Bom, já que o Pátrio e o Neurônio não fizeram relatos pormenorizados da merda toda que ocorreu, aqui vou eu...
Cheguei por volta das 16:00h. Logo de cara, encontrei o mal-humorado do Pátrio, sentado junto com GP, Trankera e Codenys. Na outra mesa, Neurônio, Dico e Moti. Minhas impressões desses desocupados foi a seguinte:
GP: cara tranqüilo, topou todos os programas. Foi o último a deixar o barco.
Trankera: punk bonachão, gente fina, mas é alcoólatra e viciado numa mulata do predião.
Codenys: gente boa, infelizmente ele foi embora logo. Todo cheio de querer ser o bonitão da bala chita.
Neurônio: o cara já chegou me dando um abraço que quebrou 2 ou 3 das minhas costelas. Visual: jaqueta de couro e bota, num calor de 35º. O cara é sinceridade e energia puras. O desgraçado não pára um minuto.
El Pátrio de La Puerra: baixinho e barrigudo, mal-humorado, não bebe, não fuma e não mete.
Dico: Japa tranqüilão, faz o papo rolar solto.
Moti: das duas uma: ou ele está comendo alguém ou alguma coisa, ou está falando. Dá pra conversar a noite toda com esse japa.
Bom, infelizmente o Dico e o Moti foram pro Danrry's Club comer não sei quem. Os restantes fomos pro predião. No caminho, algumas fotos com Fidel Castro.
O predião: trash mesmo. Sujo e feio. Muita mulher feia, muita mulher velha, e algumas mulheres que você não sabe o que estão fazendo ali, já que poderiam estar em outro lugar cobrando os tubos.
Conheci a paixão do Pátrio, Heloisa Helena. Peitos saborossímos e jeito de bravinha que dão um tesão mesmo. Vou comê-la proximamente.
Sentamos num cubículo e ficamos tomando umas cervejas. O Neurônio, que já tinha erguido uma puta no ar, subido as escadas de gatinho e outras coisas mais, resolve dar um tapa no boné do Trankera quando eu avisei que este queria fazer um TD e ir embora. Resultado: passou longe do boné e acertou o copo do pobre-coitado, quebrando-o. Heloisa Helena não gostou.
Estávamos tirando fotos, muito discretamente, até que o Neurônio resolveu colocar em prática sua verve fofográfica. Em menos de um minuto, o predião inteiro já sabia que estávamos tirando fotos. Algumas putas começaram a ranger os dentes e nós nos mandamos. Trankera ficou, pois queria ser ordenhado.
Queríamos ir pro Orion, mas o Neurônio queria porque queria ir numas saunas. Fomos. Numa, não tinha ninguém, exceto duas diabas. Na outras, fomos recepcionados por 3 GP's sofríveis, mas bastante simpáticas. O preço era R$35,00, com garota, quarto e tudo. Quando o Neurônio viu que estava sendo o centro das atenções com seu papo de fazer puta dormir, quem disse que a gente conseguia tirá-lo de lá?
Saímos sem ele, mas logo ele percebeu que seria abandonado e veio atrás de nós, com cara de cachorro que quebrou o vaso.
No Orion, tivemos a sorte de pegar alguns shows muito bons, além de termos visto o famigerado GORDO DO ORION. Viado do caralho.
Nesse ponto, a porca começou a torcer o rabo:
Cena 1: o segurança diz pro Neurônio que não se pode fumar sentado nas poltronas. Ele sai pra apagar o cigarro e beija a testa do cara.
Cena 2: uma loira gostosa que estava dando show passa creme no corpo e vem pra platéia pra ser lambuzada. Eu e Pátrio aproveitamos pra fazer uma massagem naquela bunda. Neurônio resolve tirar o top da mina e leva um empurrão.
Cena 3: Neurônio começa a dançar ao lado do palco. O segurança vai atrás dele.
Cena 4: Neurônio joga uma lata de cerveja vazia no chão.
Cena 5: O segurança vem falar com Neurônio. Este dá um safanão no braço do segurança.
Cena 6, 7, 8, 9, 10: Neurônio é arrastado escadaria acima por 2 seguranças. Saímos (eu, GP e Pátrio) em seu socorro. Já na rua, um dos seguranças tenta dar um chute no Neurônio, que segura o pé dele e fica repetindo: "não me agrida", "não me agrida". Chega a polícia, ficamos todos pedindo desculpas pra todo o mundo, com exceção do Neurônio que fica falando com a polícia sobre treinamento de segurança, que o arrastaram sem perguntar se ele estava com alguma coisa ("nem viram se eu tinha um notebook ou coisa assim", repetia o inconformado), que poderia ter dado golpes nos segurança, etc. etc. Os policiais já estavam de saco cheio e nos mandaram embora: "bom divertimento", disseram.
Decidimos ir comer uma pizza, na esquina da Ipiranga com a Consolação. No caminho, Neurônio foi explicar prum camelô o que tinha acontecido. O coitado só olhava, sem entender nada.
Na pizzaria, conversamos um pouco, enchemos a pança. Neurônio comia sempre de 2 em 2 pedaços. E ainda reclamou que tava demorando muito pra virem as pizzas.
E foi embora sem se despedir de mim, no momento em que fui ao orelhão negociar meu alvará. Viado.
Saímos, então, Pátrio, GP e eu. Fomos para na Nova Maison, na Augusta. Ficamos um tempo lá, mostrei aos dois uma morena muito bonita e gostosa que era uma bosta na cama, e GP foi embora.
Ou seja, só sobraram mesmo os dois guerrilheiros.
Meia-noite, fomos assistir à "Filosofia na Alcova", de Sade, perto da Kilt. Ali a gente vê que putanheiro é só um libertino júnior mesmo. Umas duas da manhã, fomos procurar o Moti e o Proctus, que nos disseram que estariam no Vagão (antes de irmos ao teatro, encontramos os dois comendo churrasquinho de gato na rua). Nada.
Fomos pro Orion. Fechado.
Ficamos então numa lanhouse, esquina da Aurora com São João. Gente dormindo nos computadores, cadeiras com braços destruídos por algo que só podem ser dentes, molecada do outro lado da rua cheirando cola.
Uma hora depois, na famosa esquina paulistana (Ipiranga com São João), nos despedimos, lamentando que nem todos tenham aguentado ir até o fim na descida ao inferno....