"Cu é lindo"

Espaço destinado a conversar sobre tudo.

Regras do fórum
Trancado

Resumo dos Test Drives

FILTRAR: Neutros: 0 Positivos: 0 Negativos: 0 Pisada na Bola: 0 Lista por Data Lista por Faixa de Preço
Faixa de Preço:R$ 0
Anal:Sim 0Não 0
Oral Sem:Sim 0Não 0
Beija:Sim 0Não 0
OBS: Informação baseada nos relatos dos usuários do fórum. Não há garantia nenhuma que as informações sejam corretas ou verdadeiras.
Mensagem
Autor
florestal
Forista
Forista
Mensagens: 3306
Registrado em: 08 Ago 2004, 09:15
---
Quantidade de TD's: 127
Ver TD's

"Cu é lindo"

#1 Mensagem por florestal » 21 Jul 2018, 13:24

Merece todo o nosso apoio a mostra apresentada em Salvador, Bahia, porque o objetivo dela é combater o fundamentalismo religioso existente em nossa sociedade; fundamentalismo que provoca mortes de gays e prostitutas com suas ideias repressivas da sexualidade humana e que impede que a sexualidade seja vista com naturalidade.

Repressão da sexualidade que coloca também nas prisões muitos inocentes que não cometeram crime algum.

A função da arte é essa mesmo, de criar o debate, de estimular a reflexão das pessoas, de as fazerem pensar, de fazer com que as pessoas abandonem os estereótipos criados pelas religiões e crenças religiosas e reflitam sobre a sua condição humana.
O "Cu é Lindo": Mostra cria polêmica ao retratar corpo gay com apoio do governo da Bahia

Como a La Bête (veja aqui), o Queermuseu (aqui) e outros eventos artísticos que discutiram questões gênero e sexualidade pelo Brasil, a exposição “Cu é Lindo” também virou alvo de polêmicas. Em cartaz na capital baiana, a ação retrata a jornada de aceitação e cura do corpo de um homem gay que venceu o preconceito e lutou contra violências físicas. A exposição faz parte da mostra “Devires”, evento maior que realiza diversos debates sobre gênero e sexualidade na cidade nas próximas semanas. A “Cu é Lindo” virou palco de discussões nesta semana, principalmente, por ser financiada pelo governo do Estado.

O projeto artístico sobre o ânus propõe um exercício de desnaturalização das relações entre sexo, gênero, visualidade, raça e poder por meio de fotografias e instalações que retratam o corpo humano. Contemplada pelo Edital de Dinamização de Espaços Culturais do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura, a 'Devires' ocupa o Goethe-Institut Salvador-Bahia, localizado no Corredor da Vitória, até o dia 18 de agosto.

A mostra tem entrada gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Para entrar, apenas uma restrição: o visitante precisa ter mais de 18 anos. O evento artístico foi idealizado pelo artista campo-grandense Kleper Reis e, segundo o próprio autor, a “Cu é Lindo” fala sobre o “suspirar de um mergulho nas raízes que suscita a aceitação do si”.

Como a La Bête e o Queermuseu, a mostra rapidamente atraiu a atenção por colocar à vista questões e uma parte do corpo que muitas vezes é ignorada por algumas pessoas. Um dos primeiros a se pronunciar sobre o assunto, o vereador Alexandre Aleluia (DEM) classificou “Cu é Lindo” como “lixo travestido de arte” e criticou o governo do Estado pelo apoio financeiro.

“O governador petista prefere o lixo revolucionário em forma de arte, já que o objetivo dele não é a beleza e, sim, a política nefasta contra a família, realizada pelo seu partido, o PT. O Instituto Goethe é o aterro sanitário da esquerda caviar de Salvador”, discursou Aleluia.

Perguntado sobre o que seria arte, o Democrata argumentou que “tudo que é belo”. “Tenho muito claro que arte é tudo que se reflete na realidade para representar beleza”, definiu. Aleluia ainda defendeu que existe, na Bahia, artistas que buscam e representam o belo e que “Cu é Lindo” definitivamente não seria um exemplo.

Para a curadora da mostra Devires, Juliana Vieira, e responsável pela escolha da contemplação da mostra sobre o ânus no projeto, os ataques do vereador são uma forma de se aproveitar politicamente de uma onda conservadora no país. “Já esperávamos posturas como essas. Vivemos em um momento politicamente delicado. Um momento de retrocesso em que a censura volta a afetar temas que nos últimos anos ganharam espaço no Brasil”, destacou.

Para Vieira, “Cu é Lindo” é importante por trazer sensibilidade às discussões sobre o corpo e o preconceito sofrido por LGBTQ+s. “A exposição revela um processo de cura e aceitação de si mesmo. Lida com as emoções causadas pela censura e todo o acervo passa pelas memórias afetivas do artista”, contou. Nas obras, o autor Kleper Reis expõe o processo de superação que passou após sofrer preconceito e ser espancado em ataques homofóbicos.

“LINDO É DEUS”

Parte da base do governo do Estado que apoia financeiramente a realização da mostra, o deputado estadual Sargento Isidório (Avante) classificou a exposição como um absurdo. “Como o Ministério Público da Bahia (MP-BA) impede que o prefeito de Guanambi entregue a chave da cidade para Deus (entenda aqui) e não impede uma mostra dessas?”, questionou.

Contra as acusações do vereador Alexandre Aleluia que, em nota enviada à imprensa, declarou que Rui Costa e o PT apoiavam “lixo revolucionário em forma de arte”, Isidório refutou dizendo ter certeza que o aliado desconhece a realização da “Cu é Lindo”. “Rui é um homem de família que tem duas filhas lindas. Ele não iria permitir isso. O cu é mais digno do que toda essa gente que está envolvida na exposição. Lindo é Deus”, completou o pastor, que já entrou na Justiça para evitar a representação de uma peça em que Jesus era interpretado por uma mulher trans em Salvador (saiba mais aqui).

Apesar de bradar contra o PT, Rui e a mostra, o vereador Alexandre Aleluia declarou que não vai judicializar a exposição. “Não existe nenhum crime. Olhei a classificação indicativa e não existe nenhuma apologia a pedofilia. O que mostrei é o absurdo de se usar dinheiro público para algo que não é arte”, ponderou.

VAI QUEM QUER

Longe do debate político em torno da exposição, a pedagoga Adriana Cunha defendeu a realização da “Cu é lindo” por acreditar que ela mostra o exemplo do autor, que venceu a homofobia com arte. “Dentro da realidade em que se está, cada vez mais debatendo o racismo e a homofobia, a realização da mostra é mais um ambiente para se discutir essas questões, mostrar o que acontece”, comentou.

“Eu poderia ter um filho em um situação como a que o artista passou, então acho válido o governo mostrar uma realidade para levar as pessoas ao que acontece”, argumentou. Cunha ainda ressaltou positivamente a classificação indicativa da mostra. “É para maiores de 18. Cada um vai ter o seu critério de ir ver ou não”, finalizou.

Link

Isidório critica exposição ‘Cu é lindo’ e ataca Instituto Goethe

Exposição ‘Cu é lindo’ é destaque em mostra em Salvador

Com foto de criança nua, exposição “Cu é Lindo” recebe enxurrada de críticas

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

MALEVO
Forista
Forista
Mensagens: 12933
Registrado em: 30 Set 2006, 01:30
---
Quantidade de TD's: 156
Ver TD's

Re: "Cu é lindo"

#2 Mensagem por MALEVO » 21 Jul 2018, 16:53

Isso não tem nada a ver com o fórum. Tem fóruns de discussão de homossexualidade para que você poste isso.

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

florestal
Forista
Forista
Mensagens: 3306
Registrado em: 08 Ago 2004, 09:15
---
Quantidade de TD's: 127
Ver TD's

Re: "Cu é lindo"

#3 Mensagem por florestal » 22 Jul 2018, 03:28

O fundamentalismo religioso que persegue os gays é o mesmo que reprime a sexualidade humana.
Intolerância de gênero ameaça famílias e afeta escolas

Gênero, ideologia de gênero e expressões afins têm mobilizado iniciativas de leis contrárias à inclusão da temática nas escolas, na crença de que são ameaças à família brasileira, a partir da tramitação do Plano Nacional de Educação, cujas palavras gênero e orientação sexual foram suprimidas do texto. Entretanto, de fato, é a intolerância com o tema que desestruturado famílias e conturbado o ambiente de aprendizagem social nas escolas.

Pesquisadores apontam haver uma confusão atribuída ao uso da expressão “ideologia de gênero”, que não se coaduna e tenta deslegitimar a área dos estudos de gênero, marginalizando os grupos mais vulneráveis que diretamente lhes são afetos: os movimentos feministas e LGBTQI (transgênero, queer, ou pessoas de gênero fluido e intersexuais).

Nas ações propostas contra as iniciativas de lei, o MPF atenta para o fato de que a expressão “ideologia de gênero” é equivocada, pois disfarça e tolhe a temática no campo dos direitos e do processo educativo.

Vamos aos pontos.

Primeiro, sexo e gênero não se confundem! Enquanto sexo se refere a um aparato biológico que diferencia homens e mulheres, gênero cuida das construções sociais que advém destas diferenças.

Segundo, a palavra orientação sexual – e não opção sexual – compreende a atração e o desejo sexuais de um indivíduo por um outro; os heterossexuais se atraem pelo gênero oposto, os homossexuais se atraem pelo mesmo gênero e os bissexuais se atraem por ambos os sexos.

Terceiro, identidade de gênero diz respeito ao gênero pelo qual a pessoa se identifica. Uma pessoa é transgênera se possuir identidade de gênero diferente daquela correspondente ao seu sexo biológico; uma pessoa cisgênera possui identidade de gênero correspondente ao sexo biológico independente da orientação sexual, homossexual ou heterossexual.

As travestis se referem a identidade de gênero feminina, que apesar de se vestir como mulher e fazer tratamento hormonal feminino, não tem desconforto com a genitália; cross dresser, drag queen e drag king cuidam de quem ocasionalmente se veste com roupas de características do outro gênero, mas as duas últimas para performances artísticas.

A revista National Geographic Brasil reuniu em uma de suas capas 15 indivíduos de variadas expressões de gênero e trouxe um glossário para explicar cada uma delas. LGBTQ cuida-se de “acrônimo usado para se referir a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e queer e outros questionadores”; “queer” é um termo coringa que abarca uma gama de pessoas que não é heterossexual ou cisgênero.

Uma pluralidade protegida pelo direito à igualdade, de onde surgem os direitos da diversidade. O Estado brasileiro tem por fundamento a dignidade da pessoa humana e por objetivos promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; e o de construir uma sociedade livre, justa e solidária.

A escola é um espaço de aprendizagem e também de exclusão e preconceito. São mulheres, além de jovens e adultos LGBTQI, alvo de abordagens humilhantes, brincadeiras jocosas, insinuações inferiorizantes, além de piadas e expressões desqualificantes, na verdade conduzidas pelas normas de gênero da heteronormatividade e pela construção do modelo hegemônico de masculinidade, causas de intenso sofrimento.

Se meninos e meninas são socializados a partir do que foi convencionado como comportamentos aceitos e tipificados para o sexo feminino e masculino e se as escolas fazem parte deste processo, não há dúvida de que a abordagem de gênero é necessária. Tal como o Ministro Luis Roberto Barroso decidiu em uma liminar, a diversidade é um fato da vida, um dado presente na sociedade e que alunos terão que lidar. Afinal, a educação deve voltar-se à promoção do pleno desenvolvimento da pessoa, além do que normas internacionais ratificadas pelo Brasil reconhecem que ela deve visar a capacitação para a vida em sociedade e ao irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

O prejuízo em proibir as referidas expressões e abordagens nas escolas é incalculável e passível de ser reconhecido como uma prática discriminatória; por outro lado, abolir as proibições é uma porta para a transformação. Algumas experiências práticas mostram isso.

Um exemplo é a regulamentação do uso do nome social de discentes travestis e transexuais na rede estadual de ensino de São Paulo. Subiram as matrículas de estudantes trans, em sua maioria na Educação de Jovens e Adultos, mostrando o retorno aos processos de escolarização formal. Outro exemplo é o projeto Vozes pela Igualdade de Gênero, parceria do MPSP com a Secretaria de Estado de Educação, visando fomentar a discussão sobre o enfrentamento relacionado às desigualdades de gênero.

A iniciativa propõe para alunos/as a participação em um concurso musical, cujos temas como ’10 anos da Lei Maria da Penha’, ‘Respeito às Diferenças’ e ‘Em todos os lugares, em pé de igualdade’ são o impulso para a criação das canções; o concurso também promove uma reflexão pública ao instar o voto para a eleição das canções inscritas e à gravação em estúdio de renome, instrumentos estratégicos para a perpetuação do debate.

Cabe aqui um apanhado de algumas frases das músicas finalistas da 2.ª edição do concurso, que além de revelar o que foi aprendido por alunos/as, mostra que abordar gênero nas escolas não é ameaça, mas um instrumento para uma sociedade mais humana e igualitária: Na luta por uma sociedade igualitária, temos muitos que ferem. Que indignação! Nesse mundo tão inverso, julgam a sua forma de andar, mas o que está por dentro não pensam em perguntar. Ah, o respeito! Seja quem for, seja onde for, nós somos mais do que a cor. Vou lutar por um mundo de amor, independente do credo, da cor, do gênero, o que for… Pra acabar com a discriminação, preciso de vocês irmãos! A sua atitude pode transformar alguém, abra os olhos, saia do escuro. Erguemos nossa bandeira, vamos juntos na militância, em uma luta de importância, com direito de existir.

*Fabíola Sucasas, promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo e integrante do MPD – Movimento do Ministério Público Democrático

Link

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

florestal
Forista
Forista
Mensagens: 3306
Registrado em: 08 Ago 2004, 09:15
---
Quantidade de TD's: 127
Ver TD's

Re: "Cu é lindo"

#4 Mensagem por florestal » 22 Jul 2018, 03:39

Não satisfeito em reprimir, agora o fundamentalismo religioso quer matar aqueles que defendem a legalização do aborto, terceira ou quarta causa de morte de mulheres no país, as complicações de saúde decorrentes de aborto feito sem assistência médica adequada. Lembrando que apenas as pobres que sofrem, porque da classe média para cima, tendo dinheiro, podemos dizer que o aborto já é legalizado.

Pesquisadora da UnB se ausenta de Brasília após sofrer ameaças

Vídeo Uma História de Severina

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Capitao
Forista
Forista
Mensagens: 8856
Registrado em: 20 Fev 2009, 11:45
---
Quantidade de TD's: 146
Ver TD's

Re: "Cu é lindo"

#5 Mensagem por Capitao » 22 Jul 2018, 22:59

Trancado.
Tema sugestivo para outros fóruns .

Link:
Esconder link da mensagem
🔗

Trancado

Voltar para “Assuntos Gerais - OFF Topic - Temas variados”