O meu filho não é investigado. O que eu torço é que eles peguem os cabeças dessa organização. Que essas pessoas apodreçam na cadeia”.

“A Justiça é lenta, né?”, diz Amália.



http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... -responde/
Por que os Perrellas não foram presos? Nosso professor Nabuco responde
por : José Nabuco Filho


O surpreendente caso do helicóptero pertencente ao deputado estadual de Minas Gustavo Perrella, apreendido com 445 quilos de cocaína, não pode levar ao prejulgamento do deputado e nem à omissão de investigações.

Quando houve a apreensão, as perguntas se sucederam. Muitos queriam saber se a polícia deveria ter prendido o deputado e se ele seria responsável criminalmente pelo transporte da droga.

A verdade é que, penalmente, ninguém é responsável por ato de seu subordinado se não colaborou conscientemente para isso. Em termos jurídicos, ninguém será punido se não tiver colaborado dolosamente com o ato praticado por seu funcionário. A rigor, a questão sobre o dolo é simples. Basta que o chefe saiba que na sua empresa ou com seu equipamento seja praticado tráfico, para que esse chefe seja responsável conjuntamente por crime de tráfico (tecnicamente, é o concurso de pessoas).

A complexidade está no âmbito das provas. É preciso a obtenção de provas de que o chefe sabe, para que ele seja responsabilizado penalmente. Isso se aplica tanto ao caso de uma pizzaria em que o entregador é flagrado com cocaína na moto, como no caso do helicóptero do deputado mineiro.

Parece claro, portanto, que o deputado deva ser minuciosamente investigado, para se chegar à conclusão sobre sua eventual responsabilidade. Em uma república, nenhum homem pode ser intocável. Por outro lado, numa democracia, não se pode presumir a culpa de quem quer que seja.

Não há dúvida que numa situação similar e de menor proporção, vivenciada por um cidadão pobre, o tratamento seria diferente. Em tais casos, o comportamento tende ao abuso, ou seja, ao mais profundo desprezo pelas garantias individuais. Mas também não há dúvida de que democracia se faz inibindo o abuso e não defendendo sua extensão a todos.

Uma outra questão que surge desse caso é a aparente sofisticação do tráfico, em que a cocaína é transportada por um helicóptero caríssimo. A crônica policial no Brasil só retrata traficantes “pé-de-chinelo”. Os chefões do tráfico, quase sempre, são moradores de favela que constroem casas no alto do morro de um luxo precário, com predileção por banheiras de hidromassagem, muito diferente dos traficantes do cinema americano.

Mas, num negócio rentável como o tráfico de drogas, provavelmente há por trás pessoas menos toscas que um Fernandinho Beira-Mar. Eles existem ou são fruto de nosso imaginário? Se existem, por que não os conhecemos?

O fato é que uma das características das organizações criminosas é a existência de tentáculos no poder público com a corrupção. Dessa forma, é provável que existam empresários do tráfico que se mantenham na impunidade através da corrupção.

Um caso como esse vem aguçar nossa imaginação. Que se investigue, então, minuciosamente a eventual existência de responsabilidade do dono do helicóptero.

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#18 Mensagem por FMT » 09 Dez 2013, 15:42

Quadrilha da pesada!
E o "co piloto" dono de escola de aviação no Campo de Marte, surgiu do nada com 4 helicópteros novos com preços de hora aula abaixo do mercado, conseguiu centenas de alunos que vão tomar um prejuízo alto com as aulas já pagas!!!
Estava dando certo a lavagem na aviação, agora vai tudo a leilão :shock: :mrgreen:

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#19 Mensagem por Mistar Gaga » 28 Dez 2013, 00:04

Um mês se passou e nada.

Meu Deus do céu, tal notícia causaria escândalo em qualquer lugar do mundo, até mesmo na Colômbia. Helicóptero pertencente a um influente político carregando meia tonelada, disse meia tonelada de cocaína. E nada!!


Como andam as investigações? Qual a origem do pó?


Porra, isso é muito grave pra não dar em nada. Como se pode confiar numa imprensa e, principalmente, em autoridades e no judiciário que tem rabo preso com políticos ligados ao tráfico??

Não é caso de partidarismo, nessa hora.

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#20 Mensagem por Carnage » 08 Jan 2014, 20:01

http://www.ocafezinho.com/2013/12/06/o- ... ua-voando/
O heliPÓptero continua voando!
Enviado por Miguel do Rosário on 06/12/2013 – 5:22 pm

Grupo de deputados estaduais aguardam relatório da Polícia Federal antes de iniciar coleta de assinaturas para abertura de uma CPI para investigar o caso.

Carta Capital n˚ 778

Um Escândalo de Meia Tonelada

Minas Gerais: A apreensão de 445 quilos de cocaína no helicóptero da família Perrella abre caminho para uma disputa política no estado

Por Miguel Martins, de Belo Horizonte (MG)


Uma apreensão de quase meia tonelada de cocaína não é uma operação incomum para a polícia, acostumada a monitorar veículos que transportam grandes quantidades de drogas para distribuição nacional e internacional. Não é todo dia que uma aeronave pertencente a um parlamentar cai, porém, no radar das autoridades de combate ao tráfico. A descoberta pela PM do Espírito Santo de 445 quilos de pasta-base de cocaína em um helicóptero da empresa do deputado estadual mineiro Gustavo Perrella, do recém-criado partido Solidariedade, e filho do senador pedetista Zezé Perrella, pode colocar em xeque a proeminência política de uma das famílias mais poderosas do estado de Minas Gerais.

Na Assembleia Legislativa, o bloco Minas Sem Censura, composto de parlamentares do PT, PMDB e PcdoB, estuda sugerir a implantação de uma “CPI do Helicóptero”, mas prefere aguardar novos relatórios da Polícia Federal sobre o caso. Pressionado por sua base, o deputado petista Rogério Correia teme o desgaste político de abrir uma investigação parlamentar, caso a PF conclua que Perrella não tinha conhecimento do transporte da droga em seu helicóptero, apreendido em Afonso Cláudio, na região serrana do Espírito Santo. Uma possibilidade estudada pela bancada de oposição é aproveitar o caso para reforçar uma proposta do deputado pedetista Sargento Rodrigues por uma CPI do narcotráfico, que visa apurar a escalada da distribuição de drogas no Triângulo Mineiro. Deputado da base do governador tucano Antônio Anastasia e das mesma legenda de Perrella pai, Rodrigues não quer, no entanto, transformar sua proposta em um jogo político entre situação e oposição.

A lentidão para formalizar um pedido de CPI explica-se pelo choque de versões nos depoimentos colhidos até o momento. Segundo declarações à PF de Rogério Almeida Antunes, piloto do helicóptero, ele teria desconfiado da carga transportada em razão do alto valor combinado para o frete: 106 mil reais, mais as despesas da máquina. Antunes negou que Perrella tivesse conhecimento do conteúdo da carga. Em um primeiro momento, o deputado afirmou que o helicóptero pertencente à empresa Limeira Agropecuária, da qual é sócio majoritário ao lado da irmã Carolina Perrella, era usado apenas para transporte de passageiros. Negou ter conhecimento do frete e insinuou que o piloto iria responder criminalmente pelo roubo da aeronave. Abandonou a estratégia após a defesa de Antunes garantir que a autorização do transporte da carga pelo deputado poderia ser provada com a quebra do sigilo telefônico.

Segundo o advogado do parlamentar, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, seu cliente de fato autorizou um frete, mas no valor de 12 mil reais, com o objetivo de financiar a manutenção do helicóptero Robinson R66. “O deputado foi surpreendido com a presença de drogas na aeronave. Quem tem aeronaves particulares costuma fazer frete duas ou três vezes por ano, para garantir a manutenção. Mas sempre para transportar passageiros, pois não há autorização da Anac para a realização de transporte de carga”, afirma o advogado a CartaCapital.

Outro ponto bastante polêmico é o trajeto percorrido pela aeronave. Segundo o depoimento de Antunes, a droga teria entrado no helicóptero em Avaré, no interior de São Paulo. No trajeto até Afonso Cláudio, o Robinson R66 teria pousado em dois aeroportos para abastecer: Campo de Marte, em São Paulo, e Brigadeiro Cabral, em Divinópolis (MG). Versão que levanta desconfianças da PF, pois o helicóptero não teria autonomia de voo para transportar uma carga de 445 quilos no trajeto entre os dois aeroportos, um percurso de mais de 500 quilômetros. Leonardo Damasceno, delegado da PF do Espírito Santo, afirmou desconfiar da versão do piloto. De acordo com dados disponibilizados pela fabricante do helicóptero, a Robinson Helicopter Company, o peso máximo para a aeronave levantar voo é de 1.225 quilos, um limite de segurança estabelecido para cada tipo e modelo de aeronave. Se o teto máximo tiver sido respeitado por Antunes e o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior, a conta não fecha. Somados os 445 quilos da droga, o peso dos dois tripulantes, estimado em 140 quilos, e o peso do helicóptero, de 581 quilos, restaria espaço apenas para 59 quilos de combustível no tanque da aeronave, o que permitiria uma autonomia de voo de apenas 158 quilômetros, insuficiente para cumprir qualquer uma das etapas do itinerário. A PF determinou que seja feita uma perícia no GPS do helicóptero. Assim, hipóteses como a droga ter saído de Divinópolis ganham força, apesar de a distância entre a cidade mineira e Afonso Cláudio, cerca de 400 quilômetros, estar também acima da autonomia prevista para a aeronave carregada com a droga.
Enquanto sobram dúvidas a respeito do conhecimento do deputado acerca do conteúdo da carga e da veracidade do depoimento de Antunes sobre o trajeto, os parlamentares mineiros concentram-se no momento em duas frentes. Além de funcionário da Limeira Agropecuária, Antunes ocupava há um ano, por indicação de Gustavo Perrella, o cargo de agente de serviços da 3a. Secretaria da Assembleia Legislativa de Minas e recebia 1,7 mil reais por mês. O piloto foi exonerado logo após o escândalo. Sua contratação é agora alvo de investigação do Ministério Público de Minas Gerais, que vê indícios de incompatibilidade de horários para o cumprimento das duas funções.

O MP também investiga o uso de verba indenizatória da Assembleia para o pagamento de querosene usada na aeronave. Segundo o regimento interno da Casa, os deputados podem usar 5 mil reais mensais do recurso para a compra de combustível quando o uso do veículo particular está relacionado ao cumprimento de agenda política. Em 2013, Perrella teria recorrido a 14 mil reais do fundo para o reembolso de gastos com o abastecimento do Robinson R66. Kakay alega que o querosene utilizado no trajeto até o Espírito Santo não foi pago com dinheiro público. “A última vez que o deputado pediu ressarcimento para combustível foi em 14 de outubro”.

O deputado Correia abriu uma sindicância para levar o suposto uso irregular do recurso à Comissão de Ética da Assembleia, mas mantém o tom cauteloso em relação à CPI. “A pressão da sociedade é grande, mas não podemos transformar o caso em uma questão política. Primeiro, é preciso saber de onde veio a droga”. Por sua vez, o Sargento Rodrigues entende que a situação pode configurar crime de improbidade administrativa. “Se restarem provadas a contratação irregular do piloto como servidor e o uso indevido da verba indenizatória, eu votarei a favor de sua cassação”, afirma, sem se incomodar com o fato de sua postura poder levar a constrangimentos com a base do governo estadual.

O caso do helicóptero atrai atenção para outros negócios suspeitos realizados pela Limeira Agropecuária. O promotor Eduardo Nepomuceno investiga repasses do governo estadual para a empresa, entre 2009 e 2011. Segundo a ação civil pública que, promete o promotor, será encaminhada à Justiça “o mais breve possível”, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas (Epamig) teria contratado sem licitação a Limeira Agropecuária para o fornecimento de sementes de feijão ao programa Minas Sem Fome, que repassa grãos a produtores rurais. O valor do contrato seria de 2,4 milhões de reais, mas, com aditivos, chegaria a 3 milhões.

Outro episódio a envolver a empresa é uma suposta ocultação de patrimônio por Zezé Perrella, alvo de investigação da Procuradoria Estadual. Em sua campanha de 2010, o senador declarou ao Tribunal Regional Eleitoral 490 mil reais em bens. A fazenda Guará, suposta propriedade rural do parlamentar em Morada Nova Minas, é avaliada, porém, em 60 milhões de reais. A fazenda está em nome de Limeira Agropecuária, empresa de seus filhos.

Além das investigações da Limeira Agropecuária, a família Perrella foi alvo da PF em duas operações recentes. O irmão mais novo do senador, Alvimar de Oliveira Costa, é dono da Stillus, fornecedora de marmitas a escola públicas e prisões estaduais. Seu apartamento foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante a operação “Laranja com Pequi”. Sua empresa é acusada de coordenar um esquema de superfaturamento de contratos de fornecimento de refeições aos órgãos públicos. O valor desviado chegaria a 166 milhões de reais. Nepomuceno também cuida do caso. “As provas colhidas foram anuladas pelo Tribunal de Justiça de Minas, que entendeu não termos poder para presidir uma investigação criminal, mas conseguimos reverter a decisão”, afirma o promotor. “Estamos concluindo o inquérito”.

Situação semelhante ocorreu com o irmão mais velho de Zezé, Gilmar de Oliveira Costa, indiciado no início deste ano por formação de quadrilha. A empresa GN alimentos, da qual é dono, é acusada de alterar o peso e o valor nutricional de carnes fornecidas a órgãos públicos. A apuração surgiu após denúncia do empresário Antônio César Pires de Miranda Júnior, proprietário da rede de restaurantes Pizzaria Mangabeiras, famosa na capital mineira por reunir tucanos e parlamentares da base governista. A denúncia surgiu em meio à investigação de irregularidades no certame para o aluguel de um espaço destinado ao restaurante da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, sede do governo estadual, disputado por Júnior e a família Perrella.

http://www.ocafezinho.com/2013/12/10/os ... s-do-psdb/
Os intocáveis do PSDB
Enviado por Miguel do Rosário on 10/12/2013 – 2:54 pm 29 comentários


Se Dante Alighieri fosse vivo, poderia reescrever a Divina Comédia trocando o Paraíso pelo PSDB. É lá que os políticos descansam felizes, intocáveis, seguros, ao lado do Deus-mídia.

A coisa funciona assim. Se um assessor petista é pego com dinheiro na cueca, todas as fúrias do mundo se desatam contra o pobre coitado. O próprio presidente do partido é forçado a renunciar, tamanha a pressão. A coisa não pára aí. O presidente do partido é achincalhado por anos na imprensa, e por fim, condenado e enviado a um presídio, onde é humilhado por juízes e juntas médicas, os quais desdenham de seus graves problemas cardíacos. Oito anos depois, lá está o político petista, num apartamentozinho de 50 metros quadrados, em prisão domiciliar, com a mídia ainda tentando lhe destruir a moral dia e noite.

Quando o funcionário tem alguma ligação com o PSDB, contudo, podem encontrar, em sua casa, plutônio enriquecido com capacidade para destruir metade de São Paulo, junto com uma mala contendo meio bilhão de dólares, um monte de cartas assinadas por comandantes da Al Qaeda. A mídia e a polícia irão concluir que o funcionário foi vítima de algum complô, e que, sobretudo, não há envolvimento nenhum do partido na história.

De certa forma, tem sido assim com o trensalão. A quantidade de provas, confissões, testemunhas, documentos, auditorias, investigações internacionais, emails, é impressionante. Todas confirmam o envolvimento de autoridades de governos tucanos nas mutretas (que alguns chamam cartel) das empresas que forneciam trens e acessórios ao estado de São Paulo. Esta semana, a Istoé aparece com novas revelações. A grande mídia, no entanto, permaneceu muda. Quer dizer, no domingo, a Folha atacou a… testemunha e hoje a única notícia no jornal O Globo é que a “comissão de ética” pediu explicações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que cometeu o “crime” de encaminhar uma denúncia à Polícia Federal.

Para completar o quadro de beatitude tucana, um delegado da Polícia Federal, Leonardo Damaceno, afirmou ontem que a família Perrella não tem ligações com os 445 quilos de cocaína encontrados num helicóptero, há algumas semanas.

Ora, essa. A droga estava em helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrella, ambos grandes aliados de Aécio Neves. Não apenas aliados. A empresa deles, Limeira Agropecuária, ganhou três contratos sem licitação do governo de Minas Gerais, durante a gestão de Aécio.

O piloto do helicóptero, preso durante a apreensão da droga, era assessor de Gustavo Perrella – além de funcionário da Limeira Agropecuária.

O delegado, nem o jornal, não informaram a quem pertence a cocaína. E tudo fica por isso mesmo. Enquanto isso, a Folha de São Paulo comemora que um tetraplégico preso na Papuda, que fora flagrado em casa com 60 gramas de maconha, teve sua prisão domiciliar negada, transformando isso em mais um fato para humilhar e prejudicar José Genoíno – afinal, ele não é tetraplégico e pleiteia prisão domiciliar.

É assim: um tetraplégico pode ser preso por causa de 60 gramas de maconha. E tem prisão domiciliar negada!

Quando é um político ligado ao PSDB, nem meia tonelada de cocaína bastam para fazer um escândalo.

Há rumores (bem fundamentados!) de que uma grande emissora de TV recebeu mais de R$ 600 milhões do Banco Rural (o mesmo cujos empréstimos ao PT motivaram a prisão de Genoíno), sendo que este dinheiro veio de paraíso fiscal, mas aí ninguém faz nada.

Genoíno é condenado sem que haja qualquer prova contra ele de que “comprou” deputados. Tudo que ele fez foi assinar empréstimos junto ao Banco Rural, devidamente quitados, para pagar dívidas do PT.

Joaquim Barbosa é nosso herói!

A imprensa, tão feroz e tão investigativa quando se trata de qualquer coisa ligada ao PT, dessa vez não mostrou nenhum interesse. Ninguém pesquisou a vida do piloto. Ninguém investigou a vida de Gustavo, nem do senador. Todos foram comoventemente blindados na mídia.

Teremos que repetir uma piada que vem correndo as redes: o helicóptero era dos Perrella; o piloto era duplamente empregado dos Perrela (funcionário da Limeira e assessor do deputado); o combustível era abastecido com verba pública dos Perrella (pai e filho usaram dinheiro parlamentar para isso); mas a droga era do… Espírito Santo!

Francamente, eu estou ficando com pena da família Perrella. Afinal, isso podia acontecer com qualquer um, né? A gente compra um helicóptero e, de repente, ele aparece com meia tonelada de pó. Que culpa tem o dono se isso acontece? Pó e helicóptero são dois elementos que se atraem inexoravelmente. É difícil, quase impossível, evitar que essa união se realize.




O estranho caso do helicóptero engavetado
http://www.diariodocentrodomundo.com.br ... ngavetado/

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#21 Mensagem por Carnage » 27 Fev 2014, 14:16

Irmão de Zezé Perella é denunciado por seis crimes
Ministério Público Estadual de Minas acusa Alvimar Perrella de formação de quadrilha, corrupção ativa, fraude processual, fraude em licitação, formação de cartel e lavagem de dinheiro
http://oglobo.globo.com/pais/irmao-de-z ... s-11701111

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Re: Helicoptero de deputado é usado para transportar cocaína

#22 Mensagem por ATHENA » 20 Jan 2015, 19:52

OS MAIORES TRAFICANTES DE DROGAS E ARMAS DESSE PAÍS SÃO ESSES SAFADOS QUE SE ELEGEM DEPUTADOS PARA USAR DO CARGO PARA FAZER SÓ BANDIDAGEM...
OS FAMOSOS BANDIDOS DO COLARINHO BRANCO.

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