O QUE MAIS ELA VAI POR A CULPA NO FHC ???
A MORTE DO BIN LADEN
A QUEDA DAS TORRES GEMEAS
O TSUNAMI NA INDONÉSIA
ESSA MULHER É MUITO BURRA !!!
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A moderação do GPGuia orgulhosamente anuncia o banimento do seguinte forista:
Paidureau
Motivo: Que importa, pau no cu dele!
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MAS A CULPA MESMO FOI DO FHC !!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKNazrudin escreveu:ATENÇÃO:
Temos recebidos muitas reclamações sobre lentidão no GPGuia, muitas vezes sequer consegue-se acessar.
Após muitas investigações descobrimos que a origem do problema é um forista, um dos primeiros cadastros, além de sonegador, criava tópicos a respeito de fio terra e bradava "que esse fórum já foi hétero!".
Resolvemos por um fim nisso.
Investigando os nicks deparei-me com ele e não tive dúvidas, o bani sumariamente.
Espero que tudo fique a contento daqui por diante.
Att. Nazrudin
A moderação do GPGuia orgulhosamente anuncia o banimento do seguinte forista:
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Motivo: Que importa, pau no cu dele!
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Eu marquei para assistir mais tarde, vi apenas o começo.
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florestal escreveu:Outra coisa: como assistir a esses vídeos sabendo-se que o ministro da economia é o Joaquim Levy? Percebam todos a falsidade da situação; no vídeo, diversos interlocutores petistas criticam algo que agora o PT está fazendo com um ministro ortodoxo. Pode???????????????????????
Tendo em vista o descalabro a que chegou o país, eu até espero que as iniciativas do Joaquim Levy surtam efeito, se não derem será ruim para todos, entendo que ele chegou ao cargo devido a má gestão petista e que a jogada é colocar ele agora e em 2018 viria o Lula criticando as medidas adotadas. É uma maneira do PT sempre estar no poder.
O PT funciona como um obstrutor da esquerda, ele impede o surgimento da esquerda real no Brasil.
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Lobo Solitário escreveu:Sempre vai existir uma esquerda mais pura, salvadora, que vai redimir as cagadas da esquerda que pragmaticamente teve a chance de chegar ao Poder. A esquerda nunca é o que foi na realidade. Quando a esquerda chega ao Poder e escancara seus podres, então não é a esquerda real. E o irmão repele o outro irmão. E briga entre irmãos pode ser mais odienta que briga entre dois grupos não consanguíneos.
Quanto ao A Culpa é do FHC, é o hábito de petistas, partidários, simpatizantes, amigos, camaradas, militantes, afins, congêneres e correlatos praticarem a versão dos fatos, ou seja, primeiro se cria a história, e aí circulam,convencem, e depois procuram fatos que vem a corroborar a hipótese gerada inicialmente. Esse é um dos motivos desse pessoal querer controlar a mídia, disfarçado de regulação do monopólio econômico.
Lobo Solitário escreveu:Sempre vai existir uma esquerda mais pura, salvadora, que vai redimir as cagadas da esquerda que pragmaticamente teve a chance de chegar ao Poder. A esquerda nunca é o que foi na realidade. Quando a esquerda chega ao Poder e escancara seus podres, então não é a esquerda real. E o irmão repele o outro irmão. E briga entre irmãos pode ser mais odienta que briga entre dois grupos não consanguíneos.
Quanto ao A Culpa é do FHC, é o hábito de petistas, partidários, simpatizantes, amigos, camaradas, militantes, afins, congêneres e correlatos praticarem a versão dos fatos, ou seja, primeiro se cria a história, e aí circulam,convencem, e depois procuram fatos que vem a corroborar a hipótese gerada inicialmente. Esse é um dos motivos desse pessoal querer controlar a mídia, disfarçado de regulação do monopólio econômico.
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Caro forista TD 0voyeursxxx escreveu:florestal.
O neoliberalismo coloca tudo nas mãos da minoria mais rica do país que não são nacionais. Conglomerados multinacionais sufocam a economia ao impedir o desenvolvimento da industria de base, desenvolvimento de novas tecnologias, pesquisa etc. Com isso o estado torna-se refem sendo eterno consumidor.
Como pode um pais ser economicamente independente se concede toda sua industria de base nas mãos do capital estrangeiro? Se exporta matéria prima e importa os manufaturados a valores altos? Se obtêm crédito a juros imorais?
Todavia, de fato, politicas assistencialistas oneram a economia. No fim só podemos concluir que a economia é algo que flutua a parte de politica e partidarismo. Quem manda mesmo são os de sempre, Rothschild, Rockefeller, Bilderberg...
O que falta aqui é um Nacionalismo!
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Não foi isso que o vimos na Europa, onde a esquerda com o socialismo real do leste europeu (com uma série de erros, é verdade) e a esquerda dos países mais desenvolvidos da Europa Central e países nórdicos, criaram sociedades com muito mais justiça social, equilíbrio e igualdade, modelos a serem seguidos. Ambas as esquerdas, dos países do Leste e do centro europeu e dos países nórdicos se complementam, a mudança somente pode ser entendida quando vemos o conjunto; o fato dos países do leste terem abandonado o modelo soviético não significa que todas as suas ideias foram derrotadas, mas apenas que o capitalismo venceu a competição e que não faz mais sentido manter aquele modelo. Hoje, o mundo necessita de novas ideias de esquerda e elas podem estar surgindo na Grécia, com o Syriza.Lobo Solitário escreveu:Sempre vai existir uma esquerda mais pura, salvadora, que vai redimir as cagadas da esquerda que pragmaticamente teve a chance de chegar ao Poder. A esquerda nunca é o que foi na realidade. Quando a esquerda chega ao Poder e escancara seus podres, então não é a esquerda real. E o irmão repele o outro irmão. E briga entre irmãos pode ser mais odienta que briga entre dois grupos não consanguíneos.
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- Caro forista com incríveis 48 td'sCaro forista TD 0
- Politicas nacionalista visam incentivar o desenvolvimento econômico ...não falo de nacional-socialismo tal qual nos moldes ... Se o pais não mantivesse a politica de exigir que uma parte da produção e tecnologia fosse desenvolvida e/ou montada em solo nacional visando gerar emprego, as multinacionais estariam importando toda a tecnologia e usando somente a força de trabalho pois essa sim, sem duvidas é mais barata e seria ainda mais sem a presença do estado.Nem vou discutir as origens do termo neoliberalismo contigo.
Mas tenho a dizer:
O que é necessário é liberalismo na economia. De forma geral no planeta.
Políticas nacionalistas vão apenas substituir “grupos econômicos minoritários estrangeiros privilegiados” por grupos econômicos mais minoritários ainda nacionais privilegiados. Estes últimos vão estabelecer uma relação promíscua com o governo.
- Produto melhor e preço mais baixo não é o que a população tem aqui em terras tupiniquins. Quando se compra um carro o mesmo modelo fabricado aqui tem sua qualidade muitíssimo inferior ao fabricado lá fora. Os serviços de comunicações que vieram de lá lucram como nunca por aqui, com custos exorbitantes.Com a diferença de que os grupos nacionais privilegiados ao ter proteção no mercado nacional não tem o estímulo da concorrência, e por consequência, o país que adota uma política nacionalista terá um parque industrial/empresarial obsoleto, e o pior, a liberdade do consumidor será prejudicada. E é prejudicada porque o governo ao por uma taxa de importação alta, ou não liberar a entrada de um produto estrangeiro no país, para proteger a indústria nacional, ele está impedindo que o consumidor possa escolher um produto melhor e de preço mais baixo. Por causa da malfadada política nacionalista.
- Fora justamente os incentivos do governos ao desenvolvimento da industrial que fez com que ela tomasse proporções para se expandir pelo mundo. Quer abrir um negócio lá fora? O estado te incentiva, torna tudo viável sem burocracias. Quer patentear um produto/invenção/ideia? Também é possível sem problemas.Políticas nacionalistas não ajudam o desenvolvimento industrial. O crescimento genuíno ocorre em uma ambiente de relativa liberdade econômica.
- Não falo de politica que segrega e visa a utopia do comunista. A maior fonte motivadora para guerras fora justamente a necessidade de expansão da industria, de novos mercados, novas relações comerciais. Tal pensamentos é o mesmo nos dias de hoje e provocam as mesmas guerras pelo mundo todo. Ou acha que qualquer nação imperialista tem a boa fé de movimentar e custear toda uma industria de guerra simplesmente para levar a paz e democracia?Nacionalismo é pensamento obtuso. Tem suas origens no mercantilismo quando as metrópoles exploravam as colônias até a exaustão. Se todo mundo se proteger nada vai melhorar. O nacionalismo gera apenas um pensamento de segregação. Tal pensamento foi a causa de guerras no passado. Atualmente os Estados nacionais estão caminhando para formação de grupos econômicos, é o caminho inverso desse pensamento obtuso. Tem que mudar o paradigma para uma ideia de coesão maior mundial.
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Exatamente! Qual o beneficio da china invadir o país com seus produtos texteis? Minar o desenvolvimento do nosso mercado. Exemplo disso pode ser analisado no caso da Azaleia que exportava calçados na década de 70 pois o governo brasileiro iniciou programas de cooperação para importação de máquinas e equipamentos com intuito de qualificar a produção brasileira. Além disso, foram desenvolvidosDefender a indústria nacional é a única forma do Brasil poder promover a inclusão social da sua gente e se afirmar enquanto país, não vejo sentido nenhum em mandar nossos empregos para a China, como é feito atualmente.
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Concordo com sua autoridade em moderar o forum Narudin, nem vou questionar a legitimidade em zoar um membro que posta sua opinião em um post na área Assuntos Gerais dentro de um tópico sobre Politica Contudo, só quero continuar a discutir, de forma amigável, alguns temas de meu interesse por isso peço desculpas ao membro Charlies SheenCaro forista, em um fórum cujo objetivo principal é a participação através de postagens de TDs, ser chamado de forista TD 0, não só é uma constatação como uma zoação legítima. Isso não o autoriza a se utilizar de termo ofensivo que foi suprimido. Att. Nazrudin
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Chutando a escada
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA
Quando vemos os países ricos negociarem duramente com os países em desenvolvimento seus interesses comerciais, por que devemos acreditar que em outras circunstâncias, quando se propõem a aconselhá-los sobre como alcançar o desenvolvimento, não estejam na verdade defendendo só seus próprios interesses? Por que é razoável para os países pobres supor que as agências que os países ricos criaram para dar esses conselhos atendam aos seus interesses nacionais, e não aos interesses dos países que de fato as controlam?
Alguém poderá dizer que essas perguntas são impertinentes. Como, porém, é possível compreender que, enquanto o Brasil não aceitava esses conselhos, de 1930 até 1980, desenvolveu-se de forma extraordinária e parou de crescer desde que passou a aceitá-los?
Ou como explicar que um grupo de países asiáticos tem experimentado um extraordinário desenvolvimento na medida em que adota reformas capitalistas, mas não as reformas que os países ricos aconselham, por meio do FMI e do Banco Mundial?
Alguém poderá sugerir que esses fatos são mera coincidência. Ou que as perguntas não correspondem a fatos. Elas, porém, encontraram resposta extraordinária em livro do professor de economia da Universidade de Cambridge Ha-Joon Chang que acaba de ser publicado no Brasil. Seu título é curioso, "Chutando a Escada" (ed. Unesp), uma expressão que Chang encontrou em Friedrich List. Esse economista, que teve poderosa influência sobre Roberto Simonsen, argumentou, em 1841, contra a adoção de políticas liberalizantes recomendadas pela Inglaterra e a favor de uma política ativa de desenvolvimento, com teses fundamentais para que aquele país, pouco depois, entrasse num acelerado processo de crescimento.
O grande economista alemão afirmou e demonstrou com exemplos históricos que os países que primeiro logravam se desenvolver "chutavam a escada" ou "puxavam o tapete", para impedir que os demais países os seguissem e lhes fizessem concorrência. A Inglaterra, em relação a suas colônias (ou às semicolônias, como foi o caso do Brasil em 1810), teve nesse sentido uma política muito clara, que, no limite, visava impedir que o outro país se industrializasse.
Em seu breve mas denso livro, Chang mostra, com um grande número de evidências, que os países ricos, ao proporem um determinado conjunto de políticas e de reformas, estão agindo exatamente da mesma maneira. Naturalmente as práticas são mais sofisticadas e estão amparadas na ortodoxia convencional dominante, mas a lógica é a mesma: trata-se de chutar a escada, criando dificuldades para que os novos países industriais, que surgiram nos anos 70, possam competir com os países industrializados na exportação de produtos com alto valor agregado.
Chang distingue as políticas econômicas das instituições. Ele mostra que todos os países, inclusive a Inglaterra e os EUA, usaram de políticas de proteção comercial e de políticas industriais e tecnológicas ativas. As duas únicas possíveis exceções foram a Suíça e a Holanda. E, na grande maioria dos casos, o Estado investiu na infra-estrutura e em setores capital-intensivos. Dessa forma, quando os atuais países desenvolvidos se desenvolveram, usaram de políticas econômicas que agora condenam.
As políticas recomendadas por Washington e Nova York são principalmente uma forma de puxar o tapete.
Quanto às instituições, como a garantia da propriedade e dos contratos, o autor mostra, primeiro, que, na época em que os países desenvolvidos se industrializaram, suas respectivas instituições eram muito menos desenvolvidas do que as atuais instituições dos países em desenvolvimento; segundo, que, na verdade, a maioria das instituições que hoje são recomendadas aos países em desenvolvimento foram o resultado, e não a causa, desse desenvolvimento.
O livro do professor de Cambridge, entretanto, não critica a política recomendada pelos ricos de crescer com poupança externa através da abertura da conta capital. Embora os países ricos tenham crescido com sua própria poupança, seguindo o lema simples de que "o capital se faz em casa", não hesitam hoje em aconselhar os países em desenvolvimento a se endividarem financeiramente e a disputarem investimentos diretos (endividando-se patrimonialmente), como se estas fossem as duas únicas maneiras de financiar o desenvolvimento. Em conseqüência, os países que adotaram tal política nos anos 90 perderam o necessário controle sobre sua taxa de câmbio e transformaram em consumo a poupança externa recebida.
É preciso reconhecer que os países ricos, particularmente os EUA, por um período de 30 anos, após a Segunda Guerra Mundial, baixaram sua guarda e se preocuparam em promover o desenvolvimento das demais nações. Estavam otimistas e se mostraram generosos. A partir dos anos 70, porém, quando surgiram os novos países industriais, essa atitude foi abandonada. Hoje é impossível compreender a onda neoliberal, globalista e "dependentista" que então se iniciou sem levar em conta essa mudança.
Geralmente essa onda ideológica conservadora é explicada como uma luta do mercado contra o Estado (o que facilita a alienação das elites empresariais locais), mas esse é apenas um lado da questão. As políticas recomendadas por Washington e Nova York são principalmente uma forma de chutar a escada ou de puxar o tapete. São uma reação, geralmente inconsciente, mas nem por isso menos perigosa, das elites econômicas e políticas dos países ricos para fazer frente à competição dos novos países industriais.
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Ocorre que muitos brasileiros preferem ouvir esse cara aqui e não percebem que as coisas que ele diz não têm qualidade, são discursos sem boa fundamentação teórica. Nos Estados Unidos temos economistas que defendem o neoliberalismo, mas eles estão atrelados aos interesses dominantes.Chutando a Escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica
Ha-Joon Chang
São Paulo: Editora UNESP, 2004.
A versão original desse livro foi publicada em inglês, em 2002, e foi traduzida para uma série de idiomas. Seu autor, Ha-Joon Chang, é um coreano, professor da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desde 1990, e diretor-adjunto do Departamento de Estudos sobre Desenvolvimento. Ha-Joon vem sendo considerado um líder da nova geração de economistas heterodoxos que tentam revitalizar os trabalhos e debates na área de desenvolvimento econômico
Em 2003, o livro, cujo título original em inglês é Kicking away the ladder: development strategy in historical perspective, foi o vencedor do Prêmio Gunnar Myrdal, dado pela EAEPE (European Association for Evolutionary Political Economy) para a melhor publicação.
Seu autor, Ha-Joon Chang, dividiu o Prêmio Leontief (Wassily Leontief Prize for Advancing the Frontiers of Economic Thought) de 2005, dado pela Universidade de Tufts, com Richard R. Nelson, professor da Universidade de Columbia. O Prêmio Leontief foi recebido pela sua contribuição para o estudo do desenvolvimento econômico de países pobres e pelos seus trabalhos tentando desvendar a problemática relação existente entre metas de desenvolvimento e uma economia globalizada.
O título do livro, Chutando a escada, faz referência a parte de uma frase de Friedrich List, economista alemão do século XIX (1789-1846), defensor do protecionismo à indústria nascente. Em seu trabalho, Ha-Joon afirma que os países em desenvolvimento estão sendo pressionados pelos países desenvolvidos a adotar o que chamam de "boas políticas e boas instituições", capazes de promover o desenvolvimento econômico. As "boas políticas" seriam as recomendadas pelo Consenso de Washington, dentre elas podemos citar políticas macroeconômicas restritivas, liberalização comercial e financeira, privatização, e desregulamentação. As "boas instituições" seriam as existentes nos países desenvolvidos, principalmente nos anglo-saxões, por exemplo, a democracia, um poder judiciário e banco central independentes e uma forte proteção aos direitos de propriedade. Os argumentos utilizados são que "políticas e instituições boas" foram adotadas pelos países desenvolvidos quando estavam em processo de desenvolvimento. Chang mostra que não faltam evidências históricas sugerindo o contrário.
O principal questionamento de seu trabalho é: "Como os países ricos enriqueceram de fato?" Esta pergunta é o título do primeiro capítulo do livro.
A obra é dividida em quatro capítulos. O primeiro é introdutório, discutindo o método de análise utilizado e os questionamentos do autor, antecipando também algumas conclusões finais do trabalho. O capítulo 2 aborda as chamadas políticas de ICT (políticas industrial, comercial e tecnológica). Segundo Chang, são as diferenças nestas políticas que, para ele, separam os países bem-sucedidos, em termos de desenvolvimento econômico, dos outros países, deixando claro que não nega a importância de outras políticas. O terceiro capítulo analisa um grande número de instituições. Ha-Joon afirma que (p. 25), "[...]Tanto quanto me é dado saber, este livro é o único que oferece informações em um espectro tão amplo de instituições, passando por um grande número de países". No último capítulo, intitulado "Lições para o presente", o autor tenta responder os seus questionamentos iniciais, dando algumas sugestões para os países em desenvolvimento.
Após a análise do desenvolvimento econômico sob um prisma histórico, Ha-Joon conclui que se os países desenvolvidos tivessem mesmo adotado as políticas que recomendam aos países em desenvolvimento, não seriam o que são hoje. Muitos deles, ao longo de sua trajetória de desenvolvimento, recorreram a políticas comerciais e industriais protecionistas, atualmente consideradas políticas "ruins". Além disso, no século XIX e início do século XX, antes de se tornarem países desenvolvidos, possuíam poucas das instituições que agora recomendam aos países em desenvolvimento. Em outras palavras, os países desenvolvidos, pregando políticas ortodoxas, estariam hoje "chutando a escada" para que os países em desenvolvimento não consigam seguir os mesmos caminhos trilhados por eles para se desenvolver.
O ponto alto do livro são os dados históricos que questionam determinados mitos em relação aos países desenvolvidos. Por exemplo, na tabela 2.1 (pág. 36), fica claro que, de 1820 até 1931, os EUA e alguns outros países hoje desenvolvidos adotaram políticas altamente protecionistas para defender a sua indústria nascente, mas eles alegam que fizeram o contrário: que liberalizaram seus mercados. Em um trecho do livro (pág. 66), que analisa as políticas de ICT adotadas pela Alemanha, menciona-se a utilização de espionagem industrial patrocinada pelo Estado e a cooptação de trabalhadores da Inglaterra, práticas que seriam consideradas "ruins" nos dias de hoje. Em uma outra parte do livro (págs. 127-36), Ha-Joon demonstra que, nos países desenvolvidos, a democracia, durante muito tempo, não foi muito democrática, porque excluía pessoas por renda, sexo, cor... Existia também compra de votos, fraude eleitoral e corrupção. Segundo o autor, os países em desenvolvimento, nas fases iniciais da democracia, não tiveram tantos problemas como os países desenvolvidos.
O livro é de leitura fácil, com abundância de dados históricos não só de países tradicionalmente analisados como EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão, mas também de países menores, como a Bélgica, Suíça, Holanda, etc. Apresenta, assim como em outros livros do mesmo autor, uma visão crítica em relação ao papel do Estado no desenvolvimento econômico e em relação às políticas recomendadas aos países em desenvolvimento pelos órgãos de fomento internacional como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
É um trabalho original, recomendado para leitura a economistas e pessoas com diversas áreas de formação, inclusive a formuladores de políticas públicas. Contém inúmeras referências bibliográficas e estimula a repensar as estratégias de desenvolvimento econômico que vêm sendo adotadas pelos países pobres e em desenvolvimento.
Scielo
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Industriais menos eficientes que são obrigados a fechar as portas, empregados demitidos, ou que tenham que aceitar salário menor em outro ramo de emprego. Mas se pensar bem esses empregados, que possivelmente mudaram de emprego, estão levando toda a sua competência para outro ramo que precisa da oferta de sua mão-de-obra, ramo que poderá se desenvolver com o tempo.
Caro forista o senhor está bem versado na escola austríaca de Von Misses.Entretanto a população como um todo tende a se beneficiar, apesar de grupos específicos serem inicialmente prejudicados, porque o salário real dela vai aumentar.
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florestal escreveu:Ocorre que muitos brasileiros preferem ouvir esse cara aqui e não percebem que as coisas que ele diz não têm qualidade, são discursos sem boa fundamentação teórica. Nos Estados Unidos temos economistas que defendem o neoliberalismo, mas eles estão atrelados aos interesses dominantes.
http://www.espacoacademico.com.br/093/93pra.htmChang, tanto no seu livro anterior, Chutando a Escada, como neste atual, Maus Samaritanos, conta a mesma história, embora com argumentos ligeiramente diferentes, mas por meio do mesmo uso seletivo dos dados históricos. Na verdade, não é tanto da história que ele pretende falar – inclusive porque não se trata de um historiador econômico, nem, aliás, de um economista historiador – mas da “história” presente, ou o que ele pretende por tal. Essa “história” seria dominada pelas políticas neoliberais e pela imposição das “regras do Consenso de Washington” aos países em desenvolvimento, o que resultaria, assim segue a teoria do complô, em que estes não possam o que antes fizeram os países ricos.
Todos sabem quais são essas políticas e não seria preciso estender-se em demasia em sua descrição: políticas macroeconômicas estáveis e responsáveis, redução do peso do Estado, liberalização comercial e do regime de investimentos estrangeiros, defesa dos contratos e dos direitos de propriedade intelectual, banco central independente, etc. Existe em vários setores críticos – mas que provavelmente nunca leram os textos originais – uma grande confusão entre, de um lado, o que pode ser eventualmente recomendado pelos conselheiros das instituições de Bretton Woods e, de outro lado, as regras originais do economista John Williamson, que detém o copyright – ou pelo menos os moral rights – sobre o chamado Consenso de Washington. Este “consenso”, em sua versão original, não compreendia nem a taxa de câmbio fixa (ele recomendava flexível), nem a liberalização do setor financeiro (ou dos movimentos de capitais, para ficar em algo mais tangível).
Não é o caso de dirimir essa confusão neste momento, tanto porque isto não parece preocupar aqueles que criticam de maneira leviana as “regras” de Washington, em primeiro lugar o próprio Chang. Sua principal missão é a de desmantelar essas regras, posto que elas seriam prejudiciais aos interesses atuais dos países em desenvolvimento. Usando mais suas impressões do que a pesquisa histórica, Chang recomenda o contrário: sua sugestão é a de que os países pobres façam aquilo que ele imagina que os países hoje ricos teriam feito nas etapas iniciais de crescimento e consolidação de seus processos de autonomia tecnológica.
E quais seriam essas políticas? Elas são muito diversas, obviamente, sendo que em alguns casos sequer houver políticas claramente definidas ou implementadas de maneira contínua segundo um plano pré-determinado. Mas Chang, em sua leitura seletiva dos dados históricos, identifica basicamente dois conjuntos de políticas que teriam sido usadas pelos países ricos em sua caminhada racional para o desenvolvimento: políticas industriais, do tipo “indústria infante” – tal como recomendado por List e, antes dele, pelo Secretário americano do Tesouro, Alexander Hamilton –, e comerciais. As principais medidas seriam o apoio direto às indústrias nacionais na fase inicial de instalação, por meio de subsídios, incentivos fiscais, proteção tarifária e outros tipos de defesa comercial e dirigismo setorial. Ele é bastante detalhista na coleta de medidas governamentais, ao longo do século 19 (e mesmo antes), que teriam sido mobilizadas para sustentar a industrialização desses países. O resultado entusiasma os dirigistas de várias épocas e de vários países, sobretudo aqueles que também pretendem criticar o suposto complô dos ricos e dos “washingtonianos”.
O fato é que os argumentos de Chang são distorcidos, seus “fatos” são incompletos e falham, lamentavelmente, em estabelecer as relações causais efetivas entre as medidas industrializantes apontadas por ele e o desenvolvimento dos países considerados, processo necessariamente mais complexo do que sua visão simplista da história. Ele não considera uma série imensa de outros fatores institucionais – tal como destacada por historiadores econômicos como Douglass North, por exemplo – e passa completamente por cima dos fatores culturais e educacionais que sustentaram – não apenas a industrialização, mas – a transformação tecnológica abrangente que teve lugar em vários desses países (alguns deles não necessariamente industriais, mas “essencialmente agrícolas”, como Dinamarca e Nova Zelândia).
É, por outro lado, igualmente simplificadora sua visão de que foram aquelas medidas estatais que provocaram a industrialização e o crescimento econômico; como se os países ricos tivessem “planejado” racionalmente seu processo de desenvolvimento, por uma série de medidas encadeadas no tempo, e estruturalmente integradas umas às outras, todas elas com o objetivo expresso – e talvez pré-determinado – de provocar essa modernização. Ele certamente não considera a contraditória e muitas vezes improvisada colcha de retalhos que constitui a trama da história real, na qual, indivíduos, grupos de pressão, ideologias e, não menos importante, reações defensivas ou “imitativas”, interagem de modo desordenado, ao sabor das relações de forças que se estabelecem na sociedade, para produzir um resultado que está longe de ser aquele desejado por categorias específicas de atores sociais.
A história não é certamente um livro branco, no qual governos supostamente esclarecidos podem ditar ordens e regras para sua implementação racional: ela é, bem mais, um pesado carro de bois que avança lentamente por uma estrada esburacada, com interrupções e deslizes que pouco têm de intencional ou planejado. Mesmo admitindo-se a existência de políticas claras para favorecer este ou aquele resultado antevisto – como costumam ser as medidas de subsídio industrial, de proteção tarifária ou de apoio logístico – é muito difícil ao honesto historiador econômico separar fatores estruturais e contingentes no complexo processo de desenvolvimento dos países atualmente ricos; a começar que eles não estavam desenhando políticas de desenvolvimento e sim respondendo a impulsos que lhes vinham de dentro e de fora, e nem sempre, aliás, pela mão dos governos.
Haveria muito mais a dizer sobre a peculiar leitura da história do professor Chang. Mas a discussão poderia nos levar muito longe, no espaço limitado deste ensaio. Bastaria, talvez, dizer isto: se o protecionismo comercial e as políticas dirigidas em apoio ao setor industrial fossem o sucesso que ele alega, nesse caso, os países da América Latina, que, durante várias décadas, praticaram ambos em doses altamente concentradas, deveriam ser hoje não apenas nações altamente industrializadas, como tecnologicamente desenvolvidas, o que obviamente não é o caso. Por outro lado, em sua própria Coréia natal, Chang deixa de ver todos os fatores institucionais e educacionais que favoreceram o seu desenvolvimento, e se concentra unicamente nas políticas industrializantes e de cunho comercial, que teriam, supostamente, impulsionado o crescimento e a transformação tecnológica. Em conclusão, como economista, Chang pode até ter seu valor de mercado, mas como historiador ele falha miseravelmente em comprovar as suas teses.
Brigado, brigado.... o Sr. está versado em lugar comum esquerdistavoyeursxxx escreveu:Caro forista o senhor está bem versado na escola austríaca de Von Misses.
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DUDUKXORRAO escreveu:Ainda tem gente que defende os Esquerdopatas, como têm pessoas sem noção no mundo, é por isto que têm pessoas vai lutar no estado islâmico, com a promessa de 10 virgens no paraíso!
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bullitt escreveu:Sobre as políticas de protecionismo discutidas anteriormente, quem se lembra da lei de reserva de informática?
Foi um exemplo de protecionismo completamente inútil, que resultou em um imenso atraso de tecnologia.
As empresas brasileiras simplesmente copiavam computadores estrangeiros e pirateavam software a rodo. Algumas pegavam o software gringo e simplesmente hackeavam o código para botar o seu próprio nome, até mesmo em cartuchos de Atari. Outras nem se davam ao trabalho de mudar, e até vendiam a cópia da cópia, com o nome ou logotipo da concorrente tupiniquim na maior cara de pau.
Salvo raras exceções, não havia desenvolvimento de tecnologia nacional. Era tudo chupinhado! Era um mundo que não existia padronização dos computadores. As empresas lançavam um micro, prometiam periféricos e depois deixavam os usuários na mão quando as vendam dos micros começavam a cair.
Os poucos que produziam software nacional também era pirateados, com direito a anúncio no jornal pelo pirata! Simplesmente não valia a pena desenvolver software.
Ao final de tudo isso, o que o país ganhou? Nada... Muitas empresas fecharam antes mesmo do fim da reserva. Geração de empregos? Muito pouco. Capacitação tecnológica? Mínima. Qualidade ao consumidor? Baixa.
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