Programa FX e a força militar Brasileira

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Programa FX e a força militar Brasileira

#1 Mensagem por MulderFox » 12 Set 2009, 06:58

Roy Kalifa escreveu:Eles estão tão encastelados no poder, que o homem, já está até comprando aviões de combate sem praticamente fazer licitação...
Sem entrar no mérito político da questão (não sou petista e não gosto de política), mas de aviação eu sou aficcionado. Acho que comprar o Rafale é um equívoco, é um tremendo avião, mas nação nenhuma o utiliza e pra Dassault que é a fabricante do avião o Brasil seria o único cliente. Ao contrário do Mirage, que foi um sucesso no mundo todo e até mesmo nós o utilizamos. Na verdade o Mirage não é um avião tão bom assim, em parte sua grande fama veio da guerra dos Seis Dias, quando os israelenses obtiveram vitórias em combates aéreos contra os Mig-21 árabes, que eram muito mais manobráveis que o Mirage, porém a força áerea de Israel tem talvez, os pilotos mais bem preparados e treinados do mundo. Foram essas vitórias que alavancaram a fama e as vendas do avião.

Penso que a melhor opção seria o F-18 em sua versão mais moderna que foi oferecida. Em combate é muito mais capaz do que o caça francês, que é excelente eu repito, mas não está a altura nem tem a mesma flexibilidade em combate do que o caça americano.

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Peter_North
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#2 Mensagem por Peter_North » 14 Set 2009, 17:48

Roy Kalifa escreveu:Eles estão tão encastelados no poder, que o homem, já está até comprando aviões de combate sem praticamente fazer licitação...
23 BILHÕES de reais, a ser pago em boa parte pelos futuros governantes, e quem tomou a decisão sobre qual avião comprar é um tosco que não sabe nem fazer aviãozinho de papel. Este é o PT de sempre, jogando dinheiro público pela janela. Aguardem, em breve vão lançar outro imposto para que o povo pague por estas besteiras.

É impressionante como os governantes de outros países são mais espertos que o Lula e o enganam com facilidade. O Sarkozy veio todo cheio de sorrisos e elogios e saiu com 23 bilhões de reais.
florestal escreveu:Muito mais do que o curso em si e o gasto de dinheiro público, o fato é revelador do comportamento dos petistas no poder: abandonaram todos os princípios que possuiam no passado(...)
Peraí, eles eles não possuíam princípios no passada. Nunca os tiveram. Apenas o que tinham é o discurso de "nunca roubamos", mas era só porque nunca tiveram a chave do cofre. Na verdade, possuem menos princípios do que aqueles que tanto criticavam.

Agora, não pensa que porque eu detesto o PT é sinal que eu concordo contigo: O PPS é o mesmo partido comunista, o Freire é o mesmo comunista da eleição de 89 e quem gosta de comunista que se mude para Cuba.

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Peter_North
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#3 Mensagem por Peter_North » 14 Set 2009, 17:53

MulderFox escreveu:de aviação eu sou aficcionado. Acho que comprar o Rafale é um equívoco (...) Penso que a melhor opção seria o F-18 em sua versão mais moderna que foi oferecida. Em combate é muito mais capaz do que o caça francês, que é excelente eu repito, mas não está a altura nem tem a mesma flexibilidade em combate do que o caça americano.
Mas Mulder, o que o PT quer não é um bom avião nem proteger o país. O que o PT quer é poder dizer "sou contra os EUA", mesmo que isso signifique comprar uma porcaria mais caro. Eles não se importam em jogar o dinheiro público fora porque não trabalharam por ele, ao contrário de nós. Alias, petista tem aversão a trabalho.

A escolha de onde jogar fora esta fortuna é regida pela lógica estúpida do anti-americanismo que lamentavelmente tanto infesta este governo que esta aí.

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MulderFox
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#4 Mensagem por MulderFox » 14 Set 2009, 19:30

Peter_North escreveu:Mas Mulder, o que o PT quer não é um bom avião nem proteger o país. O que o PT quer é poder dizer "sou contra os EUA", mesmo que isso signifique comprar uma porcaria mais caro. Eles não se importam em jogar o dinheiro público fora porque não trabalharam por ele, ao contrário de nós. Alias, petista tem aversão a trabalho.

A escolha de onde jogar fora esta fortuna é regida pela lógica estúpida do anti-americanismo que lamentavelmente tanto infesta este governo que esta aí.
Uma pena, pois pela primeira vez em décadas poderíamos ter uma aviação militar que, se ainda está longe de ser de primeira linha, ao menos seria decente, com um equipamento moderno.

Enquanto isso vizinhos loucos, leia-se Hugo Cháves, além de gastar bilhões em armas de boa qualidade, ainda por cima se aproxima cada vez mais do ahmadinejhad...

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#5 Mensagem por Roy Kalifa » 18 Set 2009, 09:32

Agora que a empresa sueca faz o preço pela metade dos caças, como o Lula vai fazer para ganhar aquela comissão gorda dos franceses ?

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#6 Mensagem por Carnage » 18 Set 2009, 14:40

Peter_North escreveu:Mas Mulder, o que o PT quer não é um bom avião nem proteger o país. O que o PT quer é poder dizer "sou contra os EUA", mesmo que isso signifique comprar uma porcaria mais caro.
Olá a todos.

Só um aparte. Independente de questões políticas, eu gostaria de ressaltar que o F-18 não é um caça superior ao Rafale. Não tenho os dados técnicos no momento, mas pra se ter uma idéia, o F-18 foi desenvolvido nos anos 70 e a USAF já programou a sua desativação para os próximos anos, o trocando pelos F-35. Custa praticamente a mesma coisa que o Rafale, mas tem custo operacional maior. Grande parte dos sistemas de armas que ele possuí, que são a sua parte mais moderna, jamais, eu acho, terão a transferência de tecnologia aprovada pelos americanos.

Além disso uma recente análise feito pelo orgão que desenvolveu o Eurofighter no quesito “efetividade na defesa aérea”, coloca o Rafale em quarto lugar, depois apenas do F-22, F-15 e do próprio Eurofighter, mas à frente do F/A-18 Hornet e F-16C.

Em simulações de combate contra o Sukhoi Su-35, o F-22 venceria 91% dos engajamentos. O Eurofighter venceria 82% e o Ralafe 60%.

Todos os outros caças, F-15, F/A-18, MiG-29 e F-16C, perderiam mais vezes do que ganhariam, contra o Su-35. O Gripen nem foi analisado.

Ele, [o Gripen] é uma boa oferta, pelo custo baixo de dois caças pelo preço de um Rafale ou de um F-18, e pela possibilidade do Brasil desenvolver o caça junto com os suecos. Mas tem um belo problema: o Gripen não existe. Enquanto o F-18 foi criado nos anos 70 e aperfeiçoado até o seu limite técnico no começo deste século, e o Rafale é um projeto totalemente novo, mas que já está praticamente em produção, o Gripen ainda é praticamente só um projeto. Nem as suas especificações técnicas são finais. O Brasil só teria o avião disponível dentro de vários anos. Comprando ele agora, não verdade não se sabe exatamente o que se está comprando!

O Rafale é caro, mas é um ótimo caça. Superior ao F-18 e superior ao Gripen, pelo menos teoricamente, isso baseado nas especificações existentes hoje.

O fiel da balança poderia ser a transferência de tecnologia. Mesmo os americanos oferencendo isso, historicamente eles não são confiáveis no cumprimento deste tipo de acordo. A qualquer momento a transferência pode ser abortada com alegação de restrições impostas pelo congresso americano, como no caso dos equipamentos dos tucanos que o Brasil não pode vender a Venezuela. Os franceses, em teoria, seriam mais confiáveis nesse quesito. E eles estão desesperados pra fechar o negócio. O Gripen tem uma ótima proposta, na minha opinião, mas ela é pra muito longo prazo.

Além disso, o motor do Gripen é americano, e os EEUU podem melar a transferência de tecnologia deste. Aí ficaríamos dependentes de comprar motores dos americanos.

O F-18, mesmo com transferência de tecnologia, se passasse a ser fabricado aqui no Brasil, os Amercianos poderiam vetar pra quem o Brasil venderia o caça. No caso do Rafale isso não aconteceria, em tese, e do Gripen, a mesma coisa, mas com a possibilidade de não podermos vender um caça com o motor americano.

Portanto, antes de sair criticando, dá pra ver que tem muita coisa a ser pensada. Mas eu acho, que com tudo avaliado, a oferta dos americanos é a pior, sem nada a ver com "fazer frente" a eles. É só uma questão técnica e prática.

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#7 Mensagem por Carnage » 18 Set 2009, 15:00

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... -o-melhor/
Cavagnari: 'Politicamente acordo militar com a França é o melhor'

Atualizado e Publicado em 17 de setembro de 2009 às 18:25

por Valéria Nader e Gabriel Brito, em Correio da Cidadania

Após um longo período de ostracismo, as Forças Armadas brasileiras voltaram ao noticiário de destaque, com o anúncio de compra de novos caças e submarinos pelo governo, para reforçar seu aparato militar. Após tornar-se pública a preferência pelos produtos franceses, em detrimento dos suecos e norte-americanos, muitas discussões vêm se desenrolando acerca das motivações envolvidas nestas compras.

Para comentar o tema, o Correio da Cidadania conversou com o Coronel da reserva Geraldo Cavagnari, membro do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, que apóia as compras de caças e submarinos, pois considera que nossas Forças Armadas, a partir do fim da guerra fria, passaram por um processo de desmonte, deixando as forças de defesa do país em nível inferior à atual posição geopolítica brasileira. Cavagnari acredita também ser mais vantajoso politicamente o acordo com os franceses, ao se criar uma menor dependência em relação aos EUA, que imporiam maiores restrições no que se refere à transferência tecnológica.

No entanto, alerta que a reativação da IV Frota Naval foi um duro golpe sobre o país no que tange o interesse brasileiro em chefiar uma zona de paz e cooperação na região. Diante dessa realidade e da discrepância do poderio militar entre as duas nações, Cavagnari acredita ser impossível realizar um contraponto aos americanos na região, restando a opção de, ao menos em princípio, continuar modernizando seu aparato bélico, para que assim comece a galgar caminho a um maior reconhecimento na área de segurança.

Correio da Cidadania: O que pensa do acordo militar do Brasil com a França para a obtenção de helicópteros, submarinos e tecnologia para desenvolver um modelo de propulsão nuclear, acrescido posteriormente da obtenção de aviões de combate, e cujo valor previsto total encosta nos 30 bilhões de reais? O acordo é efetivo e oportuno enquanto um projeto estratégico de defesa nacional, na busca de aparelhamento das Forças Armadas?

Geraldo Cavagnari: Sou favorável à compra desse material há muito tempo. Primeiramente, porque o Brasil sofreu um processo de desmonte em suas Forças Armadas, que chegou a um ponto em que não dava mais, ainda mais com o perfil do país hoje. O Brasil já é de certo modo considerado uma grande potência regional. Assim como a Índia já é uma potência no sul da Ásia, o Brasil o é na América do Sul. Isso por ter um elevado perfil econômico, tecnológico e geopolítico na região; só militarmente segue indefinido. Assim, deve renovar todas as Forças Armadas para se nivelar em todos esses perfis.

A segunda razão é a de que o Brasil aspira um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Só que esse assunto é privilégio de grandes potências militares. Os integrantes de hoje são os mesmos que se definiram depois da 2a guerra mundial (EUA, China, Rússia, França e Grã Bretanha), as grandes potências à época da guerra.

Hoje há um interesse no âmbito da ONU de se aumentar o número de assentos com direito a veto. E os candidatos obviamente são aqueles reconhecidos como potência militar. Estão na lista à espera de um lugar Japão, Índia e Brasil. Os dois primeiros já são potências militares, com a Índia tendo a vantagem de ser uma potência nuclear também, condição à qual o Brasil já renunciou. No entanto, também não é uma potência militar nesse nível.

Considerando esses aspectos, é óbvio que as Forças Armadas têm de ser modernizadas, e essa foi a decisão do governo.

CC:E o senhor considera estratégica e pertinente a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU?

GC: É status. O Brasil quer um assento permanente, com direito a veto, então passa a ter seu status de grande potência regional reconhecido. Quer dizer, reconhecido já é, mas seria praticamente um reconhecimento oficial.

CC:Especula-se que a escolha da França pode não ser a melhor opção em termos de custos e benefícios, além de não ter havido transparência no processo. O que pensa disso?

GC: Isso está embaralhado. Porque temos de ver o seguinte: a Força Aérea e a Marinha fizeram os estudos de várias propostas. As mais convenientes eram as dos EUA no caso dos aviões e as da França no caso da Marinha. Mas há um entendimento aí: os EUA colocam determinadas objeções que praticamente tiram a liberdade de produzir aquele material bélico.

CC:O que emperraria a transferência tecnológica de forma decisiva.

GC: Exatamente. Aconteceu que o Brasil teve de comprar algum pacote tecnológico para modernizar o Supertucano. E quando a Venezuela precisou fazer uma grande encomenda, por força desse acordo com os EUA, o Brasil ficou proibido de atendê-la, pois feria os interesses americanos.

Desse modo, o que se está procurando é acabar com as restrições. Depois que o presidente anunciou o pacote com a França, os EUA resolveram apresentar sua proposta real, que é tão significativa quanto a da França.

Tecnicamente, as duas se equiparam, inclusive no aspecto tecnológico, que permite a transferência de conhecimento. Porém, no nível político seria muito melhor para esse governo fechar com a França.

No entanto, vejo o seguinte: embora tenhamos uma relação muito afetuosa e sólida com a França, não podemos esquecer que a potência hegemônica no Atlântico Sul e na América do Sul, duas áreas estratégicas para o Brasil (para operações terrestres e marítimas), são os Estados Unidos.

CC:Dessa forma, estaria em jogo um sentido político para este acordo, ao se estabelecer um contraponto à ofensiva militarista dos EUA na América Latina, especialmente após o acordo militar com a Colômbia?

GC: Não vejo assim. É insignificante se apresentar como contraponto. Temos de dizer que o Brasil se desenvolveu economicamente naqueles perfis citados, mas, quando terminou a guerra fria, achou que nessas duas áreas poderia agir com muita desenvoltura. Dessa forma, na década de 80, ao lado da Argentina, o Brasil propôs que o Atlântico Sul se transformasse numa Zona de Paz e Cooperação, procurando apoio na ONU. E pela sua resolução 4411, a ONU fez isso com a região.

Quando os EUA saíram da América do Sul com o fim da guerra fria, a iniciativa brasileira, a galope da iniciativa venezuelana, foi criar uma OEA sul-americana, no que saiu a Unasul (União das Nações Sul-americanas). O Brasil se antecipou e fez uma proposta de criação do Conselho Sul-americano de Defesa. Ou seja, a Unasul seria o âmbito político e o Conselho o instrumento militar. O país fez isso pensando em estender a zona de paz do Atlântico para todo o subcontinente. E o Brasil ficaria com a batuta na mão, regendo uma grande orquestra, no caso a zona de paz.

Porém, com toda essa desenvoltura, o país sofreu dois baques: o primeiro foi a reativação da IV Frota naval norte-americana. Os EUA criaram-na na Segunda Guerra Mundial. Tinham uma no Pacífico, fizeram outra no Índico quando passaram a ser dependentes de petróleo árabe e, na Segunda

Guerra, criaram também a do Atlântico Norte. Terminando a Segunda Guerra, a IV Frota ficou ativa mais uns 8 anos, até que fosse desativada em 1953. Não foi extinta, mas desativada.

Aconteceu depois que os EUA passaram a entender que têm dois tipos de segurança: uma linha avançada e uma outra linha estrita. A avançada está na Eurásia, pegando todo o continente europeu, entrando pelo Oriente Médio, Ásia e sul da África.

Já a sua segurança estrita pega todo o Atlântico norte e sul, além do Pacífico oriental que banha a América do Norte e Sul. Na linha afastada, não mexeram nada, está tudo como no final da Segunda Guerra e como eles incrementaram depois. Os EUA acharam ainda que a América do Sul estava estabilizada, que se comportou como área política estratégica e passou a ter também estabilidade política e institucional.

Quando apareceram o Chávez e as pretensões do Brasil, eles reativaram a 4a. Frota. Esse é o primeiro lance, que não nos prejudica tanto, mas de certo modo é um recado, no sentido de que não lhes interessa que o Brasil tenha constituído ali a zona de paz, pois eles não tiram sua frota.

Assim, no caso da América do Sul, o Chávez abriu a guarda e os EUA entraram. Ele abriu a guarda com aquele discurso alarmista, com as provocações que fez aos EUA e à Colômbia. Os EUA tinham uma base em Manta e o Chávez atiçou o Correa a não prorrogar o contrato de concessão. E assim fez o Correa, desaparecendo os EUA de Manta.

Mas eles têm uma relação muito próxima, diria até biológica, com a Colômbia, sempre participando no combate ao narcotráfico, uma vez que são o maior produtor e mercado consumidor do mundo respectivamente, e também combatendo a guerrilha que fica mais ou menos entre as fronteiras de Colômbia, Venezuela e Equador.

Com as mudanças, os EUA conseguiram ganhar da Colômbia a aprovação para que se criassem bases com essas mesmas qualidades. Tendo como grande inimigo a Venezuela, seguida em menor escala pela Bolívia e Equador, a Colômbia achou interessante conceder as bases, pois, além do combate ao narcotráfico, teria um reforço contra a guerrilha e uma ameaça permanente a Equador e Venezuela.

Isso prejudicou o interesse regional do Brasil. Os EUA nos mostraram que usam o Atlântico como querem, avisando ter condições de criar parcerias na América do Sul. E sabem que ainda são reconhecidos por alguns como a hegemonia. Foi isso o que aconteceu. E a Colômbia está se lixando para a Venezuela, o Brasil. O projeto de Chávez era reforçar a guerrilha de modo a causar uma desestabilização na Colômbia e depois entrar com suas forças armadas lá. Isso acabou. O plano de Chávez de formar a Gran Colômbia de Bolívar acabou definitivamente.

São problemas geopolíticos da região. O Brasil tem de se convencer de que não tem condições de enfrentar os EUA na região; tecnológicas, militares e, tampouco, econômicas. Tem de saber conviver com isso e tirar proveito. Essa nossa força militar, de todo modo, tem a necessidade de segurança, principalmente na Amazônia, no espaço aéreo – praticamente sem defesa -, além da região do pré-sal.

CC:E como se proteger ou driblar esse poderio inigualável dos EUA?

GC: Não há condições. Tem de apostar no crescimento e desenvolvimento, pois não adianta falar alto sem ser potência militar. Os países que falam alto são forças militares. Tem de conviver com isso com realismo político.

CC:Especula-se a respeito de que o Brasil estaria procurando fazer um contraponto não só ao poderio imperial aos EUA, mas também à Venezuela, Equador e Bolívia e sua aproximação com Irã e Rússia. Qual a sua opinião? Estamos diante do início de uma corrida armamentista na região, restaurando uma espécie de ‘guerra fria’ regional?

GC: Creio que não. Bom, tudo é possível, não nego definitivamente, mas não acho que o Brasil entraria nessa. Se os sul-americanos criarem uma guerra fria entre si, se dividindo em blocos, a situação vai piorar, pois se abre de vez a brecha para os EUA.

CC:A concomitância entre o fechamento do acordo e toda a mobilização em torno do Pré-Sal é uma mera coincidência?

GC: Claro, vejo sim como coincidência. Não há dúvida de que há vínculo do Pré-Sal com essa compra, mas não é só isso.

CC:O acordo vem na esteira de anunciadas mudanças no Ministério da Defesa e das Forças Armadas, concedendo mais poderes ao primeiro, além de fortalecer a Marinha e a Aeronáutica em suas atribuições de polícia nas fronteiras – atualmente função somente do Exército. Como estes fatos se relacionam, a seu ver?

GC: Essa atribuição cabe ao Exército apenas por ser a força terrestre. Mas se a Força Aérea captura um avião do narcotráfico e o leva à base, chegando lá não pode prender. Por isso a decisão de conceder às três forças o direito de polícia. A estratégia nacional de defesa vai na direção de deixar as forças mais integradas.

CC:Como vê a contratação sem licitação da empreiteira brasileira Odebrecht como parte do acordo, para a construção de uma base naval e um estaleiro?

GC: Nesse caso, tem de ver como foi feito o acordo e por que o Brasil o aceitou. Se aceitou, é porque houve entendimento diplomático, pois o que fazemos aqui dentro é decisão brasileira, não tem imposição de fora, desconheço isso.

CC:Mas o governo brasileiro atribui aos franceses a escolha da empreiteira.

GC: Aí não sei dizer.

CC:Tal contratação não parece, de todo modo, bastante obscura, insinuando a força do poderoso lobby das empreiteiras?

GC: Sim, mas não se pode fazer isso. O Brasil é obrigado a realizar licitação. Se tem uma lei que obriga haver licitação, deve ser cumprida. A França pode ter feito um pedido, mas não vejo eventual pedido como imposição definitiva.

CC:Considerando o desmonte das Forças Armadas nos últimos tempos, ressaltado acima, o que consideraria como estratégia militar necessária ao país?

GC: Primeiro, há que se concentrar em recuperar e atingir um status mais avançado de modernização. Depois, deve-se manter um estado permanente de investimentos nas Forças Armadas.

Gabriel Brito é jornalista. Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania.

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#8 Mensagem por MulderFox » 18 Set 2009, 20:27

Carnage escreveu: Enquanto o F-18 foi criado nos anos 70 e aperfeiçoado até o seu limite técnico no começo deste século, e o Rafale é um projeto totalemente novo, mas que já está praticamente em produção, o Gripen ainda é praticamente só um projeto.
Como assim totalmente novo ? Reveja suas pesquisas, o vôo inaugural do Rafale data de 1986, portanto seu ínicio de projeto é de data bem anterior.

O F-18 é um derivado do projeto YF-17, que perdeu para o YF-16 que mais tarde se tornaria o caça tático padrão F-16. O projeto do F-18 foi praticamente refeito em relação ao protótipo YF-17. Em relação ao Rafale ele é mais antigo, mas não menos capaz, como vem sendo provado em combate, desde o ataque a Líbia em 1986, até os dias de hoje.

Hoje em dia NENHUM avião é páreo para o F-22. O Rafale é de uma geração feita pra enfrentar os MIG-29 e Sukhoi-27 assim como o F-18.

Carnage escreveu:Mas tem um belo problema: o Gripen não existe.
Não existe, então como ele está operacional na Suécia, seu fabricante, e é a principal aeronave de combate daquele país ? O Gripen é o sucessor do Viggen.E um excepcional avião, diga-se de passagem.

E o "fantasma que não existe", também é operacional nesses países :

Forças Aéreas da Suécia, Hungria, República Tcheca e África do Sul.

Em tempo, o SU-35 é um perfeiçoamento do SU-27, assim como o Super Hornet é um aperfeiçoamento do Hornet original, sendo inclusive de um tamanho maior e uma capacidade de levar uma carga bélica muito maior que o F-18 original e o Rafale.

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#9 Mensagem por Carnage » 20 Set 2009, 17:50

MulderFox escreveu:Como assim totalmente novo ? Reveja suas pesquisas, o vôo inaugural do Rafale data de 1986, portanto seu ínicio de projeto é de data bem anterior.
Se você observar todos os últimos projetos de caças de 4ª geração, vai ver que todos eles seguem o padrão de formato do Rafale. Temos o Eurofighter, o Mig-1.44 russo, o J-10 chinês, o Lavi israelense. Todos são deltas com canard dianteiro, um conceito diferente em manobrabilidade. O conceito do F-18 é anterior a isso.
Enquanto o F-18 foi totalmente remodelado em cima do YF-17 ainda nos anos 70, o modelo atual do Rafale foi todo remodelado nos anos 90
MulderFox escreveu:em relação ao Rafale ele é mais antigo, mas não menos capaz, como vem sendo provado em combate, desde o ataque a Líbia em 1986, até os dias de hoje.
Segundo testes e avaliações feitas, é menos capaz sim. Como eu citei, em confronto direto com o Su-35 o Rafale ficam em quarto lugar no número de vitórias, enquanto o F-18 ficou em quinto, com uma boa diferença.
MulderFox escreveu:Hoje em dia NENHUM avião é páreo para o F-22. O Rafale é de uma geração feita pra enfrentar os MIG-29 e Sukhoi-27 assim como o F-18.
Atualmente apenas os EEUU possuem caças de 5ª geração, que seriam o F-22 e o F-35. Os russos tem um projeto de caça de 5ª, o PAK-FA. Tanto o Rafale quanto o F-18 são caças de 4ª geração. Mas com os upgrades de equipamentos do F-18 e a remodelação do Rafale nos anos 90 ambos são chamados de caças de "4ª geração e meia". Ainda assim analistas dizem que o Rafale é melhor.

Carnage escreveu:Mas tem um belo problema: o Gripen não existe.
MulderFox escreveu:Não existe, então como ele está operacional na Suécia, seu fabricante, e é a principal aeronave de combate daquele país ? O Gripen é o sucessor do Viggen.E um excepcional avião, diga-se de passagem.
O Gripen que está sendo oferecio ao Brasil não existe mesmo. É apenas um projeto que está em desenvolvimento. Seria um desenvolvimento em cima do Gripen que você afirmou que está em operação, tanto que a peça de licitação apresentada pela SAAB diz textualmente que o Brasil seria convidado a participar do desenvolvimento do avião. Se vai participar do desenvolvimento, é porque o avião ainda está sendo desenvolvido. Se está sendo desenvolvido, então ele não pode existir.

http://www.dcomercio.com.br/Materia.asp ... 1&canal=21
Esquenta a disputa por US$ 4 bilhões em aviões
"O governo precisa avaliar o quanto vai gastar. Afinal, do que adianta ter uma Ferrari se não há pessoas e dinheiro para mantê-la?", fala Nelson During.
Ivan Ventura - 10/9/2009 - 22h48

Dida Sampaio/AE - 07.09.09
Lula e Sarkozy no último dia 7: anúncio antecipado gera polêmica
O fornecimento de 36 aviões de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB) parecia uma batalha vencida pelo governo da França no início da semana. Porém, uma contra proposta norte-americana recolocou na disputa as outras duas concorrentes no negócio que gira em torno dos US$ 4 bilhões: a norte-americana Boing, com o seu caça F-18 E/F; e a sueca Saab com o Grippen NG (New Generation ou Nova Geração). Além, da francesa Dassault, com o seu Rafale-C.

O resultado pode ser fechado até outubro ou no máximo até o fim do ano, sendo que a entrega dos aviões deverá ser feita em até cinco anos. Até o fim da análise das três propostas já apresentadas à Força Aérea Brasileira (FAB), as empresas devem se esforçar no campo para melhorar a proposta inicial, como foi o caso da França e mais recentemente dos Estados Unidos – uma possibilidade não cogitada inicialmente, mas que mudou. Agora há a promessa de revelar os segredos do caça F-18.

Ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os compromissos apresentados pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, serão agora analisados para que se verifique se irão mesmo se transformar em ofertas da Dassault. "Lembrem-se que a Dassault é uma empresa privada, que tem participação acionária do governo francês", disse ele.

Em linhas gerais, as três aeronaves são consideradas de alta tecnologia e capacidade de defesa próximas. No entanto, é preciso ressaltar que elas se encontram num patamar abaixo de outros dois caças americanos: o F-22 (Raptor) e o F-35 Lightining II.

Em comum, as empresas estrangeiras responsáveis pelas aeronaves prometem um radar denominado AESA, um equipamento de longo alcance e importantíssimo no combate em ambiente BVR (Beyond Visual Range ou combate a longas distâncias).

Distância – Esse tipo de sistema de radar põe fim aos combates aéreos vistos na Primeira e Segunda Guerra Mundial, onde o combate se travava a poucas distâncias ou "olho no olho" do oponente. No atual cenário, a distância entre os aviões em combate é entre 50 a 100 quilômetros.

No mais, há inúmeras diferenças entre elas, que vão desde o motor, carga, comprimento, envergadura, entre outras. Dos três aviões, o azarão na disputa é o Gripen NG que se destaca por ser um caça ágil e menor que os concorrentes, mas igualmente letal.

O peso de 16 toneladas (quase dez a menos que os concorrentes) permite que o Gripen NG realize as operações de pouso e decolagem em pistas menores e dá maior velocidade final. É o mais rápido dos três. Enquanto F-18 alcança 2.160 km/h e Rafale 2.124 km/h, o caça sueco pode chegar a 2.410 km/h.


No entanto, algumas dessas características se encontram apenas na prancheta. O avião ainda está na fase de projeto – o que também é uma vantagem para a conclusão do negócio, pois a FAB demonstrou interesse em empregar os seus militares no projeto.


"Tem ainda a questão da manutenção. A mais barata é do Grippen que custa R$ 8 mil por hora de voo. A do Rafale pode chegar a 15 mil dólares. A do F-18 é a mais cara", explicou Nelson During, engenheiro e editor do site especializado em assuntos militares e que acompanha o assunto desde o início, o Defesa Net (www.defesanet.com.br).

Por outro lado, o fato do Grippen existir apenas no papel pode significar um problema para a empresa sueca. O Rafale e o F-18 já existem na prática e já são usados para fins militares e até experimentados em combates aéreos.

Nesse quesito, a vantagem é do F-18. O caça americano serve nas Forças Aéreas da Holanda e Índia, além do próprio Estados Unidos. No caso do Rafale, o governo francês é o único cliente e o caça já foi rejeitado por outros países. "O F-18 é um projeto maduro, já testado. É algo que falta ao Gripen NG", avalia During.

Outro ponto favorável ao F-18 é a capacidade no transporte de carga (leia-se armamentos), superior aos concorrentes. Além de carregar um canhão de 20 milímetros, ele pode transportar oito toneladas de mísseis e bombas e isso pode significar uma resistência maior no combate aéreo. Rafale e Gripen transportam, no máximo, seis toneladas de bombas.

Por fim, a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo caça Rafale, do amigo, o presidente da França Nicolas Sarkozy. Trata-se de um caça também de alta tecnologia e o preferido de muitos pilotos da FAB. Além disso, o avião francês possui um dispositivo que garante mais flexibilidade em manobras para o piloto.

Superioridade – Em simulações recentes, o Rafale se mostrou superior ao F-18. No ano passado, a empresa Eurofighter (conglomerado de empresas aéreas integrado por Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha) indicou que o Rafale é superior ao Sukhoi Su-35 (avião russo e um dos aviões usados pelo governo venezuelano). No combate simulado, o F-18 perderia mais vezes do que ganharia do Su-35.

"Não importa quem vença", avalia During. "O que o governo precisa realmente é avaliar a capacidade do avião e quanto ele vai gastar com combustível, pneus e outros quesitos básicos de manutenção. Afinal, do que adianta ter uma Ferrari se não há pessoas e dinheiro

Eu acho o Gripen uma excelente escolha! Apenas o problema é aquele que toda a mídia especializada está falando: não vão estar prontos em futuro próximo, ou pelo menos, os Rafale seriam entregues muito mais rápido que os Gripen. O Brasil já está desatualizado mais de 20 anos, quanto tempo mais ficaremos assim?

De qualquer forma, o F-18 é a pior das opções, não só pelo fato de ser inferior aos outros dois em termos gerais, mas porque a transferência de tecnologia para desenvolvimento e fabricação tem poucas chances de acontecer. Já houveram vários acordos quebrados pelos EEUU nesse sentido, porque na hora de assinar, tá tudo certo, mas depois o congresso de lá resolve vetar anos depois, e mela tudo.

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#10 Mensagem por MulderFox » 21 Set 2009, 11:08

Carnage, respondo e quoto depois que tiver mais tempo, ok ? ::ok::

Só uma observação, o assunto do tópico é outro e acabou tomando outro rumo, no caso aviação militar, se quiser mover ou criar outro local pra continuarmos, fique a vontade. Se bem que acho que o debate não é dos mais longos. :lol:

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#11 Mensagem por srmadruga » 21 Set 2009, 13:26

MulderFox escreveu:Carnage, respondo e quoto depois que tiver mais tempo, ok ? ::ok::

Só uma observação, o assunto do tópico é outro e acabou tomando outro rumo, no caso aviação militar, se quiser mover ou criar outro local pra continuarmos, fique a vontade. Se bem que acho que o debate não é dos mais longos. :lol:

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Já pediu água MulderFox... só o Peter_North mesmo para debater até o final :P

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#12 Mensagem por Peter_North » 21 Set 2009, 13:35

O que menos importa é qual dos brinquedinhos são melhores. O que interessa é que o Lula perdulário está gstando 23 bilhões de reais em armamentos. Será que isso faz algum sentido? Isso é o mesmo que se gasta com educação no Brasil. Dava para DOBRAR o investimento em educação com este dinheiro que será dado a fabricantes de armamentos. E isso para nos defender de quem? Quem vai nos invadir? Que paranóia nacionalista idiota.

Este Lula é mesmo um imbecil. Foi na onda do Chavez e disse nas entrelinhas que os EUA poderiam nos invadir por causa do pré-sal. Patético. Aliás, mesmo se comprarem dez lotes destes caças basta aos EUA mandarem um único porta-aviões que já perdemos.

É ridículo querer nos tornar uma falsa potência militar enquanto tem tanta coisa realmente importante que precisa ser feita. Novamente, vê-se o quanto o estado é grande, pesado e perdulário.

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#13 Mensagem por MulderFox » 21 Set 2009, 13:58

srmadruga escreveu: Já pediu água MulderFox... só o Peter_North mesmo para debater até o final :P
Não pedi não, é que posts assim tem que serem debatidos com calma, como estou no trampo é inviável (a toda hora sou interrompido), mas logo logo eu respondo. :wink:

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#14 Mensagem por MulderFox » 21 Set 2009, 14:06

Peter_North escreveu: Este Lula é mesmo um imbecil. Foi na onda do Chavez e disse nas entrelinhas que os EUA poderiam nos invadir por causa do pré-sal. Patético. Aliás, mesmo se comprarem dez lotes destes caças basta aos EUA mandarem um único porta-aviões que já perdemos.
O pior é que é verdade, durante a guerra fria os porta-aviões nucleares, só de caças levavam 46 aeronaves, de um total de 86 (se somar todos os caças da FAB, operacionais e em condições de vôo não chegariam nem na metade desse total). Hoje em dia, os americanos pra "reduzir" gastos, diminuiram um pouco o número de aeronaves a bordo.

Nossa pobre força aérea seria dizimada em minutos, COM OU SEM RAFALE, F-18, GRIPEN...



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#15 Mensagem por Peter_North » 21 Set 2009, 15:46

MulderFox escreveu:O pior é que é verdade, durante a guerra fria os porta-aviões nucleares, só de caças levavam 46 aeronaves, de um total de 86 (se somar todos os caças da FAB, operacionais e em condições de vôo não chegariam nem na metade desse total). Hoje em dia, os americanos pra "reduzir" gastos, diminuiram um pouco o número de aeronaves a bordo.

Nossa pobre força aérea seria dizimada em minutos, COM OU SEM RAFALE, F-18, GRIPEN
É verdade sim, eu não falei de forma figurada, quando retardados como o Chavez ou o Lula fazem bravatas militares (querendo dizer que suas marinhas ou forças aéreas fariam frente aos EUA) eu me pergunto se são realmente tão ignorantes assim ou se só estão fazendo um discurso vazio para agradar burros nacionalistas. Com certeza é a segunda opção.

E só para constar, somos signatários de convenções militares junto com os EUA. Eles são nossos aliados e não nossos inimigos. Nossos inimigos são Fidel, Chavez e suas idéias ultrapassadas.

Eu acho inacreditável que se gaste 23 bilhões de reais em um país tão necessitado de tudo e tem gente que acha normal. Discutir qual é o melhor avião é inútil, até porque esta escolha é política e não técnica. Temos é que discutir o que dava para fazer com essa grana ao invés de jogar fora.

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#16 Mensagem por Carnage » 21 Set 2009, 17:31

MulderFox, subdividi o tópico pra não misturar as discussões.
Peter_North escreveu:O que menos importa é qual dos brinquedinhos são melhores. O que interessa é que o Lula perdulário está gstando 23 bilhões de reais em armamentos. Será que isso faz algum sentido? Isso é o mesmo que se gasta com educação no Brasil. Dava para DOBRAR o investimento em educação com este dinheiro que será dado a fabricantes de armamentos. E isso para nos defender de quem? Quem vai nos invadir? Que paranóia nacionalista idiota.

Este Lula é mesmo um imbecil. Foi na onda do Chavez e disse nas entrelinhas que os EUA poderiam nos invadir por causa do pré-sal. Patético. Aliás, mesmo se comprarem dez lotes destes caças basta aos EUA mandarem um único porta-aviões que já perdemos.

É ridículo querer nos tornar uma falsa potência militar enquanto tem tanta coisa realmente importante que precisa ser feita. Novamente, vê-se o quanto o estado é grande, pesado e perdulário.
Peter_North escreveu:Eu acho inacreditável que se gaste 23 bilhões de reais em um país tão necessitado de tudo e tem gente que acha normal. Discutir qual é o melhor avião é inútil, até porque esta escolha é política e não técnica. Temos é que discutir o que dava para fazer com essa grana ao invés de jogar fora.
Hum, acho que alguém precisa de uma aula de política internacional. Infelizmente eu não tenho articulação suficiente pra discorrer tudo o que li sobre o assunto. Talvez o MulderFox se aventure a dar um pitaco sobre isso.

De qualquer forma esse argumento dos caças X escolas/hospitais não procede por um sem número de motivos. Não tem nada a ver com enfrentar os Estados Unidos, o que é impossível pra qualquer um, ou com se de fender de ataques de inimigos, que em teoria não temos. É bem mais profundo e amplo que isso. Essas coisas são balelas que um monte de gente que apenas quer atacar o governo propala e parece funcionar, porque a princípio parece ter lógica.

Qualquer um que já jogou um bom jogo de estratégia sabe o que significa.

Tem a ver com respeito, imposição, credibilidade, poder de barganha, retorno diplomático. Sem contar que a inteção é introduzir uma fábrica para produzir os aviões em território brasileiro que geraria milhares de empregos diretos e indiretos e enorme renda da venda dos aviões para todo o mundo, resultando em dinheiro para o governo gastar com educação e saúde, em renda pra muita gente pra ajudar a impulsionar a economia interna ainda mais e em grande progresso tecnológico que se espalharia por todo o parque industrial brasileiro o impulsionando de um mero vendedor de comodities pra uma potência na venda de produtos manufaturados. Criticar isso é visão muito estreita.

Por enquanto deixo apenas um texto retirado de um site especializado no assunto.

http://defesabr.com/blog/index.php/03/0 ... ais-brics/
Mídia : Folha de São Paulo

Data : 03/04/2009

Folha Online – Fabrícia Peixoto da BBC Brasil, em Brasília

Gastos militares do Brasil estão muito abaixo dos demais Brics

Se no lado econômico os Brics –Brasil, Rússia, Índia e China– têm semelhanças e potenciais de crescimento comparáveis, quando o assunto é defesa o Brasil tem “outra realidade”.

A avaliação de militares e especialistas ouvidos pela BBC Brasil é que os investimentos militares estão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

“Não precisamos nos tornar uma potência militar, capazes de conquistas. É apenas uma questão de termos forças compatíveis com a ambição estratégica do país”, diz o general Augusto Heleno Ribeiro, que chefiou as tropas brasileiras em missão no Haiti.

Os historiadores costumam classificar o Brasil como um país de caráter pacifista, ou seja, que evita utilizar recursos militares em situações de conflito com outros países.

O Brasil, por exemplo, está vetado pela constituição de produzir armas nucleares. Já os outros três emergentes do grupo têm esse tipo de arma.

“Não temos a necessidade, felizmente, de ter o aparato que esses países possuem. Mas ainda assim estamos longe do ideal”, diz o general Heleno.

O pesquisador Thomas Costa, da National Defense University, em Washington (será que ele é petista?? - Carnage :lol: ), diz que o país não precisa necessariamente abrir mão da característica pacifista, mas que essa cultura precisará ser “repensada”, se o país quiser atingir certos objetivos.

“O fato de um país ter uma força bem estrutura não significa que terá de usá-la. Mas a partir do momento em que o Brasil demonstra interesse em participar de questões relativas à segurança mundial, terá de estar preparado para o custo”, diz Costa.


Influência

O Brasil vem pleiteando uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, demanda que se tornou uma das marcas da diplomacia atual.

Ainda que a reforma no Conselho fosse aprovada –o que os especialistas acham improvável, mesmo nos próximos dez anos –a avaliação é de que o país, hoje, não estaria preparado para assumir essa função.

“Se entrarmos no Conselho de Segurança com as forças militares que temos hoje, seríamos apenas enfeite”, diz o especialista em Ciências Políticas e consultor da MCM, Amaury de Souza.

Segundo ele, a diversificação dos polos de poder, uma tendência para os próximos anos, exige que países de média influência, como o Brasil, tenham um arsenal militar relativamente maior. “Um mundo multipolar é também um mundo mais instável”, diz.


Mesmo fora do Conselho de Segurança, o Brasil vem demonstrando interesse em ampliar sua participação em questões internacionais. Recentemente, o Itamaraty tentou contribuir na intermediação entre palestinos e israelenses.

“É o tipo de questão da qual só participa quem tem algum poderio militar. A influência brasileira cresceu muito, mas ainda está restrita a assuntos econômicos”, diz Souza.

Diretrizes

Em novembro passado, o governo brasileiro divulgou sua Estratégia Nacional de Defesa, um conjunto de diretrizes que pretende reformular a questão militar no país.

Mesmo vago, o plano foi bem recebido por especialistas. O texto de quase cem páginas prevê a readequação das três forças armadas de acordo com os “interesses estratégicos” do país.

O texto traça os objetivos de médio e longo prazo para o setor, como por exemplo, a modernização das três forças e o incentivo à indústria bélica nacional.

Falta agora o governo discutir como essas tarefas serão colocadas em prática. O plano não fala, por exemplo, de orçamento e prioridades nos gastos – principal alvo de críticas por especialistas.

O Brasil é 12º país que mais investe em defesa no mundo, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). É também o campeão na América Latina. A previsão, para este ano, é de um gasto de R$ 50 bilhões.

Desse montante, 80% é destinado ao pagamento de salários e pensões. Outros 12% vão para despesas administrativas (custeio) e 8% para investimentos.

“Esse desequilíbrio compromete a modernização das forças armadas”, diz Souza.

Tabu

Além da questão orçamentária, os especialistas apontam ainda outro fator que pode atrapalhar o desenvolvimento militar brasileiro: a memória da ditadura.

“Em diversos setores da sociedade, sobretudo nas camadas decisórias, existe uma forte rejeição aos militares”, diz o historiador Carlos Fico, da UFRJ. Segundo ele, essa rejeição “não permite nem que o assunto da defesa seja debatido”.

Na avaliação do professor, os militares, por sua vez, “são prisioneiros de velhos hábitos corporativistas”, o que também prejudica o debate.

“O país vai ter de amadurecer para esse debate. As forças armadas precisam acompanhar a maior proeminência do país”, diz.



Nosso Comentário:

Quando o assunto é defesa, o Brasil está a milhares de anos-luz dos outros BRICs, pois Rússia, Índia e China tratam o assunto muito a sério. Eles não se deixam levar por corrupção e não se espelham em revanchismos internos estúpidos. E acima de tudo, não atiram no próprio pé, deixando seus países totalmente desprotegidos.

Mesmo que os russos tenham reduzido bastante seu poderio militar desde o colapso da URSS, seus políticos não deixaram de lado o tema. Pelo contrário, há poucos dias foi divulgado um plano de retorno aos fortes investimentos em suas forças armadas.

O problema brasileiro não é tanto revanchismo ou tabus, é de falta de responsabilidade e de leis de verdade, aquelas que punem de fato seus governantes em todos os níveis.

Em defesa, os investimentos acontecem como em saúde, educação e segurança, onde as coisas hoje parecem que funcionam, mas é tudo ilusão. Todos sabem disso e ninguém reclama. O povo sofre, mas tem é medo dessas chamadas “camadas decisórias”.

As verbas nas mãos dos nossos políticos e seus tecnocratas só existem mesmo para financiar seus interesses. Revanchismo e preconceitos do passado passam longe de suas mentes atarefadas.

Por ainda haver uma grande ausência de planejamento de estado em nível adequado, que governo algum poderia modificar para menos, os investimentos militares continuarão abaixo do necessário para um país com o tamanho e com as pretensões do Brasil.

Mas o que será que pretendem o Brasil e seu povo? Ninguém sabe!

Roberto Silva
Recomendo a leitura de material em sites especializados antes de continuar replicando mantras anti-Lula da grande imprensa. Não é questão de defender o PT, mas sim de defender os interesses do Brasil e sua possibilidade de ser realmente importante no cenário mundial, o que só traria benefícios a todo mundo.



MulderFox, a SAAB apresentou nova proposta, e concorde que ela é muito boa, mas como eu falei, pois li em diversos locais, o Gripen oferecido, o Gripen NG, é bem diferente dos que estão em operação e ainda está em desenvolvimento e existe apenas um protótipo de testes.
A intenção da SAAB é fazer uma parceira com o Brasil para terminar de desenvolver o caça.

Meu único medo seria por um grande atraso no projeto que poderia deixar o Brasil sem caças por ainda muito tempo.
De qualquer forma reforço que o F-18 é a pior opção.

Release da SAAB divulgado a pouco tempo:
http://www.aereo.jor.br/?p=13220

O Texto vale ser lido.

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#17 Mensagem por MulderFox » 21 Set 2009, 20:20

Ok Carnage, vamos lá :
Carnage escreveu:
Peter_North escreveu:Eu acho inacreditável que se gaste 23 bilhões de reais em um país tão necessitado de tudo e tem gente que acha normal. Discutir qual é o melhor avião é inútil, até porque esta escolha é política e não técnica. Temos é que discutir o que dava para fazer com essa grana ao invés de jogar fora.
Hum, acho que alguém precisa de uma aula de política internacional. Infelizmente eu não tenho articulação suficiente pra discorrer tudo o que li sobre o assunto. Talvez o MulderFox se aventure a dar um pitaco sobre isso.
Quando dei minha opinião no tópico e depois sugeri a mudança ou a divisão do mesmo, falei que não gosto de política nem tampouco sou especialista no assunto, outros tem mais capacidade do que eu para discutir esse tema. Embora repito, acho equivocada a escolha do avião francês, e quanto a preferência dos pilotos pelo Rafale, acredito que isso se deva a nossa boa relação de mais de 30 anos e a familiaridade com a Dassault e seus aviões.

Carnage escreveu:Se você observar todos os últimos projetos de caças de 4ª geração, vai ver que todos eles seguem o padrão de formato do Rafale. Temos o Eurofighter, o Mig-1.44 russo, o J-10 chinês, o Lavi israelense. Todos são deltas com canard dianteiro, um conceito diferente em manobrabilidade. O conceito do F-18 é anterior a isso.
Enquanto o F-18 foi totalmente remodelado em cima do YF-17 ainda nos anos 70, o modelo atual do Rafale foi todo remodelado nos anos 90
Você citou o Lavi israelende, o Lavi é baseado no F-16 americano (portanto data da mesma época dos protótipos americanos), mas o projeto não foi a frente por pressão americana, que ofereceu e vendeu F-15E (especializado em ataque ao solo), e mais uma remessa de F-16, ambos os aviões já eram usados pela força aérea de Israel.

O EFA ou Eurofighter inicialmente contava com a participação da França, o Rafale surgiu depois da mesma abandonar o projeto e optar por construir um avião 100% nacional.

Canard, Fly-by-wire e outros conceitos, foram introduzidos antes do Rafale. Israel mesmo os usou quando aprimorou o Mirage III e criou o IAI Kfir antes dos anos 80. O mesmo foi feito em pacotes de modernização em Mirages pelo mundo, a Suiça mesmo o fez.
Carnage escreveu:Segundo testes e avaliações feitas, é menos capaz sim. Como eu citei, em confronto direto com o Su-35 o Rafale ficam em quarto lugar no número de vitórias, enquanto o F-18 ficou em quinto, com uma boa diferença.
Na teoria, na prática não é o que vem acontecendo. Em ambas as guerras do golfo ele foi utilizado contra os Su-27 e Mig-29, o mesmo ocorrendo na Guerra da Bósnia, teoricamente esses aviões foram concebidos pra bater os F-15, F-16, F-18 e F-14. Em combates aéreos e bombardeios, ou seja na prática o avião demonstra sua capacidade. O Rafale ainda não tem o mesmo cartel de vitórias que o Hornet, aliás o modelo oferecido é o Super Hornet, cuja marinha americana recebeu o 400o exemplar e possui um contrato com a Boeing a ser cumprido até 2011, ou seja ele PERMANECE SENDO UM AVIÃO DE PRIMEIRA LINHA.

http://www.portalcr.com.br/noticias/avi ... per-hornet
Carnage escreveu: Atualmente apenas os EEUU possuem caças de 5ª geração, que seriam o F-22 e o F-35. Os russos tem um projeto de caça de 5ª, o PAK-FA. Tanto o Rafale quanto o F-18 são caças de 4ª geração. Mas com os upgrades de equipamentos do F-18 e a remodelação do Rafale nos anos 90 ambos são chamados de caças de "4ª geração e meia". Ainda assim analistas dizem que o Rafale é melhor.
Concordo com o que você disse sobre os aviões de 5o geração, porém no meu ponto de vista, e por isso acho que o F-18 seria uma melhor opção, é :

Ele possui um custo operacional menor do que o Rafale, ou seja, manter um Rafale é muito mais caro do que um F-18, ainda mais pra uma combalida força aérea como a nossa, em que por muitas vezes as verbas são insuficientes até para o combustível.

O Rafale é mais moderno sim em termos de projeto, mas sua capacidade em combate não pode ser comparada á do F-18 Super Hornet.

O diferencial do F-18 e por isso ele é chamado de F/A-18 ou seja "fighter and attack", é que ele possui uma capacidade única tanto para defesa aérea, quanto para missões de bombardeio, num país com dimensões como o nosso isso faz diferença. Na guerra das Malvinas, a Argentina se deu mal (tirando o treinamento nulo de seus pilotos) por que não possuía um avião com essas características. OS britânicos com os Sea-Harrier bateram os argentinos com facilidade, tanto pelo treinamento superior, quanto pela capacidade do avião (que em teoria) era inferior em combate aéreo em relação ao Mirage.

Também possui uma capacidade bélica maior que o Rafale, ele leva mais bombas, pods e mísseis do que o avião francês.


Carnage escreveu:Eu acho o Gripen uma excelente escolha! Apenas o problema é aquele que toda a mídia especializada está falando: não vão estar prontos em futuro próximo, ou pelo menos, os Rafale seriam entregues muito mais rápido que os Gripen. O Brasil já está desatualizado mais de 20 anos, quanto tempo mais ficaremos assim?
Também acho um grande avião, porém ontem, se não me engano no UOL, saiu uma notícia que a Saab estaria oferecendo um desconto de 50% caso o governo opte pelo avião, se for confirmado me parece um certo desespero da Saab. Ainda assim, pelo que escrevi mais acima prefiro o F-18 da nova geração.

Se não fosse a aquisição dos Mirage 2000 e do A-1 (AMX) estaríamos em quase 40 anos desatualizados. Nossos Mirage III e F-5 datam de 1972 !


http://www.defesanet.com.br/fx2/f-18.htm

Só completando...

Existe um exercício de combate aéreo chamado Red Flag, realizado na base aérea de Nellis, Estados Unidos, esse é o maior exercício de guerra aérea do mundo, inclusive tendo a participação de aeronaves de países diversos. Nesse exercício são postos frente a frente todo tipo de aeronave, MIGs, F-16, Rafales e etc, atuando tanto lado a lado, quanto como inimigos, e o F-18 continua pleno em sua capacidade, tanto que a marinha americana continua recebendo esse avião.

http://www.dreamlandresort.com/info/flags.html (Link não oficial sobre o exercício, mas existem dezenas de outros mais)

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#18 Mensagem por srmadruga » 21 Set 2009, 20:41

Pesquisando no google achei o caça F-22(fotos..)
http://limitemaximo.wordpress.com/2008/06/24/22/

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#19 Mensagem por Tricampeão » 21 Set 2009, 21:26

O Brasil não precisa ter poder de fogo para derrotar os Estados Unidos. Quem vai nos atacar é a Colômbia. Da mesma forma que não são os Estados Unidos que atacam o Irã de vez em quando, e sim Israel.
Os Estados Unidos não têm condições de entrar numa guerra de verdade. A opinião pública americana não aceitaria as baixas. No Afeganistão e no Iraque, estão sendo combatidas milícias civis, mal armadas e esfomeadas, não exércitos regulares, e mesmo assim as baixas são pesadas. Os EUA atualmente preferem usar seus paus mandados (proxies).

A questão de qual é a melhor opção de avião tem tudo a ver com geopolítica. A Venezuela tinha uma frota de aviões americanos, e se fudeu, porque os gringos simplesmente se recusaram a vender mais peças de reposição, pois não gostam do governo atual. Comprar armamento americano é roubada.
Opções francesas e suecas não são tão boas, porque esses países não são suficientemente independentes, pra descerem a calça amanhã pros Estados Unidos não custa nada. A escolha certa foi a que Chávez fez, comprar dos russos.
Os russos, além de não dependerem nem tecnológica nem econômicamente dos americanos, costumam proteger seus clientes. São principalmente eles que impedem que a ONU imponha sanções mais pesadas ao Irã, apesar das pressões dos EUA.

Com relação a prioridades, concordo que educação é muito mais importante que armamentos. Mas o retorno é muito lento. Quantos anos demoraria para educar toda a população brasileira a um ponto onde não fosse mais preciso termos nem polícia nem exército? Não tenho a menor idéia.

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#20 Mensagem por MulderFox » 21 Set 2009, 23:02

Tricampeão escreveu:A questão de qual é a melhor opção de avião tem tudo a ver com geopolítica. A Venezuela tinha uma frota de aviões americanos, e se fudeu, porque os gringos simplesmente se recusaram a vender mais peças de reposição, pois não gostam do governo atual. Comprar armamento americano é roubada.
Opções francesas e suecas não são tão boas, porque esses países não são suficientemente independentes, pra descerem a calça amanhã pros Estados Unidos não custa nada. A escolha certa foi a que Chávez fez, comprar dos russos.
Os russos, além de não dependerem nem tecnológica nem econômicamente dos americanos, costumam proteger seus clientes. São principalmente eles que impedem que a ONU imponha sanções mais pesadas ao Irã, apesar das pressões dos EUA.
Foi o que aconteceu com o Irã nos anos 70. Os EUA forneciam armas de primeira linha ao país Persa, inclusive o (na época) moderníssimo F-14 Tomcat. Com a queda do Xá e a subida do Aiatolá ao poder, que culminou com o rompimento das relações entre os países, os EUA cortaram o fornecimento inclusive de peças de reposição aos aviões iranianos que acabaram virando sucata.

O avião da Sukhoi, participava do programa FX e estava até mesmo na frente dos demais, mas graças ao jogo político foi desclassificado. Aviões russos, são superiores aos franceses, ingleses e suecos. Inclusive o que estava sendo oferecido ao Brasil era mais moderno e bem equipado do que o venezuelano. O avião da Sukhoi, BEM pilotado, é um páreo duro até mesmo para os Hornets.

Nem sempre foi assim, mas dessa vez os americanos tem interesse em vender aviões aqui por causa do Hugo Chavez, e com sua política conseguiram afastar a Sukhoi da parada. Na minha opinião é o único a fazer frente ao F-18, mas repito, se BEM PILOTADO.
Domingo, 2 de Novembro de 2008

Projeto FX-2: o Sukhoi 35 foi abatido

A qualificação dos três caças para o projeto FX-2, o F-18 E/F Super Hornet (peso vazio 13,830 toneladas, 4,88 metros de altura e 13,62 metros de envergadura), da Boeing; o Rafale (9,060 toneladas, 5,3 metros de altura e 10,80 metros de envergadura), da Dassault; e o Gripen NG (6,622 toneladas, 4,5 metros de altura e 8,4 metros de envergadura), da Saab, mostra como o programa de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira mudou de eixo, sobretudo pela ausência russa na reta final. Na concorrência anterior, o Sukhoi russo (Cy-35) era favorito pela formidável combinação de poderio aéreo, aviônicos estratégicos (radar do tipo BVR, ou Beyond Visual Range, capaz de abater um alvo a 80 milhas de distância), capacidade de manobra e pacote offset (a contrapartida comercial). Vários pilotos brasileiros que o testaram surpreenderam-se com a capacidade do jato de desafiar a física, fazendo movimentos impossíveis graças à Vetoração de Empuxo, na qual a ponta das duas turbinas mexe 45 graus para qualquer lado. Os russos fazem até cavalo-de-pau no ar com esse equipamento. Outro ponto positivo era o raio de alcance, que permitia ao Sukhoi chegar à Venezuela, interceptar e retornar a Anápolis, onde fica a 1ª Ala de Defesa Aérea, encarregada desse controle. A reviravolta mostra que os americanos fizeram o dever de casa para serem favoritos – tanto o Rafale (pelo preço) quanto o Gripen (pela pequena autonomia) tinham poucas chances antes. Há seis meses dois graduados nomes do programa F-18 Super Hornet (um deles veterano da primeira Guerra do Golfo) estiveram em Brasília para conhecer a real necessidade da FAB. Anotaram tintim por tintim, principalmente o interesse por um equipamento capaz, a esta altura, de se contrapor aos Sukhoi 35 que a Rússia havia entregue a Hugo Chávez, fator que teria pesado na desclassificação. O F-16 oferecido antes estava, por isso, fora de cogitação. A decisão de transferir tecnologia (BVR e mísseis ar-ar) para o Brasil se insere na contenção enxergada pelos EUA na América do Sul, na qual o Brasil passou a ter peso. Além de criar a configuração necessária, a Boeing também investiu em outro campo: deslocou uma engenheira brasileira para o programa para trazer o F-18 Super Hornet o mais para dentro da cultura brasileira. O jato é made in USA, mas feito sob medida para os padrões operacionais da FAB (fonte: Jornal do Brasil).
O avião AMX (A-1)construído em conjunto pela Itália e Brasil, em seu projeto original, constava o canhão norte-americano M61 Vulcan, o melhor do mundo para combate aéreo aproximado, com uma cadência de tiros e uma precisão impressionante. Os EUA vetaram sua implantação no avião ítalo-brasileiro e tivemos que nos contentar com o velho canhão francês DEFA de 30mm.

Política é um jogo de interesses, os mesmos que vetaram ontem, são os mesmos que querem vender hoje.

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*Gafanhoto*
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#21 Mensagem por *Gafanhoto* » 22 Set 2009, 00:59

Intrometendo no assunto, tambem gosto bastante de aviacao miltar como ja disse uma vez ao Mulder no topico sobre aviacao militar.

Vendo o lado tecnico.

Dos 3 avioes apresentados. O Rafale e o Gripen sao mais modernos, 1 geracao a frente do F-18. Mas tem que lembrar que eram foram concebidos para uma eventual guerra na Europa com autonomia menor e capacidade de pouso em pistas curtas e ate estradas se necessario para reabastecimento e carregamento de municao.
Mas temos que lembrar que o Brasil é um pais continental e tem uma area muito vasta para cobrir com poucos cacas. E tem poucas bases (precarias por sinal) e pistas de pousos.
E nesse detalhe o F-18 é superior pois tem uma maior autonomia, capacidade de combate e funcionalidade (superioridade aerea e ataque) comprovada. Mas ele é um modelo mais antigo. Por isso os EUA concordaram em repassar a tecnologia de construcao para nos.
Em termos de repasse tecnologicos o ideal seria o Rafale, mas em termos praticos seria o F-18.
Pena que os avioes Russos foram excluidos de lado, pois seria o melhor custo-beneficio.

E lembrando que a Dassault esta mal das pernas financeiramente. E se fechar esse contrato pode dar um bom folego a ela. E a Dassault simplesmente é concorrente direta na fabricacao de jatos executivos (linha Falcon e menores) da Embraer que lancou sua linha recentemente. Ou seja esse contrato prejudicaria o proprio Brasil ::armado::

Bem como conheco os politicos daqui (tudo para o bolso deles), o acordo deve ser fechado com a Dassault.

Minha preferencia é pelos F-18 e o principal inimigo seria o Chavez, rsss. Pois o Lula (amigao dele) nao sera mais reeleito (acho eu).

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#22 Mensagem por Tricampeão » 22 Set 2009, 11:08

MulderFox escreveu:O avião AMX (A-1)construído em conjunto pela Itália e Brasil, em seu projeto original, constava o canhão norte-americano M61 Vulcan, o melhor do mundo para combate aéreo aproximado, com uma cadência de tiros e uma precisão impressionante. Os EUA vetaram sua implantação no avião ítalo-brasileiro e tivemos que nos contentar com o velho canhão francês DEFA de 30mm
Os EUA não quiseram fornecer o canhão, mas o avião eles aceitam vender. Paradoxal?
Nem tanto. O motivo é simples: o canhão é um dispositivo relativamente simples, que vai funcionar sempre, mas o avião é controlado por uma eletrônica complexa e provavelmente cheia de backdoors que, quando necessário, possibilitariam que ele fosse neutralizado remotamente pelos americanos.
MulderFox escreveu:Nem sempre foi assim, mas dessa vez os americanos tem interesse em vender aviões aqui por causa do Hugo Chavez
Na verdade, os militares brasileiros nunca confiaram nos americanos, pois a cobiça deles pela Amazônia é bastante antiga e bem documentada. Por isso sempre compraram dos europeus.
Os gringos atualmente tratam bem o Brasil, porque há outros governos mais à esquerda na América Latina, e os EUA encontram-se completamente desacreditados, contando apenas com o apoio de cupinchas históricos como México, Colômbia e Peru. Até Honduras eles perderam. Se não existissem Chávez, Morales, etc., Obama estaria é batendo de frente no Lula.

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#23 Mensagem por MulderFox » 22 Set 2009, 13:51

Trica, o governo dos EUA sempre meteu os pés pelas mãos em se tratando de assuntos militares. Atente hoje o que ocorre no Afeganistão, outrora um país aliado contra os soviéticos e hoje os americanos estão atolados por lá da mesma forma que estão no Iraque.

O grande problema deles é que desde a implosão do "Império do Mal" cujo termo foi usado pelo ex-presidente Ronald Reagan, eles buscam incansavelmente um novo inimigo. E não encontram.

Vejam, eu não sou anti-americano, acho isso um discurso ultrapassado feito por pessoas que sonhavam com um regime utópico que foi pro espaço, mas ainda assim tentam ressuscitá-lo.

As vezes há muita hipocrisia nesses discursos, pois os mesmos que criticam, tomam coca-cola, assistem a todos os filmes produzidos por Hollywood e andam em carros americanos.

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#24 Mensagem por Carnage » 22 Set 2009, 16:10

Caro MulderFox, seus argumentos são interessantes mas eu ainda sustento que o F-18 é inferior ao Rafale, mesmo que não seja muito.
Mesmo que eles sejam equivalentes, ou que o Rafale seja um poouco inferior ao F-18, uma coisa a se pensar é a seguinte: o novo modelo do Rafale oferecido representa o top de linha da tecnologia francesa, é o de mais moderno que eles tem a oferecer. Já o F-18 não é o que de mais moderno os americanos tem, é um avião antigo que vai ser totalmente substituído pelos F-35. Ou seja, eles estão nos oferecendo um caça de segunda linha, que não vai mais ser atualizado, já que vai ser substituído.

Mas uma grande preocupação minha é simplesmente essa:
Tricampeão escreveu:A Venezuela tinha uma frota de aviões americanos, e se fudeu, porque os gringos simplesmente se recusaram a vender mais peças de reposição, pois não gostam do governo atual. Comprar armamento americano é roubada.
Não é possível confiar nos americanos em termos de transferência de tecnologia. Isso é ponto pacífico. Seria a maior cagada comprar dos caras e ter a possibilidade de ficar a pé dependendo dos humores de Washington. Isso é ponto pacífico. Isso pra mim já inviabiliza completamente o F-18.
Tricampeão escreveu:Os russos, além de não dependerem nem tecnológica nem econômicamente dos americanos, costumam proteger seus clientes. São principalmente eles que impedem que a ONU imponha sanções mais pesadas ao Irã, apesar das pressões dos EUA.
Eu tinha simpatia pela compra dos SU-35, mas a Rússia também se mostrou arredia no quesito da transferência de tecnologia. A indefinição russa a fez ser eliminada do programa.


Mais um texto interessante sobre a escolha dos caças:

http://aircombatcb.blogspot.com/2009/02 ... -caca.html
08 Fevereiro 2009
PROJETO FX-2. Precisa-se de um caça.

O INICIO DA "NOVELA"

A Força Aérea Brasileira (FAB) pode ser considerada a força armada brasileira que mais sofreu com a constante corta de verbas destinadas a defesa do país durante décadas. Para quem acompanha a historia da FAB assim como assunto de defesa está careca de saber o grau de obsolescência que atingiu os meios de combate da FAB. Com o despertar das autoridades políticas do Brasil, algumas aquisições foram feitas com o objetivo de trazer a capacidade de combate da FAB para uma posição menos desconfortável. Assim foram autorizados um extenso e bem sucedido programa de modernização do caça F-5E/F para o padrão F-5M, resultando na mais capaz versão do velho Tiger II em serviço no mundo, atualmente. Foram adquiridos cerca de 36 mísseis de médio alcance Derby de Israel, para equipar estes caças. Além dessa medida, certamente a mais relevante até agora, foi adquirida de segunda mão 12 caças Dassault Mirage 2000C/B que eram usados pela força aérea francesa. Essa aquisição veio após a suspensão da concorrência do programa FX após o prazo previsto pelo governo em escolher o vencedor ter espirado sem nenhuma escolha. Esses caças, mesmo sendo desatualizados frente ao que se pode ver no campo de batalha aérea de hoje, ainda são bem mais capazes que os geriátricos Mirage IIIEBR que a FAB utilizou até final de 2005. Junto com esses Mirage vieram alguns mísseis Super 530 e mísseis Matra R-550 Magic, ambos, considerados como antiquados na moderna guerra aérea.

PROJETO FX-2

Com o crescente crescimento do poder bélico de alguns vizinhos do Brasil como a Venezuela que adquiriu diversos sistemas de combate entre eles 24 caças Sukhoi Su-30 MKV, hoje considerados o mais poderoso caça da América do Sul, além da elevada idade dos aviões de combate da FAB, o governo federal liberou, em novembro de 2007, a reabertura do programa FX, agora rebatizado de FX-2. Esse programa é mais audacioso que primeiro FX na medida que está previsto o investimento de até U$ 2,1 bilhões contra “apenas” U$ 700 milhões previstos na primeira fase do projeto FX além da aquisição de um lote inicial de 36 aeronaves podendo chegar em 120 caças, para substituir todos os caças atuais da FAB. Os concorrentes também mudaram sendo que participaram aeronaves mais sofisticadas como o Typhoon, do consórcio europeu Eurofighter que havia ficado de fora na primeira fase do programa. Os Estados Unidos chegaram a dar uma palestra para o ministro da defesa do Brasil, Nelson Jobim, sobre seu caça leve de 5º geração F-35 Lightning II, que acabou sendo retirado da oferta norte americana quando ficou claro para os Estados Unidos que o requisito de transferência de tecnologia não seria aprovado pelo congresso daquele país caso o F-35 vencesse, sendo que a Lockheed Martim, fabricante do caça, mudou sua oferta para uma versão modificada de seu F-16E Block 60 que foi chamada de F-16BR, enquanto que a outra empresa norte americana, a Boeing, ofereceu o caça F/A-18E Super Hornet, usado pela marinha dos Estados Unidos.
A Dassault ofereceu seu avançado caça Rafale, que também tinha ficado de fora na primeira fase do programa FX enquanto que a Saab, mudou sua oferta orioginal composta pelo JAS-39C Gripen, para a ultima versão do caça; O JAS-39NG Gripen. Esta versão representa o fruto de pesquisa e desenvolvimento do modelo original, trazendo inúmeras melhorias significativas para o pequeno caça sueco. Já os russos trouxeram o seu mais avançado caça; O poderoso Sukhoi Su-35BM, que certamente era um dos favoritos a vencer a concorrência.

A CORRIDA CHEGA NA RETA FINAL.

No dia 1 de outubro de 2008, o programa FX passou para uma nova e importante fase. Nesse dia foi anunciado, oficialmente, os 3 finalistas que continuarão na disputa deste contrato para trazer a capacidade de combate da FAB para o século 21. No anuncio houve duas grandes surpresas: A primeira foi a desclassificação do caça russo Su-35BM. O motivo que levou a FAB a desclassificar este caça são nebulosos, embora a explicação da FAB afirme que o quesito de transferência de tecnologia, item fundamental para a escolha do caça, não estava claro na proposta russa. Porém existem boatos que a desclassificação deste modelo teria sido por pressão política do governo dos Estados Unidos. A outra surpresa no anuncio dos finalistas foi a classificação do caça norte americano Boeing F/A-18E Super Hornet. Embora este modelo seja um caça formidável, a desconfiança com os sistemas de armas de origem norte americana, sempre sujeita boicotes e restrições de transferência de tecnologia, sugeria que a FAB não classificaria o F/A-18E para a final.

A Boeing afirma que os requisitos de transferência de tecnologia para o modelo serão cumpridos e que o governo norte americano estaria disposto a apoiar a Boeing em tudo que for preciso para que o Super Hornet vença essa concorrência. O segundo finalista foi o caça sueco Saab JAS-39 NG Gripen. O modelo NG é a mais avançada versão do Gripen. As principais melhorias incorporadas ao modelo foram a instalação de um novo tanque de combustível interno com 1200 litros que aumentou a capacidade de combustível em 40 %. Essa mudança foi possível depois de um trabalho de engenharia que mudou o sistema do trem de pouso que, agora recolhe para frente, diferente do original que recolhia para dentro da asa. O Gripen NG usa o novo motor General Electric F-414G que deriva do motor usado no caça F/A-18E norte americano e que proporciona um aumento de 20% no empuxo, permitindo que a aeronave possa voar em regime de supercruzeiro, o que foi demonstrado em janeiro de 2009. O radar será outro item melhorado. Será instalado um novo radar desenvolvido em conjunto entre a Saab e a Thales da França que terá tecnologia de varredura eletrônica ativa AESA (Active Electronically Scanned Array) e um alcance na ordem de 130 km.
O Gripen tem uma característica muito atrativa que é a sua capacidade de integração de armas e sistemas de varias origens graças a seu sistema de barramento MIL-STD 1553B que facilita esse processo de integração.

O terceiro e ultimo finalista foi o Dassaut Rafale F-3. Ao lado do desclassificado Su-35BM, o Rafale era considerado um dos favoritos, visto que o Brasil e a França têm um acordo estratégico de cooperação na área de defesa que coloca a França como nosso principal aliado nesse campo. O Rafale é o sucessor dos famosos caças da linhagem dos Mirage que entraram para a história da aviação militar com diversos sucessos como o Mirage IIIE que era usado pela FAB e o Mirage 2000, atualmente em uso na FAB. O Rafale F-3 pode ser considerado o mais avançado dos caças que passaram para a etapa final dessa concorrência. Seu radar é o modelo de varredura eletrônica RBE-2 e que futuramente receberá uma nova antena de varredura eletrônica ativa AESA AMSAR que está sendo desenvolvido pela Inglaterra e a França para ser usada tanto no Rafale quanto no Typhoon Tranche 3. O Radar RBE-2 tem alcance de cerca de 130 km contra alvos do tamanho de caças. Esse desempenho aumentará para 200 km com a nova antena AMSAR. Outra característica do radar RBE-2 é que ele pode atacar simultaneamente 4 alvos aéreos. Com o novo radar, o Rafale poderá atacar até 8 alvos simultaneamente.

O Rafale, na arena ar ar, pode ser armado com mísseis Mica de médio alcance, mísseis Meteor que terá alcance 30% maior que o do Mica e mísseis R-550 magic, de curto alcance. Já a capacidade de ataque a alvos terrestres é preenchida por mísseis de cruzeiro Apache capaz de destruir um alvo a 140 km de distancia. Bombas guiadas por GPS como a AASM e o famoso míssil antinavio AM-39 Exocet também fazem parte do leque de armas do Rafale.
No dia 2 de fevereiro de 2009, a Força Aérea Brasileira recebeu os documentos de ofertas dos três fabricantes concorrentes. Essas propostas serão estudadas com rigor para avaliar as vantagens e desvantagens de cada modelo, visando obter informações sobre possíveis dificuldades com a transferência de tecnologia, item fundamental para esta concorrência, além dos “off set” que cada empresa oferecerá para justificar sua escolha.

CONSIDERAÇÕES PESSOAIS.

A aviação de combate é um assunto que gera uma paixão tamanha que pode causar discussões acaloradas entre os entusiastas como eu, como se fosse uma discussão de torcedores de times diferentes de futebol. Por isso há aqueles que consideram o Gripen o melhor caça para o Brasil assim como outras pessoas defendem o caça norte americano F/A-18E Super Hornet.
É claro que os 3 concorrentes tem pontos fortes e fracos, como tudo nessa vida, mas, o caça que traz melhor capacidade para a FAB entre os que passaram para esta fase é o Dassault Rafale. Claro que essa opinião é minha e respeito a posição de qualquer um que discorde. Porém vejo que a opção francesa pode se beneficiar do amplo acordo de colaboração na área de defesa entre França e Brasil além do que, o Rafale é o avião com maior potencial de crescimento, pois é o único que não deriva de um modelo mais antigo.

O Gripen NG é uma versão avançada de um caça que já está em serviço desde junho de 1996, enquanto que o F/A-18E é descendente direto de um caça desenvolvido nos anos 80. Claro que o Super Hornet teve um incremento de capacidade extremo. Em termos de capacidade de combate ele é um avião novo se comparado com seu antepassado F/A-18 A/C Hornet.

Mas vale observar que o Super Hornet é um caça já extremamente modernizado, não tendo muita margem para melhorias extras enquanto que o Rafale é um modelo mais novo. No campo das capacidades de combate, o Rafale tem menor RCS que os dois concorrentes, cerca de 0,75 m2, sendo, portanto, um pouco mais difícil de ser visto pelos radares inimigos. A capacidade de manobra, embora seja um item polemico nos dias de hoje, graças a eficiência dos mísseis de curto alcance de 4º e 5º geração e dos mísseis de médio alcance cada vez mais eficazes e precisos, é um fator que deve ser relevado e o Rafale manobra melhor que o Super Hornet, tendo desempenho de curvas similar ao que o caça sueco Gripen consegue. Porém com uma relação empuxo peso de 1,15 do Rafale contra 0,88 do Gripen NG, o Rafale supera o Gripen NG no aspecto qualidade de vôo por ter maior energia disponível. Na verdade, o Rafale é o caça mais potente desta concorrência.

Com relação ao armamento, o Rafale é o mais restrito, pois a única arma estrangeira já homologada para ele é a bomba GBU-12 guiada a laser. O armamento ar ar é exclusivamente francês, com exceção do míssil europeu Meteor. Já seus concorrentes norte americano e sueco tem um leque de armas maior, sendo por tanto, uma desvantagem do Rafale nesse quesito. Para o Brasil integrar nossas armas já em uso, será necessário um investimento extra que vai encarecer ainda mais esse programa, porém, acredito que isso é necessário além de que essa despesa extra é conseqüência de décadas de descaso governamental frente as necessidades das forças armadas brasileiras.
*Gafanhoto* escreveu:E lembrando que a Dassault esta mal das pernas financeiramente. E se fechar esse contrato pode dar um bom folego a ela. E a Dassault simplesmente é concorrente direta na fabricacao de jatos executivos (linha Falcon e menores) da Embraer que lancou sua linha recentemente. Ou seja esse contrato prejudicaria o proprio Brasil
Não necessariamente. Tudo depende de como o acordo for feito. O texto prevê a construção de fábricas aqui no Brasil, que vão empregrar brasileiros na fabricação de aviões que o Brasil vai vender pra quem quiser. E ainda o fornecimento de tecnologia que pode beneficiar de muitas formas. Acho que isso compensaria e muito a simples injeção de dinheiro numa concorrente da Embraer.

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Carnage
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#25 Mensagem por Carnage » 22 Set 2009, 16:13

Neste link tem um comparativo direto entre os três caças:

http://www.areamilitar.net/analise/anal ... ria=50&p=1

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#26 Mensagem por Trankera » 22 Set 2009, 17:29

O Gripen pelo que andei lendo seria o mais econômico em manter pois tem somente uma turbina, só que para a próxima versão do Gripen a Saab quer parceiros para desenvolver o novo avião. Isso poderia ser uma boa para o Brasil.

O Rafale também é um bom avião, já está voando e parece que com algumas modificações pode pousar no porta aviões SP.

O F-18 acho que o Brasil não deveria comprar é um projeto antigo como já disseram e praticamente não é possível fazer mais upgrades nele e tem toda a burocracia dos EUA.

O problema depois dessas comprar é em manter os aparelhos $$ tem a hora do custo de voo e parece que o Gripen sendo monomotor ganha dos dois concorrentes bimotores nesse aspecto.
Prefiro ter um Uno Mille rodando do que ter um Vectra ou Audi beberrão ou parado por falta de peça$$ na garagem.

Mas deixa eu viajar um pouco na maionese, parece que o Emirados Árabes vão passar para frente os Mirage 2000-9 que são aviões praticamente novos.
http://www.defesanet.com.br/fx2/da_rafale_ttu.htm

O Brasil poderia adquirir alguns desses Mirages para as próximas décadas e investir nos VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados), ou em inglês, UAV e em satélites militares.

No Youtube tem matérias bem legais sobre os Uavs
http://www.youtube.com/watch?v=unv9C2t7f5c

E também entrar em um projeto de avião de 5° geração com os russos por exemplo.

Deveria desativar o Porta Aviões São Paulo que gera uma gasto absurdo e investir nos subs e em outros navios de combate.

E modernizar nossa defesa anti-aérea urgentemente, que tá bem ultrapassada.

Também fazer um enxugamento nos custos, tem muito general pra pouco exército:
http://www.parana-online.com.br/editori ... E+GENERAIS

Ah..e construir nosso Tomahawk...

Maaass acho mais urgente fazer uma reforma profunda na segurança, atualizar o código penal,
Combater a criminalidade e a corrupção deveriam ser a prioridade.

Dançando com o Diabo, um documentário feito por um inglês mostra a violência no RJ:
http://www.youtube.com/watch?v=7ZkjUGkLhJM

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MulderFox
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#27 Mensagem por MulderFox » 22 Set 2009, 18:48

Carnage escreveu:Caro MulderFox, seus argumentos são interessantes mas eu ainda sustento que o F-18 é inferior ao Rafale, mesmo que não seja muito.
Mesmo que eles sejam equivalentes, ou que o Rafale seja um poouco inferior ao F-18, uma coisa a se pensar é a seguinte: o novo modelo do Rafale oferecido representa o top de linha da tecnologia francesa, é o de mais moderno que eles tem a oferecer. Já o F-18 não é o que de mais moderno os americanos tem, é um avião antigo que vai ser totalmente substituído pelos F-35. Ou seja, eles estão nos oferecendo um caça de segunda linha, que não vai mais ser atualizado, já que vai ser substituído.
Não necessariamente de segunda linha, lembre-se, é o Super Hornet e não o F-18 convencional. O F-35 vai substituí-lo, mas levará tempo até estar operacional. A Marinha continua a recebê-los como postei na mensagem anterior. Eu ainda insisto na escolha desse avião tanto pelo histórico de combate que é infinitamente superior ao Rafale, quanto pelo custo operacional mais baixo.
Carnage escreveu:Mas uma grande preocupação minha é simplesmente essa:
Tricampeão escreveu:A Venezuela tinha uma frota de aviões americanos, e se fudeu, porque os gringos simplesmente se recusaram a vender mais peças de reposição, pois não gostam do governo atual. Comprar armamento americano é roubada.
Não é possível confiar nos americanos em termos de transferência de tecnologia. Isso é ponto pacífico. Seria a maior cagada comprar dos caras e ter a possibilidade de ficar a pé dependendo dos humores de Washington. Isso é ponto pacífico. Isso pra mim já inviabiliza completamente o F-18.
Minha opinião a respeito de transferência de tecnologia é a seguinte :

Nem os EUA nem a Rússia são confiáveis nesse aspecto. A tecnologia empregada em seus aviões são superiores a dos franceses e demais países que fabricam aviões de primeira linha. Um dos motivos da Dassault vender, ou vendia como antigamente é justamente esse. Embora excepcionais aviões, sua tecnologia embora moderníssima, sempre esteve um passo atrás dos russos e americanos. Basta ver os países compradores de armas francesas :

Quase todos da América Latina, Iraque, Africa do Sul, Kuwait e muitos outros que nem a Russia nem os EUA tem interesse em repassar a tecnologia. Opinião minha que, acreditar em repasse de tecnologia é apenas um argumento do vendedor e uma ingenuidade do comprador.

Como exemplo, nos tempos da guerra fria os aviões russos usados pelos países do Pacto de Varsóvia, eram e muito inferiores aos russos originais (do mesmo modelo), mesmo eles sendo aliados, isso foi comprovado com os MIG-29 da ex-Alemanha Oriental quando unificada. O equipamento deles era inferior ao dos soviéticos na época. A Dassault e a França se deram bem na guerra fria, pois o país se tornou um grande vendedor de armas para o terceiro mundo, os quais os EUA não tinham interesse algum em vender armas.
Carnage escreveu:
Tricampeão escreveu:Os russos, além de não dependerem nem tecnológica nem econômicamente dos americanos, costumam proteger seus clientes. São principalmente eles que impedem que a ONU imponha sanções mais pesadas ao Irã, apesar das pressões dos EUA.
Eu tinha simpatia pela compra dos SU-35, mas a Rússia também se mostrou arredia no quesito da transferência de tecnologia. A indefinição russa a fez ser eliminada do programa.
Eu também ! Além de extremamente capaz e superior ao Rafale, a meu ver tem um design que considero uma obra prima da aviação. Essa avião é lindo demais.

Como postei na mensagem anterior um dos motivos da Sukhoi ter caído fora, foi a pressão e a política da Boeing em prol do F-18. Mas foi um erro. Penso que a avaliação final deveria ser entre o Hornet e o Sukhoi, ambos superiores ao avião francês e o avião sueco.

Quanto aos armamentos que você citou no post, não são armas novas, mísseis Matra Mica, Exocet e etc, são armas que, embora ainda eficazes, não são páreas contra os mísseis AMRAAM americanos ou os de nova geração de longo alcance empregados nos novos aviões russos.

Mas falemos agora de algo que não mencionamos ainda :

Treinamento

De nada adianta ter esses aviões sem um treinamento eficiente. Como sabemos nossas forças armadas carecem de recursos. Comprar um avião desses requer muito dinheiro, mantê-los em vôo e treinar os pilotos requer ainda mais ! Como exemplo eu cito os países árabes que possuem bons equipamentos, mas nenhum treinamento, tornando seus aviões ineficazes.

No Líbano em 1982 no Vale do Bekaa houve um combate aéreo entre Síria e Israel, que possuía aviões de ponta e um treinamento adequado. Israel hoje possui talvez a mais bem treinada força aérea do mundo. O resultado desse combate no Líbano foram impressionantes 40 vitórias na arena ar-ar contra os Sírios. Sabem quantos aviões Israel perdeu ? ZERO ! Graças a um intensivo e contínuo treinamento de seus pilotos.

O mesmo ocorreu nas Malvinas, graças a arrogâcia e soberba dos militares argentinos que se julgavam superiores aos demais países, meteram a Argentina numa das maiores humilhações de sua história. Os hermanos tinham um bom equipamento, mas ZERO de treinamento, como resultado levaram um tremendo pé-na-bunda dos britânicos que os levaram de volta até "La Bambonera" :lol:

Embora conseguindo a proeza de afundar alguns navios ingleses, depois que estes demonstraram ter capacidade de vôos de bombardeio intercontinental (na época foram os mais longos da história)com medo de perder mais Mirages, retiraram os mesmos da zona de combate e os realocaram próximo a capital. Os hermanos temiam e com razão, um ataque a Buenos Aires.

Portanto, não basta comprar esses aviões, temos que ter verbas pra treinar os pilotos e manter os aviões em condições de vôo.Caso contrário é jogar dinheiro no lixo, o que não é novidade em nossa política.

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Carnage
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#28 Mensagem por Carnage » 25 Set 2009, 17:46

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve ... r-a-bomba/
quinta-feira, 24 de setembro de 2009, 22:30
Alencar defende que Brasil tenha armas nucleares

Presidente em exercício diz que isso serviaria como 'fator de dissuasão' e para 'dar mais respeitabilidade'

Tânia Monteiro, no Estadão

BRASÍLIA - Em uma declaração polêmica, o presidente em exercício José Alencar defendeu nesta quinta-feira que o Brasil tenha armas nucleares como importante "fator de dissuasão" e para "dar mais respeitabilidade" ao País. "A arma nuclear utilizada como instrumento dissuasório é de grande importância para um país que tem 15 mil quilômetros de fronteiras a oeste e tem um mar territorial e, agora, esse mar do pré-sal de 4 milhões de quilômetros quadrados de área", declarou Alencar.

Na conversa com jornalistas, em seu gabinete, em Brasília, Alencar, ao ressaltar a necessidade de o Brasil ter meios para proteger seu patrimônio, citou o caso do Paquistão, que, segundo o vice, embora seja um país pobre, tem assento em vários organismos internacionais, justamente por ter a bomba atômica. "Eles sentam à mesa porque eles têm arma nuclear. É vantagem? É, até do ponto de vista de dissuasão é. É importante", observou.

Na opinião do presidente em exercício, "nós, brasileiros, às vezes somos muito tranquilos. Nós dominamos a tecnologia da energia nuclear, mas ninguém aqui tem uma iniciativa para avançar nisso. Temos que avançar nisso aí". Em seguida, Alencar passou a pregar também a necessidade de aumento do orçamento das Forças Armadas e da vinculação deste orçamento ao PIB. "Precisa ter uma percentualidade do PIB entre 3% e 5%, que daria muita força para o sistema de defesa, que precisa de cuidado e está abandonado há muito tempo", comentou Alencar, que já foi ministro da Defesa.

O presidente em exercício disse que este avanço nas pesquisas tem de ser para fins pacíficos, mas o fato de ter o artefato, "reforça" o poder do país. "Não estou dizendo que o Brasil vai fazer isso ou não e nem quero dizer se quero ou se não quero. Estou fazendo uma análise como brasileiro. Se nós estivéssemos nessas condições, imagina o que seria o Brasil? A respeitabilidade do país cresceria muito. Tem aquela frase `a força é o direito e a justiça é o poder do mais forte'", emendou.

As declarações de José Alencar foram dadas no mesmo dia que o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas aprovou uma resolução com o fim de conter a disseminação das armas nucleares no mundo. O Conselho, com cinco membros permanentes e dez rotativos, passou a medida por unanimidade. O Brasil reivindica um assento no Conselho. Anteontem, Lula se reuniu por mais de uma hora, com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e fez uma enfática defesa do colega iraniano, apoiando, inclusive, o direito de Teerã enriquecer urânio, material das bombas nucleares.

Questionado se esta declaração de defesa de armas nucleares não precisaria de mudanças na Constituição, Alencar lembrou que somos signatários do Tratado de Não proliferação de Armadas nucleares, mas, em seguida, emendou: "eu acho que isso é tudo negociado, é tudo conversado".

Alencar retornou de São Paulo na noite de quarta-feira, depois de mais uma sessão de quimioterapia. Na semana que vem, Alencar reassume a presidência, com a ida de Lula para a Europa.

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#29 Mensagem por MulderFox » 25 Set 2009, 18:56

Interessante colocação sobre a bomba. Gostaria de saber de você Carnage, o que pensas sobre isso ?

Se sou a favor ou contra ? Depende de vários fatores, vários cenários e etc. Caso vizinhos psicopatas a tenham (o que eu acho ímpossível nas próximas décadas), seria a favor.

No caso de possuir capacidade nuclear apenas como poder de disuassão, eu perguntaria, contra quem ? EUA ? Os Europeus ?

O grande perigo é que não bastassem Índia e Paquistão já possuírem a bomba, o Irã (se já não a tiver) está a caminho de te-la, ou seja, cada vez mais esse tipo de arma prolifera no mundo na mão de idiotas, esqueci de mencionar a Coréia do Norte também.

[]´s

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#30 Mensagem por Tricampeão » 25 Set 2009, 19:24

O que o Alencar falou está correto, mas ele errou em ter falado.

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