Jornalista colombiana muda de atividade e passa a fazer porno.

[florestal]

Jornalista colombiana decidiu mudar de atividade e começou a fazer porno, ela gosta muito de ler e, na sua cidade natal, Cucuta na Colômbia, cuidava de uma biblioteca e fazia concursos literários, até virar atriz porno.

Ela fez um concurso nas redes sociais, que queria um rapaz virgem para fazer sexo com ela, se inscreveram 600 e ela escolheu um jovem de 21 anos chamado Manuel, que está sendo visto como um herói na Colômbia. Vejam este vídeo.

Neste artigo ela tece boas considerações sobre sexualidade, que devo traduzir depois.

Aqui, o primeiro vídeo dela, quando seu time ganhou a partida e ela tinha prometido fazer uma apresentação.

Aqui, os vídeos pornos dela, especial atenção para este, no qual ela faz sexo com o jovem ganhador do concurso feito por ela.

[relampejando]

Boa, belo bundão da muchacha.

Mas existe pornô de direita?

Procurem por Mariana Martins, ótima jornalista também.

[oGuto]

O florestal parece ter um fascínio meio infantil por coisas desse tipo.

Jornalista, ou o que fosse, vira atriz pornô. E daí? Muda o que a mulher ser isso ou aquilo antes de sair dando por dinheiro?

Só falta achar que tem algo de autoconhecimento nisso, ao invés de simplesmente um negócio.

[MALEVO]

A ideia do nosso colega da floresta é passar para o povo que putaria ou ser puta é algo que deveria ser encarado pelas classes como normal. Tipo, foi uma jornalista que virou puta, não foi uma favelada qualquer, entenderam? Só que não entra naquela cabeça vazia que esta aí é uma entre milhões que nem pensam em ser puta. É uma agulha no palheiro.

[Charlies Sheen]

Jornalista vira puta. Grandes porcaria.

Que sono.

[bullitt]

Esse camarada aí deve passar o dia inteiro vasculhando notícias e textos na Internet para reforçar as certezas dele e catequizar os foristas, mesmo que sejam notícias irrelevantes.

[Comedor da ZN]

Não sei qual é o salário médio de um jornalista na Colômbia, mas se for a mesma merda que no Brasil é melhor virar atriz porno ou puta mesmo.

[florestal]

No primeiro vídeo porno dela, ela aparece rezando o terço:

Rezando o terço

Matéria na revista SoHo

[ronjeremy]

Vc.s Já viram quantas jornalistas se casaram com políticos...
Essa colombiana tem de ser aplaudida..


Foi fazer o que gosta...

[florestal]

Vc.s Já viram quantas jornalistas se casaram com políticos...
Essa colombiana tem de ser aplaudida..


Foi fazer o que gosta...

Mandou bem!

[florestal]

Ela pensa em fazer da pornografia uma forma de educação correta, já que a pornografia atual é voltada apenas para o lucro, não pensa em ensinar corretamente as pessoas como fazer sexo bem feito. Eu vejo com simpatia essa iniciativa, mas defendo que a educação sexual nas escolas avance para ensinar a sexualidade.

Educação porno
Por Alejandra Omaña

Os conteúdos da indústria pornográfica são feitos por homens e para homens, como qualquer indústria que obedece a demanda.

Os homens, antes de ter sexo pela primeira vez, veem porno para saber como fazer, e nós aceitamos, confiando que eles saibam como fazer.

Por que não são as mulheres as principais consumidoras de pornografia no mundo? Porque chegamos tarde a nossa sexualidade. Crescemos sem conhecer a função exata de nossos genitais e as sensações que produzem a estimulação dos mesmos. Desconfiamos da proibição de palpar ou exibir nossas partes, da insistência em trazer a saia escolar abaixo do joelho; e se a curiosidade nos produz prazer, nos inculpamos de imorais por não seguir as regras. Ouvimos de nossas mães que nosso valor como mulheres depende da conservação do hímen, porém não nos dizem que esse mesmo pode se romper apenas praticando esporte.

Demoramos anos para saber que o orifício por onde urinamos não é o mesmo pelo qual mais adiante poderemos ser penetradas. Do clítoris saberemos muito mais tarde, porque diferentemente dos homens, nossos genitais não ficam expostos.

Por esse motivo chegamos tarde a pornografia, porque chegamos tarde a nossos corpos.

Os homens, educados sexualmente pela pornografia (como mais poderiam fazê-lo?) reduzem a figura feminina a um corpo "penetrável", porque acreditam que nossa sexualidade seja tão básica quanto a sua. Não sabem, como as vezes nós mesmas tampouco sabemos, que a pele é o órgão sexual com mais terminações nervosas.

Creem que, como nas películas pornográficas, uma palavra mórbida bastará para umedecer-nos. Também enxergam nas atrizes pornográficas a referência do que necessariamente deve fazer uma mulher para ser uma boa amante.

E eles, claro, adotam a ideia de que somente lograrão satisfazer a suas companheiras se tiverem um penis grande e a resistência dos atores pornográficos. E alguém deve dizer-lo: essas não são as qualidades do colombiano mediano.

Então, como a educação que recebemos a maioria dos colombianos: nos ensinaram errado. Nos ensinaram errado como fazer.

Nota:os tempos mudam e novos direitos tornam-se populares, não tanto para que os pais ou professores ensinem aos adolescentes como fazer sexo, mas sim para que diretores, produtoras, atrizes e atores façam porno para todos: não convencional.

Pornografia onde o pênis é só um elemento mais da cena e não o protagonista; pornografia onde se assume a responsabilidade do porno como elemento de educação sexual e se explore o prazer feminino pelos sentidos, reconhecendo que cada mulher é diferente.

Nova pornografia na qual cabem todos os corpos, até aqueles que temos pensado que não têm sexo, como as pessoas com mobilidade reduzida, aleijadas, sem algum sentido.

Minhas inspiradoras favoritas são a diretora Erika Lust, a atriz Amarna Miller, o coletivo yeswefuck.org e outros transgressores que querem fazer porno que ensine a fazer sexo bem feito.

@AmarantaHank

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