O Opus Dei e o STF
A
Opus Dei (Obra de Deus) recebeu em 1982 o
status extraordinário de prelazia pessoal, isto é, podem atuar no mundo inteiro obedecendo diretamente não às autoridades eclesiásticas locais, mas ao sumo pontífice.
Essa é a fachada pública da
Opus Dei. Contudo o movimento assume características de seita ultraconservadora secreta no interior da Igreja Católica.
No início do século XXI, as cortinas foram vagarosamente se abrindo. Dissidentes revelaram serem os membros da
Opus Dei submetidos a sistemáticos processos de lavagem cerebral, incluindo métodos de autopunição e castração – entre esses, o uso do medievalístico cilício e flagelo - o cerceamento de todas as liberdades individuais, o afastamento da família e a doação do próprio salário à instituição. Jovens indivíduos – homens e mulheres – são atraídos de modo sorrateiro à seita, acreditando serem eleitos à vida de testemunho evangélico na sociedade. Acabam, porém, sendo transformados em máquinas, cuja única finalidade é a obediência aos caprichos dos superiores. Os poucos dissidentes são tachados de traidores.
Lembra o comunismo, na sua versão mais ortodoxa?
O fundador da
Opus Dei (Josemaría Escrivar de Baleguer) foi canonizado em 2002, não obstante a nebulosidade em vários trechos de sua biografia. Ou seja, seguiu às regras dos santos em geral da Igreja Católica. Santo para o povo, mas nos bastidores, muitos dados encobertos.
O que foi dito acima pode ser conferido em livros, a exemplo:
Opus Dei: os bastidores, dos dissidentes Jean Dario Ferreira, Jean Lauand, e Márcio da Silva.
Muitos comentam: precisamos de alguém com sólida formação moral cristã para a vaga no STF, para contrabalançar o esquerdismo reinante.
Esse é o boitatá de sólida formação moral, ligado a um movimento com essas credenciais, cotado para a vaga no Supremo Tribunal Federal:o Jurista Ives Gandra Martins Filho. Tá ruim o negócio.