Prezados camaradas,
Antes do Carnaval, me encontrei com uma ex-namorada que é professora de uma escola pública num bairro carente da periferia de São Paulo. Ela não parecia nada contente com o seu emprego e, assim sendo, começou a me contar umas historinhas divertidas sobre os adolescentes de hoje que me deixaram pensativo. Vamos chamá-la de Renata (nome fictício para não identificá-la). Segue a nossa conversação:
- E aí, Renata? Como anda a vida?
- Indo. E contigo, camarada Alex?
- Sem nenhuma novidade. Como é que estão as aulas lá na escola?
- Um inferno. Só tem psicopata naquela escola! Um dos meus alunos acabou de sair da Febem e vive ameaçando tudo que é professor. O negócio lá é punk, os professores vivem com medo.
- A vida é uma merda, eu sempre te disse. Essas crianças são vítimas do Capitalismo.
- E a molecada não quer saber de nada, também. Para você ter uma idéia, tem uma professora lá que dá aula de inglês para a 8ª série. Ela pergunta "what's your name?" e a sala inteira fica olhanda perplexa. Ninguém sabe responder! Ah... Fala sério!
- Esse é o futuro do nosso país.
- Pois é. Sem falar que as drogas rolam solta... Lamentável! Ouvi umas histórias lá que são de arrepiar.
- Conta aí!
- Bom... Estou dando aulas para a 7ª série, né? Pedi uma redação sobre as últimas férias dos alunos. Uma das alunas escreveu, na maior naturalidade, que a turma toda se juntou na casa de um menino da turma "C". A casa dele estava vazia, pois os pais tinham viajado. Aí todo mundo levou bebida, maconha, pó e a putaria comeu solta. E é tudo moleque de 13 a 15 anos!
- Pô, mas de repente foi só um texto fictício que a gatota fez como forma de expressar algum desejo reprimido...
- Não, Alex! Depois comentei com algumas outras alunas e me disseram que foi verdade.
- Hmmmm... mas dá pra acreditar nessas meninas?
- Claro. Elas iriam mentir pra quê?
- Hehe, que massa!
- Massa?! Caramba, Alex... o detalhe é que a putaria comeu solta MESMO! Todo mundo transou com todo mundo na maior. A menina ainda deixou claro que menina que não transa com mais de dois caras numa mesma noite é careta. Você acredita numa coisa dessas?
- Sério? Pô, ninguém me chama para essas festas!
- Seu porco! Isso não tem graça!
- Tá bom, sensível! Mas você pode me avisar quando for rolar a próxima edição dessa festinha?
- [indignada] Ai meu Deus...
Quando a Renata me contou essa história, imediatamente me lembrei do filme Kids e do começo da minha adolescência nerd e deprimente. Nessa época, víamos as relações sexuais como uma realidade quase inalcançável para rapazes com menos de 15/16 anos. Além do mais, só os bonitões da sala pegavam as meninas e, mesmo assim, a coisa não ia muito além de beijinhos e amassos. Me lembro também que quando eu tinha 13 anos eu batia duas ou três punhetas por dia e ficava louco para comer alguém, mas nenhuma menina queria me dar e muito menos me beijar. Como consolo eu gastava toda a minha energia sexual jogando Atari e batendo punheta. Ó vida!
Mas aqui vai a minha dúvida: será que na minha época de adolescente a putaria comia solta e eu não sabia? Ou será que a criançada de hoje é mais esperta e está botando em prática o que eles vêem nos filmes pornôs? Respondam, por favor. Tirem essa minha dúvida cruel e não digam que eu joguei a minha adolescência no lixo...
Cam. Alexander Dimitrov
Antes do Carnaval, me encontrei com uma ex-namorada que é professora de uma escola pública num bairro carente da periferia de São Paulo. Ela não parecia nada contente com o seu emprego e, assim sendo, começou a me contar umas historinhas divertidas sobre os adolescentes de hoje que me deixaram pensativo. Vamos chamá-la de Renata (nome fictício para não identificá-la). Segue a nossa conversação:
- E aí, Renata? Como anda a vida?
- Indo. E contigo, camarada Alex?
- Sem nenhuma novidade. Como é que estão as aulas lá na escola?
- Um inferno. Só tem psicopata naquela escola! Um dos meus alunos acabou de sair da Febem e vive ameaçando tudo que é professor. O negócio lá é punk, os professores vivem com medo.
- A vida é uma merda, eu sempre te disse. Essas crianças são vítimas do Capitalismo.
- E a molecada não quer saber de nada, também. Para você ter uma idéia, tem uma professora lá que dá aula de inglês para a 8ª série. Ela pergunta "what's your name?" e a sala inteira fica olhanda perplexa. Ninguém sabe responder! Ah... Fala sério!
- Esse é o futuro do nosso país.
- Pois é. Sem falar que as drogas rolam solta... Lamentável! Ouvi umas histórias lá que são de arrepiar.
- Conta aí!
- Bom... Estou dando aulas para a 7ª série, né? Pedi uma redação sobre as últimas férias dos alunos. Uma das alunas escreveu, na maior naturalidade, que a turma toda se juntou na casa de um menino da turma "C". A casa dele estava vazia, pois os pais tinham viajado. Aí todo mundo levou bebida, maconha, pó e a putaria comeu solta. E é tudo moleque de 13 a 15 anos!
- Pô, mas de repente foi só um texto fictício que a gatota fez como forma de expressar algum desejo reprimido...
- Não, Alex! Depois comentei com algumas outras alunas e me disseram que foi verdade.
- Hmmmm... mas dá pra acreditar nessas meninas?
- Claro. Elas iriam mentir pra quê?
- Hehe, que massa!
- Massa?! Caramba, Alex... o detalhe é que a putaria comeu solta MESMO! Todo mundo transou com todo mundo na maior. A menina ainda deixou claro que menina que não transa com mais de dois caras numa mesma noite é careta. Você acredita numa coisa dessas?
- Sério? Pô, ninguém me chama para essas festas!
- Seu porco! Isso não tem graça!
- Tá bom, sensível! Mas você pode me avisar quando for rolar a próxima edição dessa festinha?
- [indignada] Ai meu Deus...
Quando a Renata me contou essa história, imediatamente me lembrei do filme Kids e do começo da minha adolescência nerd e deprimente. Nessa época, víamos as relações sexuais como uma realidade quase inalcançável para rapazes com menos de 15/16 anos. Além do mais, só os bonitões da sala pegavam as meninas e, mesmo assim, a coisa não ia muito além de beijinhos e amassos. Me lembro também que quando eu tinha 13 anos eu batia duas ou três punhetas por dia e ficava louco para comer alguém, mas nenhuma menina queria me dar e muito menos me beijar. Como consolo eu gastava toda a minha energia sexual jogando Atari e batendo punheta. Ó vida!
Mas aqui vai a minha dúvida: será que na minha época de adolescente a putaria comia solta e eu não sabia? Ou será que a criançada de hoje é mais esperta e está botando em prática o que eles vêem nos filmes pornôs? Respondam, por favor. Tirem essa minha dúvida cruel e não digam que eu joguei a minha adolescência no lixo...
Cam. Alexander Dimitrov
Caralho!