No dia 03/10 adentro nesse nosso refúgio do mundo externo e me deparo com nossa insubstituível concierge e mais dois clientes, não perco tempo e pego uma água no frigobar, admiro brevemente o aquário que nossa troiana tanto ama e me sento num banco encostado na parede na lateral do ambiente.
O assunto era sobre golpes que não interagi tanto, primeiro porque um dos camaradas estava animado com o assunto e quase não dava espaço de fala para outros, segundo porque não é um assunto que me agrada tanto.
Helena me pergunta se quero apresentação no que respondo que: Não, você nem veio me cumprimentar!
E lá vem ela toda linda me dar um abraço saudoso e caloroso e retorna à sua função. Tempos depois nosso amigo animado se ausenta do recinto e começam as apresentações. Dentre as que me chamaram mais atenção, srta Julia com toda sua performance sedutora e que acaba me remetendo à boas memórias e a Roberta nesse dia me chamou mais atenção do que o habitual com aquele olhar de menina mas ao mesmo tempo safada.
Nesse dia estava querendo relembrar minhas origens naquele ambiente e vi que Aline não tinha se apresentado e fiquei no seu aguardo. No meio tempo chega um distinto cliente que pede apresentação também e fica mais recluso no ambiente com tv.
Decido já externar para Heleninha que iria esperar a Aline e senti no ambiente que fui ouvido e nosso amigo que estava indeciso também decide então escolher alguém ali do recinto.
Ele escolhe justamente entre Julia e Roberta ( imaginem um four hands com as duas! Da até pra lançar um Julia Roberts!!! Hahahaha) mas as duas tinham horário marcado o que proporcionou-lhe mais indecisão kkkk esse dia tava foda.
E então nossa musa desce as escadas e vai lá pro Fundao respirar um pouco e se organizar para a próxima call. E quando retorna vai se apresentando pra td mundo e eu fiquei por último, segundo ela não me reconheceu, é só a gente sumir um pouco que a pessoa nem reconhece mais tá vendo? Kkkk mas também só de birra esse seria um dia que ela não iria me esquecer mais kkkk Eu estava com um tesão que estava cozinhando por semanas e eu estava querendo aliviar aquela panela de pressão.
Ato I: Contatos
Nós como seres humanos somos verdadeiros universos ambulantes carregando e caminhando com toda nossa história e memórias o que nos tornam pessoas únicas.
E quando nossos universos se tocam com universos alheios dentro dessa superfície de contato fazemos conexões.
Fomos para o quarto dos fundos conhecido como calabouço mas que eu carinhosamente prefiro apelidar de abatedouro kkkk E que coincidentemente foi o quarto do nosso primeiro encontro.
Começamos deixando nossos universos se tocarem por um bom tempo, contando novidades, rindo de situações e desabafando alguns problemas.
Fiquei muito feliz com as novidades que ela me contou mas ainda insisto na confecção dos travesseiros que será um best seller no ramo de utensílios para o sono.
Porém chegou um momento que o diabinho que fica no nosso ombro começou a sussurrar no meu ouvido me atentando a todos aqueles atributos físicos daquela mulher e quando ela botou a coxa na minha perna pra me mostrar a tatuagem que ela tinha retocado me deu gatilho para transitar do contato de mundos para o contato físico.
Ato II: Selvagem
O que nos diferencia dos nossos antepassados primórdios para o que somos biologicamente classificados como Homo sapiens ? Um censo coletivo mais integrativo? Capacidades técnicas mais elaboradas? A construção de sociedades distintas e complexas? Talvez todas as opções mas é importante reconhecer que mantivemos determinados instintos primitivos e selvagens.
E esse foi o próximo passo desse momento mais íntimo que tivemos, não que não fosse levado em consideração o carinho e a atenção ao prazer do outro naquele momento, mas pela forma como foi progredindo de um modo instintivo como se fosse previamente feito um roteiro para o sexo perfeito.
Sentir o suor escorrendo em nossos corpos, as respirações ofegantes, sentir sede mas não querer parar para beber água são alguns dos pontos fortes daquele momento.
Para que o texto não fique num tom tão formal em um momento ela falou que meu pau não era algo para ser monopolizado então cheguei a conclusão de que meu pau é comunista preenchendo locais inabitados e compartilhando prazer com todas kkkkk
Outro momento interessante foi quando ela estava em cima de mim cavalgando com tanta vontade e com as mãos em cima do meu tórax que avisei que não tinha morrido porque parecia que ela estava tentando fazer uma ressuscitação cardiorrespiratória kkkkk
Ato III: Transformação
Concordo com a ideia de que somos seres frequentemente transformados e transformadores não só pelo meio em que vivemos mas por energias e forças que não conseguimos explicar, em analogia à essa transformação podemos usar o exemplo da borboleta que passa por períodos dessa transformação, a fase larval em que a lagarta tem as suas limitações, uma velocidade que não facilita sua fuga mas mecanismos eficazes que propiciam sua sobrevivência na natureza, ela então seleciona um local que julga seguro para dar seguimento na sua fase de transformação em que se limita a um casulo/ pupa totalmente exposto à intempéries climáticas e de predadores até que chegamos à sua libertação em forma de borboleta que tem habilidade de voar e polinizar flores contribuindo assim com a manutenção do ecossistema.
Todo esse processo chamado de metamorfose acontece conosco também, só não temos tempo o suficiente para observar.
Espero que o texto tenha sido agradável aos meus assíduos leitores, that’s all folks!